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C.1. Maioridade- a menoridade cessa aos 18 anos completos quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Art. 5º CC - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil.
C.2. Emancipação – não antecipa a maioridade (Um sujeito de 17 anos de idade que
foi emancipado – este indivíduo não é maior de idade, portanto seguem sendo
aplicadas a ele todas aquelas regras do ECA.) A emancipação antecipa a
capacidade civil plena. (Sujeito emancipado que comete delito, a ele não se aplica o
DP e sim o ECA). Pode se dar de três formas:
C.1.1. Voluntária – feita por ambos os pais por escritura pública – decorrência do
poder familiar que os pais tem em relação aos filhos menores de idade (0 a 18 anos
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os filhos se encontram perante o poder dos pais) – feita por ambos os genitores
independentemente de qual deles seja portador da guarda dos filhos (divórcio) – a
escritura pública tem que ser levada a registro (Cartório de Registro Civil)
Art. 9º CC - Serão registrados em registro público:
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação
judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;
C.1.2. Sentença do juiz – (judicial) – ocorre quando houver litígio entre os pais ou no
caso dos tutores que pretendam emancipar seus tutelados (maiores de 16 anos)
C.1.3. Causas legais
Art. 5º, Parágrafo único CC. Cessará, para os menores, a incapacidade:
(Uma vez que o sujeito com 17 anos de idade tenha celebrado
II - pelo casamento;
casamento – demandando autorização dos pais para casar porque ainda está sob o
poder familiar – se ele vier a se divorciar logo em seguida, ele não perde a
capacidade civil plena que adquiriu em razão da emancipação) (Indivíduo menor de
idade que se casou, logo em seguida se divorciou e celebrava um negócio jurídico –
o divórcio posterior não retira a emancipação que foi adquirida pelo casamento)
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
TUTELA E CURATELA
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1. TUTELA – se presta para estabelecer a representação legal de indivíduos
menores de idade. Representação legal dos menores de idade, já a GUARDA
é direito de convivência dos genitores com seus filhos ou de outras pessoas.A
tutela abrange as funções da guarda, mas o guardião não é representante
legal necessariamente da criança ou adolescente. Hipóteses da tutela:
1.1. Morte dos pais
1.2. Ausência dos pais
1.3. Pais que tenham sido destituídos do poder familiar
Espécies de tutela: (João e Maria tinham um filho – tendo João falecido e Maria se
encontrava doente – ela queria que quando ela viesse a falecer o irmão dela ficasse
como representante – tutor do filho – Maria poderia fazer um testamento nomeando
o tutor do filho)
1. Direito de nomear tutor é dos pais (tutela testamentária)
Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.
Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico.
*Direito de nomear tutor na tutela testamentária deve ser feito por testamento ou por
qualquer outro documento autêntico.
2. Tutela legal/legítima - Caso os genitores não deixem tutor nomeados – será
exercida pelos parentes consanguíneos do menor de idade
3. Tutela dativa - Se não existir nomeação por parte dos pais – juiz indica quem
será o tutor.
*Obs.: Independentemente de ter a indicação dos pais de quem será o tutor a tutela
depende de uma sentença judicial que fixe inclusive a necessidade estabelecida do
tutor assinar um termo de compromisso assumindo responsabilidade com relação ao
exercício da tutela.
2. CURATELA – enquanto representação dos maiores de idade que possuam algum
tipo de incapacidade ela será estabelecida através do processo de interdição (Art.
747 e SS. CPC) processo que deve ser ingressado em benefício do incapaz para
que o juiz defina quais são os atos que ele pode ou não praticar. Existe estabelecido
no procedimento de interdição a realização de uma perícia e essa realizada por uma
equipe multidisciplinar é que vai fixar quais são os atos que poderão ser praticados e
quais não poderão ser praticados pelo curatelado. Ordem de nomeação do curador:
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Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de
direito, curador do outro, quando interdito. (Se um indivíduo casado for interditado
considerado relativamente incapaz o seu curador será por direito o cônjuge)
§1 o Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta
destes, o descendente que se demonstrar mais apto.
§ 2 o Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos.
§ 3 o Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do
curador.
CONDIÇÃO DE SER HUMANO
*O indivíduo passa a ser titular de direitos e obrigações a partir do nascimento
Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas
a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
DIREITOS DE PERSONALIDADE (Art. 11 a 21 CC)
1. Podem ser personalizados pela pessoa natural viva
2. Pelo nascituro
3. Pela pessoa jurídica
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
Dos Direitos da Personalidade
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar
perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma
estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no
todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico
ou a intervenção cirúrgica.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da
ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a
utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da
indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se
destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
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Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer
essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado,
adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. (Vide
ADIN 4815)
*O uso indevido do nome ou do símbolo – da imagem da empresa – de forma
indevida – que gere algum dano, vai trazer o direito a empresa de receber uma
indenização pelos danos sofridos inclusive danos morais – a pessoa jurídica pode
ser titular de danos morais (Súmula 227 STJ - A pessoa jurídica pode sofrer dano
moral)
*Direitos de personalidade possuem uma relação direta e estreita com os direitos
fundamentais – havendo colisão entre dois direitos de personalidade aplica-se a
mesma regra de colisão de direitos fundamentais –regra de ponderação de bens
(princípio da proporcionalidade)
1. Integridade física (Art. 13,14 e 15) – envolve a questão da proibição (é proibido,
salvo por recomendação médica de parte do corpo quando importar em diminuição
permanente – cirurgia de transgeneralização – transexuais que resolvem se
submeter a cirurgia de transição biológica – cirurgia que importa na diminuição da
integridade física – cirurgia permitida porque é por exigência médica) – a cirurgia é
permitida, porém não é obrigatória (não é obrigatória porque é uma cirurgia
que envolve risco) (ninguém será submetido a qualquer procedimento médico
ou intervenção cirúrgica que importe em risco de vida – art. 15)
*ADIN 4275 – O STF entende que os transgêneros podem fazer alteração do
prenome e do sexo no registro civil independentemente da cirurgia de
transgeneralização.
2. Direito ao nome – o nome como regra geral é imutável, entretanto existem
algumas situações que permitem a modificação (transgêneros, quando o nome do
indivíduo o expõe ao ridículo ,etc.). Existe a proteção com referência ao pré nome.
Art. 55, Parágrafo único da lei 6015/73. Os oficiais do registro civil não registrarão
prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não
se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso,
independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz
competente.
4. Proteção a intimidade e a vida privada dos indivíduos que não pode ser
exposta – biografias não autorizadas (Art. 20) STF decidiu sobre a publicação
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das biografias independentemente da autorização da pessoa biografada,
entretanto se essa publicação gerar algum dano ao direito de personalidade
haverá a respectiva reparação civil.
*Publicação de pessoa para fins econômicos ou comerciais sem a sua autorização
gera o dever de indenizar independentemente de prova do prejuízo. (Súmula 403
STJ - Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada
de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais). Responsabilidade pela
indenização é tanto do autor do inscrito quanto do proprietário do veículo de
divulgação.
PESSOA JURÍDICA
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito
privado.
1. Pessoa jurídica de direito público - Art. 41. São pessoas jurídicas de direito
público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei
nº 11.107, de 2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código. União,
Estados, DF, territórios e municípios. Autarquias inclusive as Associações públicas e
demais entidades públicas criadas por lei.
2. Pessoa jurídica de direito privado –
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações; (Pessoas jurídicas que não tem finalidade econômica – associação
de bairro, associação de estudantes)
II - as sociedades; (possuem fim econômico)
III - as fundações. (possuem dupla característica para sua existência: destinação de
patrimônio que pode se dar por escritura pública ou testamento e a assistência
social, cultura e defesa, conservação do patrimônio, educação, saúde,etc.) - Art. 63.
Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo
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não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou
semelhante.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de
2011) (Vigência) (ERELI)
o
§ 1 São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações
religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos
constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
o
§ 2 As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que
são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
o
§ 3 Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei
específica. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
*Precisa de um ato de criação = atos constitutivos que podem ser o estatuto social
ou o contrato social, conforme a espécie de pessoa jurídica.(Associações e
fundações = estatuto social) (sociedade = contrato social) – não basta que a pessoa
tenha o ato constitutivo criado, firmado para que ela adquira personalidade jurídica –
a personalidade jurídica da PJ será adquirida no momento em que os atos
constitutivos forem registrados.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito
privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
*A PJ a partir da aquisição da personalidade jurídica passa a ter sócios – sócios se
reúnem e formam um ato constitutivo – levam a registro – passando a existir uma
pessoa jurídica. No momento do registro passa-se a se ter uma diferença, uma
separação entre a personalidade jurídica e a personalidade jurídica dos sócios – no
momento em que se tem a personalidade jurídica da PJ esta passa a ser titular de
direitos e obrigações na ordem civil. (PJ pode contratar, pode comprar, pode vender,
pode tirar financiamento bancário) e a PJ que assume uma obrigação é o patrimônio
da desta que irá responder e não o dos sócios.
*Se o sócio assumiu uma responsabilidade/obrigação é seu patrimônio que
responde e não o da PJ.
*Incidente de desconsideração da personalidade jurídica
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Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela
confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe
couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações
de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa
jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
conforme os procedimentos dos Art. 133 e 134 CPC.
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações
de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
No momento em que se tem o registro dos atos constitutivos e se passa a ter a
existência da PJ – passa-se a se ter a separação da personalidade jurídica da PJ e
da personalidade jurídica dos sócios – existem situações em que serão
tiradas/apagadas a diferença – não existindo mais a separação e dessa forma a
partir de obrigações da PJ atingir bens dos sócios ou por obrigações dos sócios
atingir bens da PJ = desconsideração da personalidade jurídica, que de acordo com
o Art. 133 CPC deve ocorrer por meio de um incidente processual, tanto na fase de
conhecimento quanto na fase de execução e que também pode fazer parte do
pedido da própria petição inicial.
*Pode-se pedir a desconsideração quando:
1. Houver abuso da personalidade jurídica da PJ que se caracterize por:
1.1. Desvio de finalidade
Art. 50, § 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa
jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer
natureza. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
1.2. Confusão patrimonial
Art. 50, § 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os
patrimônios, caracterizada por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-
versa; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) (PJ que cumpre, paga boletos,dívidas dos
sócios ou vice versa)
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor
proporcionalmente insignificante; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) (Sócio que transferem
bens para a PJ ou vice versa)
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
DOMICÍLIO
Do Domicílio
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Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo
definitivo. (Regra geral – considera-se domicílio o local de residência habitual do
individuo)
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva,
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. (Indivíduo que possui pluralidade de domicílios
– o sujeito possui residência em vários lugares ao mesmo tempo – onde tem em
ambas a intenção de permanecer – nesse caso será considerado domicílio qualquer
um deles)
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o
lugar onde esta é exercida. (Domicílio profissional – para o cumprimento das obrigações
eventuais da profissão o domicilio onde presta serviço para fins profissionais – para
fins pessoais o domicílio considerado é onde reside)
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá
domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde
for encontrada. (Indivíduos que não possuem domicílio certo – seu domicílio considera-
se para fins de cumprimento das obrigações como o lugar onde ele for encontrado)
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.
(mudança de domicílio – mudança com a intenção de alterar a residência com ânimo
definitivo)
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos
lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as
circunstâncias que a acompanharem.
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: (domicílio da pessoa jurídica – lugar
da sede das administrações ou no caso das PJ que tiverem filiais em vários locais
cada local de filial vai ser o domicílio para as obrigações ali assumidas).
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
o
§ 1 Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles
será considerado domicílio para os atos nele praticados.
o
§ 2 Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da
pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do
estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
(Domicílio necessário – legal – menor de idade é domicílio seu o lugar de domicílio
de seu representante ou assistente caso do incapaz) (servidor público o domicílio
dele é o lugar onde ele exerce suas funções) (militar domicílio onde ele está
servindo) (marinha ou aeronáutica a sede de comando onde ele estiver vinculado)
(marítimo – domicílio onde o navio estiver ancorado) (preso seu domicílio é o lugar
onde cumpre sua pena)
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor
público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da
Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do
marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade
sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no
último ponto do território brasileiro onde o teve.
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem
e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes (possibilidade de nos contratos escritos
se estabelecer o chamado foro de eleição ou domicílio de eleição – quando as
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partes celebrarem um negócio jurídico por escrito elas podem escolher o lugar onde
as obrigações provenientes daquele negócio serão cumpridas = domicílio de eleição)
Art. 3º Lei 8009 - A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal,
previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do
imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; (Em caso
de dívidas que digam respeito ao crédito decorrente de financiamento destinado a
construção ou à aquisição do imóvel (se for um único imóvel e este foi financiado e o
financiamento não foi pago e existe uma execução deste não cabe a alegação da
impenhorabilidade)
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário
que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos
responderão pela dívida; (Redação dada pela Lei nº 13.144 de 2015) (Caso de pensão
alimentícia – se o credor de pensão alimentícia executar não cabe alegação de
impenhorabilidade – a impenhorabilidade é cabível em qualquer processo de
execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza salvo se
movida pelo credor da pensão alimentícia) (Situação do Art. 843 CPC que trata da
penhora de bem indivisível – tratando-se de penhora de bem indivisível equivalente
a quota parte do proprietário ou cônjuge alheio a execução recairá sobre o produto
da alienação do bem) (João possui um filho que está cobrando alimentos, João
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possui uma união estável com Maria e com ela comprou um apartamento que é o
único bem que ele tem – esse imóvel pode ser penhorado para o pagamento de
alimentos – sendo que o direito de Maria que não é a devedora, será resguardado
sobre o produto da alienação – se o apartamento tiver matricula própria e possuir um
Box de garagem também com matricula própria no Registro de imóveis – o Box de
garagem pode ser penhorado) (se for um único imóvel da família locado a
terceiros segue sendo impenhorável)
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do
imóvel familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela
entidade familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a
ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. (Incluído pela Lei nº
8.245, de 1991) (STF – se a fiança for decorrente de locação comercial incide a
impenhorabilidade, se, entretanto a fiança for decorrente de locação residencial não
cabe à alegação da impenhorabilidade)
FATOS JURÍDICOS
*Acontecimentos que trazem efeitos aquisitivos, modificativos, conservativos ou
extintivos de direitos e que, portanto interessam para o mundo do direito – principal
fato jurídico é o negócio jurídico (Art. 104 a 184 CC)
Escala pontiana – degraus da existência , validade e eficácia
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Elementos para existência de um negócio jurídico: agente, partes, vontade, forma (a
vontade deve ser esboça de qualquer forma, verbal, gestual, MSN de whatsapp) e
objeto.
OBS.: Art. 111 CC. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os
usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
(REGRA – quem cala não diz coisa nenhuma – silêncio não é manifestação de
vontade – só será manifestação de vontade quando as circunstâncias autorizarem
ou quando a própria lei prever que o silêncio importará em manifestação de vontade
– como ocorre na chamada aceitação presumida no direito sucessório – o
interessado que o herdeiro declare se aceita ou não a herança pode pedir ao juiz
que conceda prazo que não seja inferior a 30 dias ao herdeiro para que este se
manifeste aceitando ou não a herança – se ocorrer o silêncio dentro desse período
presume-se que ele tenha aceitado a herança)
*Na validade os elementos da existência precisam estar qualificados para que se
tenha um negócio jurídico válido:
1. Agente capaz (agente absolutamente incapaz gera nulidade, se relativamente
incapaz –anulação) – legitimado para negociar.
2. Vontade – livre e de boa fé – não pode ser uma vontade viciada (se a vontade for
viciada pelo dolo, pela coação gera um defeito no negócio jurídico que gera sua
invalidação).
3. Objeto – lícito, possível e determinado ou determinável.
4. Forma – prescrita prevista pela lei ou não proibida – REGRA GERAL forma livre –
mas existem casos que o negócio jurídico seja realizado por escritura pública (o
Pacto anti nupcial precisa ser feito por escritura pública, se isso não ocorrer ele será
nulo, pois a forma prevista em lei não foi respeitada)
*Eficácia é a condição do negócio de produzir efeitos que podem ser:
1. Imediatos
2. Ou podem estar subordinados a ocorrência dos elementos acidentais – condição,
termo e o encargo (se irá incidir juro por inadimplemento, se vai gerar perdas e
danos – produção de efeitos do negócio).
*A condição é um elemento que é futuro e incerto – ocorre a celebração de um
negócio jurídico, ele é existente, é válido mas ocorre a subordinação de sua eficácia
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a ocorrência de um elemento que é futuro e incerto (Ex.: colação de grau em ensino
superior, casamento, etc.) – essa condição pode determinar o início da produção de
efeitos do negócio (condição suspensiva ou só com a ocorrência daquela condição é
que será produzido efeitos no negócio jurídico – enquanto não se operar a condição
não ocorrerá a produção de efeitos e pó indivíduo não adquire o direito com relação
ao negócio praticado)
Art. 130 CC. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é
permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.
(Ex.: uma avó faz uma doação a neta subordinando a produção de efeitos a um
casamento futuro – a neta não veio a se casar e não tinha essa pretensão, mas o
imóvel que tinha sido doado estava em ruínas e necessitava de uma reforma –
nesse caso aplica-se a regra do Art. 130 que sustenta ser permitido ao titular do
direito eventual (depende da condição) praticar os atos destinados a conservar o
bem ou o direito a que ele tem)
*Condição resolutiva – quando o elemento futuro e incerto determina o fim da
produção de efeitos (Pedro doa para João R$ 500,00 mensais enquanto estiver
cursando o curso superior de Direito – terminou ou parou de cursar para de receber
porque se operou a condição resolutiva)
*Aos elementos acidentais pode se ter um termo – elemento futuro, porém é certo,
pois diz respeito a prazo – prazo de início e de fim de efeitos do negócio jurídico.
*Encargos ou modo – ideia daquele ônus que vem junto com o bônus – doação com
obrigação de cuidar doador até sua morte. Descumprimento do encargo não gera
INVALIDADE do negócio jurídico, mas dá direito a buscar o desfazimento da doação
por descumprimento de encargo.
DEFEITOS
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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Prescrição = direito (ocorreu uma sentença judicial que deu a Maria o direito de
receber todos os meses alimentos – só que o pai de Maria não pagou de maneira a
violar o direito de Maria – em razão da violação do direito nasceu para Maria uma
pretensão (que no caso de alimentos é de cobrança) – Maria tem que cobrar os
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alimentos através da execução de alimentos dentro de um determinado prazo – este
prazo é prescricional). É a perda de pretensão de reparação de direito violado
Art. 205 CC. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Art. 206. Prescreve:
o
§ 1 Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio
estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para
responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza,
com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela
percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital
de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o
prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
o
§ 2 Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se
vencerem.
o
§ 3 Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em
períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data
em que foi deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado
o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício
em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar
conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas
as disposições de lei especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de
responsabilidade civil obrigatório.
o
§ 4 Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
o
§ 5 Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores
pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos
contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Art. 206-A. A prescrição intercorrente observará o mesmo prazo de prescrição da
pretensão. (Redação dada pela Medida Provisória nº 1.040, de 2021)
Sandra Mara Dobjenski
Causas de suspensão da prescrição: (não permitem o início do prazo prescricional)
*Não corre prescrição contra absolutamente incapaz (caso de alimentos)
*Não corre prescrição do ascendente, descendente durante o poder familiar.
* Não corre a prescrição entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal”.
* “Não corre prescrição entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores,
durante a tutela ou curatela”.
* Não corre prescrição contra os ausentes do País em serviço público da União, dos
Estados ou dos Municípios.
* “Não corre prescrição contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em
tempo de guerra”.
* “Não corre prescrição pendendo condição suspensiva”.
Causas que interrompem a prescrição: (a prescrição começou a contar ocorreu uma
causa do Art. 202 e interrompe, para de contar, voltando para o início)
Citação no processo
Reconhecimento do direito por parte do devedor
DECADÊNCIA – existe a prática de um determinado ato ou de um negócio jurídico
seja pela própria parte ou por terceiro, mas faz surgir para a parte um direito (Maria é
condômina de um imóvel indivisível e o seu condômino vende a parte dele para
terceiro sem perguntar se Maria tinha interesse – o condômino praticou um ato que
fez nascer para Maria um direito de exigir sua preferência) (Carla casou com Pedro e
após o casamento descobre que Pedro não era a pessoa que ela imaginava (Pedro
havia mentido sobre sua identidade) – Carla praticou um ato e para ela nasceu um
direito de buscar a anulação do seu casamento) Existe a prática de um ato pela
própria parte ou pelo terceiro que faz nascer um direito e esse direito possui um
prazo para ser exercido. É a perda efetiva de um direito que não foi não requerido no
prazo legal.
FAMÍLIA E SUCESSÕES
DIREITO DAS FAMÍLIAS DIREITO MATRIMONIAL CASAMENTO
1. Puramente religioso – só interessa para a religião
2. Puramente civil – obedece as normas do direito civil (DC) – determina que
para poder casar precisa passar:
2.1. Processo de habilitação – corre perante o oficial do registro civil – serve
para verificar a capacidade das partes – se existe algum impedimento
Sandra Mara Dobjenski
para o casamento – durante o processo de habilitação devem ser juntados
os documentos pessoais das partes, a definição do regime de bens do
casamento, juntada de pacto antenupcial – findado o processo de
habilitação o oficial do registro civil irá certificar, emitindo uma certidão de
habilitação que possui validade por 90 dias.
2.2. Celebração – a celebração do casamento é feita pelo juiz de paz na
presença dos nubentes, duas testemunhas e oficial de registro civil – a
celebração pode ocorrer tanto no cartório de registro civil como fora do
cartório em qualquer edifício público ou particular, desde que esteja de
portas abertas permitindo uma ampla e total publicidade do ato que esta
sendo celebrado. Número de testemunhas: dentro do cartório 02
testemunhas. Fora do cartório ou se as partes não souberem ou não
puderem assinar: 04 testemunhas.
2.3. Ato contínuo a celebração do casamento – Registro – constaram os dados
presentes no Art. 1536 CC – dados pessoais das partes, genitores,
eventual casamento anterior/divórcio, se é viúvo ou não.
Do Processo de Habilitação PARA O CASAMENTO
Art. 1.525 CC. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os
nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os
seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que
a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e
afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais,
se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de
casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
Art. 1.526. A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a
audiência do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 12.133, de 2009) Vigência
Parágrafo único. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a
habilitação será submetida ao juiz. (Incluído pela Lei nº 12.133, de 2009) Vigência
Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro. No
assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro,
serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos
cônjuges;
II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos
pais;
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento
anterior;
Sandra Mara Dobjenski
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas;
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a
escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente
estabelecido.
REGISTRO DE CASAMETO
Art. 1.536 CC. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro. No
assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro,
serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos
cônjuges;
II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos
pais;
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento anterior;
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
Sandra Mara Dobjenski
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas;
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a
escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente
estabelecido. (DECLARAÇÃO DO REGIME DE BENS E DO LOCAL ONDE FOI
REALIZADO O PACTO ANTINUPCIAL)
2.1. Comunhão universal de bens – basicamente tudo se comunica – exceções
(Art. 1668) (bens doados ou herdados com cláusula de
incomunicabilidade não são bens comuns) – na comunhão universal
herança e doação se comunicam.
Art. 1.668 CC. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu
lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a
condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou
reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de
incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
2.2. Separação absoluta de bens ou separação convencional de bens – não
existe bem comum.
2.3. Participação final nos aquestos – é como se existisse uma separação de
bens antes e durante o casamento e lá no final seja por morte ou divórcio
existe a comunicabilidade do patrimônio adquirido de forma onerosa.
*João e Maria casaram pelo regime de comunhão universal de bens, entretanto
posteriormente resolvem que querem constituir uma empresa (serem sócios de uma
empresa) – isso não pode ocorrer – disposição no artigo 977 (Art. 977 CC. Faculta-se
aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no
regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória) do Direito empresarial –
diante da questão eles poderão criar a sociedade desde que alterem o regime de
bens (Art. 1639, § 2º CC - É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial
em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e
ressalvados os direitos de terceiros.)
Art. 1.799 CC. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: (Combinado
com o 1798 – Sucessão testamentária)
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao
abrir-se a sucessão;
II - as pessoas jurídicas;
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.
Sandra Mara Dobjenski
*A morte pode ocorrer de forma real – quando existe o corpo para declarar o
momento que a morte ocorreu.
*Morte presumida – quando não se tem o corpo.
1. Com decretação de ausência – a morte determina a extinção da personalidade +
abertura da sucessão – no caso das pessoas que desaparecem de seu domicílio
sem deixar notícias (ausente – Art. 22 CC. Desaparecendo uma pessoa do seu
domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou
procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer
interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.)
– o ausente será considerado morto quando a lei autorizar a abertura da sucessão
definitiva. Três fases quanto a sucessão do ausente:
1.1. Uma vez identificada que alguém desapareceu do seu domicílio sem deixar
notícia – ausente – deve ser pedido ser pedida a declaração de ausência
1.2. Uma vez declarada esta ocorre a nomeação de um curador para fazer a
arrecadação dos bens do ausente – dentro dessa declaração serão publicados
editais chamando o ausente para reaparecer e assumir seu patrimônio.
1.3. Findado o prazo de edital é possível pedir a abertura da sucessão provisória – a
sentença que decreta a abertura da sucessão provisória ela produz efeitos 180 dias
depois de ser publicada – a sucessão provisória autoriza a abertura de testamento,
autoriza que os herdeiros entrem na posse dos bens – passados 10 anos da
abertura da sucessão provisória – pode se pedir a abertura da sucessão definitiva –
o ausente é considerado morto. Se o ausente tiver mais de 80 anos e a mais de 05
anos não aparecerem notícias a seu respeito – pode-se desde logo pedir a abertura
da sucessão definitiva.
Art. 6º CC - A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
2. Sem decretação de ausência - (Ex. casos de Brumadinho) – extremamente
provável a morte de quem estava em risco de vida – a lei autoriza a morte
presumida sem a decretação de ausência – uma vez que tenham sido esgotadas as
buscas, as diligências, as averiguações a família pode pleitear judicialmente a
decretação da morte presumida e a sentença do juiz irá fixar a data e o horário do
óbito.
Sandra Mara Dobjenski
*Indivíduo que desaparece em campanha ou é feito prisioneiro não reaparece até 02
anos depois do término da guerra – possível pleitear a morte presumida.
Art. 7º CC - Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após
o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida
depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do
falecimento.
Pai - Mãe