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Resumo do 1º ano de direito das

matérias de:
1. Direito civil;
2. Direito penal;
3. Teoria geral do processo;
4. Direito financeiro e tributário;
5. Introdução ao estudo do direito;
6. Economia para direito.

Professores:
1. Fernando Picolo;
2. Maria Angélica;
3. Sérgio Frederico;
4. Fernando de Sá;
5. Ricardo Fracasso;
6. Reinaldo Campanatti.

Guilherme Thomaz de Oliveira, 2017.


DIREITO CIVIL 1º ANO
PRIMEIRA PROVA:

Matéria 01

Lei das XII Tábuas

1º Tábua – ‘’A ninguém é lícito fugir de um chamamento judicial’’

Condenado a pagar – se uma pessoa não pagasse uma dívida num período de 30 dias ele era
encarcerado. Caso ainda não pagasse ele era morto. A dívida poderia ser paga também em bens.

Filho monstruoso – Quando o filho nascesse com algum defeito era esse o nome dado a ele.
Dentro disso existia o direito do PAI, somente o pai, deixar ou não a criança viver.
Testamento – Você pode deixar a herança para quem você quiser, porém apenas a parte que
pode, já que quem é herdeiro já está garantida a parte deste herdeiro.

Usucapião – Quando a pessoa não tem posse do bem e pede para uso manso e pacífico.

Aqui deu origem aos ‘’juros’’, que foi com 1% ao mês.

Matéria 02

Inovações do código Civil

Maioridade civil – de 21 anos para 18 anos, incluindo maioridade penal.

Direitos da personalidade – direito ao corpo, imagem e etc. ‘’Cada um tem o seu’’.

Mudança no regime de bens – Existem dois tipos de casamento, aquele que casa com comunhão
de bens universal e outro parcial. O primeiro é tudo aquilo que é adquirido antes e após o
casamento é metade de cada um. O segundo é tudo aquilo que é adquirido somente após o
casamento é metade de cada um.

Matéria 03

Princípios do código Civil

Princípio da Sociedade – Prevalecem os valores coletivos, Sentido Social. Emancipação plena da


mulher. Exemplo: pátria e poder, antes o homem que mandava em tudo na família e agora é a
mulher e o homem, ambos são iguais.

Princípio da Eticidade – Valor da pessoa. Este princípio pode ser usado o exemplo da boa-fé.

Princípio da Operabilidade – Hoje tem formas mais fáceis de dizer as coisas, para que assim
todos compreendam.

Matéria 04

Direito – Conceito – Segundo Humberto Teodoro Junior, as coisas mais simples e evidentes
são as mais difíceis de conceituação. E assim é o direito.

Fontes do direito – de onde é pego as leis para serem aplicadas.

LINDB – Lei de introdução ás normas do direito Brasileiro.

Direito também é – meios pelos quais se formam ou estabelecem normas jurídicas


Classificação – Possui as Leis e os costumes. As leis dizem que, normas e os costumes são as
‘’regras’’ que a própria sociedade cria e que deve serem seguidos. Exemplo: andar pelado.
Equidade – Quando a lei atribui ao juiz a possibilidade de ele julgar o caso da forma que ELE
achar melhor.

Matéria 05

Classificação da norma Jurídica

Quanto ao âmbito espacial (Federal é para a federação inteira, estadual apenas para o estado,
municipal apenas para o município).

Quanto ao âmbito temporal – Vigência determinada – tem um período fixo para lei. A forma
mais rara, exemplo lei de orçamento público. Além desta, temos a de vigência indeterminada –
a maioria das leis são assim, que são as leis criadas e depois alteradas. Exemplo desta é a
maioridade que antes era 21 anos e agora 18.

Quanto ao âmbito pessoal – Normas gerais e normas individuais. A primeira é a que fere todas
as constituições (CF, CC e CP). A segunda determina quando é um caso privado, que fere apenas
um grupo ou até uma só pessoa, exemplo uma indústria.
Quanto a sanção – Normas mais que perfeitas, são aquelas que utilizam o direito penal e o
direito civil ao mesmo tempo; Normas perfeitas, são aquelas que utilizam somente a parte civil
do direito; Normas menos que perfeitas, são aquelas que sem restabelecer a situação anterior
e ainda sim obtiverem pena; Normas imperfeitas são aquelas que não estabelecem sanções,
tendo como exemplo uma dívida de jogo.
Classificação quanto á hierarquia – A CF é a mais importante e depois segue as
infraconstitucionais, que são as leis em geral.

Normas internas e individuais. A primeira são os Estatutos e Regimentos, que são relativos a
administração pública. A segunda diz respeito aos contratos, testamentos e tudo o que envolver
âmbito individual (particular).

Matéria 06

Princípios basilares do Direito Civil

Personalidade – é daí que surgem os direitos e obrigações, cada um assim que nasce já adquire
essa personalidade.

Autonomia da vontade – o direito do ser humano de querer

Liberdade de estipulação Negocial – Você pode livremente vender o que bem entender, com
exceção aos imóveis, sem uso de contrato.

Propriedade individual – Você pode defender a sua propriedade, pois ela é sua.

Matéria 07

Pessoa – ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações.

Aquisição da personalidade jurídica – Teoria natalista, diz que assim que o indivíduo nasce com
vida ele já se torna portador de direitos e obrigações. Para que ele seja considerado um
indivíduo com vida, ele deve ter o sopro de vida, isto é, seu aparelho cardiorrespiratório deve
estar funcionando. (Lembrar-se do exame feito com o pulmão e o balde de água)

Nascituro – ele ainda dentro do ventre pode possuir alguns direitos.

Sendo esses direitos: Vida, pré-natal, doação, aborto, alimentos.

Entra aqui a teoria concepcionista – Direitos adquiridos assim que ocorre a fecundação.

Matéria 08

Capacidade

Medida da personalidade – direito ou gozo, que é adquirido assim que nascemos. Aquisição de
direitos sem requisição.

Fato ou exercício – é quando você pode adquirir por si os atos da vida civil. É preciso ter 18 anos
ou ser emancipado. Quando você possui os dois (fato ou exercício e direito ou gozo) é chamado
de capacidade plena.

Matéria 09

Incapacidade – deficiente também pode ter capacidade plena

Incapacidade é a falta de aptidão para a prática dos atos da vida civil.

Incapacidade e falta de legitimação são coisas diferentes, pois na falta de legitimação é a lei que
não permite mesmo com a capacidade plena, tendo exemplo disso o casamento entre irmãos.

Incapacidade absoluta – é a proibição total da prática dos atos da vida civil. Tudo o que um
incapaz absoluto fizer possui nulidade. Se um menor quiser casar, ele até pode, desde que, seja
assistido por um representante seu (geralmente os pais).

Possui a incapacidade absoluta os menores de 16 anos, e aqueles de causa transitória ou


paralisia mental.

OBS: os deficientes e enfermos atualmente não são mais considerados incapazes absolutos,
hoje eles possuem o direito de capacidade plena, porém tudo deve ser analisado.

Incapazes absolutos temporários – são aqueles que sofrem de ébrio eventual, tóxico ou hipnose.
Também existe o ébrio habitual, o qual a pessoa ainda é consciente de seus atos, porém há uma
dependência de álcool e/ou droga.

Incapacidade Relativa – Podem praticar por si os atos da vida civil, desde que assistidos.

Os incapazes relativos são aqueles que são maiores que 16 e menores que 18.

Pródigos – São aqueles que se revelam por um gasto imoderado capaz de comprometer seu
patrimônio. A compulsão patológica deriva deste pródigo, e através desta compulsão a família,
coma finalidade de sanar as dívidas, precisa vender seus bens. Após isso pode entrar com a ação
de interdição (ordem judicial) desta pessoa pródiga. Deste modo, ela se tornará incapaz
relativa.

Matéria 10

Vacatio Legis – Período de vacância da lei.


Motivos – Cognitivo e instrumental. O primeiro é para que todos tenham conhecimento desta
lei até que ela entre em vigência. O segundo é para que tudo seja/esteja preparado para essa
lei.

Revogação – quando a norma perde sua vigência.

Formas – Expressa ou tácita. A primeira é quando é criado um artigo dizendo que tal lei foi
revogada. Já a segunda é quando a lei é revogada, mas ela não diz que foi revogada, dependerá
tudo da interpretação de quem estará interpretando.

Ab-rogação – quando é revogada a lei por inteira.

Derrogação – quando é revogado somente parte do código; ‘’Revogação Parcial’’.

Matéria 11

Emancipação Voluntária – Quando ele adquire capacidade plena.

Concessão dos pais – O pai entende que o filho com, pelo menos, 16 anos já possui capacidade
para administrar a sua vida. Com esse direito ele poderá comprar, vender, criar sociedades,
casar, mas ainda não poderá tirar a carta de motorista, já que isso entra no âmbito penal.

Para isso é necessário dirigir-se em algum cartório para que eles façam a certidão de
emancipação. Não precisa de Juiz ou algum processo para isso. A emancipação independe de
Juiz.

No código Civil de 1916 apenas o pai podia emancipar o filho, pois ele possuía a ‘’pátria e
poder’’.

OBS: EMANCIPAÇÃO É UM ATO IRREVOGÁVEL.

Matéria 11

Emancipação Judicial

Concedida pelo Juiz – Se os pais morrem e o filho ainda não possui 16 anos, e os pais deixam os
pais deixam bens para essa criança, por ordem judicial, essa criança ganhará um tutor. Esse
tutor jamais poderá vender os bens do tutelado, a não ser que em necessidade do tutelado
com decisão judicial.

A parte da emancipação entra quando a criança completa 16 anos, não necessitando mais de
um tutor. No entanto, a emancipação só será validada após um comunicado judicial.

Matéria 12

Emancipação Legal

Casamento – o ato do casamento automaticamente emancipa, pelo fato de haver um novo


núcleo familiar.

Ligação do divórcio e morte na emancipação – mesmo depois do divórcio a emancipação ainda


está valendo. Mesmo depois de ficar viúvo ainda está valendo também. Pois emancipação não
tem volta.
Colação de grau em ensino superior – Hoje não tem mais como devido a maioridade ser de 18
anos. Quando era com 21 anos havia essa possibilidade quando o indivíduo fosse se formar, mas
ainda tinha 20 anos (o que era comum) ele seria emancipado.

Economia própria – quando a pessoa já tem dinheiro para manter-se ela poderá ser emancipada.

Matéria 13

Estado da pessoa – seu ‘’status’’.

Estado político – nacional ou estrangeiro.

Estado Familiar – Casado, solteiro, viúvo, divorciado...


Parentesco – existe o consanguíneo (com ligação sanguínea, porém filho adotivo entra nisso
também) e o de afinidade (sem ligação sanguínea, mas que a pessoa considera familiar).

Matéria 14

Extinção da pessoa – parada do sistema cardiorrespiratório.

Para fins de transplante – é aceita a morte encefálica.


Atestada por profissional da área médica – quem atesta para fazer a certidão de óbito, caso não
tenha nenhum médico, naquele momento, para fazer essa certidão é por meio de presença de
testemunha.

Extinção do poder familiar – quando vai emancipar o filho, se no caso algum dos pais morrerem,
quem estiver vivo poderá emancipar.

Extinção de:
1. Contratos personalíssimos (só diz respeito àquela pessoa): se uma das partes morreu o
contrato não poderá mais ser cumprido.
2. Mandato: o mandato é cessado.
3. Usufruto: o filho só será dono quando os pais morrerem.
4. Alimentos: se os filhos morrem o pai não precisa mais pagar alimentos. Mas se o pai
morre, e os filhos ainda precisam do alimento, o inventário do pai será aberto e o que
tiver lá que possa pagar os alimentos será utilizado para isso.

Matéria 15

Morte presumida – provável que tenha morrido.

Sem decretação de ausência – quando não dá nem para reconhecer.

Com decretação de ausência – quando desapareceu sem deixar vestígios.

Quando desaparece na guerra ele ainda tem dois anos, após o término da guerra, para ser
encontrado.

Assim que some, um tempo depois, tudo tem que ser analisado sobre o desaparecimento.

Matéria 16  tem que olhar o caderno 


Ausência/Fases

A - Curadoria dos bens: desaparecimento; sem procurador.

Nomeação do curador – Primeiro é o Cônjuge, em seguida os pais, depois os descendentes e


por fim qualquer pessoa.

OBS: ‘’qualquer pessoa’’ é alguém nomeado pelo juiz, geralmente alguém de confiança dele.

B – Sucessão provisória: Será nomeado o sucessor dos bens, geralmente o mesmo que é
nomeado na parte ‘’A’’. Isso só acontece em no mínimo um ano depois do sumiço.

O sucessor provisório não poderá vender os bens do ausente, por ordem judicial. Salvo em caso
de Hipoteca e Desapropriação.

Respondem por ações – Ativa e Passiva. Exemplo: no caso da Ativa o ausente iria entrar contra
alguém, o sucessor poderá entrar no lugar do ausente. Em caso da Passiva quando alguém
entrar contra o ausente, o sucessor responderá no lugar do ausente.

C – Sucessão definitiva: Após 10 anos da sucessão provisória.

Quando o ausente some e ele tinha pelo menos 80 anos, ou iria completar 80 anos no ano do
sumiço, a quantidade de anos para a sucessão definitiva diminui para cinco anos.

D – Retorno do Ausente. Quando ele volta na:

1. Fase A: Sem prejuízo para ele, ele terá gozo pleno de suas coisas.
2. Fase B: Perde os frutos e rendimentos que seus bens obtiveram.
3. Fase C: Sem direito a nada. ‘’Incólume’’ (quando ele volta em mais de 10 anos).

Incólume: caso os bens ainda sim depois da fase C estiverem no nome do ausente, agora
presente, os bens se tornam incólumes. Ele poderá voltar e assumir tudo.
SEGUNDA PROVA:

Matéria 01

Nome Civil

Vem de cada um, é individual.

Nome – o nome completo. Exemplo: Guilherme Thomaz de Oliveira

Prenome – o primeiro nome. Exemplo: Guilherme. Em regra, é imutável.

Patronímico- este sim é o sobrenome. Exemplo: Thomaz. É necessário ter pelo menos um no seu
nome.

Agnome – diferenciação do nome, geralmente é usado Junior, Filho, Segundo e etc.

Nome escolhido pela própria pessoa ou mais conhecido como “nome artístico” ou “nome
esportivo”, estes possuem, como os nomes comuns, proteção, mas desde que seja conhecido.
E também este nome artístico pode ser acrescido no nome comum. Exemplo: Maria das Graças
“Xuxa” Meneghel.

Matéria 02

Possibilidade de alteração do nome: em regra é imutável, a não ser que tenha um motivo
relevante (vexatório ou que vá causar constrangimento a pessoa)

Existem as causas Necessárias e as causas Voluntárias.

As causas Necessárias se dão quando modificado o estado de filiação ou adoção/ paternidade.


Deve-se modificar quando é pego em adoção pelo menos o patronímico, já o prenome é deixado
a critério dos pais adotivos, dependendo da idade da criança.
As causas Voluntárias se dão nos casos de casamento, exposição ao ridículo ou erro gráfico (aqui
o nome passa por uma retificação, ocorre mais com o sobrenome, mas pode ocorrer com o
prenome também).

OBS: o caso do casamento é quando o um dos dois adota o sobrenome do outro, antigamente
era obrigatório a mulher colocar o do marido, hoje se tornou facultativo e também o homem
pode adotar o da mulher.

OBS 2: hoje em dia não ocorre muito esse caso de trocar o nome por exposição ao ridículo já
que atualmente o cartório não pode mais registrar qualquer nome. Exemplo: Vaginildes

No caso de gêmeos um tem que ter obrigatoriamente o prenome diferente do outro.

No caso de homonímia o juiz não vai retirar o nome da pessoa, mas sim será acrescido um novo
sobrenome da família nessa pessoa.

Em caso de vítimas ou testemunhas é permitida a alteração de nome por completo visando sua
proteção, por lei.

No caso de mudança de sexo é alterado também o prenome já que uma mulher não pode ser
chamada de João, por exemplo.
Matéria 03

Direitos da personalidade – nome também é um direito de personalidade

Cada um possui a sua, e pode defender seu como quiser, já que é um direito de sua
personalidade.

Características gerais

Todas as pessoas possuem o direito de personalidade, já que é adquirido assim que nasce.

Extrapatrimonial – não possui um conteúdo patrimonial.

Imprescritível – não se finda.

Impenhorável – não dá para penhorar o direito de imagem, mas você pode sim ganhar com isso,
como os atores famosos, que vendem sua imagem para propagandas e tal, por exemplo.

Matéria 04

Pessoa jurídica

Possui direito a dano moral, já que pode ferir o seu “nome” na sociedade, relativo à honra e à
imagem.

Classificação do Direito de personalidade:

Direito a vida – o direito mais precioso.

Aborto – interrupção criminosa da vida em formação


Mas existem duas hipóteses de aborto legal. O Aborto necessário (quando a mãe corre risco de
vida, mas se ela quiser morrer para o filho nascer tudo bem) e o aborto sentimental (quando a
mulher é estuprada).

Atentado ao pudor – qualquer ato libidinoso é considerado atentado ao pudor.

Matéria 05

Eutanásia – quando o paciente está em estado terminal de vida e o médico, para “aliviar o
sofrimento”, da algum remédio para matar esse paciente. Considerado crime de homicídio.
Homicídio privilegiado – quando alguém mata por amor, exemplo: matar o irmão que está
sofrendo para não o ver sofrendo mais. Neste caso a pena é reduzida, por isso o nome.

Mistanásia (eutanásia social) – falha a saúde pública (geralmente). Quando o indivíduo morre
por falta de recursos nos hospitais.

Direito a integridade física – incolumidade corpórea, limites do poder da vontade, qualquer


procedimento que o médico for fazer tem que informar a família e ainda tem que formalizar o
que o médico irá fazer.

Doente pode recusar tratamento médico? Pode, desde que seja sua vontade.

Mas e no caso de convicção religiosa? Quando a religião não permite tais tratamentos médicos,
ele pode sim recusar. Esse fato tem que ser levado em consideração.
E no caso de filho menor? Quando o pai não deixa tal procedimento médico devido à religião,
nestes casos o Estado pode intervir.

Matéria 06

Direito ao corpo vivo

Inalienável – ninguém vende o corpo. As prostitutas vendem o serviço não permanente do sexo,
não o corpo.

Disposição de partes – pode doar as partes, somente doar e não vender.

Pode doar, mas desde que presente os três requisitos – justificado o interesse; sem mutilação;
e sem fins lucrativos.

Doação “inter-vivos” – entre vivos.

Tem que estar presentes as condições: autorização do doador de forma escrita, necessária a
presença de testemunhas e aprovação de médico e, ainda, é revogável a qualquer momento.

Direito ao corpo morto

Cadáver

Prova – exame necroscópico – se a família não deixar não será feito, mas há 3 exceções:

A) Suspeita de crime
B) Para fins da ciência
C) Transplante

Matéria 07

Direito a voz

Proteção jurídica; individualiza a pessoa; e agrega a noção de imagem.

Um direito agregado através da voz que individualiza a pessoa.

E nos casos de dublagens e desenhos animados? Nos desenhos animados é criada uma nova
situação, assim o autor dessa nova criação ganha proteção pelos direitos autorais.

Direito a privacidade

Vida particular – todos têm esse direito, inclusive o direito de isolar.

Entretanto privacidade é só em local particular, pois caso seja em local público não se deve
reclamar. Caso você for pego fazendo sexo com alguém na rua você só “aceita”.

Matéria 08

Direito ao segredo

A) Comunicação – telefone grampeado não pode, salvo com autorização judicial.


B) Doméstico – não pode mexer nas coisas alheias, salvo o caso de os pais mexerem nas
coisas do filho.
C) Profissional – segredo do médico, padre, advogado, jornalista. Jornalista não é obrigado
a revelar a fonte.
Matéria 09

Direito a imagem

Imagem retrato – como a pessoa é vista fisicamente.

Imagem atributo – como a pessoa é conhecida na sociedade.

Para ceder a sua imagem é necessário haver autorização expressa.

Matéria 10

Direito a honra

Calúnia, difamação, injúria, imprensa.

Todas essas geram ação indenizatória por danos morais.

Matéria 11

Pessoa jurídica – possui vida civil própria.

Para existir uma pessoa jurídica é necessário que todos do grupo concordem.

Para que ela seja legal é necessário que haja: contrato social, estatuto, escritura pública e
autorização governamental, em alguns casos.

Licitude de seu objetivo, a pessoa jurídica não pode ser criada para fins ilícitos.

Obter registo.

Matéria 12

Surgimento da pessoa jurídica

Registro – caso não possuir será uma pessoa jurídica irregular.

Em caso de sociedade de advogados é necessário que seja registrada na OAB.

No caso de pessoa jurídica comercial, empresarial, de produção ela deverá se registrar na


JUCESP.

Em caso de registro de associação tem que ser no cartório.

Matéria 13

Pessoa jurídica de direito público e de direito privado

De direito público – são criadas por fatos históricos ou lei. Possuem os externos, organizações
internacionais (ONU, UNESCO, OEP) e os internos (UNIÃO, ESTADO, MUNICÍPIOS, DF,
AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS).

De direito privado – Associações e Fundações de direito privado (as quais não possuem fins
econômicos e regidas por um estatuto). OBS: associação possui benefícios fiscais e tributários.

Sociedades – essas possuem fins lucrativos, podem partilhar lucros e bens e é regida por
contrato social.

Tipos de sociedade:
A) Sociedade empresária - destina-se a prática de atos do comércio.
B) Sociedade simples – médicos e advogados geralmente. Ligado ao comércio de exercício
de profissões para fins econômicos

Matéria 14

Sociedade irregular e de fato

Irregular – falta da capacidade jurídica que vem a partir do registro. Caso essa pessoa jurídica
cause dano a alguém a responsabilidade irá para os sócios da empresa. Aqui existe um contrato
social, mas não um registro.

Sociedade de fato – não existência de termo ou contrato.

Caso alguma pessoa compre alguma coisa dessa sociedade irregular esse comprador não poderá
parar de pagar.

Matéria 15

Capacidade da pessoa jurídica – vem a partir do registro.

Exercer direitos obrigacionais e patrimoniais.

Tem direito a personalidade – reputação, honra, nome, imagem, determinação e etc.

Pode sofrer danos morais.

Limitações da pessoa jurídica

Natureza – ela não tem direitos de família, os quais seriam se casar, adotar, enfim, família.
Responsabilidade contratual – seria dizer que tudo que está previsto no contrato deve ser
seguido, caso não seguido causará prejuízo a alguém, e esse alguém deve ser indenizado.
Responsabilidade extracontratual – atos que causou prejuízo, morte ou algo assim á alguém
praticados por seus representantes (funcionários) será a pessoa jurídica que arcará com o
prejuízo, já que esse representante causou em função da empresa.

Matéria 16

Extinção da pessoa jurídica – convencional, administrativa e judicial.

Convencional – quando os próprios sócios querem desmanchar a pessoa jurídica.

Administrativa – existe um alvará que a administração pública dá à pessoa jurídica para


funcionar e caso essa pessoa jurídica não tenha esse alvará a administração pública, com seu
poder de polícia, poderá cassar essa autorização e assim, consequentemente, fechando ou
extinguindo a pessoa jurídica.

Judicial – quando um dos sócios ou o próprio M.P (Ministério público) não quer continuar com
a pessoa jurídica, pois está tomando outro rumo do negócio. Ocorre também em relação aos
atos que são ilícitos.

Extinção/fase de liquidação – Para onde irão os bens dela assim que fechadas?????

Quando for:
A) Associação – não poderá ser repartido entre os membros. E haverá um estatuto dizendo
para onde os bens irão. Quando estatuto não disser? Irão ou para um estabelecimento
semelhante ou para os cofres dá fazenda pública (o mais raro).
B) Fundações – estas seguem as mesmas regras das associações, porém aqui é CERTEZA de
que haverá bens.
C) Sociedades – os bens serão repartidos entre os sócios de acordo com a porcentagem
dele em relação a essa sociedade.

Matéria 17

Desconsideração da personalidade jurídica e despersonalização da pessoa jurídica.

No primeiro item: em regra geral cada um paga suas dívidas, mas há exceção em caso de fraude,
que os bens da pessoa física podem pagar as dívidas da pessoa jurídica, mas só quando a pessoa
jurídica não puder pagar. Aqui possui um caráter temporário.

No segundo item: se dá quando ocorre o desvio de finalidade (qualquer ato ilícito), sendo
requerido pela parte interessada ou mesmo pelo Ministério Público. E aqui possui um caráter
definitivo.

TERCEIRA PROVA:

Matéria 01

Bens: são classificados em móveis e imóveis. Tudo o que é bem é coisa, mas nem tudo o que é
coisa é bem. Para ser bem é necessário possuir um valor pecuniário.

Patrimônio jurídico:

a) Ativo: o que a pessoa já possui


b) Passivo: o que a pessoa tem a pagar (dívidas)
c) Espólio: bens do falecido

Patrimônio moral: direitos da própria pessoa, por exemplo: direitos da personalidade.


Patrimônio separado e comum: basicamente, o separado é aquilo que pertence somente a um
membro do casamento, enquanto o comum é aquele que pertence aos dois.

Bens:

a) Corpóreos: aquele que podem ser vistos, que possui uma existência material.
b) Incorpóreos: aqueles que são abstratos, exemplo: direito autoral.

Bens incorpóreos podem ser vendidos? Não, vendidos não, entretanto podem ser cedidos.

Usucapião: pode para bens corpóreos, mas para incorpóreos não pode. Há uma exceção que
prevê usucapião de bem incorpóreo, que é o caso do direito de uso de uma linha telefônica.

Matéria 02
Bens imóveis: Aqueles que não são passíveis de deslocamento. Caso forem deslocados, este
sofrerá um dano.

Bens móveis: aqueles que são passíveis. Semoventes.

Distinção:

a) Imóveis: escritura, registro dá a publicidade.


b) Móveis: entrega material.

Classificação de bens imóveis:

a) Por acessão intelectual: incorporação permanente pela vontade da pessoa. Por


exemplo: um ar-condicionado instalado na casa ou apartamento alugado deverá
permanecer lá mesmo depois que a pessoa que instalou (o que morava lá) sair da
residência.

Existem também os bens acessórios, que são aqueles que são agregados na casa de forma que
não irá mudar a casa se for retirado, por exemplo: um ar-condicionado, se retirar este, a casa
não deixará de existir, logo, ele é um acessório. Diferentemente de uma porta, a qual é
necessária para que a casa seja a casa.

b) Por determinação legal (lei):


1) Usufruto: é vitalício (na maioria dos casos) ou por período determinado e
renunciável a QUALQUER MOMENTO. Exemplo: o pai deixa a casa para o filho, mas
ainda continua morando lá, com medo de que seu filho o expulse de lá o pai faz o
usufruto, o qual o permitirá que fique também como um dono do imóvel. Além de
o pai poder fazer o que quiser com a casa, inclusive alugá-la, com a exceção de
VENDER a casa, já que para vender é necessária a vontade dos DOIS, neste caso.
2) Enfiteuse: é quando a pessoa doa um imóvel para a igreja. No entanto, depois de
um tempo essa pessoa quer pegar o imóvel novamente. Essa pessoa não poderá
pegar o imóvel de graça assim como ela deu, mas ela deverá pagar uma taxa (a qual
atualmente é bem alta) para resgatar esse imóvel.
3) Inalienabilidade: contrato de que não pode vender o imóvel.
4) Incomunicabilidade: mesmo que esse imóvel esteja na comunhão universal de
bens, não pertencerá ao outro.
5) Impenhorabilidade: quando o banco não pode tomar este imóvel, ou seja, não pode
servir de garantia no banco.

Classificação dos bens móveis: por sua própria natureza, transportados sem deterioração; por
antecipação, como converter algum bem imóvel em um bem móvel visto que este já possui uma
finalidade; por determinação legal, energias (com valor econômico); e semoventes, aqueles que
possuem movimento próprio ou suscetíveis de remoção por força alheia, sem que o altere.

Matéria 03

Demais características de bens:

a) Fungíveis: podem ser substituídos; mesma espécie, qualidade e quantidade.


b) Infungíveis: não podem ser substituídos, por exemplo: obra de arte.
Tanto na fungibilidade como na infungibilidade precisa haver a ‘’vontade das partes’’.

Exemplo: uma moeda, caso for uma moeda usada no cotidiano ela é um bem fungível, mas já
uma moeda que é exposta em algum museu, ela não pode ser substituída, portanto é infungível,
neste caso (esse caso deriva do valor histórico dessa moeda).

c) Consumíveis: aqueles que são de ‘’destruição’’ imediata, por exemplo: dinheiro e


alimento.
d) Inconsumíveis: aqueles que suportam o uso contínuo, por exemplo: carro e casa.

Exemplo: um livro, se ele estiver na livraria é um bem consumível, já que alguém vai comprar e
assim retirá-lo da livraria. No entanto, um livro que está na biblioteca é um bem inconsumível,
visto que alguém irá usá-lo e devolvê-lo, até que outra pessoa venha e faça o mesmo.

e) Divisíveis: aqueles que podem ser fracionados, sem prejuízo ou desvalorização, de


forma homogênea e distinta, exemplo: um terreno no valor de 100.000 reais pode ser
divido em duas partes iguais (50.000 para cada) ou distintas (30.000 para um e 70.000
para o outro).
f) Indivisíveis: em razão de sua própria natureza é um bem indivisível, exemplo: uma obra
de arte é indivisível pelo motivo de ela ser única.
F1) Determinação legal:
1. Garantia: dado em garantia, permanece até o final essa garantia, mesmo pago
parcialmente, terminou de pagar aí ele se tornará divisível.
2. Inventário: torna-se indivisível até a partilha, salvo se houver determinação
judicial permitindo a venda.
3. Servidão de passagem: que servem de passagem de um lugar para o outro
(indivisível).

F2) Por vontade das partes – obrigação em dinheiro: se havia 5 pessoas


comprometidas ao pagamento de tal dívida e essa dívida não for paga 100% a ‘’culpa’’
é dos 5, mesmo que 4 já tenham pago sua parte.

g) Singulares: considerados em sua individualidade, exemplo: livro.


h) Coletivos: compostos de vários bens singulares, considerados em conjunto, exemplo:
biblioteca.

Universalidade de fato – permite a sua desconstituição; depende da vontade da parte. Exemplo:


‘’tenho um rebanho e quero vender somente uma cabeça’’  Posso fazer isso somente com a
minha vontade.

Universalidade de direito – o mesmo que universalidade de fato, porém aqui necessita de


autorização judicial. Exemplo: vender bens do falecido (espólio).

Matéria 04

Bens reciprocamente considerados:

a) Principal: possui autonomia estrutural, existe sobre si.


b) Acessório: existência segundo o principal.

Por exemplo:
a) A porta e a casa: a porta é um acessório em relação a casa, e a casa é o principal em
relação a porta.
b) A casa e o solo: a casa aqui é um acessório, enquanto o solo é o principal em relação a
casa.

Espécies:

a) Frutos: periodicamente produzidos pelo bem principal sem que diminua sua substância,
por exemplo: a bananeira irá produzir a banana, mesmo assim a bananeira não sofrerá
(juros e aluguéis também se locam aqui, porém chamado de frutos civis).
b) Pertences: destinado a facilitar o uso do principal, por exemplo: máquina em uma
fábrica, ar-condicionado na casa.
c) Partes integrantes: acessórios também, porém estes, se retirados, modificará o
principal, por exemplo: arrancar a fechadura de uma porta.

Benfeitorias: obras realizadas na estrutura do principal por atividade humana, sem um aumento
do principal.

a) Necessárias: feitas para evitar estrago ou deterioração, exemplo: consertar/trocar


alguma viga que está para estourar. É necessário, pois se a viga estourasse estragaria a
casa.
b) Úteis: feitas para facilitar o uso do principal, por exemplo: aumentar o tamanho da
garagem (sem aumentar o tamanho da casa).
c) Voluptuárias: nada que era necessário ou útil, mas sim fazer algo que seria ‘’bonito’’ na
casa, algo que iria te dar o prazer de ter, por exemplo: construir um lago com uma ponte
no quintal da casa.

Algumas observações:

a) Piscina: na escola de natação é necessária; na escola comum é útil; e na casa de alguém


é voluptuária.
b) Contrato de locação (IMPORTANTE): no caso de uma benfeitoria necessária o inquilino
pode sair sem pagar multa caso o locador não repare esse defeito, já nos casos de
benfeitorias voluptuárias ou úteis, as mudanças feitas pelo inquilino devem permanecer
lá, mesmo que ele saia, por exemplo: uma piscina que o inquilino instalou lá, quando
ainda residia lá.

Matéria 05

Benfeitorias X Acessão artificial

Acessão artificial é quando, por exemplo: a pessoa compra o terreno ao lado de sua casa e
‘’junta’’ á sua casa, assim aumentando a estrutura da casa (principal).

Bens públicos e bens particulares: são públicos aqueles que pertencem à União, Estados e
Municípios; são particulares os que não são públicos.

Tipos de bens públicos:

a) De uso comum: utilização sem discriminação ou ordem especial, por exemplo: praça,
estrada, praia (não tem praia particular).
b) De uso especial: utilização na forma da lei, realização de serviços públicos, por exemplo:
quartel e creche.
c) Dominiais ou dominicais: sem destino ou finalidade, passíveis de doação e alienação
(porém com lei, já que é algo público), por exemplo: terra sem destinação.

Bens fora do comércio ou inalienáveis: aqueles que não são apropriados por alguém, por
exemplo: ar, água, sol. Direitos da personalidade também se enquadram aqui, visto que é algo
que não é apropriável.

Bens legalmente INALIENÁVEIS: materialmente eles são apropriáveis, mas por lei não podem.
Como por exemplo: bens de uso comum; Bens de menores; Bens de fundação; e Área de
condomínio.

Inalienáveis pela vontade humana: quando a pessoa tem um bem, mas deixa para NÃO SER
VENDIDO, através da cláusula de inalienabilidade. Em regra, essa cláusula não se pode quebrar,
no entanto se demonstrar justificativa real e motivada poderá ser quebrada.

Matéria 06

Bens de família voluntários:

Tem que estar isento de dívidas; faz parte do patrimônio; abrigo; até 1/3 dos seus bens;
escritura/testamento; inalienável; imóvel hipotecado pode também.

Solteiro tem esse direito? Em regra, não. Entretanto, atualmente há súmula do STF entendendo
que ele tem esse direito sim.

Matéria 07

Bem de família legal: quando a pessoa possui somente um imóvel e tem uma dívida, esse
imóvel, casa, no caso, não pode ser utilizado para o pagamento dessa dívida.

Há disposição em Lei: 8009/90 dizendo que é um imóvel que é abrigo da família, não importando
se a casa é grande ou pequena, bens de uso profissional se elencam aqui também, e ainda
dizendo que também adentram aqui os bens que guarnecem a residência, porém não os
excessivos, por exemplo, uma casa com cinco televisões, não é necessária essa quantidade de
televisores na casa.

Suas exceções (bens que não entram nessa proteção como bem de família) são: veículos; obras
de arte; e adornos (enfeites).

EXCEÇÃO (QUANDO PODE PEGAR O BEM DE FAMÍLIA)

a) IPTU
b) Taxas de condomínio
c) Oferecido em garantia
d) Pensão alimentícia
e) Produto de crime
f) Fiador na locação – caso o locador não pague o aluguel, isso vai ‘’sobrar’’ para o fiador,
porém isso é um caso *inconstitucional*.
QUARTA PROVA:

Matéria 01

Fato jurídico: qualquer acontecimento que de forma direta ou indireta produz algum efeito
jurídico.

- NATURAL: algum acontecimento que produziu efeito jurídico, mas sem interferência da
vontade humana. Como exemplo: um raio em alto mar que atinge a embarcação.

a) Fato jurídico ordinário: aquele fato que sem interferência da vontade humana possui
uma ocorrência comum. Exemplo: nascimento e falecimento (começo e fim da
personalidade jurídica).
b) Fato jurídico extraordinário: caso fortuito, aquele fato que era IMPREVISÍVEL e
INEVITÁVEL. E temos também a força maior, já neste, o fato era PREVISÍVEL e EVITÁVEL.

- HUMANA:

a) Ilícito: ato contrário à norma que provoca um DANO.


b) Lícito: ato jurídico em sentido estreito; ato-fato jurídico; e negócio jurídico. Será melhor
explicado na MATÉRIA 03 e 04.

EFEITOS:

a) Aquisição de direitos: quando do fato jurídico ocorre de a pessoa ADQUIRIR algum


direito. Exemplo: contrato de compra e venda.
b) Direitos futuros: do fato jurídico SERÁ CONCEDIDO um direito a uma pessoa, no
entanto, sem amparo legal. Nota-se que a pessoa está na EXPECTATIVA de receber o
direito. Exemplo: herdeiro legatário.
c) Direito eventual: interesse do titular incompleto, neste caso existe o amparo legal.
Exemplo: herdeiro NECESSÁRIO, caso em que a sucessão é necessariamente LEGÍTIMA.
d) Direito condicional: quando a aquisição de um direito dar-se-á por um acontecimento
INCERTO. Exemplo: você será meu sócio quando o Palmeiras tiver mundial.
e) Modificação de direitos: um fato jurídico que modifica o conteúdo ou titularidade de
um negócio jurídico, por exemplo.
f) Conservação de direitos: é feito para PROTEGER OU ACAUTELAR algum direito, caráter
PREVENTIVO. Exemplo: sequestro ou bloqueio de bens.
g) Extinção de direitos: quando de algum fato jurídico se resulta na extinção de algum
direito, por exemplo: renúncia; alienação; e falecimento do titular.

Matéria 02

Nulidade absoluta (NULO) e nulidade relativa (ANULÁVEL).

Conceito: é a sanção imposta pela norma jurídica que determina a privação de efeitos jurídicos
do negócio praticado em decorrência ao que se prescreve.
a) ABSOLUTA: quem pode propor a nulidade é o INTERESSADO (pessoa lesada), MP ou o
próprio JUIZ DE OFÍCIO. NÃO CABE conserto. Exemplo: pessoa de 15 anos comprando
uma bicicleta.
b) RELATIVA: somente o INTERESSADO pode propor essa nulidade relativa e CABE
conserto. Exemplo: pessoa de 16 anos (ainda é menor) comprando uma bicicleta,
ulteriormente o pai ou responsável poderá ASSITIR essa compra.
c) Caso das BODAS DE 75 ANOS: Joao era casado com Maria há 75 anos, e então resolvem
fazer uma festa em razão disso. Eles convidam um amigo que é juiz, e esse convidado
fica impressionado com o tempo de casamento, então resolve ver a certidão. Analisando
a certidão, o convidado (juiz) descobre que na verdade, João e Maria eram IRMÃOS.
Neste caso ele declara NULO (ABSOLUTA) O CASAMENTO, em razão de o casamento
entre irmãos ser VEDADO. Então, NUNCA EXISTIU ESSE CASAMENTO.

Matéria 03

Ato jurídico em sentido estrito e Ato-fato jurídico


- Ato jurídico em sentido estrito: depende da MANIFESTAÇÃO DA VONTADE. No entanto, após
essa manifestação (vontade própria) a LEI ordena que faça de tal forma (EFEITOS PRÉ-
ORDENADOS POR LEI).

OBS: casos em que a vontade é irrelevante: reconhecimento de filho (pagar alimentos);


casamento (fidelidade); e Restituição (recompensa).

- Ato-fato jurídico: são os chamados ATOS TOLERÁVEIS. Por exemplo: uma pessoa MAIOR QUE
16 e MENOR QUE 18 anos poderá fazer contratos, contanto que o responsável ASSISTA; ou
mesmo, uma criança de 10 anos ir à padaria e comprar um DOCE.

Matéria 04

Negócio jurídico: é um ato da autonomia da vontade para, por meio de certos atos, manifestar
a sua vontade no sentido de auto disciplinar interesses próprios, provocando efeitos jurídicos.

Classificação dos negócios jurídicos:

. Unilateral e Bilateral:

a) Unilateral: precisa de apenas UMA manifestação da vontade, ou seja, somente uma


pessoa precisa manifestar sua vontade. Por exemplo: testamento ou confissão de
dívida.
b) Bilateral: é necessária a manifestação de DUAS vontades. Por exemplo: um contrato de
compra e venda.

. Gratuitos, Onerosos, Comutativos e Aleatórios.

a) Gratuitos: doação, a qual somente UMA PARTE É BENEFICIADA.


b) Onerosos: é como se fosse uma doação, mas com um encargo. Isto é, uma parte cumpre
sua prestação PARA RECEBER OUTRA ‘’em troca’’.
c) Comutativos: uma prestação EQUIVALENTE, certa e determinada. Exemplo: locação.
d) Aleatórios: um contrato cuja prestação deste, DEPENDERÁ DE UM ACONTECIMENTO.
Por exemplo: um contrato de SEGURO.
. Formal ou solene.

a) Formal: livremente pactuado, ou seja, SEM INTERFERÊNCIA DE LEI. Exemplo: doação de


bem móvel.
b) Solene: observância das formalidades, ou seja, COM INTERFERÊNCIA DE LEI. Exemplo:
casamento.

. Inter-vivos e mortis-causa.

a) Inter-vivos: contrato ENTRE pessoas VIVAS.


b) Mortis-causa: contrato que só irá ocorrer APÓS A MORTE de alguém. Exemplo:
testamento.

. Patrimonial e Extrapatrimonial.

a) Patrimonial: relacionado com o patrimônio – móvel ou imóvel.


b) Extrapatrimonial: sem conteúdo econômico – imagem, direitos de família ou intelectual.

Elementos gerais do negócio jurídico.

a) Agente capaz: pessoa natural (que TENHA CAPACIDADE DE FATO OU EXERCÍCIO); ou


pessoa jurídica REPRESENTADA pelos sócios QUE ESTÃO NO CONTRATO SOCIAL.
b) Objeto: deve ser lícito, possível e determinado ou determinável.
c) Vontade: a parte ou as partes devem ter a vontade de realizar o negócio jurídico, de
forma escrita, gravada, gestual ou por sinal.
d) Em relação ao silêncio no negócio jurídico: caso uma das partes fique em silêncio ela
estará CONCORDANDO COM O QUE A OUTRA PROPÔS.

Matéria 05

Defeitos do negócio jurídico: vícios de consentimento. Divido em:

- ERRO: manifestação da vontade em desacordo com a realidade, mas SEM MÁ-FÉ. A maioria
das vezes acontece por DESCONHECIMENTO.

. Erro sobre a natureza do negócio jurídico – Exemplo: venda, achou que era doação, mas era
venda.

. Erro sobre a identidade do objeto – a pessoa vai em um leilão, compra uma vaca e depois
chega um porco, mas isso ocorreu por causa da troca (sem querer) do lote.

. Erro sobre a essência do objeto – a pessoa vende X dizendo ser Y, mas por falta de
conhecimento do objeto.

. Erro sobre a identidade ou qualidade da pessoa – quando a pessoa X se relaciona com a


pessoa Y achando ser uma pessoa honesta, mas depois percebe que na verdade, essa segunda
pessoa é DESONESTA.

. Erro de direito – não se confunde com a ignorância da lei, e possui um caráter excepcional.

. Erro consistente em falso motivo – por exemplo: locação de restaurante. Suponhamos que
a SONY vai vir para Assis e eu, esperto, decido alugar um restaurante bem em frente ao local da
suposta futura SONY, EM VIRTUDE DESSA VINDA DA EMPRESA. Coloco o motivo no contrato do
aluguel do restaurante e tudo certo. Logo menos, descubro que a SONY não virá para Assis,
então JÁ QUE COLOQUEI O MOTIVO DO ALUGUEL DO RESTAURANTE NO CONTRATO, POSSO
ANULAR A LOCAÇÃO.

- DOLO: todo artifício MALICIOSO empregado por uma das partes ou por terceiro com o
propósito de prejudicar outrem, quando da CELEBRAÇÃO DE UM CONTRATO. (MÁ-FÉ). Engano
induzido ao prejudicado pelo contrato. Algo que se ele soubesse, JAMAIS FARIA.

. Dolo essencial – quando diz respeito em relação a essência do objeto. Alguma mentira que
fez o outro comprar, por exemplo.

. Dolo acidental – quando o OBJETO PRINCIPAL ESTÁ CERTO e o OBJETO ACESSÓRIO NÃO ESTÁ
COMO DEVERIA. Exemplo: compro um JETTA branco metálico, quando chega para mim, vem um
JETTA (até aqui está certo), mas vem PRETO metálico.

. Dolo bônus – quando o vendedor faz elogios demais ao produto para que a pessoa compre.
(DEMAIS MESMO). NÃO É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO.

. Dolo de terceiro – o terceiro convence a pessoa a comprar o produto. Aquela pessoa ALHEIA
AOS CONTRANTES. AQUI É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO.

. Dolo do representante – quando o representante da pessoa age em nome do representado.


Caso o representado não tenha escolhido o representante, será este quem responderá pelo
dano ou prejuízo (o que passar do valor do lucro). Caso o representado tenha escolhido o
representante os dois responderam pelo dano que ultrapassar o valor do lucro.

. Dolo bilateral – quando as duas partes que celebram o contrato quiseram agir com DOLO.
NÃO É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO. Exemplo: o empregador deixou de recolher o FGTS do
empregado, e este quis se aproveitar da situação.

- COAÇÃO: VIOLÊNCIA praticada contra alguém que irá fazer com que esse alguém realize o
negócio jurídico que sua vontade interior NÃO DESEJA – estão presentes a má-fé e a ignorância
da real vontade da pessoa.

. Coação física – age diretamente no corpo da vítima. Exemplo: um lutador de sumô faz uma
velha fraquinha assinar um documento COLOCANDO SEU DEDO no impressor digital. ATO NULO
(NULIDADE ABSOLUTA).

. Coação moral – incute na vítima um temor constante e PERTURBADOR (MEDO). Exemplo: se


você não assinar o contrato eu pego seu filho. PASSÍVEL DE ANULAÇÃO (NULIDADE RELATIVA).

- LESÃO: quando a pessoa acaba assumindo uma obrigação que não pode (EXCESSIVAMENTE
ONEROSA), em razão de: INEXPERIÊNCIA; NECESSIDADE ECONÔMICA; ou MÁ-FÉ (DA OUTRA
PESSOA). Diz-se excessivamente onerosa pelo motivo de a pessoa que está vendendo o produto,
está incidindo um preço EXTREMAMENTE alto e inapropriado para tal produto (na maioria dos
casos sabendo da necessidade do prejudicado). Devido ao INAPROPRIADO PREÇO É PASSÍVEL
DE ANULAÇÃO.

. ONEROSIDADE EXCESSIVA X LESÃO:

a) Onerosidade excessiva: o contrato começou bem, e depois terminou mal. Exemplo:


imaginemos um contrato de leasing, em que quando o contrato se iniciou o dólar
estavam 2,00 reais (o que deixava o contrato bom, na época), e hoje em dia, o dólar
subiu para 5,00 reais. Neste caso NÃO É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO, sendo autorizado
somente A RECISÃO CONTRATUAL.
b) Lesão: só acontece quando o negócio jurídico NASCE COM LESÃO. Não houve uma
modificação como aconteceu no exemplo acima.

- ESTADO DE PERIGO: se dá em virtude de a pessoa estar querendo SE SALVAR ou SALVAR


ALGUÉM por QUALQUER negócio. Dever ser conhecido pela outra parte e a pessoa deve estar
na situação de perigo. Exemplo: salvar a pessoa que está quase morrendo no hospital por
100.000,00 reais, sendo que nem precisava desse valor EXCESSIVAMENTE ONEROSO. DEVIDO
AO VALOR EXCESSIVAMENTE ONEROSO É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO (NULIDADE RELATIVA).

- SIMULAÇÃO: quando se celebra um negócio jurídico que possui aparência de normal, mas que
na verdade não pretende atingir o efeito que juridicamente deveria produzir. Á grosso modo,
temos que é um ‘’jogo de cena’’ com o intuito de ‘’maquiar a situação’’.

Vício social – detrimento da lei e sociedade: NULIDADE ABSOLUTA, ou seja, ATO NULO.

. Simulação absoluta: declaração de vontade para NÃO GERAR EFEITO ALGUM. Exemplo:
divórcio. ATO NULO.

. Simulação relativa: encobrir atos de NATUREZA DIVERSA. Exemplo: HOMEM CASADO doa
um terreno para sua amante, dizendo para sua esposa que iria doar um terreno para fins de
obra de sua empresa. Caso a esposa, futuramente, descubra, ela poderá alegar nulidade
ABSOLUTA se o ato praticado pelo seu marido atingir a sociedade e nulidade RELATIVA se o ato
praticado beneficiar ou prejudicar somente as partes.

- FRAUDE CONTRA CREDORES: é quando o devedor vende ou doa bens para outra pessoa para
NÃO PAGAR a sua dívida.

. Conceito – é o ato de alienação ou oneração de bens, praticado pelo devedor INSOLVENTE


ou À BEIRA DA INSOLVÊNCIA, com o PROPÓSITO DE PREJUDICAR CREDOR pré-existente, em
virtude da diminuição de seu patrimônio.

. Deve haver dois elementos e duas pessoas sendo estes: ‘’consiluim fraudis’’ ou CONLUIO
FRAUDULENTO; e ‘’eventus damn’’ ou CAUSAR PREJUÍZO AO CREDOR. Não precisa haver
disfarce (jogo de cena).

. Esse ato É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO, cabendo ao credor provar (ônus da prova). O credor
deve provar a má-fé do devedor (o que é fácil) e também a má-fé (se presente) do que comprou
ou recebeu o bem do qual o devedor vendeu (essa é parte difícil).

. Demais elementos: INSOLVÊNCIA NOTÓRIA; ATENCIPAÇÃO DE PAGAMENTO COM ALGUM


BEM PARA SOMENTE UM CREDOR; E GARANTIA DE DÍVIDA PARA SOMENTE UM CREDOR.

. OBS IMPORTANTE: aqui o DEVEDOR AINDA não tem processo.

- FRAUDE DE EXECUÇÃO: aqui o CREDOR JÁ ESTÁ EM UM PROCESSO CONTRA O DEVEDOR, e


este sai ‘’dando um sumiço nos bens’’.

. Possuem NULIDADE ABSOLUTA as vendas do DEVEDOR para não pagar o CREDOR.


Diferentemente da fraude contra credores, temos a MÁ-FÉ PRESUMIDA, NÃO sendo necessário
o credor prova-la.
. Declarável incidentalmente: o credor pede ao juiz para conceder nulidade absoluta, pois se
não a fizer, o CREDOR ao fim do processo poderá VENCER E SAIR SEM NADA.
DIREITO PENAL 1º ANO
PRIMEIRA PROVA:

Matéria 01

Direito Penal (Direito público normativo) - Estabelece sanções com a finalidade de proteger os
bens jurídicos mais importantes para a vida em sociedade.

Infração penal:

1. Crime (MAIS GRAVE) – Geralmente acaba em prisão. Morte, Roubo, agressão, estupro...

2. Contravenção Penal (MENOS GRAVE) – Geralmente acaba em Multas.

Sanção penal:

1. Pena – Tem que ser maior de 18 anos e não ter deficiência mental (ou seja, ser uma pessoa
capaz).

2. Medida de Segurança – Incapaz por enfermidade mental sofre acompanhamento


psiquiátrico.

Um menor de 18 anos não comete uma infração, mas sim um ‘’Ato Infracional’’ (Apenas os
adolescentes, isto é, pessoa entre 12 anos completos e 18 incompletos).

Para esses adolescentes (12 a 18 anos) é aplicada a ‘’Medida socioeducativa’’ (Fundação Casa).

Para menores de 12 anos é aplicada a ‘’Medida Protetiva’’. Pode ser considerada medida
protetiva tudo o que deriva de conselho tutelar.

Matéria 02

Direito penal: conceito: ramo que é o Direito público com a finalidade de manter a ordem social.
Tem como objeto as infrações e suas respectivas sanções.

O direito penal é:

Normativo: impõe-se através de normas (leis).

Finalidade: manter a ordem social.

Valorativo: estabelece valores de comportamento, caso não seguidos são aplicadas as sanções.

Sancionador: aplica-se sanções para quem atenta a vida em sociedade.

Sistematização: Constituição Federal:

Código Penal 1 Parte Geral, artigo 1 ao 120, estão as normas para a pena ser aplicada.

2 Parte especial, artigo 121 ao 361, onde se encontra os crimes em si (em espécie).

Normas penais:

1. Incriminadoras: Descrição de uma conduta que gera pena, é incriminadora.

2. Não Incriminadoras > Dentro deste há, as Permissivas e as Explicativas.

2.1. Permissivas: Que permitem determinada conduta, exemplo, matar em legítima defesa,
neste caso não é incriminadora.
2.2. Explicativas: É um artigo escrito que não dita alguma pena em si, mas sim explica uma lei,
ditando algumas regras apenas.

Matéria 03

Interpretação das Leis

1. Origem – Quem a interpreta? Quem estiver a analisando, depende do caso. Porém, existem
as leis auto interpretativas que são chamadas de leis autenticas ou legislativas que são
interpretadas pelos legisladores.

1.1. Quanto a origem, existe a Doutrinária e a Judicial. A Doutrinária a lei é feita e interpretada
pelos doutrinadores. A Judicial é quando o juiz ou tribunal aplica a lei como pena ou sentença.

2. Modo ou forma – Como ela é interpretada? Existe a forma Gramatical ou literal que é a análise
das palavras, contidas no artigo da lei, feita por quem irá a interpretar, geralmente algum juiz.
(Tem que saber o significado jurídico de todas as palavras.)

2.1. Lógica ou Sistemática – Analisar o artigo pelo todo.

2.2. Teleológica – Busca a finalidade da lei, exemplo, lei Maria da Penha veio com a finalidade
de proteção para as mulheres.

2.3. Histórica – Busca entender a lei pelo momento em que ela foi editada

3. Resultado – Como, quando e com quem, ela será aplicada. Tudo isso deverá ser analisado.

3.1. Declaratório – Quando não precisa ampliar e nem restringir

3.2. Restritivas – Quando a lei diz mais do que o necessário para ser aplicado no caso.

3.3. Extensiva – Quando a lei diz menos do que o necessário para ser aplicado no caso.

Interpretação analógica – Interpreta termos abrangentes através de elementos já citados.


Exemplo: Entre outros, outros meios, e afins ...

Interpretação da norma Jurídica (Analogia) – Quando uma lei externa ao caso pode ou não ser
usada no mesmo, se for em benefício do réu ela poderá sim ser usada (‘’emprestada’’), mas em
caso de malefício ao réu ela não poderá ser utilizada (‘’emprestada’’).

Matéria 04

Vigência da lei – quando ela entra em vigor

‘’Vacatio Legis’’ – O tempo entre a publicação da lei e quando ela entrará em vigor.

Tempo do crime:

1. Teoria da Atividade – Quando o atirador disparou, mesmo se a vítima morrer só depois


2. Teoria do Resultado – Quando a vítima morreu, mesmo o tiro tendo sido disparado
antes.
3. Teoria mista ou da Ubiquidade – Pode ser considerado o momento do crime tanto o
momento da atividade como o momento do resultado.
OBS: Aqui no Brasil é utilizada a teoria da atividade.

Regra Geral: Aplica-se a lei vigente ao tempo do fato.

A lei só pode ter retroatividade se for em Benefício do Réu, somente réu.

Matéria 05

Leis Processuais Penais

OBS: tanto as leis excepcionais como as leis temporárias são consideradas leis auto-
revogáveis.

Leis excepcionais – Vem em caso de emergência, assim que a emergência passa a lei acaba.

Leis temporárias – O período de vigência dela já vem com data estabelecida.

‘’Ultratividade’’ das leis excepcionais ou temporárias – É o nome que os doutrinadores dão para
as leis que se revogam antes mesmo da sua vigência.

Princípio de território ‘’temperado’’, temperado pois tem exceções.

- Crime praticado no Brasil é utilizado as leis brasileiras, mas possui exceções pois quando um
cidadão diplomático estrangeiro vem para o Brasil e comete um crime aqui no Brasil é usada as
leis do seu país.
- Crime praticado por um brasileiro lá fora – É utilizada as leis brasileiras na maioria dos casos,
mas tudo depende.

Matéria 06

Território Jurídico

Embarcações/Aeronaves públicas ou privadas brasileiras.

Se aconteceu em território brasileiro pode ser aplicada a lei brasileira.

Lugar do crime:

1. Teoria da Atividade – Onde foi praticada a conduta do infrator.


2. Teoria do Resultado – Onde a conduta do infrator teve resultado.
3. Teoria mista ou da Ubiquidade – Poderá ser considerado os dois lugares. Quando for ter
o processo poderá ter dois processos, um sendo onde a conduta do infrator foi praticada
e outro onde teve o resultado dessa conduta.

OBS: Em relação ao lugar do crime é utilizada a teoria da ubiquidade, em relação ao tempo a


da atividade.

Eficácia da Lei Penal em relação as pessoas.

Imunidades diplomáticas – Se refere a impossibilidade de aplicar as leis brasileira em agentes


diplomáticos e seus familiares, em caso de ele cometer algum crime aqui no Brasil, mas será
utilizada a lei de seu país. Com seus familiares é dito quem mora (habita) com ele (o agente
diplomático), independente de seu grau de parentesco. A regra é simples, quem viver com ele
na mesma casa.
Quem são os agentes diplomáticos? São aqueles que representam o interesse de seu país em
outros países

Chefes de Estado e representantes do governo estrangeiro também entra nisso, contanto que
venha representar os tais interesses.

Cônsules, esses têm a imunidade relativa que é o seguinte, ele vem aqui e comete um crime,
mas ele só terá a imunidade contanto que o crime tenha relação com o motivo do qual ele veio
aqui, que no caso é representar os interesses particulares do seu país. Exemplo, se ele roubar
uma bicicleta será aplicada normalmente a lei brasileira.
SEGUNDA PROVA:

Matéria 01

Princípios:

Princípio da LEGALIDADE:

. Reserva Legal: só há crime quando a lei disser e, além disso, cominar uma pena. Exemplo: matar
é crime.

. Anterioridade: só será considerado o fato criminoso quando ocorrer após a vigência da lei, ou
seja, fatos anteriores cometidos, antes da lei entrar em vigor, não serão considerados crimes.
. Proibição da analogia em ‘’malam partem’’ (malefício do réu): se não há lei para aquele
comportamento inadequado no momento, não se pode emprestar outra lei para ser aplicada.
Só podem em ‘’bonam partem’’ (benefício do réu).

. Taxatividade: as leis que estabelecem penas devem ser expressas e claras para que possa haver
uma boa interpretação.

LEGALIDADE FORMAL X LEGADLIDADE MATERIAL

Formal: ela obedece a todas formalidades estabelecidas pela Constituição Federal para o
processo legislativo.

Material: se refere ao conteúdo da lei que deve estar estabelecido pela Constituição Federal.

Princípio do DEVIDO PROCESSO LEGAL

Este significa que ninguém pode ser condenado se não por meio de processo legal. Mas o que
é um processo legal? É um processo que obedece a todas leis, sejam elas penais, civis,
administrativas e etc.

Princípio do CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA

. Contraditório: é o direito de uma parte poder contrariar o argumento da outra.

. Ampla defesa: direito de defesa. Mas calma lá, não é só isso. Aqui também tem que ser dito a
respeito:

a) Da defesa técnica: a defesa que é feita por advogado (defesa postulatória);


b) Da autodefesa: quando o próprio acusado se defende, mas para isso ele tem que ter
OAB.
c) Da defesa efetiva: a defesa deve ser efetiva, o defensor deve ‘’pontuar’’ no momento
certo.

Princípio da PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

O réu deve ser considerado e tratado como inocente até que se prove o contrário, até o trânsito
em julgado.

Princípio da DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA


Dignidade humana significa dizer, basicamente, seus direitos e garantias. Tudo aquilo que ferir
seus direitos e garantias faz parte desse princípio.

Princípio da RETROATIVIDADE

A lei não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

Princípio da INSIGNIFICÂNCIA

Só é um objeto jurídico tutelado se for relevante.

Exemplo: roubar um pão do mercado não criará um processo até porque mal seria isso
considerado um crime. Roubar um pão de um mendigo que só possuía esse pão, como seu
alimento, é algo mais grave. Perceba que um pão para um mercado é igual a praticamente nada,
já um pão para um mendigo que possui apenas esse pão é praticamente tudo. Uma só palavra
pode resumir isso: RELEVÂNCIA.

Princípio da INTEVENÇÃO MÍNIMA (ULTIMA RATIO)

A criminalização de condutas só deve ocorrer quando se caracterizar como meio absolutamente


necessário à proteção de bens jurídicos ou à defesa de interesses cuja proteção, pelo Direito
Penal, seja absolutamente indispensável à coexistência harmônica e pacífica da sociedade.

Entende-se que o Direito Penal só deve ser utilizado quando não couber mais aos outros ramos
do Direito.

Como se fosse uma ‘’última opção’’.

Princípio da LESIVIDADE

O fato deve causar lesão a um bem jurídico de terceiro. Desse princípio decorre que o Direito
Penal não pune autolesão.

Princípio da PROPORCIONALIDADE

A pena aplicada a determinado crime deve ser proporcional á gravidade do crime. Quanto mais
grave for o crime, maior será a pena.

Princípio da RESPONSABILIDADE PENAL

Caso o criminoso venha a óbito a responsabilidade PENAL não será ‘’transferida’’ para se
sucessor ou antecessor. Porém, caso o fato criminoso tenha deixado multa, responsabilidade
CIVIL, em relação a dano causado a alguém essa multa ainda deverá ser paga, mas ainda não é
tão simples assim, já que essa multa será paga até o valor dos bens que o criminoso deixar de
herança.

Exemplo: José cometeu um crime e foi condenado a 07 anos de prisão além de multa de 250 mil
reais. Um mês após ser condenado José veio a falecer, logo ele não terá que cumprir mais a pena
de 07 anos de prisão, porém ainda existe a multa, a qual não foi paga até então. Seu filho, Pedro,
recebe a herança de José no valor de 200 mil reais, logo essa herança será direcionada ao
pagamento da multa deixada por José. OK, mas ainda faltam 50 mil reais, o que acontece? Já
que José faleceu, e sua herança podia pagar somente 200 mil reais da multa, essa multa já se
encerrou, pois José não possui mais bens que possam pagar essa multa.

Responsabilidade PENAL NÃO PASSA.


Responsabilidade CIVIL PASSA.

Matéria 02

Crime

Noções fundamentais:

. Tipo penal: como a conduta criminosa é descrita, a forma que ela é descrita. Podemos citar
aqui como exemplo os artigos.

. Fato típico: tem que ser um fato que já estava previsto na lei, tem que tipificado na lei.

. Fato ilícito ou antijurídico: ação que contradiz as normas jurídicas.

Todo fato típico é ilícito? Em regra, sim, mas não será nos casos que estão no artigo 23 do
Código Penal.

Artigo 23, CP: não há crime quando o agente pratica o fato:


I – em estado de necessidade;
II – em legítima defesa;
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

. Culpabilidade e punibilidade.

Conceito de crime – MATERIAL, FORMAL E ANALÍTICO.

Crime Material: lesão ao bem jurídico tutelado. Magalhães Noronha nos dá um conceito para
crime: ‘’crime é a conduta humana que leva ou expõe a perigo o bem jurídico protegido pela
norma penal’’.

Crime Formal: crime é a conduta humana proibida por lei sob a ameaça de pena.

Crime Analítico: existem três teorias para esse conceito:


a) Teoria BIPARTIDA (adotada pela maioria da doutrina): o fato tem que ser típico e ilícito.
b) Teoria tripartida: o fato tem que ser típico, ilícito e culpável.
c) Teoria Quadripartida (não há defensores dessa teoria aqui no Brasil): o fato tem que ser
típico, ilícito, culpável e punível.

Matéria 03

Capacidade penal – quem pratica a conduta criminosa.

Denominações:

a) Âmbito Penal: infrator, criminoso (quem pratica crime) ou contraventor (quem pratica
contravenção).
b) Âmbito Processual Penal: 01. Fase Policial: investigado ou indiciado 02. Fase
Processual: acusado, quando for ação pública é o denunciado e quando a ação for
privada ele será o querelado; réu; caso ele já tenha sido sentenciado ele é o
condenado; caso ele ainda esteja cumprindo a pena ele é o executado.

Quem tem capacidade penal ATIVA?

. Ser humano vivo e maiores de 18 anos e pessoa física (jurídica não possui capacidade penal,
porém há duas exceções, as quais são: o abuso do poder econômico que vise eliminar a
concorrência e condutas e atividades que sejam lesivas ao meio ambiente).

. Sujeito PASSIVO – titular com interesse ou direito violado com a prática da infração penal.

Formal: é o Estado. Em todas as infrações penais é o Estado, pois ele é o dono das leis, logo se
a lei é violada é um prejuízo para ele.

Material: é o dono ou titular do bem jurídico violado com a prática da infração penal.
Observações:
a) Homicídio: violar o bem da vida
b) Furto: subtrair o bem patrimonial
c) Feto pode ser considerado sujeito passivo Material? Sim.
d) Pessoa Jurídica pode ser considerada sujeito passivo Material? Pode, mas dependendo
da natureza do crime.
e) Animais podem ser considerados sujeito passivo Material? Não pode, já que não
possuem personalidade jurídica.
f) Mortos podem ser considerados sujeito passivo Material? Não pode, já que não
possuem mais a personalidade jurídica (que se extingue com a morte).

Sabendo que o Estado é o sujeito passivo FORMAL em todas as infrações penais surge uma
dúvida. Pode o Estado, ser considerado sujeito passivo MATERIAL? Sim, ele pode, nos crimes
contra a Administração Pública, já que ele tem as leis e o patrimônio violados, ao mesmo tempo.

. Sujeito Passivo X Prejudicado do Crime

Sujeito Passivo: quem sofre o crime, exemplo: quem morreu.

Prejudicado do Crime: quem depende da pessoa que sofreu o crime (sujeito passivo do crime),
exemplo: João sofreu o crime de homicídio, deixou seu filho Pedro que era totalmente
dependente dele. Logo, Pedro é um prejudicado do crime.

. A mesma pessoa não poderá ser considerada sujeito passivo e ativo ao mesmo tempo, já que
para praticar um crime é necessário que seja violado o bem alheio e não de si mesmo, isso
decorre o princípio da alteridade.

Suicídio e autolesão é crime? Não, pois o bem violado é de si mesmo.

Matéria 04

OBJETO DO CRIME – é tudo aquilo contra o que se dirige o crime.

. Dividem-se em Jurídico e Material.


Jurídico: é o bem jurídico violado com a prática da infração penal. Exemplo: vida é objeto
jurídico do crime de homicídio.
É o bem jurídico protegido por lei.

Material: mais restrito, específico do que está dentro do conceito de objeto jurídico. Pessoa ou
objeto sobre a qual incide o crime. Exemplo: furto de um celular. Celular é o objeto material.
Pessoa ou coisa suposta a conduta criminosa.

. OBJETO MATERIAL X SUJEITO PASSIVO MATERIAL

Sujeito passivo material é aquele que é o dono do bem violado.


OBS: no caso de homicídio, coincidem de o objeto material ser a mesma pessoa que o sujeito
passivo material.

. Crime sem objeto material: não há crime sem objeto jurídico, mas há crime sem objeto
material, porque crime pressupõe uma violação ao bem jurídico. Exemplo: Urinar em via
pública, embriaguez no volante, e afins.

. Instrumento do crime: tudo aquilo que é utilizado para a prática da infração penal.

Matéria 05

Classificação de crimes

. Quanto ao SUJEITO ATIVO:

Comum: crime que pode ser praticado por qualquer pessoa, desde que seja maior de idade.

Próprio: adere alguma característica para poder praticar o crime. Exemplo: infanticídio, só a
mãe pode matar; ou prevaricação, que só o funcionário público pode cometer, porém admite-
se o concurso de pessoas.

De mão própria: exige também uma característica, como no próprio, porém este não admite o
concurso de pessoas. Exemplo: crime de falso testemunho.

. Sobre o CONCURSO DE AGENTES:

Unisubjetivo (concurso eventual): praticado por uma pessoa, porém é possível que duas ou
mais pessoas juntas pratiquem o crime.

Plurisubjetivo (concurso necessário): crimes que só podem ser praticados em conjunto.


Exemplo: Formação de quadrilha.

. Quanto a CONDUTA:

Comissivo: praticado por meio de uma ação.

Omissivo: como dito no sentido literal, basicamente é a omissão. Porém se dividem:

a) Próprio: é aquele que a lei descreve a ação omissiva. Exemplo: omissão de socorro.
b) Impróprio: a lei não descreve o ato omissivo, entretanto ela diz o que se deve fazer, ou
seja, não fazendo o que a lei diz para fazer importa em conduta omissiva imprópria.
Exemplo: imaginemos uma babá, ela deve cuidar da criança, ou seja, não cuidando da
criança é conduta de omissão imprópria. ISTO É SÓ UM EXEMPLO!

De conduta mista: comportamento comissivo junto ao omissivo. Exemplo: aquele velho ditado
‘’achado não é roubado’’, aqui no Direito Penal isso não existe, já que se você achou o objeto e
pegou é considerada conduta comissiva e se você não devolver é conduta omissiva.

. Quanto ao CONTEÚDO (VERBO)

Ação única: contém um único verbo. Exemplo: matar alguém.

Ação múltipla: contém mais de um verbo. Exemplo: Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou
prestar-lhe auxílio para que o faça.

. Quanto ao MODO DE EXIBIÇÃO

Forma Livre: quando o artigo não diz como ‘’tem que ser feito o crime’’, então a pessoa decide,
de forma livre, como o fazer.

Forma vinculada: quando o artigo descreve como praticar.

. Quanto ao momento de consumação:

Instantâneo: quando o crime se consuma no momento em que se faz. Exemplo: homicídio.

Permanente: quando o agente do crime pode decidir determinar quando o crime ‘’acabará’’.
Exemplo: cárcere privado, o crime está ocorrendo o tempo todo, porém o fim só será quando o
agente libertar a vítima, então quem decide quando o crime terá seu fim é o agente.

Instantâneo de efeitos permanentes: quando o agente comete um crime e seus efeitos são
permanentes. Exemplo: homicídio consumado, não tem como ressuscitar uma pessoa; e lesão
corporal grave, supondo que a vítima perdeu o braço, não tem como colocar outro braço.
(Efeitos inapagáveis)

. Quanto ao RESULTADO NATURALÍSTICO

Material: modificação no mundo concreto. Exemplo: homicídio consumado.

Formal: não precisa resultar no material. Exemplo: ameaça.

Da mera conduta: absolutamente impossível de obter um resultado material. Exemplo: artigo


330, CP, que fala do crime de desobediência.

. Quanto ao RESULTADO JURÍDICO

De dano: causar lesão a alguém, patrimônio, e etc.

De perigo: representar perigo só pelo fato de existir. Exemplo: dirigir embriagado já é um crime
de perigo, pois não é necessário que cause materialmente um acidente ou algo do tipo.

TERCEIRA PROVA:
Matéria 01

Crime doloso – quando o agente QUER ou ASSUME O RISCO de produzir tal resultado

Teorias:
a) Vontade: quem pratica o ato QUERENDO o resultado
b) Assentimento: não precisa o agente querer o resultado, mas sim do ‘’aceitamento’’ do
agente de produzir tal resultado (ele tinha noção que isso iria acontecer, embora não
fosse sua vontade, e mesmo assim fez).
c) Representação: a pessoa deve somente ter a PREVISÃO de que PODE acontecer alguma
coisa, e faz, embora mesmo assim não aceitando.

ADOTADA PELO CP:

a) Quando a pessoa queria produzir o efeito é a da vontade.


b) Quando a pessoa assume o risco de produzi-lo é a do assentimento.

Elementos do dolo:

a) Cognitivo ou intelectual: a pessoa deve ter consciência de que tal conduta que se pratica
pode levar a tal resultado.
b) Volitivo (‘’pagar para ver’’): sabe do que pode acontecer e assim mesmo faz, embora
isso não derive de alguma vontade de causar mal.

DOLO DIRETO:

a) De primeiro grau: escolhe a forma de agir, então segue em frente e a pratica (o agente
de fato queria produzir).
b) De segundo grau: os resultados produzidos em segundo grau são uma consequência
direta do meio escolhido pelo agente para obter o resultado que tinha como intenção
principal.

DOLO INDIRETO:

a) Alternativo:
1. Objetivo: a vontade de produzir um resultado criminoso contra alguém específico,
mas não importando a maneira de como isso irá acontecer.
2. Subjetivo: não tem um alvo específico, somente a vontade de produzir algo ‘’mal’’.
b) EVENTUAL: o agente quer produzir o resultado A, mas ele tem consciência de que
produzindo esse resultado A poderá ocorrer o resultado B, mas mesmo assim atua.
Logo, como já imaginado o resultado B ocorre. Então em relação ao resultado B houve
dolo eventual. (ACEITAÇÃO DO SEGUNDO RESULTADO)

DOLO DIRETO DE SEGUNDO GRAU X DOLO EVENTUAL: no dolo direto de segundo grau o
agente prevê que o resultado é CERTO OU QUASE CERTO DE OCORRER, mas já no dolo eventual
o agente prevê que o resultado é POSSÍVEL DE ACONTECER e mesmo assim o faz.

Outras classificações:
a) Dolo de dano: vontade de causar algum dano a um bem jurídico.
b) Dolo de perigo: consciência de que seu ato poderá causar perigo, exemplo: dirigir
embriagado.
c) Dolo genérico: vontade de praticar algum crime, mas sem alguma finalidade específica.
d) Dolo específico: vontade de praticar algum crime com finalidade específica, exemplo:
extorsão mediante sequestro.
e) DOLO GERAL (LEMBRAR DO EXEMPLO DA ELISE MATSUNGA, QUE ESQUARTEJOU O
MARIDO, MARCOS YOKI): decorre de um desvio na causa do crime. Ocorre nos casos
em que o agente pratica uma primeira conduta e acredita que dela obteve o resultado,
em seguida, pratica outro comportamento, do qual efetivamente obteve o seu
resultado pretendido. Em razão do dolo geral, o agente RESPONDERÁ PELO RESULTADO,
AINDA QUE ESTE NÃO ADVENHA DA PRIMEIRA CONDUTA.

Matéria 02

Crime Culposo – a pessoa não tem a intenção de causar algum dano, mas em razão da falta de
cuidado ele produz um resultado criminoso INDESEJADO.

I.N.I. (imprudência, negligência e imperícia):

a) Imprudência: um agir perigoso, exemplo: passar no sinal vermelho.


b) Negligência: Deixar de fazer algum ato, o qual deveria ser feito, se não causaria algum
resultado ruim, e no caso esse resultado ocorre.
c) Imperícia (geralmente relacionado nos casos relacionados a profissões): ‘’não é da sua
conta’’, você não deveria realizar aquilo, já que não é qualificado para aquilo. Em outras
palavras, a falta de habilidade técnica profissional.

ESPÉCIES DE CULPA:

a) Consciente: o fato tem que ser previsível e o agente tem que ter essa previsão, porém
o agente acha que é habilidoso o suficiente para evitar o resultado.
b) Inconsciente: quando o agente não teve a capacidade de prever que o fato poderia
ocorrer.

CULPA CONSCIENTE X DOLO EVENTUAL: ambos possuem o fato previsível e o


agente possui a previsão do fato. A diferença é que o no dolo eventual o agente
aceita a produção do resultado e na culpa consciente o agente acha que
consegue evitar.

c) Própria: é a culpa em que o agente não pretende o resultado, mas pratica a conduta
sem observar os cuidados necessários (I.N.I).
d) Imprópria: é a culpa que surge em decorrência de erro evitável.

ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO:

a) Conduta humana voluntária – quer praticar o comportamento, mas não o resultado;


b) Resultado involuntário;
c) Inobservância de cuidado objetivo;
d) Previsibilidade objetiva – não quer dizer que o agente tenha essa previsão;
e) Nexo causal;
f) Tipicidade.

Alguns elementos a mais:

a) Compensação de culpas: a culpa da VÍTIMA não isenta o RÉU da pena, pode no máximo
diminuí-la.
b) Concorrência de culpas: quando duas ou mais pessoas dão causa ao mesmo resultado
criminoso agindo culposamente.
c) Crime preterdoloso: é um crime em que o agente pratica um resultado doloso e
culposo.
QUARTA PROVA:

Matéria 01

Consumação: quando no fato estão reunidos todos os elementos da definição legal do crime.
Em outras palavras, quando o agente faz com que o crime aconteça.

Quanto ao exaurimento, podemos dizer que é uma conduta ‘’a mais’’ do agente, ou seja,
quando o crime já está consumado e o mesmo pratica outra conduta que irá agravar sua
consequência, no entanto deve-se evitar confusão com outro crime. Por exemplo, temos: João
dispara três tiros contra Marcos. Com medo de que alguém o descobrisse, João retalhou o
cadáver de Marcos e logo em seguida ocultou-o em um terreno distante de suas respectivas
casas. Nesse caso temos que: os disparos é a consumação; o retalhamento é o exaurimento; e
a ocultação de cadáver é outro crime.

Matéria 02

Crime consumado: segundo o artigo 14 inciso I do CP, temos: ‘’diz-se o crime consumado,
quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.’’

Consumação dos crimes conforme sua classificação:

a) Crimes materiais: precisa do resultado naturalístico. Exemplo: no homicídio, a morte


da vítima.
b) Crimes formais: precisa somente da conduta do agente, não sendo necessária a
produção do resultado. Exemplo: ameaça; e extorsão mediante sequestro, já que não é
necessário que o agente receba (resultado).
c) Crimes de mera conduta: a própria conduta já se consuma o crime, já que é impossível
a produção de um resultado. Exemplo: crime de desobediência.
d) Crimes culposos: é necessária a produção de um resultado naturalístico. Exemplo:
homicídio culposo.
e) Crimes permanentes: a consumação do crime vai depender da vontade do agente, já
que ele que decidirá por quanto tempo o crime durará. Exemplo: cárcere privado.
f) Crimes omissivos: no próprio, no momento em que a pessoa deixar de prestar socorro.
No impróprio, no momento em que a babá deixou de observar a criança.
g) Crimes qualificados pelo resultado: se consuma quando ocorre a produção de um
resultado agravador. Exemplo: crimes com agravantes.

Matéria 03

Crime tentado: é adotada a teoria OBJETIVA, segundo o artigo 14 inciso II do CP: ‘’diz-se crime
tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do
agente.’’

Quanto a sua pena: ‘’salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

No crime tentado possui três elementos que o configura:


a) Início da execução: pois, não basta que o agente tenha a vontade, é necessário que ele
inicie os atos de EXECUÇÃO.
b) Não consumação: razões ALHEIAS as da vontade do agente.
c) DOLO: tão grave quanto no crime consumado, já que a vontade é a mesma.

Espécies de tentativa:

- PERFEITA OU ACABADA: ‘’crime falho’’ – essa é a mais grave. Quando o agente ESGOTA todos
os meios de execução que ele tinha e mesmo assim o crime não se consuma.

- IMPERFEITA OU INACABADA: o agente não CONSEGUE esgotar os meios de execução, pois


algo o interrompeu de prosseguir na execução.

- BRANCA OU INCRUENTA: essa é mais leve. Quando a vítima permanece INTOCADA. Para
facilitar o entendimento, temos a hipótese de o agente ERRAR TODOS OS TIROS na vítima.

Disposições gerais relevantes:

a) TIPICIDADE DA TENTATIVA: a tentativa do crime deve estar prevista.


b) PUNIÇÃO DA TENTAIVA: artigo 14, parágrafo único do CP.
c) CRITÉRIOS PARA REDUÇÃO DA PENA: quanto MAIS PERTO o agente chegar da
consumação, MENOR será sua redução de pena.
d) EXCEÇÕES A REGRA GERAL: quando a pena do crime tentado é IGUAL ao do crime
consumado. Exemplo: CP, 352 – ‘’ evadir ou tentar evadir-se ...’’

Matéria 04

Crimes que NÃO admitem tentativa: dica – Cada Um Ouça o PróPrio Coração Hoje.

Crime CULPOSO: quando o agente não tema vontade, mas em razão de alguma Imprudência,
negligência ou imperícia, causa um resultado criminoso.

Crime UNISUBIXISTENTE: se consuma em um único ato. Exemplo: ameaça.

OMISSIVO PRÓPRIO: se consuma no momento em que se dá a omissão.

Crime PRETERDOLOSO: pois há uma CULPA nesse crime.

CONTRAVENÇÃO penal: a lei estabelece que, não há tentativa nestes, não há uma explicação
lógica como há nos demais.

HABITUAL: uma vez só (já é habitual), NÃO há tentativa.

Matéria 05

Desistência voluntária: basicamente, é quando o agente DESISTE do crime porque ELE MESMO
QUER. Temos como o elemento principal a VONTADE PRÓPRIA.

Pelo fato de não se consumar o crime, a desistência voluntária pode ser facilmente confundida
com a TENTATIVA, então é bom se atentar nas maiores diferenças e igualdades entre os dois.
Ambos ingressam aos atos de execução e também não são consumados. A diferença está na
parte de que, na tentativa a não consumação se dá por RAZÕES ALHEIAS AS DA VONTADE DO
AGENTE, e na desistência voluntária a não consumação se dá PELA VONTADE PRÓPRIA DO
AGENTE.

Quanto a responsabilidade penal no caso de desistência voluntária o agente só responderá pelo


resultado EFETIVAMENTE produzido. Imaginemos um exemplo em que, Pedro tinha uma arma
com seis tiros e disparou contra João apenas um tiro, acertando-o no ombro, e na hora que
Pedro ia efetuar os disparos seguintes, se arrepende e NÃO continua com o crime. É importante
ressaltar que NINGUÉM impediu Pedro de consumar o crime, ELE MESMO DESISTIU, e também
que Pedro responderá somente pela Lesão em João (neste caso, no ombro).

Dica: Desistência = NÃO QUER CONTINUAR. Tentativa = NÃO PODE CONTINUAR.

Ademais, a desistência deve ser VOLUNTÁRIA e EFICAZ para IMPEDIR A CONSUMAÇÃO.

Arrependimento eficaz: o agente ESGOTA os meios de execução e depois pratica alguma


conduta que irá IMPEDIR (aqui está o arrependimento) QUE O CRIME SEJA CONSUMADO. A
responsabilidade penal é igual ao da desistência voluntária.

Arrependimento POSTERIOR: basicamente é uma reparação do dano causado pelo agente para
o ofendido.

Seus dois maiores requisitos:

a) DEVE SER reparado o dano ATÉ o momento do recebimento da DENÚNCIA OU QUEIXA


CRIME.
b) NÃO PODE haver VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA para a pessoa.
c) DEVE SER VOLUNTÁRIA do AGENTE, não podendo alguém o forçar a isso.

Reparação do dano deve ser, em regra, integral. No entanto a doutrina e a jurisprudência


ADMITEM a reparação PARCIAL, CONTANTO QUE o ofendido ACEITE a proposta do agente. Caso
a reparação for integral o ofendido é OBRIGADO A ACEITAR.
Quanto a redução da pena: conforme preconiza o artigo 16 do CP, ‘’... a pena será reduzida de
um a dois terços. ’’ E quanto mais rápido o agente reparar o dano, maior será a redução da pena.

Detalhe que pode ser importante: COMUNICABILIDADE.

- A circunstância de reparação se COMUNICA, mesmo que uma pessoa dos dois que cometeram
a infração repare integralmente com seus próprios recursos.

Matéria 06

Crime impossível: razão alheia a da vontade do agente, no entanto ela é MUITO específica.

O meio utilizado aos atos de execução pelo agente, era INEFICAZ, OU o objeto era impróprio.

a) Quanto aos meios utilizados serem ineficazes, temos o exemplo de quando o agente
pega a arma, no entanto ela estava sem munição.
b) Quanto ao objeto impróprio, temos como referência a pessoa ou a coisa a qual incide o
‘’crime’’. Por exemplo: atirar em um cadáver (pessoa JÁ MORTA).

Quanto a responsabilidade:
a) No exemplo da arma sem munição, o agente responderá por apontar a arma para a
possível vítima (o que se configura como AMEAÇA); e porte de arma ilegal.
b) No exemplo do agente que dispara em um cadáver, ocorre de ele responder por efetuar
disparo com arma de fogo e porte de arma ilegal.

Como conclusão da responsabilidade nestas duas situações, pode-se observar que o agente só
responderá polo resultado que EFETIVAMENTE PRODUZIU.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 1º
ANO
PRIMEIRA PROVA:

Matéria 01

Item 1: Estado, o que é? Estado é um ente artificial criado para promover o bem comum.

Tema 1: Sociedade e tutela jurídica.

O que é Tutela? Uma espécie de Guarda, que serve para cuidar ou proteger algo ou alguém.

Com a criação da sociedade iniciou-se os conflitos, mas estes não poderiam ser resolvidos por
conta própria, então, assim surge o estado com seu objetivo de manter o bem comum.

O Estado usa o Direito como um instrumento para garantir a justiça e/ou bem comum.

Porque nasce um processo? Tudo começa a partir da Tutela Jurídica estatal, que o ‘’T.J.E.’’
realiza em dois planos.

O primeiro é a Tutela Jurídica (Direito material), este fala sobre as leis que devem ser seguidas
em sociedade para a garantia dos bens da vida, sejam eles matérias ou afetivos.

O segundo plano é a Tutela Jurisdicional (Direito processual). Aqui se inicia o processo. O direito
processual só será utilizado em caso de falta de seguimento do direito material.

Conclusão – O direito material serve para ditar as regras de comportamento em sociedade. O


direito processual serve para alcançar a solução da violação de direito material, isto é, o direito
processual só será usado como uma resolução de um processo, que nasce somente em falta
de concordância pessoal com o direito material.

‘’O processo é um instrumento utilizado pelo Estado através de juízes, que só será usado quando
o direito material não é cumprido espontaneamente. O processo é uma sequência de atos com
o objetivo de entregar o direito a parte que tiver razão. ’’ Thomaz, Gui. 

Matéria 02

Formas históricas de resolução de conflito

1 – Auto tutela ou auto defesa: quando o indivíduo se defende sem a intervenção do Estado.

2 – Auto composição: quando as partes se acertam amigavelmente.

3 – Arbitragem: entregar a solução de um conflito para um terceiro, ou uma empresa de


arbitragem.

4 – Jurisdição: O Estado se substituindo a vontade das partes para resolução dos conflitos.

Restando como mais formas, como dito acima, temos a Tutela Jurídica e Tutela Jurisdicional.

Matéria 03

Acesso à Justiça e seus obstáculos:

Todos devem ter acesso à justiça, porém muitos não têm porque a justiça é, de fato, cara.
1. Econômico: os altos custos de iniciar o processo, dificulta o pleno acesso à justiça. Ajustiça
pode sim ser gratuita, desde que, o cidadão comprove insuficiência de recurso. Isto é, ele
poderá usufruir da justiça gratuita contanto que sua renda seja de menos de 3 salários mínimos,
daí ele consegue um defensor público. Caso ele tenha dinheiro para um defensor particular a
parte que contratou o este defensor particular deverá pagar seus honorários, ditos no processo.
O pagamento do defensor público é dado através da OAB (de onde vem os defensores
públicos).

OBS: O Estado faz ‘’convênios’’ com a OAB, é daí que surge os defensores públicos.

2. Desconhecimento do Direito

Atualmente a imprensa divulga bem mais, assim fazendo com que os cidadãos conheçam seus
direitos, desta forma indo procurá-los.

3. Morosidade (demora)

Existem muitos processos, o atraso excessivo de um destes pode gerar prejuízo à parte, porém
este prejuízo é plenamente ressarcível, através do princípio da boa-fé.

O que é princípio da boa-fé? Direito privado, cuja a função é estabelecer um padrão ético. Para
saber se o indivíduo estava ou não de boa-fé é preciso analisar seu comportamento.

4. Prioridade – pode se dizer que é a entrada de uma tutela de urgência.

O que é uma Tutela de Urgência? Quando você precisa de uma decisão jurídica.

Essa prioridade só funciona se a ação tiver nexo.

Quem pode entrar com essa prioridade? Idosos com mais de 60 anos, deficientes.

OBS: divorciados não podem entrar nessa prioridade.

5. Tutela de Urgência (tutela liminar ou antecipada) – para o uso desta o advogado tem que
ter provas o suficiente.

Toda liminar é provisória, já que pode ser revogada a qualquer momento.

Qualquer caso pode ter, desde que esteja bem fundamentada e justificada.

Processo: Cognição superficial -> é o conhecimento superficial do processo, baseada no fumus


boni júri, ainda é o ‘’começo’’.

Cognição exauriente -> é baseado nos exames mais aprofundados e, além disso, as
provas, que cria um juízo de certeza.

Matéria 04

Alternativas de morosidade

Criação de técnicas de conciliação – formas de resolver conflito, o ideal seria que todos se
resolvessem sem a intervenção do estado.

Conciliação (a forma mais pacífica de resolução) X Litígio (Aquilo que promove uma disputa ou
briga entre as pessoas).
J.E.C (Juizado Especial Civil e Criminal) – Para crimes menores (IMPO) e causas até 40 S.M.

Não pode ter causas complexas. A causa se torna complexa a partir do momento que ela tiver
uma perícia. É uma forma do processo ‘’andar mais rápido’’.

Processo eletrônico: Justiça Federal; Justiça Estadual (2013); Justiça do Trabalho.

SEGUNDA PROVA:

Matéria 01

Tema 03: Histórico (fases) do direito processual

Sincretismo: contém normas de DP e DM, porém predomina o DM. Basicamente é uma junção.

Autonomista: em 1868, Oscar Von Bullow, deu origem ao Direito Processual e a partir daí surge
a ciência processual. Já que a ciência processual possui regras, elas devem ser seguidas, e, caso
não seguidas não levará ao ganho da causa, ainda que os argumentos estejam bem formulados.

A autonomia foi boa, já que ela dividiu o DM do DP, no entanto, o intérprete ficou ruim devido
ao fato de que o DP é autônomo.

Instrumentalidade do processo: foi criada para analisar o processo de uma forma mais
dinâmica, para que assim não seja, de todo, interpretado ao pé da letra.
A ciência processual deixou de ser autônoma devido à instrumentalidade? Não, porém tornou
o processo mais flexível. Instrumentalidade surgiu para que as normas não fossem interpretadas
ao pé da letra, assim não ferindo o DM.

Matéria 02

Tema 04: Natureza Jurídica da Norma Processual

Norma processual não admite negociação, já que ela é feita em prol da sociedade.

Quem presta a tutela jurisdicional? O Estado, por meio de normas.


O que é a norma processual? Á serviço do Estado para resolução de conflitos e pacificação
social.

As normas de ordem pública não podem ser afastadas pelas vontades das partes. Elas também
são de aplicação imperativa que serão essencialmente titular os interesses primordiais da
coletividade.

Matéria 03

Tema 05: Fontes da norma processual

LEI: além de ser a fonte mais segura, ela é também a fonte que se procura quando necessária à
resolução de conflitos, já que ela dá total segurança.

NEGÓCIO/FATO JURÍDICO: quando se vai estudar o fato, é necessário analisar as cláusulas antes
de tudo.

JURISPRUDÊNCIA/SÚMULAS (PRECEDENTES): jurisprudência significa dizer, a grosso modo, que


é interpretar a lei. Súmula é o registro que resumo o entendimento vigente em um tribunal
sobre uma tese jurídica discutida (só os TRIBUNAIS podem editar súmulas).

DOUTRINA: opinião documentada dos estudiosos (LIVROS).

USOS E COSTUMES: quando o caso estudado não tem uma lei, e é adotado, como base, os usos
e costumes. A partir daí vem uma dúvida: os juízes são obrigados a seguir essa vinda dos usos
e costumes? Não, se há usos e costumes precisa de uma organização lei (para ser seguida
OBRIGATÓRIAMENTE). Juízes devem observar as decisões do STF e STJ (instância extraordinária).

Matéria 04

Tema 06: A eficácia da norma processual no tempo e no espaço

01 Espaço: Princípio da territorialidade.

a) Processo Civil: A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, salvo
se houver tratados, convenções ou acordos internacionais que o Brasil seja parte.
(Artigo 13º, NCPC)
b) Processo Penal: O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este
código, ressalvados: quando houver tratados ou convenções de direito internacional;
Prerrogativas; processos de competência de Justiça Militar; processos de competência
de tribunal especial; e processos por crime de imprensa. (Artigo 1º, CPP)

02 Tempo: Princípio da aplicabilidade imediata.

a) Processo Civil: A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas
consolidadas sob a vigência da norma revogada. (Artigo 14º, NCPC)
b) Processo Penal: a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade
dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. (Artigo 2º, CPP)

Matéria 05

Tema 07: Interpretação da norma processual

Interpretar é aplicar a NORMA ao FATO concreto.

Métodos:

a) LITERAL: interpretação gramatical ao pé da letra.


b) LÓGICO-SITEMÁTICO: busca várias leis para a solução.
c) HISTÓRICO-EVOLUTIVO: deve ser analisado se a lei condiz com o fato histórico, já que
a sociedade está sempre em evolução.
d) COMPARATIVO: compara o ordenamento jurídico com o direito estrangeiro.
e) TELEOLÓGICO: analisar o fato e não interpretar ao pé da letra. Exemplo: casamento
homossexual e aborto.

Matéria 06

Tema 08: Processo civil constitucional

Como a CF quer que o processo CIVIL/PENAL seja:

Que tenha:

A) ACESSO À JUSTIÇA.
B) JUSTIÇA GRATUITA: para aqueles que comprovem insuficiência de renda (até de 03
S.M).
C) CELERIDADE: processo deve ser célere, isto é, mais rápido dentro do possível.
D) CONTRADITÓRIO: que as partes possam se contradizer uma a outra, além da ampla
defesa.
E) UM JUIZ IMPARCIAL: o JUIZ deve ser imparcial a todo o momento do processo, ele não
pode ‘’pender’’ a uma das partes.
F) PROIBIÇÃO DA PROVA ILÍCITA: salvo com autorização judicial.
G) MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES: todos os julgamentos do Poder Judiciário devem ser
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Pode sim não ser
públicos, porém quando a lei disser.
H) POSSIBILIDADE DE RECURSO.
I) PUBLICIDADE: transparência.

TERCEIRA PROVA:

Matéria 01

Tema 10

Jurisprudência

Introdução (artigo 2º da CF): ‘’são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Conceito: a palavra ‘’juris’’, advinda do latim, significa ‘’direito’’, enquanto a palavra ‘’dictio’’,
também do latim, significa ‘’dizer ‘’. Trazido ao português, essas duas palavras formam
‘’jurisdição’’ a qual podemos entender que significa: dizer o direito. Essa expressão ‘’dizer o
direito’’ nada mais é do que entregar o direito para quem o merecer, isso é feito através do
processo, então temos a seguinte conclusão: será o processo que irá nos dizer o direito, assim
se fazendo a justiça.

Judicialização: deslocamento do polo de decisões políticas e sociais do Poder Judiciário para o


Poder Legislativo e Executivo. Ou seja, aqui significa dizer, á grosso modo, que o que era para
ser decidido, em relação a questões políticas e sociais, pelo poder Judiciário, será decidido pelo
Poder Legislativo e/ou Executivo.

Equivalentes jurisdicionais: formas não jurisdicionais de resolução de conflito, tais como:


arbitragem, autocomposição, autotutela. ‘’O estado promoverá, sempre que possível, a solução
dos conflitos. ’’ (Art. 3º, segundo parágrafo)

Características da Jurisdição:

a) Lide: deriva da palavra litígio, que por sua vez tem o significado de conflito de interesses
que necessariamente dará início a uma ação judicial de contestação da demanda. Visto
que nem todos os processos possuem um litígio, e assim são resolvidos de forma
amigável, sem a necessidade de uma sentença judicial, essa característica não é
absoluta (não está em todos).
b) Inércia: exige que haja a manifestação da pessoa que teve seu direito violado.
c) Caráter definitivo (coisa julgada): só existe quando se dá uma decisão já transitada em
julgado (aquela decisão da qual não se cabe mais recurso), caso ainda não seja essa
decisão, não há que se falar em caráter definitivo. E quanto às decisões de primeira
instância? Essas decisões só tangem essa característica quando não houver a
interposição de recurso, mesmo que caiba.

Elementos de TGP (conceitos muito resumidos).

a) Ação: se dá através de petição inicial ou denúncia.


b) Defesa: após a ação, caso essa ação seja pronunciada, acontecerá a defesa (todos gozam
desse direito, além de ser um princípio (princípio da ampla defesa). Caso a ação seja
impronunciada o réu, na grande maioria dos casos será absolvido compulsoriamente
c) Processo: meio utilizado para a resolução do conflito.
d) Jurisdição: entrega do direito a quem o merecer. (Justiça)

Princípios:

a) Investidura: a jurisdição somente é exercida por quem tenha sido regularmente e


legitimamente investido na autoridade de juiz, em regra por concurso público. Ou seja,
não pode uma pessoa qualquer querendo ‘’fazer’’ a jurisdição.
b) Aderência ao território: os magistrados somente têm autoridade nos limites territoriais
do Estado.
c) Indelegabilidade: é vedado ao juiz, que exerce atividade pública, delegar as suas
funções a outra pessoa ou mesmo a outro Poder Estatal.
d) Inevitabilidade: este princípio diz que ninguém pode ‘’evitar’’ a jurisdição. A autoridade
dos órgãos jurisdicionais impõe-se por si mesmas, independentemente das vontades
das partes ou de eventual pacto, aceitarem os resultados dos processos.
e) Inafastabilidade: a todos é possibilitado o acesso ao Judiciário em busca da solução de
suas situações litigiosas e conflitos de interesse em geral.
f) Declinabilidade: a pessoa pode declinar o processo (quando ocorre impedimento ou
suspeição), entretanto, deve haver motivo fundamental. Geralmente quando a
imparcialidade da autoridade corre risco de ser violada.
g) Juiz Natural: assegura que ninguém pode ser privado do julgamento por juiz
independente e imparcial, além de dizer também que a própria lei determinará qual
será a autoridade competente para tal julgamento.
h) Inércia: em regra, as partes têm que tomar inciativa de pleitear a tutela jurisdicional.
Em outras palavras: a jurisdição deve ser provocada, pelo indivíduo que teve seu direito
violado.

Jurisdição: como ela é ‘’dividida’’:

a) Justiça comum: Previdência; Dano Moral; Crime; Civil; Juizado Especial Criminal
(J.E.Crim.); e Juizado Especial Civil (J.E.C.).
b) Justiça especial: Trabalho; Eleitoral; e Militar.
c) Jurisdição contenciosa: contenda; disputa; litígio; e controvérsia.
d) Jurisdição voluntária: somente quando o código não estabelecer procedimento
especial. Quando é o Estado (por meio do MP ou DP) que está tutelando interesses que
não são conflitantes.

Tutela de urgência: também chamado de tutela antecipada ou provisória, é provocada quando


há a necessidade de antecipar alguma medida. Além disso, essa tutela também pode ser
revogada a qualquer momento pelo Juiz.

Matéria 02

Tema 11

Competência: diz respeito às regras que orientam o jurisdicionado/MP onde propor a ação.
Serve para garantir o princípio do Juiz Natural. Ela é dividida entre alguns critérios:

a) Critério geral: bem comum ou interesse público.


b) Critério específico: em razão da matéria; do valor da causa; do território; e da pessoa.
c) Regra geral de competência em seus âmbitos: A) Civil: domicílio do réu/lugar do ato ou
fato. B) Crime: consumação do ilícito ou domicílio do réu. C) Trabalhista: em que o
empregado presta o serviço.
d) Absoluta e Relativa: a absoluta é quando a competência é insuscetível de sofrer
modificação, o juiz pode decretar de ofício. A relativa é quando a competência é passível
de sofrer modificação por vontade das partes ou por prorrogação, já que aqui o juiz não
pode decretar de ofício.
e) Conexão: reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o pedido OU
a causa de pedir. Seu efeito é produzir os mesmos efeitos no processo.

Estrutura do Poder Judiciário no Brasil de acordo com o artigo 92 da CF.

a) STF: Supremo Tribunal de Justiça;


b) CNJ: Conselho Nacional de Justiça;
c) STJ: Superior Tribunal de Justiça;
d) TST: Tribunal Superior do Trabalho;
e) Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
f) Tribunais e Juízes do Trabalho;
g) Tribunais e Juízes Eleitorais;
h) Tribunais e Juízes Militares;
i) Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Algumas observações sobre essa estrutura:

Tribunais: possuem competência originária e recursal, ou seja, atuam como 1º e 2º instância.

Todos são elencados na CF, com exceção aos Tribunais e Juízes Eleitorais, que possuem uma
legislação específica (infraconstitucional).

CNJ: único que não possui um poder jurisdicional, visto que ele é um órgão fiscalizador do Poder
Judiciário.
Tanto o STF como o STJ e o TST são órgãos de 1º, 2º e ‘’3º’’ instância. ELES SÃO OS ÚNICOS DE
UMA CHAMADA ‘’3º INSTÂNCIA’’.

QUARTA PROVA:

Matéria 01

Tema 12 – Ação

Conceito básico: direito de pedir ao Estado a tutela jurisdicional, em face de seu direito material
haver sido violado.

O direito de ação preconiza que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça. Ademais, versa sobre matéria que toca o princípio do devido processo legal, o qual nos
diz que ninguém será privado de seus bens ou sua liberdade sem o devido processo legal.

Duas condições imprescindíveis para que haja um processo (AÇÃO):

a) Interesse de agir – este se divide em dois objetos, o primeiro é a necessidade, que diz
que para buscar a tutela jurisdicional deve ser necessário, isso significa dizer que, caso
não consiga alcançar o resultado desejado sem a prestação judicial, aí sim se deve
procura-la. O segundo é a adequação, que é a opção pelo meio processual que possa vir
a produzir o resultado útil, em outras palavras, a opção escolhida deve ser a necessária
para alcançar tal resultado.
b) Legitimidade de parte – deve ser demandado aquele que é o responsável pela obrigação
ou o titular do direito que alega. Por exemplo: a pessoa que sofreu a ameaça ou a lesão
deve procurar o judiciário, além do mais, ele tem que PODER ajuizar uma ação em face
daquele que ele alega ter violado ou ameaçado violar seu direito.

Renovação da ação: o pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte
proponha de novo a ação. Em outras palavras, o indeferimento da inicial (seja lá por qual
motivo) não impede que o autor proponha novamente a ação.

Matéria 02

Tema 13 – Defesa (princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa)

Princípio do contraditório também é do autor, visto que ele também possui o direito de
contradizer os argumentos que serão propostos contra ele. Enquanto o autor for autor, não
perceberá o princípio da ampla defesa, visto que este somente acusa, já que é um autor.
Juiz não pode proferir alguma decisão sem que antes tenha ouvido a parte contrária. No entanto
há exceção, a qual nos diz que em caso de tutela provisória de urgência pode o juiz proferir
decisão sem antes ouvir a parte contrária. É chamada de tutela provisória, pois ela é passível de
alteração. (Art. 9, parágrafo 1, NCPC)

Defesa:

a) Processual: ataca o procedimento, isto é, ataca algum ato arrolado (partes e advogado)
ou proferido (juiz) de forma errônea ou indevida.
b) Mérito: aqui é atacado o direito material, diferentemente da defesa processual. Há
também dois fatos importantes nessa defesa, o primeiro é que pode o réu demonstrar
a inexistência do direito do autor ou que a ação é improcedente, por algum motivo. O
segundo fato é que o advogado do réu deve alegar TUDO o que puder em favor de seu
cliente na defesa de mérito.

Defesa Processual:

a) Peremptória: aquela defesa que acarreta a EXTINÇÃO DO PROCESSO sem o julgamento


de mérito, como exemplo temos: alegar ilegitimidade de parte, fatos errados,
desinteresse de agir, coisa já julgada.
b) Dilatória: aquela defesa que NÃO ACARRETA NA EXTINÇÃO DO PROCESSO, visto que
aqui é discutido algum fato sanável. Digamos que essa defesa ‘’é aquela que
conhecemos’’.

Uma ação julgada extinta sem julgamento do mérito pode ser reproposta.

Reconvenção: á grosso modo, significa dizer que o réu passa a ser o autor. Como por exemplo,
um pagamento de dívidas, em que a questão é analisada mais afundo e verifica-se que o
devedor, na verdade é o credor, ou vice-versa.

Exceção de:

a) Incompetência: alegar discordância do foro ou do juízo. A parte alega que tal foro ou
juízo não é o competente para o julgamento da ação.
b) Impedimento e suspeição: discordância da pessoa do juiz, pelo motivo de que sua
imparcialidade pode ser ou será violada.
c) Impugnação ao valor da causa: o réu refuta o valor dado á causa pelo autor, por
exemplo: recolheu as custas errado.

Revelia: é quando o réu não se defende, mas aí essa falta de contestação faz com que os fatos
alegados pelo autor sejam reputados como verdadeiros (isso não fará com que o autor ganhe
o processo, entretanto a chance é grande). O revel poderá entrar no processo a qualquer
momento, inclusive após a sentença. Quando declarado revelia no processo, em nome do réu,
será nomeado um defensor.

OBS: até mesmo o réu reconhecendo os fatos alegados pelo autor não significa que este vencerá,
mas novamente, a chance é grande.

Matéria 03
Tema 14 – Processo

Natureza jurídica: prevalência do caráter público. A ação é sempre PÚBLICA, nos casos de
privada, é somente iniciada por algum particular que teve seu direito violado, visto que o direito
de punir é SOMENTE DO ESTADO.

Linhas evolutivas: Sincretismo (junção das normas de Direito Material com as de Processual, no
entanto prevalece o de Material); Autonomista (é autônomo, assim dando origem a ciência
processual, no entanto como ela dividiu o direito material do processual a interpretação ficou
ruim, pois as normas estavam sendo levadas ao pé da letra); e Instrumentalidade do processo
(foi criada para analisar o processo de uma forma dinâmica, para que assim não houvesse uma
interpretação ao pé da letra). Cabe ressaltar que, mesmo após a criação da Instrumentalidade
do processo (que serviu para ‘’limitar’’ a autonomia) o processo CONTINUA SENDO AUTÔNOMO.

Processo e Procedimento: é adotado e seguido o sistema da Legalidade, isto é, no processo tudo


tem que estar dentro das normas (regras).

Pressupostos Processuais (Requisitos para o desenvolvimento do processo)

a) Referente ao Juiz: autoridade (verificar se ele é juiz mesmo); competência (se ele é ou
não competente para julgar tal fato); e imparcialidade (quando a parcialidade do juiz
pode ser violada).
b) Referente às partes: capacidade de ser parte (todos têm, inclusive os menores e
incapazes); de estar em juízo (essa nem todos têm, por exemplo, no caso do menor,
deverá ele ser representado ou assistido); legitimidade (só poderá ajuizar a ação aquele
que teve seu direito violado ou ameaçado de o ser).
c) Capacidade Postulatória: faculdade privativa de advogado. Á grosso modo: ‘’poder de
advogado’’. Todos os casos precisam de advogados para que possam prosseguir com o
processo, com exceção aos processos dos Juizados Especiais NAS CAUSAS ATÉ 20
SALÁRIOS MÍNIMOS.
d) Formalidades Processuais: as formalidades padrão.

Desenvolvimento do Processo: petição inicial; citação do acusado; sentença; recurso; e trânsito


em julgado.

Sujeitos do Processo:

a) Litisconsórcio: pluralidade de autor ou de réu juntamente com uma LIDE. Isso visa a
economia processual.
b) Intervenção de terceiro: quando um terceiro entra no processo (deve haver o interesse
deste). Inicialmente ele não estava no processo.
c) Advogado: é indispensável a presença de advogado no processo, exceto nos Juizados
Especiais nas causas de até 20 salários mínimos.
d) Ministério Público: legitimação para acusar tanto na esfera civil quanto no crime.
Funciona como órgão acusador do processo.

Coisa julgada: quando é dada uma sentença e dessa sentença não cabe mais recurso.
(SENTENÇA IRRECORRÍVEL).
Prova: para haver certeza da decisão que o juiz irá tomar, ele deverá obter todas as provas para
comprovar a materialidade do fato e a autoria ou participação do acusado. ‘’O juiz conhece o
direito, mas não os fatos.’’ Ou ‘’Dai-me os fatos, que lhe conduzo ao direito.’’

Ônus da prova: significa dizer o mesmo que ‘o encargo de produzir as provas’. No processo
penal, cabe ao ministério público, em nome do autor, produzir as provas contra o autor. No
processo civil cabe ao autor quando querer acusar, e ao réu quando quiser se defender.

OBS: tecnicamente no processo civil funciona assim: ‘’Se VOCÊ está alegando isso, VOCÊ que
prove.’’ Tanto para o autor quanto para o réu. Ou seja: se alega, mas não prova, nada alega.
DIREITO FINANCIERO E
TRIBUTÁRIO 1º ANO

*Somente 2º semestre*

TECEIRA PROVA:

Matéria 01
Despesas públicas: são gastos realizados pelo governo para a manutenção da máquina
administrativa.

. Poder ser que gere um débito (quando é arrecadado menos do que se ganha), mas não
necessariamente gerará.

. Quanto ao motivo:
- Corrente: é aquela realizada pelo ente público e que NÃO gera acréscimo patrimonial para
o mesmo.
a) Pagamento com pessoal: inclui-se todos os servidores públicos;
b) Material de consumo: bens de caráter consumível, exemplo: merende escolar;
c) Serviços de terceiros;
d) Encargos: pagamento de férias, 13º, FGTS, adicionais e etc;
e) Subvenções: para fomentar atividade econômica pública;
f) Inativos/pensionistas: pagamentos com índole previdenciária;
g) Salário família: acréscimo salarial para necessitados com filhos de até 14 anos;
h) Juros da dívida pública;
i) Transferências correntes: qualquer tipo de transferência realizada a outro ente,
referente a pagamento público classificado como despesa corrente.

- Capital: é aquela realizada pelo ente público que GERA acréscimo patrimonial. O gasto é
convertido em algum bem.

a) Investimentos: obras, equipamentos, instalações, materiais permanentes e etc;


b) Inversões financeiras: PIB é alterado ou quando algum bem sai do patrimônio privado
e vai para o patrimônio público.

Matéria 02

Créditos adicionais: quando surge uma despesa que não está prevista na LOA.

a) Suplementares: quando falta dinheiro. Exemplo: previu 10 e obteve o gasto de 11;


b) Especiais: algo que não esteja previsto no LOA e não seja extraordinária;
c) Extraordinários: em caso de guerra declarada, comoção interna e calamidade pública.

Matéria 03

. Despesas obrigatórias e despesas vinculadas.

a) Despesas obrigatórias: são as principais responsáveis pela rigidez do orçamento público.


Sendo ato de administração, a lei orçamentária não cria direitos e obrigações, limitando-
se apenas a estimar as receitas e autorizar a realização de despesas, cuja efetivação
dependerá da discricionariedade do gestor, ou seja, de seu poder de escolha.
b) Despesas vinculadas: é um determinado grupo de receitas que serão utilizadas para
certa finalidade. Um exemplo de vinculação é a obrigação imposta à União de aplicar
15% de sua receita corrente líquida em ações e serviços públicos de saúde. Ou seja, há
uma destinação específica dessas receitas por meio desse vínculo jurídico.

. Limite para gastos com pagamento de pessoais:

a) União: 50%.
b) Estados: 60%.
c) Municípios: 60%.

. Despesas com seguridade social: abrange previdência social, assistência social e saúde.
a) Previdência social: aposentadoria, seguro desemprego, doença, entre outros. Só recebe
quem contribui com o sistema.
b) Assistência social: serviço realizado pelo poder público com a função de reduzir a
pobreza e a desigualdade social. Exemplo: Bolsa família e BPC.
c) Saúde: representada pelo SUS.

Todas as vezes que for ampliar algum destes, deve-se provar que tem fonte de custeio para
isto, não pode fazer sem provar.

Matéria 04

Endividamento público:

1. Dívida pública consolidada: é aquela contraída pelo Estado através de compromissos por ele
assumidos ou através de leis, contratos, convênios, tratados ou operações de créditos.
Normalmente este tipo de dívida é de médio a longo prazo, ou seja, por 12 meses ou mais.

2. Dívida pública mobiliária: é aquela representada pela emissão de títulos da dívida pública
emitidos pela União, DF, Estados, Municípios e também pode ser pelo BACEM (no entanto, o do
BACEM só pôde até 2002, mas ainda é possível que se encontre títulos dele ‘’rodando’’ por ai).

3. Operações de crédito: são compromissos financeiros assumidos pela administração pública


através da formalização de contratos de mútuo empréstimo, abertura de crédito, emissão de
títulos de dívida pública, aquisição parcelada de bens, operações de antecipação de receita,
arrecadamento mercantil e etc.
4. Concessão de garantia e contra garantia: a primeira é uma obrigação acessória pela qual um
ente público assume o compromisso de realizar o pagamento de uma obrigação caso o devedor
principal (ele deve ser público também) fique inadimplente; a segunda, é a obrigação de
garantia dada pelo ente beneficiado por uma garantia anterior ao seu agente garantidor. Em
outras palavras: é uma nova garantia prestada pelo garantido ao garantidor.

5. Limites de endividamento: há limite para o endividamento consolidado apenas.

a) Limite global: que corresponde aos valores de operações de crédito a serem realizadas
pelo ente público durante o exercício financeiro, ou seja, o ano. É de 16% do total da
receita corrente líquida (total de arrecadação).
b) Limite do pagamento de encargos nas dívidas anteriores: 11,5% do total de receita
corrente líquida.

6. Verificação de limites: de 4 em 4 meses deve-se verificar se as despesas/endividamento estão


corretas. Em caso de ultrapassar dos limites, submeter-se-á medidas de saneamento previstas
no artigo 31 da LRF.

7. Medidas de saneamento ou recondução: o ente deverá proceder a recondução em até 12


meses (saldar a dívida), e ainda, reduzir em PELO MENOS 25% a dívida nos primeiros 4 meses.
O ente ainda ficará impossibilitado de realizar operações de crédito interna ou externa, inclusive
por antecipação de receita. Ademais, ele deverá obter resultado primário necessário à
recondução da dívida ao limite.

8. Exceções de limitação ao empenho:


a) Repartição constitucional de receitas: a repartição de arrecadação tributária.
b) Refinanciamento de dívida mobiliária: pagamento e encargos relativos a dívida pública.
9. Quanto as sanções: se não voltar para dentro do limite até o tempo de carência, haverá
limitação ao empenho, além da proibição de recebimento de transferência de voluntários. Caso
não solucionar, vai para o próximo exercício.

10. Medidas de saneamento: para reconduzir os limites de gastos de volta ao normal.

a) Redução dos cargos em comissão e funções de confiança.


b) Exoneração de servidores NÃO ESTÁVEIS: mas somente se a primeira não servir.
c) Exoneração de servidores ESTÁVEIS: somente se a segunda não servir. Ademais, neste
caso não poderá exonerar somente um ou dois servidores, mas deverá desfazer o órgão
completo, para que haja a impessoalidade.

Matéria 05

. Condições para contratação de crédito:

a) Elementos fáticos: justificativa apresentada pelo Chefe do Poder Executivo,


fundamentando as razões pelas quais se faz necessária a realização da contratação de
operação de crédito.
b) Elementos normativos: deve haver a existência de lei autorizando a contratação de
operação de crédito ou empréstimo.
c) Observância dos limites: deve estar dentro dos 16% e 11,5%.
d) Autorização do Senado Federal em operação de crédito externo: deve ser autorizado
com maioria absoluta.
e) Observância da regra do artigo 167, III, CF: ‘’não se deve fazer operação que supere o
total da despesa capital. ‘’

. Precatórios: instrumento pelo qual o estado realiza um pagamento de condenação judicial.

- Espécies:

a) Alimentares: aquelas que versem sobre matéria de subsistência da pessoa.


b) Não alimentares: aquelas que NÃO versem sobre matéria de subsistência da pessoa.
Exemplo: indenização.

. Requisitórios de pequeno valor (RPV): maior CELERIDADE nos pagamentos de débitos de


pequeno valor, para:

a) União: não maior do que 60 S.M.


b) Estados: não maior do que 40 S.M.
c) Municípios: não maior do que 30 S.M.

Entretanto, uma legislação ESPECÍFICA (em caso de Estados ou Municípios)


PODE alterar o valor.
QUARTA PROVA:

Matéria 01

Direito Tributário - é um direito de ramo público e é também a principal forma de RECEITA DO


ESTADO, por meio de uma relação TRIBUTÁRIA entre o Estado-físico e o contribuinte ou
responsável tributário.

- Conceito de tributo: é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor se


possa exprimir, que NÃO CONSTITUA SANÇÃO DE ATO ILÍCITO, instituída em lei e cobrada
mediante ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA.

- Características:

. Prestação pecuniária: o pagamento deve ser realizado EM DINHEIRO. Porém, há exceção, a


qual prevê a possibilidade de tributo ser PAGO COM IMÓVEIS, DESDE QUE COM AUTORIZAÇÃO
LEGAL.
. Compulsória: é uma lei que irá impor a origem dos tributos.

. NÃO constitui sanção de um ato ilícito: ou seja, não provem de sanção de ato ilícito.

. Instituído por lei: o tributo é EXPRESSO EM LEI, EXIGINDO LEI ORDINÁRIA.


a) Exigindo LEI COMPLEMENTAR: empréstimos compulsórios; impostos; impostos sobre
grandes fortunas; e contribuições residuais.
b) ATO VINCULADO: a conduta do ADMINISTRADOR ESTÁ LIMITADA POR LEI. O
administrador não possui qualquer liberdade em sua atuação, ficando assim, sujeito a lei.
Caso a OBRIGAÇÃO NÃO SEJA CUMPRIDA na forma da lei, o FISCO TERÁ DE COBRA-LO.
c) ATO DISCRICIONÁRIO: é aquele ato praticado COM LIBERDADE DE ESCOLHA de seu
conteúdo, de acordo com a necessidade da sociedade.

. Cobrado mediante ATIVDADE ADMINISTRATIVA: atividade administrativa é toda manifestação


da vontade da administração pública, que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato
resguardar, adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos
administrados, ou á si própria.
- Espécie: possui uma classificação penta partida - Impostos; Taxas; Contribuições de Melhoria;
Empréstimos Compulsórios; e Contribuições Especiais.

. TAXAS: possuem como fato gerador o EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA e a


UTILIZAÇÃO EFETIVA OU POTENCIAL DO SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E DISVISÍVEL PRESTADO
AO CONTRIBUINTE OU POSTO À SUA DISPOSIÇÃO.

a) PODER DE POLÍCIA: atividade da Administração Pública que regula a prática de ato ou


abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

b) UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS:

1. Utilizados pelo contribuinte: efetivamente, quando prestado; ou potencialmente,


quando posto à sua disposição.

2. Específicos: quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de


utilidade, ou de necessidades públicas.

3. Divisíveis: quando suscetíveis de utilização separadamente, por parte de cada um dos


seus usuários.

. IMPOSTOS: possuem como fato gerador uma situação INDEPENDENTE DE QUALQUER


ATIVIDADE ESTATAL, relativa ao contribuinte.

a) Será utilizado para atender a FINS SOCIAIS, SEGURANÇA, MELHORIAS e etc.


b) NÃO possui VINCULO PERENE: por exemplo, o que foi arrecadado neste ano, pode não
ser o mesmo do ano que seguinte.
c) NÃO VINCULADO. Exceção a: SAÚDE, EDUCAÇÃO, GARANTIA e CONTRA-GARANTIA.

OBS: DIFERENÇA ENTRE TAXA E IMPOSTO: Na TAXA, financiam serviços públicos DIVISÍVEIS; e
no IMPOSTO, financiam serviços públicos INDIVISÍVEIS.
. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: tem como fato gerador a VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA
DECORRENTE DA REALIZAÇÃO DE UMA OBRA PÚBLICA.
a) Necessita de projeto de lei para ser feita; e o Governo é autorizado a fazer a contribuição,
sendo-lhe facultado cobrar do povo ou usar seus próprios créditos.
b) Limites para contribuição:

1. GERAL: a contribuição NÃO PODE ULTRAPASSAR O CUSTO DA OBRA PÚBLICA.

2. INDIVIDUAL: a VALORIZAÇÃO EXPERIMENTADA POR CADA IMÓVEL, sendo respeito o


limite geral.

c) Ato vinculado: pois, possui como fato gerador a necessidade de uma conduta realizada
pela Administração Pública.
d) Tributo de ARRECADAÇÃO VINCULADA: visto que a contribuição já possui uma
FINALIDADE ESPECÍFICA.

. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: possui como fato gerador uma atividade que não tem qualquer
tipo de arrecadação com o ato a ser praticado com a administração pública.

a) Tributo de ARRECDAÇÃO VINCULADA: pois, quando o motivo que o deu início, cessar, o
empréstimo também cessará.
b) Motivos para esse empréstimo: atender DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS, decorrentes de
CALAMIDADE PÚBLICA, de GUERRA EXTERNA OU SUA IMINÊNCIA. Há a hipótese de sua
realização em caso de INVESTIMENTO PÚBLICO DE CARÁTER URGENTE E DE RELEVANTE
INTERESSE NACIONAL.
c) Somente a UNIÃO, MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR, poderá institui-lo.

- CONTRIBUIÇÃO SOCIAL/ESPECIAL: compete EXCLUSIVAMENTE à UNIÃO instituir contribuições


sociais.

a) Contribuição de INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO: também chamado de CIDE,


só poderá ser instituído pela UNIÃO. Tem como principal função a INTERVENÇÃO
ESTATAL NA ECONOMIA OU NO MERCADO. Ou seja, não tem como principal função
arrecadar recursos para os cofres públicos. São TRIBUTOS DE ARRECADAÇÃO
VINCULADA, direcionando os recursos para setores específicos.
b) Contribuição de SEGURIDADE SOCIAL: tem por objetivo arrecadar recursos para
SEGURIDADE SOCIAL, isto é, SAÚDE, PREVIDÊNCIA e ASSISTÊNCIA SOCIAL.
c) Contribuição CORPORATIVA: tem como objetivo financiar atividades que representem
determinadas classes profissionais.

 Contribuição para o custeio dos conselhos de fiscalização e regulamentação de


categorias profissionais: são aquelas contribuições cobradas pelas autarquias que
regulamentam determinada categoria profissional (CREA, CRC, e CRM, por exemplo).

 Ademais, cumpre ressaltar que, a OAB NÃO SE FAZ PRESENTE nesse rol de entidades
que cobram tributo, apesar de ser uma autarquia. As demais se enquadram, mas a OAB
não. Segundo o STF: ''as contribuições cobradas pela OAB não têm natureza tributária.''
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO
DIREITO 1º ANO
PRIMEIRA PROVA:

Matéria 01

Origem da Sociedade: Naturalistas X Contratualistas


Naturalistas: essa teoria vem da necessidade do homem de viver em grupo. Segundo os
naturalistas o homem já nasce com essa necessidade. São Tomás de Aquino dizia que o homem
talvez consiga viver sozinho, desde que, em perfeita comunhão com Deus, ou que ele seja
deficiente ou que esse ser humano seja seu próprio Deus.

Contratualistas: diferente dos naturalistas, os contratualistas diziam que o homem não se junta
em sociedade por necessidade, mas sim por vontade. O homem escolhe viver em sociedade,
pois um indivíduo sozinho é inferior a dois, sendo assim o homem se junta ao outro buscando
seu melhor.

Thomas Hobbes, um defensor moderno da teoria contratualista, dizia que o homem é egoísta já
de sua natureza, então ele vivia em constante guerra com o homem. Em sua vontade o homem
cria o Estado, pois o homem tinha medo do próprio homem. Sendo assim, o Estado ‘’cuidaria’’
da sociedade garantindo a paz. (Leviatã)

Rousseau, mais um defensor desta teoria, afirmava que o homem vivia na felicidade até nascer
a propriedade privada. Após o nascimento dessa propriedade privada o homem se torna mais
egoísta, pelo motivo de que ele sempre irá querer cada vez mais propriedade. Então ele cria o
contrato social, a partir de sua vontade, não da necessidade.

OBS: o contrato social falava de igualdade.

Matéria 02

Cultura e natureza:

Tudo aquilo que não teve a participação do homem pertence a natureza. Aquilo que teve a
participação do homem pertence ao mundo da cultura, visto que, o homem desfrutou de sua
inteligência.

Mundo da cultura: deve-se compreender a finalidade e o valor. Tudo tem seu valor e finalidade.
Exemplo: um copo custa dois reais e sua finalidade é de colocar água dentro.

Mundo da natureza: de pronto, já é explicado. Cega os valores, pois quando se está na natureza
não precisa de fins e valores.

Juízo: fazer uma afirmação negativa ou positiva sobre alguma coisa. (Sujeito afirma ou nega
contra o Predicado)

Juízo de realidade: natureza / este tem que ser respeitado / é uma ‘’obrigação’’.

Juízo de valor: cultura do dever ser / DEVERÁ (não que será, mas sim que deve) ser respeitado,
possui uma ideia de talvez. A ligação entre o sujeito e o predicado, no juízo de valor, resulta de
uma ação subjetiva (vem de cada um), assim se tendo valor ou desvalor do objeto ou fato.
Resumindo ainda mais, vem da moral ou ética de cada um.
a) Que não impõe normas de comportamentos: quando não impor comportamentos faz
parte da história ou sociologia.
b) Que impõe normas de comportamentos: o valor irá impor que você adote uma conduta,
assim gerando a ética. Exemplo: fila, quando você chega e fica esperando já que tem
pessoa na sua frente, você tem que dar valor a elas.

‘’A ética é gerada a partir da conduta imposta através do valor. ’’ Thomaz, Gui.

Matéria 03

Normas Éticas – determina como o indivíduo deve se comportar em sociedade.

Tem como objetivo, quando seguidas, gerar valores sociais.

Características:

a) Imperativa: a norma ética tem um valor que DEVE SER seguido. Ela dita que você faça
ou deixe de fazer alguma coisa para adequar-se à sociedade.
b) Possibilidade de violação: ela ainda pode ser violada mesmo sendo imperativa. Ela só é
violada quando o indivíduo não possuir o valor de cumprir, vai do valor de cada um.
c) Impõe-se ao fato contrário: mesmo ela sendo violada ela ainda irá existir, ela não se
extinguirá dessa maneira.

Espécies de normas éticas:


a) Religiosas: valores religiosos de cada um, o quanto cada um dá valor à sua fé.
b) Morais: vem do foro íntimo de cada um e visa o bem pessoal.
c) Trato social: serve para deixar o ambiente mais agradável, mais ameno e sociável.
Exemplo: obrigado, por favor, atos de cavalheirismo, pontualidade, cortesia e etc.
d) Jurídicas: buscam assegurar a ordem coletiva, para o bem comum por meio do direito.

Notas distintivas do Direito

1. Imperatividade: está presente em todas as normas. O direito é imperativo pois, impõe alguma
norma para se fazer ou deixar de fazer algo.

2. Heterônomia:

a) Direito heterônomo: não vem de você, já que você é obrigado a fazer algo. Exemplo:
pagamento de impostos.
b) Moral autônomo: vem de você, você faz para se sentir bem. Vem do seu íntimo.

3. Coercibilidade: uso da força, caso necessário. Somente as normas jurídicas são coercíveis. A
igreja não é coercível, já que, todos podem ou não ir à igreja.

Força em ato: quando a força já está dentro do direito. (Força é essencial).

Força em potencial: quando a força está fora do direito. (Força não é essencial, a não ser quando
falta a colaboração do indivíduo com o direito).

Bilateralidade-atributiva: é a relação entre duas pessoas (daí vem bilateralidade) que atribui
tanto direitos como deveres entre os sujeitos jurídicos. Ele é bilateral, pois envolve dois lados,
e ele é atributivo já que atribui condutas em cima de um indivíduo, mesmo que ainda não
estando em processo.

Matéria 04

Direito e Moral

1. Distinções quanto a forma: o direito se apresenta revestido a heteronomia, coercibilidade e


bilateralidade-atributiva. Enquanto a moral é autônoma, incoercível e bilateral não atributiva.

2. Distinções quanto ao conteúdo:


3. Teoria do mínimo ético: algumas normas jurídicas mesmo que coercíveis, são também
consideradas normas morais, pois se a pessoa não quer ser presa ela ainda cumprirá os direitos.
Essa teoria não é aceita devido a uma crítica. Existem duas empresas, A e B, as duas fazem um
contrato dizendo que 50% de lucro para cada uma, chegando ao fim do mês, elas arrecadaram
100.000 reais, mas somente a B trabalhou. Segundo as normas morais, somente a B ficaria com
o lucro, já que ela que trabalhou, mas segundo as normas jurídicas, são 50% para cada um, como
dito no contrato.
OBS: nem tudo o que é jurídico é moral. Pois em alguns casos é necessário o uso da Moral e
em outros é necessário o uso das normas jurídicas.

4. Teoria dos círculos secantes: Segundo essa teoria o Direito e Moral possuem um campo de
competência comum. Isto é, a moral e o direito são diferentes, mas para 100% de resolução de
um conflito é necessário dos dois. Lembrar do desenho.

5. Conclusão: Direito e Moral são conceitos que se distinguem, mas não se separam.
SEGUNDA PROVA:

Matéria 01

Hans Kelsen: pai da ciência jurídica


Kelsen dizia que as normas jurídicas regem o direito, somente elas. Que independia das normas
morais e éticas.

Ele criou um método de como estudar a ciência jurídica, este método era utilizando somente as
normas jurídicas e ignorando as morais e éticas (valores).

Teoria positivista: direito ignorando os valores, utilizando somente as normas jurídicas. Assim
decidindo se o direito é válido ou inválido, lícito ou ilícito, mas não se é justo ou injusto, pois
isso quem irá dizer são os filósofos que estuda o direito.

Kelsen criou, também, uma pirâmide hierárquica de ordenamento jurídico. Colocando a


Constituição Federal acima de todas as outras normas jurídicas (Supralegais, Legais, Infralegais,
entre outras).

**ATENÇÃO NESSA PARTE**

Para a criação de outras normas abaixo da Constituição Federal é necessário que não seja
contrária a Constituição Federal, ou seja, a norma menor deverá se FUNDAMENTAR na norma
maior (Constituição Federal). Essa questão de fundamento em norma maior é chamada de
NORMA HOPOTÉTICA FUNDAMENTAL, que nada mais é do que uma norma imaginária
considerada acima da Constituição Federal. Mas o que essa norma hipotética diz? Ela diz que
para que a norma seja criada ela deve NÃO CONTRARIAR a Constituição, isto é, ela irá, de forma
indireta, ‘’julgar a norma’’. Como assim julgar? Julgar, isso mesmo. Já que ela analisa a norma e
se essa estiver se fundamentando na norma superior, Constituição, e não contrariando ela, essa
norma nova, inferior, irá entrar na pirâmide.

Resumindo: para poder ser criada uma norma inferior à constituição, ela deve não contrariar a
mesma. Quem dirá ou julgará isso, será a norma hipotética fundamental, que por isso é
considerada acima da Constituição Federal.

Matéria 02

Teoria do Miguel Reale: estrutura tridimensional do Direito.

Porque tridimensional? Muito simples, pois, diferentemente de Kelsen, ele afirma que o Direito
tem que ser dividido entre FATOS DA SOCIEDADE, VALORES E NORMAS JURÍDICAS.

Fatos da sociedade + valores = normas jurídicas.

Um exemplo: digamos que o fato da sociedade é preservar a vida, certo? Então será imposto
um valor nesse fato, pois é uma vida, logo tem um valor. Esse conjunto de preservar a vida e seu
valor imposto irá resultar em uma norma jurídica. Ok, mas qual seria essa norma jurídica, nesse
exemplo? A norma jurídica seria a de que não se deve matar, pois é necessária a preservação da
vida, logo, matando haverá essa preservação.

Matéria 03
Estado constitucional Liberal – Constituição

Só para entendermos...

Século VIII até XIV: o modelo de Estado que dominava era o Feudal (Feudalismo). Este dizia que
comandava quem tinha mais pode. Um tinha mais terra que o outro, então um mandava mais
que o outro.

Século XIV até XVIII: o modelo de Estado que dominava desta vez era o Absolutista
(Absolutismo). Este modelo passou a dizer que quem comandava tudo era o rei, aquele que
tinha todo o poder concentrado nele. Aqui existia a Nobreza, burguesia e povo. Quem carregava
tudo nas costas era o POVO, sem ganhar nada, enquanto a nobreza e burguesia não fazia nada,
ganhando tudo.

Aqui começa a matéria

Iluminismo: surge contra o absolutismo.

1. Tinha três características:

a) Liberalismo: afastar o Estado da economia.


b) Racionalismo: razão verdadeira para explicar os fatos.
c) Cientifismo: crença no progresso humano.

2. Principais iluministas:

John Locke: este defende a liberdade. Também dizia que o conhecimento era adquirido através
do empirismo (experiência).

Montesquieu: Não autorizava a retirada do rei, mas era a favor dele. Como assim? Ele era a
favor de um rei, mas não que todo o poder fosse concentrado neste. Ele era a favor de uma
Soberania UNA, porém dividindo seus poderes, isto é, dividindo entre o Legislativo, Executivo
e Judiciário.

Voltaire: defendia o direito de expressão, que até então podia se dizer que não existia. Ele queria
que o rei respeitasse as ideias do povo.

Rousseau: poder é do povo, defende o Estado democrático. Contrato Social (poder emana do
povo). Isso seria a vontade geral (vontade da maioria vencia a minoria).

3. Revolução Inglesa, Americana e Francesa.

Principal – Revolução Francesa – Absolutismo – Governo totalmente centralizado – Exigência de


crença católica – Intolerância filosófica – Proibia livre expressão das ideias.

4. Estado Constitucional Liberal:

Poder Limitado do rei e garantias de direitos individuais.

5. Constituição Federal de 1789 – Artigo 16º

Este artigo dizia que a sociedade que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem
estabelecida a separação dos poderes não uma constituição.

**ATENÇÃO NESSA PARTE**

6. PODER CONSTITUENTE x PODER CONSTITUÍDO


Poder Constituído: os poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) que são instituídos pela
Constituição, que são elaborados pelo poder constituinte, este está acima daqueles, podendo,
inclusive, criar outros poderes (Poder Moderador, por exemplo).

Poder Constituinte: são divididos em dois:

a) Originário/de fato: este é ILIMITADO; INICIAL (CRIA UM ESTADO), podendo dizer tudo,
já que está criando um NOVO Estado; e INCONDICIONAL. Cria poderes que regem
interesses do povo.
b) Derivado/de direito: poder de reformar, alterar e emanar a Constituição. LIMITADO;
NÃO INICIAL; e CONDICIONADO.

Duas possíveis perguntas que podem cair na prova:

Elementos essenciais do modelo de Estado Liberal.

As características dos Poderes.

Matéria 04

Norma Jurídica Legal

As normas jurídicas se dividem em:

a) Leis: normas jurídicas escritas, já que nem todas são escritas.


b) Costumes: comportamento obrigatório, mas que fazemos por vontade própria.
Exemplo: seguir fila.
c) Jurisprudência.
d) Negócio Jurídico: contratos.

Quanto à aprovação de normas:

Para INICIAR A SESSÃO é necessária uma Maioria ABSOLUTA (metade dos integrantes da casa
mais um número seguinte inteiro).

Quanto a MAIORIA SIMPLES: metade dos PRESENTES mais um número seguinte inteiro.

Acabou? Não, ainda tem maioria qualificada, que significa dizer que é 3/5 dos membros.
Exemplo: Câmara municipal possui 15 integrantes, para que inicie a sessão são necessários 08
integrantes. Para aprovação de alguma norma que exija maioria simples, e só tiverem ido 08
integrantes, é necessária aprovação de pelo menos 05 pessoas. Nesse caso, se exigisse a maioria
absoluta seriam os 08 integrantes, ou seja, todos ali presentes naquele dia.

Alguns tipos de normas:

a) Leis complementares: para sua aprovação é necessária maioria absoluta.


b) Leis ordinárias: para sua aprovação é necessária maioria simples.
c) Leis delegadas: poder Executivo pode adotar as leis delegadas, desde que autorizadas
pelo poder Legislativo, antes de ela ser editada.
d) Medidas Provisórias: editadas pelo Poder Executivo em caso de relevância e urgência.
Aqui o poder Executivo edita a medida provisória e DEPOIS encaminha para o Legislativo
para que ele aprove ou não.
e) Regulamentos ou Decretos Regulamentares: é feito somente para dizer como a lei será
aplicada. Eles não podem ir além da lei, nem a contrariar.
TERCEIRA PROVA:

Matéria 01

Hermenêutica jurídica
a) Sentido estrito: entende que a hermenêutica trata da ciência que cuida da interpretação
das normas jurídicas.
b) Lato (mais amplo): entende que não se trata somente de uma ciência que cuida somente
da interpretação das normas jurídicas, mas que se trata também da aplicação e
integração do direito.

Hermenêutica jurídica X Interpretação


A primeira trata-se de uma ciência que busca sistematizar princípios, teorias e métodos
aplicáveis ao processo da interpretação, enquanto esta é um processo ou instrumento que se
deve utilizar para aplicação do Direito aos casos concretos.

Critérios da interpretação

- Quanto ao agente da interpretação;


a) Autêntica (PÚBLICA): é a interpretação feita pelo próprio legislador, ou seja, aquele
mesmo que criou. Ele usa uma norma para explicar a outra, como exemplo temos o
artigo 5º que nos diz que ‘’A casa é asilo inviolável...’’, até aí tudo bem, mas o que é de
fato uma casa? O artigo 150, 4º parágrafo, do CPP nos diz exatamente o que a lei
considera como casa.
b) Jurisprudencial (PÚBLICA): é aquela realizada pelos tribunais nos julgamentos.
c) Doutrinária (PRIVADA): é aquela realizada pelos pesquisadores do Direito.

- Quanto ao resultado da interpretação, ou sua extensão;

a) Declarativa: é aquela norma que diz exatamente o que deve ser dito, sem ‘’faltar’’ ou
‘’sobrar’’ algo. Quando a lei diz exatamente o que o legislador queria que fosse dito.
b) Extensiva: quando a lei diz menos do que o legislador queria que fosse dito, então ele
estende a lei.
c) Restritiva: quando a lei diz mais do que o legislador queria que fosse dito, então ele
restringe (‘’diminui’’) a lei.

- Quanto aos métodos ou meios utilizados na interpretação.

a) Gramatical: é a análise de acordo com o significado de cada palavra (o básico).


b) Lógica/Racional: a norma deve ser analisada de uma forma racional para verificar a
COERÊNCIA INTERNA dela.
c) Sistemática: a análise da norma em relação a coerência com o ORDENAMENTO
JURÍDICO, ou seja, aqui não se é analisada sua gramática, mas sua harmonia com o
sistema, e caso esta seja considerada incoerente com o ordenamento jurídico, ela será
chamada de ‘’inconstitucional’’.
d) Teleológica: busca a análise da interpretação da finalidade da norma, já que segundo a
CF, as normas deve ser voltadas para fins da sociedade e não para fins de alguma(s)
pessoa(s).
e) Histórico: visa analisar o contexto histórico de elaboração da norma, assim como todas
as contingências que permearam sua criação.

Matéria 02

Aplicação do Direito: o uso das normas, de qual forma usar. ‘’Pegar’’ o fato e resolver com a
aplicação do direito.

a) Geral: as normas são utilizadas para todos, de forma isonômica.


b) Individual: norma que será aplicada para uma pessoa, visto que cada indivíduo possui
um caso, então deve se utilizar uma norma específica para cada caso.

Sentença: busca-se a melhor norma para a solução do conflito, aqui o direito deixa de ser
abstrato e vira concreto/individual após a sentença, visto que é direcionado a uma pessoa.

Direito positivo: conjunto de normas jurídicas vigentes em um TERRITÓRIO. Cada país deve
possuir um.

Direito natural (ou JUSNATURALISMO): uma teoria que busca fundamentar o direito no bom
senso, na equidade de no pragmatismo.

Como será a forma de aplicação:

a) Formalista ou dogmática: faz o uso do SILOGISMO (premissa maior, que são as normas,
e premissa menor que é o fato). Tudo isso tem que ser de acordo com a lei para gerar
uma sentença ou decisão administrativa.
b) Aplicação lógica/valorativa: tem uma preocupação com os valores.

Matéria 03

Integração do direito = LACUNA

O que é LACUNA? É, basicamente, quando não há uma norma jurídica para ser aplicada em tal
fato. Estamos diante de uma lacuna quando um aplicador do direito não consegue achar uma
norma para aplicar em tal fato, geralmente porque o legislador, de uma certa forma, não ‘’previu
que tal fato ocorreria’’ para que fosse criada uma norma discorrendo sobre tal situação.

Para suprir esta lacuna têm-se:

a) Auto integração: quando a própria lei vai preencher essa lacuna, pelo método da
analogia, por exemplo.
b) Heterointegração: caso não encontrar algo para preencher essa lacuna pelo método da
analogia deve-se buscar ‘’fora da lei’’. Essa expressão ‘’fora da lei’’ não significa dizer
que seja ilegal, mas sim no sentido estrito da palavra ‘fora’ mesmo. Através de:
costumes, princípios do direito ou equidade.

Integração: ‘’procurar na outra lei’’ por força da analogia, por força de haver uma inexistência
de lei para tal situação.

Fontes: criação das leis, no caso, o legislador em nome do Estado.


Interpretação: parte-se do entendimento da lei JÁ EXISTENTE (nota-se que, aqui não há uma
inexistência de lei).

Lacunas de lei X Lacunas do ordenamento jurídico

a) Lacunas da lei: quando não há lei para tal fato, a grosso modo.
b) Lacuna do ordenamento jurídico: aqui não há lacuna, por força de o próprio
ordenamento jurídico já ter ‘’previsto’’ possíveis lacunas em lei (como de fato ocorre).
O ordenamento jurídico seria lacunioso caso NÃO houvesse a previsão de lacuna. Essas
previsões se encontram no artigo 4º (LINDB) e no artigo 140, CPC.

Matéria 04

Meios de integração:

a) Analogia: basicamente é um recurso técnico que aplica em um caso não previsto pelo
legislador, uma norma jurídica prevista para outro caso fundamentalmente semelhante
ao não previsto. A analogia possui duas ‘modalidades’, sendo elas a analogia legal, que
é quando se aplica UMA norma existente destinada a reger caso semelhante ao NÃO
PREVISTO, e a analogia jurídica, que significa extrair elementos de um CONJUNTO DE
NORMAS que possibilitam sua aplicabilidade ao caso não previsto.

Analogia X Interpretação extensiva

A primeira versa sobre uma lacuna, ou seja, uma FALTA DE LEI. Enquanto a segunda, versa
sobre uma INSUFICIÊNCIA VERBAL DA LEI, ou seja, aqui há a lei, entretanto não é suficiente,
então o aplicador a estende.

Exclusão da analogia: quando não se pode usar a analogia, o que não é o caso do Direito
Civil, do qual a analogia é LARGAMENTE APLICADA.
1) Direito penal: não se pode aplicar analogia para piorar a situação do réu, entretanto
poderá aplicar quando for para beneficiar o mesmo.
2) Direito tributário: não se aplicar no Direito Fiscal também, por exemplo, quando for
para impor tributos ou penas ao contribuinte.
3) Normas de exceção: restinguem ou suprimem direitos.

b) Heterointegração:
1) Costumes: pratica reiterada de caráter SUBJETIVAMENTE OBRIGATÓRIO. A forma
que se deve ser utilizada é a do Praeter Legem, do qual serve para SUPRIR LACUNAS.
2) Princípios gerais do direito: dignidade humana; igualdade; e contraditório/ampla
defesa.
3) Equidade: é uma forma da qual o próprio juiz ou aplicador da lei decide da forma
mais justa o possível, ou seja, tem que seguir uma forma justa de acordo com o bom
senso do aplicador.
QUARTA PROVA:

Matéria 01

LINDB: Lei de Introdução às normas de Direito Brasileiro.

É uma lei de introdução às leis, disciplina a aplicação das leis em TODOS OS RAMOS DO DIREITO.

- Conteúdo:

a) Vigência e eficácia das normas jurídicas;


b) Conflito de leis no tempo;
c) Conflito de leis no espaço;
d) Critérios hermenêuticos;
e) Critérios de integração do ordenamento jurídico;
f) Normas de direito internacional privado (artigos 7º a 19).

Lei é uma norma jurídica escrita e emanada pelo Poder Legislativo, com caráter GENÉRICO e
OBRIGATÓRIO.

- Características:
a) Generalidade ou IMPESSOALIDADE: a lei possui um caráter impessoal, isto é, ela não se
destina a somente uma pessoa, mas a sociedade toda, disciplinando, portanto, todos. No
entanto, há exceções.
b) Obrigatoriedade ou IMPERATIVIDADE: é imperativa, pois em caso de seu
descumprimento autoriza que Estado imponha e aplique determinada sanção.
c) PERMANÊNCIA ou persistência: porque não se exaure numa só aplicação. Podem ser
aplicadas várias e várias vezes.
d) AUTORIZANTE: pois caso ela haja violada isso permitirá que eventual ofendido pleiteie
indenização por possíveis perdas e danos.

Segundo sua FORÇA OBRIGATÓRIA, as leis podem ser:

a) COGENTES (INTERESSE PÚBLICO): são leis de ORDENS PÚBLICAS. Tendo, portanto, a


IMPOSSIBILIDADE DE SEREM MODIFICADAS por vontade das partes ou do juiz.
b) SUPLETIVAS (INTERESSE PRIVADO): são leis de ORDENS PRIVADAS. Por serem de ordem
privada, assim, NÃO ATINGINDO A SOCIEDADE, elas PODEM SER MODIFICADAS com a
concordância das partes, seja em um contrato, processo ou afim.

- Caso haja violada, a lei possui sanções. Quanto a INTENSIDADE DAS SANÇÕES:

a) PERFEITAS: caso o indivíduo não siga a norma, ele sofrerá eventuais sanções.
NORMA+SANÇÃO. Exemplo: Homicídio.
b) MAIS QUE PERFEITAS: ocorre o mesmo que na perfeita, no entanto, aqui possui um
evento e desse evento decorre uma sanção (anulação ou anulabilidade, por exemplo), e
dessa sanção mais uma. NORMA+SANÇÃO+SANÇÃO. Exemplo: Bigamia.
c) MENOS QUE PERFEITAS: nesse caso a normas ''NÃO POSSUI uma sanção'', mas somente
uma RESTRIÇÃO. Exemplo: casamento entre um jovem de 18 anos pobre e uma idosa
com 75 anos extremamente rica.
d) IMPERFEITAS: normas que não possuem sanções ou restrições. O ato não é nulo e o
agente não é punido.

Matéria 02

- ''Vacatio legis'': é o período de vacância da lei. Segundo o artigo 1º da LINDB, a lei só começará
a vigorar em TODO O PAÍS APÓS 45 dias depois de oficialmente publicada, SALVO DISPOSIÇÃO
CONTRÁRIA.

- Cabe ressaltar também o que preconiza o primeiro parágrafo deste artigo: ''Nos Estados
estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois
de oficialmente publicada.

- Nota-se que, é um prazo único, segundo o qual a lei entra em vigor de uma só vez em todo o
país. Ademais, possui como finalidade o conhecimento de todos a respeito dessa nova lei.

- CASO SEJA UMA LEI QUE CRIE OU AUMENTE A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA SEGURIDADE
SOCIAL, OU CRIE OU AUMENTE TRIBUTO DEVERÁ RESPEITAR O PERÍODO DE VACÂNCIA DE 90
DIAS.

- Quanto a CONTAGEM DE PRAZO DE LEI: conta-se o dia da publicação e o ultimo dia (MESMO
QUE SEJA DOMINGO OU DIA FERIADO).

- Quanto a CONTAGEM DE PRAZO PROCESSUAL: exclui-se o dia do início e inclui-se o ultimo


dia. Não se pode iniciar na sexta, sábado, domingo ou feriado. Não se pode acabar em sábado,
domingo ou feriado.

- Quanto ao LOCAL DE PUBLICAÇÃO DAS LEIS: DIÁRIO OFICIAL DO EXECUTO, no entanto pode
ser também no do LEGISLATIVO ou do JUDICIÁRIO. Caso o Município ou Estado-membro não
tenha imprensa oficial, a lei pode ser publicada em imprensa particular.

- Princípio do ''jura novit curia'' ou, traduzido para o português, ''Juiz conhece a lei'':

. Esse princípio diz que o juiz já conhece a lei, mas não o fato. No entanto, o juiz não é obrigado
a conhecer as leis municipais, estrangeiras e estaduais, sendo a ele obrigado conhecer a lei
FEDERAL.

- Repristinação: é a RESTAURAÇÃO da vigência de uma lei ANTERIORMENTE REVOGADA em


virtude da REVOGAÇÃO DA LEI REVOGADORA.

. É vedado no Brasil, SALVO disposição contrária.

- Quanto a REVOGAÇÃO:

. Revogação significa dizer que é a cessação DEFINITIVA da vigência de determinada lei.

. Pode ser TOTAL (AB-ROGAÇÃO) ou PARCIAL (DERROGAÇÃO); e também pode ser EXPRESSA,
TÁCITA OU GLOBAL.

. Caso uma LEI NOVA REVOGUE uma LEI VELHA, essa LEI VELHA ainda terá seus efeitos em caso
de DIREITO ADQUIRIDO, ATO JURÍDICO PERFEITO ou COISA JULGADA.
. Logo após a LEI NOVA ENTRAR EM VIGOR ela terá seus efeitos DESDE LOGO, no entanto
SOMENTE ALCANÇARÁ ATOS FUTUROS, sendo os do PASSADO mantido.
. Competência para revogação: somente lei federal pode revogar lei federal; somente lei
estadual pode revogar lei estadual; somente lei municipal pode revogar lei municipal e etc.

. Existem situações que a lei PODERÁ RETROAGIR, por exemplo: LEI PENAL BENÉFICA AO RÉU;
lei com CLÁUSULA EXPRESSA DE RETROATIVIDADE, respeitado os direitos adquiridos e atos
jurídicos perfeitos e já julgados; e lei INTERPRETATIVA.

- Quanto a INEFICÁCIA (no tópico acima no 3º e 4º item contém informações deste tópico):

. CADUCIDADE: quando uma lei ficará ineficaz SEM QUE ELA PRECISE SER REVOGADA. Exemplo:
leis de vigência temporária.

. DESUSO: é a cessação DO PRESSUPOSTO DE APLICAÇÃO da norma. Exemplo: lei que proíbe a


caça da baleia deixará de ser aplicada se por acaso todas as baleias do mundo desaparecerem.

. ‘’Contra Legem’’ ou COSTUME NEGATIVO: é um costume que possui uma certa força de
''revogar'' a lei, mas não no sentido literal da palavra. Imaginemos que esse costume se aceito
pelas partes e pelo julgador, a lei poderá ser ''deixada de lado'', sendo assim, utilizado o
costume, ao invés da lei propriamente dita. Nota-se que, à grosso modo, é como se a norma
tivesse sido revogada.
ECONOMIA PARA DIREITO 1º
ANO
PRIMEIRA PROVA:

Matéria 01

A ciência econômica:
1. Adam Smith (1723 a 1790): foi um escocês considerado o pai da ciência econômica, por
força de seu livro que versava sobre o mercado competitivo e a origem do liberalismo
econômico. O liberalismo econômico versava sobre a NÃO intervenção do Estado na
economia. Ademais, ele atacou o sistema feudal, com o objetivo de que o capitalismo
se sobrepusesse.
2. Karl Marx (1818 a 1883): previu que o sistema capitalista seria superado, além de fazer
sugestões de como superar o modo de produção capitalista. Criou a ‘’luta de classes’’
para acabar com a opressão. Além disso, queria o fim do modo de produção privado,
dizendo que o Estado deveria intervir 100% na economia, a ponto de comanda-la.
Recentemente a Venezuela seguiu esse conceito e acabou totalmente destruída, do
ponto de vista econômico.
3. Joseph Alois Schumpeter (1883 a 1950): austríaco e criador da palavra ‘’inovação’’. Ele
afirmava que não se deveria buscar a estabilidade, mas a inovação. Não quer dizer que
a estabilidade seja um negócio ruim, mas quer dizer que se uma empresa, por exemplo,
permanecer estável enquanto as outras (rivais) evoluem, ela ficará para trás. Nota-se
que, a empresa não perdeu nada, ela só deixou de ganhar.
4. John Maynard Keynes (1883-1946): economista inglês considerado como o ‘’pai’’ da
macroeconomia. Keynes preconizava que, era de suma importância que o Estado
intervisse na economia, para conduzir a regime de pleno emprego. O motivo de tudo
isso era muito simples, Keynes dizia que pelo fato de o governo não depender de renda
ele era o único agente econômico que podia interferir e solucionar um problema
econômico. Mas como? Utilizando seu dinheiro para investimentos, e assim fazendo
com que a economia melhorasse, acarretando, por fim, uma solução para o
desemprego.
5. Ludwig Von Mises (1881-1973): nascido na Áustria e falecido nos Estado Unidos, Mises
era a favor da NÃO intervenção do governo na economia, por força de que para haver
economia e mercado é necessária uma boa definição de preço e mercado
(concorrência). O motivo de ele não ser a favor da intervenção do governo era de que,
caso este intervisse na economia os preços ficariam, a longo prazo, absurdos,
ocasionando, desta forma, um péssimo funcionamento de mercado.

Matéria 02

Atividade econômica.

- Elementos chave:

. Tecnologia ou recursos tecnológicos;

. Necessidades humanas: aquilo que é importante para cada pessoa.

a) Subjetividade: vai de cada um, por exemplo: item A é importante para pessoa 1, mas
não necessariamente será para a pessoa 2.
b) Não mensuráveis ou imensuráveis: não se pode dizer o valor, pois vem do interior da
pessoa.
c) Insaciáveis: o ser humano SEMPRE irá querer mais do que tem, isso já é da natureza
dele.

. Recursos produtivos: são os meios disponíveis e que podem ser utilizados para a produção
do produto final. Toda matéria-prima é um recurso produtivo, mas nem todo recurso
produtivo é uma matéria-prima.

a) Escassos: diferentemente do significado literal da palavra, não significa dizer que é a


inexistência do produto. Significa dizer que, quando se quer obter o produto na hora e
como quiser deve pagar por isso.
b) Versáteis: um recurso só pode servir para vários produtos finais. OBS: o homem é o
recurso mais versátil que existe.
c) Podem ser combinados para obter solução para os problemas, no caso, econômicos.

. Produto final: quando se é utilizado o recurso produtivo, e a partir disso, se obtém um


resultado.

. OBS IMPORTANTE: um carro para uma fábrica de automóveis é considerado um produto


final, mas para um taxista é um recurso produtivo.

Matéria 03

. Conceito de sistema econômico: é o conjunto de atividades e comportamentos da sociedade


em relação a propriedade, utilização dos recursos produtivos e financeiros existentes, e a
participação do Estado na economia, por intermédio das ações de governo.

. Conceito de mercado: para que seja considerado um mercado, é necessário haver quatro itens:
o primeiro item é o produto; o segundo item é a oferta da qual o proprietário dará a este; o
terceiro um comprado; por fim, o quarto é a atribuição de um valor monetário neste produto.
Cabe ressaltar que, não existem somente mercados lícitos.

. Conceito de poupança: o valor monetário do NÃO CONSUMO. As famílias buscam a poupança


com o objetivo de gastar o dinheiro economizado, futuramente com algo melhor.

OBS: poupança em excesso não é uma coisa muito boa. O Japão quase quebrou fazendo isso,
porque, as pessoas estavam economizando demais, isto é não gastando. Ou seja, se ninguém
gastava, ninguém recebia, então os comerciantes aos poucos beiravam a falência, bem como
o governo.

. Conceito de economia: é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem
empregar os recursos produtivos e financeiros na produção e utilização de bens e serviços, de
modo a distribui-los de forma eficiente e eficaz entre as várias pessoas e grupos sociais, com o
objetivo maior de satisfazer as necessidades humanas.

. Análise do modelo simplificado do sistema econômico:

a) Quanto as firmas: são unidades produtivas (empresas, corporativas, fundações e etc.)


com o objetivo de aumentar seu lucro, ou se ainda não o tiver, obter. Elas alcançam o
lucro gerando bens e serviços, assim gerando receita. Por outro lado, existem as
entidades filantrópicas, as quais não têm o objetivo de lucro, no entanto, elas precisam
obter um lucro para que possam se manter, e assim cumprir com as funções para as quais
elas foram criadas.
b) Todos os sistemas econômicos têm uma ligação com o mercado externo, a diferença é
que alguns possuem uma ligação de maior grau em relação a outros.
c) O governo, item localizado ao meio do modelo, arrecada das famílias e firmas, e devolve
parte disso em outros itens. Todo o país segue esse padrão, o que muda é que um pode
fazer melhor do que o outro.
SEGUNDA PROVA:

Matéria 01

Noções básicas sobre mercado

Mercado: produto, oferta, comprador e valor unitário.

Pressupostos e Premissas:

1. Ausência de restrições artificiais.


2. Homogeneidade dos produtos.
3. Livre mobilidade dos agentes econômicos no mercado.
4. Insignificância dos agentes econômicos perante o mercado.
5. Perfeito conhecimento dos acontecimentos do mercado por todos os agentes
econômicos.

O que é concorrência pura ou perfeita?

Um mercado com concorrência pura ou perfeita é aquele que atende TODOS os pressupostos e
premissas. É válido dizer que não existe um mercado de concorrência pura ou perfeita, mas sim,
existe aquele, ou aqueles, que chegam mais perto de ser um. O mercado que chega mais perto
de ser um é o mercado de ações (bolsa de valores), que só não chega a ser 100% perfeito porque
o governo aplica taxas e tributos em cima deste, assim não atendendo o primeiro pressuposto.

Matéria 02

Demanda ou procura: lado do consumidor.

Na economia, a ‘’base’’ para qual faz aumentar ou diminuir o preço do produto é Px (preço do
produto em análise), o qual é o mais importante, em tese. Então temos: Qdx (quantidade da
demanda) = f (Px).

Ou seja, preço influenciando a demanda.

Só podem ocorrer duas coisas: preço aumentar ou preço cair.

AQUI:

A) PREÇO CAI = DEMANDA AUMENTA.


B) PREÇO AUMENTA = DEMANDA CAI.

Matéria 03

Oferta: lado do ‘’produtor’’

Qox = f (Px)

Aqui ocorrerá o mesmo que acontece na demanda, porém com algumas pequenas diferenças:

A) PREÇO AUMENTA = DEMANDA AUMENTA.


B) PREÇO CAI = DEMANDA CAI.
Preço aqui só aumenta porque, o comprador estava comprando muito, quando o produto estava
em seu preço anterior, ou seja, no seu preço mais barato. Então, visando lucro maior, o
‘’produtor’’ aumenta seu preço, já sabendo que o comprador irá comprar, entretanto, nem
sempre isso ocorre exatamente desta forma.

Matéria 04

Ponto de equilíbrio de mercado

Significa dizer que é um encontro do gráfico da demanda junto com o da oferta.

Tecnicamente, esse ponto de equilíbrio não existe de fato, já que o comprador sempre quer o
mais barato. Assim, ocorrendo que quando há muita produção (oferta) e pouca demanda
(geralmente ocorre quando preço está mais alto) sobra produto; e quando há pouca produção
(oferta) e muita demanda (geralmente ocorre quando o preço está mais baixo) falta produto.

Duas perguntas para um esclarecimento:

a) Sempre que subir o preço da oferta vai gerar falta de produto?


NÃO, só se subir acima do P.E.
b) Sempre que o preço cair vai gerar falta de produto?
NÃO, só se abaixar abaixo do P.E.
TERCEIRA PROVA:

Matéria 01

Mercados Imperfeitos ou imperfeições de mercado: acaba gerando a livre concorrência, e de


certa forma, chega até a contraria a Constituição Federal.

Cartel: um indício de que seja cartel é o PREÇO IGUAL, entretanto preço igual não é cartel, mas
INDÍCIO. Para afirmar que é cartel é necessário comprovar que os preços iguais foram
COMBINADOS.

Monopólio: um comércio ABUSIVO que consiste em um único possuidor de determinado


produto vender por um PREÇO EXORBITANTE, na falta de competidores. ''ÚNICO QUE VENDE''

. Principais causas do surgimento de monopólio: concessão de patentes; e controle EXCLUSIVO


de um determinado recurso produtivo.

Oligopólio: somente um tipo de empresa EM CADA REGIÃO (SUL, NORTE...), porém de forma
proposital.

Monopsônio: somente ele que compra, o lado OPOSTO DO MONOPÓLIO. (ÚNICO QUE
COMPRA)

Monopólio bilateral: quando a mesma empresa é o monopólio (VENDA) e o monopsônio


(COMPRA). Exemplo: a empresa MALTA, somente ela compra o MALTE.

Oligopsônio: basicamente o mesmo que o oligopólio, porém o lado da COMPRA.


QUARTA PROVA:

Matéria 01

Macroeconomia: basicamente é a contabilidade nacional juntamente com o PIB.

. Seu principal idealista: John Maynard ‘’Keynes’’ (economista e financista inglês).

. Contabilidade nacional: sua mais importante função é registar os dados econômicos (em
termos monetários) do país, não só públicos, como também privados.

- Todos os países são obrigados a realiza-la.

- Ela é feita de uma forma padrão pela ONU, para que haja uma JUSTA COMPARAÇÃO entre
os países.

- Quanto aos dados econômicos registrados, têm-se: dívidas, créditos e quantidade


MONETÁRIA de importação e exportação (nota-se que não é registrado a quantidade de
produtos importados ou exportados, mas o VALOR destes).

- A contabilidade nacional NÃO representa 100% fielmente os dados econômicos do país,


isso se deve ao fato de que, para que ela possa ser feita é necessário analisar a contabilidade
das empresas que são enviadas pelo IBGE, as quais geralmente não são 100% fiel. Nessa
situação, pode surgir uma pergunta: se não é 100% fiel aos dados econômicos, por que é a
utilizada? Resposta: ela só é utilizada como o ‘’oficial medidor de desempenho do país’’ por
força de não haver algum em nível igual ou superior.

- Por fim, cabe-se ressaltar que, contabilidade nacional é diferente de contabilidade do


governo, a qual analisa termos monetários relativos ao próprio governo, mas isto é outra
matéria.

. PIB: Produto Interno Bruto.

- É utilizado como um instrumento de Contabilidade Nacional, no entanto também não é


100% fiel.

- PIB é, toda RIQUEZA GERADA INTERNAMENTE a partir da produção de todos os setores


econômicos.

- Assim como na Contabilidade Nacional, é expresso em quantidade monetária.

- É medido TRIMESTRALMENTE e depois fechado o do ano. Nota-se que, não é uma medida
anual, mas uma medida por período.

- A partir do PIB, pode ser retirada duas conclusões extremamente importantes: crescimento
econômico; e se o país está em recessão econômica.

a) Crescimento econômico: quando o PIB está AUMENTANDO. Não adiante ele estar
estabilizado, é necessário que ele esteja em aumento.
b) Recessão econômica: quando o PIB está DIMINUINDO. Isso gerará uma diminuição
econômica do país, ou seja, possivelmente ocasionará em consequências ruins para o
país, por exemplo o desemprego. No entanto, caso o país aumente o PIB (nem que
seja muito pouco, mas aumente) durante uma sequência (3 trimestres) essa recessão
será quebrada.
- O setor que possui mais influência para a medição do PIB, é o setor PRIMÁRIO (agricultura,
pecuária e extrativismo).

Matéria 02

Informações relevantes:

. Diferença entre CRESCIMENTO econômico e DESENVOLVIMENTO econômico:

- Quanto ao CRESCIMENTO econômico: é analisado a respeito da PRODUÇÃO INTERNA


puramente. Em outras palavras: termos monetários de fato.
- Quanto ao DESENVOLVIMENTO econômico: é analisado o PIB, IDH, NATALIDADE,
MORTALIDADE, SAÚDE, ENSINO, entre outros. Nota-se que, é uma medida QUALITATIVA
(qualidade de vida) a partir dos dados econômicos e sociais.

. Valor monetário: como juros, taxa de câmbio, preços das coisas, e etc. Divido em:

- NOMINAL: valor com a inflação embutida (‘’valor mascarado’’). Exemplo: salário de


10.000,00 reais.

- REAL: valor sem a inflação embutida. Porém, não adianta chegar e fazer uma simples conta
de subtração, deve ser tudo devidamente argumentado, isso se chama: ‘’deflacionamento’'.
Exemplo: supondo que a inflação esteja 1%, um salário que no valor nominal é 10.000,00
reais, têm-se que, em seu valor real, ele será de 10.000,00 reais menos 1% deste valor, ou
seja: 10.000 – 100 = 9.900,00 reais é o valor real do salário.

. Uma pequena observação sobre inflação: quanto mais alta ela é, MENOR é o valor do dinheiro
(assim diminuindo o poder de compra dos brasileiros).

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