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Só quando a temperatura
da comida está normal,
vem ele e come afinal.
Esta é uma história de lobo. Ou melhor: de boca-de-lobo. Mas não é aquela boca
enorme, que engoliu a vovozinha. A nossa boca-de-lobo é, na verdade, bem
boazinha.
Ela mora na cidade, encostada na calçada. E a única coisa que engole, é água da
enxurrada.
O problema é que aqui, onde mora a boca-de-lobo, moram também mil porquinhos
que jogam lixo no chão. Os porquinhos jogam lata, garrafa, papel e jornal. E a pobre
boca-de-lobo, que já tem que engolir tanta água, engole também esse lixo e começa
a passar mal.
Então, quando a chuva aumenta e cai, cai sem parar, a boca-de-lobo, aqui embaixo,
já começa a reclamar: “Alto lá! Eu não quero mais nada, nem mesmo um golinho
d’água. Os porquinhos me deram lixo, agora eu estou lotada.”
E com boca-de-lobo fechada, a água não tem para onde ir, vai entrando pelas casas
e começa a destruir. Pra história não terminar com todo mundo nadando, o jeito é
contar pros porquinhos que cidade não é chiqueiro. Lugar de lixo é na lixeira, não é
entupindo bueiro. Porque água na rua, minha gente, acaba virando enchente!
Ana Carla:
Que saudades!!!
Há quanto tempo não nos vemos... Fiquei muito feliz com seu telefonema na
semana passada!!! Você se mostrou radiante por estar lecionando para crianças do
primeiro ciclo!!! Tenho certeza de que seus alunos também devem adorar seu jeito
meigo de ser.
Pensando em você e nos seus alunos, envio junto com esta carta um livro. É um
presente. Gostaria que lesse O curumim que virou gigante, de Joel Rufino dos
Santos. As ilustrações, de Lúcia Lacourt, enriquecem o texto e são simplesmente
maravilhosas!!! Que livro sensível!!!
É uma lenda. Com uma narrativa leve, explica-se o surgimento do Corcovado no Rio
de Janeiro. O Curumim que virou gigante nos fala do desejo do indiozinho Turamã
de ter uma irmã. E de tanto querer, ele passa a viver como se realmente tivesse
uma irmã. Em tudo o que faz, ele se lembra dela e traz presentes para agradá-la.
Até que um dia, acontece algo que faz Turamã sair de sua aldeia mundo afora... O
final é surpreendente.
Espero que você goste do livro e o use em suas aulas com as crianças.
Com carinho,
Luciana Cassimiro
fonte: Di-Versos hebraicos. Trad. Tatiana Belinky; Mira Perlow. São Paulo: Scipione,
1991.
QUESTÃO 07 - Segundo esse texto, o velho crocodilo
(A) desistiu de casar.
(B) estava indeciso.
(C) fez a lista de compras.
(D) foi convidar um amigo.