Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
matérias de:
1. Direito civil;
2. Direito penal;
3. Teoria geral do processo;
4. Direito financeiro e tributário;
5. Introdução ao estudo do direito;
6. Economia para direito.
Professores:
1. Fernando Picolo;
2. Maria Angélica;
3. Sérgio Frederico;
4. Fernando de Sá;
5. Ricardo Fracasso;
6. Reinaldo Campanatti.
Matéria 01
Condenado a pagar – se uma pessoa não pagasse uma dívida num período de 30 dias ele era
encarcerado. Caso ainda não pagasse ele era morto. A dívida poderia ser paga também em bens.
Filho monstruoso – Quando o filho nascesse com algum defeito era esse o nome dado a ele.
Dentro disso existia o direito do PAI, somente o pai, deixar ou não a criança viver.
Testamento – Você pode deixar a herança para quem você quiser, porém apenas a parte que
pode, já que quem é herdeiro já está garantida a parte deste herdeiro.
Usucapião – Quando a pessoa não tem posse do bem e pede para uso manso e pacífico.
Matéria 02
Mudança no regime de bens – Existem dois tipos de casamento, aquele que casa com comunhão
de bens universal e outro parcial. O primeiro é tudo aquilo que é adquirido antes e após o
casamento é metade de cada um. O segundo é tudo aquilo que é adquirido somente após o
casamento é metade de cada um.
Matéria 03
Princípio da Eticidade – Valor da pessoa. Este princípio pode ser usado o exemplo da boa-fé.
Princípio da Operabilidade – Hoje tem formas mais fáceis de dizer as coisas, para que assim
todos compreendam.
Matéria 04
Direito – Conceito – Segundo Humberto Teodoro Junior, as coisas mais simples e evidentes
são as mais difíceis de conceituação. E assim é o direito.
Matéria 05
Quanto ao âmbito espacial (Federal é para a federação inteira, estadual apenas para o estado,
municipal apenas para o município).
Quanto ao âmbito temporal – Vigência determinada – tem um período fixo para lei. A forma
mais rara, exemplo lei de orçamento público. Além desta, temos a de vigência indeterminada –
a maioria das leis são assim, que são as leis criadas e depois alteradas. Exemplo desta é a
maioridade que antes era 21 anos e agora 18.
Quanto ao âmbito pessoal – Normas gerais e normas individuais. A primeira é a que fere todas
as constituições (CF, CC e CP). A segunda determina quando é um caso privado, que fere apenas
um grupo ou até uma só pessoa, exemplo uma indústria.
Quanto a sanção – Normas mais que perfeitas, são aquelas que utilizam o direito penal e o
direito civil ao mesmo tempo; Normas perfeitas, são aquelas que utilizam somente a parte civil
do direito; Normas menos que perfeitas, são aquelas que sem restabelecer a situação anterior
e ainda sim obtiverem pena; Normas imperfeitas são aquelas que não estabelecem sanções,
tendo como exemplo uma dívida de jogo.
Classificação quanto á hierarquia – A CF é a mais importante e depois segue as
infraconstitucionais, que são as leis em geral.
Normas internas e individuais. A primeira são os Estatutos e Regimentos, que são relativos a
administração pública. A segunda diz respeito aos contratos, testamentos e tudo o que envolver
âmbito individual (particular).
Matéria 06
Personalidade – é daí que surgem os direitos e obrigações, cada um assim que nasce já adquire
essa personalidade.
Liberdade de estipulação Negocial – Você pode livremente vender o que bem entender, com
exceção aos imóveis, sem uso de contrato.
Propriedade individual – Você pode defender a sua propriedade, pois ela é sua.
Matéria 07
Aquisição da personalidade jurídica – Teoria natalista, diz que assim que o indivíduo nasce com
vida ele já se torna portador de direitos e obrigações. Para que ele seja considerado um
indivíduo com vida, ele deve ter o sopro de vida, isto é, seu aparelho cardiorrespiratório deve
estar funcionando. (Lembrar-se do exame feito com o pulmão e o balde de água)
Entra aqui a teoria concepcionista – Direitos adquiridos assim que ocorre a fecundação.
Matéria 08
Capacidade
Medida da personalidade – direito ou gozo, que é adquirido assim que nascemos. Aquisição de
direitos sem requisição.
Fato ou exercício – é quando você pode adquirir por si os atos da vida civil. É preciso ter 18 anos
ou ser emancipado. Quando você possui os dois (fato ou exercício e direito ou gozo) é chamado
de capacidade plena.
Matéria 09
Incapacidade e falta de legitimação são coisas diferentes, pois na falta de legitimação é a lei que
não permite mesmo com a capacidade plena, tendo exemplo disso o casamento entre irmãos.
Incapacidade absoluta – é a proibição total da prática dos atos da vida civil. Tudo o que um
incapaz absoluto fizer possui nulidade. Se um menor quiser casar, ele até pode, desde que, seja
assistido por um representante seu (geralmente os pais).
OBS: os deficientes e enfermos atualmente não são mais considerados incapazes absolutos,
hoje eles possuem o direito de capacidade plena, porém tudo deve ser analisado.
Incapazes absolutos temporários – são aqueles que sofrem de ébrio eventual, tóxico ou hipnose.
Também existe o ébrio habitual, o qual a pessoa ainda é consciente de seus atos, porém há uma
dependência de álcool e/ou droga.
Incapacidade Relativa – Podem praticar por si os atos da vida civil, desde que assistidos.
Os incapazes relativos são aqueles que são maiores que 16 e menores que 18.
Pródigos – São aqueles que se revelam por um gasto imoderado capaz de comprometer seu
patrimônio. A compulsão patológica deriva deste pródigo, e através desta compulsão a família,
coma finalidade de sanar as dívidas, precisa vender seus bens. Após isso pode entrar com a ação
de interdição (ordem judicial) desta pessoa pródiga. Deste modo, ela se tornará incapaz
relativa.
Matéria 10
Formas – Expressa ou tácita. A primeira é quando é criado um artigo dizendo que tal lei foi
revogada. Já a segunda é quando a lei é revogada, mas ela não diz que foi revogada, dependerá
tudo da interpretação de quem estará interpretando.
Matéria 11
Concessão dos pais – O pai entende que o filho com, pelo menos, 16 anos já possui capacidade
para administrar a sua vida. Com esse direito ele poderá comprar, vender, criar sociedades,
casar, mas ainda não poderá tirar a carta de motorista, já que isso entra no âmbito penal.
Para isso é necessário dirigir-se em algum cartório para que eles façam a certidão de
emancipação. Não precisa de Juiz ou algum processo para isso. A emancipação independe de
Juiz.
No código Civil de 1916 apenas o pai podia emancipar o filho, pois ele possuía a ‘’pátria e
poder’’.
Matéria 11
Emancipação Judicial
Concedida pelo Juiz – Se os pais morrem e o filho ainda não possui 16 anos, e os pais deixam os
pais deixam bens para essa criança, por ordem judicial, essa criança ganhará um tutor. Esse
tutor jamais poderá vender os bens do tutelado, a não ser que em necessidade do tutelado
com decisão judicial.
A parte da emancipação entra quando a criança completa 16 anos, não necessitando mais de
um tutor. No entanto, a emancipação só será validada após um comunicado judicial.
Matéria 12
Emancipação Legal
Economia própria – quando a pessoa já tem dinheiro para manter-se ela poderá ser emancipada.
Matéria 13
Matéria 14
Extinção do poder familiar – quando vai emancipar o filho, se no caso algum dos pais morrerem,
quem estiver vivo poderá emancipar.
Extinção de:
1. Contratos personalíssimos (só diz respeito àquela pessoa): se uma das partes morreu o
contrato não poderá mais ser cumprido.
2. Mandato: o mandato é cessado.
3. Usufruto: o filho só será dono quando os pais morrerem.
4. Alimentos: se os filhos morrem o pai não precisa mais pagar alimentos. Mas se o pai
morre, e os filhos ainda precisam do alimento, o inventário do pai será aberto e o que
tiver lá que possa pagar os alimentos será utilizado para isso.
Matéria 15
Quando desaparece na guerra ele ainda tem dois anos, após o término da guerra, para ser
encontrado.
Assim que some, um tempo depois, tudo tem que ser analisado sobre o desaparecimento.
OBS: ‘’qualquer pessoa’’ é alguém nomeado pelo juiz, geralmente alguém de confiança dele.
B – Sucessão provisória: Será nomeado o sucessor dos bens, geralmente o mesmo que é
nomeado na parte ‘’A’’. Isso só acontece em no mínimo um ano depois do sumiço.
O sucessor provisório não poderá vender os bens do ausente, por ordem judicial. Salvo em caso
de Hipoteca e Desapropriação.
Respondem por ações – Ativa e Passiva. Exemplo: no caso da Ativa o ausente iria entrar contra
alguém, o sucessor poderá entrar no lugar do ausente. Em caso da Passiva quando alguém
entrar contra o ausente, o sucessor responderá no lugar do ausente.
Quando o ausente some e ele tinha pelo menos 80 anos, ou iria completar 80 anos no ano do
sumiço, a quantidade de anos para a sucessão definitiva diminui para cinco anos.
1. Fase A: Sem prejuízo para ele, ele terá gozo pleno de suas coisas.
2. Fase B: Perde os frutos e rendimentos que seus bens obtiveram.
3. Fase C: Sem direito a nada. ‘’Incólume’’ (quando ele volta em mais de 10 anos).
Incólume: caso os bens ainda sim depois da fase C estiverem no nome do ausente, agora
presente, os bens se tornam incólumes. Ele poderá voltar e assumir tudo.
SEGUNDA PROVA:
Matéria 01
Nome Civil
Patronímico- este sim é o sobrenome. Exemplo: Thomaz. É necessário ter pelo menos um no seu
nome.
Nome escolhido pela própria pessoa ou mais conhecido como “nome artístico” ou “nome
esportivo”, estes possuem, como os nomes comuns, proteção, mas desde que seja conhecido.
E também este nome artístico pode ser acrescido no nome comum. Exemplo: Maria das Graças
“Xuxa” Meneghel.
Matéria 02
Possibilidade de alteração do nome: em regra é imutável, a não ser que tenha um motivo
relevante (vexatório ou que vá causar constrangimento a pessoa)
OBS: o caso do casamento é quando o um dos dois adota o sobrenome do outro, antigamente
era obrigatório a mulher colocar o do marido, hoje se tornou facultativo e também o homem
pode adotar o da mulher.
OBS 2: hoje em dia não ocorre muito esse caso de trocar o nome por exposição ao ridículo já
que atualmente o cartório não pode mais registrar qualquer nome. Exemplo: Vaginildes
No caso de homonímia o juiz não vai retirar o nome da pessoa, mas sim será acrescido um novo
sobrenome da família nessa pessoa.
Em caso de vítimas ou testemunhas é permitida a alteração de nome por completo visando sua
proteção, por lei.
No caso de mudança de sexo é alterado também o prenome já que uma mulher não pode ser
chamada de João, por exemplo.
Matéria 03
Cada um possui a sua, e pode defender seu como quiser, já que é um direito de sua
personalidade.
Características gerais
Todas as pessoas possuem o direito de personalidade, já que é adquirido assim que nasce.
Impenhorável – não dá para penhorar o direito de imagem, mas você pode sim ganhar com isso,
como os atores famosos, que vendem sua imagem para propagandas e tal, por exemplo.
Matéria 04
Pessoa jurídica
Possui direito a dano moral, já que pode ferir o seu “nome” na sociedade, relativo à honra e à
imagem.
Matéria 05
Eutanásia – quando o paciente está em estado terminal de vida e o médico, para “aliviar o
sofrimento”, da algum remédio para matar esse paciente. Considerado crime de homicídio.
Homicídio privilegiado – quando alguém mata por amor, exemplo: matar o irmão que está
sofrendo para não o ver sofrendo mais. Neste caso a pena é reduzida, por isso o nome.
Mistanásia (eutanásia social) – falha a saúde pública (geralmente). Quando o indivíduo morre
por falta de recursos nos hospitais.
Doente pode recusar tratamento médico? Pode, desde que seja sua vontade.
Mas e no caso de convicção religiosa? Quando a religião não permite tais tratamentos médicos,
ele pode sim recusar. Esse fato tem que ser levado em consideração.
E no caso de filho menor? Quando o pai não deixa tal procedimento médico devido à religião,
nestes casos o Estado pode intervir.
Matéria 06
Inalienável – ninguém vende o corpo. As prostitutas vendem o serviço não permanente do sexo,
não o corpo.
Pode doar, mas desde que presente os três requisitos – justificado o interesse; sem mutilação;
e sem fins lucrativos.
Tem que estar presentes as condições: autorização do doador de forma escrita, necessária a
presença de testemunhas e aprovação de médico e, ainda, é revogável a qualquer momento.
Cadáver
Prova – exame necroscópico – se a família não deixar não será feito, mas há 3 exceções:
A) Suspeita de crime
B) Para fins da ciência
C) Transplante
Matéria 07
Direito a voz
E nos casos de dublagens e desenhos animados? Nos desenhos animados é criada uma nova
situação, assim o autor dessa nova criação ganha proteção pelos direitos autorais.
Direito a privacidade
Entretanto privacidade é só em local particular, pois caso seja em local público não se deve
reclamar. Caso você for pego fazendo sexo com alguém na rua você só “aceita”.
Matéria 08
Direito ao segredo
Direito a imagem
Matéria 10
Direito a honra
Matéria 11
Para existir uma pessoa jurídica é necessário que todos do grupo concordem.
Para que ela seja legal é necessário que haja: contrato social, estatuto, escritura pública e
autorização governamental, em alguns casos.
Licitude de seu objetivo, a pessoa jurídica não pode ser criada para fins ilícitos.
Obter registo.
Matéria 12
Matéria 13
De direito público – são criadas por fatos históricos ou lei. Possuem os externos, organizações
internacionais (ONU, UNESCO, OEP) e os internos (UNIÃO, ESTADO, MUNICÍPIOS, DF,
AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS).
De direito privado – Associações e Fundações de direito privado (as quais não possuem fins
econômicos e regidas por um estatuto). OBS: associação possui benefícios fiscais e tributários.
Sociedades – essas possuem fins lucrativos, podem partilhar lucros e bens e é regida por
contrato social.
Tipos de sociedade:
A) Sociedade empresária - destina-se a prática de atos do comércio.
B) Sociedade simples – médicos e advogados geralmente. Ligado ao comércio de exercício
de profissões para fins econômicos
Matéria 14
Irregular – falta da capacidade jurídica que vem a partir do registro. Caso essa pessoa jurídica
cause dano a alguém a responsabilidade irá para os sócios da empresa. Aqui existe um contrato
social, mas não um registro.
Caso alguma pessoa compre alguma coisa dessa sociedade irregular esse comprador não poderá
parar de pagar.
Matéria 15
Natureza – ela não tem direitos de família, os quais seriam se casar, adotar, enfim, família.
Responsabilidade contratual – seria dizer que tudo que está previsto no contrato deve ser
seguido, caso não seguido causará prejuízo a alguém, e esse alguém deve ser indenizado.
Responsabilidade extracontratual – atos que causou prejuízo, morte ou algo assim á alguém
praticados por seus representantes (funcionários) será a pessoa jurídica que arcará com o
prejuízo, já que esse representante causou em função da empresa.
Matéria 16
Judicial – quando um dos sócios ou o próprio M.P (Ministério público) não quer continuar com
a pessoa jurídica, pois está tomando outro rumo do negócio. Ocorre também em relação aos
atos que são ilícitos.
Extinção/fase de liquidação – Para onde irão os bens dela assim que fechadas?????
Quando for:
A) Associação – não poderá ser repartido entre os membros. E haverá um estatuto dizendo
para onde os bens irão. Quando estatuto não disser? Irão ou para um estabelecimento
semelhante ou para os cofres dá fazenda pública (o mais raro).
B) Fundações – estas seguem as mesmas regras das associações, porém aqui é CERTEZA de
que haverá bens.
C) Sociedades – os bens serão repartidos entre os sócios de acordo com a porcentagem
dele em relação a essa sociedade.
Matéria 17
No primeiro item: em regra geral cada um paga suas dívidas, mas há exceção em caso de fraude,
que os bens da pessoa física podem pagar as dívidas da pessoa jurídica, mas só quando a pessoa
jurídica não puder pagar. Aqui possui um caráter temporário.
No segundo item: se dá quando ocorre o desvio de finalidade (qualquer ato ilícito), sendo
requerido pela parte interessada ou mesmo pelo Ministério Público. E aqui possui um caráter
definitivo.
TERCEIRA PROVA:
Matéria 01
Bens: são classificados em móveis e imóveis. Tudo o que é bem é coisa, mas nem tudo o que é
coisa é bem. Para ser bem é necessário possuir um valor pecuniário.
Patrimônio jurídico:
Bens:
a) Corpóreos: aquele que podem ser vistos, que possui uma existência material.
b) Incorpóreos: aqueles que são abstratos, exemplo: direito autoral.
Bens incorpóreos podem ser vendidos? Não, vendidos não, entretanto podem ser cedidos.
Usucapião: pode para bens corpóreos, mas para incorpóreos não pode. Há uma exceção que
prevê usucapião de bem incorpóreo, que é o caso do direito de uso de uma linha telefônica.
Matéria 02
Bens imóveis: Aqueles que não são passíveis de deslocamento. Caso forem deslocados, este
sofrerá um dano.
Distinção:
Existem também os bens acessórios, que são aqueles que são agregados na casa de forma que
não irá mudar a casa se for retirado, por exemplo: um ar-condicionado, se retirar este, a casa
não deixará de existir, logo, ele é um acessório. Diferentemente de uma porta, a qual é
necessária para que a casa seja a casa.
Classificação dos bens móveis: por sua própria natureza, transportados sem deterioração; por
antecipação, como converter algum bem imóvel em um bem móvel visto que este já possui uma
finalidade; por determinação legal, energias (com valor econômico); e semoventes, aqueles que
possuem movimento próprio ou suscetíveis de remoção por força alheia, sem que o altere.
Matéria 03
Exemplo: uma moeda, caso for uma moeda usada no cotidiano ela é um bem fungível, mas já
uma moeda que é exposta em algum museu, ela não pode ser substituída, portanto é infungível,
neste caso (esse caso deriva do valor histórico dessa moeda).
Exemplo: um livro, se ele estiver na livraria é um bem consumível, já que alguém vai comprar e
assim retirá-lo da livraria. No entanto, um livro que está na biblioteca é um bem inconsumível,
visto que alguém irá usá-lo e devolvê-lo, até que outra pessoa venha e faça o mesmo.
Matéria 04
Por exemplo:
a) A porta e a casa: a porta é um acessório em relação a casa, e a casa é o principal em
relação a porta.
b) A casa e o solo: a casa aqui é um acessório, enquanto o solo é o principal em relação a
casa.
Espécies:
a) Frutos: periodicamente produzidos pelo bem principal sem que diminua sua substância,
por exemplo: a bananeira irá produzir a banana, mesmo assim a bananeira não sofrerá
(juros e aluguéis também se locam aqui, porém chamado de frutos civis).
b) Pertences: destinado a facilitar o uso do principal, por exemplo: máquina em uma
fábrica, ar-condicionado na casa.
c) Partes integrantes: acessórios também, porém estes, se retirados, modificará o
principal, por exemplo: arrancar a fechadura de uma porta.
Benfeitorias: obras realizadas na estrutura do principal por atividade humana, sem um aumento
do principal.
Algumas observações:
Matéria 05
Acessão artificial é quando, por exemplo: a pessoa compra o terreno ao lado de sua casa e
‘’junta’’ á sua casa, assim aumentando a estrutura da casa (principal).
Bens públicos e bens particulares: são públicos aqueles que pertencem à União, Estados e
Municípios; são particulares os que não são públicos.
a) De uso comum: utilização sem discriminação ou ordem especial, por exemplo: praça,
estrada, praia (não tem praia particular).
b) De uso especial: utilização na forma da lei, realização de serviços públicos, por exemplo:
quartel e creche.
c) Dominiais ou dominicais: sem destino ou finalidade, passíveis de doação e alienação
(porém com lei, já que é algo público), por exemplo: terra sem destinação.
Bens fora do comércio ou inalienáveis: aqueles que não são apropriados por alguém, por
exemplo: ar, água, sol. Direitos da personalidade também se enquadram aqui, visto que é algo
que não é apropriável.
Bens legalmente INALIENÁVEIS: materialmente eles são apropriáveis, mas por lei não podem.
Como por exemplo: bens de uso comum; Bens de menores; Bens de fundação; e Área de
condomínio.
Inalienáveis pela vontade humana: quando a pessoa tem um bem, mas deixa para NÃO SER
VENDIDO, através da cláusula de inalienabilidade. Em regra, essa cláusula não se pode quebrar,
no entanto se demonstrar justificativa real e motivada poderá ser quebrada.
Matéria 06
Tem que estar isento de dívidas; faz parte do patrimônio; abrigo; até 1/3 dos seus bens;
escritura/testamento; inalienável; imóvel hipotecado pode também.
Solteiro tem esse direito? Em regra, não. Entretanto, atualmente há súmula do STF entendendo
que ele tem esse direito sim.
Matéria 07
Bem de família legal: quando a pessoa possui somente um imóvel e tem uma dívida, esse
imóvel, casa, no caso, não pode ser utilizado para o pagamento dessa dívida.
Há disposição em Lei: 8009/90 dizendo que é um imóvel que é abrigo da família, não importando
se a casa é grande ou pequena, bens de uso profissional se elencam aqui também, e ainda
dizendo que também adentram aqui os bens que guarnecem a residência, porém não os
excessivos, por exemplo, uma casa com cinco televisões, não é necessária essa quantidade de
televisores na casa.
Suas exceções (bens que não entram nessa proteção como bem de família) são: veículos; obras
de arte; e adornos (enfeites).
a) IPTU
b) Taxas de condomínio
c) Oferecido em garantia
d) Pensão alimentícia
e) Produto de crime
f) Fiador na locação – caso o locador não pague o aluguel, isso vai ‘’sobrar’’ para o fiador,
porém isso é um caso *inconstitucional*.
QUARTA PROVA:
Matéria 01
Fato jurídico: qualquer acontecimento que de forma direta ou indireta produz algum efeito
jurídico.
- NATURAL: algum acontecimento que produziu efeito jurídico, mas sem interferência da
vontade humana. Como exemplo: um raio em alto mar que atinge a embarcação.
a) Fato jurídico ordinário: aquele fato que sem interferência da vontade humana possui
uma ocorrência comum. Exemplo: nascimento e falecimento (começo e fim da
personalidade jurídica).
b) Fato jurídico extraordinário: caso fortuito, aquele fato que era IMPREVISÍVEL e
INEVITÁVEL. E temos também a força maior, já neste, o fato era PREVISÍVEL e EVITÁVEL.
- HUMANA:
EFEITOS:
Matéria 02
Conceito: é a sanção imposta pela norma jurídica que determina a privação de efeitos jurídicos
do negócio praticado em decorrência ao que se prescreve.
a) ABSOLUTA: quem pode propor a nulidade é o INTERESSADO (pessoa lesada), MP ou o
próprio JUIZ DE OFÍCIO. NÃO CABE conserto. Exemplo: pessoa de 15 anos comprando
uma bicicleta.
b) RELATIVA: somente o INTERESSADO pode propor essa nulidade relativa e CABE
conserto. Exemplo: pessoa de 16 anos (ainda é menor) comprando uma bicicleta,
ulteriormente o pai ou responsável poderá ASSITIR essa compra.
c) Caso das BODAS DE 75 ANOS: Joao era casado com Maria há 75 anos, e então resolvem
fazer uma festa em razão disso. Eles convidam um amigo que é juiz, e esse convidado
fica impressionado com o tempo de casamento, então resolve ver a certidão. Analisando
a certidão, o convidado (juiz) descobre que na verdade, João e Maria eram IRMÃOS.
Neste caso ele declara NULO (ABSOLUTA) O CASAMENTO, em razão de o casamento
entre irmãos ser VEDADO. Então, NUNCA EXISTIU ESSE CASAMENTO.
Matéria 03
- Ato-fato jurídico: são os chamados ATOS TOLERÁVEIS. Por exemplo: uma pessoa MAIOR QUE
16 e MENOR QUE 18 anos poderá fazer contratos, contanto que o responsável ASSISTA; ou
mesmo, uma criança de 10 anos ir à padaria e comprar um DOCE.
Matéria 04
Negócio jurídico: é um ato da autonomia da vontade para, por meio de certos atos, manifestar
a sua vontade no sentido de auto disciplinar interesses próprios, provocando efeitos jurídicos.
. Unilateral e Bilateral:
. Inter-vivos e mortis-causa.
. Patrimonial e Extrapatrimonial.
Matéria 05
- ERRO: manifestação da vontade em desacordo com a realidade, mas SEM MÁ-FÉ. A maioria
das vezes acontece por DESCONHECIMENTO.
. Erro sobre a natureza do negócio jurídico – Exemplo: venda, achou que era doação, mas era
venda.
. Erro sobre a identidade do objeto – a pessoa vai em um leilão, compra uma vaca e depois
chega um porco, mas isso ocorreu por causa da troca (sem querer) do lote.
. Erro sobre a essência do objeto – a pessoa vende X dizendo ser Y, mas por falta de
conhecimento do objeto.
. Erro de direito – não se confunde com a ignorância da lei, e possui um caráter excepcional.
. Erro consistente em falso motivo – por exemplo: locação de restaurante. Suponhamos que
a SONY vai vir para Assis e eu, esperto, decido alugar um restaurante bem em frente ao local da
suposta futura SONY, EM VIRTUDE DESSA VINDA DA EMPRESA. Coloco o motivo no contrato do
aluguel do restaurante e tudo certo. Logo menos, descubro que a SONY não virá para Assis,
então JÁ QUE COLOQUEI O MOTIVO DO ALUGUEL DO RESTAURANTE NO CONTRATO, POSSO
ANULAR A LOCAÇÃO.
- DOLO: todo artifício MALICIOSO empregado por uma das partes ou por terceiro com o
propósito de prejudicar outrem, quando da CELEBRAÇÃO DE UM CONTRATO. (MÁ-FÉ). Engano
induzido ao prejudicado pelo contrato. Algo que se ele soubesse, JAMAIS FARIA.
. Dolo essencial – quando diz respeito em relação a essência do objeto. Alguma mentira que
fez o outro comprar, por exemplo.
. Dolo acidental – quando o OBJETO PRINCIPAL ESTÁ CERTO e o OBJETO ACESSÓRIO NÃO ESTÁ
COMO DEVERIA. Exemplo: compro um JETTA branco metálico, quando chega para mim, vem um
JETTA (até aqui está certo), mas vem PRETO metálico.
. Dolo bônus – quando o vendedor faz elogios demais ao produto para que a pessoa compre.
(DEMAIS MESMO). NÃO É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO.
. Dolo de terceiro – o terceiro convence a pessoa a comprar o produto. Aquela pessoa ALHEIA
AOS CONTRANTES. AQUI É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO.
. Dolo bilateral – quando as duas partes que celebram o contrato quiseram agir com DOLO.
NÃO É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO. Exemplo: o empregador deixou de recolher o FGTS do
empregado, e este quis se aproveitar da situação.
- COAÇÃO: VIOLÊNCIA praticada contra alguém que irá fazer com que esse alguém realize o
negócio jurídico que sua vontade interior NÃO DESEJA – estão presentes a má-fé e a ignorância
da real vontade da pessoa.
. Coação física – age diretamente no corpo da vítima. Exemplo: um lutador de sumô faz uma
velha fraquinha assinar um documento COLOCANDO SEU DEDO no impressor digital. ATO NULO
(NULIDADE ABSOLUTA).
- LESÃO: quando a pessoa acaba assumindo uma obrigação que não pode (EXCESSIVAMENTE
ONEROSA), em razão de: INEXPERIÊNCIA; NECESSIDADE ECONÔMICA; ou MÁ-FÉ (DA OUTRA
PESSOA). Diz-se excessivamente onerosa pelo motivo de a pessoa que está vendendo o produto,
está incidindo um preço EXTREMAMENTE alto e inapropriado para tal produto (na maioria dos
casos sabendo da necessidade do prejudicado). Devido ao INAPROPRIADO PREÇO É PASSÍVEL
DE ANULAÇÃO.
- SIMULAÇÃO: quando se celebra um negócio jurídico que possui aparência de normal, mas que
na verdade não pretende atingir o efeito que juridicamente deveria produzir. Á grosso modo,
temos que é um ‘’jogo de cena’’ com o intuito de ‘’maquiar a situação’’.
Vício social – detrimento da lei e sociedade: NULIDADE ABSOLUTA, ou seja, ATO NULO.
. Simulação absoluta: declaração de vontade para NÃO GERAR EFEITO ALGUM. Exemplo:
divórcio. ATO NULO.
. Simulação relativa: encobrir atos de NATUREZA DIVERSA. Exemplo: HOMEM CASADO doa
um terreno para sua amante, dizendo para sua esposa que iria doar um terreno para fins de
obra de sua empresa. Caso a esposa, futuramente, descubra, ela poderá alegar nulidade
ABSOLUTA se o ato praticado pelo seu marido atingir a sociedade e nulidade RELATIVA se o ato
praticado beneficiar ou prejudicar somente as partes.
- FRAUDE CONTRA CREDORES: é quando o devedor vende ou doa bens para outra pessoa para
NÃO PAGAR a sua dívida.
. Deve haver dois elementos e duas pessoas sendo estes: ‘’consiluim fraudis’’ ou CONLUIO
FRAUDULENTO; e ‘’eventus damn’’ ou CAUSAR PREJUÍZO AO CREDOR. Não precisa haver
disfarce (jogo de cena).
. Esse ato É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO, cabendo ao credor provar (ônus da prova). O credor
deve provar a má-fé do devedor (o que é fácil) e também a má-fé (se presente) do que comprou
ou recebeu o bem do qual o devedor vendeu (essa é parte difícil).
Matéria 01
Direito Penal (Direito público normativo) - Estabelece sanções com a finalidade de proteger os
bens jurídicos mais importantes para a vida em sociedade.
Infração penal:
1. Crime (MAIS GRAVE) – Geralmente acaba em prisão. Morte, Roubo, agressão, estupro...
Sanção penal:
1. Pena – Tem que ser maior de 18 anos e não ter deficiência mental (ou seja, ser uma pessoa
capaz).
Um menor de 18 anos não comete uma infração, mas sim um ‘’Ato Infracional’’ (Apenas os
adolescentes, isto é, pessoa entre 12 anos completos e 18 incompletos).
Para esses adolescentes (12 a 18 anos) é aplicada a ‘’Medida socioeducativa’’ (Fundação Casa).
Para menores de 12 anos é aplicada a ‘’Medida Protetiva’’. Pode ser considerada medida
protetiva tudo o que deriva de conselho tutelar.
Matéria 02
Direito penal: conceito: ramo que é o Direito público com a finalidade de manter a ordem social.
Tem como objeto as infrações e suas respectivas sanções.
O direito penal é:
Valorativo: estabelece valores de comportamento, caso não seguidos são aplicadas as sanções.
Código Penal 1 Parte Geral, artigo 1 ao 120, estão as normas para a pena ser aplicada.
2 Parte especial, artigo 121 ao 361, onde se encontra os crimes em si (em espécie).
Normas penais:
2.1. Permissivas: Que permitem determinada conduta, exemplo, matar em legítima defesa,
neste caso não é incriminadora.
2.2. Explicativas: É um artigo escrito que não dita alguma pena em si, mas sim explica uma lei,
ditando algumas regras apenas.
Matéria 03
1. Origem – Quem a interpreta? Quem estiver a analisando, depende do caso. Porém, existem
as leis auto interpretativas que são chamadas de leis autenticas ou legislativas que são
interpretadas pelos legisladores.
1.1. Quanto a origem, existe a Doutrinária e a Judicial. A Doutrinária a lei é feita e interpretada
pelos doutrinadores. A Judicial é quando o juiz ou tribunal aplica a lei como pena ou sentença.
2. Modo ou forma – Como ela é interpretada? Existe a forma Gramatical ou literal que é a análise
das palavras, contidas no artigo da lei, feita por quem irá a interpretar, geralmente algum juiz.
(Tem que saber o significado jurídico de todas as palavras.)
2.2. Teleológica – Busca a finalidade da lei, exemplo, lei Maria da Penha veio com a finalidade
de proteção para as mulheres.
2.3. Histórica – Busca entender a lei pelo momento em que ela foi editada
3. Resultado – Como, quando e com quem, ela será aplicada. Tudo isso deverá ser analisado.
3.2. Restritivas – Quando a lei diz mais do que o necessário para ser aplicado no caso.
3.3. Extensiva – Quando a lei diz menos do que o necessário para ser aplicado no caso.
Interpretação da norma Jurídica (Analogia) – Quando uma lei externa ao caso pode ou não ser
usada no mesmo, se for em benefício do réu ela poderá sim ser usada (‘’emprestada’’), mas em
caso de malefício ao réu ela não poderá ser utilizada (‘’emprestada’’).
Matéria 04
‘’Vacatio Legis’’ – O tempo entre a publicação da lei e quando ela entrará em vigor.
Tempo do crime:
Matéria 05
OBS: tanto as leis excepcionais como as leis temporárias são consideradas leis auto-
revogáveis.
Leis excepcionais – Vem em caso de emergência, assim que a emergência passa a lei acaba.
‘’Ultratividade’’ das leis excepcionais ou temporárias – É o nome que os doutrinadores dão para
as leis que se revogam antes mesmo da sua vigência.
- Crime praticado no Brasil é utilizado as leis brasileiras, mas possui exceções pois quando um
cidadão diplomático estrangeiro vem para o Brasil e comete um crime aqui no Brasil é usada as
leis do seu país.
- Crime praticado por um brasileiro lá fora – É utilizada as leis brasileiras na maioria dos casos,
mas tudo depende.
Matéria 06
Território Jurídico
Lugar do crime:
Chefes de Estado e representantes do governo estrangeiro também entra nisso, contanto que
venha representar os tais interesses.
Cônsules, esses têm a imunidade relativa que é o seguinte, ele vem aqui e comete um crime,
mas ele só terá a imunidade contanto que o crime tenha relação com o motivo do qual ele veio
aqui, que no caso é representar os interesses particulares do seu país. Exemplo, se ele roubar
uma bicicleta será aplicada normalmente a lei brasileira.
SEGUNDA PROVA:
Matéria 01
Princípios:
Princípio da LEGALIDADE:
. Reserva Legal: só há crime quando a lei disser e, além disso, cominar uma pena. Exemplo: matar
é crime.
. Anterioridade: só será considerado o fato criminoso quando ocorrer após a vigência da lei, ou
seja, fatos anteriores cometidos, antes da lei entrar em vigor, não serão considerados crimes.
. Proibição da analogia em ‘’malam partem’’ (malefício do réu): se não há lei para aquele
comportamento inadequado no momento, não se pode emprestar outra lei para ser aplicada.
Só podem em ‘’bonam partem’’ (benefício do réu).
. Taxatividade: as leis que estabelecem penas devem ser expressas e claras para que possa haver
uma boa interpretação.
Formal: ela obedece a todas formalidades estabelecidas pela Constituição Federal para o
processo legislativo.
Material: se refere ao conteúdo da lei que deve estar estabelecido pela Constituição Federal.
Este significa que ninguém pode ser condenado se não por meio de processo legal. Mas o que
é um processo legal? É um processo que obedece a todas leis, sejam elas penais, civis,
administrativas e etc.
. Ampla defesa: direito de defesa. Mas calma lá, não é só isso. Aqui também tem que ser dito a
respeito:
O réu deve ser considerado e tratado como inocente até que se prove o contrário, até o trânsito
em julgado.
Princípio da RETROATIVIDADE
Princípio da INSIGNIFICÂNCIA
Exemplo: roubar um pão do mercado não criará um processo até porque mal seria isso
considerado um crime. Roubar um pão de um mendigo que só possuía esse pão, como seu
alimento, é algo mais grave. Perceba que um pão para um mercado é igual a praticamente nada,
já um pão para um mendigo que possui apenas esse pão é praticamente tudo. Uma só palavra
pode resumir isso: RELEVÂNCIA.
Entende-se que o Direito Penal só deve ser utilizado quando não couber mais aos outros ramos
do Direito.
Princípio da LESIVIDADE
O fato deve causar lesão a um bem jurídico de terceiro. Desse princípio decorre que o Direito
Penal não pune autolesão.
Princípio da PROPORCIONALIDADE
A pena aplicada a determinado crime deve ser proporcional á gravidade do crime. Quanto mais
grave for o crime, maior será a pena.
Caso o criminoso venha a óbito a responsabilidade PENAL não será ‘’transferida’’ para se
sucessor ou antecessor. Porém, caso o fato criminoso tenha deixado multa, responsabilidade
CIVIL, em relação a dano causado a alguém essa multa ainda deverá ser paga, mas ainda não é
tão simples assim, já que essa multa será paga até o valor dos bens que o criminoso deixar de
herança.
Exemplo: José cometeu um crime e foi condenado a 07 anos de prisão além de multa de 250 mil
reais. Um mês após ser condenado José veio a falecer, logo ele não terá que cumprir mais a pena
de 07 anos de prisão, porém ainda existe a multa, a qual não foi paga até então. Seu filho, Pedro,
recebe a herança de José no valor de 200 mil reais, logo essa herança será direcionada ao
pagamento da multa deixada por José. OK, mas ainda faltam 50 mil reais, o que acontece? Já
que José faleceu, e sua herança podia pagar somente 200 mil reais da multa, essa multa já se
encerrou, pois José não possui mais bens que possam pagar essa multa.
Matéria 02
Crime
Noções fundamentais:
. Tipo penal: como a conduta criminosa é descrita, a forma que ela é descrita. Podemos citar
aqui como exemplo os artigos.
. Fato típico: tem que ser um fato que já estava previsto na lei, tem que tipificado na lei.
Todo fato típico é ilícito? Em regra, sim, mas não será nos casos que estão no artigo 23 do
Código Penal.
. Culpabilidade e punibilidade.
Crime Material: lesão ao bem jurídico tutelado. Magalhães Noronha nos dá um conceito para
crime: ‘’crime é a conduta humana que leva ou expõe a perigo o bem jurídico protegido pela
norma penal’’.
Crime Formal: crime é a conduta humana proibida por lei sob a ameaça de pena.
Matéria 03
Denominações:
a) Âmbito Penal: infrator, criminoso (quem pratica crime) ou contraventor (quem pratica
contravenção).
b) Âmbito Processual Penal: 01. Fase Policial: investigado ou indiciado 02. Fase
Processual: acusado, quando for ação pública é o denunciado e quando a ação for
privada ele será o querelado; réu; caso ele já tenha sido sentenciado ele é o
condenado; caso ele ainda esteja cumprindo a pena ele é o executado.
. Ser humano vivo e maiores de 18 anos e pessoa física (jurídica não possui capacidade penal,
porém há duas exceções, as quais são: o abuso do poder econômico que vise eliminar a
concorrência e condutas e atividades que sejam lesivas ao meio ambiente).
. Sujeito PASSIVO – titular com interesse ou direito violado com a prática da infração penal.
Formal: é o Estado. Em todas as infrações penais é o Estado, pois ele é o dono das leis, logo se
a lei é violada é um prejuízo para ele.
Material: é o dono ou titular do bem jurídico violado com a prática da infração penal.
Observações:
a) Homicídio: violar o bem da vida
b) Furto: subtrair o bem patrimonial
c) Feto pode ser considerado sujeito passivo Material? Sim.
d) Pessoa Jurídica pode ser considerada sujeito passivo Material? Pode, mas dependendo
da natureza do crime.
e) Animais podem ser considerados sujeito passivo Material? Não pode, já que não
possuem personalidade jurídica.
f) Mortos podem ser considerados sujeito passivo Material? Não pode, já que não
possuem mais a personalidade jurídica (que se extingue com a morte).
Sabendo que o Estado é o sujeito passivo FORMAL em todas as infrações penais surge uma
dúvida. Pode o Estado, ser considerado sujeito passivo MATERIAL? Sim, ele pode, nos crimes
contra a Administração Pública, já que ele tem as leis e o patrimônio violados, ao mesmo tempo.
Prejudicado do Crime: quem depende da pessoa que sofreu o crime (sujeito passivo do crime),
exemplo: João sofreu o crime de homicídio, deixou seu filho Pedro que era totalmente
dependente dele. Logo, Pedro é um prejudicado do crime.
. A mesma pessoa não poderá ser considerada sujeito passivo e ativo ao mesmo tempo, já que
para praticar um crime é necessário que seja violado o bem alheio e não de si mesmo, isso
decorre o princípio da alteridade.
Matéria 04
Material: mais restrito, específico do que está dentro do conceito de objeto jurídico. Pessoa ou
objeto sobre a qual incide o crime. Exemplo: furto de um celular. Celular é o objeto material.
Pessoa ou coisa suposta a conduta criminosa.
. Crime sem objeto material: não há crime sem objeto jurídico, mas há crime sem objeto
material, porque crime pressupõe uma violação ao bem jurídico. Exemplo: Urinar em via
pública, embriaguez no volante, e afins.
. Instrumento do crime: tudo aquilo que é utilizado para a prática da infração penal.
Matéria 05
Classificação de crimes
Comum: crime que pode ser praticado por qualquer pessoa, desde que seja maior de idade.
Próprio: adere alguma característica para poder praticar o crime. Exemplo: infanticídio, só a
mãe pode matar; ou prevaricação, que só o funcionário público pode cometer, porém admite-
se o concurso de pessoas.
De mão própria: exige também uma característica, como no próprio, porém este não admite o
concurso de pessoas. Exemplo: crime de falso testemunho.
Unisubjetivo (concurso eventual): praticado por uma pessoa, porém é possível que duas ou
mais pessoas juntas pratiquem o crime.
. Quanto a CONDUTA:
a) Próprio: é aquele que a lei descreve a ação omissiva. Exemplo: omissão de socorro.
b) Impróprio: a lei não descreve o ato omissivo, entretanto ela diz o que se deve fazer, ou
seja, não fazendo o que a lei diz para fazer importa em conduta omissiva imprópria.
Exemplo: imaginemos uma babá, ela deve cuidar da criança, ou seja, não cuidando da
criança é conduta de omissão imprópria. ISTO É SÓ UM EXEMPLO!
De conduta mista: comportamento comissivo junto ao omissivo. Exemplo: aquele velho ditado
‘’achado não é roubado’’, aqui no Direito Penal isso não existe, já que se você achou o objeto e
pegou é considerada conduta comissiva e se você não devolver é conduta omissiva.
Ação múltipla: contém mais de um verbo. Exemplo: Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou
prestar-lhe auxílio para que o faça.
Forma Livre: quando o artigo não diz como ‘’tem que ser feito o crime’’, então a pessoa decide,
de forma livre, como o fazer.
Permanente: quando o agente do crime pode decidir determinar quando o crime ‘’acabará’’.
Exemplo: cárcere privado, o crime está ocorrendo o tempo todo, porém o fim só será quando o
agente libertar a vítima, então quem decide quando o crime terá seu fim é o agente.
Instantâneo de efeitos permanentes: quando o agente comete um crime e seus efeitos são
permanentes. Exemplo: homicídio consumado, não tem como ressuscitar uma pessoa; e lesão
corporal grave, supondo que a vítima perdeu o braço, não tem como colocar outro braço.
(Efeitos inapagáveis)
De perigo: representar perigo só pelo fato de existir. Exemplo: dirigir embriagado já é um crime
de perigo, pois não é necessário que cause materialmente um acidente ou algo do tipo.
TERCEIRA PROVA:
Matéria 01
Crime doloso – quando o agente QUER ou ASSUME O RISCO de produzir tal resultado
Teorias:
a) Vontade: quem pratica o ato QUERENDO o resultado
b) Assentimento: não precisa o agente querer o resultado, mas sim do ‘’aceitamento’’ do
agente de produzir tal resultado (ele tinha noção que isso iria acontecer, embora não
fosse sua vontade, e mesmo assim fez).
c) Representação: a pessoa deve somente ter a PREVISÃO de que PODE acontecer alguma
coisa, e faz, embora mesmo assim não aceitando.
Elementos do dolo:
a) Cognitivo ou intelectual: a pessoa deve ter consciência de que tal conduta que se pratica
pode levar a tal resultado.
b) Volitivo (‘’pagar para ver’’): sabe do que pode acontecer e assim mesmo faz, embora
isso não derive de alguma vontade de causar mal.
DOLO DIRETO:
a) De primeiro grau: escolhe a forma de agir, então segue em frente e a pratica (o agente
de fato queria produzir).
b) De segundo grau: os resultados produzidos em segundo grau são uma consequência
direta do meio escolhido pelo agente para obter o resultado que tinha como intenção
principal.
DOLO INDIRETO:
a) Alternativo:
1. Objetivo: a vontade de produzir um resultado criminoso contra alguém específico,
mas não importando a maneira de como isso irá acontecer.
2. Subjetivo: não tem um alvo específico, somente a vontade de produzir algo ‘’mal’’.
b) EVENTUAL: o agente quer produzir o resultado A, mas ele tem consciência de que
produzindo esse resultado A poderá ocorrer o resultado B, mas mesmo assim atua.
Logo, como já imaginado o resultado B ocorre. Então em relação ao resultado B houve
dolo eventual. (ACEITAÇÃO DO SEGUNDO RESULTADO)
DOLO DIRETO DE SEGUNDO GRAU X DOLO EVENTUAL: no dolo direto de segundo grau o
agente prevê que o resultado é CERTO OU QUASE CERTO DE OCORRER, mas já no dolo eventual
o agente prevê que o resultado é POSSÍVEL DE ACONTECER e mesmo assim o faz.
Outras classificações:
a) Dolo de dano: vontade de causar algum dano a um bem jurídico.
b) Dolo de perigo: consciência de que seu ato poderá causar perigo, exemplo: dirigir
embriagado.
c) Dolo genérico: vontade de praticar algum crime, mas sem alguma finalidade específica.
d) Dolo específico: vontade de praticar algum crime com finalidade específica, exemplo:
extorsão mediante sequestro.
e) DOLO GERAL (LEMBRAR DO EXEMPLO DA ELISE MATSUNGA, QUE ESQUARTEJOU O
MARIDO, MARCOS YOKI): decorre de um desvio na causa do crime. Ocorre nos casos
em que o agente pratica uma primeira conduta e acredita que dela obteve o resultado,
em seguida, pratica outro comportamento, do qual efetivamente obteve o seu
resultado pretendido. Em razão do dolo geral, o agente RESPONDERÁ PELO RESULTADO,
AINDA QUE ESTE NÃO ADVENHA DA PRIMEIRA CONDUTA.
Matéria 02
Crime Culposo – a pessoa não tem a intenção de causar algum dano, mas em razão da falta de
cuidado ele produz um resultado criminoso INDESEJADO.
ESPÉCIES DE CULPA:
a) Consciente: o fato tem que ser previsível e o agente tem que ter essa previsão, porém
o agente acha que é habilidoso o suficiente para evitar o resultado.
b) Inconsciente: quando o agente não teve a capacidade de prever que o fato poderia
ocorrer.
c) Própria: é a culpa em que o agente não pretende o resultado, mas pratica a conduta
sem observar os cuidados necessários (I.N.I).
d) Imprópria: é a culpa que surge em decorrência de erro evitável.
a) Compensação de culpas: a culpa da VÍTIMA não isenta o RÉU da pena, pode no máximo
diminuí-la.
b) Concorrência de culpas: quando duas ou mais pessoas dão causa ao mesmo resultado
criminoso agindo culposamente.
c) Crime preterdoloso: é um crime em que o agente pratica um resultado doloso e
culposo.
QUARTA PROVA:
Matéria 01
Consumação: quando no fato estão reunidos todos os elementos da definição legal do crime.
Em outras palavras, quando o agente faz com que o crime aconteça.
Quanto ao exaurimento, podemos dizer que é uma conduta ‘’a mais’’ do agente, ou seja,
quando o crime já está consumado e o mesmo pratica outra conduta que irá agravar sua
consequência, no entanto deve-se evitar confusão com outro crime. Por exemplo, temos: João
dispara três tiros contra Marcos. Com medo de que alguém o descobrisse, João retalhou o
cadáver de Marcos e logo em seguida ocultou-o em um terreno distante de suas respectivas
casas. Nesse caso temos que: os disparos é a consumação; o retalhamento é o exaurimento; e
a ocultação de cadáver é outro crime.
Matéria 02
Crime consumado: segundo o artigo 14 inciso I do CP, temos: ‘’diz-se o crime consumado,
quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.’’
Matéria 03
Crime tentado: é adotada a teoria OBJETIVA, segundo o artigo 14 inciso II do CP: ‘’diz-se crime
tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do
agente.’’
Quanto a sua pena: ‘’salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Espécies de tentativa:
- PERFEITA OU ACABADA: ‘’crime falho’’ – essa é a mais grave. Quando o agente ESGOTA todos
os meios de execução que ele tinha e mesmo assim o crime não se consuma.
- BRANCA OU INCRUENTA: essa é mais leve. Quando a vítima permanece INTOCADA. Para
facilitar o entendimento, temos a hipótese de o agente ERRAR TODOS OS TIROS na vítima.
Matéria 04
Crimes que NÃO admitem tentativa: dica – Cada Um Ouça o PróPrio Coração Hoje.
Crime CULPOSO: quando o agente não tema vontade, mas em razão de alguma Imprudência,
negligência ou imperícia, causa um resultado criminoso.
CONTRAVENÇÃO penal: a lei estabelece que, não há tentativa nestes, não há uma explicação
lógica como há nos demais.
Matéria 05
Desistência voluntária: basicamente, é quando o agente DESISTE do crime porque ELE MESMO
QUER. Temos como o elemento principal a VONTADE PRÓPRIA.
Pelo fato de não se consumar o crime, a desistência voluntária pode ser facilmente confundida
com a TENTATIVA, então é bom se atentar nas maiores diferenças e igualdades entre os dois.
Ambos ingressam aos atos de execução e também não são consumados. A diferença está na
parte de que, na tentativa a não consumação se dá por RAZÕES ALHEIAS AS DA VONTADE DO
AGENTE, e na desistência voluntária a não consumação se dá PELA VONTADE PRÓPRIA DO
AGENTE.
Arrependimento POSTERIOR: basicamente é uma reparação do dano causado pelo agente para
o ofendido.
- A circunstância de reparação se COMUNICA, mesmo que uma pessoa dos dois que cometeram
a infração repare integralmente com seus próprios recursos.
Matéria 06
Crime impossível: razão alheia a da vontade do agente, no entanto ela é MUITO específica.
O meio utilizado aos atos de execução pelo agente, era INEFICAZ, OU o objeto era impróprio.
a) Quanto aos meios utilizados serem ineficazes, temos o exemplo de quando o agente
pega a arma, no entanto ela estava sem munição.
b) Quanto ao objeto impróprio, temos como referência a pessoa ou a coisa a qual incide o
‘’crime’’. Por exemplo: atirar em um cadáver (pessoa JÁ MORTA).
Quanto a responsabilidade:
a) No exemplo da arma sem munição, o agente responderá por apontar a arma para a
possível vítima (o que se configura como AMEAÇA); e porte de arma ilegal.
b) No exemplo do agente que dispara em um cadáver, ocorre de ele responder por efetuar
disparo com arma de fogo e porte de arma ilegal.
Como conclusão da responsabilidade nestas duas situações, pode-se observar que o agente só
responderá polo resultado que EFETIVAMENTE PRODUZIU.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 1º
ANO
PRIMEIRA PROVA:
Matéria 01
Item 1: Estado, o que é? Estado é um ente artificial criado para promover o bem comum.
O que é Tutela? Uma espécie de Guarda, que serve para cuidar ou proteger algo ou alguém.
Com a criação da sociedade iniciou-se os conflitos, mas estes não poderiam ser resolvidos por
conta própria, então, assim surge o estado com seu objetivo de manter o bem comum.
O Estado usa o Direito como um instrumento para garantir a justiça e/ou bem comum.
Porque nasce um processo? Tudo começa a partir da Tutela Jurídica estatal, que o ‘’T.J.E.’’
realiza em dois planos.
O primeiro é a Tutela Jurídica (Direito material), este fala sobre as leis que devem ser seguidas
em sociedade para a garantia dos bens da vida, sejam eles matérias ou afetivos.
O segundo plano é a Tutela Jurisdicional (Direito processual). Aqui se inicia o processo. O direito
processual só será utilizado em caso de falta de seguimento do direito material.
‘’O processo é um instrumento utilizado pelo Estado através de juízes, que só será usado quando
o direito material não é cumprido espontaneamente. O processo é uma sequência de atos com
o objetivo de entregar o direito a parte que tiver razão. ’’ Thomaz, Gui.
Matéria 02
1 – Auto tutela ou auto defesa: quando o indivíduo se defende sem a intervenção do Estado.
4 – Jurisdição: O Estado se substituindo a vontade das partes para resolução dos conflitos.
Restando como mais formas, como dito acima, temos a Tutela Jurídica e Tutela Jurisdicional.
Matéria 03
Todos devem ter acesso à justiça, porém muitos não têm porque a justiça é, de fato, cara.
1. Econômico: os altos custos de iniciar o processo, dificulta o pleno acesso à justiça. Ajustiça
pode sim ser gratuita, desde que, o cidadão comprove insuficiência de recurso. Isto é, ele
poderá usufruir da justiça gratuita contanto que sua renda seja de menos de 3 salários mínimos,
daí ele consegue um defensor público. Caso ele tenha dinheiro para um defensor particular a
parte que contratou o este defensor particular deverá pagar seus honorários, ditos no processo.
O pagamento do defensor público é dado através da OAB (de onde vem os defensores
públicos).
OBS: O Estado faz ‘’convênios’’ com a OAB, é daí que surge os defensores públicos.
2. Desconhecimento do Direito
Atualmente a imprensa divulga bem mais, assim fazendo com que os cidadãos conheçam seus
direitos, desta forma indo procurá-los.
3. Morosidade (demora)
Existem muitos processos, o atraso excessivo de um destes pode gerar prejuízo à parte, porém
este prejuízo é plenamente ressarcível, através do princípio da boa-fé.
O que é princípio da boa-fé? Direito privado, cuja a função é estabelecer um padrão ético. Para
saber se o indivíduo estava ou não de boa-fé é preciso analisar seu comportamento.
O que é uma Tutela de Urgência? Quando você precisa de uma decisão jurídica.
Quem pode entrar com essa prioridade? Idosos com mais de 60 anos, deficientes.
5. Tutela de Urgência (tutela liminar ou antecipada) – para o uso desta o advogado tem que
ter provas o suficiente.
Qualquer caso pode ter, desde que esteja bem fundamentada e justificada.
Cognição exauriente -> é baseado nos exames mais aprofundados e, além disso, as
provas, que cria um juízo de certeza.
Matéria 04
Alternativas de morosidade
Criação de técnicas de conciliação – formas de resolver conflito, o ideal seria que todos se
resolvessem sem a intervenção do estado.
Conciliação (a forma mais pacífica de resolução) X Litígio (Aquilo que promove uma disputa ou
briga entre as pessoas).
J.E.C (Juizado Especial Civil e Criminal) – Para crimes menores (IMPO) e causas até 40 S.M.
Não pode ter causas complexas. A causa se torna complexa a partir do momento que ela tiver
uma perícia. É uma forma do processo ‘’andar mais rápido’’.
SEGUNDA PROVA:
Matéria 01
Sincretismo: contém normas de DP e DM, porém predomina o DM. Basicamente é uma junção.
Autonomista: em 1868, Oscar Von Bullow, deu origem ao Direito Processual e a partir daí surge
a ciência processual. Já que a ciência processual possui regras, elas devem ser seguidas, e, caso
não seguidas não levará ao ganho da causa, ainda que os argumentos estejam bem formulados.
A autonomia foi boa, já que ela dividiu o DM do DP, no entanto, o intérprete ficou ruim devido
ao fato de que o DP é autônomo.
Instrumentalidade do processo: foi criada para analisar o processo de uma forma mais
dinâmica, para que assim não seja, de todo, interpretado ao pé da letra.
A ciência processual deixou de ser autônoma devido à instrumentalidade? Não, porém tornou
o processo mais flexível. Instrumentalidade surgiu para que as normas não fossem interpretadas
ao pé da letra, assim não ferindo o DM.
Matéria 02
Norma processual não admite negociação, já que ela é feita em prol da sociedade.
As normas de ordem pública não podem ser afastadas pelas vontades das partes. Elas também
são de aplicação imperativa que serão essencialmente titular os interesses primordiais da
coletividade.
Matéria 03
LEI: além de ser a fonte mais segura, ela é também a fonte que se procura quando necessária à
resolução de conflitos, já que ela dá total segurança.
NEGÓCIO/FATO JURÍDICO: quando se vai estudar o fato, é necessário analisar as cláusulas antes
de tudo.
USOS E COSTUMES: quando o caso estudado não tem uma lei, e é adotado, como base, os usos
e costumes. A partir daí vem uma dúvida: os juízes são obrigados a seguir essa vinda dos usos
e costumes? Não, se há usos e costumes precisa de uma organização lei (para ser seguida
OBRIGATÓRIAMENTE). Juízes devem observar as decisões do STF e STJ (instância extraordinária).
Matéria 04
a) Processo Civil: A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, salvo
se houver tratados, convenções ou acordos internacionais que o Brasil seja parte.
(Artigo 13º, NCPC)
b) Processo Penal: O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este
código, ressalvados: quando houver tratados ou convenções de direito internacional;
Prerrogativas; processos de competência de Justiça Militar; processos de competência
de tribunal especial; e processos por crime de imprensa. (Artigo 1º, CPP)
a) Processo Civil: A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas
consolidadas sob a vigência da norma revogada. (Artigo 14º, NCPC)
b) Processo Penal: a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade
dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. (Artigo 2º, CPP)
Matéria 05
Métodos:
Matéria 06
Que tenha:
A) ACESSO À JUSTIÇA.
B) JUSTIÇA GRATUITA: para aqueles que comprovem insuficiência de renda (até de 03
S.M).
C) CELERIDADE: processo deve ser célere, isto é, mais rápido dentro do possível.
D) CONTRADITÓRIO: que as partes possam se contradizer uma a outra, além da ampla
defesa.
E) UM JUIZ IMPARCIAL: o JUIZ deve ser imparcial a todo o momento do processo, ele não
pode ‘’pender’’ a uma das partes.
F) PROIBIÇÃO DA PROVA ILÍCITA: salvo com autorização judicial.
G) MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES: todos os julgamentos do Poder Judiciário devem ser
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Pode sim não ser
públicos, porém quando a lei disser.
H) POSSIBILIDADE DE RECURSO.
I) PUBLICIDADE: transparência.
TERCEIRA PROVA:
Matéria 01
Tema 10
Jurisprudência
Introdução (artigo 2º da CF): ‘’são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Conceito: a palavra ‘’juris’’, advinda do latim, significa ‘’direito’’, enquanto a palavra ‘’dictio’’,
também do latim, significa ‘’dizer ‘’. Trazido ao português, essas duas palavras formam
‘’jurisdição’’ a qual podemos entender que significa: dizer o direito. Essa expressão ‘’dizer o
direito’’ nada mais é do que entregar o direito para quem o merecer, isso é feito através do
processo, então temos a seguinte conclusão: será o processo que irá nos dizer o direito, assim
se fazendo a justiça.
Características da Jurisdição:
a) Lide: deriva da palavra litígio, que por sua vez tem o significado de conflito de interesses
que necessariamente dará início a uma ação judicial de contestação da demanda. Visto
que nem todos os processos possuem um litígio, e assim são resolvidos de forma
amigável, sem a necessidade de uma sentença judicial, essa característica não é
absoluta (não está em todos).
b) Inércia: exige que haja a manifestação da pessoa que teve seu direito violado.
c) Caráter definitivo (coisa julgada): só existe quando se dá uma decisão já transitada em
julgado (aquela decisão da qual não se cabe mais recurso), caso ainda não seja essa
decisão, não há que se falar em caráter definitivo. E quanto às decisões de primeira
instância? Essas decisões só tangem essa característica quando não houver a
interposição de recurso, mesmo que caiba.
Princípios:
a) Justiça comum: Previdência; Dano Moral; Crime; Civil; Juizado Especial Criminal
(J.E.Crim.); e Juizado Especial Civil (J.E.C.).
b) Justiça especial: Trabalho; Eleitoral; e Militar.
c) Jurisdição contenciosa: contenda; disputa; litígio; e controvérsia.
d) Jurisdição voluntária: somente quando o código não estabelecer procedimento
especial. Quando é o Estado (por meio do MP ou DP) que está tutelando interesses que
não são conflitantes.
Matéria 02
Tema 11
Competência: diz respeito às regras que orientam o jurisdicionado/MP onde propor a ação.
Serve para garantir o princípio do Juiz Natural. Ela é dividida entre alguns critérios:
Todos são elencados na CF, com exceção aos Tribunais e Juízes Eleitorais, que possuem uma
legislação específica (infraconstitucional).
CNJ: único que não possui um poder jurisdicional, visto que ele é um órgão fiscalizador do Poder
Judiciário.
Tanto o STF como o STJ e o TST são órgãos de 1º, 2º e ‘’3º’’ instância. ELES SÃO OS ÚNICOS DE
UMA CHAMADA ‘’3º INSTÂNCIA’’.
QUARTA PROVA:
Matéria 01
Tema 12 – Ação
Conceito básico: direito de pedir ao Estado a tutela jurisdicional, em face de seu direito material
haver sido violado.
O direito de ação preconiza que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça. Ademais, versa sobre matéria que toca o princípio do devido processo legal, o qual nos
diz que ninguém será privado de seus bens ou sua liberdade sem o devido processo legal.
a) Interesse de agir – este se divide em dois objetos, o primeiro é a necessidade, que diz
que para buscar a tutela jurisdicional deve ser necessário, isso significa dizer que, caso
não consiga alcançar o resultado desejado sem a prestação judicial, aí sim se deve
procura-la. O segundo é a adequação, que é a opção pelo meio processual que possa vir
a produzir o resultado útil, em outras palavras, a opção escolhida deve ser a necessária
para alcançar tal resultado.
b) Legitimidade de parte – deve ser demandado aquele que é o responsável pela obrigação
ou o titular do direito que alega. Por exemplo: a pessoa que sofreu a ameaça ou a lesão
deve procurar o judiciário, além do mais, ele tem que PODER ajuizar uma ação em face
daquele que ele alega ter violado ou ameaçado violar seu direito.
Renovação da ação: o pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte
proponha de novo a ação. Em outras palavras, o indeferimento da inicial (seja lá por qual
motivo) não impede que o autor proponha novamente a ação.
Matéria 02
Princípio do contraditório também é do autor, visto que ele também possui o direito de
contradizer os argumentos que serão propostos contra ele. Enquanto o autor for autor, não
perceberá o princípio da ampla defesa, visto que este somente acusa, já que é um autor.
Juiz não pode proferir alguma decisão sem que antes tenha ouvido a parte contrária. No entanto
há exceção, a qual nos diz que em caso de tutela provisória de urgência pode o juiz proferir
decisão sem antes ouvir a parte contrária. É chamada de tutela provisória, pois ela é passível de
alteração. (Art. 9, parágrafo 1, NCPC)
Defesa:
a) Processual: ataca o procedimento, isto é, ataca algum ato arrolado (partes e advogado)
ou proferido (juiz) de forma errônea ou indevida.
b) Mérito: aqui é atacado o direito material, diferentemente da defesa processual. Há
também dois fatos importantes nessa defesa, o primeiro é que pode o réu demonstrar
a inexistência do direito do autor ou que a ação é improcedente, por algum motivo. O
segundo fato é que o advogado do réu deve alegar TUDO o que puder em favor de seu
cliente na defesa de mérito.
Defesa Processual:
Uma ação julgada extinta sem julgamento do mérito pode ser reproposta.
Reconvenção: á grosso modo, significa dizer que o réu passa a ser o autor. Como por exemplo,
um pagamento de dívidas, em que a questão é analisada mais afundo e verifica-se que o
devedor, na verdade é o credor, ou vice-versa.
Exceção de:
a) Incompetência: alegar discordância do foro ou do juízo. A parte alega que tal foro ou
juízo não é o competente para o julgamento da ação.
b) Impedimento e suspeição: discordância da pessoa do juiz, pelo motivo de que sua
imparcialidade pode ser ou será violada.
c) Impugnação ao valor da causa: o réu refuta o valor dado á causa pelo autor, por
exemplo: recolheu as custas errado.
Revelia: é quando o réu não se defende, mas aí essa falta de contestação faz com que os fatos
alegados pelo autor sejam reputados como verdadeiros (isso não fará com que o autor ganhe
o processo, entretanto a chance é grande). O revel poderá entrar no processo a qualquer
momento, inclusive após a sentença. Quando declarado revelia no processo, em nome do réu,
será nomeado um defensor.
OBS: até mesmo o réu reconhecendo os fatos alegados pelo autor não significa que este vencerá,
mas novamente, a chance é grande.
Matéria 03
Tema 14 – Processo
Natureza jurídica: prevalência do caráter público. A ação é sempre PÚBLICA, nos casos de
privada, é somente iniciada por algum particular que teve seu direito violado, visto que o direito
de punir é SOMENTE DO ESTADO.
Linhas evolutivas: Sincretismo (junção das normas de Direito Material com as de Processual, no
entanto prevalece o de Material); Autonomista (é autônomo, assim dando origem a ciência
processual, no entanto como ela dividiu o direito material do processual a interpretação ficou
ruim, pois as normas estavam sendo levadas ao pé da letra); e Instrumentalidade do processo
(foi criada para analisar o processo de uma forma dinâmica, para que assim não houvesse uma
interpretação ao pé da letra). Cabe ressaltar que, mesmo após a criação da Instrumentalidade
do processo (que serviu para ‘’limitar’’ a autonomia) o processo CONTINUA SENDO AUTÔNOMO.
a) Referente ao Juiz: autoridade (verificar se ele é juiz mesmo); competência (se ele é ou
não competente para julgar tal fato); e imparcialidade (quando a parcialidade do juiz
pode ser violada).
b) Referente às partes: capacidade de ser parte (todos têm, inclusive os menores e
incapazes); de estar em juízo (essa nem todos têm, por exemplo, no caso do menor,
deverá ele ser representado ou assistido); legitimidade (só poderá ajuizar a ação aquele
que teve seu direito violado ou ameaçado de o ser).
c) Capacidade Postulatória: faculdade privativa de advogado. Á grosso modo: ‘’poder de
advogado’’. Todos os casos precisam de advogados para que possam prosseguir com o
processo, com exceção aos processos dos Juizados Especiais NAS CAUSAS ATÉ 20
SALÁRIOS MÍNIMOS.
d) Formalidades Processuais: as formalidades padrão.
Sujeitos do Processo:
a) Litisconsórcio: pluralidade de autor ou de réu juntamente com uma LIDE. Isso visa a
economia processual.
b) Intervenção de terceiro: quando um terceiro entra no processo (deve haver o interesse
deste). Inicialmente ele não estava no processo.
c) Advogado: é indispensável a presença de advogado no processo, exceto nos Juizados
Especiais nas causas de até 20 salários mínimos.
d) Ministério Público: legitimação para acusar tanto na esfera civil quanto no crime.
Funciona como órgão acusador do processo.
Coisa julgada: quando é dada uma sentença e dessa sentença não cabe mais recurso.
(SENTENÇA IRRECORRÍVEL).
Prova: para haver certeza da decisão que o juiz irá tomar, ele deverá obter todas as provas para
comprovar a materialidade do fato e a autoria ou participação do acusado. ‘’O juiz conhece o
direito, mas não os fatos.’’ Ou ‘’Dai-me os fatos, que lhe conduzo ao direito.’’
Ônus da prova: significa dizer o mesmo que ‘o encargo de produzir as provas’. No processo
penal, cabe ao ministério público, em nome do autor, produzir as provas contra o autor. No
processo civil cabe ao autor quando querer acusar, e ao réu quando quiser se defender.
OBS: tecnicamente no processo civil funciona assim: ‘’Se VOCÊ está alegando isso, VOCÊ que
prove.’’ Tanto para o autor quanto para o réu. Ou seja: se alega, mas não prova, nada alega.
DIREITO FINANCIERO E
TRIBUTÁRIO 1º ANO
*Somente 2º semestre*
TECEIRA PROVA:
Matéria 01
Despesas públicas: são gastos realizados pelo governo para a manutenção da máquina
administrativa.
. Poder ser que gere um débito (quando é arrecadado menos do que se ganha), mas não
necessariamente gerará.
. Quanto ao motivo:
- Corrente: é aquela realizada pelo ente público e que NÃO gera acréscimo patrimonial para
o mesmo.
a) Pagamento com pessoal: inclui-se todos os servidores públicos;
b) Material de consumo: bens de caráter consumível, exemplo: merende escolar;
c) Serviços de terceiros;
d) Encargos: pagamento de férias, 13º, FGTS, adicionais e etc;
e) Subvenções: para fomentar atividade econômica pública;
f) Inativos/pensionistas: pagamentos com índole previdenciária;
g) Salário família: acréscimo salarial para necessitados com filhos de até 14 anos;
h) Juros da dívida pública;
i) Transferências correntes: qualquer tipo de transferência realizada a outro ente,
referente a pagamento público classificado como despesa corrente.
- Capital: é aquela realizada pelo ente público que GERA acréscimo patrimonial. O gasto é
convertido em algum bem.
Matéria 02
Créditos adicionais: quando surge uma despesa que não está prevista na LOA.
Matéria 03
a) União: 50%.
b) Estados: 60%.
c) Municípios: 60%.
. Despesas com seguridade social: abrange previdência social, assistência social e saúde.
a) Previdência social: aposentadoria, seguro desemprego, doença, entre outros. Só recebe
quem contribui com o sistema.
b) Assistência social: serviço realizado pelo poder público com a função de reduzir a
pobreza e a desigualdade social. Exemplo: Bolsa família e BPC.
c) Saúde: representada pelo SUS.
Todas as vezes que for ampliar algum destes, deve-se provar que tem fonte de custeio para
isto, não pode fazer sem provar.
Matéria 04
Endividamento público:
1. Dívida pública consolidada: é aquela contraída pelo Estado através de compromissos por ele
assumidos ou através de leis, contratos, convênios, tratados ou operações de créditos.
Normalmente este tipo de dívida é de médio a longo prazo, ou seja, por 12 meses ou mais.
2. Dívida pública mobiliária: é aquela representada pela emissão de títulos da dívida pública
emitidos pela União, DF, Estados, Municípios e também pode ser pelo BACEM (no entanto, o do
BACEM só pôde até 2002, mas ainda é possível que se encontre títulos dele ‘’rodando’’ por ai).
a) Limite global: que corresponde aos valores de operações de crédito a serem realizadas
pelo ente público durante o exercício financeiro, ou seja, o ano. É de 16% do total da
receita corrente líquida (total de arrecadação).
b) Limite do pagamento de encargos nas dívidas anteriores: 11,5% do total de receita
corrente líquida.
Matéria 05
- Espécies:
Matéria 01
- Características:
. NÃO constitui sanção de um ato ilícito: ou seja, não provem de sanção de ato ilícito.
OBS: DIFERENÇA ENTRE TAXA E IMPOSTO: Na TAXA, financiam serviços públicos DIVISÍVEIS; e
no IMPOSTO, financiam serviços públicos INDIVISÍVEIS.
. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: tem como fato gerador a VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA
DECORRENTE DA REALIZAÇÃO DE UMA OBRA PÚBLICA.
a) Necessita de projeto de lei para ser feita; e o Governo é autorizado a fazer a contribuição,
sendo-lhe facultado cobrar do povo ou usar seus próprios créditos.
b) Limites para contribuição:
c) Ato vinculado: pois, possui como fato gerador a necessidade de uma conduta realizada
pela Administração Pública.
d) Tributo de ARRECADAÇÃO VINCULADA: visto que a contribuição já possui uma
FINALIDADE ESPECÍFICA.
. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: possui como fato gerador uma atividade que não tem qualquer
tipo de arrecadação com o ato a ser praticado com a administração pública.
a) Tributo de ARRECDAÇÃO VINCULADA: pois, quando o motivo que o deu início, cessar, o
empréstimo também cessará.
b) Motivos para esse empréstimo: atender DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS, decorrentes de
CALAMIDADE PÚBLICA, de GUERRA EXTERNA OU SUA IMINÊNCIA. Há a hipótese de sua
realização em caso de INVESTIMENTO PÚBLICO DE CARÁTER URGENTE E DE RELEVANTE
INTERESSE NACIONAL.
c) Somente a UNIÃO, MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR, poderá institui-lo.
Ademais, cumpre ressaltar que, a OAB NÃO SE FAZ PRESENTE nesse rol de entidades
que cobram tributo, apesar de ser uma autarquia. As demais se enquadram, mas a OAB
não. Segundo o STF: ''as contribuições cobradas pela OAB não têm natureza tributária.''
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO
DIREITO 1º ANO
PRIMEIRA PROVA:
Matéria 01
Contratualistas: diferente dos naturalistas, os contratualistas diziam que o homem não se junta
em sociedade por necessidade, mas sim por vontade. O homem escolhe viver em sociedade,
pois um indivíduo sozinho é inferior a dois, sendo assim o homem se junta ao outro buscando
seu melhor.
Thomas Hobbes, um defensor moderno da teoria contratualista, dizia que o homem é egoísta já
de sua natureza, então ele vivia em constante guerra com o homem. Em sua vontade o homem
cria o Estado, pois o homem tinha medo do próprio homem. Sendo assim, o Estado ‘’cuidaria’’
da sociedade garantindo a paz. (Leviatã)
Rousseau, mais um defensor desta teoria, afirmava que o homem vivia na felicidade até nascer
a propriedade privada. Após o nascimento dessa propriedade privada o homem se torna mais
egoísta, pelo motivo de que ele sempre irá querer cada vez mais propriedade. Então ele cria o
contrato social, a partir de sua vontade, não da necessidade.
Matéria 02
Cultura e natureza:
Tudo aquilo que não teve a participação do homem pertence a natureza. Aquilo que teve a
participação do homem pertence ao mundo da cultura, visto que, o homem desfrutou de sua
inteligência.
Mundo da cultura: deve-se compreender a finalidade e o valor. Tudo tem seu valor e finalidade.
Exemplo: um copo custa dois reais e sua finalidade é de colocar água dentro.
Mundo da natureza: de pronto, já é explicado. Cega os valores, pois quando se está na natureza
não precisa de fins e valores.
Juízo: fazer uma afirmação negativa ou positiva sobre alguma coisa. (Sujeito afirma ou nega
contra o Predicado)
Juízo de realidade: natureza / este tem que ser respeitado / é uma ‘’obrigação’’.
Juízo de valor: cultura do dever ser / DEVERÁ (não que será, mas sim que deve) ser respeitado,
possui uma ideia de talvez. A ligação entre o sujeito e o predicado, no juízo de valor, resulta de
uma ação subjetiva (vem de cada um), assim se tendo valor ou desvalor do objeto ou fato.
Resumindo ainda mais, vem da moral ou ética de cada um.
a) Que não impõe normas de comportamentos: quando não impor comportamentos faz
parte da história ou sociologia.
b) Que impõe normas de comportamentos: o valor irá impor que você adote uma conduta,
assim gerando a ética. Exemplo: fila, quando você chega e fica esperando já que tem
pessoa na sua frente, você tem que dar valor a elas.
‘’A ética é gerada a partir da conduta imposta através do valor. ’’ Thomaz, Gui.
Matéria 03
Características:
a) Imperativa: a norma ética tem um valor que DEVE SER seguido. Ela dita que você faça
ou deixe de fazer alguma coisa para adequar-se à sociedade.
b) Possibilidade de violação: ela ainda pode ser violada mesmo sendo imperativa. Ela só é
violada quando o indivíduo não possuir o valor de cumprir, vai do valor de cada um.
c) Impõe-se ao fato contrário: mesmo ela sendo violada ela ainda irá existir, ela não se
extinguirá dessa maneira.
1. Imperatividade: está presente em todas as normas. O direito é imperativo pois, impõe alguma
norma para se fazer ou deixar de fazer algo.
2. Heterônomia:
a) Direito heterônomo: não vem de você, já que você é obrigado a fazer algo. Exemplo:
pagamento de impostos.
b) Moral autônomo: vem de você, você faz para se sentir bem. Vem do seu íntimo.
3. Coercibilidade: uso da força, caso necessário. Somente as normas jurídicas são coercíveis. A
igreja não é coercível, já que, todos podem ou não ir à igreja.
Força em potencial: quando a força está fora do direito. (Força não é essencial, a não ser quando
falta a colaboração do indivíduo com o direito).
Bilateralidade-atributiva: é a relação entre duas pessoas (daí vem bilateralidade) que atribui
tanto direitos como deveres entre os sujeitos jurídicos. Ele é bilateral, pois envolve dois lados,
e ele é atributivo já que atribui condutas em cima de um indivíduo, mesmo que ainda não
estando em processo.
Matéria 04
Direito e Moral
4. Teoria dos círculos secantes: Segundo essa teoria o Direito e Moral possuem um campo de
competência comum. Isto é, a moral e o direito são diferentes, mas para 100% de resolução de
um conflito é necessário dos dois. Lembrar do desenho.
5. Conclusão: Direito e Moral são conceitos que se distinguem, mas não se separam.
SEGUNDA PROVA:
Matéria 01
Ele criou um método de como estudar a ciência jurídica, este método era utilizando somente as
normas jurídicas e ignorando as morais e éticas (valores).
Teoria positivista: direito ignorando os valores, utilizando somente as normas jurídicas. Assim
decidindo se o direito é válido ou inválido, lícito ou ilícito, mas não se é justo ou injusto, pois
isso quem irá dizer são os filósofos que estuda o direito.
Para a criação de outras normas abaixo da Constituição Federal é necessário que não seja
contrária a Constituição Federal, ou seja, a norma menor deverá se FUNDAMENTAR na norma
maior (Constituição Federal). Essa questão de fundamento em norma maior é chamada de
NORMA HOPOTÉTICA FUNDAMENTAL, que nada mais é do que uma norma imaginária
considerada acima da Constituição Federal. Mas o que essa norma hipotética diz? Ela diz que
para que a norma seja criada ela deve NÃO CONTRARIAR a Constituição, isto é, ela irá, de forma
indireta, ‘’julgar a norma’’. Como assim julgar? Julgar, isso mesmo. Já que ela analisa a norma e
se essa estiver se fundamentando na norma superior, Constituição, e não contrariando ela, essa
norma nova, inferior, irá entrar na pirâmide.
Resumindo: para poder ser criada uma norma inferior à constituição, ela deve não contrariar a
mesma. Quem dirá ou julgará isso, será a norma hipotética fundamental, que por isso é
considerada acima da Constituição Federal.
Matéria 02
Porque tridimensional? Muito simples, pois, diferentemente de Kelsen, ele afirma que o Direito
tem que ser dividido entre FATOS DA SOCIEDADE, VALORES E NORMAS JURÍDICAS.
Um exemplo: digamos que o fato da sociedade é preservar a vida, certo? Então será imposto
um valor nesse fato, pois é uma vida, logo tem um valor. Esse conjunto de preservar a vida e seu
valor imposto irá resultar em uma norma jurídica. Ok, mas qual seria essa norma jurídica, nesse
exemplo? A norma jurídica seria a de que não se deve matar, pois é necessária a preservação da
vida, logo, matando haverá essa preservação.
Matéria 03
Estado constitucional Liberal – Constituição
Só para entendermos...
Século VIII até XIV: o modelo de Estado que dominava era o Feudal (Feudalismo). Este dizia que
comandava quem tinha mais pode. Um tinha mais terra que o outro, então um mandava mais
que o outro.
Século XIV até XVIII: o modelo de Estado que dominava desta vez era o Absolutista
(Absolutismo). Este modelo passou a dizer que quem comandava tudo era o rei, aquele que
tinha todo o poder concentrado nele. Aqui existia a Nobreza, burguesia e povo. Quem carregava
tudo nas costas era o POVO, sem ganhar nada, enquanto a nobreza e burguesia não fazia nada,
ganhando tudo.
2. Principais iluministas:
John Locke: este defende a liberdade. Também dizia que o conhecimento era adquirido através
do empirismo (experiência).
Montesquieu: Não autorizava a retirada do rei, mas era a favor dele. Como assim? Ele era a
favor de um rei, mas não que todo o poder fosse concentrado neste. Ele era a favor de uma
Soberania UNA, porém dividindo seus poderes, isto é, dividindo entre o Legislativo, Executivo
e Judiciário.
Voltaire: defendia o direito de expressão, que até então podia se dizer que não existia. Ele queria
que o rei respeitasse as ideias do povo.
Rousseau: poder é do povo, defende o Estado democrático. Contrato Social (poder emana do
povo). Isso seria a vontade geral (vontade da maioria vencia a minoria).
Este artigo dizia que a sociedade que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem
estabelecida a separação dos poderes não uma constituição.
a) Originário/de fato: este é ILIMITADO; INICIAL (CRIA UM ESTADO), podendo dizer tudo,
já que está criando um NOVO Estado; e INCONDICIONAL. Cria poderes que regem
interesses do povo.
b) Derivado/de direito: poder de reformar, alterar e emanar a Constituição. LIMITADO;
NÃO INICIAL; e CONDICIONADO.
Matéria 04
Para INICIAR A SESSÃO é necessária uma Maioria ABSOLUTA (metade dos integrantes da casa
mais um número seguinte inteiro).
Quanto a MAIORIA SIMPLES: metade dos PRESENTES mais um número seguinte inteiro.
Acabou? Não, ainda tem maioria qualificada, que significa dizer que é 3/5 dos membros.
Exemplo: Câmara municipal possui 15 integrantes, para que inicie a sessão são necessários 08
integrantes. Para aprovação de alguma norma que exija maioria simples, e só tiverem ido 08
integrantes, é necessária aprovação de pelo menos 05 pessoas. Nesse caso, se exigisse a maioria
absoluta seriam os 08 integrantes, ou seja, todos ali presentes naquele dia.
Matéria 01
Hermenêutica jurídica
a) Sentido estrito: entende que a hermenêutica trata da ciência que cuida da interpretação
das normas jurídicas.
b) Lato (mais amplo): entende que não se trata somente de uma ciência que cuida somente
da interpretação das normas jurídicas, mas que se trata também da aplicação e
integração do direito.
Critérios da interpretação
a) Declarativa: é aquela norma que diz exatamente o que deve ser dito, sem ‘’faltar’’ ou
‘’sobrar’’ algo. Quando a lei diz exatamente o que o legislador queria que fosse dito.
b) Extensiva: quando a lei diz menos do que o legislador queria que fosse dito, então ele
estende a lei.
c) Restritiva: quando a lei diz mais do que o legislador queria que fosse dito, então ele
restringe (‘’diminui’’) a lei.
Matéria 02
Aplicação do Direito: o uso das normas, de qual forma usar. ‘’Pegar’’ o fato e resolver com a
aplicação do direito.
Sentença: busca-se a melhor norma para a solução do conflito, aqui o direito deixa de ser
abstrato e vira concreto/individual após a sentença, visto que é direcionado a uma pessoa.
Direito positivo: conjunto de normas jurídicas vigentes em um TERRITÓRIO. Cada país deve
possuir um.
Direito natural (ou JUSNATURALISMO): uma teoria que busca fundamentar o direito no bom
senso, na equidade de no pragmatismo.
a) Formalista ou dogmática: faz o uso do SILOGISMO (premissa maior, que são as normas,
e premissa menor que é o fato). Tudo isso tem que ser de acordo com a lei para gerar
uma sentença ou decisão administrativa.
b) Aplicação lógica/valorativa: tem uma preocupação com os valores.
Matéria 03
O que é LACUNA? É, basicamente, quando não há uma norma jurídica para ser aplicada em tal
fato. Estamos diante de uma lacuna quando um aplicador do direito não consegue achar uma
norma para aplicar em tal fato, geralmente porque o legislador, de uma certa forma, não ‘’previu
que tal fato ocorreria’’ para que fosse criada uma norma discorrendo sobre tal situação.
a) Auto integração: quando a própria lei vai preencher essa lacuna, pelo método da
analogia, por exemplo.
b) Heterointegração: caso não encontrar algo para preencher essa lacuna pelo método da
analogia deve-se buscar ‘’fora da lei’’. Essa expressão ‘’fora da lei’’ não significa dizer
que seja ilegal, mas sim no sentido estrito da palavra ‘fora’ mesmo. Através de:
costumes, princípios do direito ou equidade.
Integração: ‘’procurar na outra lei’’ por força da analogia, por força de haver uma inexistência
de lei para tal situação.
a) Lacunas da lei: quando não há lei para tal fato, a grosso modo.
b) Lacuna do ordenamento jurídico: aqui não há lacuna, por força de o próprio
ordenamento jurídico já ter ‘’previsto’’ possíveis lacunas em lei (como de fato ocorre).
O ordenamento jurídico seria lacunioso caso NÃO houvesse a previsão de lacuna. Essas
previsões se encontram no artigo 4º (LINDB) e no artigo 140, CPC.
Matéria 04
Meios de integração:
a) Analogia: basicamente é um recurso técnico que aplica em um caso não previsto pelo
legislador, uma norma jurídica prevista para outro caso fundamentalmente semelhante
ao não previsto. A analogia possui duas ‘modalidades’, sendo elas a analogia legal, que
é quando se aplica UMA norma existente destinada a reger caso semelhante ao NÃO
PREVISTO, e a analogia jurídica, que significa extrair elementos de um CONJUNTO DE
NORMAS que possibilitam sua aplicabilidade ao caso não previsto.
A primeira versa sobre uma lacuna, ou seja, uma FALTA DE LEI. Enquanto a segunda, versa
sobre uma INSUFICIÊNCIA VERBAL DA LEI, ou seja, aqui há a lei, entretanto não é suficiente,
então o aplicador a estende.
Exclusão da analogia: quando não se pode usar a analogia, o que não é o caso do Direito
Civil, do qual a analogia é LARGAMENTE APLICADA.
1) Direito penal: não se pode aplicar analogia para piorar a situação do réu, entretanto
poderá aplicar quando for para beneficiar o mesmo.
2) Direito tributário: não se aplicar no Direito Fiscal também, por exemplo, quando for
para impor tributos ou penas ao contribuinte.
3) Normas de exceção: restinguem ou suprimem direitos.
b) Heterointegração:
1) Costumes: pratica reiterada de caráter SUBJETIVAMENTE OBRIGATÓRIO. A forma
que se deve ser utilizada é a do Praeter Legem, do qual serve para SUPRIR LACUNAS.
2) Princípios gerais do direito: dignidade humana; igualdade; e contraditório/ampla
defesa.
3) Equidade: é uma forma da qual o próprio juiz ou aplicador da lei decide da forma
mais justa o possível, ou seja, tem que seguir uma forma justa de acordo com o bom
senso do aplicador.
QUARTA PROVA:
Matéria 01
É uma lei de introdução às leis, disciplina a aplicação das leis em TODOS OS RAMOS DO DIREITO.
- Conteúdo:
Lei é uma norma jurídica escrita e emanada pelo Poder Legislativo, com caráter GENÉRICO e
OBRIGATÓRIO.
- Características:
a) Generalidade ou IMPESSOALIDADE: a lei possui um caráter impessoal, isto é, ela não se
destina a somente uma pessoa, mas a sociedade toda, disciplinando, portanto, todos. No
entanto, há exceções.
b) Obrigatoriedade ou IMPERATIVIDADE: é imperativa, pois em caso de seu
descumprimento autoriza que Estado imponha e aplique determinada sanção.
c) PERMANÊNCIA ou persistência: porque não se exaure numa só aplicação. Podem ser
aplicadas várias e várias vezes.
d) AUTORIZANTE: pois caso ela haja violada isso permitirá que eventual ofendido pleiteie
indenização por possíveis perdas e danos.
- Caso haja violada, a lei possui sanções. Quanto a INTENSIDADE DAS SANÇÕES:
a) PERFEITAS: caso o indivíduo não siga a norma, ele sofrerá eventuais sanções.
NORMA+SANÇÃO. Exemplo: Homicídio.
b) MAIS QUE PERFEITAS: ocorre o mesmo que na perfeita, no entanto, aqui possui um
evento e desse evento decorre uma sanção (anulação ou anulabilidade, por exemplo), e
dessa sanção mais uma. NORMA+SANÇÃO+SANÇÃO. Exemplo: Bigamia.
c) MENOS QUE PERFEITAS: nesse caso a normas ''NÃO POSSUI uma sanção'', mas somente
uma RESTRIÇÃO. Exemplo: casamento entre um jovem de 18 anos pobre e uma idosa
com 75 anos extremamente rica.
d) IMPERFEITAS: normas que não possuem sanções ou restrições. O ato não é nulo e o
agente não é punido.
Matéria 02
- ''Vacatio legis'': é o período de vacância da lei. Segundo o artigo 1º da LINDB, a lei só começará
a vigorar em TODO O PAÍS APÓS 45 dias depois de oficialmente publicada, SALVO DISPOSIÇÃO
CONTRÁRIA.
- Cabe ressaltar também o que preconiza o primeiro parágrafo deste artigo: ''Nos Estados
estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois
de oficialmente publicada.
- Nota-se que, é um prazo único, segundo o qual a lei entra em vigor de uma só vez em todo o
país. Ademais, possui como finalidade o conhecimento de todos a respeito dessa nova lei.
- CASO SEJA UMA LEI QUE CRIE OU AUMENTE A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA SEGURIDADE
SOCIAL, OU CRIE OU AUMENTE TRIBUTO DEVERÁ RESPEITAR O PERÍODO DE VACÂNCIA DE 90
DIAS.
- Quanto a CONTAGEM DE PRAZO DE LEI: conta-se o dia da publicação e o ultimo dia (MESMO
QUE SEJA DOMINGO OU DIA FERIADO).
- Quanto ao LOCAL DE PUBLICAÇÃO DAS LEIS: DIÁRIO OFICIAL DO EXECUTO, no entanto pode
ser também no do LEGISLATIVO ou do JUDICIÁRIO. Caso o Município ou Estado-membro não
tenha imprensa oficial, a lei pode ser publicada em imprensa particular.
- Princípio do ''jura novit curia'' ou, traduzido para o português, ''Juiz conhece a lei'':
. Esse princípio diz que o juiz já conhece a lei, mas não o fato. No entanto, o juiz não é obrigado
a conhecer as leis municipais, estrangeiras e estaduais, sendo a ele obrigado conhecer a lei
FEDERAL.
- Quanto a REVOGAÇÃO:
. Pode ser TOTAL (AB-ROGAÇÃO) ou PARCIAL (DERROGAÇÃO); e também pode ser EXPRESSA,
TÁCITA OU GLOBAL.
. Caso uma LEI NOVA REVOGUE uma LEI VELHA, essa LEI VELHA ainda terá seus efeitos em caso
de DIREITO ADQUIRIDO, ATO JURÍDICO PERFEITO ou COISA JULGADA.
. Logo após a LEI NOVA ENTRAR EM VIGOR ela terá seus efeitos DESDE LOGO, no entanto
SOMENTE ALCANÇARÁ ATOS FUTUROS, sendo os do PASSADO mantido.
. Competência para revogação: somente lei federal pode revogar lei federal; somente lei
estadual pode revogar lei estadual; somente lei municipal pode revogar lei municipal e etc.
. Existem situações que a lei PODERÁ RETROAGIR, por exemplo: LEI PENAL BENÉFICA AO RÉU;
lei com CLÁUSULA EXPRESSA DE RETROATIVIDADE, respeitado os direitos adquiridos e atos
jurídicos perfeitos e já julgados; e lei INTERPRETATIVA.
- Quanto a INEFICÁCIA (no tópico acima no 3º e 4º item contém informações deste tópico):
. CADUCIDADE: quando uma lei ficará ineficaz SEM QUE ELA PRECISE SER REVOGADA. Exemplo:
leis de vigência temporária.
. ‘’Contra Legem’’ ou COSTUME NEGATIVO: é um costume que possui uma certa força de
''revogar'' a lei, mas não no sentido literal da palavra. Imaginemos que esse costume se aceito
pelas partes e pelo julgador, a lei poderá ser ''deixada de lado'', sendo assim, utilizado o
costume, ao invés da lei propriamente dita. Nota-se que, à grosso modo, é como se a norma
tivesse sido revogada.
ECONOMIA PARA DIREITO 1º
ANO
PRIMEIRA PROVA:
Matéria 01
A ciência econômica:
1. Adam Smith (1723 a 1790): foi um escocês considerado o pai da ciência econômica, por
força de seu livro que versava sobre o mercado competitivo e a origem do liberalismo
econômico. O liberalismo econômico versava sobre a NÃO intervenção do Estado na
economia. Ademais, ele atacou o sistema feudal, com o objetivo de que o capitalismo
se sobrepusesse.
2. Karl Marx (1818 a 1883): previu que o sistema capitalista seria superado, além de fazer
sugestões de como superar o modo de produção capitalista. Criou a ‘’luta de classes’’
para acabar com a opressão. Além disso, queria o fim do modo de produção privado,
dizendo que o Estado deveria intervir 100% na economia, a ponto de comanda-la.
Recentemente a Venezuela seguiu esse conceito e acabou totalmente destruída, do
ponto de vista econômico.
3. Joseph Alois Schumpeter (1883 a 1950): austríaco e criador da palavra ‘’inovação’’. Ele
afirmava que não se deveria buscar a estabilidade, mas a inovação. Não quer dizer que
a estabilidade seja um negócio ruim, mas quer dizer que se uma empresa, por exemplo,
permanecer estável enquanto as outras (rivais) evoluem, ela ficará para trás. Nota-se
que, a empresa não perdeu nada, ela só deixou de ganhar.
4. John Maynard Keynes (1883-1946): economista inglês considerado como o ‘’pai’’ da
macroeconomia. Keynes preconizava que, era de suma importância que o Estado
intervisse na economia, para conduzir a regime de pleno emprego. O motivo de tudo
isso era muito simples, Keynes dizia que pelo fato de o governo não depender de renda
ele era o único agente econômico que podia interferir e solucionar um problema
econômico. Mas como? Utilizando seu dinheiro para investimentos, e assim fazendo
com que a economia melhorasse, acarretando, por fim, uma solução para o
desemprego.
5. Ludwig Von Mises (1881-1973): nascido na Áustria e falecido nos Estado Unidos, Mises
era a favor da NÃO intervenção do governo na economia, por força de que para haver
economia e mercado é necessária uma boa definição de preço e mercado
(concorrência). O motivo de ele não ser a favor da intervenção do governo era de que,
caso este intervisse na economia os preços ficariam, a longo prazo, absurdos,
ocasionando, desta forma, um péssimo funcionamento de mercado.
Matéria 02
Atividade econômica.
- Elementos chave:
a) Subjetividade: vai de cada um, por exemplo: item A é importante para pessoa 1, mas
não necessariamente será para a pessoa 2.
b) Não mensuráveis ou imensuráveis: não se pode dizer o valor, pois vem do interior da
pessoa.
c) Insaciáveis: o ser humano SEMPRE irá querer mais do que tem, isso já é da natureza
dele.
. Recursos produtivos: são os meios disponíveis e que podem ser utilizados para a produção
do produto final. Toda matéria-prima é um recurso produtivo, mas nem todo recurso
produtivo é uma matéria-prima.
Matéria 03
. Conceito de mercado: para que seja considerado um mercado, é necessário haver quatro itens:
o primeiro item é o produto; o segundo item é a oferta da qual o proprietário dará a este; o
terceiro um comprado; por fim, o quarto é a atribuição de um valor monetário neste produto.
Cabe ressaltar que, não existem somente mercados lícitos.
OBS: poupança em excesso não é uma coisa muito boa. O Japão quase quebrou fazendo isso,
porque, as pessoas estavam economizando demais, isto é não gastando. Ou seja, se ninguém
gastava, ninguém recebia, então os comerciantes aos poucos beiravam a falência, bem como
o governo.
. Conceito de economia: é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem
empregar os recursos produtivos e financeiros na produção e utilização de bens e serviços, de
modo a distribui-los de forma eficiente e eficaz entre as várias pessoas e grupos sociais, com o
objetivo maior de satisfazer as necessidades humanas.
Matéria 01
Pressupostos e Premissas:
Um mercado com concorrência pura ou perfeita é aquele que atende TODOS os pressupostos e
premissas. É válido dizer que não existe um mercado de concorrência pura ou perfeita, mas sim,
existe aquele, ou aqueles, que chegam mais perto de ser um. O mercado que chega mais perto
de ser um é o mercado de ações (bolsa de valores), que só não chega a ser 100% perfeito porque
o governo aplica taxas e tributos em cima deste, assim não atendendo o primeiro pressuposto.
Matéria 02
Na economia, a ‘’base’’ para qual faz aumentar ou diminuir o preço do produto é Px (preço do
produto em análise), o qual é o mais importante, em tese. Então temos: Qdx (quantidade da
demanda) = f (Px).
AQUI:
Matéria 03
Qox = f (Px)
Aqui ocorrerá o mesmo que acontece na demanda, porém com algumas pequenas diferenças:
Matéria 04
Tecnicamente, esse ponto de equilíbrio não existe de fato, já que o comprador sempre quer o
mais barato. Assim, ocorrendo que quando há muita produção (oferta) e pouca demanda
(geralmente ocorre quando preço está mais alto) sobra produto; e quando há pouca produção
(oferta) e muita demanda (geralmente ocorre quando o preço está mais baixo) falta produto.
Matéria 01
Cartel: um indício de que seja cartel é o PREÇO IGUAL, entretanto preço igual não é cartel, mas
INDÍCIO. Para afirmar que é cartel é necessário comprovar que os preços iguais foram
COMBINADOS.
Oligopólio: somente um tipo de empresa EM CADA REGIÃO (SUL, NORTE...), porém de forma
proposital.
Monopsônio: somente ele que compra, o lado OPOSTO DO MONOPÓLIO. (ÚNICO QUE
COMPRA)
Matéria 01
. Contabilidade nacional: sua mais importante função é registar os dados econômicos (em
termos monetários) do país, não só públicos, como também privados.
- Ela é feita de uma forma padrão pela ONU, para que haja uma JUSTA COMPARAÇÃO entre
os países.
- É medido TRIMESTRALMENTE e depois fechado o do ano. Nota-se que, não é uma medida
anual, mas uma medida por período.
- A partir do PIB, pode ser retirada duas conclusões extremamente importantes: crescimento
econômico; e se o país está em recessão econômica.
a) Crescimento econômico: quando o PIB está AUMENTANDO. Não adiante ele estar
estabilizado, é necessário que ele esteja em aumento.
b) Recessão econômica: quando o PIB está DIMINUINDO. Isso gerará uma diminuição
econômica do país, ou seja, possivelmente ocasionará em consequências ruins para o
país, por exemplo o desemprego. No entanto, caso o país aumente o PIB (nem que
seja muito pouco, mas aumente) durante uma sequência (3 trimestres) essa recessão
será quebrada.
- O setor que possui mais influência para a medição do PIB, é o setor PRIMÁRIO (agricultura,
pecuária e extrativismo).
Matéria 02
Informações relevantes:
. Valor monetário: como juros, taxa de câmbio, preços das coisas, e etc. Divido em:
- REAL: valor sem a inflação embutida. Porém, não adianta chegar e fazer uma simples conta
de subtração, deve ser tudo devidamente argumentado, isso se chama: ‘’deflacionamento’'.
Exemplo: supondo que a inflação esteja 1%, um salário que no valor nominal é 10.000,00
reais, têm-se que, em seu valor real, ele será de 10.000,00 reais menos 1% deste valor, ou
seja: 10.000 – 100 = 9.900,00 reais é o valor real do salário.
. Uma pequena observação sobre inflação: quanto mais alta ela é, MENOR é o valor do dinheiro
(assim diminuindo o poder de compra dos brasileiros).