Caso 5 - Empresarial - Contratos Empresariais - Ação de Cobrança

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL BARROSO FONTELLES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo,
protocolado em 04/08/2022 às 17:37 , sob o número 10354731320228260114.

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EXMO. DR. SR. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS - ESTADO
DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DE9.
DARE-SP nº 220590090666948
MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. (“MEDIVAX”), empresa

privada, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 68.814.961/0001-73, com sede na Rua Visconde de
Itaboraí, nº 282-B - Centro - Niterói - RJ, CEP 24.030-093, com endereço eletrônico
medivax@medivax.com.br (Doc. 01), por seus advogados (Doc. 02), vem a V. Exa., ajuizar a
presente
AÇÃO DE COBRANÇA
em face de CURA - CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A. (“CURA”), empresa

privada, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 50.252.998/0001-90 (Doc. 03), com sede na Avenida
Brigadeiro Luiz Antônio, nº 4469 - Jardim Paulista - São Paulo - SP, CEP 01.401-001, pelas
razões de fato e de direito a seguir aduzidas. Não havendo informação sobre o endereço
eletrônico do réu, caso se considere necessário, requer, desde já, a sua intimação para que o
forneça, na forma do artigo 319, §1º do Código de Processo Civil.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL BARROSO FONTELLES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 04/08/2022 às 17:37 , sob o número 10354731320228260114.
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Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça
Escritório de Advocacia
I. DO FORO
1. De início, importante ressaltar que o foro da Comarca de Campinas no
Estado de São Paulo foi eleito contratualmente, sendo, portanto, aquele competente para
processar e julgar a presente demanda. É o que consta da Cláusula 12 do “Contrato de Locação
de Equipamentos” (Doc. 04).
II. DOS FATOS
2. A autora é uma empresa renomada no mercado de comércio atacadista

de instrumentos e materiais para utilização médica, cirúrgica, hospitalar e laboratorial, sendo
sinônimo de tecnologia e inovação com seus produtos de alta precisão, ao longo de seus 20
anos de existência. Dentre os serviços prestados, destaca-se aquele de locação de
equipamentos para diagnóstico laboratorial.
3. Em 22 de maio de 2018, a Sra. Naira Chwal, representante comercial e

gestora de contas da Medivax, enviou para a Sra. Viviane Cardoso dos Santos, líder de técnicas
manuais e biologia molecular da Cura, proposta comercial para a prestação de serviços de
locação referente ao equipamento para automação Caris Standard, bem como os valores para
fornecimento dos reagentes (kits de imunofluorescência) a serem utilizados nos exames.
4. A título informativo, o referido equipamento é composto por um

sistema automatizado com capacidade para 40 lâminas por corrida ou 400 testes, 192
posições para amostras de pacientes, uso de tubos primários, pré-diluição de amostras em
microplaca, incubação automática, sistema de lavagem, gerenciamento de reagentes, com no
mínimo 10 protocolos diferentes em uma corrida com diferentes tipos de lâminas, posição
para no mínimo 30 reagentes, com leitor de código de barras e lista de trabalho, conforme
especificações enviadas na proposta comercial (Doc. 05).
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5. A proposta, então, definiu que o valor de locação mensal do

equipamento seria de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais), com o prazo de entrega dos
reagentes em 2 (dois) dias úteis e do equipamento em 10 (dez) dias úteis - ambos cumpridos
pela autora. Além disso, estipulou que o prazo para pagamento do serviço seria de 30 (trinta)
dias.
6. Nesses termos, em 29 de junho de 2018, a proposta foi devidamente

aceita pela responsável da Cura, a Sra. Viviane Cardoso dos Santos, que autorizou os valores
enviados, bem como o envio e instalação do equipamento, conforme e-mail enviado para a
Sra. Naira Chwal em que consta o “de acordo” (vide Doc. 05).
7. Como se verifica do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica

(DANFE) de nº 12.976, série 1, (Doc. 06), emitido em 26.09.2018, restou formalizada a
“remessa de ativo em terceiro”, tendo por destinatário a Cura.
8. Assim, o referido equipamento, cujo número de série é 2.158, foi

devidamente entregue em 08.10.2018 às 13:45h (Doc. 07), tendo sido recebido pela Sra.
Viviane Cardoso dos Santos e posteriormente instalado nas dependências do laboratório da
ré.
9. Na sequência, para formalizar o serviço prestado, a autora encaminhou

para assinatura o contrato de locação de equipamentos ao réu, com data de início em
01.02.2019 e vigência de 36 (trinta e seis) meses a partir dessa data (vide Doc. 04).
10. Contudo, o réu não honrou com o pagamento de nenhuma prestação

mensal acordada, totalizando um montante de R$ 61.200,00 (sessenta e um mil e duzentos
reais), referentes às 36 (trinta e seis) parcelas no valor de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais).
O valor, devidamente atualizado, até o presente momento soma R$ 85.981,46 (oitenta e
cinco mil novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos).
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11. Na tentativa de solucionar o problema de forma rápida e amigável, a

autora procedeu com inúmeras tentativas informais de cobrança dos valores devidos, seja por
meio de ligações telefônicas, e-mails e até mesmo reuniões com representantes do CURA,
porém não obteve êxito no recebimento do crédito em aberto.
12. Ainda no intuito de proceder com a composição extrajudicial, a autora

notificou o réu, nos termos do artigo 726 do Código de Processo Civil, em 10.05.2022, (Doc.
08) para que efetuasse a quitação do valor de R$ 61.200,00 (sessenta e um mil e duzentos
reais) no prazo de 10 (dez) dias úteis a partir da data de recebimento do documento. Todavia,
o pagamento não foi realizado até a presente data.
13. Cumpre ressaltar que a referida notificação extrajudicial não englobou

em seus valores totais a atualização monetária e os juros de mora devidos por inadimplência,
com a intenção de facilitar a quitação da dívida pelo devedor. Porém, e ainda assim, o réu não
efetuou o pagamento de forma amigável.
14. Na sequência, em 31 de maio de 2022, a Cura, por intermédio de seus

advogados, respondeu à notificação extrajudicial (Doc. 09), delineando todos os fatos como
aqui expostos, o que corrobora a tese autoral. Contudo, esquivou-se da responsabilidade
contratual ao argumento de que não seria “possível concluir que as partes tenham celebrado
contrato de locação do equipamento e, de fato, não se tem qualquer notícia ou registro de que
assim tenha ocorrido, nem mesmo de que a Notificada tenha manifestado anuência neste
sentido”.
15. Inconformada, não restou alternativa à Medivax a não ser a propositura

da presente ação de cobrança. Pelo apresentado, configurado o inadimplemento e após
frustradas as tentativas de recebimento dos valores, resta evidente que a pretensão autoral
merece prosperar pelos fundamentos a seguir expostos. É o que passa a demonstrar.
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III. DO DIREITO
III.1. DO INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO E DO ATO ILÍCITO QUE ENSEJA
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DA RÉ
16. A ação de cobrança ora ajuizada objetiva o reconhecimento do direito
da Medivax, ora autora, ao ressarcimento do valor de R$ 61.200,00 (sessenta e um mil e
duzentos reais), referentes às 36 (trinta e seis) parcelas do pagamento do contrato firmado
com a Cura, ora ré, no valor mensal de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais), devidamente
atualizados e acrescidos de juros. Como indicado na planilha de atualização e correção de
débitos (Doc. 10), o valor devido soma, até a presente data, R$ 85.981,46 (oitenta e cinco mil
novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos).
17. Como se depreende dos fatos elencados e dos documentos

apresentados, autora e ré realizaram um negócio jurídico para fins de locação de equipamento
de automação de análises laboratoriais e fornecimento de insumos a tal fim.
18. Nesse sentido, a existência de relação jurídica entre os litigantes se

encontra sedimentada em razão de correspondências eletrônicas trocadas entre gestoras de
ambas empresas, pelo documento fiscal apresentado e por proposta de prestação de serviço
e contrato encaminhado por via eletrônica.
19. Esse conjunto probatório, além de caracterizar o vínculo jurídico, como

exposto, também impôs um dever de remuneração pela locação do equipamento,
possibilitando ao credor buscar a satisfação de seu crédito através de instrumento jurídico
pertinente, uma vez que a prestação de um serviço sem a sua devida contraprestação,
caracterizando a inadimplência, configura ato ilícito.
20. Como se sabe, a configuração de um ato ilícito enseja a promoção da

reparação dos danos causados, nos termos do artigo 389, e do artigo 186 combinado com o
artigo 927, todos do Código Civil. Vejamos:
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“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e
honorários de advogado.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.”
21. Assim, não restam dúvidas que uma ação voluntária da Cura, ora ré, qual
seja, a inadimplência no cumprimento de sua obrigação de pagar, violou direito e causou dano
à Medivax, ora autora. Este é, também, o entendimento da jurisprudência sobre o tema.
Vejamos:
“APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATOS AGRÁRIOS. AÇÃO DE COBRANÇA. ARRENDAMENTO

AGRÍCOLA. AUSÊNCIA DE PROVA DE FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO
DO DIREITO DO AUTOR. APLICAÇÃO DA REGRA DO ARTIGO 373 DO CPC/15. NÃO
CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA. Cobrança referente aos
contratos de arrendamento inadimplido parcialmente pelo arrendatário. O ônus de
comprovar o pagamento de uma obrigação é do devedor, cabendo ao credor apenas
a prova da existência da dívida, instrumentalizada por documento particular,
consoante estabelece o artigo 320 do Código Civil. Isto porque, nas ações de cobrança
a prova do adimplemento da obrigação constitui fato impeditivo, modificativo e
extintivo do direito do autor, que, por sua vez, deverá amparar a lide com prova
escorreita da contratação, ex vi legis, do artigo 373, incisos I e II, do CPC/15.
Precedentes do colendo Superior Tribunal de Justiça e desta egrégia Corte. NEGARAM
PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME.”1
22. Também é notório que, além do dano causado, a inadimplência da ré

equivale ao enriquecimento sem causa, como previsto pelo artigo 884, do Código Civil. Isso
porque, ao receber o objeto do contrato, isto é, com o cumprimento da obrigação pela
Medivax, o aparelho foi utilizado da maneira que era pretendida sem que tenha sido
dispensado qualquer valor de pagamento pelo seu uso. Vejamos:
“Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado
a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.”
1
TJRS, Apelação Cível nº 70080145311, Dje 21fev2019, Relator Des. Giovanni Conti.
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23. Além disso, é entendimento consolidado na jurisprudência de que os

negócios jurídicos serão válidos nos termos dos artigos 166 e 167 do Código Civil2. Isto é, este
conjunto normativo representa a taxatividade de vícios que podem levar à nulidade de um
contrato. Nesse sentido, resta claro o aceite da documentação pelas correspondências
trocadas entre as partes, devendo ser preservada a legítima expectativa e boa fé das
contratantes.
24. In casu, como exposto, as partes realizaram comunicação via e-mail,

onde a empresa ré promoveu o aceite da proposta enviada pela autora, tendo recebido o
equipamento de forma devida sem cumprir com a sua obrigação estipulada na minuta do
“Contrato de locação de equipamentos”, qual seja, o pagamento da contraprestação no valor
mensal de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais).
25. Consoante demonstrado, em que pese a Medivax tenha cumprido com

a sua parte da obrigação, a Cura deixou de realizar o pagamento das contraprestações
pactuadas, que constituem obrigações líquidas, certas e exigíveis, que dependem de simples
operações aritméticas para seu cálculo. Desse modo, é flagrante a exigibilidade do crédito e a
regularidade desta ação de cobrança.
26. Diante do inequívoco inadimplemento, deverá a Cura responder

integralmente pela satisfação da obrigação com todas as forças de seu patrimônio, conforme
expresso no artigo 789 do Código de Processo Civil3.
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CC: “Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II - for ilícito,
impossível ou indeterminável o seu objeto; III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV
- não revestir a forma prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a
sua validade; VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe
a prática, sem cominar sanção. Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou,
se válido for na substância e na forma. (...)”.
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CPC: “Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas
obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.”
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27. Por esse motivo, e como se sabe, em razão do princípio da liberdade das
formas, a manifestação de vontade nos negócios jurídicos não necessariamente precisa se dar
de forma expressa e escrita, sendo também admissível a manifestação de vontade tácita, isto
é, quando o comportamento da parte levar à conclusão de que anuiu com a avença, mesmo
que não tenha formalmente assinado o instrumento contratual.
28. Admitir a escusa da parte em cumprir com o pagamento pactuado

violaria frontalmente a boa-fé objetiva, que deve pautar todos os negócios jurídicos, e
configuraria venire contra factum proprium, uma vez que suscitar eventuais nulidades seria
uma conduta contraditória à manifestação de anuência tácita mediante cumprimento de
parte do contrato e enseja quebra desarrazoada de confiança, conduta repudiada pelo
ordenamento jurídico brasileiro.
29. Como se pode extrair das correspondências eletrônicas (e-mails)

trocados entre a empresa autora e a empresa ré (vide Doc. 05), a Sra. Viviane Cardoso dos
Santos manifestou o aceite quanto à proposta enviada, de modo a concordar com as
condições estipuladas no documento. Sendo assim, a autora prosseguiu com a entrega do
equipamento (vide Doc. 07), sem, contudo, ter recebido qualquer pagamento referente à
locação mensal acordada.
30. Nesse sentido, o entendimento do Eg. STJ4 é o de que deve ser

observado o princípio da boa-fé objetiva para avaliar se o comportamento adotado revela
a intenção de anuir com o negócio. No presente caso, a documentação comprobatória
anexada aos autos corrobora o aceite da empresa ré em celebrar o contrato de locação para
utilização do equipamento, tendo sido a obrigação da empresa autora devidamente cumprida.
31. No mesmo sentido, o Eg. TJSP também entende que a existência do

ajuste entre as partes pode ser devidamente comprovada por meio de documentação
comprobatória, como por exemplo, a comunicação via e-mail, bem como a existência de notas
4
STJ, REsp nº 1.881.149/DF, Dje 09.jun.2021, Rel. Min. Nancy Andrighi.
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fiscais - hipótese do presente caso, uma vez que corroboram a existência e a regularidade do
contrato, podendo a formalidade ser mitigada. Vejamos:
“EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - Título Extrajudicial - Rejeição da exceção Instituto
que tem cabimento quando houver irregularidade/nulidade do título executivo, que
possa ser caracterizada sem necessidade de dilação probatória - Alegação de
ilegitimidade passiva - Contrato firmado por sócio sem poderes de representação -
Necessidade de dilação probatória - Aplicação da Teoria da Aparência - Ausência da
assinatura de uma testemunha - Exigência formal do art. 784, III, do CPC - Mitigação
da formalidade - Certeza quanto à existência do ajuste celebrado pode ser obtida
por outro meio idôneo - Farta comunicação por e-mail e emissão de notas fiscais
para faturamento - Recurso não provido.” (grifos nossos)5
32. Por fim, importante demonstrar que, além da “Cláusula 6 - Preço,

condições para pagamento e reajuste” de referido contrato ter estipulado que os pagamentos
seriam efetuados mensalmente, somando R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais), o atraso ou
não pagamento das parcelas estaria sujeito a determinadas penalidades. Vejamos:
“6.0 – PREÇO, CONDIÇÕES DE PAGAMENTO E REAJUSTE.

6.1 – Os pagamentos serão efetuados mensalmente mediante a apresentação de Nota
Fiscal, com vencimento para 30 ddl, e respectivo boleto bancário. O valor mensal de
R$ 1.700,00 (Um mil e setecentos reais) referentes à locação dos equipamentos deste
contrato.
6.2 – Em caso de atraso ou de não pagamento das parcelas estipuladas na Cláusula
acima, incidirá sobre o valor do título corrigido monetariamente pelo IGPM, multa de
mora de 2% (dois por cento), e juros de mora à razão de 1% (um por cento) ao mês,
sendo certo que, caso o atraso seja superior a 30 (trinta) dias, a LOCADORA poderá dar
o contrato por rescindido.
6.3 - O valor do aluguel será reajustado anualmente, tendo como base, o índice
previsto e acumulado no período anual do IGPM.
6.3.1 – No caso de aumento da moeda cambial (dólar/euro) for acima de 10% do valor
cotado na data de assinatura do contrato, o percentual de reajuste para os produtos
(Anexo I) será combinado entre as partes, não sendo considerado o IGPM."
33. Portanto, nos termos do artigo 292, inciso I, do Código de Processo

Civil6, demonstra a autora que é credora da ré de valor que, atualizado até a propositura da
presente ação de cobrança, acrescido de juros de mora vencidos e de outras penalidades,
5
TJSP, AI nº 2051456-23.2021.8.26.0000, Dje 18.jun.2021, Rel. Des. Heraldo de Oliveira.
6
CP:. “Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: I - na ação de cobrança
de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades,
se houver, até a data de propositura da ação; (...)”
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soma R$ 85.981,46 (oitenta e cinco mil novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis
centavos). Confira-se a planilha de débitos abaixo anexada:
34. Sendo assim, resta inequívoco que, demonstrado o compromisso
firmado e a ocorrência do seu descumprimento, outra solução não resta que a imposição do
imediato pagamento do débito, por procedentes os pedidos autorais.
IV. DOS PEDIDOS
35. Diante de todo o exposto, a autora requer:
(i) a citação do réu, para apresentação de sua defesa, sob pena de

revelia e confissão ou para o pagamento da quantia devida de R$
85.981,46 (oitenta e cinco mil novecentos e oitenta e um reais e
quarenta e seis centavos), bem como das despesas processuais e
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honorários advocatícios, a serem fixados em 10% sobre o valor total do

débito, nos termos do artigo 827 do Código de Processo Civil7;
(ii) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do
artigos 319, VII, e 334, do Código de Processo Civil;
(iii) contestada ou não a presente ação, requer, no mérito, a

procedência dos pedidos para que a ré seja condenada ao pagamento
dos valores devidos, além das custas e despesas processuais, e os
honorários advocatícios de sucumbência, nos termos do artigo 85, §2º,
do Código de Processo Civil;
(iv) a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em

especial o documental e o testemunhal, cujo rol se apresentará em
momento oportuno, e outros que porventura a solução da controvérsia
exija.
36. Para fins do disposto no artigo 319, II do Código de Processo Civil,

informa a autora que tem por patronos o Dr. Rafael Barroso Fontelles, inscrito na OAB/RJ sob
o nº 119.910, o Dr. Felipe de Melo Fonte, inscrito na OAB/RJ sob o nº 140.467, o Dr. Irapuã
Santana do Nascimento da Silva, inscrito na OAB/SP sob o nº 341.538, o Dr. Marcos Hausen
Marchi, inscrito na OAB/RS sob o nº 90.520B, a Dra. Ana Letícia Salomão e Ribeiro, inscrita na
OAB/RJ sob o nº 220.373, a Dra. Marianna Dutra de Morais Fregonese Peregrino, inscrita na
OAB/RJ sob o nº 225.147 e a Dra. Carolina Dinis Leonardo, inscrita na OAB/RJ sob o nº 240.974,
todos com endereço à Av. República do Chile, 230 – 4º andar, Centro, Rio de Janeiro/RJ.
7
CPC: “Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a
serem pagos pelo executado.”
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37. Por fim, requer que todas as intimações sejam realizadas em nome do
advogado Dr. Rafael Barroso Fontelles, inscrito na OAB/RJ sob o nº 119.910, sob pena de
nulidade, bem como deve ser efetuada a anotação de seu nome na capa dos autos.
38. Dá-se à causa o valor de R$ 85.981,46 (oitenta e cinco mil novecentos
e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos).
Nestes termos, pede e espera deferimento.

Do Rio de Janeiro para Campinas, 4 de agosto de 2022
MARIANNA DUTRA ANA LETÍCIA SALOMÃO E RIBEIRO

OAB/RJ nº 225.147 OAB/RJ nº 220.373
IRAPUÃ SANTANA FELIPE DE MELO FONTE

OAB/SP nº 341.538 OAB/RJ nº 140.467
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DOC. 01
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DEA.
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6ª ALTERAÇÃO CONTRATUAL DA SOCIEDADE
MEDIVAX INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA
CNPJ: 68.814.961/0001-73
NIRE: 332.0282711-6
EDUARDO SARMET CUNHA WEIZMANN, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, casado

em comunhão parcial de bens, empresário, portador da Carteira de Identidade nº
11.798.683-6, expedida pelo IFP/RJ, inscrito no CPF sob o nº 089.072.397-46, residente
e domiciliado na Rua Manuel Duarte, nº 18 – Apto 202 – São Francisco – Niterói/RJ –
Cep: 24.360-520,
Único sócio da sociedade empresária limitada denominada MEDIVAX INDUSTRIA E

COMÉRCIO LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº 68.814.961/0001-73, tendo sua sede
estabelecida na Rua Visconde de Itaboraí, nº 282 B – Centro – Niterói/RJ – Cep: 24.030-
092, com seu Contrato Social devidamente registrado na Junta Comercial do Estado do
Rio de Janeiro, com sessão datada em 23/03/2022, sob o NIRE 332.0282711-6, com
Protocolo nº 00-2022/252774-9, devidamente arquivado em 23/03/2022, resolve
alterar o Contrato Social de acordo com as seguintes cláusulas:
CLÁUSULA PRIMEIRA – ABERTURA DE FILIAL EM OUTRA UF
FILIAL – Fica constituída a atividade econômica da FILIAL estabelecida na Avenida

Marginal Projetada, nº 1.652 – Galpão 11 – Sala 07 – Tamboré – Barueri/SP – Cep:
06.460-200.
Diante das alterações processadas, resolve o sócio consolidar o Contrato Social que
passará a vigorar com a seguinte redação:
CONSOLIDAÇÃO DO CONTRATO SOCIAL DA SOCIEDADE

MEDIVAX INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA
CNPJ: 68.814.961/0001-73
NIRE: 332.0282711-6
EDUARDO SARMET CUNHA WEIZMANN, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, casado

em comunhão parcial de bens, empresário, portador da Carteira de Identidade nº
11.798.683-6, expedida pelo IFP/RJ, inscrito no CPF sob o nº 089.072.397-46, residente
e domiciliado na Rua Manuel Duarte, nº 18 – Apto 202 – São Francisco – Niterói/RJ –
Cep: 24.360-520,
Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro

Empresa: MEDIVAX INDUSTRIA E COMERCIO LTDA
NIRE: 332.0282711-6 Protocolo: 00-2022/587306-0 Data do protocolo: 22/07/2022
CERTIFICO O ARQUIVAMENTO em 25/07/2022 SOB O NÚMERO 00005014879, 35920172180 e demais constantes
do termo de autenticação. Pag. 3/7
Autenticação: 6BB5D001688D6BDFD3D9EF47DA858C4F2A7B95A4D6919D1709886D412F7B86BB
Para validar o documento acesse http://www.jucerja.rj.gov.br/servicos/chanceladigital, informe o nº de protocolo.
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DA DENOMINAÇÃO
CLÁUSULA PRIMEIRA - A sociedade girará sob o nome empresarial MEDIVAX
INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA,
DA SEDE E FILIAIS
CLÁUSULA SEGUNDA – A sociedade tem sua SEDE estabelecida na Rua Visconde de

Itaboraí, nº 282 B – Centro – Niterói/RJ – Cep: 24.030-092 e sua FILIAL estabelecida na
Avenida Marginal Projetada, nº 1.652 – Galpão 11 – Sala 07 – Tamboré – Barueri/SP –
Cep: 06.460-200.
Parágrafo Único – A sociedade poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar filiais ou outra
dependência em qualquer parte do território nacional ou no exterior, mediante simples
deliberação do sócio.
DO OBJETO SOCIAL
CLÁUSULA TERCEIRA - A sociedade tem por objeto:

Comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico, hospitalar,
e de laboratórios, manutenção e reparação de aparelhos e instrumentos de medida,
teste e controle, locação de equipamentos científicos, médicos e hospitalares, sem
operador, consultoria, assessoria, e orientação empresarial, consultoria e assessoria na
área de saúde, exploração de indústria, importação com prestação de serviço e
manutenção de aparelhos científicos e de precisão, comércio, representação,
corretagem nacionais e internacionais de equipamentos de precisão, médicos, kits de
diagnóstico cirúrgicos, hospitalares e inseticidas, produtos químicos industriais e
farmacêuticos em geral e para lavoura como: inseticidas, fungicidas, produtos
agropecuários, adubos e fertilizantes, metais não ferrosos, máquinas, produtos
alimentícios, bomba aspersora, aços e produtos médico-hospitalares como: albumina,
filme para raio x, imunoglobulinas fatores 8 e 9, luvas cirúrgicas, bolsas de sangue e
plasma, bolsa de colostomia, seringas, soros de referência, filtros para transfusão,
equipamentos cirúrgicos, lâminas, lancetas, fios cirúrgicos, sondas, agulhas, envelopes
para luvas, teste para pesquisa de anticorpos, bomba para infusão, dispositivo para
hemodiálise e infusão venosa, válvulas holters, equipamentos, compressas de gaze,
ataduras, artigos de cama, mesa e banho, vestuário feminino e masculino, confecções e
equipamentos esportivos em geral, material e equipamento de segurança,
computadores, impressoras, placas, meios magnéticos, acessórios e material de
consumo para computadores, bobinas de gelo reciclável, impressoras, placas meios
magnéticos, acessórios e material de consumo para computadores
Parágrafo Único – A Filial constituída terá como objeto social as mesmas atividades
econômicas estabelecidas pela Matriz da sociedade.

fls. 16
DO INÍCIO DAS ATIVIDADES E DO PRAZO
CLÁUSULA QUARTA - A sociedade iniciou suas atividades a partir de 26/02/1993 e tem

duração por tempo indeterminado.
DO CAPITAL SOCIAL
CLÁUSULA QUINTA - O capital social é R$ 169.600,00 (CENTO E SESSENTA E NOVE MIL

E SEISCENTOS REAIS) dividido em 169.600 (CENTO E SESSENTA E NOVE MIL E
SEISCENTAS) quotas de valor nominal R$ 1,00 (UM REAL), totalmente subscrito e
integralizado, neste ato, CAPITAL TOTALMENTE INTEGRALIZADO EM MOEDA CORRENTE
DO PAÍS, distribuído na sociedade da seguinte forma:
NOME DOS SÓCIO Nº DE QUOTAS VALOR EM R$ %
EDUARDO SARMET CUNHA WEIZMANN 169.600 169.600,00 100%
TOTAL 169.600 169.600,00 100%
Parágrafo Primeiro - As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas
a terceiros sem o consentimento do(s) sócio(s).
Parágrafo Segundo - A responsabilidade do sócio é limitada a sua participação no capital
social e responde solidariamente pela parcela do capital não integralizada.
DA ADMINISTRAÇÃO
CLÁUSULA SEXTA - A administração da sociedade caberá ao sócio EDUARDO SARMET
CUNHA WEIZMANN, com todos os poderes e atribuições necessários à administração e
representação da sociedade, autorizado o uso do nome empresarial, individualmente,
vedado, no entanto, fazê-lo em atividades estranhas ao interesse social ou assumir
obrigações em favor de terceiros, bem como onerar ou alienar bens imóveis da
sociedade.
Parágrafo Único - No exercício da administração, o administrador, terá direito a uma
retirada mensal de pró-labore.
DO BALANÇO PATRIMONIAL
CLÁUSULA SÉTIMA - O exercício social é de doze meses, encerrando-se no dia 31 de

dezembro do ano. No final do exercício, o(s) administrador (es) elaborará(rão) o
relatório da administração, do balanço patrimonial e do balanço de resultado
econômico, os quais deverão ser assinados pelo (s) administrador (es) e um contabilista
habilitado e submetidos a aprovação dos sócios.
Parágrafo Único - O lucro apurado poderá ser distribuído no todo ou em parte para o
sócio de acordo com a decisão do mesmo ou destinado a outros fins previstos em
deliberação. fica a sociedade autorizada a distribuir antecipadamente lucros do
exercício com base em levantamento de balanço intermediário, observada a reposição
de lucros quando a distribuição afetar o capital social, conforme estabelece o art.1.059
da lei nº 10.406/2002.

fls. 17
DO FALECIMENTO DO SÓCIO
CLÁUSULA OITAVA - No caso de falecimento ou interdição do sócio, a sociedade não se
dissolverá, continuando suas atividades. A critério do(s) sócio(s) remanescente(s), os
sucessores poderão vir a compor a sociedade. Inexistindo interesse do(s) sócio(s)
remanescente(s) ou dos sucessores em ingressar na sociedade, o valor dos haveres
proporcionais a participação do sócio falecido ou interditado, será apurado em balanço
especial, levantado com base na situação patrimonial da sociedade na data do evento,
e posto à disposição dos sucessores, o qual será considerado, para todos os efeitos, um
crédito contra a sociedade, a ser pago em dinheiro.
DA DECLARAÇÃO DE DESIMPEDIMENTO DE ADMINISTRADOR(ES)
CLÁUSULA NONA - O sócio da empresa declara, sob as penas da lei, que não está
impedido de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de
condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda
que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de
prevaricação, suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o
sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as
relações de consumo, fé pública, ou a propriedade.
DO FORO
CLÁUSULA DÉCIMA – O sócio elege o foro do Rio de Janeiro, RJ, para dirimir quaisquer
dúvidas decorrentes do presente instrumento contratual, bem como para o exercício e
cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato, renunciando a
qualquer outro, por mais privilegiado que possa ser
Por ser verdade, assina o presente instrumento, que será levado a registro perante a
JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, para que o mesmo adquira
personalidade jurídica, de acordo com a legislação em vigor.
Niterói, 13 de Julho de 2022.

EDUARDO SARMET CUNHA Assinado de forma digital por EDUARDO
SARMET CUNHA WEIZMANN:08907239746
__________________________________________________
WEIZMANN:08907239746 Dados: 2022.07.22 14:00:05 -03'00'
EDUARDO SARMET CUNHA WEIZMANN
CPF:089.072.397-46

DOC. 02
fls. 18
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DEB.
fls. 19
PROCURAÇÃO
Por este instrumento particular, EDUARDO SARMET CUNHA WEIZMANN, brasileiro,

casado, inscrito no CPF/ME sob o nº 089.072.397-46, residente e domiciliado na Rua Manuel
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DEB.
Duarte, nº 18 - Apto 202 - São Francisco - Niterói - RJ - CEP: 24.360-520, na qualidade de
sócio único da sociedade empresária limitada denominada MEDIVAX INDÚSTRIA E
estabelecida na Rua Visconde de Itaboraí, nº 282 B - Centro - Niterói - RJ - CEP: 24.030-092
(“Outorgante”), nomeia e constitui seus bastantes procuradores os Drs. Rafael Barroso
Fontelles, brasileiro, advogado, OAB/RJ nº 119.910, CPF/ME nº 081.559.787-88; Felipe de
Melo Fonte, brasileiro, advogado, OAB/RJ nº 140.467, CPF/ME nº 090.336.517-00; Irapuã
Santana do Nascimento da Silva, brasileiro, advogado, OAB/SP nº 341.538; Marcos Hausen
Marchi, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/RJ nº 211.134 e CPF/MF nº 008.772.870-23;
Ana Letícia Salomão e Ribeiro, brasileira, advogada, OAB/RJ nº 220.373, CPF/ME nº
095.950.506-79; Marianna Dutra de Morais Fregonese Peregrino, brasileira, advogada,
OAB/RJ nº 225.147 e CPF/ME nº 146.155.657-04; Carolina Dinis Leonardo, brasileira,
advogada, OAB/RJ 240.974, CPF/ME nº 062.284.357-52, todos integrantes do Escritório de
Advocacia Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça & Associados, com endereço à Av.
República do Chile, 230, 4º andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ, podendo os outorgados agir em
conjunto ou separadamente, independentemente da ordem de nomeação, para representar
e defender a outorgante na ação de cobrança a ser distribuída perante uma das Varas Cíveis
da Comarca de Campinas - Estado de São Paulo, podendo interpor petições e recursos, ter
vistas de autos, assinar todo e qualquer termo, obter original e fotocópia de todo e qualquer
tipo de documento, até sua instância final, sendo-lhes outorgado todos os poderes da
cláusula ad judicia et extra, podendo para tanto variar, transigir, acordar, desistir, confessar,
firmar compromissos, receber e dar quitação e, enfim, realizar todo e qualquer ato
necessário para o perfeito desempenho do presente instrumento de mandato, inclusive
substabelecer, com reservas de iguais.
Niterói, 4 de agosto de 2022

CPF/ME nº 089.072.397-46
DOC. 03
fls. 20
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DEC.
fls. 21
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DOC. 04
fls. 23
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DED.
fls. 24
CONTRATO DE LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Pelo presente instrumento particular, e na melhor forma de direito, de um lado MEDIVAX INDÚSTRIA
E COMÉRCIO LTDA, empresa estabelecida no Rio de Janeiro / RJ, na Rua Visconde de Itaboraí,
282-B – bairro Centro, CEP 24.030-093 - inscrita no CNPJ sob nº 68.814.961/0001-73, neste ato
representada pelo Sr. Eduardo Sarmet Cunha Weizmann, brasileiro, casado, Diretor de Operações,
portador do RG nº 11798683-6 IFP e do CPF nº 089072397-46, residente e domiciliado na Rua
Manoel Duarte n° 18 – Apto 202 – São Francisco – Niterói – RJ – CEP 24.360-520, doravante
designada simplesmente LOCADORA, e de outro lado Cura Lab Análises Clinicas S.A., com sede
na Av. Brigadeiro Luis Antonio 4407 – Jardim Paulista – SP – CEP 01.401-001, inscrito no CNPJ sob o nº
CNPJ: 51.879.914/000-05, neste ato representado pelo Sr. Jacob Szejnfeld, portador do RG
XXXXXXXXX expedida pela XXX-XX e do CPF nº XXXXXXXXXX, residente e domiciliado na
XXXXXXXXXXX, devidamente constituído conforme documento anexo, doravante simplesmente
designado LOCATÁRIA, têm entre si justo e acertado, o presente Contrato, que se regerá pela
legislação aplicável, em especial, artigos 565 a 578 (Locação) e 593 a 609 (Prestação de Serviço)
todos do Código Civil e pelas Cláusulas e condições a seguir:
1.0 - DO OBJETO
1.1 – O presente contrato tem por objeto a LOCAÇÂO dos equipamentos de propriedade da
LOCADORA, com instalação em local designado pela locatária, conforme descrito:
DESCRIÇÃO QUANT. N° DE SERIE VALOR TOTAL

Caris Standart 01 R$ 1.700,00
Locais de instalação:
Cura Lab Análises Clinicas S.A.

Av. Brigadeiro Luis Antonio 4407 – Jardim Paulista – SP – CEP 01.401-001
2.0 - DA VIGÊNCIA DO CONTRATO
2.1 - O presente Contrato terá início em 01 de Fevereiro de 2019 e término em 36 meses. Ao

término deste período, não havendo aviso prévio de 60 dias, o mesmo estará automaticamente
renovado por um período de 12 meses.
2.2 - Ao término do Contrato, havendo manifestação da LOCATÁRIA quanto a não renovação do

mesmo, os equipamentos deverão ser restituídos de imediato à LOCADORA, no prazo máximo de
10 (dez) dias contados do termo final do contrato, em perfeito estado de conservação e em
plenas condições de uso.
3.0 - OBRIGAÇÕES DA LOCATÁRIA
Obriga-se a LOCATÁRIA a:
3.1 - Conservação dos equipamentos, seus acessórios, e pertences como se seus próprios fossem
para efeito de, quando findo ou rescindo deste contrato, devolve-los a LOCADORA em perfeito
estado de funcionamento e conservação, tal qual como os receberam.
3.2 - Não remover o equipamento, seus pertences e acessórios do local em que vão ser instalados,
sem o prévio e expresso consentimento da LOCADORA.
fls. 25
3.3 – Permitir o acesso, ao local em que se encontra instalado o EQUIPAMENTO, de pessoal

autorizado pela LOCADORA para fins de inspeção e manutenção.
3.4 – Designar os responsáveis pelo manejo e funcionamento do equipamento, os quais receberão

instruções de operação por parte da LOCADORA.
3.5 – Impedir que pessoas não autorizadas pela LOCADORA efetuem manutenção, seja
preventiva ou corretiva, no EQUIPAMENTO.
3.6 - Utilizar o EQUIPAMENTO locado, única e exclusivamente com os reagentes descritos no anexo
1 deste contrato, fornecidos pela LOCADORA, das marcas Bion, Scimedx e Aesku.
3.7 – Contratar junto a Cia. Seguradora de sua preferência Apólice de Seguro Total, que cubra
todos os riscos a que o EQUIPAMENTO possa estar sujeito, tendo como beneficiário a LOCADORA,
o que lhe permitirá, desta forma, ressarcir o valor correspondente ao preço do EQUIPAMENTO,
conforme item 1.1, nos casos de destruição, roubo, furto, incêndio, extravio, etc.
3.8 – Seguir rigorosamente o manual de procedimento dos EQUIPAMENTOS constantes no item 1.1
deste contrato.
3.8.1 – O não cumprimento do item anterior e a má utilização, quando gerarem a inutilização ou

incapacidade de uso dos EQUIPAMENTOS, acarretará no ressarcimento a LOCADORA dos valores
constante no item 1.1 deste contrato do respectivo item.
3.9 – Deverá informar a LOCADORA de imediato e formalmente através dos e-mails

assistenciatecnica@medivax.com.br e naira@medivax.com.br e ainda através dos telefones - 21-
3628-9900 – 21-9.9873-9762 – 11-9.9517-5808, contato Sr. Douglas Cezza e Sr. Naira Chwal, qualquer
problema técnico e operacional do equipamento, de segunda-feira a quinta-feira das 08:30 as
17:30 e sexta-feira das 08:30 as 16:00.
3.10 - A LOCATARIA declara e reconhece, expressamente, que a vista da locação que lhe e feita
pela LOCADORA, tem ela, LOCATARIA, a posse precária dos objetos locados, que continuam a ser
de única exclusiva propriedade da LOCADORA.
4.0 - OBRIGAÇÕES DA LOCADORA
Obriga-se a LOCADORA a:
4.1 – Prestar periodicamente serviços de manutenção preventiva e corretiva dos defeitos

apresentados pelos equipamentos, através de técnicos especializados da própria LOCADORA ou
FABRICANTE; No serviço de manutenção corretiva, não estão inclusas a substituição de peças e
componentes de desgaste natural, tais como: lâmpadas, cartuchos de impressão, bobinas de
impressão, pipetas, ponteiras, entre outros consumíveis.
4.2- Fornecer toda a mão de obra necessária e qualificada, tão somente no que diz respeito à
manutenção dos equipamentos, não envolvendo qualquer vínculo de natureza trabalhista com a
LOCATÁRIA, assim como responder pelos encargos sociais, trabalhistas e previdenciários,
administrativos e civis e por eventuais acidentes de trabalho que possam ocorrer aos seus
funcionários pelo não uso ou uso inadequado dos equipamentos de segurança;
4.3 - A LOCADORA envidara seus melhores esforços a atender aos chamados num prazo de 72
(setenta e duas) horas úteis, após a abertura do mesmo;
4.3.1 – A abertura dos chamados se procederá conforme item 3.9.

fls. 26
4.4 - Caso a LOCADORA não solucione os defeitos apresentados nos equipamentos objeto deste
instrumento no prazo de 72 (setenta e duas) horas, após iniciado o atendimento, a LOCADORA
deverá substituir os equipamentos com defeito no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, por
EQUIPAMENTO provisório até o conserto do constante neste contrato.
4.4.1 – Em caso de verificação de algum defeito, para a qual haja necessidade de retirada e
envio do mesmo para o FABRICANTE, o equipamento será substituído conforme item anterior,
desde que o mesmo não tenha sido causado por culpa do LOCATÁRIO, em decorrência, por
exemplo, da má utilização dos equipamentos, da utilização de reagentes não recomendados
pelo FABRICANTE; de tentativas de reparos efetuados por outras pessoas que não aqueles
autorizados pela LOCADORA, etc.
4.5 – Promover o fornecimento à LOCATÁRIA os reagentes para determinação dos testes para uso
nos equipamentos instalados conforme anexo 1, itens de 1 a 5.
5.0 - MODO DE OPERAÇÃO
5.1 - Ao solicitar a visita técnica, na forma do item 3.9 deste contrato, o operador responsável da
LOCATÁRIA deverá informar através de contato telefônico e e-mail, todos os dados necessários à
manutenção corretiva e/ou preventiva, informando e descrevendo sempre em detalhes os
problemas apresentados;
5.2 - As rotinas de reparo somente serão realizadas pelos técnicos da LOCADORA ou do

FABRICANTE, sempre na presença de um dos operadores designados pela LOCATÁRIA.
5.3 – A LOCADORA se após analise, concluir que há a necessidade de intervenção do

FABRICANTE no reparo do equipamento, deverá proceder conforme item 4.4.
5.3.1 – Caso constatado pela LOCADORA a culpa da LOCATARIO conforme item 4.4.1 deste
contrato, todas as despesas para conserto/reparo e decorrentes de envio e retorno do
EQUIPAMENTO para o FABRICANTE, serão de exclusiva responsabilidade da LOCATÁRIA.
5.3.1.1 – Sendo alguns dos serviços no item anterior pago pela LOCADORA, a LOCATÁRIA deverá
ressarci-la de imediato, após aviso de cobrança da LOCADORA.
5.4 - A LOCATÁRIA, ao final de cada visita, assinará o Relatório de Visita atestando que o
equipamento está em perfeito estado de funcionamento, e que o serviço foi devidamente
concluído.
6.0 – PREÇO, CONDIÇÕES DE PAGAMENTO E REAJUSTE.
6.1 – Os pagamentos serão efetuados mensalmente mediante a apresentação de Nota Fiscal,

com vencimento para 30 ddl, e respectivo boleto bancário. O valor mensal de R$ 1.700,00 (Um mil
e setecentos reais) referentes à locação dos equipamentos deste contrato.
6.2 – Em caso de atraso ou de não pagamento das parcelas estipuladas na Cláusula acima,
incidirá sobre o valor do título corrigido monetariamente pelo IGPM, multa de mora de 2% (dois
por cento), e juros de mora à razão de 1% (um por cento) ao mês, sendo certo que, caso o atraso
seja superior a 30 (trinta) dias, a LOCADORA poderá dar o contrato por rescindido.
6.3 - O valor do aluguel será reajustado anualmente, tendo como base, o índice previsto e
acumulado no período anual do IGPM.
fls. 27
6.3.1 – No caso de aumento da moeda cambial (dólar/euro) for acima de 10% do valor cotado
na data de assinatura do contrato, o percentual de reajuste para os produtos (Anexo I) será
combinado entre as partes, não sendo considerado o IGPM.
7.0 - DA MULTA CONTRATUAL
7.1 – A LOCATÁRIA se descumprir qualquer cláusula ou condição estabelecida neste contrato (à

exceção do atraso ou inadimplemento do preço, que possui penalidade específica), incidirá no
pagamento de multa no valor correspondente a 2% (dois por cento) do montante da última
fatura mensal, tantas vezes quantas forem às infrações constatadas, promovendo-se o respectivo
encontro de contas para cobrança na multa.
7.2 - Em ocorrendo a devolução do EQUIPAMENTO antes do término do prazo de vigência

estipulado no item 2.1 deste contrato, provocada, imotivadamente, pela LOCATÁRIA, este
pagará ao LOCADOR multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor total da locação do
equipamento conforme item 6.1, referente aos meses faltantes para o encerramento deste
instrumento, exceto por eventuais ocorrências que caracterizem o desabastecimento dos
produtos/insumos mencionados no Anexo I do presente instrumento.
8.0 – DA RESCISÃO CONTRATUAL
8.1 – O presente contrato poderá ser rescindido imotivadamente por qualquer uma das partes,
mediante comunicado escrito com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, considerando a
origem importada dos produtos objeto do anexo 1, observando-se todas as condições deste
Contrato até o fornecimento e pagamento do saldo de produtos cuja importação já tenha
iniciado ao tempo da comunicação de rescisão, ainda observadas as condições estabelecidas
no item 7.2 deste contrato. A rescisão fundada neste item será formalizada por destrato mediante
o pagamento dos valores devidos.
8.2 – Também poderá ser rescindido este contrato em razão de descumprimento, por uma das
partes, de qualquer das cláusulas contratuais ou obrigações legais, caso a parte infratora não
sane o descumprimento no prazo previsto em notificação de 30 dias a ser enviada pela parte
prejudicada à outra, assinalando a obrigação violada e estabelecendo prazo de 30 dias para o
seu adimplemento.
8.3 - O presente Contrato considerar-se-á automaticamente rescindido de pleno direito,

independentemente de notificação judicial ou extrajudicial, nas hipóteses de encerramento das
atividades, falência, pedido de recuperação judicial, insolvência ou dissolução de qualquer das
partes.
8.4 - Findo ou rescindo o presente contrato, o LOCATÁRIO fica obrigado a restituir, incontinente, a
LOCADORA, os equipamentos, acessórios e pertences locados, podendo a LOCADORA em caso
de recusa, propor a competente ação de busca e apreensão respondendo a LOCATÁRIA pôr
perdas e danos.
9.0 – DA CESSÃO
9.1 - Nenhuma das partes poderá ceder ou transferir, a qualquer título, os direitos e obrigações
decorrentes do presente Contrato sem a expressa anuência da outra parte, exceto para empresa
do mesmo grupo econômico, mediante simples aditamento, havendo consenso entre as partes.
fls. 28
9.2 – A LOCADORA obriga-se a não se valer deste contrato para assumir obrigações perante
terceiros, dando-o como garantia ou caução, nem utilizar os direitos de crédito a serem auferidos
na execução ou quaisquer operações de desconto bancário, junto a factorings ou a terceiros,
exceto com a expressa e prévia autorização da LOCATÁRIA.
10 – DAS RESPONSABILIDADES TRABALHISTA, TRIBUTÁRIA E PREVIDENCIÁRIA
10.1 – O presente contrato será cumprido pela LOCADORA sem qualquer vinculo de emprego
com a LOCATÁRIA, com independência técnica e sem qualquer subordinação a esta.
10.2 – A LOCADORA, por si e por seus sócios, se responsabiliza, eximindo a LOCATÁRIA, pelo
cumprimento de todas e quaisquer obrigações, despesas, encargos e tributos trabalhistas,
previdenciários, securitários, fiscais, tributários e quaisquer outros, passados, presentes ou futuros,
na forma da legislação em vigor, relativos ao presente contrato, bem como referente a todos os
seus sócios e empregados.
10.3 – Os acidentes de trabalho que porventura venham a vitimar os empregados da LOCADORA

serão de exclusiva e inteira responsabilidade desta, inclusive nos casos de reparação e
pagamento de indenizações.
10.4 – Nos casos em que a LOCATÁRIA venha a ser obrigada a pagar qualquer débito, de
qualquer origem, inclusive trabalhista, securitária, previdenciária ou tributária, devido pela
LOCADORA e resultante do contrato ora avençado, terá a primeira direito de regresso contra a
segunda, por aquelas quantias pagas, devidamente corrigidas, tendo também o direito de retê-
las, podendo descontá-las dos valores devidos a LOCADORA em razão deste contrato.
11 – DAS CONDIÇÕES GERAIS
11.1 – Os subscritores declaram, sob as penas da lei, que possuem plenos poderes e as
autorizações necessárias para firmar o presente contrato e assumir as obrigações aqui previstas
em nome das respectivas partes.
11.2 – Eventuais concessões, tolerâncias ou demoras nas exigências de cumprimento de quaisquer

das obrigações aqui previstas, ou mesmo a sua omissão quanto a tais questões, não será
considerada novação ou alteração contratual, não gerando direitos a qualquer das partes, que
podem, a qualquer tempo, exigir o seu cumprimento.
12 - DO FORO
12.1 - As partes elegem, com renúncia a qualquer outro, por mais privilegiado que seja, o Foro da
Comarca de Campinas / SP, para dirimir quaisquer dúvidas ou litígios decorrentes deste Contrato.
E, por estarem justas e contratadas, assinam as partes o presente instrumento em 2 (duas) vias de
igual teor, na presença das testemunhas que a tudo assistiram e também assinam.
CPF:
RG nº
Nome:
Testemunhas:
Niterói, 01 de Fevereiro de 2019.
MEDIVAX INDUSTRIA E COMERCIO LTDA
____________________________________________________
____________________________________________________
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CPF:
RG nº
Nome:
fls. 29
06
05
04
03
02
01
ITEM
Zika IgG
Zika IgM
PRODUTOS
Ana Hep-2 600 Testes

Ana Hep-2 1.200 Testes
Anti-DNA IFA 500 Testes

Herpes Simplex 1&2 IgG/IgM
Anexo 1
REAGENTES/CONSUMIVÉIS
Bion
Aesku
Vircell
Vircell
Vircell
Scimedx
Fabricante
VALOR
R$ 700,00
R$ 1.300,00
R$ 1.300,00
R$ 2.000,00
R$ 2.490,00
R$ 3.804,00
fls. 30
DOC. 05
fls. 31
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DEE.
fls. 32
Tuesday, April 5, 2022 at 11:42:08 Brasilia Standard Time
Assunto: Lab Cura: Instalação Caris Standard

Data: sexta-feira, 29 de junho de 2018 12:07:44 Horário Padrão de Brasília
De: Naira Chwal
Para: gvendas@medivax.com.br
CC: assistenciatecnica@medivax.com.br, ieda@medivax.com.br, eduardo@medivax.com.br
Cris,
Cliente aprovou a proposta comercial. Precisamos informar qual a previsão de instalação do Caris
Standard.
Dra Viviane prevê também validar em 1 semana. Será que conseguimos entregar a máquina na próxima
semana?
Abaixo o email dela informando que está de acordo para prosseguir.
Ieda,
Vamos precisar de tua ajuda para validação de Ana Hep-2, DNA, Anca, Endomísio e Ana Hep-2 Aesku.
Assim que eu programar a entrega dos kits de validação te avisarei ok?
Fico no aguardo sobre as informações de instalação do Caris.
De: Viviane Cardoso [mailto:VIVIANE.SANTOS@cura.com.br]

Enviada em: sexta-feira, 29 de junho de 2018 08:45
Para: Naira Chwal
Assunto: Re: ENC: Proposta atualizada com descontos
Bom dia Naira,
Estamos de acordo, pode prosseguir com a instalação do equipamento.
Muito obrigada,
---
CURA IMAGEM E DIAGNÓSTICO
Viviane Cardoso dos Santos
Líder Téc Manuais e Biologia Molecular
Tel.: 11 3075-3355 Ramal: 1714
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4407
Jardim Paulista – CEP.: 01401-001 - SP
Em 04/06/2018 15:38, Naira Chwal escreveu:
Viviane boa tarde!
Gostaria de saber um posicionamento com relação esta proposta. Para prosseguir com
planejamento de instalação de máquina e envio de kits para validação, preciso que retornes o email
informando que a proposta está aprovada comercialmente.
Se tiveres alguma dúvida, só avisar que posso te encontrar novamente.
Page 1 of 2
fls. 33
Um abraço,
De: Naira Chwal [mailto:naira@medivax.com.br]

Enviada em: terça-feira, 22 de maio de 2018 18:04
Para: Viviane Cardoso (viviane.santos@cura.com.br)
Assunto: Proposta atualizada com descontos
Viviane boa tarde!
Encaminho a proposta para os kits de Imunofluorescência, com redução nos preços para anti-
Endomísio (EMA de 16,00 para 15,00 / teste) e Anca (de 10,00 para 8,45 / teste), conforme
solicitado.
Por favor, preciso que aproves , respondendo este email, informando que estás de acordo com as
condições da proposta. Assim, irei providenciar a instalação do equipamento e envio dos kits
(bonificados) para validações.
Um abraço,
Naira Chwal
Gestora de Contas São Paulo
+55 (11)9 9517-5808
naira@medivax.com.br
www.medivax.com.br
Política de Qualidade:
"Estar sempre integrado aos nossos fornecedores, buscando a satisfação de nossos clientes e
nossos profissionais."
Atenção: As informações existentes nesta mensagem e nos arquivos anexados são para uso
restrito, sendo seu sigilo protegido por lei. Caso não seja destinatário, saiba que a leitura,
divulgação ou cópia são proibidas. Favor apagar as informações e notificar o remetente. O uso
impróprio será tratado conforme a Legislação em vigor.
Page 2 of 2
DOC. 06
fls. 34
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DEF.
RECEBEMOS DE MEDIV A X INDUSTRIA E COMERCIO L TDA OS PRODUTOS/SERV IÇ OS CONSTA NTES NA NOTA FISCA L EL ETRÔ NICA
INDICA DA A O L A DO - DESTINA TÁ RIO: CURA L A B A NA L ISES CL INICA S L TDA - A V BRIGA DEIRO L UIS A NTONIO, 4407 - J A RDIM PA UL ISTA -
NF-e
fls. 35
SA O PA UL O - SP - EMISSÃ O: 26-09-2018 - V A L OR TOTA L : R$ 6.392,22
DA TA DE RECEBIMENTO IDENTIFICA Ç Ã O E A SSINA TURA DO RECEBEDOR N : 13976
Série: 1

DANFE
Documento auxiliar
RUA V ISCONDE DE ITA BORA I, 282 B da Nota Fiscal
Eletrônica
CENTRO Sa da: 1 CHA V E DE A CESSO
1
3318 0968 8149 6100 0173 5500 1000 0139 7613 9226 7220
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Entrada: 0
NITEROI
FL 1 / 1
RJ (21) 3628-9900 24.030-093 Consulta de autenticidade no portal nacional da NF-e
N : 13976 www.nfe.fazenda.gov.br ou no site da Sefaz A utorizadora
Série: 1
NA TUREZA DA OPERA Ç Ã O PROTOCOL O DE A UTORIZA Ç Ã O DE USO

REMESSA DE A TIV O EM TERCEIRO 333180134925133 26/09/2018 10:35:19
INSCRIÇ Ã O ESTA DUA L INSCRIÇ Ã O ESTA DUA L SUB. TRIBUTÁ RIA CNPJ
84813117 68.814.961/0001-73
DESTINATÁRIO/REMETENTE
NOME/RA ZÃ O SOCIA L CNPJ /CPF DA TA DA EMISSÃ O
CURA L A B A NA L ISES CL INICA S L TDA 05.759.829/0001-96 26-09-2018

ENDEREÇ O BA IRRO/DISTRITO CEP DA TA DA ENTRA DA /SA ÍDA
A V BRIGA DEIRO L UIS A NTONIO, 4407 J A RDIM PA UL ISTA 01.401-001 26-09-2018

MUNICÍPIO FONE/FA X UF INDICA DOR IE INSCRIÇ Ã O ESTA DUA L HORA DA ENTRA DA /SA ÍDA
SA O PA UL O 3056-4707 SP 9-Nã o Contribuinte 10:35:00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BA SE DE CÁ L CUL O DE ICMS V A L OR DO ICMS BA SE DE CÁ L C. DE ICMS ST V A L OR DO ICMS ST V A L OR TOTA L DOS PRODUTOS
0,00 0,00 0,00 0,00 6.392,22
V A L OR DO FRETE V A L OR DO SEGURO DESCONTO OUTRA S DESP. A CESSÓRIA S V A L OR DO IPI V A L OR TOTA L DA NOTA
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6.392,22
TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS
RA ZÃ O SOCIA L FRETE POR CONTA CÓDIGO A NTT PL A CA V EÍCUL O UF CNPJ /CPF
V EL OEX L OGISTICA E TRA NSPORTES DE CA RGA S L T 0 - Emitente 18.485.555/0001-36
ENDEREÇ O MUNICÍPIO UF INSCRIÇ Ã O ESTA DUA L
RUA GODOFREDO V IA NA , 493 - TA QUA RA RIO DE J A NEIRO RJ 79979619
QUA NTIDA DE ESPÉ CIE MA RCA NUMERA Ç Ã O PESO BRUTO PESO L ÍQUIDO
0,000 0,000
DADOS DO PRODUTO/SERVIÇO
A L ÍQUOTA S
CÓD. PROD. DESCRIÇ Ã O DO PRODUTO/SERV IÇ O NCM/SH CST CFOP UNID QTD. V L R.UNIT. V L R.TOTA L BC.ICMS V L R.ICMS V L R.IPI ICMS IPI
100602 CA RIS STA NDA RD Série(s): 2158 84798912 141 6554 EQU 1,00 6.392,2200 6.392,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
DADOS ADICIONAIS Desenvolvido pela A lterdata Software - www.alterdata.com.br

INFORMA Ç Õ ES COMPL EMENTA RES RESERV A DO A O FISCO
EQUI PAMENTO SOL I CI TADO PEL A NAI RA. ENTREGA AOS CUI DADOS DRA VI VI ANE CARDOSO -
L ABORATORI O - TEL . 3075. 3355. SEM I NCI DENCI A DO I CMS, COM BASE NO I NCI SO XI V DO ARTI GO
40 DA L EI N 2. 657/ 1996 E CONVENI O I CMS N 70/ 1990. I SENTO DE I PI CONF ORME DECRETO L EI
7. 660 DE 23/ 12/ 2011. PROCON- RJ Tel ( 21) 151 End. : Av Ri o Br anc o, 25 - 4 ao 7 andar - RJ .
CODECON Tel . 0800- 2827060 End. : Rua da Al f andega, 08 Ter r eo - Cent r o - RJ . Val or apr ox.
dos t r i but os : R$ 618, 13 F eder al , R$ 1. 278, 44 Es t adual , F ont e: I BPT/ empr es omet r o. c om. br
( D529CB) . , F or ma de pagament o: Sem pagament o, Val or : 0, 00
DOC. 07
fls. 36
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DF0.
10/05/2022 11:00 Minuta_62860
fls. 37
MINUTA DE TRANSPORTE DE CARGA
VELOEX LOGISTICA E TRANSPORTES DE CARGAS LTDA
CNPJ:18.485.555/0002-17 62860 SAO
RUA DIAS DA SILVA, 672 - SAO PAULO - SP
FONE: (11) 3729-5191
E-MAIL:JOAO.NICOLACI@VELOEX.COM.BR
ORIGEM DESTINO
MEDIVAX INDUSTRIA E COMERCIO L - 68.814.961/0001-73 CURA LAB ANALISES CLINICAS LTD - 05.759.829/0001-96
Endereço: Endereço:
RUA VISCONDE DE ITABORAI, 282,282 - AVENIDA BRIGADEIRO LUIS ANTONIO,4407 -
Bairro Cep Bairro Cep
CENTRO 24030092 JARDIM PAULISTA 01401001
Cidade Fone: 36289900 Cidade Fone:
NITEROI - RJ PALMEIRAS DE SAO PAULO - SP
Tomador Emissor Base Data Hora
MEDIVAX INDUSTRIA E COMERCIO L 68.814.961/0001-73 HENRIQUE.SANTANA SAO 01/10/2018 19:31:55
Coleta Data da Coleta Seguradora Apolice Resp. Seguro

01/10/2018 TOKIO MARINE 5500000150321 TRANSPORTADORA
Resp. pela Entrega
Documentos transportados Peso real: 200,00 Cubado: 287,22

13976 Volumes: 1 CTE-SUB:
Mercadoria predominante Embalagem House: R$ Notas: 6.392,22
DIVERSOS DIVERSOS
Observação DADOS DO RECEBIMENTO

EQUIPAMENTO SOLICITADO PELA NAIRA. ENTREGA AOS CUIDADOS DRA
DATA: 08/10/2018 HORA: 13:45
VIVIANE CARDOSO - LABORATORIO - TEL.3075.3355. SEM INCIDENCIA DO
ICMS, COM BASE NO INCISO XIV DO ARTIGO 40 DA LEI N 2.657/1996 E VIVIANE CARDOSO DOS
NOME:
CONVENIO IC SANTOS
R.G. / C.P.F.: ASSINATURA
Cidade destino final Rota Trecho
Assinatura:
PALMEIRAS DE SAO PAULO - SP RIO > SAO
Processado por Brudam
https://veloex.brudam.com.br/operacional/print_alerta.php?stu=NjI4NjA=&empresa=MjUy 1/1
DOC. 08
fls. 38
fls. 39
fls. 40
fls. 41
fls. 42
DOC. 09
fls. 43
fls. 44
P'd MACHADO
ASSOCIADOS
São Paulo, 31 de maio de 2022
A
MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO

LTDA.,
Na pessoa de seu responsávellegal, Sr

Eduardo Sarmet Cunha Weizmann
Rua Visconde de ltaboraí, ng :282B,
Centro, em Niterói, no Estado do Rio de

Janeiro - CEP 24030-093
CONTRANOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL
ão recebida a
nte
s Standard
Prezados
Na qualidadede advogados de CURA - CENTRO
DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A, vimos, pela presente,

responder à NotificaçãoExtrajudicial,enviada por V. Sa. em 10 de maio de
2022
Av. Brigadei
Faria Lama 1656, 11P andar, 01451-918, São Paulo, SP l RJ l DF
fls. 45
PKd ASSOCIADOS
MACHADO
Na missiva enviada por V. Sas., há referência a
suposto contrato de locação de equipamento para automação referente aa
CarasStandard número de série 2158, que teria sido firmado entre

Notificante e Notificada.
Conforme dispõe a Notificante,em 22 de maio

de 2018, a sua.representante comercial, Sra. Naira Chwal, encaminhou para
a Notificada, por e-mail, suposta proposta de preço, que, segundo afirma.
previa valores tanto para as parcelas mensais a serem pagas pela locação
do equipamento quanto para o fornecimento dos necessários reagentes
De acordo com os dizeres da Notificante. a
proposta definia como valor de locação a quantia de R$ 1.700,00 Imile

setecentos reais) mensais, bem como trazia como prazo de vigência o
período de 36(trinta e seis) meses, com início em 01 de fevereiro de 2019.
Ato contínuo, em 29 de junho do mesmo ano

afirma que a Sra. Víviane Cardoso dos Santos, à época líder técnica da
Notificada, teria aceitado a proposta de preço encaminhada pela

Notificante, bem como teria autorizado o envio e a instalação do aparelho.
Desse modo, o equipamento foi entregue em 08

de outubro de 2018 e posteriormente instalado nas dependências da
laboratório da Notificada, na Capitaldo Estado de São Paulo. Assim como.
o contrato de locação foi enviado, subsequentemente, em IP de fevereiro
de 2019, para assinatura da Notificada
fls. 46
P'd MACHADO
ASSOCIADOS
Ainda de acordo com a referida missiva. a
Notificadaestaria inadimplentecom todos os 36 jtrinta e seis) meses da
suposta locação, que correspondem à quantia total de R$ 61.200,00
jsessenta e um mne duzentos reaís}. Dessa maneira, solicitaa Notificante
que a Notificada quite o valor indicado por meio de transferência eletrõnica
no prazo de lO (dez) dias úteis, sob pena de que proceda com a via judicial
cabível
Feita esta breve narrativa, a Notificada esclarece

que:
Após a análise acurada dos documentos
enviados pela Notificante à Notificada, não é possívelconcluir que as partes
tenham celebrado contrato de locação do equipamento e, de fato, não se

tem qualquer notícia ou registro de que assim tenha ocorrido, nem mesmo
de que a Notificada tenha manifestado anuência neste sentido.
O exame dos documentos e trocas de

correspondências eletrõnícas permitem concluir que as partes mantiveram
contrato de fornecimento de Kits de reagentes e que, como é a praxe do

mercado, o equipamento ficou alocado nas dependências da Notificada a
título de comodato
Por todo o exposto, a Notificada não reconhece
como devida a cobrança do valor de R$ 61.200,00 jsessenta e um mil e

duzentos reais) mencionado na notificação ora respondida
Sendo o que nos restava para o momento

subscrevemo-nos
3 14
DOCS - 2720901vl
Mana An
itosl Rodrigo
Atenciosamente,
Machado Associados
ForlaniLopesl JÚ
ASSOCIADOS
MACHADO
fls. 47
fls. 48
PROCURAÇÃO
endereço na Avenida Brigadeiro Lub Antânio, ne 4469, Bela Vista, nesta Capital do Estado de São Paulo, CEP
01401-002,representada neste ato por seus fírmatárioslegais, nomeia e constitui seus bastantes procuradores
os Senhores: GILBERTO CIPULLO, brasileiro separado judicialmente advogado, inscrito na OAB/SP sob o ne
sob o ng 131.817.548-89,titular do endereço eletrõnico . JÚLIA CALDAS DE

SQUZA LUCAS MARQUES, brasileira, solteira, advogada. inscrita na OAB/sp sob o ng453.023, inscrita no CPF/ME
sob o nQ0].9.238.005-23e titular do endereço eletrânico EDERSONJOSÉ DA
GRAÇA JU brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB/sp sob a n9 374.963 inscrito no CPF/ME sob o ng
363.460.598-74e titular do endereço eletrõnico ALIA SOUZA PINESSO
brasileira,solteira, advogada, inscrita na OAB/SP sob o ng 336.678, inscrita no CPF/ME sob o n9 395.28S.778 57
e titular do endereço eletrõnico RAFAEL RAMOS VENÂNCIO, brasileiro.
solteiro, advogado, inscrito na OAB/sp sob o ne 459.544, inscrito no CPF/ME sob o n9 479.836.938-18e titular
Brigadeiro Faria Limo, ng 1656 (antigo 1815), 11P andar, telefone ng 3819-4855, reglstrada perante a Ordem dos
Advogados do Brasil- Secção de São Paulo sob o ne 1716, a quem, independentemente de ordem ou nomeação,
outorga os mais amplos poderes da cláusula ad./ud/c/a et extra, podendo, para tanto, representa-lo perante
terceiros para o fim de defesa dos interesses do OUTORGANTE em Contranotificações e Notificações

Extrajudiciais acerca de suposto serviço de locação de equipamento para automaçã o mantido com MEDlvAX
INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
São Paulo, 25 de maio de 2022
DocuSígnod by:
nW A C«-P«" S«o«
CURA - CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A

Planilha de débitos judiciais http://drcalc.net/planilharesult.asp
fls. 49
Salvar o cálculo:
Para salvar essa página em seu computador, utilize a opção "Arquivo/Salvar como" do seu navegador.
Para recuperar a planilha salva, clique duas vezes no arquivo que foi salvo, e o cálculo será apresentado.
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PLANILHA DE DÉBITOS JUDICIAIS
Data de atualização dos valores: julho/2022

Indexador utilizado: IGP-M - (FGV)
Juros moratórios simples de 0,01% ao mês
Acréscimo de 0,02% referente a multa.
Honorários advocatícios de 0,00% - (não aplicável sobre a multa).
JUROS JUROS
VALOR VALOR MULTA
ITEM DESCRIÇÃO DATA COMPENSATÓRIOS MORATÓRIOS TOTAL
SINGELO ATUALIZADO 0,02%
0,00% a.m. 0,01% a.m.
1 PARCELA CONTRATO CURA 01/02/2019 1.700,00 2.862,07 0,00 11,73 0,57 2.874,37
1 of 2 28/07/2022 17:27
Planilha de débitos judiciais http://drcalc.net/planilharesult.asp
fls. 50
--------------------------------
Sub-Total R$ 85.981,46
--------------------------------
TOTAL GERAL R$ 85.981,46
2 of 2 28/07/2022 17:27
fls. 51
85850000008-8 59820185112-4 20590090666-2 94820220802-0

Evite Fraudes! Antes de finalizar o pagamento no seu banco verifique os dados do beneficiário!
Governo do Estado de São Paulo DARE-SP

Secretaria da Fazenda e Planejamento
Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais Documento Principal
01 - Nome / Razão Social 07 - Data de Vencimento
Medivax Industria e Comercio Ltda 02/08/2022
02 - Endereço 08 - Valor Total
R VISCONDE DE ITABORAI, 282, B, CENTRO NITEROI RJ
R$ 859,82
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe 09 - Número do DARE
68.814.961 (21)3628-9900 1
06 - Observações 220590090666948
Comarca/Foro: Campinas, Cód. Foro: 114, Natureza da Ação: Procedimento Ordinário, Autor: Medivax
Indústria e comércio LTDA, Réu: CURA - CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGI
Emissão: 02/08/2022
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco
01 - Código de Receita – Descrição 02 - Código do Serviço – 19 - Qtde

DARE-SP Descrição Serviços: 1
Governo do Estado de São Paulo
Secretaria da Fazenda e Custas - judiciárias pertencentes ao Estado, TJ - 1123001 - PETIÇÃO INICIAL
220590090666948-0001
Planejamento Documento
Detalhe 230-6 referentes a atos judiciais
15 - Nome do Contribuinte 03 - Data de Vencimento 06 - 09 - Valor da Receita 12 - Acréscimo

02/08/2022 Financeiro
04 - Cnpj ou Cpf
Medivax Industria e Comercio Ltda
68.814.961/0001-73 R$ 859,82 R$ 0,00
16 - Endereço 05 - 07 - Referência 10 - Juros de Mora 13 - Honorários
R VISCONDE DE ITABORAI, 282, B, CENTRO NITEROI RJ Advocatícios
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Comarca/Foro: Campinas, Cód. Foro: 114, Natureza da Ação: Procedimento Multa Por Infração
Ordinário, Autor: Medivax Indústria e comércio LTDA, Réu: CURA - CENTRO
220590090666948-0001 DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGI
Emissão: 02/08/2022 R$ 0,00 R$ 859,82
85850000008-8 59820185112-4 20590090666-2 94820220802-0

Secretaria da Fazenda e Planejamento
DARE-SP
Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais Documento Principal
R VISCONDE DE ITABORAI, 282, B, CENTRO NITEROI RJ
R$ 859,82
68.814.961 (21)3628-9900 1
06 - Observações 220590090666948
Indústria e comércio LTDA, Réu: CURA - CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGI
Emissão: 02/08/2022
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
Banco Bradesco S/A https://www.ne12.bradesconetempresa.b.br/ibpjsei/imprimirPopup.jsf
fls. 52
Conta de débito: N° Banco: 237 | Agência: 26 | Conta: 22296-8 | Tipo: Conta-Corrente

Canal de pagamento: Net Empresa
Data de pagamento: 02/08/2022 Horário: 18:36:01
Nº de controle: 130.739.392.248.216.730
Empresa: BARROSO FONTELLES, B. M. &. A. -. E. AD | CNPJ: 39.093.331/0001-59
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
DARE-SP/GNRE - SEFAZ/SP
N° de controle do
DARE: 220590090666948
Valor: R$ 859,82
Código de barras
85850000008-8 59820185112-4 20590090666-2 94820220802-0
Autenticação Bancária
087.082.693
Autenticação
ZtIYQbNh 5mJWXWGL T3a8yj6f xZJC#xn# YW2JRoJv CIcAowvR bvNvGuOP ehsmYt9R

?Sv6zhzj c46E7r8G inTZPgv4 FIr?B9@c lLjYm6ek NFL?EFcK oCFLLZOy GZ3DBCGt
Fu9oG7PR 3urBYGoP nMwuzYeU PjDX7T34 qbfAJ@pN UUwVQgCn 00500222 00890059
Comprovante de pagamento emitido de acordo com a Portaria CAT-126, de 16/09/2011, e autorizado pelo Processo nº SF-
13836-561535/1999
SAC - Serviço de Alô Bradesco Deficiente Auditivo ou de Fala Cancelamentos, Reclamações e Informações. Demais telefones
Apoio ao Cliente 0800 704 8383 0800 722 0099 Atendimento 24 horas, 7 dias por semana. consulte o site
Fale Conosco
Ouvidoria 0800 727 9933 Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, exceto feriados.
1 of 1 02/08/2022 18:36
fls. 53
Guia de Recolhimento Nº Pedido 2022080118553302
Poder Judiciário – Tribunal de Justiça
Fundo Especial de Despesa - FEDTJ
Nome RG CPF CNPJ
Medivax Indústria e comércio LTDA 68.814.961/0001-73
Nº do processo Unidade CEP
VC - Comarca de Campinas 24030-092
Endereço Código
R VISCONDE DE ITABORAI, 282, B, CENTRO, NITEROI, RJ 120-1
Histórico Valor
Indústria e comércio LTDA, Réu: CURA - CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A. 50,30
Total
50,30
O Tribunal de justiça não se responsabiliza pela qualidade da cópia extraída de peça pouco legível.
Importante: evitem amassar, dobrar ou perfurar as contas, para não danificar o código de barras.
Mod. 0.70.731-4 - Dez/2021 - SISBB 21340 - cdr
1ª Via - Unidade geradora do serviço, 2ª via - Contribuinte e 3ª via - Banco
868300000006 503051174002 112016881494 610001733023
Corte aqui.
Nome RG CPF CNPJ
Endereço Código
Histórico Valor
Total
50,30
Mod. 0.70.731-4 - Dez/2021 - SISBB 21340 - cdr
868300000006 503051174002 112016881494 610001733023
Corte aqui.
Nome RG CPF CNPJ
Endereço Código
Histórico Valor
Total
50,30
Mod. 0.70.731-4 - Dez/2021 - SISBB 21340 - cdr
868300000006 503051174002 112016881494 610001733023

fls. 54
G3330219488731621
02/08/2022 20:11:22
Boletos e convênios, com código de barra, contas
SISBB - SISTEMA DE INFORMACOES BANCO DO BRASIL

02/08/2022 - AUTO-ATENDIMENTO - 20.11.12
0183X00183
CLIENTE: BARROSO FONTELLES

AGENCIA: 183-X CONTA: 30.471-9
EFETUADO POR: KARIN BASILIO KHALI
================================================
Convenio TJSP - CUSTAS FEDTJ
Codigo de Barras 86830000000-6 50305117400-2
11201688149-4 61000173302-3
Data do pagamento 02/08/2022
Valor Total 50,30
================================================
DOCUMENTO: 080201
AUTENTICACAO SISBB:
5.FBE.889.AE8.9B9.828
Transação efetuada com sucesso por: J8673625 KARIN BASILIO KHALILI DANNEMANN.
fls. 55
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA de Campinas
FORO DE CAMPINAS
3ª VARA CÍVEL
Avenida Francisco Xavier de Arruda Camargo, 300, sala 38/39, Jardim
Santana - CEP 13088-901, Fone: (19) 3756-3648, Campinas-SP - E-mail:
campinas3cv@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min
DECISÃO
Processo Digital nº: 1035473-13.2022.8.26.0114

Classe - Assunto Procedimento Comum Cível - Pagamento
Requerente: Medivax Indústria e Comércio Ltda (medivax)
Requerido: Laboratório Cura - Centro de Ultrassonografia e Radiologia Ltda
moc
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDERSON PESTANA DE ABREU, liberado nos autos em 05/08/2022 às 12:28 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Anderson Pestana de Abreu
Vistos.
A prerrogativa legal conferida às partes para a fixação voluntária da

competência, por força da autonomia negocial, limita-se à fixação do foro, este definido
como a Comarca onde deverá ser conhecida eventual ação oriunda do contrato ( art. 63,
caput do CPC). Não abrange, por impossibilidade legal, a alteração de sua eficácia a partir
da vontade negocial das partes, sendo nula a cláusula de eleição de foro que indique qual
Juízo será competente para o conhecimento de determinada demanda, sem que haja
qualquer vinculação das partes com o foro de eleição.
No caso em apreço, nenhuma das partes possui domicílio nesta Comarca. Da

mesma forma, a sede da empresa fica em Niterói/RJ e o contrato sequer está devidamente
assinado. Ademais, não se vislumbra que a obrigação deva ser satisfeita nesta Comarca de
Campinas, razão pela qual reputo como abusiva a cláusula de foro de eleição, nos termos
do art. 63 § 3º do CPC.
Nesse sentido, já decidiu o E. TJSP:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação de rescisão de contrato cumulada com pedidos

indenizatórios. Compromisso de compra e venda. Bem imóvel. Decisão que reconhece a
nulidade de cláusula de eleição de foro e determina a remessa dos autos do processo ao
juízo competente. Inconformismo da parte ré. Competência. Foro de eleição. Artigo 63, §3º,
do Código de Processo Civil. Competência que pode ser declinada de ofício antes mesmo
da citação. Ausência de violação do contraditório, já que seu exercício é apenas
diferido.Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor. Agravado com domicílio em
São Paulo, cidade localizada a mais de 430Km (quatrocentos e trinta quilômetros) de
fls. 56

COMARCA de Campinas
FORO DE CAMPINAS
3ª VARA CÍVEL
distância daquela eleita pra dirimir os conflitos de interesses envolvendo o contrato firmado
pelas partes. Evidente prejuízo aos interesses do consumidor em razão de sua
manifestavulnerabilidade. Facilitação da defesa de interesses. Decisão mantida. Recurso
desprovido.(Agravo de Instrumento nº 2265082-28.2021.8.26.0000 27ª Câmara de Direito
Privado, Rel. Des. Rogério Murillo Pereira Cimino, J. Em 29.04.2022).
Ante o exposto, declino de minha competência e determino a redistribuição

da presente à Comarca de São Paulo/SP, sede da ré.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDERSON PESTANA DE ABREU, liberado nos autos em 05/08/2022 às 12:28 .
Com o trânsito desta decisão, encaminhem-se os autos ao cartório do
distribuidor.
Intime-se.
Campinas, 05 de agosto de 2022.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 57
Foro de Campinas Emitido em: 05/08/2022 13:43

Certidão - Processo 1035473-13.2022.8.26.0114 Página: 1
CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0696/2022, encaminhada para publicação.
Advogado Forma
Rafael Barroso Fontelles (OAB 327331/SP) D.J.E
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 05/08/2022 às 13:43 .
Teor do ato: "Vistos. A prerrogativa legal conferida às partes para a fixação voluntária da competência,
por força da autonomia negocial, limita-se à fixação do foro, este definido como a Comarca onde deverá ser
conhecida eventual ação oriunda do contrato ( art. 63, caput do CPC). Não abrange, por impossibilidade legal,
a alteração de sua eficácia a partir da vontade negocial das partes, sendo nula a cláusula de eleição de foro
que indique qual Juízo será competente para o conhecimento de determinada demanda, sem que haja
qualquer vinculação das partes com o foro de eleição. No caso em apreço, nenhuma das partes possui
domicílio nesta Comarca. Da mesma forma, a sede da empresa fica em Niterói/RJ e o contrato sequer está
devidamente assinado. Ademais, não se vislumbra que a obrigação deva ser satisfeita nesta Comarca de
Campinas, razão pela qual reputo como abusiva a cláusula de foro de eleição, nos termos do art. 63 § 3º do
CPC. Nesse sentido, já decidiu o E. TJSP: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação de rescisão de contrato
cumulada com pedidos indenizatórios. Compromisso de compra e venda. Bem imóvel. Decisão que reconhece
a nulidade de cláusula de eleição de foro e determina a remessa dos autos do processo ao juízo competente.
Inconformismo da parte ré. Competência. Foro de eleição. Artigo 63, §3º, do Código de Processo Civil.
Competência que pode ser declinada de ofício antes mesmo da citação. Ausência de violação do contraditório,
já que seu exercício é apenas diferido.Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor. Agravado com
domicílio em São Paulo, cidade localizada a mais de 430Km (quatrocentos e trinta quilômetros) de distância
daquela eleita pra dirimir os conflitos de interesses envolvendo o contrato firmado pelas partes. Evidente
prejuízo aos interesses do consumidor em razão de sua manifestavulnerabilidade. Facilitação da defesa de
interesses. Decisão mantida. Recurso desprovido.(Agravo de Instrumento nº 2265082-28.2021.8.26.0000 27ª
Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Rogério Murillo Pereira Cimino, J. Em 29.04.2022). Ante o exposto,
declino de minha competência e determino a redistribuição da presente à Comarca de São Paulo/SP, sede da
ré. Com o trânsito desta decisão, encaminhem-se os autos ao cartório do distribuidor. Intime-se."

fls. 58
Foro de Campinas Emitido em: 08/08/2022 02:44

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO
Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0696/2022, foi disponibilizado no Diário de Justiça
Eletrônico em 08/08/2022. Considera-se a data de publicação em 09/08/2022, primeiro dia útil subsequente à
data de disponibilização.
Advogado
Rafael Barroso Fontelles (OAB 327331/SP)
Teor do ato: "Vistos. A prerrogativa legal conferida às partes para a fixação voluntária da competência,
por força da autonomia negocial, limita-se à fixação do foro, este definido como a Comarca onde deverá ser
conhecida eventual ação oriunda do contrato ( art. 63, caput do CPC). Não abrange, por impossibilidade legal,
a alteração de sua eficácia a partir da vontade negocial das partes, sendo nula a cláusula de eleição de foro
que indique qual Juízo será competente para o conhecimento de determinada demanda, sem que haja
qualquer vinculação das partes com o foro de eleição. No caso em apreço, nenhuma das partes possui
domicílio nesta Comarca. Da mesma forma, a sede da empresa fica em Niterói/RJ e o contrato sequer está
devidamente assinado. Ademais, não se vislumbra que a obrigação deva ser satisfeita nesta Comarca de
Campinas, razão pela qual reputo como abusiva a cláusula de foro de eleição, nos termos do art. 63 § 3º do
CPC. Nesse sentido, já decidiu o E. TJSP: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação de rescisão de contrato
cumulada com pedidos indenizatórios. Compromisso de compra e venda. Bem imóvel. Decisão que reconhece
a nulidade de cláusula de eleição de foro e determina a remessa dos autos do processo ao juízo competente.
Inconformismo da parte ré. Competência. Foro de eleição. Artigo 63, §3º, do Código de Processo Civil.
Competência que pode ser declinada de ofício antes mesmo da citação. Ausência de violação do contraditório,
já que seu exercício é apenas diferido.Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor. Agravado com
domicílio em São Paulo, cidade localizada a mais de 430Km (quatrocentos e trinta quilômetros) de distância
daquela eleita pra dirimir os conflitos de interesses envolvendo o contrato firmado pelas partes. Evidente
prejuízo aos interesses do consumidor em razão de sua manifestavulnerabilidade. Facilitação da defesa de
interesses. Decisão mantida. Recurso desprovido.(Agravo de Instrumento nº 2265082-28.2021.8.26.0000 27ª
Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Rogério Murillo Pereira Cimino, J. Em 29.04.2022). Ante o exposto,
declino de minha competência e determino a redistribuição da presente à Comarca de São Paulo/SP, sede da
ré. Com o trânsito desta decisão, encaminhem-se os autos ao cartório do distribuidor. Intime-se."

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL BARROSO FONTELLES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 17/08/2022 às 18:28 , sob o número WCAS22704092729
fls. 59
EXMO. DR. SR. JUIZ DE DIREITO DA 3° VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS - ESTADO
DE SÃO PAULO
Ref.: Processo nº 1035473-13.2022.8.26.0114
MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., devidamente qualificada

nos autos do processo em referência, vem, por seus advogados, manifestar ciência da
decisão que declarou a incompetência do foro de Campinas - SP para julgar o caso em
questão, com o declínio da competência para a Comarca de São Paulo - SP, onde os autos
deverão ser redistribuídos para regular prosseguimento.

Do Rio de Janeiro para São Paulo, 17 de agosto de 2022

FELIPE DE MELO FONTE RAFAEL BARROSO FONTELLES

1
fls. 60

COMARCA de Campinas
FORO DE CAMPINAS
3ª VARA CÍVEL
AVENIDA FRANCISCO XAVIER DE ARRUDA CAMARGO, 300,
SALA 38/39, JARDIM SANTANA - CEP 13088-901, FONE: (19)
3756-3648, CAMPINAS-SP - E-MAIL: CAMPINAS3CV@TJSP.JUS.BR
CERTIDÃO
Processo n°: 1035473-13.2022.8.26.0114

Classe – Assunto: Procedimento Comum Cível - Pagamento
CERTIDÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDA REZENDE NEVES, liberado nos autos em 09/09/2022 às 14:12 .
Certifico e dou fé que na data de 30/08/2022 a r. decisão retro transitou em
julgado. Campinas, 09 de setembro de 2022. Eu, ___, FERNANDA
REZENDE NEVES, Escrevente Técnico Judiciário.
FERNANDA REZENDE NEVES

fls. 61

COMARCA DE CAMPINAS
FORO DE CAMPINAS
3ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCC4DFA.
CERTIDÃO
Processo Digital n°: 1035473-13.2022.8.26.0114

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDA REZENDE NEVES, liberado nos autos em 09/09/2022 às 14:14 .
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, nesta data, cumpri a determinação retro. Nada Mais.
Campinas, 09 de setembro de 2022. Eu, ___, FERNANDA REZENDE
NEVES, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 62

COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº, 9º andar - salas nº 905 e 913, Centro - CEP 01501-
900, Fone: 2171-6165, São Paulo-SP - E-mail: sp21cv@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCF1560.
DECISÃO

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Márcio Teixeira Laranjo
Vistos.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCIO TEIXEIRA LARANJO, liberado nos autos em 12/09/2022 às 16:59 .
Recebo o feito nesta data, reputando-me competente.
Deixo de designar a audiência prevista no artigo 334 do Código de Processo Civil,
providência que se revelaria contrária ao princípio da celeridade e economia processual, máxime
pelo volume de ações distribuídas diariamente neste Foro Central.
Ademais, o setor apropriado deste Fórum não é dotado de recursos materiais e
humanos suficientes para atender à grande demanda de feitos cíveis do Foro Central, considerando
serem 45 Varas Cíveis, com dois magistrados em cada, e distribuição de mais de duzentos
processos por mês.
Inexiste prejuízo na supressão do ato initio litis, tendo em vista que a audiência de
conciliação pode ser realizada a qualquer momento, havendo interesse das partes.
Devendo este juízo zelar pela rápida solução da lide e evidenciada a inexistência de
recursos estruturais compatíveis, fica dispensada a audiência de conciliação preliminar.
Cite-se a parte ré, por carta, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias,
nos termos do artigo 335, III, CPC.
A presente citação é acompanhada de senha para acesso ao processo digital, que
contém a íntegra da petição inicial e dos documentos. Tratando-se de processo eletrônico, em
prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício da faculdade
prevista no artigo 340 do CPC.
Intime-se.
São Paulo, 12 de setembro de 2022.

fls. 63

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº - São Paulo-SP - CEP 01501-900
CARTA DE CITAÇÃO - RITO COMUM – PROCESSO DIGITAL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DCF3F66.
Destinatário:
Laboratório Cura - Centro de Ultrassonografia e Radiologia Ltda
Brigadeiro Luis Antonio, 4469, Jardim Paulista
São Paulo-SP
CEP 01401-001
Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo
o conteúdo da petição inicial e da decisão, disponibilizadas na internet.
ADVERTÊNCIA / PRAZO PARA DEFESA: Nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil, se o réu não contestar
a ação, no prazo de 15 dias úteis, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor, ficando, ainda, ciente de que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante que esta citação se efetivou.
OBSERVAÇÃO: 1- Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão
que determina a citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São
Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006)
que desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico.
2- Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício
da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. São Paulo, 12 de setembro de 2022. Márcio Teixeira Laranjo - Juiz de Direito.
fls. 64
TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 13/09/2022 05:12

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DD017B9.
Advogado Forma
Teor do ato: "Vistos. Recebo o feito nesta data, reputando-me competente. Deixo de designar a
audiência prevista no artigo 334 do Código de Processo Civil, providência que se revelaria contrária ao
princípio da celeridade e economia processual, máxime pelo volume de ações distribuídas diariamente neste
Foro Central. Ademais, o setor apropriado deste Fórum não é dotado de recursos materiais e humanos
suficientes para atender à grande demanda de feitos cíveis do Foro Central, considerando serem 45 Varas
Cíveis, com dois magistrados em cada, e distribuição de mais de duzentos processos por mês. Inexiste
prejuízo na supressão do ato initio litis, tendo em vista que a audiência de conciliação pode ser realizada a
qualquer momento, havendo interesse das partes. Devendo este juízo zelar pela rápida solução da lide e
evidenciada a inexistência de recursos estruturais compatíveis, fica dispensada a audiência de conciliação
preliminar. Cite-se a parte ré, por carta, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do
artigo 335, III, CPC. A presente citação é acompanhada de senha para acesso ao processo digital, que
contém a íntegra da petição inicial e dos documentos. Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às
regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício da faculdade prevista no artigo 340
do CPC. Intime-se."
São Paulo, 13 de setembro de 2022.

fls. 65

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DD27878.
Advogado
Teor do ato: "Vistos. Recebo o feito nesta data, reputando-me competente. Deixo de designar a
audiência prevista no artigo 334 do Código de Processo Civil, providência que se revelaria contrária ao
princípio da celeridade e economia processual, máxime pelo volume de ações distribuídas diariamente neste
Foro Central. Ademais, o setor apropriado deste Fórum não é dotado de recursos materiais e humanos
suficientes para atender à grande demanda de feitos cíveis do Foro Central, considerando serem 45 Varas
Cíveis, com dois magistrados em cada, e distribuição de mais de duzentos processos por mês. Inexiste
prejuízo na supressão do ato initio litis, tendo em vista que a audiência de conciliação pode ser realizada a
qualquer momento, havendo interesse das partes. Devendo este juízo zelar pela rápida solução da lide e
evidenciada a inexistência de recursos estruturais compatíveis, fica dispensada a audiência de conciliação
preliminar. Cite-se a parte ré, por carta, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do
artigo 335, III, CPC. A presente citação é acompanhada de senha para acesso ao processo digital, que
contém a íntegra da petição inicial e dos documentos. Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às
regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício da faculdade prevista no artigo 340
do CPC. Intime-se."
SÃO PAULO, 14 de setembro de 2022.

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL BARROSO FONTELLES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 19/09/2022 às 20:20 , sob o número WJMJ22416565400
fls. 66
EXMO. DR. SR. JUIZ DE DIREITO DA 21a VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO - ESTADO
DE SÃO PAULO.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DDD8336.
Ref.: Processo nº 1035473-13.2022.8.26.0114

nos autos do processo em referência, vem, por seus advogados, tempestivamente1,
manifestar ciência do despacho proferido em fls. 62, o qual (i) deixou de designar a audiência
prévia de conciliação ou mediação, que pode ser requerida a qualquer momento pelas
partes, havendo interesse, bem como (ii) determinou a citação da parte ré, por carta, para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do artigo 335, III, do Código de
Processo Civil, sob pena de revelia.

Do Rio de Janeiro para São Paulo, 19 de setembro de 2022

IRAPUÃ SANTANA RAFAEL BARROSO FONTELLES

1
Cf. certidão de fls. 65, o despacho de fls. 62 foi disponibilizado no Diário de Justiça Eletrônico em 14/09/2022,
considerando-se a data de publicação em 15/09/2022, primeiro dia útil subsequente à data de disponibilização.
Portanto, tempestiva a presente manifestação, apresentada no prazo do art. 218, § 3º, do Código de Processo
Civil.
fls. 67
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por v-post.correios.com.br, liberado nos autos em 22/09/2022 às 09:15 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código DE385EC.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CAIO CESAR SANTOS DE SANTANA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/10/2022 às 13:45 , sob o número WJMJ22418355373
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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 21ª VARA CÍVEL DA
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E0CE49D.
COMARCA DE SÃO PAULO/SP
PROCESSO N. 1035473-13.2022.8.26.0114 (AÇÃO DE COBRANÇA)
CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A., sociedade

anônima de capital fechado, inscrita no CNPJ sob n. 50.252.998/0001-90; com endereço à
Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 4.469, São Paulo/SP, CEP: 01.401-022, neste ato
representada pelos seus procuradores devidamente constituídos e infrafirmados (Doc. 01),
vem, mui respeitosamente, com fulcro no art. 335, caput do CPC, oferecer
CONTESTAÇÃO
em face da pretensão deduzida por MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., já qualificada
1
no presente caderno processual, invocando, para tanto, os motivos de fato e de direito a
seguir delineados.
1. QUESTÕES PRELIMINARES.
1.1. VÍCIO DE REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL.
O art. 105 do CPC dispõe sobre a necessidade de constar nos autos instrumento
de procuração, assinado, habilitando o(s) advogado(s) a praticar atos no processo. O ART. 337,
INCISO IX DO CPC trata da necessidade de a parte ré, antes de adentrar o mérito, alegar o
defeito na representação.
No caso em análise, verifica-se a ausência de assinatura (física ou digital) no

instrumento de procuração aposto à fl. 19 destes autos. Confira-se:
Av. Tancredo Neves, 620, Edf. Mundo Plaza, salas 2401 a 2421, Caminho das Árvores
CEP: 41.820-020 | Salvador -BA | Tel.: 71 3176-4173
São Paulo-SP | Rio de Janeiro-RJ | Salvador-BA | Recife-PE | Aracaju-SE | Ilhéus-BA | Uberaba-MG | Belo Horizonte-MG
www.pessoaepessoa.com.br
.
fls. 69
Diante disso, requer-se, com base no art. 76, caput do CPC, que seja suspenso o
processo por prazo máximo de 05 (cinco) dias a fim de que possa ser sanado o vício e, se
descumprida a determinação judicial, pugna-se pela extinção do feito, sem julgamento do
mérito, nos termos do ART. 76, §1°, INCISO I DO CPC.
1.2. DA TEMPESTIVIDADE.
O AR positivo de citação foi juntado em 22.09.2022 (quinta-feira) (fl. 67), sendo o

dia útil subsequente, 23.09.2022 (sexta-feira), o dies a quo do prazo para a apresentação da
defesa pela ré. Considerando que o dia 12.10.2022 (quarta-feira) é um feriado nacional, 2
alcança-se o dies ad quem em 14.10.2022 (sexta-feira). Assim sendo, é inquestionável a

tempestividade da presente contestação.
2. DOS FATOS.
Trata-se a presente de ação de cobrança ajuizada por Medivax Indústria e

Comércio Ltda. (“Medivax”), em face de Cura – Centro De Ultrassonografia e Radiologia S.A.
(“Cura”), com o fim de ver satisfeita suposta dívida no valor de R$85.981,46 (oitenta e cinco
mil, novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos), oriunda de (inexistente)
contrato de locação de equipamentos.
Referida cobrança se fundamenta em suposto aceite de proposta comercial

enviada à preposta do Cura, Sra. Viviane Cardoso, que, segundo a autora, teria concordado
com o preço da avença. Mas, conforme será abaixo demonstrado, tais alegações não
.
fls. 70
prosperam, na medida em que o Cura jamais contratou o aluguel de qualquer equipamento,
como tenta fazer crer a Medivax.
Com efeito, existiu um ajuste financeiro entre as partes desta lide, mas,
exclusivamente, relacionado à compra de material (kits de reagentes) para dosagens
laboratoriais. Tal compra foi devidamente paga pela demandada e não é objeto deste
processo (Doc. 03). Quanto ao equipamento objeto da ação (Caris Standard), este, em
verdade, foi fornecido pela autora a título de comodato, isto para criar um atrativo à compra
dos insumos, como é comum no mercado (vide exemplos de contratos anexos – Docs. 04 e
05).
Tanto é assim que apenas ao cessarem os pedidos de compra dos referidos

insumos por esta contestante, em manifesto agir de má-fé, a demandante move a presente
ação de cobrança de aluguéis de equipamento, sem apresentar qualquer prova de existência
do suposto contrato que demonstre relação jurídica com a ré. É dizer: em que pese a
3
afirmação no sentido de que o Cura teria concordado com o pagamento mensal do aluguel
do Caris Standard, curiosamente, as referidas parcelas não foram cobradas no período de 36
(trinta e seis) meses em que se repetiram em sucessão às compras dos insumos.
A razão é apenas uma, Excelência: nunca foi contratado o aluguel do

equipamento, mas apenas o fornecimento dos kits de reagentes. Isso pode ser confirmado a
partir da análise da troca de e-mails juntada pela própria autora, na qual fica claro que a
proposta com a qual Sra. Viviane concordou foi justamente relacionada à compra dos kits. Em
momento nenhum houve referência à locação do equipamento, mas apenas à sua instalação,
que, como dito, seria disponibilizado por comodato.
Outra demonstração do quão inverídicas são as alegações da autora, é que,

conquanto seja cobrado nesta lide o montante de R$85.981,46 (oitenta e cinco mil,
novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos), a autora declarou, tanto à
.
fls. 71
transportadora quanto à seguradora (Docs. 6 e 7 – fls. 35 e 37), o valor de R$6.392,22 (seis
mil, trezentos e noventa e dois reais e vinte e dois centavos) pelo equipamento.
Ora, qual seria a lógica de ajustar um aluguel de R$1.700,00/mês, durante 36

(trinta e seis) meses para uso de um aparelho cujo custo total seria coberto em pouco mais
de 03 (três) meses de aluguel? Tal fato demonstra, por ainda um outro ângulo, que a
alegada avença, ilógica, jamais existiu.
Além disso, da análise dos comprovantes de pagamento que acompanham essa

peça de contestação, se vê que o Cura sempre desembolsou altas quantias pela compra dos
reagentes, quantias estas que justificavam a utilização do equipamento por comodato, bem
como demonstram que a ré não teria razões para não cumprir com a obrigação de pagar
aluguel, se existisse.
Na sequência, demonstra-se as razões de direito que impedem o deferimento de

4
qualquer dos pedidos feitos pela Medivax.
3. DO DIREITO.
3.1. DA INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA ENSEJADORA DA COBRANÇA DOS

VALORES COBRADOS.
Conforme adiantado no tópico antecedente, nunca houve tratativas sobre aluguel

de equipamento. Apenas foi negociada a compra de insumos, sendo fornecido o
equipamento, repise-se, em comodato, como atrativo para a compra dos kits de produtos
fornecidos pela autora.
Em outras palavras, a única relação jurídica firmada entre o Cura e a Medivax dizia
respeito ao fornecimento de produtos pela autora à ré, cujo uso (dos produtos) dependia da
.
fls. 72
utilização do Caris Standard, o que se dava de forma gratuita enquanto o Cura realizasse a
compra dos kits.
O ART. 373, INCISO I DO CPC1 determina caber à parte autora desincumbir-se do

ônus de comprovar os fatos constitutivos de seu direito. Ou seja, um mínimo requisito para
se trazer a Juízo uma questão controvertida é a apresentação de alguma prova dos fatos
constitutivos do direito alegado. Mas as fartas alegações inverídicas da autora não se
encontram lastreadas por qualquer prova.
Em clara tentativa de confundir este d. Juízo, os documentos que a demandante

indica como provas dizem respeito apenas às negociações de compra dos insumos, sem
nada tratar sobre aluguel de equipamento. Não foram comprovados, nem mesmo
minimamente, os fatos constitutivos do direito invocado e, ainda, os documentos acostados
não se prestam a lastrear a procedência dos pedidos.
5
A parte autora afirma haver enviado proposta de locação do equipamento Caris
Standard (fl. 2) à esta contestante, mas nem mesmo trouxe aos autos a tal proposta. Há
apenas uma cadeia de e-mails em que faz a menção a este envio, mas nada que demonstre
que, efetivamente, existiu algo relacionado à proposta do aluguel do equipamento.
O instrumento negocial acostado, que a parte autora pretende utilizar como

prova da avença, é um “contrato em branco”, sem preenchimento, nem mesmo dos dados
mais básicos do contratante, e sem sequer haver sido aposta qualquer assinatura naquele
“documento”, seja da contratante, da contratada ou das testemunhas; não se prestando,
portanto, como prova de qualquer negociação (Doc. 4 - fls. 24 a 29). Confira-se:
1 Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
.
fls. 73
6
Além disso, acostou uma cadeia de e-mails onde as únicas cifras tratadas são
referentes ao preço dos insumos efetivamente adquiridos, já devidamente pagos (Doc. 02).
Naquelas mensagens quando há referência ao equipamento Caris Standard, apenas trata da
sua instalação na empresa ré, isto porque havia sido fornecido em comodato, razão pela
qual, também naqueles e-mails, sequer se discute custas relacionadas a aluguel. Veja-se:
.
fls. 74
O e-mail acima somente ratifica as informações no sentido de que as tratativas
diziam respeito apenas aos insumos efetivamente contratados e pagos pela ré. Repita-se: não
consta dos autos qualquer elemento que comprove que o Cura, em algum momento, anuiu
com o aluguel do Caris Standard.
Os documentos relativos ao referido equipamento, trazidos pela Medivax, 7

resumem-se ao seguro e à nota fiscal para fins de transporte, ambos produzidos
unilateralmente. Tais documentos não têm o condão de demonstrar existência de dívida em
relação a esta ré. Em verdade, não se prestam a comprovar qualquer dívida.
A referida nota fiscal e a declaração para fins de seguro do transporte, por óbvio,
não se prestam como prova de qualquer negociação que diga respeito a aluguel de
equipamento, devendo, portanto, ser totalmente desconsiderados, in casu, como meio de
prova da suposta dívida objeto desta lide.
Sendo assim, não assiste razão à autora ao proceder com a cobrança da absurda
quantia objeto da lide sem sequer comprovar a existência da relação jurídica defendida.
Nesse sentido, veja-se a jurisprudência dos tribunais pátrios:
EMENTA: APELAÇÃO CIVIL - AÇÃO DE COBRANÇA - VENDA E COMPRA DE

SEMOVENTES - CONTRATAÇÃO NÃO ADMITIDA PELO REQUERIDO-
.
fls. 75
NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO INEQUÍVOCA DA RELAÇÃO JURÍDICA E

DO DÉBITO - ÔNUS DA PARTE AUTORA - DESCUMPRIMENTO -
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO - MANUTENÇÃO. - Nos termos do art. 373, I,
do Código de Processo Civil, o ônus da prova compete à parte Autora, no
que tange aos fatos constitutivos do seu direito - Na Cobrança fundada em
alegado inadimplemento por aquisição de semoventes, sendo negada a
realização do negócio pelo litigante Requerido, cabe à Requerente a
demonstração inequívoca da existência da relação jurídica e do débito. (TJ-
MG - AC: 10479120216391003 MG, Relator: Roberto Vasconcellos, Data de
Julgamento: 02/05/2019, Data de Publicação: 14/05/2019). [grifos aditados]
APELAÇÃO. COMPRA E VENDA. [...] Autor que não se desincumbiu de seu

ônus probatório, nos termos do artigo 373, inciso I, do CPC. Imperativo do
próprio interesse não observado. Parte que deve colher as consequências
processuais provenientes da inobservância aos encargos probatórios
preestabelecidos. Sentença mantida. Recurso não provido. (TJ-SP - AC:
10004556520218260210 SP 1000455-65.2021.8.26.0210, Relator: Ana Lucia
Romanhole Martucci, Data de Julgamento: 15/08/2022, 33ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 16/08/2022). [grifos aditados]
APELAÇÃO. AÇÃO MONITÓRIA. ÔNUS DA PROVA. AUSÊNCIA DE PROVA DO

FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR. AUSÊNCIA DE PROVA DA
DÍVIDA. AUSÊNCIA DE PROVA DA RENEGOCIAÇÃO. A parte autora, ora
apelada, juntou documentação que pretendia usar como prova da existência 8
da dívida e da renegociação, que, todavia, não deve ser considerada como
válida, uma vez que a apresentação de tabelas e telas de seu próprio
sistema informatizado, desacompanhadas de quaisquer outras evidências
acerca da formalização da negociação entre as partes, não é suficiente para
comprovar a sua existência, mesmo porque, tais documentos foram
produzidos de forma unilateral. TJ-MG - AC: 10000206017477001 MG,
Relator: Rogério Medeiros, Data de Julgamento: 15/04/2021, Câmaras Cíveis
/ 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 16/04/2021. [Grifos aditados]
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA - COMPROVAÇÃO DO

VALOR TOTAL DA DÍVIDA - ÔNUS DA PROVA DO AUTOR - ART. 373, I DO CPC
- AUSÊNCIA DE PROVA DO VALOR REMANESCENTE - INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS - IMPOSSIBILIDADE. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
COBRANÇA - COMPROVAÇÃO DO VALOR TOTAL DA DÍVIDA - ÔNUS DA
PROVA DO AUTOR - ART. 373, I DO CPC - AUSÊNCIA DE PROVA DO VALOR
REMANESCENTE - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - IMPOSSIBILIDADE
VALOR TOTAL DA DÍVIDA - ÔNUS DA PROVA DO AUTOR - ART. 373, I DO
CPC - AUSÊNCIA DE PROVA DO VALOR REMANESCENTE - INDENIZAÇÃO POR
REMANESCENTE -- INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - IMPOSSIBILIDADE -
.
fls. 76
Incumbe ao autor o ônus da prova quanto ao fato constitutivo de seu

direito, nos termos do art. 373, I do CPC - Não havendo prova dos termos
da negociação e do valor devido à parte autora, deve ser julgado
improcedente o pedido inicial - Descabido pleito de indenização por danos
morais, uma vez que os aborrecimentos ficaram limitados à indignação da
pessoa, sem qualquer repercussão no mundo exterior. (TJ-MG - AC:
10000190471235001 MG, Relator: Marco Aurelio Ferenzini, Data de
Julgamento: 22/08/2019, Data de Publicação: 23/08/2019) [grifos aditados]
Efetivamente, não existe nos autos qualquer prova de que esta ré tenha
negociado a contratação de locação de equipamento com a autora. O único serviço
contratado – e devidamente adimplido – foi o fornecimento de kits de reagentes, conforme
os e-mails juntados pela própria Medivax.
Válido registrar, por fim, que tanto não existe prova ou meio de comprovar o
inexistente acerto quanto à locação de equipamentos, que a parte autora utiliza extensa
argumentação no sentido de que é possível comprovar o débito por um mero aceite por e-
mail (que, nesse caso, também não existiu). Utiliza, para fundamentar essa argumentação
9
descabida, a decisão proferida nos autos do agravo de instrumento n. 2051456-
23.2021.8.26.0000, caso completamente distinto da situação em análise.
Naquela ocasião, a 13ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São

Paulo mitigou a formalidade relacionada à falta de assinatura de uma das testemunhas de
contrato firmado entre as partes litigantes, por haver, nos autos, outros meios hábeis a
comprovar a existência do ajuste entre as partes. Naquele caso, de fato, existia uma farta
troca de e-mails, notas fiscais relacionadas ao objeto da controvérsia, além de um contrato
com assinatura das partes – apenas com a ausência de uma das duas testemunhas –, dentre
outros elementos.
Apenas por essa razão – pela fartura das provas carreadas à ação de execução de
título extrajudicial de origem – foi reconhecida a troca de e-mails como um dos meios
suficientes à comprovação da relação, isso em conjunto com outros documentos. No presente
caso, por outro lado, inexiste qualquer elemento que vincule a ré à locação do equipamento
.
fls. 77
afirmada pela autora. Não é demais repetir que as únicas provas juntadas aos autos apenas
evidenciam a contratação do fornecimento de insumos que não é objeto da presente ação.
Diante disso, não havendo a autora se desincumbido do ônus da prova no

tocante a pacto sobre aluguel de equipamento que, alegadamente, teria feito com esta ré,
tampouco havendo provas do valor ajustado entre as partes para pagamento do aluguel
reivindicado, não há como se falar de dívida e, muito menos, realizar tal cobrança.
Impõe-se, portanto, a improcedência dos pedidos carreados pela autora nestes

autos, ante a manifesta ausência de relação jurídica quanto à locação do equipamento Caris
Standard. O que, desde já, se requer.
4. SUBSIDIARIAMENTE. DA OCORRÊNCIA DE SUPRESSIO.
Caso não entenda este d. Juízo pela inexistência de relação jurídica e, portanto,
10
pela inexistência de qualquer dívida de aluguel não adimplida pela ré, o que
verdadeiramente não se espera, requer-se, subsidiariamente, que seja observada a
incidência da supressio.
A supressio torna possível a diminuição da obrigação pela inatividade de uma

das partes, ao longo da execução do contrato, em exercer direito ou faculdade, criando,
para a outra parte, a justa expectativa de que tenha ocorrido renúncia ao direito.
No Recurso Especial n. 1879503, a relatora, Ministra Nancy Andrighi, explica

que, segundo o princípio da responsabilidade pela confiança – uma das vertentes da boa-fé
objetiva –, aquele que origina a confiança de alguém deve responder, em certas
circunstâncias, pelos danos causados. A magistrada cita como exemplo de responsabilidade
pela confiança a supressio – entendida como um "não exercício abusivo do direito"–, que
indica a possibilidade de se considerar suprimida determinada obrigação contratual na
.
fls. 78
hipótese em que o credor, por não a exigir, fizer surgir no devedor a legítima expectativa
de que essa supressão se prorrogará no tempo.
Logo, apenas em respeito ao princípio da concentração de defesa (ART. 336 DO

CPC), ainda que houvesse sido feita tal avença, o que se nega veementemente, houve
confissão da parte autora, em sua peça vestibular, sobre a sucessão de 36 (trinta e seis) meses
sem pagamento e sem que houvesse oposição ou cobrança, apenas usufruindo das sucessivas
aquisições dos insumos para a realização dos testes. Veja-se exemplo na jurisprudência:
ARRENDAMENTO DE ÁREA RURAL. DESPEJO C/C COBRANÇA. Cerceamento

de defesa. Inocorrência prova exclusivamente técnica e contemporânea à
época dos fatos que deixou de ser realizada. Ônus da arrendante do qual
não se desincumbiu (art. 373, I, do CPC). Exigência inoportuna da autora
de aluguel por uso de equipamentos, nunca antes pleiteado. Princípio da
boa-fé e aplicação do instituto da "supressio". [...] (TJ-SP - AC:
10016547120168260025 SP 1001654-71.2016.8.26.0025, Relator: Alfredo
Attié, Data de Julgamento: 19/07/2019, 27ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 19/07/2019). [Grifos aditados]
11
A intenção da autora de cobrar, retroativamente, taxas de aluguel nunca

contratadas e às quais nunca fez menção, esbarra nesta figura parcelar do princípio da boa-
fé objetiva, a supressio, que se quer aqui reconhecida e aplicada.
Tudo isto posto, demonstrada, também sob este aspecto, a improcedência do

pleito autoral, requer-se indeferida a cobrança de valores relativos à dívida de aluguel
demandada nesta lide.
5. SUBSIDIARIAMENTE. DA IRRAZOABILIDADE DOS VALORES COBRADOS A TÍTULO DE

ALUGUEL DO EQUIPAMENTO.
Como veementemente demonstrado, nunca houve contratação de aluguel de

equipamento com a autora por parte desta ré. No entanto, apenas como exercício do
.
fls. 79
princípio da concentração da defesa, contesta-se o valor exorbitante que jamais foi
negociado, mas que é cobrado desta ré.
A autora declarou, tanto à transportadora quanto à seguradora (Docs. 6 e 7 –

fls. 35 e 37), que o equipamento, alegadamente alugado, tem o valor de R$6.392,22 (seis
mil, trezentos e noventa e dois reais e vinte e dois centavos). Não é preciso muito esforço
para verificar a exorbitância de alugar tal equipamento pelo valor de R$1.700,00/mês,
especialmente quando não se foi previamente ajustado. Isto porque, em apenas pouco mais
de 03 (três) meses de aluguel, teria sido pago o valor total do equipamento.
Assim, se decidido por este d. Juízo pela existência de qualquer dívida desta ré
em relação a aluguel do referido equipamento, requer-se, em atenção aos princípios da
razoabilidade e proporcionalidade, que seja ajustado o valor do aluguel ao importe máximo
de R$177,60/mês (cento e setenta e sete reais e sessenta centavos mensais), montante
que, ao fim dos 36 (trinta e seis) meses, teria sido o suficiente para pagar um equipamento
12
novo à demandante.
6. DA IMPUGNAÇÃO DOS DOCUMENTOS ACOSTADOS.
Impugna-se os documentos adunados à peça vestibular, inservíveis como prova

acostados, pelos motivos a seguir:
(i) FL. 30. Trata-se de uma lista de kits de reagentes com fabricantes e preços e
esta lide trata de aluguel de um equipamento específico, não presente naquela
lista, de modo que não serve como prova de qualquer alegação constante na
inicial.
(ii) FL. 32-33. Trata-se de uma cadeia de mensagens supostamente trocadas entre
representantes da Medivax, contendo também uma representante do Cura,
tendo, como conteúdo, propostas de preços exclusivamente para os kits de
.
fls. 80
imunofluorescência, enviadas para validação, alguns deles reduzidos, em
promoção (“bonificados”). Na sequência, foi dado o “de acordo” em resposta ao
e-mail que continha especificamente em uma proposta de preços dos kits de
reagentes. Sobre o equipamento (“Caris Standard”) fornecido pela Medivax em
comodato, há menção apenas à autorização, citada por terceiros, para
entrega/instalação da máquina nas dependências do Cura. Em nenhum momento
da referida cadeia de e-mails trata-se de custos para venda ou uso do
equipamento, sendo apenas negociados os preços dos kits de reagentes. Nada se
trata nestes documentos sobre locação e, muito menos, preço de locação do
referido equipamento.
(iii) FL. 35. Trata-se de DANFE (Documento Auxiliar de Nota Fiscal), com natureza
de Remessa de Ativo em (Poder de) Terceiro, supostamente produzida e emitida,
unilateralmente, pela Medivax com data em 26.09.2018. Tem como objeto um
produto denominado “Caris Standard Sπries:2158”. O valor total declarado do
13
equipamento é de R$6.392,22 (seis mil, trezentos e noventa e dois reais e vinte e
dois centavos). Observe-se que, naquele formulário, sequer consta qualquer
assinatura de recebimento do equipamento no destino, estando este campo em
branco (sem preenchimento) no topo do DANFE.
(iv) FL. 37. Trata-se de “Minuta de Transporte de Carga”, supostamente referente

ao Equipamento “Caris Standard”, já que o documento foi aposto pela autora
nestes autos, onde consta que a carga foi segurada pela Tokio Marine no valor de
R$6.392,22 (seis mil, trezentos e noventa e dois reais, vinte e dois centavos), tal
como declarado, pela empresa autora.
(v) FL. 39-42. Trata-se de Notificação Extrajudicial promovida pela Medivax, em

face do Cura, formalizando cobrança de um suposto serviço de locação ao preço
de R$1.700,00 (hum mil e setecentos reais) mensais, totalizando um montante de
R$61.200,00 (sessenta e um mil e duzentos reais), pelo uso de um aparelho cujo
.
fls. 81
valor, conforme ela própria declarou, correspondia a R$6.392,22 (seis mil,
trezentos e noventa e dois reais, vinte e dois centavos).
(vi) FL. 44 A 47. Trata-se de contranotificação extrajudicial em que esta

contestante, então notificada, declara não reconhecer a dívida alegada, confirma
que não celebrou contrato de locação do equipamento, nem anuiu nesse sentido,
confirmando que as tratativas e a avença feitas disseram respeito sempre e
apenas aos kits de reagentes. Acrescenta que o equipamento foi fornecido em
regime de comodato, ficando alocado nas suas dependências.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PEDIDOS.
Havendo sido demonstrada a total falta de fundamentos ou provas necessários

para manejar a presente ação de cobrança, referente a supostas custas de aluguel de um
equipamento que, em verdade, foi fornecido a título de comodato, requer-se que:
14
a) seja suspenso o processo por um prazo máximo de 5 (cinco) dias a fim de que
possa ser sanado o vício de representação apontado e, caso seja descumprida a
determinação judicial, pugna-se pela extinção do feito, sem julgamento do
mérito, tudo com fulcro no dispositivo contido no ART. 76, CAPUT e § 1°, INCISO I DO
CPC;
b) seja declarada a improcedência dos pedidos formulados pela parte autora na

peça exordial, em razão da ausência de provas que demonstrem a existência de
relação jurídica entres as partes, condenando-a ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios, estes no importe de 10% (dez por cento)
do valor atualizado da causa, conforme disposto no ART. 85 PARÁGRAFO 2° DO CPC;
c) subsidiariamente, caso seja desconsiderada a total ausência de prova do

quanto alegado na inicial e entendido pela existência da dívida, o que de modo
.
fls. 82
algum se espera, reconheça este d. Juízo a incidência do supressio, e a
consequente impossibilidade de cobrança desta dívida, pelo não exercício deste
direito por longos 36 (trinta e seis) meses;
d) ainda, subsidiariamente, caso decida este d. Juízo pela existência da obrigação

de arcar com o pagamento do aluguel a despeito da inexistência de provas da
existência deste negócio jurídico, considere a adequação da mensalidade do
aluguel para 1/36 avos do preço do equipamento, ou seja, R$177,60/mês (cento
e setenta e sete reais e sessenta centavos mensais), quantia que seria suficiente
para, ao fim de 36 (trinta e seis) meses, custear um aparelho novo;
e) por fim, que todas as intimações sejam direcionadas ao BEL. DIEGO

MONTENEGRO, regularmente inscrito na OAB/BA sob N. 23.807, SOB PENA DE
NULIDADE.
Oportunamente, manifesta ciência do despacho proferido à fl. 62 e, por fim, 15
protesta esta contestante provar o alegado, por todos os meios em direito admitidos, em
especial a realização de perícia, a oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas, a
juntada posterior de documentos em prova e contraprova e, sob pena de confissão, o
depoimento de representante da parte autora.
Termos em que, pede e espera deferimento.

Salvador/BA, 14 de outubro de 2022.
JOBERTO ACIOLI CAIO SANTANA DIEGO MONTENEGRO

OAB/BA 54.681 OAB/BA 61.311 OAB/BA 23.807
.
fls. 83
PROCURAÇÃO
CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A., sociedade anônima de
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E0CE4A1.
capital fechado, inscrita no CNPJ sob n. 50.252.998/0001-90; com endereço à Avenida
Brigadeiro Luís Antônio, 4.469, São Paulo/SP, CEP: 01.401-022, neste ato representada
por seu Diretor Presidente, CARLOS EDUARDO PORTO DA COSTA FIGUEIREDO,
brasileiro, administrador, portador da cédula de identidade RG n.º 63.045.397-4 SSP/SP,
inscrito no CPF/MF sob o n.º 031.219.167-77, em conjunto com o seu Diretor
Financeiro, TIAGO DE CERQUEIRA SOUZA, brasileiro, administrador, portador da cédula
de identidade RG nº 32.154.489-4 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 008.182.205-70,
ambos residentes e domiciliados nesta capital, com endereço comercial na Avenida
Brigadeiro Luís Antônio, n. 4.531, Bela Vista, CEP. 01.401-002, São Paulo/SP, nomeia e
constitui como seus procuradores, os advogados DIEGO MONTENEGRO (OAB/BA N.
23.807), CAIO SANTANA (OAB/BA N. 61.311), ADRIANA MAGALHÃES (OAB/BA N.
44.183), LUISA DE LEO RODRIGUES DA GUARDA (OAB/BA N. 62.933), TACIANA SOUTO
(OAB/BA N. 67.694), ANA JÚLIA BRANDÃO (OAB/BA 68418) e JOBERTO ACIOLI (OAB/BA
54.681) e LAÍS PRADO SALVATORI (OAB/BA 47.683), todos com endereço profissional à
Av. Tancredo Neves, n. 620, Ed. Empresarial Mundo Plaza, sala 2416-2417, Caminho das
Árvores, Salvador/BA, CEP 41.820.020, outorgando-lhes, conjunta ou isoladamente,
independentemente da ordem de nomeação, os poderes gerais para o foro, inclusive os
especiais para transigir, acordar, firmar compromissos e desistir, estando, ainda,
autorizados a substabelecerem o mandato, com ou sem reserva de poderes,
especialmente no que diz respeito ao PROCESSO N. 1035473-13.2022.8.26.0114, Ação
de Cobrança ajuizada por MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., em trâmite na 21ª
VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP.
São Paulo/SP, 21 de setembro de 2022.
_______________________________________________________
CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A.
CNPJ sob n. 50.252.998/0001-90
fls. 84
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CAIO CESAR SANTOS DE SANTANA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/10/2022 às 13:45 , sob o número WJMJ22418355373 .
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.
fls. 98
Banco Itaú - Comprovante de Pagamento

TED C – outra titularidade
Identificação no extrato: SISPAG FORNECEDORES TED
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E0CE4B1.
Dados da conta debitada:
Nome: CURA CENTRO ULTRAS RAD LTDA
Agência: Conta corrente:
Dados da TED:
Nome do favorecido: MEDIVAX IND COM LTDA
CPF/CNPJ: 68814961000173
Número do banco, nome e ISPB: 033 - BANCO SANTANDER BANESPA S - ISPB 90400888
Agência: NITEROI-PRACA DO RIN
Conta corrente:
Valor da TED: R$ 5.903,52
Finalidade: PAGTO DE IMPOSTO TRIBUTO TAXAS
Informações fornecidas pelo pagador:
Controle: 399786853000019
TED solicitada em 01/04/2019 às 07:14:44 via Sispag.
Autenticação:
4DDB2CAF2C03EF77EAE1FC42D651D13D69900D74
Em caso de dúvidas, de posse do comprovante, contate seu gerente ou a Central no 40901685 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 7701685(demais
localidades). Reclamações, informações e cancelamentos: SAC 0800 728 0728, 24 horas por dia ouFale Conosco: www.itau.com.br/empresasSe não ficar satisfeito com
a solução, contate a Ouvidoria: 0800 570 0011, em dias úteis, das 9h às 18h. Deficiente auditivo/fala: 0800 722 1722 1
.
fls. 99

Dados da TED:
CPF/CNPJ: 68814961000173
Conta corrente:
Finalidade: PAGTO DE IMPOSTO TRIBUTO TAXAS
Controle: 799210072000011
Autenticação:
85A76AAD6E43577B357A75D64F4DFB7E86E52240
.
fls. 100

Dados da TED:
CPF/CNPJ: 68814961000173
Conta corrente:
Finalidade: PAGAMENTO A FORNECEDORES
Controle: 799059826000029
Autenticação:
1F232002FA38A35182FB8B7E66ED572180396951
.
fls. 101
Comprovante de pagamento de boleto

Dados da conta debitada / Pagador Final
Agência/conta: CPF/CNPJ: 50.252.998/0001-90 Empresa: CURA CENTRO ULTRAS RAD LTDA
Dados do pagamento
Identificação no meu comprovante:
23793 50008 90000 000001 06000 032703 3 80230000450384
Beneficiário: MEDIVAX INDUSTRIA E COMERCIO L CPF/CNPJ do beneficiário: Data de vencimento:

Razão Social: MEDIVAX INDUSTRIA E COMERCIO 68.814.961/0001-73 25/09/2019
Valor do boleto (R$);
4.503,84
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Pagador: CPF/CNPJ do pagador: (=) Valor do pagamento (R$):
CURA - CENTRO DE ULTRASSONOGRA 50.252.998/0001-90 4.503,84
Data de pagamento:
25/09/2019
Autenticação mecânica Pagamento realizado em espécie:
E38C05DEC7DEF10849DD2A13C3D1B6F514C570AA Não
Operação efetuada em 25/09/2019 às 14:59:51 via Sispag, CTRL 551566162000080.
.
fls. 102

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000001 47000 032707 9 80480000409952

4.099,52
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
21/10/2019
0C752CBAB8C2B1FCEEC884F9DCBB8891F6F1DB01 Não
.
fls. 103

Dados da TED:
Nome do favorecido: MEDIVAX
CPF/CNPJ: 68814961000173
Número do banco, nome e ISPB: - BCO SANTANDER (BRASIL) S - ISPB 90400888
Conta corrente:
Finalidade: CREDITO EM CONTA
Controle: 556241262000043
Autenticação:
1E7949042006D180019377FF4B60F8A3642D105E
.
fls. 104

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000027 71000 032707 6 81840000590352

5.903,52
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
04/03/2020
F61265456E98500161B9F401362CC5EBE63B7B38 Não
.
fls. 105

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000035 32000 032709 4 82410000599968

5.999,68
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
30/04/2020
124622BD780A5A34DF55F3AC3C889C25E97DC05A Não
.
fls. 106

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000050 80000 032708 5 86110000265000

2.650,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
05/05/2021
847820D67B01AC03ECA0C6A8FD1C333A93A180C6 Não
.
fls. 107

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000050 70000 032709 8 85860000675000

6.750,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
12/04/2021
B8794DAF8A56A6EC5AC90365690AB94D6CF7BF04 Não
.
fls. 108

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000068 28000 032707 3 87090000260000

2.600,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
11/08/2021
CC5258FA7781C4BF81CBDAC65CBFD8C69829EC1C Não
.
fls. 109

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000068 13000 032709 2 86810000680000

6.800,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
14/07/2021
ACBF81653B6CFABD5BA0B4C2A21C8C47061DBD55 Não
.
fls. 110

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000050 51000 032709 9 85580000805000

8.050,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
15/03/2021
46136A3074222B99138A546A34C94AE8ED28801E Não
.
fls. 111

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000068 45000 032701 6 87440000330000

3.300,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
15/09/2021
F81CB495B31D5DF4FAC7B646498E01899229E3FA Não
.
fls. 112

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000050 29000 032705 9 85020000135000

1.350,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
18/01/2021
8E118A6FC24EA49924F01AD91BCF2357AF5274B8 Não
.
fls. 113

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000019 85000 032707 8 81140000590352

5.903,52
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
26/12/2019
AAE0618852A11983F6DA05F713577214597DF80D Não
.
fls. 114

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000050 29000 032705 9 85020000135000

1.350,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
18/01/2021
8E118A6FC24EA49924F01AD91BCF2357AF5274B8 Não
.
fls. 115

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000050 17000 032700 4 84730000800000

8.000,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
18/12/2020
A4041B3CE5D8505B48F78FF8710A4D8DDADCBCED Não
.
fls. 116

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000068 82000 032704 1 88380000540000

5.400,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
20/12/2021
7D43926A679EDF6B1FFA3CD7462CD749BE4D5CAD Não
.
fls. 117

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000027 63000 032704 1 81700000659968

6.599,68
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
19/02/2020
093D07F65849E080EC01572C11F67C9B876E39D0 Não
.
fls. 118

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000043 17000 032700 3 83520000855352

8.553,52
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
19/08/2020
1C3E683A30C6ACC65B6925AEF9C7A83A9D5BA6C2 Não
.
fls. 119

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000001 37000 032708 9 80470000139968

1.399,68
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
21/10/2019
F45C1385A43BA6E9EB7BA4D21254F4BD584090EB Não
.
fls. 120

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000068 54000 032703 1 87800000540000

5.400,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
21/10/2021
26F983151F19487538C2B1277B239C342F54AD70 Não
.
fls. 121

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000068 57000 032706 7 87820000330000

3.300,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
25/10/2021
0EB5CD43436036889D5B5B7E93A86532325066C4 Não
.
fls. 122

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000043 63000 032704 7 83890000279936

2.799,36
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
25/09/2020
432544FF4754F56B0B3121331C52BDB668F1DF95 Não
.
fls. 123

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000043 88000 032701 4 84220001426000

14.260,00
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
28/10/2020
14B9152A628CA9DBA731F7A2A82CD2CFA2E7CEB6 Não
.
fls. 124

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000035 16000 032702 8 82130000650384

6.503,84
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
02/04/2020
93C8230530FC38D023AA30FE35026BEF892BA80A Não
.
fls. 125

Dados do pagamento
23793 50008 90000 000019 85000 032707 8 81140000590352

5.903,52
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Mora/Multa (R$):
0,00
Data de pagamento:
26/12/2019
AAE0618852A11983F6DA05F713577214597DF80D Não
fls. 126
fls. 127
fls. 128
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E0CE4C0.
fls. 129
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E0CE4C0.
fls. 130

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E0CF3A2.
ATO ORDINATÓRIO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GUSTAVO TORRES COUTINHO, liberado nos autos em 14/10/2022 às 14:13 .
CERTIDÃO - Ato Ordinatório
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do CPC,

preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)
seguinte(s) ato(s) ordinatório(s):
Fls. 68 e seguintes (contestação e documentos): À réplica, no

prazo de 15 dias.
Nada Mais. São Paulo, 14 de outubro de 2022. Eu, ___, Gustavo

Torres Coutinho, Escrevente Técnico Judiciário.
.
fls. 131
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E0D29FE.
CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A., já

devidamente qualificada nos autos de número em epígrafe, vem, respeitosamente, perante
Vossa Excelência, por intermédio dos advogados infrafirmados, requerer a juntada da
procuração anexa, devidamente assinada.

Salvador/BA, 14 de outubro de 2022.
JOBERTO ACIOLI CAIO SANTANA DIEGO MONTENEGRO

fls. 132
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E0D2A00.
fls. 133

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E0F583A.
Advogado Forma
Diego Montenegro (OAB 23807/BA) D.J.E
Caio César Santos de Santana (OAB 61311/BA) D.J.E
Teor do ato: "Fls. 68 e seguintes (contestação e documentos): À réplica, no prazo de 15 dias."
São Paulo, 17 de outubro de 2022.

fls. 134

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E1244BA.
Advogado
Diego Montenegro (OAB 23807/BA)
Caio César Santos de Santana (OAB 61311/BA)
Teor do ato: "Fls. 68 e seguintes (contestação e documentos): À réplica, no prazo de 15 dias."
SÃO PAULO, 18 de outubro de 2022.

.
fls. 135
EXMO. DR. SR. JUIZ DE DIREITO DA 21ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO -
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E3EA98F.
Ref.: Processo nº 1035473-13.2022.8.26.0114
MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. (“MEDIVAX”), devidamente

qualificada nos autos em epígrafe, que move em face da Cura - Centro de Ultrassonografia e
Radiologia S.A. (“CURA”), vem a V. Exa., tempestivamente1, por seus advogados, em atenção
à contestação de fls. 68, apresentar RÉPLICA nos termos adiante expostos.
1. Em breve síntese, trata-se de ação de cobrança ajuizada pela Medivax

Indústria e Comércia LTDA. em face da Cura - Centro de Ultrassonografia e Radiologia S.A.
(“CURA”), por meio da qual busca-se o reconhecimento do direito da autora ao
ressarcimento do valor de R$ 61.200,00 (sessenta e um mil e duzentos reais), referentes às
36 (trinta e seis) parcelas do pagamento do contrato firmado com a ré, no valor mensal de R$
1.700,00 (mil e setecentos reais), devidamente atualizados e acrescidos de juros, no
montante final de R$ 85.981,46 (oitenta e cinco mil novecentos e oitenta e um reais e
quarenta e seis centavos), à época do ajuizamento.
1
O ato ordinatório que intimou a autora a apresentar réplica foi publicado no DJE em 19.10.2022. Dessa forma,
a contagem do prazo teve seu início em 20.10.2022 (quinta-feira) e se encerra em 11.11.2022 (sexta-feira),
tendo em vista os feriados dos dias 28.10.2022 e 02.11.2022, conforme atestado em Doc. 01 (Provimento CSM
N. 2641/2021).
1
.
fls. 136
I. PRELIMINARMENTE: DA REGULAR REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL
2. De início, o réu alega em sua contestação uma suposta ausência de
assinatura no instrumento de procuração, apresentado pela autora no momento do
ajuizamento da presente demanda. Entretanto, tal suposição não procede. Conforme se
verifica da procuração em anexo (doc. 2), o documento encontra-se devidamente assinado.
Para fins de comprovação de que a procuração ora anexada é a mesma que foi previamente
apresentada em fls. 19, basta verificar que a data da certificação digital é anterior ao
protocolo da ação.
3. Ocorre que, no âmbito dos sistemas de peticionamentos eletrônicos,

como é o caso do E-SAJ, as partes encontram-se suscetíveis à equívocos ocasionados pelos
próprios sistemas, como é o caso das assinaturas eletrônicas em documentos em formato
PDF, as quais podem ser "deletadas" ou "excluídas", não devendo as partes, portanto, serem
responsabilizadas por tais infortúnios. Neste sentido, conforme demonstrado, não há o que
se falar em irregularidade no que se refere à representação processual da autora, pois
devidamente demonstrada e, por eventualidade, regularizada.
II. NO MÉRITO
II.1. DO INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO E DA RESPONSABILIDADE CONTRATUAL DA
ACEITAÇÃO
4. A tese principal apresentada na contestação resume-se na ideia de que

o Centro de Ultrassonografia e Radiologia S.A. ("Cura") jamais teria contratado o aluguel de
qualquer equipamento, mas, tão somente, teria ocorrido “um ajuste financeiro entre as
partes relacionado à compra de material (kits de reagentes) para dosagens laboratoriais”.
Neste sentido, a ré sustenta que o Caris Standard, equipamento objeto da ação, foi fornecido
pela autora a título de comodato. Entretanto, conforme amplamente demonstrado na inicial,
e retomado a seguir, tais alegações não condizem com a realidade dos fatos.
2
.
fls. 137
5. De início, reitera-se, como exposto na inicial, que, em 22 de maio de

2018, a Sra. Naira Chwal, representante comercial e gestora de contas da Medivax, enviou
para a Sra. Viviane Cardoso dos Santos, líder de técnicas manuais e biologia molecular da
Cura, proposta comercial para a prestação de serviços de locação referente ao equipamento
para automação Caris Standard, bem como os valores para fornecimento dos reagentes (kits
de imunofluorescência) a serem utilizados nos exames.
6. Neste sentido, diante da troca de e-mails entre as partes (fls. 33), é

possível constatar que ocorreu o aceite, por parte da representante da ré, com relação à
proposta comercial para a prestação de serviços de locação referente ao equipamento para
automação Caris Standard, bem como dos valores para fornecimento dos reagentes (kits de
imunofluorescência) a serem utilizados nos exames. Veja-se:
7. Em resposta ao e-mail da representante da Medivax, a Sra. Viviane

Cardoso, representante da empresa ré, manifestou estar de acordo com a proposta enviada
e solicitou que fosse dado prosseguimento à instalação do equipamento. São os termos do
e-mail:
3
.
fls. 138
8. A proposta em questão, então, definiu que o valor de locação mensal

do equipamento seria de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais), com o prazo de entrega dos
pela autora. Além disso, estipulou que o prazo para pagamento do serviço seria de 30
(trinta) dias.
9. Diante do todo exposto, afirmar que jamais ocorreu contratação de

aluguel de qualquer equipamento é atentar contra a óbvia realidade dos fatos. E não é só.
Diferentemente do que sustenta a ré, em nenhum momento foi feita qualquer menção à
disponibilização da máquina por comodato, em detrimento da hipótese de locação.
10. Neste ponto é importante retomar que existe uma linha tênue entre o
conceito de locação e aquele de comodato, não observado pela parte ré em sua contestação:
nos termos do artigo 579, do Código Civil, o "comodato é o empréstimo gratuito de coisas
não fungíveis" que se perfaz com a tradição do objeto. É modalidade de empréstimo que não
envolve o pagamento ou recebimento de qualquer valor econômico - o que não condiz com
o que comprovam os e-mails trocados entre a autora e a preposta da ré, inclusive, porque
caberia à Medivax até mesmo a manutenção do equipamento, caso necessário, o que, no
caso do comodato, seria de estrita responsabilidade do comodatário, no caso, a Cura.
11. No mais, a ré, em uma tentativa falha de corroborar suas alegações,

nada comprovou ao juntar contratos genéricos de comodatos, nos quais sequer constam os
dados mais básicos da contratada. Neste sentido, não se presta tal documento, portanto,
como prova de qualquer negociação a respeito de comodato.
12. Por fim, também é notório que, além do dano causado, a

inadimplência da ré equivale ao enriquecimento sem causa, como previsto pelo artigo 884,
do Código Civil2. Isso porque, ao receber o objeto do contrato, isto é, com o cumprimento da
obrigação pela Medivax, o aparelho foi utilizado da maneira que era pretendida sem que
tenha sido dispensado qualquer valor de pagamento pelo seu uso.
2
CC: “Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o
indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.”
4
.
fls. 139
II.2. DA RELAÇÃO JURÍDICA EXISTENTE ENTRE AS PARTES
13. Não obstante a parte ré sustentar que a única relação jurídica firmada
entre o Cura e a Medivax diz respeito ao fornecimento de insumos laboratoriais, cujo uso
(dos produtos) dependia do equipamento Caris Standard, tal fato não condiz, visto que, é
dever e obrigação da ré arcar com suas responsabilidades, uma vez que aceitou a proposta
via e-mail e, posteriormente, recebeu o produto e o colocou em uso.
14. Neste sentido, é importante retomarmos a lição de Silvio Rodrigues, de

que a proposta é "a oferta dos termos de um negócio, convidando a outra parte a com eles
concordar"3. Resta evidente que, encerrando os termos de um contrato, encaminhado via
e-mail, o proponente que o enviou está diretamente vinculado, bem como aquele que o
respondeu.
15. Esse entendimento também está consubstanciado no artigo 112 do

Código Civil4, segundo o qual, nas declarações de vontade, se atenderá mais à intenção das
partes do que ao sentido literal da linguagem. No presente caso não restam dúvidas sobre a
falta de comprometimento da ré ao pagamento referente ao aluguel do equipamento em
discussão, conforme as tratativas aqui demonstradas.
16. E não é só. Conforme previsto no artigo 427, do Código Civil, “a

proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da
natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso”. Não há que se falar, então, em ausência
de relação jurídica entre as partes. Pelo contrário: a legislação civil buscou deferir às
relações, maior estabilidade e segurança jurídicas, vinculando o proponente à proposta
feita, e evitando a lesão das expectativas do aceitante.
17. Disto isto, pode-se considerar que o e-mail é mais do que um mero
meio de comunicação: ao permitir o diálogo entre as partes, ele permite também
3
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil, São Paulo: Saraiva, 28ª edição, 2002, p. 68.
4
CC: “Art. 112: Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao
sentido literal da linguagem.”
5
.
fls. 140
manifestações de vontades advindas de declarações ou silêncios. Assim, por força do artigo

427 do Código Civil, quando o e-mail trouxer propostas de contrato, a sua aceitação implica
em clara vinculação das partes.
18. Ainda de acordo com a doutrina, "(...) de há muito a invenção de
formas instantâneas de comunicação, tais como telex, o fax, o e-mail devia ter feito o
codificador do novo Código atualizar as regras sobre a maneira como se aperfeiçoa o
contrato. Assim, ao responder à pergunta sobre se haverá negócio entre presentes no caso
de duas pessoas que habitualmente contratam por meio desses aparelhos mais modernos,
inclino-me a fazê-lo afirmativamente"5.
19. Inclusive, retomando o quanto exposto na petição inicial, em vias de

formalizar o serviço prestado, a autora encaminhou para assinatura o contrato de locação de
equipamentos ao réu, com data de início em 01.02.2019 e vigência de 36 (trinta e seis)
meses a partir desta data.
20. Cumpre ainda ressaltar que, diante da inadimplência da ré, a autora

tentou solucionar o problema de forma rápida e amigável, procedendo com inúmeras
tentativas informais de cobrança dos valores devidos, porém não obteve êxito no
recebimento do crédito em aberto.
21. Neste contexto, a existência de relação jurídica entre os litigantes se

encontra sedimentada, efetivamente, em razão de correspondências eletrônicas trocadas
entre gestoras de ambas empresas, pelo documento fiscal apresentado e por proposta de
prestação de serviço e contrato encaminhado por via eletrônica. Consequentemente,
resta-se comprovada a razão da autora ao proceder com a cobrança do serviço contratado.
Este é, também, o entendimento da jurisprudência sobre o tema. Vejamos:
“MONITÓRIA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE. CORRESPONDÊNCIA

ELETRÔNICA. Documento hábil a embasar a propositura da ação. Entendimento do
C. STJ. Comprovação dos fretes realizados e respectivos valores. Ação procedente.
RECURSO PROVIDO. (...) Respeitado o entendimento do D. Magistrado
5
RODRIGUES, Silvio. Op. cit., p. 70.
6
.
fls. 141
sentenciante, não há se falar em falta de interesse de agir. No caso, a autora

apresentou documentos suficientes a justificar o pedido de injunção e escolheu a
via adequada para receber seu crédito, pois munida de prova escrita, sem eficácia
de título executivo, nos termos do art. 700 do Código de Processo Civil. As
correspondências eletrônicas acostadas às fls. 25/46, demonstram a prestação de
serviço de transporte, bem como as datas e valores dos fretes. Destaco, por
oportuno, que não se mostra plausível, diante dos inúmeros veículos de
comunicação disponíveis nos dias atuais, que não se admita a utilização de
mensagens eletrônicas como meio de prova (...)”.6
22. Neste mesmo sentido, o Eg. Superior Tribunal de Justiça também

reconheceu a possibilidade de cobrança baseada em um documento idôneo, que permita
juízo de probabilidade do direito afirmado pelo autor, como é o caso do e-mail em comento:
“RECURSO ESPECIAL. AÇÃO MONITÓRIA. PROVA ESCRITA. JUÍZO DE

PROBABILIDADE. CORRESPONDÊNCIA ELETRÔNICA. E-MAIL. DOCUMENTO HÁBIL A
COMPROVAR A RELAÇÃO CONTRATUAL E A EXISTÊNCIA DE DÍVIDA. 1. A prova hábil
a instruir a ação monitória, isto é, apta a ensejar a determinação da expedição do
mandado monitório - a que alude os artigos 1.102-A do CPC/1.973 e 700 do
CPC/2.015 -, precisa demonstrar a existência da obrigação, devendo o documento
ser escrito e suficiente para, efetivamente, influir na convicção do magistrado
acerca do direito alegado, não sendo necessário prova robusta, estreme de
dúvida, mas sim documento idôneo que permita juízo de probabilidade do direito
afirmado pelo autor. 2. O correio eletrônico (e-mail) pode fundamentar a
pretensão monitória, desde que o juízo se convença da verossimilhança das
alegações e da idoneidade das declarações, possibilitando ao réu impugnar-lhe pela
via processual adequada. 3. O exame sobre a validade, ou não, da correspondência
eletrônica (e-mail) deverá ser aferida no caso concreto, juntamente com os demais
elementos de prova trazidos pela parte autora. 4. Recurso especial não provido”. 7
23. Em suma, o conjunto probatório apresentado pela autora, além de

caracterizar o vínculo jurídico, como exposto, também impôs um dever de remuneração pela
locação do equipamento, possibilitando à credora buscar a satisfação de seu crédito através
de instrumento jurídico pertinente, uma vez que a prestação de um serviço sem a sua devida
contraprestação, caracterizando a inadimplência, configura ato ilícito.
24. Para que não restem dúvidas, repita-se: em que pese os esforços da ré
em alegar que a autora forneceu seu equipamento (“Caris Standard”) em comodato, não
6
TJ-SP, AC 1030796-21.2017.8.26.0564, Relator: Des. Afonso Bráz, Data de Julgamento: 13/09/2018, 17ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 13/09/2018.
7
STJ - REsp: 1381603 MS 2013/0057876-1, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento:
06/10/2016, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 11/11/2016
7
.
fls. 142
consta da contestação, em nenhum momento, qualquer elemento que comprove tal

alegação.
II.3. DA IRRAZOABILIDADE DO INSTITUTO DA SUPRESSIO
25. No mais, ao contrário do aludido pela Cura, não cabe, em nenhuma

hipótese, a incidência do instituto da supressio. Isto, pois, em nenhum momento a autora
criou justa expectativa de que havia renunciado ao seu direito de receber os devidos valores.
Pelo contrário: conforme exposto anteriormente, a Medivax procedeu com inúmeras
tentativas informais de cobrança dos valores devidos, seja por meio de ligações telefônicas,
e-mails e até mesmo reuniões com representantes do Cura, porém não obteve êxito no
recebimento do crédito em aberto em sede extrajudicial.
26. E mais, a proposta em questão, devidamente aceita pela empresa ré,

definiu que o valor de locação mensal do equipamento seria de R$ 1.700,00 (mil e
setecentos reais), com o prazo de entrega dos reagentes em 2 (dois) dias úteis e do
equipamento em 10 (dez) dias úteis, estipulando o prazo para pagamento do serviço seria
de 30 (trinta) dias. Ao definir expressamente os valores e os prazos para pagamento, resta
evidente que não há o que se falar em a diminuição da obrigação pela inatividade da parte.

reais), referentes às 36 (trinta e seis) parcelas no valor de R$ 1.700,00 (mil e setecentos
reais). O valor, devidamente atualizado, até o momento do ajuizamento da demanda soma
R$85.981,46 (oitenta e cinco mil novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos).
28. Portanto, em realidade, em consonância com o entendimento do Eg.

STJ, o princípio que deve ser observado para avaliar se o comportamento adotado revela a
intenção de anuir com o negócio é o da é o da boa-fé objetiva. Nesse sentido, resta claro o
aceite da documentação pelas correspondências trocadas entre as partes, devendo ser
preservada a legítima expectativa e boa fé das contratantes, razão pela qual, é devida a
8
.
fls. 143
cobrança pela parte autora dos valores demandados nesta lide, no valor de R$ 85.981,46
(oitenta e cinco mil novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos).
II.4. DOS VALORES COBRADOS A TÍTULO DE ALUGUEL DO EQUIPAMENTO
29. Em sua contestação, a Cura também alega serem inverídicas as

alegações da autora, usando como base apenas uma simples e não fundamentada
comparação do valor cobrado na presente lide de R$85.981,46 (oitenta e cinco mil,
novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos), com o valor declarado do
equipamento à transportadora, no montante de R$6.392,22 (seis mil, trezentos e noventa e
dois reais e vinte e dois centavos).
30. Com relação a esse argumento, cumpre destacar que, em que pese os
esforços da empresa ré em tentar descredibilizar os valores cobrados a título de aluguel do
equipamento, fato é que, a Nota Fiscal em debate serviu como registro documental de
remessa, como indica campo próprio de preenchimento, visando acompanhar o envio do
equipamento até o local de destino - é o que requer, inclusive, o Regulamento de ICMS do
Estado de São Paulo e como indicado no campo "observação" da Minuta de Transporte, em
consonância com a Nota Fiscal. Neste contexto, a sua emissão objetiva, simplesmente,
assegurar o transporte do bem, comprovando a saída e, em seguida, o retorno do ativo ao
patrimônio da pessoa jurídica.
31. Pois bem. Resta evidente, portanto, que a autora, locadora do

equipamento, emitiu a Nota Fiscal de envio do bem com destino ao estabelecimento da ré,
locatária, uma vez que, ao promover a saída do equipamento de seu estabelecimento e
remetê-lo a outro destino, é natural que seja emitida a nota para fins de acompanhamento
do transporte.
32. E mais: em uma tentativa falha de levar este MM. Juízo a crer que o
equipamento não foi recebido no estabelecimento de destino, a ré ainda alega que “naquele
formulário, sequer consta qualquer assinatura de recebimento do equipamento no destino,
9
.
fls. 144
estando este campo em branco (sem preenchimento) no topo do DANFE”. Entretanto, tal
afirmação pode ser desbancada com facilidade, bastando simples verificação ao documento
anexado em fls. 36:
33. Não restam dúvidas, ao fim e ao cabo, que o referido equipamento,
cujo número de série é 2.158, foi devidamente entregue em 08.10.2018, às 13:45, tendo sido
recebido pela Sra. Viviane Cardoso dos Santos e posteriormente instalado nas dependências
do laboratório da ré.
34. Em suma, diferentemente do alegado pela ré, a Nota Fiscal é um

documento que pode ser emitido por todos aqueles que prestam serviços de locação de
bens, como a Medivax, e que objetivam o rastreamento do transporte contratado. Inclusive,
uma de suas vantagens é a rapidez de sua emissão, fato explicado pelos poucos e básicos
requisitos de seu preenchimento. Não haveria necessidade, portanto, da autora preenchê-la
de forma detalhada e complexa, visto que seu objetivo era de mero rastreamento.
10
.
fls. 145
VI. CONCLUSÃO
35. Reiteram-se, assim, os termos da inicial, confiando-se na procedência
dos pedidos, para que a ré seja condenada ao pagamento dos valores devidos no montante
de R$85.981,46 (oitenta e cinco mil novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis
centavos), bem como das despesas processuais e dos honorários advocatícios de
sucumbência, nos termos do artigo 85, §2º, do Código de Processo Civil.
36. Por fim, reitera o requerimento de designação de audiência prévia de

conciliação, nos termos dos artigos 319, VII, e 334, do Código de Processo Civil, bem como a
produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o documental e o
testemunhal, cujo rol se apresentará em momento oportuno, e outros que porventura a
solução da controvérsia exija.

Do Rio de Janeiro para São Paulo, 10 de novembro de 2022


11
DOC. 01
fls. 146
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL BARROSO FONTELLES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 10/11/2022 às 15:59 , sob o número WJMJ22420212380 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E3EA992.
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
.
São Paulo, 13 de dezembro de 2021.
fls. 147
Disponibilização: terça-feira, 14 de dezembro de 2021 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Administrativo São Paulo, Ano XV - Edição 3418 4
(a) GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça.
Art. 2º - A partir da vigência da Resolução OE nº 849/2021, desde que satisfeitas as exigências legais para
PROVIMENTO CSM Nº 2.641/2021
aposentadoria e enquanto mantida a atividade, magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo têm direito ao
recebimento de abono de permanência de valor idêntico ao da contribuição previdenciária recolhida mensalmente, ou seja, de
Dispõe sobre a suspensão do expediente forense no exercício de 2022 e dá outras providências.
100% (cem por cento) do valor da contribuição previdenciária, percentual que não está sujeito à variação prevista no artigo 28
da Lei Complementar nº 1.354/2020.
O CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA, no uso de suas atribuições legais,
Art. 3º – A partir da vigência da Resolução OE nº 849/2021, desde que satisfeitas as exigências legais para aposentadoria
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o expediente forense para o exercício de 2022,
e enquanto mantida a atividade, servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo têm direito ao recebimento de abono
de permanência.
CONSIDERANDO o disposto nas Leis Federais nº 9093/1995, 10607/2002, 1408/1951 e 6802/1980, bem como na Lei
Estadual nº 9497/1997,
§ 1º. Fica mantido, para o exercício de 2022, o valor do abono de permanência a que fazem jus os servidores, no percentual
de 100% (cem por cento) da contribuição previdenciária recolhida mensalmente, tal como previsto na Resolução nº 849/2021.
CONSIDERANDO o disposto no artigo 116 do Regimento Interno deste Tribunal de Justiça;
§ 2º. Estudos a cargo da Presidência do Tribunal de Justiça, com início imediato, terão por finalidade examinar conveniência
RESOLVE:
e oportunidade de, em dezembro de 2022, serem fixados percentuais diversificados para os servidores da Corte, segundo os
critérios e parâmetros estabelecidos pelo artigo 28 e seus §§, da Lei Complementar nº 1.354/2020, com a redação conferida
Art. 1º - No exercício de 2022 não haverá expediente no Foro Judicial de Primeira e Segunda Instâncias do Estado e na
pela Lei Complementar nº 1.361/2021.
Secretaria do Tribunal de Justiça, nos seguintes dias:
Dias da semana Motivo
2022
S
(a) GERALDO T FRANCISCO
Q QPINHEIRO
S FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça.
JAN 3 4 5 6 Recesso Forense CSM Nº 2.641/2021

PROVIMENTO
FEV 28 Dispõe sobre a suspensão doCarnaval

expediente forense no exercício de 2022 e dá outras providências

MAR 1º Carnaval
CONSIDERANDO a necessidade
14 de15regulamentar
Endoençaso expediente
e Sexta-feiraforense
Santa para o exercício de 2022,
ABR
21 22* Tiradentes e Suspensão de expediente*
JUN
Estadual nº 9497/1997, 16 17* Corpus Christi e suspensão do expediente*
SETCONSIDERANDO o7disposto no artigo 116 do Regimento

Independência doInterno
Brasil deste Tribunal de Justiça;
RESOLVE: 12 Nossa Senhora de Aparecida

OUT
28 Dia do Funcionário Público
Art. 1º - No exercício
2 de 2022 não haverá expediente no Foro Judicial de Primeira e Segunda Instâncias do Estado e na
Finados
NOV
14* 15 Suspensão de expediente* e Proclamação da República
8 Dia da Justiça
DEZ 20 21 22 23
26 27 28 29 30 Recesso Forense
2022
§ 1º - SAs horas
T não Qtrabalhadas
Q S dias 22/04/2022 (sexta-feira), 17/06/2022 (sexta-feira) e 14/11/2022 (segunda-feira)
nos
deverão ser repostas após o respectivo feriado e até o último dia útil do segundo mês subsequente, facultando-se ao servidor o
JANde horas
uso 3 de 4compensação,
5 6cujo controle ficará
Recesso Forense
a cargo dos dirigentes.
§ 2º - Nos registros de frequência deverá ser mencionada a informação, se o servidor cumpriu ou não, no prazo, a reposição,
utilizando-se
FEV 28 os respectivos códigos disponíveis no Módulo de Frequência.
Carnaval
MARArt. 2º - No dia1º 02/03/2022 (quarta-feira

Publicação Oficial do TribunalCarnaval
dedeCinzas), observado
Justiça do Estado de oSão
horário
Paulo de trabalho
- Lei Federal diferenciado no 4º
nº 11.419/06, art. Tribunal de Justiça, o
servidor iniciará sua jornada de trabalho 3 (três) horas após o horário a que estiver sujeito.
14 15 Endoenças e Sexta-feira Santa
ABR§ 1º - A jornada de trabalho dos servidores com carga horária reduzida será proporcional àquela cumprida pelo servidor.
§ 2º - O horário de início do atendimento aos advogados, estagiários de direito e público em geral, em todos os prédios da
Capital
JUN e Interior do Estado, ocorrerá
16 a partir
17* das 13 horas. e suspensão do expediente*
Art. 3º - Nos dias em que não houver expediente funcionará o Plantão Judiciário.
SET 7 Independência do Brasil
Art. 4º - Eventuais novos
12 feriados ou alteraçãoNossados já existentes
Senhora poderão ser acrescidos posteriormente.
de Aparecida
OUT
Art. 5º - Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
2 Finados
NOV
REGISTRE-SE. PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.
8 Dia da Justiça
DEZ São Paulo, 02 20de dezembro
21 22 23
de 2021.
(aa) GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça, LUIS SOARES DE MELLO
NETO,§ 1ºVice-Presidente
- As horas não trabalhadas
do Tribunalnosde dias 22/04/2022
Justiça, RICARDO (sexta-feira),
MAIR ANAFE,17/06/2022 Geral eda14/11/2022
(sexta-feira)
Corregedor (segunda-feira)
Justiça, JOSÉ CARLOS
deverão ser repostas
GONÇALVES XAVIER após
DEoAQUINO,
respectivoDecano,
feriado e GUILHERME
até o último dia útil do segundo
GONÇALVES mês subsequente,
STRENGER, facultando-se
Presidente da Seçãoaodeservidor o
Direito
uso de horas
Criminal, de compensação,
PAULO MAGALHÃEScujo DA controle ficará a cargo
COSTA COELHO, dos dirigentes.
Presidente da Seção de Direito Público, DIMAS RUBENS FONSECA,
§ 2º - Nos
Presidente daregistros
Seção de deDireito
frequência deverá ser mencionada a informação, se o servidor cumpriu ou não, no prazo, a reposição,
Privado.
utilizando-se os respectivos códigos disponíveis no Módulo de Frequência.

Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º
Dispõe sobre a estrutura dos Ofícios de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Foro Regional V – São Miguel
Paulista e do Foro Regional VII – Itaquera, ambos da Comarca da Capital.
DOC. 02
fls. 148
.
fls. 149
PROCURAÇÃO
Por este instrumento particular, EDUARDO SARMET CUNHA WEIZMANN, brasileiro,
casado, inscrito no CPF/ME sob o nº 089.072.397-46, residente e domiciliado na Rua Manuel
Duarte, nº 18 - Apto 202 - São Francisco - Niterói - RJ - CEP: 24.360-520, na qualidade de
sócio único da sociedade empresária limitada denominada MEDIVAX INDÚSTRIA E
estabelecida na Rua Visconde de Itaboraí, nº 282 B - Centro - Niterói - RJ - CEP: 24.030-092
(“Outorgante”), nomeia e constitui seus bastantes procuradores os Drs. Rafael Barroso
Fontelles, brasileiro, advogado, OAB/RJ nº 119.910, CPF/ME nº 081.559.787-88; Felipe de
Melo Fonte, brasileiro, advogado, OAB/RJ nº 140.467, CPF/ME nº 090.336.517-00; Irapuã
Santana do Nascimento da Silva, brasileiro, advogado, OAB/SP nº 341.538; Marcos Hausen
Marchi, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/RJ nº 211.134 e CPF/MF nº 008.772.870-23;
Ana Letícia Salomão e Ribeiro, brasileira, advogada, OAB/RJ nº 220.373, CPF/ME nº
095.950.506-79; Marianna Dutra de Morais Fregonese Peregrino, brasileira, advogada,
OAB/RJ nº 225.147 e CPF/ME nº 146.155.657-04; Carolina Dinis Leonardo, brasileira,
advogada, OAB/RJ 240.974, CPF/ME nº 062.284.357-52, todos integrantes do Escritório de
Advocacia Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça & Associados, com endereço à Av.
República do Chile, 230, 4º andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ, podendo os outorgados agir em
conjunto ou separadamente, independentemente da ordem de nomeação, para representar
e defender a outorgante na ação de cobrança a ser distribuída perante uma das Varas Cíveis
da Comarca de Campinas - Estado de São Paulo, podendo interpor petições e recursos, ter
vistas de autos, assinar todo e qualquer termo, obter original e fotocópia de todo e qualquer
tipo de documento, até sua instância final, sendo-lhes outorgado todos os poderes da
cláusula ad judicia et extra, podendo para tanto variar, transigir, acordar, desistir, confessar,
firmar compromissos, receber e dar quitação e, enfim, realizar todo e qualquer ato
necessário para o perfeito desempenho do presente instrumento de mandato, inclusive
substabelecer, com reservas de iguais.
Niterói, 4 de agosto de 2022

EDUARDO SARMET CUNHA Assinado de forma digital por EDUARDO
SARMET CUNHA WEIZMANN:08907239746
WEIZMANN:08907239746 Dados: 2022.08.04 08:50:12 -03'00'

CPF/ME nº 089.072.397-46
fls. 150

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
PRAÇA JOÃO MENDES S/Nº, São Paulo - SP - CEP 01501-900
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E41AC59.
SENTENÇA

Vistos.
MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

(“MEDIVAX”), representada nos autos, ajuizou a presente ação contra CURA -
CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A. (“CURA”),
devidamente representada, narrando que a empresa autora atua no ramo de locação de
equipamentos para diagnóstico laboratorial. Desse modo, estabeleceu dois negócios
jurídicos com a ré, fornecimento de reagentes (kits de imunofluorescência) e locação de
equipamento Caris Standard. Relata que as tratativas se deram por e-mail, tendo a
representante da ré em 29 de junho de 2018 aceitado a proposta. Logo em seguida, aduz
que enviou contrato de locação do Caris Standard para ser assinado pela ré, o qual previa
data de início em 01.02.2019 e vigência de 36 meses. Em 08.10.2018, o referido
equipamento foi entregue. Ocorre que a ré nunca realizou qualquer pagamento, estando
inadimplente no valor de R$ 61.200,00 (36 parcelas no valor de R$ 1.700,00). Acena que
notificou a requerida sobre o débito, entretanto, esta lhe contranotificou, ocasião na qual
não reconheceu o débito, bem como sustentou que não era possível concluir que as partes
tivessem celebrado contrato de locação do equipamento. Requer, portanto, a condenação da
ré ao pagamento do valor devido. Com a petição, foram anexados os documentos de fls.
13/54.
1035473-13.2022.8.26.0114 - lauda 1
fls. 151

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
A requerida, citada, ofereceu resposta (fls. 68/22) na
qual no mérito, em apertada síntese, sustenta que apenas realizou a compra de material
(kits de reagentes) para dosagens laboratoriais com a autora. O equipamento Caris
Standard foi oferecido em comodato pela autora, como praxe no mercado, para incentivo
do negócio jurídico de compra dos reagentes. Sustenta que a autora não cumpriu com seu
ônus de provar a suposta locação tida entre as partes. Quanto aos e-mails juntados, aponta
que estes não comprovam a locação, como sustenta a autora, mas referem-se tão somente
aos insumos e a instalação do equipamento, oferecido em comodato. Subsidiariamente,
pugna pelo reconhecimento da supressio, pois a autora só procedeu com as cobranças do
suposto aluguel após 36 meses sem pagamento. Também pede que seja ajustado o valor do
aluguel para R$177,60 por mês, valor que considera adequado para locação do
equipamento. Nesse sentido, explica que a autora declarou que o equipamento custa apenas
R$6.392,22, sendo, portanto, desproporcional um aluguel de R$1.700,00 como defende a
autora. Apresilhou documentos (fls. 83/129).
Réplica a fls. 135/145.
É o relatório.
D E C I D O.
Julgo o feito antecipadamente porque desnecessária a

produção de prova em audiência nos termos do art. 355, inciso I, do Código de Processo
Civil.
O pedido improcede.
A autora defende que realizou contratos de compra e

venda de reagentes e de locação do equipamento Caris Standard à ré.
Aduz que o contrato de locação seria pelo prazo de 36

meses, pelo valor mensal de R$1.700,00. Porém, a requerida nunca teria realizado um
pagamento sequer, estando inadimplente.
1035473-13.2022.8.26.0114 - lauda 2
fls. 152

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
A ré, por outro lado, sustenta que o negócio jurídico
entre as partes, na verdade, seria de comodato, porquanto o equipamento foi ofertado pela
autora como um incentivo à fidelização na compra dos seus reagentes, como costuma
ocorrer nesse mercado. Aponta, ademais, que a autora não se desincumbiu de seu ônus
probatório, ressaltando que o contrato não está assinado. No mais, destaca que nos e-mails
juntados as partes trataram sobre a entrega do Caris Standard, a qual estava vinculada
justamente ao aceite da proposta da compra dos reagentes da autora.
Pois bem.
A razão assiste à ré.
Os elementos de convicção existentes nos autos não

apontam para a existência do contrato de locação do equipamento entregue à requerida,
mas, pelo contrato, são compatíveis com a existência de comodato verbal.
Note-se que o insrrumento pela autora acostado é

desprovido da completa qualificação da ré, bem como da assinatura desta, de modo que
não comprova a existência de contrato de locação escrito.
Ausentes também outros elementos de prova

indicativos da existência da locação, como emissão de boleto, a indicação de outro modo
de pagamento dos alugueres ou a realização de qualquer ato de cobrança durante os
supostos 36 meses de vigência.
Não há, portanto, um único início de prova documental

que sustente a tese da autora, algo difícil de se conceber nos tempos atuais, de farta
comunicação eletrônica, que, aliás, foi mantida pelas partes.
Por outro lado, os elementos de convicção todos

acenam à verossimilhança da tese da requerida, qual seja, de que a relação jurídica entre as
partes é de comodato quanto ao equipamento Caris Standard.
Nesse sentido, destacam-se os e-mails de fls. 31/33,
1035473-13.2022.8.26.0114 - lauda 3
fls. 153

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
trocados com Naira Chwal, incontroversamente representante da autora (fl. 02).
Tais e-mails indicam que a entrega do equipamento

estava vinculada à aprovação da oferta dos kits de reagentes da autora. Confira-se:
“Encaminho a proposta para os kits de Imunofluorescência, com

redução nos preços para antiEndomísio (EMA de 16,00 para 15,00 /
teste) e Anca (de 10,00 para 8,45 / teste), conforme solicitado.
Por favor, preciso que aproves, respondendo este email, informando
que estás de acordo com as condições da proposta. Assim, irei
providenciar a instalação do equipamento e envio dos kits
(bonificados) para validações” (fl. 33).
“Gostaria de saber um posicionamento com relação esta proposta.

Para prosseguir com planejamento de instalação de máquina e envio
de kits para validação, preciso que retornes o email informando que a
proposta está aprovada comercialmente”(fl. 32).
Ora, claro está na comunicação mantida pelas partes

que a autora aguardava a aprovação da proposta de fornecimento dos kits de
imunofluorescência para, após enviar os produtos e instalar o equipamento.
Soma-se a isso, a ausência de pagamento de qualquer

valor pela ré durante a vigência do suposto contrato, a título de aluguel do equipamento,
bem como a ausência de qualquer ato de cobrança da autora durante todo o período.
Assim, tais elementos de convicção, apesar de não

serem absolutos, somados são suficientes para demonstrar a inexistência da locação.
Dessarte, o pedido soçobra.
Pelo exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido e, em
1035473-13.2022.8.26.0114 - lauda 4
fls. 154

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
decorrência da sucumbência, condeno a autora no pagamento das despesas processuais e
nos honorários advocatícios do patrono da ré, que arbitro em 10% do valor da causa
atualizada.
Para efeito de recolhimento do preparo recursal

considerar-se-á o valor da causa.
P. R. I.
São Paulo, 11 de novembro de 2022.

1035473-13.2022.8.26.0114 - lauda 5
fls. 155

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E4266BD.
Advogado Forma
Marianna Dutra (OAB 225147/RJ) D.J.E
Ana Letícia Salomão e Ribeiro (OAB 220373/RJ) D.J.E
Teor do ato: "Pelo exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido e, em decorrência da sucumbência,

condeno a autora no pagamento das despesas processuais e nos honorários advocatícios do patrono da ré,
que arbitro em 10% do valor da causa atualizada. Para efeito de recolhimento do preparo recursal
considerar-se-á o valor da causa. P. R. I."

fls. 156

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E451F12.
Advogado
Marianna Dutra (OAB 225147/RJ)
Ana Letícia Salomão e Ribeiro (OAB 220373/RJ)
Teor do ato: "Pelo exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido e, em decorrência da sucumbência,

condeno a autora no pagamento das despesas processuais e nos honorários advocatícios do patrono da ré,
que arbitro em 10% do valor da causa atualizada. Para efeito de recolhimento do preparo recursal
considerar-se-á o valor da causa. P. R. I."
SÃO PAULO, 17 de novembro de 2022.

.
fls. 157
EXMO. DR. SR. JUIZ DE DIREITO DA 21ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO -
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E53092F.
Ref.: Processo nº 1035473-13.2022.8.26.0114

nos autos do processo em referência, vem a V. Exa, por seus advogados, tempestivamente1,
nos termos do artigo 1.022, II, do Código de Processo Civil, opor EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO em face da r. sentença de fls. 150, pelos motivos de fato e de direito a seguir
expostos.
1. Trata-se de ação de cobrança ajuizada pela Medivax Indústria e

Comércia LTDA. em face da Cura - Centro de Ultrassonografia e Radiologia S.A. Como é
sabido, a ora embargante buscou demonstrar, em síntese, que: (i) a autora é credora da ré,
no montante de R$ 85.981,46 (oitenta e cinco mil, novecentos e oitenta e um reais e
quarenta e seis centavos), atualizado até a propositura da ação, referente ao dever de
remuneração pela locação do equipamento, uma vez que a prestação de um serviço sem a
sua devida contraprestação configura ato ilícito; (ii) ocorreu o aceite, por parte da
representante da ré, com relação à proposta comercial para a prestação de serviços de
locação referente ao equipamento para automação Caris Standard, bem como dos valores
para fornecimento dos reagentes; (iii) em nenhum momento foi feita qualquer menção à
1
A r. sentença foi publicada no DJE em 18.11.2022. Dessa forma, a contagem do prazo para oposição de
embargos de declaração teve seu início em 21.11.2022 (segunda-feira) e se encerra em 25.11.2022 (sexta-feira),
restando comprovada a tempestividade do presente recurso.
.
fls. 158
Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça Advogados
2. Ocorre que, apesar dos argumentos apresentados na inicial e

reiterados em réplica, a r. sentença, equivocadamente, julgou os pedidos improcedentes e
condenou a ora embargante ao pagamento das despesas processuais e dos honorários
advocatícios, referentes à 10% do valor da causa. Em síntese, o MM. Juízo fundamentou-se
no entendimento de que seria desnecessária produção de prova em audiência, nos termos
do art. 355, I do CPC, razão pela qual julgou o mérito antecipadamente. No mais,
argumentou-se que não estaria comprovada a existência do contrato de locação do
equipamento entregue à Cura e que os elementos trazidos aos autos comprovariam a
existência de um comodato verbal. Nesse sentido, a r. sentença incorre em vícios, restando
omissa pelos motivos que serão expostos a seguir.
3. De início, cumpre ressaltar que o MM. Juízo, ao presumir que o feito

estaria pronto para julgamento antecipado, foi omisso ao deixar de considerar o
requerimento para produção de provas documentais, formulado expressamente pela ora
embargante tanto em sua petição inicial, quanto em sua réplica. Devido à ausência de
fundamentação de sua decisão neste sentido, ocorreu nítida violação ao art. 489, §1º, IV
do CPC.2 Sendo assim, resta evidente que, a r. sentença embargada, ao ser proferida sem a
devida e necessária consumação de instrução processual, resulta em verdadeiro
cerceamento de defesa, contrariando o princípio constitucional da ampla defesa, previsto no
art. 5º, inciso LV da Constituição Federal3.
2
CPC: “Art. 489. São elementos essenciais da sentença: §1º Não se considera fundamentada qualquer decisão
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;"
3
CF: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”
2
.
fls. 159
4. Comprova-se a omissão pela simples leitura de alguns trechos da r.

sentença. Veja-se:
“(...) Julgo o feito antecipadamente porque desnecessária a produção de prova em
audiência nos termos do art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil.
O pedido improcede.
(...)
Pois bem. A razão assiste à ré.
Os elementos de convicção existentes nos autos não apontam para a existência do
contrato de locação do equipamento entregue à requerida, mas, pelo contrato, são
compatíveis com a existência de comodato verbal. Note-se que o instrumento pela
autora acostado é desprovido da completa qualificação da ré, bem como da
assinatura desta, de modo que não comprova a existência de contrato de locação
escrito.
Ausentes também outros elementos de prova indicativos da existência da locação,
como emissão de boleto, a indicação de outro modo de pagamento dos alugueres ou
a realização de qualquer ato de cobrança durante os supostos 36 meses de vigência.
Não há, portanto, um único início de prova documental que sustente a tese da
autora, algo difícil de se conceber nos tempos atuais, de farta comunicação
eletrônica, que, aliás, foi mantida pelas partes.
Por outro lado, os elementos de convicção todos acenam à verossimilhança da tese
da requerida, qual seja, de que a relação jurídica entre as partes é de comodato
quanto ao equipamento Caris Standard.
(...)
Ora, claro está na comunicação mantida pelas partes que a autora aguardava a
aprovação da proposta de fornecimento dos kits de imunofluorescência para, após
enviar os produtos e instalar o equipamento. Soma-se a isso, a ausência de
pagamento de qualquer valor pela ré durante a vigência do suposto contrato, a título
de aluguel do equipamento, bem como a ausência de qualquer ato de cobrança da
autora durante todo o período.
Assim, tais elementos de convicção, apesar de não serem absolutos, somados são
suficientes para demonstrar a inexistência da locação.
Pelo exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido e, em decorrência da sucumbência,
condeno a autora no pagamento das despesas processuais e
atualizada.” (grifos nossos)
5. Com base nos trechos acima, comprova-se que a r. sentença, além de

não se pronunciar sobre o requerimento da autora, sequer fundamentou o decisum,
restando assim, evidente, que esse d. Juízo não está autorizado a realizar o julgamento
antecipado da lide, uma vez que não versa o conflito sobre matéria exclusivamente de
direito, mas primordialmente de fatos controvertidos que requerem o exaurimento da fase
de instrução.
3
.
fls. 160
6. Desta forma, mostram-se imprescindíveis para a correta solução do

feito, a devida atenção aos pedidos de (ii) produção de todos os meios de prova em direito
admitidos, em especial o documental e o testemunhal e (ii) a designação de audiência prévia
de conciliação, nos termos do artigos 319, VII, e 334, do Código de Processo Civil, razão pela
qual, ao desconsiderar tais requerimentos, a r. sentença prolatada torna-se nula.
7. Neste mesmo sentido, o Eg. TJSP assentou, em numerosas

oportunidades, que a falta de exaurimento da fase de instrução processual, combinada com
o julgamento antecipado da lide, viola o princípio do contraditório e da ampla defesa,
previsto no art. 5º, LV, CF, ocasionando error in procedendo resultando na nulidade de
sentença. Vejamos:
"JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE – Cerceamento de defesa – Ocorrência – Réu

que questionou a veracidade do documento de compra e venda – Pedido expresso de
produção de prova pericial – Descabimento de julgamento antecipado ante a
necessidade de dilação probatória – Recurso provido para anular a sentença e
determinar o regular prosseguimento do feito. (grifos nossos)4
REINTEGRAÇÃO DE POSSE – JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE – Pedido de

produção de prova testemunhal. Cerceamento de defesa. OCORRÊNCIA: A questão
não permite o julgamento antecipado da lide, porque os documentos trazidos aos
autos não são suficientes para a solução do litígio de natureza possessória.
Sentença anulada. RECURSO PROVIDO. (grifos nossos.)5
PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.

OCORRÊNCIA. PEDIDO DE PRODUÇÃO DE PROVAS. NÃO APRECIAÇÃO. OFENSA AO
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO PLENO. PRELIMINAR ACOLHIDA.
IMPERIOSA A ANULAÇÃO DA SENTENÇA PARA A DILAÇÃO PROBATÓRIA. APELO
PROVIDO PARA ANULAR A SENTENÇA. Em homenagem aos princípios da ampla
defesa e contraditório pleno, é imperioso que se abra oportunidade para que a ré, no
curso da presente ação de conhecimento, produza prova de tudo quanto alega, em
especial, perícia técnica no aparelho de medição que afirma ter sido objeto de
fraude”. (grifos nossos)6
4
TJSP, Apelação Cível nº 1009899-35.2018.8.26.0564, DJe: 18.jun.2019, Relator: J. B. Franco de Godoi
5
TJSP, Apelação Cível nº 1009491-97.2017.8.26.0008, Dje 29.mai.2019, Relator: Israel Góes dos Anjos
6
TJSP, Apelação nº 0003698-60.2012.8.26.0077, DJe 27.nov.2012, Relator: Adilson de Araujo.
4
.
fls. 161
8. Portanto, a partir da leitura das r. decisões acima, evidencia-se que o

Eg. Tribunal em questão entende que a desconsideração do requerimento de designação de
audiência de instrução e julgamento e produção de provas documentais, cerceando a
defesa e julgando antecipadamente da lide, ao desconsiderar os pedidos de produção de
provas, viola os princípios da ampla defesa e do contraditório, devendo acarretar em
nulidade de sentença. Este é o entendimento vigente a respeito da questão de fundo em
discussão.
9. Por conseguinte, é inconteste que o feito não se encontrava “maduro”

para prolação de sentença, razão pela qual este MM. Juízo não poderia tê-lo julgado no
estado em que se encontrava, uma vez que a instrução probatória não havia se encerrado.
Não obstante, ainda que se entendesse que o feito estava pronto para julgamento, este MM.
Juízo, deveria ter fundamentado a razão pela qual entendeu ser desnecessária a produção
das provas requeridas. Evidente, portanto, a necessidade de serem valorados os pontos ora
descritos.
10. Portanto, conforme amplamente exposto, a r. sentença deve ser

anulada por permitir claro cerceamento de defesa, impedindo o pleno exercício do
contraditório e da ampla defesa e violando o disposto no artigo 93, inciso IX7 e no art. 5º, inc.
LV, ambos da Constituição Federal. Desse modo, impõe-se reconhecer a impossibilidade do
julgamento antecipado do mérito, visto que, havendo controvérsia a respeito de fatos, é
imprescindível que esse d. Juízo viabilize ao ora embargante a produção da prova
previamente requerida.
7
CF: “Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.”
5
.
fls. 162
11. Por todo o exposto, com a devida vênia, é evidente a omissão

apontada no r. acórdão recorrido, de modo que, nos termos do artigo 1.022, II, do Código de
Processo Civil, requer a embargante que sejam admitidos e acolhidos os presentes
embargos, de modo a sanar os vícios nele contidos, sendo anulada a r. sentença.
Nesses termos, pede deferimento.

Do Rio de Janeiro para São Paulo, 23 de novembro de 2022

IRAPUÃ SANTANA FELIPE DE MELO E FONTE

6
fls. 163

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº, 9º andar - salas nº 905 e 913 - Centro
CEP: 01501-900 - São Paulo - SP
Telefone: 2171-6165 - E-mail: sp21cv@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E54A59F.
DECISÃO
Processo nº: 1035473-13.2022.8.26.0114

Vistos.
Fls. 157/162: conheço os embargos declaratórios opostos, tempestivos, mas não os
acolho, porquanto inexista erro material, omissão, contradição ou obscuridade.
Há, aqui, insurgência verdadeiramente contrária às razões de decidir, ao
fundamento de que, precipitadas, deram desate ao feito quando ainda não hábil o julgamento,
sendo necessária extensão probatória. Trata-se, pois, de intento manifestamente infringente,
reformador, que é alheio ao recurso manejado e não merece acolhida.
Por tais razões, NÃO ACOLHO os embargos opostos.
Intimem-se.

Processo nº 1035473-13.2022.8.26.0114 - p. 1
fls. 164

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E55CFCF.
Advogado Forma
Teor do ato: "Fls. 157/162: conheço os embargos declaratórios opostos, tempestivos, mas não os
acolho, porquanto inexista erro material, omissão, contradição ou obscuridade. Há, aqui, insurgência
verdadeiramente contrária às razões de decidir, ao fundamento de que, precipitadas, deram desate ao feito
quando ainda não hábil o julgamento, sendo necessária extensão probatória. Trata-se, pois, de intento
manifestamente infringente, reformador, que é alheio ao recurso manejado e não merece acolhida. Por tais
razões, NÃO ACOLHO os embargos opostos. Intimem-se."

fls. 165

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código E580E8D.
Advogado
Teor do ato: "Fls. 157/162: conheço os embargos declaratórios opostos, tempestivos, mas não os
acolho, porquanto inexista erro material, omissão, contradição ou obscuridade. Há, aqui, insurgência
verdadeiramente contrária às razões de decidir, ao fundamento de que, precipitadas, deram desate ao feito
quando ainda não hábil o julgamento, sendo necessária extensão probatória. Trata-se, pois, de intento
manifestamente infringente, reformador, que é alheio ao recurso manejado e não merece acolhida. Por tais
razões, NÃO ACOLHO os embargos opostos. Intimem-se."
SÃO PAULO, 26 de novembro de 2022.

.
fls. 166
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 21ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO -
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EA8E8AD.
DARE-SP nº 230590006809801 (Doc. 01)
Ref.: Processo nº 1035473-13.2022.8.26.0114
MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. (“MEDIVAX”), devidamente

qualificada nos autos em referência, que move em face da Cura - Centro de Ultrassonografia
e Radiologia S.A. (“CURA”), vem a V. Exa., tempestivamente1, por seus advogados, nos
termos do art. 1.009 e ss. do Código de Processo Civil, interpor recurso de APELAÇÃO contra
a r. sentença de fls. 150-154, integrada pela r. decisão de fls. 163, que julgou improcedentes
os pedidos autorais. Requer, assim, que V. Exa. receba o presente recurso e, ultimados os
trâmites de estilo, sejam os autos remetidos ao Eg. Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo para processamento e julgamento.
Nesses termos, pede deferimento.

Do Rio de Janeiro para São Paulo, 24 de janeiro de 2023

FELIPE DE MELO FONTE IRAPUÃ SANTANA

OAB/RJ Nº 140.467 OAB/SP nº 341.538
1
A publicação da decisão que não acolheu os embargos de declaração opostos pela autora ocorreu em
29.11.2022 (terça-feira). Considerando o feriado do Dia da Justiça em 8 de dezembro e a suspensão dos prazos
processuais durante o Recesso Forense, de 20.12.2022 à 20.01.2023 (Provimento CSM Nº 2641/2021 - Doc.
02), o prazo de 15 (quinze) dias úteis para interposição da presente apelação se encerra em 24.01.2023
(terça-feira).
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.
fls. 167
APELANTE: MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. (“MEDIVAX”)

APELADA: CURA - CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A. (“CURA”)
RAZÕES DAS APELANTE
Eg. Câmara:
1. O presente recurso de apelação impugna a r. sentença de fls. 150-154,

integrada pela r. decisão de fls. 163, proferida pelo MM. Juízo da 21ª Vara Cível da Comarca
de São Paulo, que julgou improcedentes os pedidos da autora, ora apelante, na ação de
cobrança ajuizada pela Medivax Indústria e Comércia LTDA. em face da Cura - Centro de
Ultrassonografia e Radiologia S.A. (“CURA”). A demanda tem por objetivo o reconhecimento
do direito da autora ao ressarcimento de R$ 61.200,00 (sessenta e um mil e duzentos reais),
referentes às 36 (trinta e seis) parcelas do pagamento do contrato firmado com a ré, no valor
mensal de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais), devidamente atualizados e acrescidos de
juros, no montante final de R$ 85.981,46 (oitenta e cinco mil novecentos e oitenta e um reais
e quarenta e seis centavos), à época do ajuizamento.
2. Ocorre que, apesar dos argumentos apresentados na inicial e

reiterados em réplica, a r. sentença, equivocadamente, julgou os pedidos improcedentes e
condenou a ora apelante ao pagamento das despesas processuais e dos honorários
advocatícios, referentes a 10% do valor da causa.
3. Em síntese, o MM. Juízo julgou a matéria valendo das regras de

distribuição do ônus probatório, afirmando que que a autora, ora apelante, não teria
comprovado a existência do contrato de locação do equipamento entregue à Cura e que os
elementos trazidos aos autos concluiriam pela existência de um suposto comodato verbal.
No mais, argumentou que seria desnecessária a produção de prova em audiência, nos
termos do art. 355, I do Código de Processo Civil, razão pela qual julgou o mérito
antecipadamente.
2
.
fls. 168
4. Entretanto, com as devidas vênias, verifica-se o desacerto quanto ao

entendimento proferido na r. sentença. O MM. Juízo não pode simplesmente suprimir a
etapa probatória, efetuando o julgamento antecipado da lide, e ao mesmo tempo julgar
por presunção, aplicando as regras de distribuição do ônus da prova ao caso concreto. É
dizer: o MM. Juízo presumiu que o feito estaria pronto para julgamento antecipado,
deixando de considerar o requerimento para produção de provas orais e documentais
suplementares, formulado expressamente pela ora apelante tanto em sua petição inicial,
quanto em sua réplica.
5. Sendo assim, resta evidente que, a r. sentença apelada, ao ser

proferida sem a devida e necessária consumação de instrução processual, resulta em claro
cerceamento de defesa, contrariando o princípio constitucional do devido processo legal,
previsto no art. 5º, inciso LV da Constituição Federal2, além de evidente violação ao princípio
da vedação à decisão surpresa, disposto nos arts. 9º e 10, do Código de Processo Civil,
razão pela qual a r. sentença prolatada torna-se nula. É claro, por outro lado, o error in
procedendo pela inobservância do art. 355, I, do Código de Processo Civil.
6. Ademais, verifica-se também equívocos no que diz respeito aos

argumentos utilizados na r. sentença que julgou improcedentes os pedidos autorais.
Conforme restará demonstrado, o entendimento não merece prosperar visto que, (i) a
autora é credora da ré, no montante de R$ 85.981,46 (oitenta e cinco mil, novecentos e
oitenta e um reais e quarenta e seis centavos), atualizado até a propositura da ação,
referente ao dever de remuneração pela locação do equipamento, uma vez que a prestação
de um serviço sem a sua devida contraprestação configura ato ilícito; (ii) ocorreu o aceite,
por parte da representante da ré, com relação à proposta comercial para a prestação de
serviços de locação referente ao equipamento para automação Caris Standard, bem como
dos valores para fornecimento dos reagentes, como comprovam os e-mails trocados e
2
3
.
fls. 169
apresentados nos autos; (iii) em nenhum momento foi feita qualquer menção à
7. Portanto, com base nos fundamentos referidos, verifica-se a
necessidade de anulação da r. sentença. Caso não seja esse o entendimento desta Eg.
Câmara, é manifesta que a reforma da r. sentença apelada é medida que se impõe pelos
motivos a seguir expostos. Antes de prosseguir, convém fazer uma breve síntese da demanda
até o momento.
I. DOS FATOS E DA R. SENTENÇA APELADA
8. Como antecipado, buscou-se, por meio de ação de cobrança ajuizada

pela Medivax Indústria e Comércia LTDA. em face da Cura - Centro de Ultrassonografia e
Radiologia S.A. (“CURA”), o reconhecimento do direito da autora ao ressarcimento do valor
de R$ 61.200,00 (sessenta e um mil e duzentos reais), referentes às 36 (trinta e seis)
parcelas do pagamento do contrato firmado com a ré, no valor mensal de R$ 1.700,00 (mil e
setecentos reais), devidamente atualizados e acrescidos de juros, no montante final de R$
85.981,46 (oitenta e cinco mil novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos), à
época do ajuizamento.
9. Em síntese, a autora é uma empresa renomada no mercado de

comércio atacadista de instrumentos e materiais para utilização médica, cirúrgica, hospitalar
e laboratorial. Dentre os serviços prestados, destaca-se aquele de locação de equipamentos
para diagnóstico laboratorial.
10. Em 22 de maio de 2018, a Sra. Naira Chwal, representante comercial e

gestora de contas da Medivax, enviou para a Sra. Viviane Cardoso dos Santos, líder de
técnicas manuais e biologia molecular da Cura, proposta comercial para a prestação de
serviços de locação referente ao equipamento para automação Caris Standard, bem como
os valores para fornecimento dos reagentes (kits de imunofluorescência) a serem utilizados
nos exames.
4
.
fls. 170
11. A proposta, então, definiu que o valor de locação mensal do

equipamento seria de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais), com o prazo de entrega dos
(trinta) dias.
12. Nesses termos, em 29 de junho de 2018, a proposta foi devidamente

aceita pela responsável da Cura, a Sra. Viviane Cardoso dos Santos, que autorizou os valores
enviados, bem como o envio e instalação do equipamento, conforme e-mail enviado para a
Sra. Naira Chwal em que consta o “de acordo” (Doc. 03).
13. Assim, o referido equipamento, cujo número de série é 2.158, foi

devidamente entregue à Cura, destinatário, em 08.10.2018 às 13:45h (Doc. 04), tendo sido
recebido pela Sra. Viviane Cardoso dos Santos e posteriormente instalado nas dependências
do laboratório da ré. Na sequência, para formalizar o serviço prestado, a autora encaminhou
para assinatura o contrato de locação de equipamentos ao réu, com data de início em
01.02.2019 e vigência de 36 (trinta e seis) meses a partir dessa data (Doc. 05).

reais), referentes às 36 (trinta e seis) parcelas no valor de R$ 1.700,00 (mil e setecentos
reais). O valor, devidamente atualizado, até o presente momento soma R$ 85.981,46
(oitenta e cinco mil novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos).
15. Pois bem. Sobreveio a r. sentença de improcedência dos pedidos

autorais, conforme registrado. Apesar dos fatos e fundamentos apresentados, o MM. Juízo
da 21ª Vara Cível da Comarca de São Paulo indeferiu, equivocadamente, o pedido formulado
pela ora apelante, desconsiderando toda a troca de e-mails entre as partes (fls. 33)
amplamente exposta nos autos. Nos e-mails, é possível constatar com clareza que ocorreu o
aceite, por parte da representante da ré, com relação à proposta comercial para a
prestação de serviços de locação referente ao equipamento para automação Caris
5
.
fls. 171
Standard, bem como dos valores para fornecimento dos reagentes (kits de
imunofluorescência) a serem utilizados nos exames.
16. E não é só. O MM. Juízo também fundamentou-se no entendimento
de que seria desnecessária produção de prova em audiência, nos termos do art. 355, I do
Código de Processo Civil, razão pela qual julgou o mérito antecipadamente. Confira-se:
“Julgo o feito antecipadamente porque desnecessária a produção de prova em

audiência nos termos do art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil”.
17. Neste sentido, ao presumir que o feito estaria pronto para julgamento
antecipado, foi omisso ao deixar de considerar o requerimento para produção de provas oral
e documental suplementar, formulado expressamente pela ora apelante tanto em sua
petição inicial, quanto em sua réplica.
18. Como não poderia deixar de ser, em função do vício de omissão na

sentença, a MEDIVAX opôs embargos de declaração, que, entretanto, foram desprovidos sem
qualquer fundamentação específica ou mesmo análise dos pontos que o decisum havia se
furtado de decidir. Veja-se:
“Fls. 157/162: conheço os embargos declaratórios opostos, tempestivos, mas não os

acolho, porquanto inexista erro material, omissão, contradição ou obscuridade.Há,
aqui, insurgência verdadeiramente contrária às razões de decidir, ao fundamento de
que, precipitadas, deram desate ao feito quando ainda não hábil o julgamento,sendo
necessária extensão probatória. Trata-se, pois, de intento manifestamente
infringente,reformador, que é alheio ao recurso manejado e não merece acolhida.Por
tais razões, NÃO ACOLHO os embargos opostos”.
19. Contudo, esse argumento não merece prosperar. Devido à ausência de

fundamentação de sua decisão neste sentido, ocorreu nítida violação ao art. 355, I, do CPC.
Resta evidente, que esse d. Juízo não está autorizado a realizar o julgamento antecipado da
lide, uma vez que não versa o conflito sobre matéria exclusivamente de direito, mas
primordialmente de fatos controvertidos que requerem o exaurimento da fase de
instrução, razão pela qual deve ser anulada a r. sentença.
6
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fls. 172
20. Portanto, com base nos fundamentos ora retomados, verifica-se a

necessidade de anulação da r. sentença. Caso não seja esse o entendimento desta Eg.
Câmara, a reforma da r. sentença apelada é medida que se impõe. É o que passa a
demonstrar.
II. PRELIMINARMENTE: DA NULIDADE DA SENTENÇA POR ERROR IN PROCEDENDO
21. Como exposto, o Juízo a quo, ao julgar antecipadamente o feito, violou

o direito à prova da apelante ao simplesmente desconsiderar o requerimento formulado
expressamente pela ora apelante para produção de provas orais e documentais. Sendo
assim, resta evidente que, a r. sentença, então embargada, ao ser proferida sem a devida e
necessária consumação de instrução processual, resulta em claro cerceamento de defesa,
contrariando o princípio constitucional da ampla defesa, previsto no art. 5º, inciso LV da
Constituição Federal3.
22. Comprova-se o argumento pela simples leitura de alguns trechos da r.

sentença. Veja-se:
“(...) Julgo o feito antecipadamente porque desnecessária a produção de prova em

audiência nos termos do art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil.
O pedido improcede.
(...)
Pois bem. A razão assiste à ré.
Os elementos de convicção existentes nos autos não apontam para a existência do
contrato de locação do equipamento entregue à requerida, mas, pelo contrato, são
compatíveis com a existência de comodato verbal. Note-se que o instrumento pela
autora acostado é desprovido da completa qualificação da ré, bem como da
assinatura desta, de modo que não comprova a existência de contrato de locação
escrito.
Ausentes também outros elementos de prova indicativos da existência da locação,
como emissão de boleto, a indicação de outro modo de pagamento dos alugueres ou
a realização de qualquer ato de cobrança durante os supostos 36 meses de vigência.
Não há, portanto, um único início de prova documental que sustente a tese da
autora, algo difícil de se conceber nos tempos atuais, de farta comunicação
eletrônica, que, aliás, foi mantida pelas partes.
3
7
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fls. 173
Por outro lado, os elementos de convicção todos acenam à verossimilhança da tese

da requerida, qual seja, de que a relação jurídica entre as partes é de comodato
quanto ao equipamento Caris Standard.
(...)
Ora, claro está na comunicação mantida pelas partes que a autora aguardava a
aprovação da proposta de fornecimento dos kits de imunofluorescência para, após
enviar os produtos e instalar o equipamento. Soma-se a isso, a ausência de
pagamento de qualquer valor pela ré durante a vigência do suposto contrato, a título
de aluguel do equipamento, bem como a ausência de qualquer ato de cobrança da
autora durante todo o período.
Assim, tais elementos de convicção, apesar de não serem absolutos, somados são
suficientes para demonstrar a inexistência da locação.
Pelo exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido e, em decorrência da sucumbência,
condeno a autora no pagamento das despesas processuais e
atualizada.” (grifos nossos)
23. Com base nos trechos acima, comprova-se que a r. sentença, além de
não se pronunciar sobre o requerimento da autora, sequer fundamentou o decisum,
restando assim, evidente, que o d. Juízo não está autorizado a realizar o julgamento
antecipado da lide, uma vez que não versa o conflito sobre matéria exclusivamente de
direito, mas primordialmente de fatos controvertidos que requerem o exaurimento da fase
instrutória e probatória.
24. Desta forma, mostram-se imprescindíveis para a correta solução do

feito, a devida atenção aos pedidos de (i) produção de todos os meios de prova em direito
admitidos, em especial o documental e o testemunhal, bem como (ii) a designação de
audiência prévia de conciliação, nos termos do artigos 319, VII, e 334, do Código de Processo
Civil, razão pela qual, ao desconsiderar tais requerimentos, a r. sentença prolatada torna-se
nula.
25. Sobre esse ponto, o Eg. STJ assentou que o julgamento antecipado de
uma ação, ausente a necessária produção de provas, constitui cerceamento de defesa e
ofensa aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo
legal. Veja-se:
“PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO MORAL E MATERIAL. CONTA-POUPANÇA.

TRANSFERÊNCIA INDEVIDA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. AUSÊNCIA DA
NECESSÁRIA INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. CERCEAMENTO AO DIREITO DE DEFESA.
MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. ANULAÇÃO DE OFÍCIO DA SENTENÇA PELO
8
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fls. 174
ACÓRDÃO RECORRIDO. POSSIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA

PROVIMENTO. 1. Evidenciada a necessidade da produção de provas requeridas pela
autora, a tempo oportuno, constitui cerceamento de defesa o julgamento antecipado
da lide, com infração aos princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e
devido processo legal. 2. A violação a tais princípios constitui matéria de ordem
pública e pode ser conhecida de ofício pelo órgão julgador. 3. Recurso especial
não-provido”. (grifos nossos.)4
26. Corroborando o entendimento pacificado pelo Superior Tribunal de

Justiça, o Eg. TJSP determinou, em numerosas oportunidades, que a falta de exaurimento da
fase de instrução processual, combinada com o julgamento antecipado da lide, viola o
princípio do contraditório e da ampla defesa, previsto no art. 5º, LV, CF, ocasionando error in
procedendo, resultando na nulidade de sentença. Vejamos:
"JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE – Cerceamento de defesa – Ocorrência – Réu

que questionou a veracidade do documento de compra e venda – Pedido expresso de
produção de prova pericial – Descabimento de julgamento antecipado ante a
necessidade de dilação probatória – Recurso provido para anular a sentença e
determinar o regular prosseguimento do feito". (grifos nossos)5
"REINTEGRAÇÃO DE POSSE – JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE – Pedido de

produção de prova testemunhal. Cerceamento de defesa. OCORRÊNCIA: A questão
não permite o julgamento antecipado da lide, porque os documentos trazidos aos
autos não são suficientes para a solução do litígio de natureza possessória.
Sentença anulada. RECURSO PROVIDO". (grifos nossos.)6
"PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA

LIDE. OCORRÊNCIA. PEDIDO DE PRODUÇÃO DE PROVAS. NÃO APRECIAÇÃO. OFENSA
AO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO PLENO. PRELIMINAR
ACOLHIDA. IMPERIOSA A ANULAÇÃO DA SENTENÇA PARA A DILAÇÃO PROBATÓRIA.
APELO PROVIDO PARA ANULAR A SENTENÇA. Em homenagem aos princípios da
ampla defesa e contraditório pleno, é imperioso que se abra oportunidade para que a
ré, no curso da presente ação de conhecimento, produza prova de tudo quanto alega,
em especial, perícia técnica no aparelho de medição que afirma ter sido objeto de
fraude”. (grifos nossos)7
27. Portanto, a partir da leitura das decisões acima, evidencia-se que a

desconsideração do requerimento de designação de audiência de instrução e julgamento e
produção de provas documentais, cerceando a defesa e julgando antecipadamente da lide,
ao desconsiderar os pedidos de produção de provas, viola os princípios da ampla defesa e
4
STJ, REsp nº 714.467/PB, DJe: 09.set.2010, Relator: Ministro Luis Felipe Salomão.
5
TJSP, Apelação Cível nº 1009899-35.2018.8.26.0564, DJe: 18.jun.2019, Relator: J. B. Franco de Godoi.
6
TJSP, Apelação Cível nº 1009491-97.2017.8.26.0008, Dje 29.mai.2019, Relator: Israel Góes dos Anjos.
7
TJSP, Apelação nº 0003698-60.2012.8.26.0077, DJe 27.nov.2012, Relator: Adilson de Araujo.
9
.
fls. 175
do contraditório, devendo acarretar em nulidade de sentença. Este é, em suma, o

entendimento vigente a respeito da questão de fundo em discussão.
28. Nesse mesmo sentido, em busca de um contraditório efetivo,
destaca-se o princípio da não surpresa, expresso no artigo 10 do Código de Processo Civil8. A
intenção da norma processual é de permitir às partes, para além da ciência do processo, que
tenham a possibilidade de participar efetivamente dele, dispondo, portanto, que o juiz não
poderá decidir com base em fundamento sobre o qual não tenha dado às partes a
oportunidade de se manifestar, mesmo que se trate de matéria que deva ser decidida de
ofício.
29. Nesse sentido, é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, em

precedente em que se destaca a preocupação com o princípio do contraditório, a paridade
de tratamento, o direito de ser ouvido, bem como o direito de manifestação ampla sobre o
substrato fático que respalda a causa de pedir e o pedido, além das questões de ordem
pública. Confira-se:
“RECURSO ESPECIAL. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM QUE ADOTOU

FUNDAMENTO DIVERSO DO ADOTADO PELA SENTENÇA, COM BASE EM NOVA
SITUAÇÃO DE FATO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA. ART. 10 DO
CPC/2015. OCORRÊNCIA. ANULAÇÃO PARA OITIVA DA PARTE. DESNECESSIDADE.
AUSÊNCIA DE PREJUÍZO.
1. "O 'fundamento' ao qual se refere o art. 10 do CPC/2015 é o fundamento jurídico -

circunstância de fato qualificada pelo direito, em que se baseia a pretensão ou a
defesa, ou que possa ter influência no julgamento, mesmo que superveniente ao
ajuizamento da ação -, não se confundindo com o fundamento legal (dispositivo de
lei regente da matéria). A aplicação do princípio da não surpresa não impõe,
portanto, ao julgador que informe previamente às partes quais os dispositivos
legais passíveis de aplicação para o exame da causa. O conhecimento geral da lei é
presunção jure et de jure" (EDcl no Resp n° 1.280.825/RJ, Rel. Min. Maria Isabel
Gallotti, Quarta Turma, julgado em 27/6/2017, DJe 1/8/2017.)2. O art. 933 do
CPC/2015, em sintonia com o multicitado art. 10, veda a decisão surpresa no
âmbito dos tribunais, assinalando que, seja pela ocorrência de fato superveniente,
seja por vislumbrar matéria apreciável de ofício ainda não examinada, deverá o
julgador abrir vista, antes de julgar o recurso, para que as partes possam se
manifestar.
(...)
8
CPC: “Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do
qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício.”
10
.
fls. 176
7. Recurso especial provido. (grifos nossos)”9
30. Sobre o princípio da não surpresa, também se manifestou este Eg.
TJSP:
“APELAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM

RESTITUIÇÃO DE VALORES E REPARAÇÃO DE DANOS. VEDAÇÃO À
DECISÃO-SURPRESA. INOBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL QUE ACARRETA
NULIDADE INSANÁVEL. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 9º E 10 DO CPC/2015. SENTENÇA
ANULADA DE OFÍCIO.
Os arts. 9º e 10 do CPC/2015 têm por escopo tornar obrigatória a intimação das
partes para se manifestarem previamente à decisão judicial, proibindo que seja
proferida contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida, cuja
inobservância do devido processo legal acarreta a insanável nulidade da decisão.
Portanto, considerando que houve violação aos princípios do contraditório e da
ampla defesa com a "decisão-surpresa" que reconheceu oficiosamente a
prescrição, impõe-se a anulação da sentença, de ofício, para determinar a prévia
manifestação das partes a respeito da questão a ser dirimida, em observância ao
devido processo legal. Precedentes do C. Superior Tribunal de Justiça e deste E.
Tribunal de Justiça. (grifos nossos)10
AGRAVO DE INSTRUMENTO – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – CERCEAMENTO DE

DEFESA – VEDAÇÃO DE DECISÃO SURPRESA
Decisão que deferiu o requerimento formulado pela exequente, ora agravada, de
penhora no rosto dos autos do processo sob nº 0012652-51.2019.8.26.0562. antes
de oportunizar aos executados, ora agravantes, prazo para manifestação sobre este
pedido – Cerceamento de defesa – Ocorrência – Violação aos artigos 9º e 10 do novo
CPC - Ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa - Precedentes do
TJSP – Necessidade de conceder previamente aos executados prazo para
manifestação, para posterior decisão a este respeito - Decisão anulada – RECURSO
PROVIDO. (grifos nossos)11”
31. Por conseguinte, é inconteste que o feito não se encontrava “maduro”

para prolação de sentença, razão pela qual não poderia ter sido julgado no estado em que se
encontrava, uma vez que a instrução probatória não havia se encerrado. Não obstante, ainda
que se entendesse o contrário, deveria ter sido fundamentada a razão pela qual entendeu-se
ser desnecessária a produção das provas requeridas.
32. Portanto, conforme amplamente exposto, a r. sentença deve ser

anulada por ser claro o cerceamento de defesa, impedindo o pleno exercício do
9
STJ. REsp 1.755.266, Dje 20.nov.2018. Relator Ministro Luis Felipe Salomão.
10
TJSP. AC 1016538-95.2017.8.26.0405, DJe: 06.set.2019, Relator: Adilson de Araujo.
11
TJSP. AI 2051230-81.2022.8.26.0000, Dje 29.mai.2022, Relator: Plinio Novaes de Andrade Júnior.
11
.
fls. 177
contraditório e da ampla defesa e violando o disposto no artigo 93, inciso IX12 e no art. 5º,
inc. LV, ambos da Constituição Federal. Com isso, impõe-se reconhecer a impossibilidade do
julgamento antecipado do mérito, visto que, havendo controvérsia a respeito de fatos, é
imprescindível que se viabilize ao ora apelante a produção da prova como previamente
requerida.
III. DOS FUNDAMENTOS PARA REFORMA INTEGRAL DA R. SENTENÇA
33. Como fartamente exposto na inicial, e reiterado em réplica, não condiz

com a realidade dos fatos a tese principal apresentada na contestação da empresa ré, de
que jamais teria contratado o aluguel de qualquer equipamento, mas, tão somente, teria
ocorrido “um ajuste financeiro entre as partes relacionado à compra de material (kits de
reagentes) para dosagens laboratoriais”.
34. Ao encampar essa argumentação, a r. sentença apelada incorreu em

equívoco ao considerar que “os elementos de convicção existentes nos autos não apontam
para a existência do contrato de locação do equipamento entregue à requerida, mas, pelo
contrato, são compatíveis com a existência de comodato verbal”. Neste sentido, com as
devidas vênias, acolher a tese de que o equipamento objeto da presente ação foi fornecido
pela autora a título de comodato, é atentar contra a óbvia realidade dos fatos.
35. De início, reitera-se que, em 22 de maio de 2018, a Sra. Naira Chwal,

representante comercial e gestora de contas da Medivax, enviou para a Sra. Viviane Cardoso
dos Santos, líder de técnicas manuais e biologia molecular da Cura, proposta comercial para
a prestação de serviços de locação referente ao equipamento para automação Caris
Standard, bem como os valores para fornecimento dos reagentes (kits de
imunofluorescência) a serem utilizados nos exames.
12
CF: “Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.”
12
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fls. 178
36. Neste sentido, diante da troca de e-mails entre as partes (fls. 33), é
possível constatar, claramente, que ocorreu o aceite, por parte da representante da ré, com
relação à proposta comercial para a prestação de serviços de locação referente ao
equipamento para automação Caris Standard, bem como dos valores para fornecimento
dos reagentes (kits de imunofluorescência) a serem utilizados nos exames. Veja-se:
37. Em resposta ao e-mail da representante da Medivax, a Sra. Viviane

Cardoso, representante da empresa ré, manifestou estar de acordo com a proposta enviada
e solicitou que fosse dado prosseguimento à instalação do equipamento. São os termos do
e-mail:
38. A proposta em questão, então, definiu que o valor de locação mensal

do equipamento seria de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais), com o prazo de entrega dos
(trinta) dias.
13
.
fls. 179
39. E não é só. Diferentemente do que sustenta a ré, em nenhum

momento foi feita qualquer menção à disponibilização da máquina por comodato, em
detrimento da hipótese de locação. Vale ressaltar que o contrato de comodato pressupõe,
em sua natureza jurídica a característica da gratuidade, ou seja, não há uma contraprestação
financeira para o empréstimo. Ora. É evidente que o objetivo da autora, que está presente
em laboratórios em mais de 90 países, nos cinco continentes, é a obtenção de lucro
resultante da locação dos equipamentos que fornece.
40. Neste ponto é importante retomar que existe uma linha tênue entre o
conceito de locação e aquele de comodato, não observado pela parte ré em sua
contestação: nos termos do artigo 579, do Código Civil, o "comodato é o empréstimo
gratuito de coisas não fungíveis" que se perfaz com a tradição do objeto. É modalidade de
empréstimo que não envolve o pagamento ou recebimento de qualquer valor econômico - o
que não condiz com o que comprovam os e-mails trocados entre a autora e a preposta da ré,
inclusive, porque caberia à Medivax até mesmo a manutenção do equipamento, caso
necessário, o que, no caso do comodato, seria de estrita responsabilidade do comodatário,
no caso, a Cura.
41. A título informativo, o referido equipamento é extremamente

complexo, sendo composto por um sistema automatizado com capacidade para 40 lâminas
por corrida ou 400 testes, 192 posições para amostras de pacientes, uso de tubos primários,
pré-diluição de amostras em microplaca, incubação automática, sistema de lavagem,
gerenciamento de reagentes, com no mínimo 10 protocolos diferentes em uma corrida com
diferentes tipos de lâminas, posição para no mínimo 30 reagentes, com leitor de código de
barras e lista de trabalho, conforme especificações enviadas na proposta comercial. Neste
cenário, não é razoável deduzir que um equipamento deste porte seria disponibilizado à
título de mero comodato.
42. No mais, a ré, em uma tentativa falha de corroborar suas alegações,

nada comprovou ao juntar contratos genéricos de comodatos, nos quais sequer constam os
dados mais básicos da contratada. Neste sentido, não se presta tal documento, portanto,
como prova de qualquer negociação a respeito de comodato.
14
.
fls. 180
43. Por fim, também é notório que, além do dano causado, a

inadimplência da ré equivale ao enriquecimento sem causa, como previsto pelo artigo 884,
do Código Civil13. Isso porque, ao receber o objeto do contrato, isto é, com o cumprimento da
obrigação pela Medivax, o aparelho foi utilizado da maneira que era pretendida sem que
tenha sido dispensado qualquer valor de pagamento pelo seu uso.
44. Neste contexto, é evidente que a r. sentença apelada também incorreu

em equívoco ao alegar “a ausência de pagamento de qualquer valor pela ré durante a
vigência do suposto contrato, a título de aluguel do equipamento, bem como a ausência de
qualquer ato de cobrança da autora durante todo o período”. Isto, pois, conforme exposto na
inicial, a autora procedeu com inúmeras tentativas informais de cobrança dos valores
devidos, na tentativa de solucionar o problema de forma rápida e amigável, seja por meio de
ligações telefônicas, e-mails e até mesmo reuniões com representantes do CURA, porém não
obteve êxito no recebimento do crédito em aberto.
45. Ainda no intuito de proceder com a composição extrajudicial, a autora

notificou a ré, nos termos do artigo 726 do Código de Processo Civil, em 10.05.2022, (Doc.
06) para que efetuasse a quitação do valor de R$ 61.200,00 (sessenta e um mil e duzentos
reais) no prazo de 10 (dez) dias úteis a partir da data de recebimento do documento.
Todavia, o pagamento não foi realizado até a presente data.
46. Cumpre ressaltar que a referida notificação extrajudicial não englobou

em seus valores totais a atualização monetária e os juros de mora devidos por inadimplência,
com a intenção de facilitar a quitação da dívida pelo devedor. Porém, e ainda assim, o réu
não efetuou o pagamento de forma amigável.
47. E não é só. Na r. sentença apelada, o MM. Juízo a quo também alegou
não haver “um único início de prova documental que sustente a tese da autora, algo difícil de
se conceber nos tempos atuais, de farta comunicação eletrônica”. Data máxima vênia, ao
13
CC: “Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o
indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.”
15
.
fls. 181
contrário do alegado, é evidente que os diversos documentos juntados aos autos pela ora
embargante cumprem o papel de corroborar os fatos alegados e atestar a sua veracidade.
48. Conforme depreende-se da petição inicial, reiterados em réplica, a
autora apresentou não só um, como três provas documentais comprobatórias: (i) a Nota
Fiscal de envio do bem, emitida pela autora, locadora do equipamento, com destino ao
estabelecimento da ré, locatária; (ii) as correspondências eletrônicas trocadas entre
gestoras de ambas empresas e (iii) a proposta de prestação de serviço e contrato
encaminhado por via eletrônica.
49. Neste sentido, é evidente que não há o que se falar em ausência de

prova documental. Assim, negar que os documentos apresentados sustentam a tese da
autora, incide em evidente contradição, além de atentarem contra a óbvia realidade dos
fatos.
50. Cabe ressaltar, novamente, que o julgamento antecipado da lide

acarretou na impossibilidade da autora de apresentar o outro meio de prova requerido por
ela, mas de igual importância: a prova testemunhal. Não restam dúvidas que esta
complementaria as provas documentais já apresentadas e contribuiria diretamente para que
se formasse o juízo discricionário deste MM. Juízo, para que se aplicasse, data máxima vênia,
a sanção realmente cabível à lide em questão.
51. Da mesma forma, resta também em evidente contradição a alegação

de que “(...) Por outro lado, os elementos de convicção todos acenam à verossimilhança da
tese da requerida, qual seja, de que a relação jurídica entre as partes é de comodato quanto
ao equipamento Caris Standard”. Ora, é inconteste que em nenhum momento foi feita
qualquer menção à disponibilização da máquina por comodato, em detrimento da
hipótese de locação.
52. No mais, a ré nada comprovou ao juntar contratos genéricos de

comodatos, nos quais sequer constam os dados mais básicos da contratada. Neste sentido,
não se presta tal documento, portanto, como prova de qualquer negociação a respeito de
16
.
fls. 182
comodato. Portanto, não há um único início de prova documental que sustente a tese da ré
de que a disponibilização da máquina se deu por meio de comodato.
53. Como se vê, mera dedução de que “os elementos de convicção todos
acenam à verossimilhança da tese da requerida, qual seja, de que a relação jurídica entre as
partes é de comodato”, quando tal modalidade não foi sequer mencionada, incorre em
evidente contradição.
IV. CONCLUSÃO
54. Por todo o exposto, requer que esse Eg. Tribunal conheça e dê
provimento ao recurso de apelação, anulando-se integralmente a r. sentença. Caso não seja
esse o entendimento desta Eg. Câmara, requer a reforma integral da r. sentença apelada para
o reconhecimento do pagamento da quantia devida.

Do Rio de Janeiro para São Paulo, 24 de janeiro de 2023


17
DOC. 01
fls. 183
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EA8E8B2.
.
fls. 184
85800000035-6 20000185112-0 30590006809-4 80120230116-7

Evite Fraudes! Antes de finalizar o pagamento no seu banco verifique os dados do beneficiário!

Secretaria da Fazenda e Planejamento DARE-SP
Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais
Documento Principal
R ALMIRANTE TEFFE, 645, SALA 1001, CENTRO NITEROI RJ
R$ 3.520,00
68.814.961 (21)3628-9900 1
06 - Observações 230590006809801
Proc. Origem 1035473-13.2022.8.26.0114 - Foro Central Cível
Emissão: 16/01/2023
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco
01 - Código de Receita – Descrição 02 - Código do Serviço – 19 - Qtde

DARE-SP Descrição Serviços: 1
Secretaria da Fazenda e Custas - judiciárias pertencentes ao Estado, TJ - 1123007 - PREPARO DA APELAÇÃO
230590006809801-0001
Planejamento Documento
Detalhe 230-6 referentes a atos judiciais
15 - Nome do Contribuinte 03 - Data de Vencimento 06 - 09 - Valor da Receita 12 - Acréscimo

16/01/2023 Financeiro
04 - Cnpj ou Cpf
Medivax Industria e Comercio Ltda
68.814.961/0001-73 R$ 3.520,00 R$ 0,00
16 - Endereço 05 - 07 - Referência 10 - Juros de Mora 13 - Honorários
R ALMIRANTE TEFFE, 645, SALA 1001, CENTRO NITEROI Advocatícios
RJ
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Proc. Origem 1035473-13.2022.8.26.0114 - Foro Central Cível Multa Por Infração
230590006809801-0001
Emissão: 16/01/2023 R$ 0,00 R$ 3.520,00
85800000035-6 20000185112-0 30590006809-4 80120230116-7

Secretaria da Fazenda e Planejamento DARE-SP
Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais
Documento Principal
R ALMIRANTE TEFFE, 645, SALA 1001, CENTRO NITEROI RJ
R$ 3.520,00
68.814.961 (21)3628-9900 1
06 - Observações 230590006809801
Proc. Origem 1035473-13.2022.8.26.0114 - Foro Central Cível
Emissão: 16/01/2023
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
.
fls. 185
G3381615508140691
16/01/2023 15:54:24
Boletos e convênios, com código de barra, contas

0183X00183

================================================
Convenio SEFAZ/SP-AMBIENTEPAG
Codigo de Barras 85800000035-6 20000185112-0
30590006809-4 80120230116-7
Banco do Brasil 001
AGÊNCIA DE RECOLHIMENTO: 183
TERMINAL DE RECOLHIMENTO: 183
CANAL DE PAGAMENTO: Internet
HORÁRIO DA TRANSAÇÃO: 15:54:11
DATA DA TRANSAÇÃO: 16/01/2023

Nr de controle- Dare-SP 230590006809801
Valor Total 3.520,00
------------------------------------------------
COMPROVANTE DE PAGAMENTO EMITIDO DE ACORDO COM A
PORTARIA CAT 126 DE 16/09/2011 E AUTORIZADO PELO
PROCESSO SF 38-9078843/2001.
================================================
DOCUMENTO: 011601
AUTENTICACAO SISBB:
E.34E.568.248.9A8.56E
================================================
1a via
================================================
.
fls. 186

0183X00183

================================================
Convenio SEFAZ/SP-AMBIENTEPAG
Codigo de Barras 85800000035-6 20000185112-0
30590006809-4 80120230116-7
Banco do Brasil 001
AGÊNCIA DE RECOLHIMENTO: 183
TERMINAL DE RECOLHIMENTO: 183
CANAL DE PAGAMENTO: Internet
HORÁRIO DA TRANSAÇÃO: 15:54:11
DATA DA TRANSAÇÃO: 16/01/2023

Nr de controle- Dare-SP 230590006809801
Valor Total 3.520,00
------------------------------------------------
COMPROVANTE DE PAGAMENTO EMITIDO DE ACORDO COM A
PORTARIA CAT 126 DE 16/09/2011 E AUTORIZADO PELO
PROCESSO SF 38-9078843/2001.
================================================
DOCUMENTO: 011601
AUTENTICACAO SISBB:
E.34E.568.248.9A8.56E
================================================
Via do Contribuinte
================================================
Transação efetuada com sucesso por: J8673625 KARIN BASILIO KHALILI DANNEMANN.
DOC. 02
fls. 187
.
fls. 188
(a) GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça.
Art. 2º - A partir da vigência da Resolução OE nº 849/2021, desde que satisfeitas as exigências legais para
aposentadoria e enquanto mantida a atividade, magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo têm direito ao
recebimento de abono de permanência de valor idêntico ao da contribuição previdenciária recolhida mensalmente, ou seja, de
Dispõe sobre a suspensão do expediente forense no exercício de 2022 e dá outras providências.
100% (cem por cento) do valor da contribuição previdenciária, percentual que não está sujeito à variação prevista no artigo 28
da Lei Complementar nº 1.354/2020.
Art. 3º – A partir da vigência da Resolução OE nº 849/2021, desde que satisfeitas as exigências legais para aposentadoria
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o expediente forense para o exercício de 2022,
e enquanto mantida a atividade, servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo têm direito ao recebimento de abono
de permanência.
Estadual nº 9497/1997,
§ 1º. Fica mantido, para o exercício de 2022, o valor do abono de permanência a que fazem jus os servidores, no percentual
de 100% (cem por cento) da contribuição previdenciária recolhida mensalmente, tal como previsto na Resolução nº 849/2021.
CONSIDERANDO o disposto no artigo 116 do Regimento Interno deste Tribunal de Justiça;
§ 2º. Estudos a cargo da Presidência do Tribunal de Justiça, com início imediato, terão por finalidade examinar conveniência
RESOLVE:
e oportunidade de, em dezembro de 2022, serem fixados percentuais diversificados para os servidores da Corte, segundo os
critérios e parâmetros estabelecidos pelo artigo 28 e seus §§, da Lei Complementar nº 1.354/2020, com a redação conferida
Art. 1º - No exercício de 2022 não haverá expediente no Foro Judicial de Primeira e Segunda Instâncias do Estado e na
pela Lei Complementar nº 1.361/2021.
2022
S
(a) GERALDO T FRANCISCO
Q QPINHEIRO
S FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça.
JAN 3 4 5 6 Recesso Forense CSM Nº 2.641/2021

PROVIMENTO
FEV 28 Dispõe sobre a suspensão doCarnaval

expediente forense no exercício de 2022 e dá outras providências

MAR 1º Carnaval
CONSIDERANDO a necessidade
14 de15regulamentar
Endoençaso expediente
e Sexta-feiraforense
Santa para o exercício de 2022,
ABR
JUN
Estadual nº 9497/1997, 16 17* Corpus Christi e suspensão do expediente*
SETCONSIDERANDO o7disposto no artigo 116 do Regimento

Independência doInterno
Brasil deste Tribunal de Justiça;
RESOLVE: 12 Nossa Senhora de Aparecida

OUT
Art. 1º - No exercício
2 de 2022 não haverá expediente no Foro Judicial de Primeira e Segunda Instâncias do Estado e na
Finados
NOV
8 Dia da Justiça
DEZ 20 21 22 23
2022
§ 1º - SAs horas
T não Qtrabalhadas
Q S dias 22/04/2022 (sexta-feira), 17/06/2022 (sexta-feira) e 14/11/2022 (segunda-feira)
nos
deverão ser repostas após o respectivo feriado e até o último dia útil do segundo mês subsequente, facultando-se ao servidor o
JANde horas
uso 3 de 4compensação,
5 6cujo controle ficará
Recesso Forense
a cargo dos dirigentes.
§ 2º - Nos registros de frequência deverá ser mencionada a informação, se o servidor cumpriu ou não, no prazo, a reposição,
utilizando-se
FEV 28 os respectivos códigos disponíveis no Módulo de Frequência.
Carnaval
MARArt. 2º - No dia1º 02/03/2022 (quarta-feira

Publicação Oficial do TribunalCarnaval
dedeCinzas), observado
Justiça do Estado de oSão
horário
Paulo de trabalho
- Lei Federal diferenciado no 4º
nº 11.419/06, art. Tribunal de Justiça, o
servidor iniciará sua jornada de trabalho 3 (três) horas após o horário a que estiver sujeito.
14 15 Endoenças e Sexta-feira Santa
ABR§ 1º - A jornada de trabalho dos servidores com carga horária reduzida será proporcional àquela cumprida pelo servidor.
§ 2º - O horário de início do atendimento aos advogados, estagiários de direito e público em geral, em todos os prédios da
Capital
JUN e Interior do Estado, ocorrerá
16 a partir
17* das 13 horas. e suspensão do expediente*
Art. 3º - Nos dias em que não houver expediente funcionará o Plantão Judiciário.
SET 7 Independência do Brasil
Art. 4º - Eventuais novos
12 feriados ou alteraçãoNossados já existentes
Senhora poderão ser acrescidos posteriormente.
de Aparecida
OUT
Art. 5º - Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
2 Finados
NOV
REGISTRE-SE. PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.
8 Dia da Justiça
DEZ São Paulo, 02 20de dezembro
21 22 23
de 2021.
(aa) GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça, LUIS SOARES DE MELLO
NETO,§ 1ºVice-Presidente
- As horas não trabalhadas
do Tribunalnosde dias 22/04/2022
Justiça, RICARDO (sexta-feira),
MAIR ANAFE,17/06/2022 Geral eda14/11/2022
(sexta-feira)
Corregedor (segunda-feira)
Justiça, JOSÉ CARLOS
deverão ser repostas
GONÇALVES XAVIER após
DEoAQUINO,
respectivoDecano,
feriado e GUILHERME
até o último dia útil do segundo
GONÇALVES mês subsequente,
STRENGER, facultando-se
Presidente da Seçãoaodeservidor o
Direito
uso de horas
Criminal, de compensação,
PAULO MAGALHÃEScujo DA controle ficará a cargo
COSTA COELHO, dos dirigentes.
Presidente da Seção de Direito Público, DIMAS RUBENS FONSECA,
§ 2º - Nos
Presidente daregistros
Seção de deDireito
frequência deverá ser mencionada a informação, se o servidor cumpriu ou não, no prazo, a reposição,
Privado.
utilizando-se os respectivos códigos disponíveis no Módulo de Frequência.

Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º
Dispõe sobre a estrutura dos Ofícios de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Foro Regional V – São Miguel
Paulista e do Foro Regional VII – Itaquera, ambos da Comarca da Capital.
DOC. 03
fls. 189
.
Tuesday, April 5, 2022 at 11:42:08 Brasilia Standard Time fls. 190
Assunto: Lab Cura: Instalação Caris Standard

Data: sexta-feira, 29 de junho de 2018 12:07:44 Horário Padrão de Brasília
De: Naira Chwal
Para: gvendas@medivax.com.br
CC: assistenciatecnica@medivax.com.br, ieda@medivax.com.br, eduardo@medivax.com.br
Cris,
Cliente aprovou a proposta comercial. Precisamos informar qual a previsão de instalação do Caris
Standard.
Dra Viviane prevê também validar em 1 semana. Será que conseguimos entregar a máquina na próxima
semana?
Abaixo o email dela informando que está de acordo para prosseguir.
Ieda,
Vamos precisar de tua ajuda para validação de Ana Hep-2, DNA, Anca, Endomísio e Ana Hep-2 Aesku.
Assim que eu programar a entrega dos kits de validação te avisarei ok?
Fico no aguardo sobre as informações de instalação do Caris.
De: Viviane Cardoso [mailto:VIVIANE.SANTOS@cura.com.br]

Enviada em: sexta-feira, 29 de junho de 2018 08:45
Para: Naira Chwal
Assunto: Re: ENC: Proposta atualizada com descontos
Bom dia Naira,
Estamos de acordo, pode prosseguir com a instalação do equipamento.
Muito obrigada,
---
CURA IMAGEM E DIAGNÓSTICO
Viviane Cardoso dos Santos
Líder Téc Manuais e Biologia Molecular
Tel.: 11 3075-3355 Ramal: 1714
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4407
Jardim Paulista – CEP.: 01401-001 - SP
Em 04/06/2018 15:38, Naira Chwal escreveu:
Viviane boa tarde!
Gostaria de saber um posicionamento com relação esta proposta. Para prosseguir com
planejamento de instalação de máquina e envio de kits para validação, preciso que retornes o email
informando que a proposta está aprovada comercialmente.
Se tiveres alguma dúvida, só avisar que posso te encontrar novamente.
Page 1 of 2
.
fls. 191
Um abraço,
De: Naira Chwal [mailto:naira@medivax.com.br]
Enviada em: terça-feira, 22 de maio de 2018 18:04
Para: Viviane Cardoso (viviane.santos@cura.com.br)
Assunto: Proposta atualizada com descontos
Viviane boa tarde!
Encaminho a proposta para os kits de Imunofluorescência, com redução nos preços para anti-
Endomísio (EMA de 16,00 para 15,00 / teste) e Anca (de 10,00 para 8,45 / teste), conforme
solicitado.
Por favor, preciso que aproves , respondendo este email, informando que estás de acordo com as
condições da proposta. Assim, irei providenciar a instalação do equipamento e envio dos kits
(bonificados) para validações.
Um abraço,
Naira Chwal
Gestora de Contas São Paulo
+55 (11)9 9517-5808
naira@medivax.com.br
www.medivax.com.br
Política de Qualidade:
"Estar sempre integrado aos nossos fornecedores, buscando a satisfação de nossos clientes e
nossos profissionais."
Atenção: As informações existentes nesta mensagem e nos arquivos anexados são para uso
restrito, sendo seu sigilo protegido por lei. Caso não seja destinatário, saiba que a leitura,
divulgação ou cópia são proibidas. Favor apagar as informações e notificar o remetente. O uso
impróprio será tratado conforme a Legislação em vigor.
Page 2 of 2
DOC. 04
fls. 192
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10/05/2022 11:00 Minuta_62860
fls. 193
MINUTA DE TRANSPORTE DE CARGA
VELOEX LOGISTICA E TRANSPORTES DE CARGAS LTDA
CNPJ:18.485.555/0002-17 62860 SAO
RUA DIAS DA SILVA, 672 - SAO PAULO - SP
FONE: (11) 3729-5191
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ORIGEM DESTINO
MEDIVAX INDUSTRIA E COMERCIO L - 68.814.961/0001-73 CURA LAB ANALISES CLINICAS LTD - 05.759.829/0001-96
Endereço: Endereço:
RUA VISCONDE DE ITABORAI, 282,282 - AVENIDA BRIGADEIRO LUIS ANTONIO,4407 -
Bairro Cep Bairro Cep
CENTRO 24030092 JARDIM PAULISTA 01401001
Cidade Fone: 36289900 Cidade Fone:
NITEROI - RJ PALMEIRAS DE SAO PAULO - SP
Tomador Emissor Base Data Hora
MEDIVAX INDUSTRIA E COMERCIO L 68.814.961/0001-73 HENRIQUE.SANTANA SAO 01/10/2018 19:31:55
Coleta Data da Coleta Seguradora Apolice Resp. Seguro

01/10/2018 TOKIO MARINE 5500000150321 TRANSPORTADORA
Resp. pela Entrega
Documentos transportados Peso real: 200,00 Cubado: 287,22

13976 Volumes: 1 CTE-SUB:
Mercadoria predominante Embalagem House: R$ Notas: 6.392,22
DIVERSOS DIVERSOS
Observação DADOS DO RECEBIMENTO

EQUIPAMENTO SOLICITADO PELA NAIRA. ENTREGA AOS CUIDADOS DRA
DATA: 08/10/2018 HORA: 13:45
VIVIANE CARDOSO - LABORATORIO - TEL.3075.3355. SEM INCIDENCIA DO
ICMS, COM BASE NO INCISO XIV DO ARTIGO 40 DA LEI N 2.657/1996 E VIVIANE CARDOSO DOS
NOME:
CONVENIO IC SANTOS
R.G. / C.P.F.: ASSINATURA
Cidade destino final Rota Trecho
Assinatura:
PALMEIRAS DE SAO PAULO - SP RIO > SAO
Processado por Brudam
https://veloex.brudam.com.br/operacional/print_alerta.php?stu=NjI4NjA=&empresa=MjUy 1/1
DOC. 05
fls. 194
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EA8E8BB.
.
fls. 195
CONTRATO DE LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Pelo presente instrumento particular, e na melhor forma de direito, de um lado MEDIVAX INDÚSTRIA
E COMÉRCIO LTDA, empresa estabelecida no Rio de Janeiro / RJ, na Rua Visconde de Itaboraí,
282-B – bairro Centro, CEP 24.030-093 - inscrita no CNPJ sob nº 68.814.961/0001-73, neste ato
representada pelo Sr. Eduardo Sarmet Cunha Weizmann, brasileiro, casado, Diretor de Operações,
portador do RG nº 11798683-6 IFP e do CPF nº 089072397-46, residente e domiciliado na Rua
Manoel Duarte n° 18 – Apto 202 – São Francisco – Niterói – RJ – CEP 24.360-520, doravante
designada simplesmente LOCADORA, e de outro lado Cura Lab Análises Clinicas S.A., com sede
na Av. Brigadeiro Luis Antonio 4407 – Jardim Paulista – SP – CEP 01.401-001, inscrito no CNPJ sob o nº
CNPJ: 51.879.914/000-05, neste ato representado pelo Sr. Jacob Szejnfeld, portador do RG
XXXXXXXXX expedida pela XXX-XX e do CPF nº XXXXXXXXXX, residente e domiciliado na
XXXXXXXXXXX, devidamente constituído conforme documento anexo, doravante simplesmente
designado LOCATÁRIA, têm entre si justo e acertado, o presente Contrato, que se regerá pela
legislação aplicável, em especial, artigos 565 a 578 (Locação) e 593 a 609 (Prestação de Serviço)
todos do Código Civil e pelas Cláusulas e condições a seguir:
1.0 - DO OBJETO
1.1 – O presente contrato tem por objeto a LOCAÇÂO dos equipamentos de propriedade da
LOCADORA, com instalação em local designado pela locatária, conforme descrito:
DESCRIÇÃO QUANT. N° DE SERIE VALOR TOTAL

Caris Standart 01 R$ 1.700,00
Locais de instalação:
Cura Lab Análises Clinicas S.A.

Av. Brigadeiro Luis Antonio 4407 – Jardim Paulista – SP – CEP 01.401-001
2.0 - DA VIGÊNCIA DO CONTRATO
2.1 - O presente Contrato terá início em 01 de Fevereiro de 2019 e término em 36 meses. Ao

término deste período, não havendo aviso prévio de 60 dias, o mesmo estará automaticamente
renovado por um período de 12 meses.
2.2 - Ao término do Contrato, havendo manifestação da LOCATÁRIA quanto a não renovação do

mesmo, os equipamentos deverão ser restituídos de imediato à LOCADORA, no prazo máximo de
10 (dez) dias contados do termo final do contrato, em perfeito estado de conservação e em
plenas condições de uso.
3.0 - OBRIGAÇÕES DA LOCATÁRIA
Obriga-se a LOCATÁRIA a:
3.1 - Conservação dos equipamentos, seus acessórios, e pertences como se seus próprios fossem
para efeito de, quando findo ou rescindo deste contrato, devolve-los a LOCADORA em perfeito
estado de funcionamento e conservação, tal qual como os receberam.
3.2 - Não remover o equipamento, seus pertences e acessórios do local em que vão ser instalados,
sem o prévio e expresso consentimento da LOCADORA.
.
fls. 196
3.3 – Permitir o acesso, ao local em que se encontra instalado o EQUIPAMENTO, de pessoal

autorizado pela LOCADORA para fins de inspeção e manutenção.
3.4 – Designar os responsáveis pelo manejo e funcionamento do equipamento, os quais receberão
instruções de operação por parte da LOCADORA.
3.5 – Impedir que pessoas não autorizadas pela LOCADORA efetuem manutenção, seja
preventiva ou corretiva, no EQUIPAMENTO.
3.6 - Utilizar o EQUIPAMENTO locado, única e exclusivamente com os reagentes descritos no anexo
1 deste contrato, fornecidos pela LOCADORA, das marcas Bion, Scimedx e Aesku.
3.7 – Contratar junto a Cia. Seguradora de sua preferência Apólice de Seguro Total, que cubra
todos os riscos a que o EQUIPAMENTO possa estar sujeito, tendo como beneficiário a LOCADORA,
o que lhe permitirá, desta forma, ressarcir o valor correspondente ao preço do EQUIPAMENTO,
conforme item 1.1, nos casos de destruição, roubo, furto, incêndio, extravio, etc.
3.8 – Seguir rigorosamente o manual de procedimento dos EQUIPAMENTOS constantes no item 1.1
deste contrato.
3.8.1 – O não cumprimento do item anterior e a má utilização, quando gerarem a inutilização ou

incapacidade de uso dos EQUIPAMENTOS, acarretará no ressarcimento a LOCADORA dos valores
constante no item 1.1 deste contrato do respectivo item.
3.9 – Deverá informar a LOCADORA de imediato e formalmente através dos e-mails

assistenciatecnica@medivax.com.br e naira@medivax.com.br e ainda através dos telefones - 21-
3628-9900 – 21-9.9873-9762 – 11-9.9517-5808, contato Sr. Douglas Cezza e Sr. Naira Chwal, qualquer
problema técnico e operacional do equipamento, de segunda-feira a quinta-feira das 08:30 as
17:30 e sexta-feira das 08:30 as 16:00.
3.10 - A LOCATARIA declara e reconhece, expressamente, que a vista da locação que lhe e feita
pela LOCADORA, tem ela, LOCATARIA, a posse precária dos objetos locados, que continuam a ser
de única exclusiva propriedade da LOCADORA.
4.0 - OBRIGAÇÕES DA LOCADORA
Obriga-se a LOCADORA a:
4.1 – Prestar periodicamente serviços de manutenção preventiva e corretiva dos defeitos

apresentados pelos equipamentos, através de técnicos especializados da própria LOCADORA ou
FABRICANTE; No serviço de manutenção corretiva, não estão inclusas a substituição de peças e
componentes de desgaste natural, tais como: lâmpadas, cartuchos de impressão, bobinas de
impressão, pipetas, ponteiras, entre outros consumíveis.
4.2- Fornecer toda a mão de obra necessária e qualificada, tão somente no que diz respeito à
manutenção dos equipamentos, não envolvendo qualquer vínculo de natureza trabalhista com a
LOCATÁRIA, assim como responder pelos encargos sociais, trabalhistas e previdenciários,
administrativos e civis e por eventuais acidentes de trabalho que possam ocorrer aos seus
funcionários pelo não uso ou uso inadequado dos equipamentos de segurança;
4.3 - A LOCADORA envidara seus melhores esforços a atender aos chamados num prazo de 72
(setenta e duas) horas úteis, após a abertura do mesmo;
4.3.1 – A abertura dos chamados se procederá conforme item 3.9.

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fls. 197
4.4 - Caso a LOCADORA não solucione os defeitos apresentados nos equipamentos objeto deste
instrumento no prazo de 72 (setenta e duas) horas, após iniciado o atendimento, a LOCADORA
deverá substituir os equipamentos com defeito no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, por
EQUIPAMENTO provisório até o conserto do constante neste contrato.
4.4.1 – Em caso de verificação de algum defeito, para a qual haja necessidade de retirada e
envio do mesmo para o FABRICANTE, o equipamento será substituído conforme item anterior,
desde que o mesmo não tenha sido causado por culpa do LOCATÁRIO, em decorrência, por
exemplo, da má utilização dos equipamentos, da utilização de reagentes não recomendados
pelo FABRICANTE; de tentativas de reparos efetuados por outras pessoas que não aqueles
autorizados pela LOCADORA, etc.
4.5 – Promover o fornecimento à LOCATÁRIA os reagentes para determinação dos testes para uso
nos equipamentos instalados conforme anexo 1, itens de 1 a 5.
5.0 - MODO DE OPERAÇÃO
5.1 - Ao solicitar a visita técnica, na forma do item 3.9 deste contrato, o operador responsável da
LOCATÁRIA deverá informar através de contato telefônico e e-mail, todos os dados necessários à
manutenção corretiva e/ou preventiva, informando e descrevendo sempre em detalhes os
problemas apresentados;
5.2 - As rotinas de reparo somente serão realizadas pelos técnicos da LOCADORA ou do

FABRICANTE, sempre na presença de um dos operadores designados pela LOCATÁRIA.
5.3 – A LOCADORA se após analise, concluir que há a necessidade de intervenção do

FABRICANTE no reparo do equipamento, deverá proceder conforme item 4.4.
5.3.1 – Caso constatado pela LOCADORA a culpa da LOCATARIO conforme item 4.4.1 deste
contrato, todas as despesas para conserto/reparo e decorrentes de envio e retorno do
EQUIPAMENTO para o FABRICANTE, serão de exclusiva responsabilidade da LOCATÁRIA.
5.3.1.1 – Sendo alguns dos serviços no item anterior pago pela LOCADORA, a LOCATÁRIA deverá
ressarci-la de imediato, após aviso de cobrança da LOCADORA.
5.4 - A LOCATÁRIA, ao final de cada visita, assinará o Relatório de Visita atestando que o
equipamento está em perfeito estado de funcionamento, e que o serviço foi devidamente
concluído.
6.0 – PREÇO, CONDIÇÕES DE PAGAMENTO E REAJUSTE.
6.1 – Os pagamentos serão efetuados mensalmente mediante a apresentação de Nota Fiscal,

com vencimento para 30 ddl, e respectivo boleto bancário. O valor mensal de R$ 1.700,00 (Um mil
e setecentos reais) referentes à locação dos equipamentos deste contrato.
6.2 – Em caso de atraso ou de não pagamento das parcelas estipuladas na Cláusula acima,
incidirá sobre o valor do título corrigido monetariamente pelo IGPM, multa de mora de 2% (dois
por cento), e juros de mora à razão de 1% (um por cento) ao mês, sendo certo que, caso o atraso
seja superior a 30 (trinta) dias, a LOCADORA poderá dar o contrato por rescindido.
6.3 - O valor do aluguel será reajustado anualmente, tendo como base, o índice previsto e
acumulado no período anual do IGPM.
.
fls. 198
6.3.1 – No caso de aumento da moeda cambial (dólar/euro) for acima de 10% do valor cotado
na data de assinatura do contrato, o percentual de reajuste para os produtos (Anexo I) será
combinado entre as partes, não sendo considerado o IGPM.
7.0 - DA MULTA CONTRATUAL
7.1 – A LOCATÁRIA se descumprir qualquer cláusula ou condição estabelecida neste contrato (à

exceção do atraso ou inadimplemento do preço, que possui penalidade específica), incidirá no
pagamento de multa no valor correspondente a 2% (dois por cento) do montante da última
fatura mensal, tantas vezes quantas forem às infrações constatadas, promovendo-se o respectivo
encontro de contas para cobrança na multa.
7.2 - Em ocorrendo a devolução do EQUIPAMENTO antes do término do prazo de vigência

estipulado no item 2.1 deste contrato, provocada, imotivadamente, pela LOCATÁRIA, este
pagará ao LOCADOR multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor total da locação do
equipamento conforme item 6.1, referente aos meses faltantes para o encerramento deste
instrumento, exceto por eventuais ocorrências que caracterizem o desabastecimento dos
produtos/insumos mencionados no Anexo I do presente instrumento.
8.0 – DA RESCISÃO CONTRATUAL
8.1 – O presente contrato poderá ser rescindido imotivadamente por qualquer uma das partes,
mediante comunicado escrito com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, considerando a
origem importada dos produtos objeto do anexo 1, observando-se todas as condições deste
Contrato até o fornecimento e pagamento do saldo de produtos cuja importação já tenha
iniciado ao tempo da comunicação de rescisão, ainda observadas as condições estabelecidas
no item 7.2 deste contrato. A rescisão fundada neste item será formalizada por destrato mediante
o pagamento dos valores devidos.
8.2 – Também poderá ser rescindido este contrato em razão de descumprimento, por uma das
partes, de qualquer das cláusulas contratuais ou obrigações legais, caso a parte infratora não
sane o descumprimento no prazo previsto em notificação de 30 dias a ser enviada pela parte
prejudicada à outra, assinalando a obrigação violada e estabelecendo prazo de 30 dias para o
seu adimplemento.
8.3 - O presente Contrato considerar-se-á automaticamente rescindido de pleno direito,

independentemente de notificação judicial ou extrajudicial, nas hipóteses de encerramento das
atividades, falência, pedido de recuperação judicial, insolvência ou dissolução de qualquer das
partes.
8.4 - Findo ou rescindo o presente contrato, o LOCATÁRIO fica obrigado a restituir, incontinente, a
LOCADORA, os equipamentos, acessórios e pertences locados, podendo a LOCADORA em caso
de recusa, propor a competente ação de busca e apreensão respondendo a LOCATÁRIA pôr
perdas e danos.
9.0 – DA CESSÃO
9.1 - Nenhuma das partes poderá ceder ou transferir, a qualquer título, os direitos e obrigações
decorrentes do presente Contrato sem a expressa anuência da outra parte, exceto para empresa
do mesmo grupo econômico, mediante simples aditamento, havendo consenso entre as partes.
.
fls. 199
9.2 – A LOCADORA obriga-se a não se valer deste contrato para assumir obrigações perante
terceiros, dando-o como garantia ou caução, nem utilizar os direitos de crédito a serem auferidos
na execução ou quaisquer operações de desconto bancário, junto a factorings ou a terceiros,
exceto com a expressa e prévia autorização da LOCATÁRIA.
10 – DAS RESPONSABILIDADES TRABALHISTA, TRIBUTÁRIA E PREVIDENCIÁRIA
10.1 – O presente contrato será cumprido pela LOCADORA sem qualquer vinculo de emprego
com a LOCATÁRIA, com independência técnica e sem qualquer subordinação a esta.
10.2 – A LOCADORA, por si e por seus sócios, se responsabiliza, eximindo a LOCATÁRIA, pelo
cumprimento de todas e quaisquer obrigações, despesas, encargos e tributos trabalhistas,
previdenciários, securitários, fiscais, tributários e quaisquer outros, passados, presentes ou futuros,
na forma da legislação em vigor, relativos ao presente contrato, bem como referente a todos os
seus sócios e empregados.
10.3 – Os acidentes de trabalho que porventura venham a vitimar os empregados da LOCADORA

serão de exclusiva e inteira responsabilidade desta, inclusive nos casos de reparação e
pagamento de indenizações.
10.4 – Nos casos em que a LOCATÁRIA venha a ser obrigada a pagar qualquer débito, de
qualquer origem, inclusive trabalhista, securitária, previdenciária ou tributária, devido pela
LOCADORA e resultante do contrato ora avençado, terá a primeira direito de regresso contra a
segunda, por aquelas quantias pagas, devidamente corrigidas, tendo também o direito de retê-
las, podendo descontá-las dos valores devidos a LOCADORA em razão deste contrato.
11 – DAS CONDIÇÕES GERAIS
11.1 – Os subscritores declaram, sob as penas da lei, que possuem plenos poderes e as
autorizações necessárias para firmar o presente contrato e assumir as obrigações aqui previstas
em nome das respectivas partes.
11.2 – Eventuais concessões, tolerâncias ou demoras nas exigências de cumprimento de quaisquer

das obrigações aqui previstas, ou mesmo a sua omissão quanto a tais questões, não será
considerada novação ou alteração contratual, não gerando direitos a qualquer das partes, que
podem, a qualquer tempo, exigir o seu cumprimento.
12 - DO FORO
12.1 - As partes elegem, com renúncia a qualquer outro, por mais privilegiado que seja, o Foro da
Comarca de Campinas / SP, para dirimir quaisquer dúvidas ou litígios decorrentes deste Contrato.
E, por estarem justas e contratadas, assinam as partes o presente instrumento em 2 (duas) vias de
igual teor, na presença das testemunhas que a tudo assistiram e também assinam.
CPF:
RG nº
Nome:
Testemunhas:
Niterói, 01 de Fevereiro de 2019.
____________________________________________________
____________________________________________________
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CPF:
RG nº
Nome:
fls. 200
06
05
04
03
02
01
ITEM
Zika IgG
Zika IgM
PRODUTOS
Ana Hep-2 600 Testes

Ana Hep-2 1.200 Testes
Anti-DNA IFA 500 Testes

Herpes Simplex 1&2 IgG/IgM
Anexo 1
REAGENTES/CONSUMIVÉIS
Bion
Aesku
Vircell
Vircell
Vircell
Scimedx
Fabricante
VALOR
R$ 700,00
R$ 2.000,00
R$ 2.490,00
R$ 3.804,00
R$ 1.300,00
R$ 1.300,00
fls. 201
DOC. 06
fls. 202
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EA8E8BD.
fls. 203
fls. 204
fls. 205
fls. 206
fls. 207

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EAAD74D.
ATO ORDINATÓRIO

CERTIDÃO - Ato Ordinatório
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do CPC,

preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)
seguinte(s) ato(s) ordinatório(s):
Intime-se o(s) apelado(s) para apresentar(em) contrarrazões, no
prazo de 15 (quinze) dias. Caso haja interposição de apelação
adesiva, intime-se a(s) parte(s) contrária(s) para apresentar(em)
contrarrazões. Após, serão os autos remetidos ao E. Tribunal de
Justiça, independentemente do juízo de admissibilidade, nos
termos do art. 1.010, §1º, §2º e §3º, do Código de Processo
Civil.
Nada Mais. São Paulo, 26 de janeiro de 2023. Eu, ___, Gustavo
Torres Coutinho, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 208

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EAADF78.
Advogado Forma
Teor do ato: "Intime-se o(s) apelado(s) para apresentar(em) contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Caso haja interposição de apelação adesiva, intime-se a(s) parte(s) contrária(s) para apresentar(em)
contrarrazões. Após, serão os autos remetidos ao E. Tribunal de Justiça, independentemente do juízo de
admissibilidade, nos termos do art. 1.010, §1º, §2º e §3º, do Código de Processo Civil."
São Paulo, 26 de janeiro de 2023.

fls. 209

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EACE358.
Advogado
Teor do ato: "Intime-se o(s) apelado(s) para apresentar(em) contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Caso haja interposição de apelação adesiva, intime-se a(s) parte(s) contrária(s) para apresentar(em)
contrarrazões. Após, serão os autos remetidos ao E. Tribunal de Justiça, independentemente do juízo de
admissibilidade, nos termos do art. 1.010, §1º, §2º e §3º, do Código de Processo Civil."
SÃO PAULO, 27 de janeiro de 2023.

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCAS LOPES MENEZES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/02/2023 às 08:58 , sob o número WJMJ23402866633
fls. 210
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EDF50BB.
CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A., já devidamente

qualificada nos autos de número em epígrafe, vem, mui respeitosamente, por intermédio dos
advogados infrafirmados, apresentar
CONTRARRAZÕES
ao do recurso de apelação de fls. 166-182, interposto por MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO
1
LTDA., já qualificada no presente caderno processual, invocando, para tanto, os motivos de
fato e de direito a seguir delineados.
1. DA TEMPESTIVIDADE.
De acordo com a certidão de fl. 209, o ato que determinou a apresentação de

contrarrazões pela parte autora foi disponibilizado no DJE em 27 de janeiro de 2023 (sexta-
feira), sendo a data de publicação o dia útil subsequente, isto é, 30 de janeiro de 2023
(segunda-feira). Considerando que a contagem do prazo se iniciou no dia 31 de janeiro (terça-
feira), tem-se que o prazo final para a apresentação da presente peça é o dia 22 de fevereiro
de 20231 (quarta-feira). Assim sendo, é inquestionável a tempestividade das presentes
contrarrazões.
1 A contagem levou em consideração a suspensão do expediente nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2023, nos
termos do Provimento CSM n. 2.678/2022.
.
fls. 211
2. SÍNTESE FÁTICA E PROCESSUAL.
Trata-se, na origem, de ação de cobrança ajuizada por Medivax Indústria e
Comércio Ltda. (“Medivax”), ora apelante, em face de Cura – Centro De Ultrassonografia e
Radiologia S.A. (“Cura”), ora apelado, com o fim de ver satisfeita suposta dívida no valor de
R$85.981,46 (oitenta e cinco mil, novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos),
oriunda de (inexistente) contrato de locação de equipamentos.
Referida cobrança se fundamentou em suposto aceite de proposta comercial

enviada à preposta do Cura, Sra. Viviane Cardoso, que, segundo a apelante, teria concordado
com o preço da avença. Mas, tais alegações não prosperam, na medida em que o Cura jamais
contratou o aluguel de qualquer equipamento, como tenta fazer crer a Medivax.
Como demonstrado na origem, existiu um ajuste financeiro entre as partes desta

lide, mas, exclusivamente, relacionado à compra de material (kits de reagentes) para
2
dosagens laboratoriais. Tal compra foi devidamente paga pela apelada e não é objeto do
processo de origem. Quanto ao equipamento objeto da ação (Caris Standard), este, em
verdade, foi fornecido pela apelante a título de comodato, isto para criar um atrativo à
compra dos insumos, como é comum no mercado (vide exemplos de contratos anexos – fls.
126-129).
Tanto é assim que apenas ao cessarem os pedidos de compra dos referidos

insumos por esta recorrida, em manifesto agir de má-fé, a apelante moveu a ação de cobrança
de aluguéis de equipamento, sem apresentar qualquer prova de existência do suposto
contrato que demonstre relação jurídica com a apelada. É dizer: em que pese a afirmação
no sentido de que o Cura teria concordado com o pagamento mensal do aluguel do Caris
Standard, curiosamente, as referidas parcelas não foram cobradas no período de 36 (trinta e
seis) meses em que se repetiram em sucessão às compras dos insumos.
.
fls. 212
A razão é apenas uma, Excelências: nunca foi contratado o aluguel do
equipamento, mas apenas o fornecimento dos kits de reagentes. Isso pode ser confirmado a
partir da análise da troca de e-mails juntada pela própria apelante na origem, na qual fica
claro que a proposta com a qual Sra. Viviane concordou foi justamente relacionada à compra
dos kits. Em momento nenhum houve referência à locação do equipamento, mas apenas à
sua instalação, que, como dito, seria disponibilizado por comodato.
Levando em consideração os elementos e argumentos expostos nos autos, o

MM. Juízo a quo, de maneira acertada, julgou a demanda e entendeu pela improcedência
dos pleitos autorais, na medida em que a autora não se desincumbiu do ônus de comprovar
os fatos constitutivos do seu direito. Confira-se os termos da irretocável sentença:
[...] A razão assiste à ré.

Os elementos de convicção existentes nos autos não apontam para a
existência do contrato de locação do equipamento entregue à requerida,
mas, pelo contrato, são compatíveis com a existência de comodato verbal.
Note-se que o insrrumento pela autora acostado é desprovido da completa 3
qualificação da ré, bem como da assinatura desta, de modo que não
comprova a existência de contrato de locação escrito.
Ausentes também outros elementos de prova indicativos da existência da
locação, como emissão de boleto, a indicação de outro modo de
pagamento dos alugueres ou a realização de qualquer ato de cobrança
durante os supostos 36 meses de vigência.
Não há, portanto, um único início de prova documental que sustente a tese
da autora, algo difícil de se conceber nos tempos atuais, de farta
comunicação eletrônica, que, aliás, foi mantida pelas partes.
Por outro lado, os elementos de convicção todos acenam à
verossimilhança da tese da requerida, qual seja, de que a relação jurídica
entre as partes é de comodato quanto ao equipamento Caris Standard.
Nesse sentido, destacam-se os e-mails de fls. 31/33, trocados com Naira
Chwal, incontroversamente representante da autora (fl. 02). [...]
Ora, claro está na comunicação mantida pelas partes que a autora
aguardava a aprovação da proposta de fornecimento dos kits de
imunofluorescência para, após enviar os produtos e instalar o
equipamento.
Soma-se a isso, a ausência de pagamento de qualquer valor pela ré durante
a vigência do suposto contrato, a título de aluguel do equipamento, bem
como a ausência de qualquer ato de cobrança da autora durante todo o
período.
.
fls. 213
Assim, tais elementos de convicção, apesar de não serem absolutos,

somados são suficientes para demonstrar a inexistência da locação.
Pelo exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido e, em decorrência da
sucumbência, condeno a autora no pagamento das despesas processuais
e nos honorários advocatícios do patrono da ré, que arbitro em 10% do
valor da causa atualizada. [...]
Inconformada, a apelante interpôs o recurso de apelação ora contrarrazoado,

alegando, preliminarmente a nulidade da sentença por cerceamento de defesa e violação
ao princípio da vedação à decisão surpresa, haja vista não ter existido a consumação da
instrução probatória; e, no mérito, ser credora da apelada referente à remuneração pela
locação de equipamento, com o aceite da parte ré, e que nunca houve menção à
disponibilização da máquina por comodato.
Com isso, requereu a decretação da nulidade da sentença e, de forma

subsidiária, a sua reforma para fins de procedência dos pedidos formulados em primeira
instância. Na sequência, demonstra-se as razões de direito que impedem o acolhimento dos
4
pedidos recursais da Medivax.
3. PRELIMINARMENTE. DA INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DA SENTENÇA RECORRIDA.
Da leitura das razões recursais, se verifica que a parte apelante alega a nulidade
da sentença por violação aos princípios da vedação à decisão surpresa, do contraditório e
ampla defesa. Isso porque, segundo a recorrente, formulou o pedido de produção de prova
documental e testemunhal e, ainda assim, o feito foi julgado antecipadamente.
Ocorre, todavia, que tais argumentos não devem prosperar, na medida em que a
Medivax ignora a existência dos princípios do livre convencimento e da discricionariedade,
segundo os quais o magistrado não é obrigado a deferir a produção de provas que não
considere necessárias ao deslinde do caso.
.
fls. 214
Excelências, a sentença foi proferida observando a disposição do art. 355, inciso I
do Código de Processo Civil, segundo o qual:
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença

com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas; [grifos aditados]
Tal dispositivo é perfeitamente aplicável à presente situação, haja vista que, como
bem entendido pelo d. juízo a quo, a produção de novas provas é completamente
desnecessária. Isso porque o MM. Juízo de origem encontrou nas provas documentais
carreadas aos autos conteúdo suficiente à formação do seu convencimento e resolução da
controvérsia.
Neste tópico, se verifica, inclusive, uma contradição nas razões recursais, na

medida em que, para anular a sentença, a apelante afirma que pretendia produzir prova
documental e testemunhal, já no (tópico) de reforma tenta afastar a ausência de prova
5
documental reconhecida na decisão de origem e sustenta que pretendia produzir a prova
testemunhal (vide parágrafos 48, 49 e 50 da apelação). Essa confusão somente evidencia o
intuito protelatório da instrução probatória pretendida pela apelante, o que também ratifica
a desnecessidade de produção de novas provas2.
Não só isso, Excelências. As provas juntadas pela apelante falaram por si, uma vez
que pretendeu a cobrança de valores sem, contudo, trazer elementos que, de forma efetiva,
comprovassem a existência da relação jurídica no que diz respeito à quantia cobrada.
2
AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE - Cerceamento de
defesa. Inocorrência. Produção de prova pericial. Desnecessidade. Apelante que não fundamentou
minimamente o requerimento de prova pericial, evidenciando o intuito protelatório. Cláusula contratual que
não ampara o direito pretendido. - RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (TJ-SP - AC:
09641732820128260506 SP 0964173-28.2012.8.26.0506, Relator: Wilson Lisboa Ribeiro, Data de Julgamento:
14/03/2022, 10ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 14/03/2022) [grifos aditados]
.
fls. 215
A apelada, por sua vez, juntou aos autos elementos que atestam a veracidade da
sua tese de defesa, como, por exemplo, os comprovantes de pagamento relacionados à
aquisição dos kits de reagentes, bem como contratos de comodato que evidenciam a praxe
no mercado desse tipo de transação.
Assim sendo, não há que se falar em nulidade da sentença guerreada, haja vista
que o MM. Magistrado de origem, na qualidade de destinatário da prova e detentor do livre
convencimento e discricionariedade, entendeu pela desnecessidade de produção de novas
provas, por estar claro o suficiente que nunca houve o contrato de locação de equipamento
entre as partes.
Repita-se, Excelências: a parte apelante teve a oportunidade, quando do

ajuizamento da ação, de comprovar os fatos por si alegados, mas, diferentemente disso,
trouxe aos autos um contrato em branco, sem preenchimento, nem mesmo dos dados mais
básicos do contratante, sem haver sequer assinatura, seja da contratante, da contratada ou
6
de testemunhas.
Quanto aos e-mails juntados, estes se referem, exclusivamente, às negociações

de compra de insumos, sem nada tratar sobre aluguel de equipamento. Tampouco, constou
a proposta de locação do equipamento Caris Standard tanto falada pela apelante.
Não existem dúvidas que foi com base nisso que a sentença de origem entendeu
pela improcedência da ação. Tudo era passível de ser comprovado por prova documental não
trazida nas oportunidades em que a parte apelante teve durante a tramitação processual,
mas não o fez, por uma única razão: não existe a possibilidade de se comprovar o que não
existiu.
Frise-se: os elementos constantes nos autos eram suficientes à conclusão adotada

na origem no sentido de que não houve qualquer tratativa relacionada à locação do
equipamento e, por isso, teve espaço para o julgamento antecipado da lide, não havendo
.
fls. 216
qualquer ilegalidade na situação ora posta. Confira-se entendimento deste E. Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo sobre a temática:
Cerceamento de defesa – Julgamento antecipado da lide – Nulidade – Não

reconhecimento – Princípio da persuasão racional – Artigos 355 e 370 do
CPC – Natureza das alegações que possibilitam o julgamento conforme o
estado do processo – Prova documental juntada suficiente ao deslinde da
demanda - Ausência de intimação para produção de prova – Inexistência
de nulidade – Magistrado que se baseou nos documentos constantes da
inicial e contestação para prolatar a sentença - Entendimento do C. STJ
quanto à aplicação do princípio pas de nullité sans grief - Ausência de
prejuízo demonstrado - Produção de prova que pode ser dispensada se e
quando o Juiz entender que a prova já produzida nos autos é suficiente
para a solução da lide. Nulidade da sentença – Vício de fundamentação –
Não reconhecimento – Artigo 489, § 1º, do CPC – Observância de requisito
essencial que atende o artigo 93, IX, da Constituição Federal - Ilegitimidade
passiva – Não reconhecimento – Corré que figura tanto no conhecimento de
transporte como consignatário – Responsabilidade da exportadora ou
destinatária da carga – Usos e costumes do comércio e transporte
internacional – Matéria preliminar afastada. Ação de cobrança – Demurrage
– Sobreestadia decorrente do atraso na devolução de contêiner utilizado no
transporte de carga marítima - Código de Defesa do Consumidor –
Inaplicabilidade - Ausência de relação de consumo - Comprovação da relação 7
jurídica entre as partes e suficiência de documentos a demonstrar a
idoneidade da cobrança – Contêiner devolvido em prazo superior ao
acordado – Precedentes jurisprudenciais – Obrigação de pagar reconhecida
- Ação procedente – Pretensão afastada – Sentença mantida – RITJ/SP, artigo
252 – Assento Regimental nº 562/2017, artigo 23. Recursos não providos.
(TJ-SP - AC: 10260201320198260562 SP 1026020-13.2019.8.26.0562,
Relator: Henrique Rodriguero Clavisio, Data de Julgamento: 01/07/2021, 18ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 01/07/2021) [grifos
aditados]
Apelação – Ação declaratória de inexistência de débito c.c. indenização por

danos morais – Parcial procedência - Julgamento antecipado da lide –
Cerceamento de defesa – Desnecessidade de dilação da fase instrutória
para a produção de prova oral - Nulidade repelida – Transações indevidas
verificadas junto à fatura de cartão de crédito do autor – Responsabilidade
objetiva do banco requerido pelos serviços prestados – Aplicação da teoria
do risco profissional – Declaração de inexigibilidade do débito que se
impunha - Sentença mantida – Recurso desprovido.
Trecho do acórdão:
Inicialmente, não houve o alegado cerceamento de defesa.
A postulação de produção de prova oral mostra-se, no caso em análise,
realmente desnecessária. A r. sentença proferida se apoia nas provas
documentais carreadas aos autos pelas partes, suficientes para o decreto
.
fls. 217
de parcial procedência da demanda, e na legislação aplicável à espécie, e o

julgamento antecipado da lide se impunha na
hipótese em exame.
Outrossim, tendo em vista os princípios do livre convencimento e da
discricionariedade, o magistrado não é obrigado a deferir provas que não
entender necessárias ao deslinde do caso, até porque, se para a formação
de seu convencimento, aquelas já constantes dos autos forem suficientes,
prescindíveis se tornam aquelas requeridas pelas partes. (TJ-SP - AC:
10012761920218260453 SP 1001276-19.2021.8.26.0453, Relator: Ademir
Benedito, Data de Julgamento: 29/08/2022, 21ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 30/08/2022) [grifos aditados]
Cerceamento de defesa – Inocorrência – Matéria dos autos que permitiu ao

juiz o julgamento antecipado da lide – Suficiência dos elementos dos autos
para o julgamento da ação – Devido processo legal observado na íntegra –
Juiz que, na qualidade de destinatário final da prova, está incumbindo do
poder-dever de velar pela rápida solução do litígio, indeferindo as
diligências inúteis (arts. 139, II e 380, pár. ún. do CPC) – Adoção, pelo
direito processual, do sistema da livre apreciação da prova ou da
persuasão racional – Preliminar afastada. Apelação Cível – Usucapião –
Composse reconhecida – Partes que celebraram acordo nos autos de ação
de extinção de condomínio – Ato de permissão ou tolerância que não induz
a posse para fins de usucapião (art. 1.208, do CC)– Impossibilidade de
reconhecimento de alteração do caráter da posse – "Animus domini" da
8
apelante não configurado – Abandono do imóvel não caracterizado –
Atitude natural do apelado de se mudar do lar comum – Falta de
contribuição do apelado – Débitos decorrentes de obrigações com natureza
"propter rem" que são de responsabilidade de quem ocupa o imóvel com
exclusividade – Ônus da prova – Observância do art. 373, I, do CPC –
Pressupostos para o reconhecimento da usucapião não preenchidos –
Sentença mantida – Recurso improvido. Sucumbência Recursal – Honorários
advocatícios – Majoração arbitrada – Observância do artigo 85, §§ 8º e 11,
do CPC – Execução dos valores sujeita ao disposto no art. 98, § 3º, do CPC.
(TJ-SP - AC: 10687653620198260100 SP 1068765-36.2019.8.26.0100,
Relator: José Joaquim dos Santos, Data de Julgamento: 25/10/2022, 2ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 25/10/2022) [grifos
aditados]
Logo, inexistente o alegado cerceamento de defesa pelo MM. Juízo a quo, na

medida em que é absolutamente legítimo o julgamento fundado no art. 355, inciso I do CPC
e na não desincumbência do ônus da prova pela parte, à luz do art. 373, inciso I do mesmo
diploma, que é expresso quanto à necessidade de a parte autora produzir as provas aptas a
constituírem o seu direito.
.
fls. 218
De igual maneira, não se verifica a apontada ausência de fundamentação da
sentença recorrida, haja vista que, como já afirmado, o juízo de origem enfrentou ponto a
ponto os argumentos trazidos pelas partes. O inconformismo da apelante é, apenas, por ter
sido essa fundamentação contrária aos seus interesses.
O próprio trecho transcrito pela apelante em suas razões recursais demonstra o

quanto o d. juízo a quo se debruçou sobre a questão posta à sua análise, citando, inclusive,
as provas que embasaram as suas conclusões (como os e-mails trocados entre as
representantes das empresas). Não há razões, dessa forma, para afirmar a ausência de
fundamentação, uma vez que a sentença tratou detalhadamente das questões que envolvem
a lide.
Quanto à alegação de violação ao princípio da vedação à decisão surpresa, outra

sorte não possui a recorrente. Isso porque, a sentença foi proferida quanto à matéria
anteriormente debatida entre as partes. A decisão surpresa, por outro lado, está configurada
9
quando o magistrado decide em relação à matéria sobre a qual as partes não tiveram
oportunidade de se pronunciar, o que não foi o caso dos autos3. Confira-se entendimento
nesse sentido:
CONTRATOS BANCÁRIOS – Ação de natureza revisional – Contrato de

empréstimo pessoal firmado em 13/01/2021 – Sentença de improcedência
– Cerceamento de defesa – Julgamento antecipado da lide – Rejeição –
Desnecessária é a prova pericial contábil – Suficiência da prova documental
– Aplicação do CPC/2015, artigos 370 e 355, I – Julgamento antecipado que
não configura decisão surpresa – Relação de consumo caracterizada –
Aplicação do CDC (Súmula 297 do C. S'TJ) que não dispensa exame do
contrato diante da legislação bancária e da comum – Contrato com parcelas
de valor fixo, estipulação de taxa de juros efetiva anual superior ao
duodécuplo da taxa mensal e capitalização (STJ, Súmulas 539 e 541) –
Legalidade e regularidade – Taxas de juros que prevalecem por não
demonstradas abusividades – Sentença mantida – Recurso desprovido, e
majorados os honorários advocatícios ( CPC, art. 85, § 11), observada
gratuidade de justiça e a condição suspensiva do CPC, art. 98, § 3º.
3
CPC, Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do
qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício.
.
fls. 219
Trecho do acórdão:
[...] Isso porque, nos termos do NCPC, art. 355, I, o juízo de primeiro grau
proferiu sentença referente a matéria anteriormente debatida entre as
partes, não havendo violação aos princípios do contraditório e ampla
defesa. Decisão surpresa ocorre quando o magistrado decide sobre
matéria sem que antes tenha dado oportunidade para as partes se
manifestarem. [...] (TJ-SP - AC: 10187309420218260361 SP 1018730-
94.2021.8.26.0361, Relator: José Wagner de Oliveira Melatto Peixoto, Data
de Julgamento: 26/07/2022, 37ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 26/07/2022) [grifos aditados]
A existência de decisão surpresa é afastada, ainda, pela ausência de

obrigatoriedade do julgador no que diz respeito ao anúncio prévio do julgamento antecipado
da lide, uma vez que não há previsão legal nesse sentido4. O art. 355, inciso I apenas fala na
possibilidade de o magistrado julgar antecipadamente o mérito em caso de desnecessidade
de novas provas. Não há menção ao dever de intimação prévia das partes, de modo que não
se verifica qualquer violação ao princípio da vedação à decisão surpresa.
Por todas essas razões, deve a preliminar de nulidade suscitada pela apelante ser 10
integralmente rejeitada, uma vez que a sentença foi proferida observando as disposições dos
arts. 355, inciso I e 373, inciso I, do CPC, tendo sido oportunizada a manifestação das partes
4 APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. DESNECESSIDADE

DE PRÉVIO ANÚNCIO DO JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE E DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. INAPLICABILIDADE
DOS EFEITOS DA REVELIA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS QUE NÃO É SUFICIENTE PARA ELIDIR A
PRESUNÇÃO DE CERTEZA CONSUBSTANCIADA NO TÍTULO. TÍTULO EXECUTIVO QUE DÁ AO CRÉDITO OS
PREDICADOS DE CERTEZA, LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. Trecho do
acórdão: Inicialmente, deve-se consignar que é desnecessário, por ausência de previsão legal, o anúncio do
julgamento antecipado da lide, podendo constar a incidência do dispositivo que o embasa na própria
sentença, como ocorreu na hipótese dos autos. Ademais, para a resolução da controvérsia posta em
julgamento, era desnecessária a dilação probatória.
As provas têm por finalidade esclarecer fatos controvertidos, de modo a formar o convencimento do julgador
e habilitá-lo à resolução da lide que lhe é apresentada. Não são todos os fatos alegados no processo, todavia
– ainda que as partes não estejam de acordo sobre como eles se desenvolveram ou até mesmo se existiram –
que precisam ser provados, mas aqueles que possam interferir, por conta dos reflexos jurídicos que
provoquem, na resolução do caso concreto. Bem por isso, cabe ao juiz, na qualidade de dirigente do processo
e destinatário final das provas, determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a produção das provas
necessárias, bem como indeferir aquelas que se mostrem inúteis ou meramente protelatórias (CPC, artigo
370). [...] (TJ-PR - APL: 00158991420198160014 Londrina 0015899-14.2019.8.16.0014 (Acórdão), Relator: Luiz
Henrique Miranda, Data de Julgamento: 26/07/2021, 17ª Câmara Cível, Data de Publicação: 27/07/2021)
.
fls. 220
em todas as situações que se fizeram necessárias, de modo que não há que se falar em
violação aos princípios do contraditório, ampla defesa ou vedação à decisão surpresa.
4. DA IMPOSSIBILIDADE DE REFORMA DA SENTENÇA DE ORIGEM.
4.1. DA INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA ENSEJADORA DA COBRANÇA

DOS VALORES COBRADOS.
Em suas razões, a apelante insiste que enviou proposta comercial relacionada à

locação do equipamento à apelada, que foi posteriormente aceita por sua representante,
bem como que nunca existiu qualquer menção à disponibilização da máquina por comodato.
Contudo, conforme adiantado no primeiro tópico, nunca houve tratativas sobre

aluguel de equipamento. Apenas foi negociada a compra de insumos, sendo fornecido, sim,
o equipamento em comodato, isso como atrativo para a compra dos kits de produtos
11
fornecidos pela autora.
Em outras palavras, como bem reconhecido na sentença, a única relação jurídica

firmada entre o Cura e a Medivax dizia respeito ao fornecimento de produtos pela autora à
ré, cujo uso (dos produtos) dependia da utilização do Caris Standard, o que se dava de forma
gratuita enquanto o Cura realizasse a compra dos kits.
O ART. 373, INCISO I DO CPC5 determina caber à parte autora desincumbir-se do

ônus de comprovar os fatos constitutivos de seu direito. Ou seja, um mínimo requisito para
se trazer a Juízo uma questão controvertida é a apresentação de alguma prova dos fatos
constitutivos do direito alegado. Mas as fartas alegações inverídicas da apelante não se
encontram lastreadas por qualquer prova.
5 Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
.
fls. 221
Nesse ponto, é importante chamar a atenção de Vossas Excelências, como feito
na origem, que, em clara tentativa de confundir este d. Tribunal, os documentos que a
apelante indica como provas dizem respeito apenas às negociações de compra dos insumos,
sem nada tratar sobre aluguel de equipamento. Não foram comprovados, nem mesmo
minimamente, os fatos constitutivos do direito invocado e, ainda, os documentos acostados
não se prestam a lastrear a procedência dos pedidos.
A parte apelante, mais uma vez, afirma haver enviado proposta de locação do
equipamento Caris Standard à esta apelada, mas nem mesmo trouxe aos autos a tal
proposta. Há apenas uma cadeia de e-mails em que faz a menção a este envio, mas nada que
demonstre que, efetivamente, existiu algo relacionado à proposta do aluguel do
equipamento.
Repita-se que o instrumento negocial acostado, que a parte autora pretende

12
utilizar como prova da avença, é um “contrato em branco”, sem preenchimento, nem
mesmo dos dados mais básicos do contratante, e sem sequer haver sido aposta qualquer
assinatura naquele “documento”, seja da contratante, da contratada ou das testemunhas;
não se prestando, portanto, como prova de qualquer negociação (fls. 24 a 29). Confira-se:
.
fls. 222
Além disso, acostou uma cadeia de e-mails onde as únicas cifras tratadas são
13
referentes ao preço dos insumos efetivamente adquiridos, já devidamente pagos (fls. 98-
125). Naquelas mensagens quando há referência ao equipamento Caris Standard, apenas
trata da sua instalação na empresa ré, isto porque havia sido fornecido em comodato, razão
pela qual, também naqueles e-mails, sequer se discute custas relacionadas a aluguel. Veja-
se:
.
fls. 223
O e-mail acima somente ratifica as informações no sentido de que as tratativas
diziam respeito apenas aos insumos efetivamente contratados e pagos pela ré. Frise-se: não
consta dos autos qualquer elemento que comprove que o Cura, em algum momento, anuiu
com o aluguel do Caris Standard.
No corpo do recurso de apelação se vê recortes de e-mails descontextualizados a

fim de reforçar a falsa argumentação da apelante, de modo que é necessária a análise de toda
a cadeia, onde fica claro que as tratativas eram, exclusivamente, em relação aos insumos.
Isso foi expressa e acertadamente considerado na sentença, na qual restou

declarado que claro está na comunicação mantida pelas partes que a autora aguardava a
aprovação da proposta de fornecimento dos kits de imunofluorescência para, após enviar
os produtos e instalar o equipamento.
Os documentos relativos ao referido equipamento, trazidos pela Medivax,

14
resumem-se ao seguro e à nota fiscal para fins de transporte, ambos produzidos
unilateralmente. Tais documentos não têm o condão de demonstrar existência de dívida em
relação ao Cura. Em verdade, não se prestam a comprovar qualquer dívida.
A referida nota fiscal e a declaração para fins de seguro do transporte, por óbvio,
não se prestam como prova de qualquer negociação que diga respeito a aluguel de
equipamento, devendo, portanto, ser totalmente desconsiderados, in casu, como meio de
prova da suposta dívida objeto desta lide.
Assim sendo, não assiste razão à autora ao proceder com a cobrança da absurda
quantia objeto da lide sem sequer comprovar a existência da relação jurídica defendida.
Nesse sentido, veja-se a jurisprudência deste E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e
demais tribunais pátrios:
.
fls. 224
APELAÇÃO. COMPRA E VENDA. [...] Autor que não se desincumbiu de seu

ônus probatório, nos termos do artigo 373, inciso I, do CPC. Imperativo do
próprio interesse não observado. Parte que deve colher as consequências
processuais provenientes da inobservância aos encargos probatórios
preestabelecidos. Sentença mantida. Recurso não provido. (TJ-SP - AC:
10004556520218260210 SP 1000455-65.2021.8.26.0210, Relator: Ana Lucia
Romanhole Martucci, Data de Julgamento: 15/08/2022, 33ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 16/08/2022). [grifos aditados]
APELAÇÃO. LOCAÇÃO. Ação de cobrança e despejo cumulada com pedido de

indenização por danos materiais. [...] Ausência de qualquer prova a atestar
o estado de conservação antes da ré ser imitida na posse. Alguns dos danos
apresentados que parecem ser inerentes à estrutura do próprio imóvel.
Autor que não se desincumbiu de seu ônus probatório, nos termos do
artigo 373, inciso I, do CPC. Imperativo do próprio interesse não observado.
Parte que deve colher as consequências processuais provenientes da
inobservância aos encargos probatórios preestabelecidos. Multa moratória
pactuada que deve incidir. Honorários advocatícios bem fixados e que deve
ser mantido. Sentença reformada em parte. Recurso parcialmente provido.
(TJ-SP - AC: 10005293320218260368 SP 1000529-33.2021.8.26.0368,
Relator: Ana Lucia Romanhole Martucci, Data de Julgamento: 24/02/2022,
33ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 24/02/2022) [grifos
aditados]
15
APELAÇÃO. AÇÃO MONITÓRIA. ÔNUS DA PROVA. AUSÊNCIA DE PROVA DO
FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR. AUSÊNCIA DE PROVA DA
DÍVIDA. AUSÊNCIA DE PROVA DA RENEGOCIAÇÃO. A parte autora, ora
apelada, juntou documentação que pretendia usar como prova da existência
da dívida e da renegociação, que, todavia, não deve ser considerada como
válida, uma vez que a apresentação de tabelas e telas de seu próprio
sistema informatizado, desacompanhadas de quaisquer outras evidências
acerca da formalização da negociação entre as partes, não é suficiente para
comprovar a sua existência, mesmo porque, tais documentos foram
produzidos de forma unilateral. TJ-MG - AC: 10000206017477001 MG,
Relator: Rogério Medeiros, Data de Julgamento: 15/04/2021, Câmaras Cíveis
/ 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 16/04/2021. [Grifos aditados]

VALOR TOTAL DA DÍVIDA - ÔNUS DA PROVA DO AUTOR - ART. 373, I DO CPC
- AUSÊNCIA DE PROVA DO VALOR REMANESCENTE - INDENIZAÇÃO POR
REMANESCENTE - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - IMPOSSIBILIDADE
VALOR TOTAL DA DÍVIDA - ÔNUS DA PROVA DO AUTOR - ART. 373, I DO
CPC - AUSÊNCIA DE PROVA DO VALOR REMANESCENTE - INDENIZAÇÃO POR
.
fls. 225

REMANESCENTE -- INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - IMPOSSIBILIDADE -
Incumbe ao autor o ônus da prova quanto ao fato constitutivo de seu
direito, nos termos do art. 373, I do CPC - Não havendo prova dos termos
da negociação e do valor devido à parte autora, deve ser julgado
improcedente o pedido inicial - Descabido pleito de indenização por danos
morais, uma vez que os aborrecimentos ficaram limitados à indignação da
pessoa, sem qualquer repercussão no mundo exterior. (TJ-MG - AC:
10000190471235001 MG, Relator: Marco Aurelio Ferenzini, Data de
Julgamento: 22/08/2019, Data de Publicação: 23/08/2019) [grifos aditados]
APELAÇÃO CÍVEL – DIREITO DO CONSUMIDOR – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE

FAZER – PLANO DE SAÚDE – INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL –
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO E DE
SUA NEGATIVA – INAPLICABILIDADE DA TESE FIXADA NO RE 631.240/STF –
AUTOR QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO SEU ÔNUS PROBATÓRIO NOS
TERMOS DO ARTIGO 373, INCISO I, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
SENTENÇA MANTIDA POR OUTROS FUNDAMENTOS – IMPOSSIBILIDADE DE
FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS RECURSAIS – RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO. (TJPR - 8ª C. Cível - 0002291-84.2019.8.16.0163 - Siqueira Campos
- Rel.: Juiz Ademir Ribeiro Richter - J. 14.07.2020) [grifos aditados]
Efetivamente, as três provas documentais citadas pela apelante em suas razões 16
recursais (pár. 48 da apelação) não servem a comprovar que esta ré tenha negociado a
contratação de locação de equipamento com a autora. O único serviço contratado – e
devidamente adimplido – foi o fornecimento de kits de reagentes, conforme os e-mails
juntados pela própria Medivax.
Quanto ao argumento relacionado aos contratos de comodato juntados pela ré,

com efeito, estes não foram utilizados para demonstrar a relação entre apelante e apelada,
mas para demonstrar ao Poder Judiciário que existe, sim, uma praxe no mercado de
disponibilização de equipamentos para fins de incentivo na compra de produtos. E foi nesses
termos que o equipamento em questão foi disponibilizado à apelada.
Tanto é assim, Excelências, que, como dito, durante o período de 36 (trinta e seis)
meses, não houve qualquer cobrança dos valores relacionados ao aluguel. Não houve 01
(uma) comunicação sequer nesse sentido. Isso, por si, demonstra a natureza da transação
.
fls. 226
havida entre as partes. A propósito, a apelante afirma no seu recurso que tentou a cobrança
de forma extrajudicial por diversas vezes (mais um fato que não condiz com a realidade), mas
nem mesmo sobre isso faz prova, com a exceção da notificação que foi devidamente
respondida pelo Cura no mesmo sentido do já exposto nesta lide.
A apelante tenta reforçar a sua argumentação a partir da descrição do

equipamento, a fim de demonstrar a sua complexidade e isso para afastar a possibilidade de
disponibilização de forma gratuita. Tal argumento, no entanto, cai por terra, na medida em
que, tanto disponibilizou que esperou cessar a relação de prestação dos serviços atinentes ao
fornecimento dos kits de reagentes para, em manifesta má-fé, cobrar os valores da
inexistente locação do equipamento.
Outra demonstração do quão inverídicas são as alegações da apelante, é que,

conquanto seja cobrado nesta lide o montante de R$85.981,46 (oitenta e cinco mil,
novecentos e oitenta e um reais e quarenta e seis centavos), a autora declarou, tanto à
17
transportadora quanto à seguradora (fls. 35 e 37), o valor de R$6.392,22 (seis mil, trezentos
e noventa e dois reais e vinte e dois centavos) pelo equipamento (valor ínfimo para um
equipamento complexo na descrição da apelante).
Ora, qual seria a lógica de ajustar um aluguel de R$1.700,00/mês, durante 36

(trinta e seis) meses para uso de um aparelho cujo custo total seria coberto em pouco mais
de 03 (três) meses de aluguel? Tal fato demonstra, por ainda um outro ângulo, que a
alegada avença, ilógica, jamais existiu.
Além disso, da análise dos comprovantes de pagamento que acompanharam a

contestação da apelada, se vê que o Cura sempre desembolsou altas quantias pela compra
dos reagentes, quantias estas que justificavam a utilização do equipamento por comodato,
bem como demonstram que a ré não teria razões para não cumprir com a obrigação de
pagar aluguel, se existisse.
.
fls. 227
Outra questão que merece esclarecimento, Excelências, é no que diz respeito ao
afastamento do comodato por entender a apelante que esse conceito não se enquadra no
caso ora analisado.
Afirma a recorrente que existe uma linha tênue entre o conceito de locação e
aquele de comodato, não observado pela parte ré em sua contestação: nos termos do artigo
579, do Código Civil, o "comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis" que se
perfaz com a tradição do objeto. É modalidade de empréstimo que não envolve o pagamento
ou recebimento de qualquer valor econômico – o que não condiz com o que comprovam os e-
mails trocados entre a autora e a preposta da ré, inclusive, porque caberia à Medivax até
mesmo a manutenção do equipamento, caso necessário, o que, no caso do comodato, seria
de estrita responsabilidade do comodatário, no caso, a Cura.
Ora, N. Julgadores, o conceito trazido pela apelada condiz exatamente com a

situação em questão. De fato, existiu uma contraprestação, mas esta somente no que se
18
refere à aquisição dos kits de reagentes, nunca em relação à locação do equipamento, este
sim foi disponibilizado na modalidade de empréstimo que jamais envolveu o pagamento ou
recebimento de qualquer valor econômico.
Diante disso, não existem dúvidas que jamais existiu um contrato de locação de
equipamento, mas sim de comodato entre as partes integrantes desta lide, e, justamente em
razão disso, também não há que se falar em enriquecimento sem causa da apelada. A única
contraprestação devida sempre foi relacionada aos produtos adquiridos que foram
devidamente pagos e, também por isso, pôde a ré se utilizar do equipamento.
Logo, não havendo a autora se desincumbido do ônus da prova no tocante a

pacto sobre aluguel de equipamento que, alegadamente, teria feito com esta ré, tampouco
havendo provas do valor ajustado entre as partes para pagamento do aluguel reivindicado,
não há como se falar de dívida e, muito menos, realizar tal cobrança.
.
fls. 228
Impõe-se, portanto, o desprovimento do recurso de apelação, diante da
inexistência de contradição ou desacerto da sentença de origem, ante a manifesta ausência
de relação jurídica quanto à locação do equipamento Caris Standard. O que, desde já, se
requer.
4.2. SUBSIDIARIAMENTE. DA OCORRÊNCIA DE SUPRESSIO.
Caso não entenda este d. Tribunal pela inexistência de relação jurídica e,

portanto, pela inexistência de qualquer dívida de aluguel não adimplida pela ré, o que
verdadeiramente não se espera, requer-se, subsidiariamente, que seja observada a
incidência da supressio, que também conduz ao desprovimento do recurso de apelação.
A supressio torna possível a diminuição da obrigação pela inatividade de uma

das partes, ao longo da execução do contrato, em exercer direito ou faculdade, criando,
para a outra parte, a justa expectativa de que tenha ocorrido renúncia ao direito.
19
No Recurso Especial n. 1879503, a relatora, Ministra Nancy Andrighi, explica

que, segundo o princípio da responsabilidade pela confiança – uma das vertentes da boa-fé
objetiva –, aquele que origina a confiança de alguém deve responder, em certas
circunstâncias, pelos danos causados. A magistrada cita como exemplo de responsabilidade
pela confiança a supressio – entendida como um "não exercício abusivo do direito"–, que
indica a possibilidade de se considerar suprimida determinada obrigação contratual na
hipótese em que o credor, por não a exigir, fizer surgir no devedor a legítima expectativa
de que essa supressão se prorrogará no tempo.
Logo, apenas em respeito ao princípio eventualidade, ainda que houvesse sido

feita tal avença, o que se nega veementemente, houve confissão da parte autora, em sua
peça vestibular, sobre a sucessão de 36 (trinta e seis) meses sem pagamento e sem que
houvesse oposição ou cobrança, apenas usufruindo das sucessivas aquisições dos insumos
para a realização dos testes. Veja-se exemplo na jurisprudência:
.
fls. 229
ARRENDAMENTO DE ÁREA RURAL. DESPEJO C/C COBRANÇA. Cerceamento
de defesa. Inocorrência prova exclusivamente técnica e contemporânea à
época dos fatos que deixou de ser realizada. Ônus da arrendante do qual
não se desincumbiu (art. 373, I, do CPC). Exigência inoportuna da autora
de aluguel por uso de equipamentos, nunca antes pleiteado. Princípio da
boa-fé e aplicação do instituto da "supressio". [...] (TJ-SP - AC:
10016547120168260025 SP 1001654-71.2016.8.26.0025, Relator: Alfredo
Attié, Data de Julgamento: 19/07/2019, 27ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 19/07/2019). [Grifos aditados]
A intenção da apelante de cobrar, retroativamente, taxas de aluguel nunca

contratadas e às quais nunca fez menção, esbarra nesta figura parcelar do princípio da boa-
fé objetiva, a supressio, que se quer aqui reconhecida e aplicada.
Tudo isto posto, demonstrada, também sob este aspecto, a improcedência do

pleito autoral, requer-se o não provimento do recurso de apelação e, por consequência,
seja indeferida a cobrança de valores relativos à dívida de aluguel demandada na lide.
20
4.3. SUBSIDIARIAMENTE. DA IRRAZOABILIDADE DOS VALORES COBRADOS

A TÍTULO DE ALUGUEL DO EQUIPAMENTO.
Como veementemente demonstrado, nunca houve contratação de aluguel de

equipamento com a apelante por parte desta apelada. No entanto, mais uma vez, apenas
como exercício do princípio da eventualidade, contesta-se o valor exorbitante que jamais foi
negociado, mas que é cobrado desta ré.
A autora declarou, tanto à transportadora quanto à seguradora (Docs. 6 e 7 –

fls. 35 e 37), que o equipamento, alegadamente alugado, tem o valor de R$6.392,22 (seis
mil, trezentos e noventa e dois reais e vinte e dois centavos). Não é preciso muito esforço
para verificar a exorbitância de alugar tal equipamento pelo valor de R$1.700,00/mês,
especialmente quando não se foi previamente ajustado. Isto porque, em apenas pouco mais
de 03 (três) meses de aluguel, teria sido pago o valor total do equipamento.
.
fls. 230
Assim, se decidido por este E. Tribunal pela existência de qualquer dívida desta
ré em relação a aluguel do referido equipamento, requer-se, em atenção aos princípios da
razoabilidade e proporcionalidade, que seja ajustado o valor do aluguel ao importe máximo
de R$177,60/mês (cento e setenta e sete reais e sessenta centavos mensais), montante
que, ao fim dos 36 (trinta e seis) meses, teria sido o suficiente para pagar um equipamento
novo à demandante.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PEDIDOS.
Havendo sido demonstrada a total falta de fundamentos ou provas necessários

para manejar a ação de cobrança de origem, referente a supostas custas de aluguel de um
equipamento que, em verdade, foi fornecido a título de comodato, requer-se que:
a) Seja rejeitada a preliminar de nulidade da sentença, uma vez que inexistente a

21
violação aos princípios do contraditório, ampla defesa e vedação à decisão
surpresa, inexistindo, assim, cerceamento de defesa da apelante;
b) No mérito, por todo o exposto, que seja negado provimento ao recurso de

apelação, seja pela ausência de provas que demonstrem a existência de relação
jurídica entre as partes, ou, de forma subsidiária, pela incidência do supressio, e a
consequente impossibilidade de cobrança desta dívida, pelo não exercício deste
direito por longos 36 (trinta e seis) meses, com a majoração dos honorários
advocatícios sucumbenciais fixados na origem, nos termos do art. 85, §11 do CPC;
c) Subsidiariamente, caso decida este E. Tribunal pela existência da obrigação de

arcar com o pagamento do aluguel a despeito da inexistência de provas da
existência deste negócio jurídico, considere a adequação da mensalidade do
aluguel para 1/36 avos do preço do equipamento, ou seja, R$177,60/mês (cento
.
fls. 231
e setenta e sete reais e sessenta centavos mensais), quantia que seria suficiente
para, ao fim de 36 (trinta e seis) meses, custear um aparelho novo;
d) por fim, que todas as intimações sejam direcionadas ao BEL. DIEGO

MONTENEGRO, regularmente inscrito na OAB/BA sob N. 23.807, SOB PENA DE
NULIDADE.

Salvador/BA, 20 de fevereiro de 2023.
DIEGO MONTENEGRO ADRIANA MAGALHÃES TACIANA SOUTO

22
.
fls. 232
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EDF50BE.
SUBSTABELECIMENTO
Pelo presente instrumento, DIEGO MONTENEGRO, inscrito na OAB/BA sob o n. 23.807,

substabelece, COM RESERVAS, os poderes que lhe foram outorgados nos autos da ação n. 1035473-
13.2022.8.26.0114, ao advogado LUCAS LOPES MENEZES, inscrita na OAB/BA n. 25.980, com
endereço profissional à Av. Tancredo Neves, 620, Ed. Mundo Plaza Empresarial, Conj. 2401, Caminho
das Árvores.
Salvador/BA, 22 de fevereiro de 2023.
DIEGO MONTENEGRO
OAB/BA n. 23.807
1
fls. 233

FORO CENTRAL CÍVEL
21ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código EDF715A.
CERTIDÃO
Processo Digital n°: 1035473-13.2022.8.26.0114

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que o valor do preparo do recurso de apelação é de R$

3.439,26 e o apelante comprovou recolhimento de R$ 3.500,00. Nada Mais.
São Paulo, 22 de fevereiro de 2023. Eu, ___, Gustavo Torres Coutinho,
Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 234

SJ 2.1.8 - Serviço de Distribuição de Direito Privado 3
Praça Namid Jafet, 235 - Ipiranga - Sala 36 - CEP: 04205-050 -
São Paulo/SP
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1E6D5A5D.
TERMO DE DISTRIBUIÇÃO COM CONCLUSÃO
*+1035473132022826011400000*
Processo nº: 1035473-13.2022.8.26.0114
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ERIKA FERREIRA LEITE ROCHA BARBOSA, liberado nos autos em 28/02/2023 às 12:20 .
Classe Assunto: Apelação Cível - Locação de Móvel Com Revisão
Apelante: Medivax Indústria e Comércio Ltda
Apelado: CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADI-
OLOGIA S.A.
Relator(a): ARANTES THEODORO
Órgão Julgador: 36ª Câmara de Direito Privado
Apelação Cível nº 1035473-13.2022.8.26.0114 .

Entrado em: 22/02/2023
Tipo da Distribuição: Livre
Prevenção: Processo Prevento Não informado
Impedimento: Magistrados impedidos Não informado
O presente processo foi distribuído nesta data, por processamento eletrônico, conforme
descrito abaixo:
RELATOR: Des. Arantes Theodoro

ÓRGÃO JULGADOR: 36ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO
São Paulo, 28/02/2023 10:37:02.
Eliseu Kazuyoshi Ono

Supervisor(a) do Serviço
CONCLUSÃO
Faço estes autos conclusos ao Des. ARANTES THEODORO.
São Paulo, 28 de fevereiro de 2023.
Eliseu Kazuyoshi Ono

Supervisor(a) do Serviço
fls. 235
PODER JUDICIÁRIO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1E70DEFE.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA
Processo nº: 1035473-13.2022.8.26.0114
Classe Assunto: Apelação Cível - Locação de Móvel
Apelado: CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E
RADIOLOGIA S.A.
Junta-se a estes autos a petição protocolada que segue.
São Paulo, 28 de fevereiro de 2023.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL BARROSO FONTELLES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/02/2023 às 18:06 , sob o número WPRO23002137243.
fls. 236
EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR ARANTES THEODORO DA 36ª CÂMARA DE DIREITO

PRIVADO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1E70DEFD.
Ref.: Processo nº 1035473-13.2022.8.26.0114
MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA, por seus advogados, já

qualificado nos autos do processo em epígrafe, que move em face de CURA – CENTRO DE
ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A., vem a V. Exa, tempestivamente1, informar que se
opõe à realização de julgamento virtual do recurso de apelação em referência, de acordo
com o art. 1º da Resolução nº 772/20172 do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo.
Do Rio de Janeiro para São Paulo, 28 de fevereiro de 2023

Termos em que, pede deferimento.
MARIANNA DUTRA FELIPE DE MELO FONTE

RAFAEL BARROSO FONTELLES

OAB/RJ nº 119.910
1
A publicação da distribuição dos autos ocorreu no dia 28.02.2023. Portanto, o prazo de 5 (cinco) dias termina
em 07.03.2023 (terça-feira).
2
Resolução nº 772/2017: “Art. 1º: As apelações, agravos de instrumento, agravos internos, embargos de
declaração, mandados de segurança, habeas corpus, conflitos de competência e ações originárias serão,
preferencialmente, julgados em sessão virtual, a critério da turma julgadora, ressalvada expressa oposição de
qualquer das partes, independentemente de motivação declarada, mediante petição protocolizada no prazo
de cinco dias úteis, contados da publicação da distribuição dos autos que, para este específico fim, servirá
como intimação.” (negrito acrescentado).
Apelação Cível
Vistos.
À Mesa.
Voto nº 44828
Relator
DESPACHO
PODER JUDICIÁRIO
ARANTES THEODORO
Órgão Julgador: 36ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO
Processo nº 1035473-13.2022.8.26.0114
São Paulo, 27 de março de 2023.

fls. 237
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOSE HENRIQUE ARANTES THEODORO, liberado nos autos em 27/03/2023 às 19:44 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1EEDB4E0.
fls. 238
PODER JUDICIÁRIO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1F28F5BF.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA
Processo nº: 1035473-13.2022.8.26.0114
Apelado: CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E
RADIOLOGIA S.A.
Junta-se a estes autos a petição protocolada que segue.
São Paulo, 11 de abril de 2023.

fls. 239
EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR ARANTES THEODORO DA 36ª CÂMARA DE DIREITO

PRIVADO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1F28F5AE.
Ref.: Processo nº 1035473-13.2022.8.26.0114
MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., por seus advogados,

devidamente qualificada nos autos do processo em referência, vem a V. Exa, por seus
advogados, requerer a juntada do substabelecimento anexo (Doc. 01), para que produza seus
efeitos legais.
Termos em que, pede deferimento.

Do Rio de Janeiro para São Paulo, 11 de abril de 2023

IRAPUÃ SANTANA RAFAEL BARROSO FONTELLES

OAB/SP nº 341.538 OAB/RJ Nº 119.910
1035473-13.2022.8.26.0114.
OAB/RJ Nº 119.910
SUBSTABELECIMENTO
RAFAEL BARROSO FONTELLES

Substabeleço, com reservas, na pessoa de CARLOS EDUARDO CAPISTRANO DE MENDONÇA,
conferidos por MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. para atuar no processo nº

brasileiro, advogado, inscrito na OAB/SP sob o nº 354.396, os poderes que me foram
fls. 240
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1F28F5B0.
fls. 241
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Emitido: 13/04/2023 12:28

Processamento de Turmas
Relatório Tira de Julgamento
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1F32C29A.
36ª Câmara de Direito Privado
Nº do processo Número de ordem
1035473-13.2022.8.26.0114 41
Pauta
Publicado em Julgado em Retificado em
13 de abril de 2023
Julgamento presidido pelo Exmo(a) Sr(a) Desembargador(a)
Arantes Theodoro
Apelação Cível
Comarca
São Paulo
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FELIPE FRIGO, liberado nos autos em 13/04/2023 às 12:33 .
Turma Julgadora
Relator(a): José Henrique Arantes Theodoro Voto: 44828
2º juiz(a): Pedro Luiz Baccarat da Silva
3º juiz(a): Milton Carvalho
Juiz de 1ª Instância
Márcio Teixeira Laranjo
Partes e advogados
Apelante : Medivax Indústria e Comércio Ltda.
Advogado : Rafael Barroso Fontelles (OAB: 119910/RJ) (Fls: 19).
Apelado : CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA
S.A..
Advogado : Diego Montenegro Sampaio E Silva (OAB: 23807/BA) (Fls:
132).
Súmula
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. V. U.
Sustentou oralmente o advogado:Carlos Eduardo Capistrano de Mendonça.

Usou a palavra o Procurador: Procurador da sessão atual do processo Não
informado
Impedido(s): Magistrados impedidos Não informado
Jurisprudência
Acórdão
Parecer
Sentença
fls. 242
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FELIPE FRIGO, liberado nos autos em 13/04/2023 às 12:33 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1F32C29A.
fls. 243
PODER JUDICIÁRIO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1F38C1EA.
Registro: 2023.0000296095
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº
1035473-13.2022.8.26.0114, da Comarca de São Paulo, em que é apelante
MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA, é apelado CURA – CENTRO
DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A..
ACORDAM, em 36ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de

Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao
recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este
acórdão.
O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores

ARANTES THEODORO (Presidente), PEDRO BACCARAT E MILTON
CARVALHO.
ARANTES THEODORO
RELATOR
Assinatura Eletrônica
1
fls. 244
PODER JUDICIÁRIO
APELAÇÃO 1035473-13.2022.8.26.0114
APELANTE Medivax Indústria e Comércio Ltda.
APELADA Cura Centro de Ultrassonografia e Radiologia S.A.
COMARCA São Paulo 21ª Vara Cível Central
VOTO Nº 44.828
EMENTA Ação de cobrança. Locação de

equipamento para uso em laboratório médico. Anulação da sentença
que não se justifica. Demandada que nega a existência de locação e diz
presente cessão em comodato. Autora que não prova a realidade do
negócio jurídico por ela alegado. Improcedência da ação que se
impunha. Recurso não provido.
Cuida-se de apelação contra sentença que julgou

improcedente ação de cobrança fundada em crédito decorrente da locação
de equipamento para uso em laboratório médico.
A autora pede seja anulada a sentença ou

invertido aquele resultado.
Para tanto ela afirma que a sentença não veio

devidamente fundamentada e que, além, disso, o Juiz ignorou o pedido de
produção de provas e procedeu ao sentenciamento, o que configurou
2
fls. 245
PODER JUDICIÁRIO
decisão surpresa, vedada pelo artigo 10 do CPC, tendo ainda inobservado
os princípios da ampla defesa e do contraditório, o que impõe anular a
sentença.
Ao lado disso a recorrente assevera que os e-
mails trocados pelas partes mostravam ter havido aceitação pelo
representante da demandada da proposta de locação de equipamento,
assim como dos valores indicados para fornecimento dos reagentes
químicos.
A propósito ela assevera que foi a locação foi

ajustada pelo prazo de 36 meses e aluguel mensal de R$ 1.700,00, o que
contrariava a alegação defensiva que houve mero comodato, eis que esse
se dá a título gratuito, sendo que tentou inúmeras vezes receber seus
haveres, mas não obteve êxito.
Recurso regularmente processado e respondido.
É o relatório.
I Como se confere a fls. 150 e seguintes, o Juiz

apontou as razões de fato e direito pelas quais no seu entendimento a ação
se afigurava improcedente, não se podendo dizer, destarte, que ele violou o
artigo 93 inciso IX da Constituição federal.
Logo, não tem sentido a alegação de que o

Magistrado deixou de fundamentar o decidido, sendo evidente que naquele
contexto não precisava tratar de temas que ante aquela motivação restaram
3
fls. 246
PODER JUDICIÁRIO
prejudicados ou ficaram implicitamente desabonados.
Note-se que a particularidade de a litigante

discordar dos motivos apontados pelo julgador ou entender que a prova lhe
era favorável evidentemente não desqualifica a sentença sob o aspecto
formal, isto é, não basta para se considerá-la desprovida de fundamentação,
nem distanciada das alegações veiculadas nos autos.
Nem é caso de se anular a sentença pela falta de

abertura da instrução.
A lei processual admite o julgamento antecipado

quando não houver necessidade de produção de outras provas (art. 355) e,
ao lado disso, ela autoriza o Juiz a dispensar as provas inúteis ou
impertinentes (art. 370).
Em concreto era essa a situação, eis que como

adiante se verá os fatos que interessavam ao julgamento já estavam
suficientemente revelados pelos documentos e informações apresentados
pelas partes, nada havendo ainda que pudesse ser demonstrado por mero
depoimento.
A propósito, consigne-se que o artigo 443 do

Código de Processo Civil textualmente desautoriza o uso de testemunha
acerca de fato que só por documento ou perícia deva ser demonstrado.
De lembrar, ademais, que a autora não dependia

da abertura da instrução para apresentar documentos.
Realmente, conforme o regime da lei os

documentos de interesse para a causa devem ser apresentados com a
4
fls. 247
PODER JUDICIÁRIO
petição inicial ou com a defesa (artigo 434 do CPC), mas a parte ainda pode
juntar outros documentos a qualquer tempo no curso do processo, desde
que antes do julgamento, sem a necessidade de prévia autorização judicial
(artigo 435).
Não se justifica, pois, a postulada anulação da
sentença.
II A propositura veio fundada na assertiva de que

as partes ajustaram a locação de equipamento de uso em laboratório
médico pelo prazo de 36 meses e pelo valor mensal de R$ 1.700,00, assim
como o fornecimento de reagentes químicos, mas a ré não efetuou o
pagamento dos valores relativos àquela primeira sorte de ajuste.
Na contestação a ré alegou que o “equipamento

objeto da ação (Caris Standard), este, em verdade, foi fornecido pela autora
a título de comodato, isto para criar um atrativo à compra dos insumos,
como é comum no mercado” e, subsidiariamente, pediu fosse reconhecido a
ocorrência do fenômeno denominado supressio ou reduzido o valor do
aluguel mensal.
O Juiz colheu a réplica e ao final reputou

improcedente a ação.
Pois em que pese o inconformismo da recorrente,

base a Corte não tem para censurar aquele desfecho.
Tendo ficado controvertido o quadro fático

alegado na petição inicial, isto é, a presença da locação, em conformidade
com o artigo 373 inciso I do Código de Processo Civil cabia à autora dar
prova daquela situação.
5
fls. 248
PODER JUDICIÁRIO
Prova que no caso concreto havia de ser
documental, salienta-se, na medida em que a própria autora alegava cuidar-
se de negócio jurídico ajustado por escrito.
Desse ônus, porém, ela não se desincumbiu.
Realmente, o fato objetivo é que nada
comprovava ter a apelante locado à ré o equipamento apontado na petição
inicial, a tanto evidentemente não bastando contrato que não apresentava a
qualificação completa da demandada e nem estava por ela assinado.
A conspirar contra a pretensão da recorrente,

ademais, havia mensagens eletrônicas nas quais a autora cobrava da ré um
posicionamento sobre a proposta dos valores para fornecimento dos kits e
informava que, em sendo aprovada, providenciaria o envio dos insumos e a
instalação do equipamento nos quais os kits seriam utilizados, o que
evidenciava que de locação do aparelho não se tratava, mas de comodato
condicionado à compra dos kits.
Note-se, ainda, que a circunstância de não ter

havido qualquer pagamento de aluguel e nem cobrança ao longo do
expressivo período de 36 meses também conspirava contra a versão da
promovente.
Afinal, não é natural que locador mantenha o bem

em poder do locatário por 3 anos sem reclamar o aluguel que lhe fora
prometido, nem a devolução do bem.
Ora, sob tal contexto base não havia para o Juiz

reconhecer a realidade da locação do equipamento e por conta disso
condenar a demandada a pagar os valores indicados pela promovente.
6
fls. 249
PODER JUDICIÁRIO
A questão foi bem dirimida pelo sentenciante
como se vê nessa passagem da sentença:
“A razão assiste à ré.
Os elementos de convicção existentes nos autos
não apontam para a existência do contrato de locação do equipamento
entregue à requerida, mas, pelo contrato, são compatíveis com a existência
de comodato verbal.
Note-se que o insrrumento pela autora acostado é

desprovido da completa qualificação da ré, bem como da assinatura desta,
de modo que não comprova a existência de contrato de locação escrito.
Ausentes também outros elementos de prova

indicativos da existência da locação, como emissão de boleto, a indicação
de outro modo de pagamento dos alugueres ou a realização de qualquer ato
de cobrança durante os supostos 36 meses de vigência.
Não há, portanto, um único início de prova

documental que sustente a tese da autora, algo difícil de se conceber nos
tempos atuais, de farta comunicação eletrônica, que, aliás, foi mantida pelas
partes.
Por outro lado, os elementos de convicção todos

acenam à verossimilhança da tese da requerida, qual seja, de que a relação
jurídica entre as partes é de comodato quanto ao equipamento Caris
Standard.
Nesse sentido, destacam-se os e-mails de fls.

31/33, trocados com Naira Chwal, incontroversamente representante da
7
fls. 250
PODER JUDICIÁRIO
autora (fl. 02).
Tais e-mails indicam que a entrega do

equipamento estava vinculada à aprovação da oferta dos kits de reagentes
da autora. Confira-se:
“Encaminho a proposta para os kits de
Imunofluorescência, com redução nos preços para antiEndomísio (EMA de
16,00 para 15,00 / teste) e Anca (de 10,00 para 8,45 / teste), conforme
solicitado.
Por favor, preciso que aproves, respondendo este

email, informando que estás de acordo com as condições da proposta.
Assim, irei providenciar a instalação do equipamento e envio dos kits
(bonificados) para validações” (fl. 33).
“Gostaria de saber um posicionamento com

relação esta proposta. Para prosseguir com planejamento de instalação de
máquina e envio de kits para validação, preciso que retornes o email
informando que a proposta está aprovada comercialmente”(fl. 32).
Ora, claro está na comunicação mantida pelas

partes que a autora aguardava a aprovação da proposta de fornecimento
dos kits de imunofluorescência para, após enviar os produtos e instalar o
equipamento.
Soma-se a isso, a ausência de pagamento de

qualquer valor pela ré durante a vigência do suposto contrato, a título de
aluguel do equipamento, bem como a ausência de qualquer ato de cobrança
da autora durante todo o período.
Assim, tais elementos de convicção, apesar de
8
fls. 251
PODER JUDICIÁRIO
não serem absolutos, somados são suficientes para demonstrar a
inexistência da locação.
Dessarte, o pedido soçobra.”
Em suma, razão a Corte não tem para alterar o
desfecho oferecido à demanda.
Nos termos do artigo 85 § 11 do CPC impõe

agravar a condenação da recorrente em honorários advocatícios, que passa
a 15% do valor da causa.
Nega-se provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
ARANTES THEODORO
Relator
9
fls. 252
PODER JUDICIÁRIO
Pátio do Colégio, nº 73, 7º andar - Pátio do Colégio - 7º andar -
Sala 707 - Sé - CEP: 01016-040 - São Paulo/SP
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1035473-13.2022.8.26.0114 e código 1F5537AD.
CERTIDÃO
Processo nº: 1035473-13.2022.8.26.0114
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GUSTAVO TORRENTE GONCALVES, liberado nos autos em 19/04/2023 às 16:49 .
Apelado: CURA – CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADI-
OLOGIA S.A.
Órgão Julgador: 36ª Câmara de Direito Privado
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO
CERTIFICO que o v. Acórdão foi disponibilizado no DJE hoje.

Considera-se data da publicação o 1° dia útil subsequente.
Advogado
Diego Montenegro Sampaio E Silva (OAB: 23807/BA) - Diego Mon-
tenegro Sampaio E Silva (OAB: 451583/SP) - Rafael Barroso Fontelles
(OAB: 119910/RJ)
_______________________________________________
Gustavo Torrente Gonçalves - Matrícula M369259
Chefe de Seção Judiciário

Caso 5 - Empresarial - Contratos Empresariais - Ação de Cobrança

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL BARROSO FONTELLES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo,

protocolado em 04/08/2022 às 17:37 , sob o número 10354731320228260114.

MEDIVAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. (“MEDIVAX”), empresa

em face de CURA - CENTRO DE ULTRASSONOGRAFIA E RADIOLOGIA S.A. (“CURA”), empresa

1. De início, importante ressaltar que o foro da Comarca de Campinas no

II. DOS FATOS

2. A autora é uma empresa renomada no mercado de comércio atacadista

3. Em 22 de maio de 2018, a Sra. Naira Chwal, representante comercial e

4. A título informativo, o referido equipamento é composto por um

5. A proposta, então, definiu que o valor de locação mensal do

6. Nesses termos, em 29 de junho de 2018, a proposta foi devidamente

7. Como se verifica do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica

8. Assim, o referido equipamento, cujo número de série é 2.158, foi

9. Na sequência, para formalizar o serviço prestado, a autora encaminhou

10. Contudo, o réu não honrou com o pagamento de nenhuma prestação

11. Na tentativa de solucionar o problema de forma rápida e amigável, a

12. Ainda no intuito de proceder com a composição extrajudicial, a autora

13. Cumpre ressaltar que a referida notificação extrajudicial não englobou

14. Na sequência, em 31 de maio de 2022, a Cura, por intermédio de seus

15. Inconformada, não restou alternativa à Medivax a não ser a propositura

17. Como se depreende dos fatos elencados e dos documentos

18. Nesse sentido, a existência de relação jurídica entre os litigantes se

19. Esse conjunto probatório, além de caracterizar o vínculo jurídico, como

20. Como se sabe, a configuração de um ato ilícito enseja a promoção da

“APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATOS AGRÁRIOS. AÇÃO DE COBRANÇA. ARRENDAMENTO

22. Também é notório que, além do dano causado, a inadimplência da ré

23. Além disso, é entendimento consolidado na jurisprudência de que os

24. In casu, como exposto, as partes realizaram comunicação via e-mail,

25. Consoante demonstrado, em que pese a Medivax tenha cumprido com

26. Diante do inequívoco inadimplemento, deverá a Cura responder

28. Admitir a escusa da parte em cumprir com o pagamento pactuado

29. Como se pode extrair das correspondências eletrônicas (e-mails)

30. Nesse sentido, o entendimento do Eg. STJ4 é o de que deve ser

31. No mesmo sentido, o Eg. TJSP também entende que a existência do

32. Por fim, importante demonstrar que, além da “Cláusula 6 - Preço,

“6.0 – PREÇO, CONDIÇÕES DE PAGAMENTO E REAJUSTE.

33. Portanto, nos termos do artigo 292, inciso I, do Código de Processo

IV. DOS PEDIDOS

35. Diante de todo o exposto, a autora requer:

(i) a citação do réu, para apresentação de sua defesa, sob pena de

honorários advocatícios, a serem fixados em 10% sobre o valor total do

(iii) contestada ou não a presente ação, requer, no mérito, a

(iv) a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em

36. Para fins do disposto no artigo 319, II do Código de Processo Civil,

Nestes termos, pede e espera deferimento.

MARIANNA DUTRA ANA LETÍCIA SALOMÃO E RIBEIRO

IRAPUÃ SANTANA FELIPE DE MELO FONTE

EDUARDO SARMET CUNHA WEIZMANN, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, casado

Único sócio da sociedade empresária limitada denominada MEDIVAX INDUSTRIA E

CLÁUSULA PRIMEIRA – ABERTURA DE FILIAL EM OUTRA UF

FILIAL – Fica constituída a atividade econômica da FILIAL estabelecida na Avenida

CONSOLIDAÇÃO DO CONTRATO SOCIAL DA SOCIEDADE

EDUARDO SARMET CUNHA WEIZMANN, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, casado

Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro

CLÁUSULA SEGUNDA – A sociedade tem sua SEDE estabelecida na Rua Visconde de

CLÁUSULA TERCEIRA - A sociedade tem por objeto:

Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro

CLÁUSULA QUARTA - A sociedade iniciou suas atividades a partir de 26/02/1993 e tem

CLÁUSULA QUINTA - O capital social é R$ 169.600,00 (CENTO E SESSENTA E NOVE MIL

CLÁUSULA SÉTIMA - O exercício social é de doze meses, encerrando-se no dia 31 de

Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro

Niterói, 13 de Julho de 2022.

Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro

Por este instrumento particular, EDUARDO SARMET CUNHA WEIZMANN, brasileiro,

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