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PROST, Antoine. “A História se Escreve”, “Verdade e Função Social da História” In. Doze
Lições Sobre a História, p. 235-273. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. Ed.
Autêntica, Belo Horizonte, 1996
Mais uma vez, as tão temidas notas de rodapé se fazem presentes, evidenciando um duplo
papel representativo: verificação das afirmações do texto que escapem ao argumento de
autoridade, e indício visível da cientificidade e erudição do autor. Assim, ao usar do discurso
histórico didático, busca-se ofuscar o autor e apresenta-se numa linguagem referencial e narrativa
que se serve da linguagem do próprio leitor, ainda que usando de modos mais corretos de
expressão, garantidores de uma sensação de “totalidade orientada” (CERTEAU, 1975, p.133).
Outra característica do texto histórico é seu desdobramento em dois níveis
interrelacionáveis, um correspondente discurso do historiador e outro das notas e citações,
fragmentos de um ou vários interlocutores que é reconstruída e desmembrada pelo historiador em
função da necessidade narrativa, apropriada à sua maneira. Nessa dinâmica, Prost parafraseia
Certeau ao considerar que o duplo efeito da citação produz:
Referências Bibliográficas
PROST, Antoine. Doze Lições Sobre a História. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. Ed.
Autêntica, Belo Horizonte, 1996
RANCIÈRE, Jacques. Les Mots de l’histoire. Essai de poétique du savoir. Paris: Éd. Du Seuil,
1992
VEYNE, Paul Marie. Como se escreve a história: Foucault revoluciona a história. 4ª ed. Brasília:
Editora Universidade de Brasília, 2008