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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

EMTI DRA. NÁGILA MARIA PONTES PAZ PASSOS

AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE LÍNGUA PORTUGUESA | 2º PERÍODO | 9º ANO ENSINO


FUNDAMENTAL

NOME TURMA PROFª NOTA

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES

1. A prova deve ser respondida com caneta esferográfica de tinta na cor AZUL ou PRETA.
2. Identifique sua prova preenchendo o cabeçalho.
3. Todo o material escolar deve ser colocado embaixo da carteira.
4. Faça a prova com calma, pensando bem antes de responder às questões.
5. Transcreva com bastante cuidado as respostas para o GABARITO.
6. Qualquer dúvida peça ajuda ao professor(a) presente no momento da aplicação da prova.

1. A questão a seguir é sobre o texto abaixo, adaptado desse clássico da literatura. Leia-o com atenção.
Um cavaleiro andante que vivia num mundo de sonhos e seu fiel escudeiro resolveram, no século XVII,
caminhar pela Espanha à procura de aventuras.
DOM QUIXOTE SONHADOR
Dom Quixote era um homem muito sonhador. Vivia imaginando grandes aventuras em que sempre fazia
o papel de herói. Morava numa pequena aldeia na província de Mancha, na Espanha, onde havia nascido. Como
tinha pouco o que fazer, sobrava-lhe tempo para sonhar e ler muitos livros. Gostava dos livros de aventuras,
principalmente os que contavam as incríveis histórias dos cavaleiros andantes.
Porém, de tanto ler e fantasiar, seu cérebro começou aos poucos a confundir-se. O passado e o presente
se misturavam.
Certo dia, convenceu-se de que era um daqueles valentes cavaleiros e tinha como missão ajudar os fracos
e salvar as belas princesas raptadas por vilões. Vasculhando um escuro sótão cheio de coisas inúteis, Dom
Quixote encontrou uma antiga armadura de algum de seus avós. Como estava toda desmantelada, deu um jeito
de amarrar as partes rompidas com tiras de couro e ajeitar o melhor que podia os ferros tortos. Limpou-a depois
muito bem, até ficar brilhante.
Vestiu a estranha roupa, armou-se de uma velha espada enferrujada e de uma lança há muito ali
esquecida, e sentiu-se tal qual um de seus heróis.
Satisfeito, montou em seu magro e estropiado cavalo. Havia chegado a hora de sair em busca de
aventuras, como um verdadeiro fidalgo da ordem dos cavaleiros andantes!
Era um espetáculo ver o magríssimo dom Quixote vestindo aquela armadura tão ridícula e montado num
pangaré esquelético, o Rocinante, arrastando-se pela estrada afora, sem rumo. (...).
Dom Quixote de La Mancha, como ficou conhecido, chegou a uma pequena estalagem e pediu ao dono da
casa que o fizesse cavaleiro. Ajoelhou-se diante do homem e ali ficou, esperando.
Admirado com aquela estranha figura, e mais ainda com um pedido tão disparatado, o dono da estalagem
chegou à conclusão de que Dom Quixote era louco e achou melhor fazer-lhe a vontade, para evitar
aborrecimentos.
– Tem dinheiro, nobre senhor? – perguntou, fingindo seriedade.
Dom Quixote prometeu que lhe arrumaria algumas moedas e, assim, o comerciante dispôs-se a armá-lo
cavaleiro.
A cerimônia foi realizada num altar improvisado no meio de um pátio. Auxiliado por um garoto que
segurava um toco de vela, o homem foi resmungando um monte de palavras incompreensíveis, que fingia ler
num caderninho onde fazia as contas da estalagem.
Afinal, montado em seu magro cavalo e com sua reluzente armadura, partiu o novo cavaleiro andante!

(CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote. Ed. Scipione. Adaptação: José Angeli).

Dom Quixote de La Mancha foi tão bom, tão honesto e puro em suas loucas façanhas, que sua história é
contada até hoje no mundo inteiro.
A alternativa que informa mais precisamente qual a origem das inspirações do sonhador Dom Quixote é:

(A) O personagem possuía grande interesse em comprar objetos antigos, saindo às ruas de Mancha em busca
de inspiração.
(B) Na província onde nasceu, Dom Quixote possuía diversos amigos que ofereciam a ele sugestões sobre
como criar suas aventuras.
(C) Como não tinha muito a fazer, na pequena aldeia onde nascera sobrava-lhe tempo para sonhar e ler muitos
livros, preferindo aqueles de aventuras.
(D) Não havia heróis na Espanha, então D. Quixote resolveu tornar-se um deles.

2. Analise os itens abaixo sobre o gênero carta aberta e marque a opção correta.
(A) Esse gênero não é argumentativo.
(B) É um texto argumentativo escrito em prosa direcionado a um grupo ou autoridades que contém reclamações
e reivindicações sobre um dado tema em debate na sociedade. É um instrumento para a conscientização.
(C) É um texto cuja linguagem empregada é bastante pessoal, inclusive com o emprego de formas carinhosas e
de intimidade com o interlocutor.
(D) É um texto escrito em versos direcionado a um grupo ou autoridades que contém reclamações e
reivindicações sobre um dado tema em debate na sociedade.

3. Relembre o que você estudou no período atual e no anterior sobre pronome. Encontramos pronome
indefinido em:

(A) "Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado."


(B) "Foram amargos aqueles minutos, desde que resolveu abandoná-las."
(C) "A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa participação foi ativa."
(D) "Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar da festa."

4. Leia o texto abaixo.

A incapacidade de ser verdadeiro

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da
independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um
pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como
foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpidia e
queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o
exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.

ANDRADE, Carlos Drummond .


O trecho “– Não há nada a fazer, ...”, é uma fala de:
(A) Paulo.
(B) Siá Elpídia.
(C) Dr. Epaminondas.
(D) Dona Coló.
5. Leia o texto abaixo para responder a questão.

ABAIXO-ASSINADO EM PROL DE MERENDA NA ESCOLA

Senhor José Tenório da Silva, Diretor da E.E.E.F.M. Euclídes Mouzinho dos Santos,

Nós, abaixo assinados, alunos desta escola, pedimos esclarecimentos a respeito da falta de merenda, tendo
em vista que há algum tempo não temos tido o fornecimento do lanche.
Sabemos que os recursos destinados à merenda são poucos e insuficientes, mas sabemos também que
eles existem e que temos direito à alimentação na escola, mesmo que não seja todos os dias.
Por isso, pedimos providências a vossa senhoria a respeito deste problema.

Algodão de Jandaíra, 24 de agosto de 2016.


Atenciosamente,
Lívia da Silva Freire Dias, 1º ANO.

Com base no texto acima, podemos compreender que:

(A) Trata-se de um texto sem nenhuma formalidade e cheio de vícios de linguagem e erros de gramática.
(B) Trata-se de um abaixo-assinado divulgado na internet, denunciando o diretor Tenório pela falta de merenda
na escola.
(C) O texto acusa claramente uma única pessoa pela falta de merenda na escola.
(D) Trata-se de um abaixo-assinado, pedindo mais recursos destinados à merenda dos alunos.
6. Leia o texto abaixo e responda.
Cultura digital para todos
Fórum lançado pelo Ministério da Cultura tenta construir política pública que reconheça a
centralidade da questão digital e busque meios de assegurar o acesso dos cidadãos a essa cultura.
A cultura digital é a cultura contemporânea. Ela surge quando as artes e a informação passam a se
propagar por meio de bits e sem precisar de suportes físicos (para clarear, é a cultura do MP3, não do CD). E se
alastra com grande velocidade, dando ao recentíssimo “ontem” um caráter de “antigamente”. Equipamentos e
softwares surgem para alterar a forma como comunicamos, nos relacionamos, consumimos, nos divertimos,
vivemos, enfim.
Brasil. jul. 2009. Fragmento.

No texto, no trecho “[...] que reconheça a centralidade da questão digital...”, a palavra destacada refere-se à
expressão:
(A) política pública.
(B) questão digital.
(C) cultura contemporânea.
(D) suportes físicos.
7. Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://mesquita.blog.br/pro-dia-nascer-melhor-01022009?doing_wp_cron=1324904791>. Acesso em: 26 dez. 2011.


Esse texto demonstra uma crítica:
A) à desvalorização da moeda.
B) à distribuição de renda no país.
C) à poluição do meio ambiente.
D) ao lucro da exploração ambiental.
8. Vamos relembrar também o que você aprendeu no período anterior sobre interpretação de poemas, sobre a
linguagem figurada e demais características desse gênero? Nesse sentido, leia o poema “No meio do caminho”
e responda atentamente.
O poema abaixo responde duas questões (questões 8 e 9).
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento


na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade.

Os versos "nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas" transmitem, por
parte do autor, uma sensação de:
(A) sabedoria. (B) exaustão.
(C) esperteza. (D) bravura.

9. A reescrita do verso “tinha uma pedra no meio do caminho” de acordo com a gramática normativa/padrão
da Língua Portuguesa e sem mudar o sentido do verso seria:
(A) “havia uma pedra no meio do caminho.”
(B) “há uma pedra no meio do caminho.”
(C) “no meio do caminho possui uma pedra.”
(D) “no meio do caminho haveria uma pedra.”

10. Leia o texto abaixo e responda.

Tempestade

A noite se antecipou. Os homens ainda não a esperavam quando ela desabou sobre a cidade em nuvens
carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais, no Farol das Estrelas não brilhavam ainda as lâmpadas
pobres que iluminavam os copos [...], muitos saveiros ainda cortavam as águas do mar quando o vento trouxe a
noite de nuvens pretas.
AMADO, Jorge. Mar morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Fragmento.

O assunto tratado nesse texto é:


A) o advento da tempestade.
B) o trabalho nos saveiros.
C) a chegada da noite.
D) a iluminação do cais.

Vocabulário complementar:
Saveiro é um barco pequeno, em geral de fundo achatado, utilizado na travessia de rios e na pesca a linha;
Barco de dois mastros, que se destina à pesca ou ao transporte de mercadorias.

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