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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA MOREIRA DIAS ESCALEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao
Paulo, protocolado em 03/10/2022 às 17:44 , sob o número 10266288720228260050.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DIREITO DO JUIZADO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C468A8C.
ESPECIALCRIMINAL DA CAPITAL – SÃO PAULO.
VICTOR HENRIQUE AHLF GOMES, brasileiro, solteiro,

estudante, portador da Cédula de Identidade RG nº 53.659.972-5 (SSP/SP), inscrito
no CPF/MF sob nº. 497.281.468-33, residente e domiciliado nesta Capital, na rua
Cipriano Barata, nº 926 – apto 73-A – Ipiranga, São Paulo – SP – CEP: 04205-000,
por sua advogada que esta subscreve (Procuração anexa), vem, mui
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo
145, do Código Penal, oferecer
QUEIXA-CRIME
em face de Sophia Namen Aburjaile, brasileira, solteira, maior, estudante,

portadora da Cédula de Identidade RG nº 17586471 (SSP/MG), residente e
domiciliada nesta Cidade de São Paulo, na rua Alves Guimarães, nº 1450, apto
154 – Pinheiros – CEP: 05410-002, em razão de fato e de direito que passa a
expor:
rua Sena Madureira, 151 – Cj. 1001 – Vila Mariana – CEP 04021-050 – São Paulo - SP
(11) 3266-5940 / 2651-7718 - www.moreiradias.com.br
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA MOREIRA DIAS ESCALEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 03/10/2022 às 17:44 , sob o número 10266288720228260050.
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I – PRELIMINARMENTE
DA JUSTIÇA GRATUITA
O Querente é estudante, cursando o terceiro ano de direito de uma

Universidade Pública, ainda não aufere renda, portanto, não reúne condições
financeiras ao pagamento de valores a título de custas judiciais e taxa judiciária
sem prejuízo de seu sustento.
Como é sabido, o Novo Código de Processo Civil incorporou o
instituto da gratuidade da justiça, então previsto na Lei nº 1060/50, tendo os
requisitos para sua concessão sido disciplinados em seus artigos 98 a 102.
Desta forma, o artigo 98, “caput”, dispõe que: “A pessoa natural ou
jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as
custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios têm direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.”.
Nesse sentido, cabe trazer o entendimento pacificado nos Egrégios
Tribunais, pedindo vênia para citação do proferido pela Colenda 17ª Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, senão vejamos:
GRATUIDADE DA JUSTIÇA – PEDIDO FORMULADO A
PETIÇÃO INICIAL – INEXISTÊNCIA DE PROVA EM SENTIDO
CONTRÁRIO A INFIRMAR A PRESUNÇÃO DE PRESUNÇÃO DE
POBREZA, NA ACEPÇÃO JURÍDICA DO TERMO,
DECORRENTE DA DECLARAÇÃO PRESTADA PELA
AGRAVANTE – CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE
DA JUSTIÇA – RECURSO PROVIDO. (...) Quanto à concessão dos
benefícios da gratuidade da justiça prevista no CPC/2015, adota-se
a seguinte orientação: (a) “Para o benefício de assistência
judiciária basta requerimento em que a parte afirme a sua pobreza,
somente sendo afastada por prova inequívoca em contrário a cargo
do impugnante.”(STJ-3ª Turma, AgRg no Ag 509905/RJ, rel. Min.
Humberto Gomes de Barros, v.u. (Agravo de Instrumento nº
2024094-80.2020.8.26.0000,Acórdão exarado pelo Ilmo. Desemb.
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Rel. Dr. Rebello Pinho, da Colenda 20ª Câmara de Direito Privado
do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, julgado em
09/04/2020).
Sendo assim, requer desde já a concessão dos benefícios da Justiça

Gratuita, nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil, por ser pessoa
hipossuficiente, conforme declaração de hipossuficiência e declaração de
isenção de imposto de renda anexas, com base no Artigo 5º, incisos XXXV, LV,
e LXXIV da Magna Carta (Constituição Federal de 1988).
II- DOS FATOS
O Querelante e a Querelada se conheceram no início de 2020, na

faculdade de direito do Largo São Francisco - USP. Ambos estão na mesma
turma (193-11), desde o primeiro ano. A partir de 09/04/2021, Sophia, aqui
Querelada, e Victor, aqui querelante, passaram a ter um relacionamento
amoroso. Esse namoro durou até meados de dezembro de 2021, quando o casal
de comum acordo resolveu se separar.
No dia 15/03/2022, com a volta às aulas, a Querelada, após longa
data de afastamento, resolveu procurar o Querelante querendo reatar o namoro.
Nesta ocasião o questionou se, durante o período que estiveram separados havia
se relacionado com outra pessoa, quando o Querelante relatou que saiu
esporadicamente com Luísa, mas que não tomou conotação de namoro, ficando
por isso mesmo. Momento em que Sophia esboçou enorme crise de ciúmes,
proferindo ofensas ao Querelante.
Desse dia em diante, as partes passaram a se falar menos, pois
Sophia se sentia magoada e com raiva do Querelante pelo fato dele ter se
relacionado com outra pessoa na época que estavam separados.
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Com o passar das semanas, as conversas evoluíram, com uma
gradual reaproximação das partes (conforme prints aqui anexadas).
Em 01/04/2022 (sexta-feira), a Querelada durante uma das aulas,
chamou o Querelante ao Salão Nobre da Faculdade para conversarem.
(conforme prints aqui anexadas). Ocasião em que afirmou que tinha superado o
ciúme de Luísa, que era apaixonada pelo Querente, convidando-o para jantar
aquele dia no Shopping Pátio Higienópolis, para uma conversa e possibilidade
de reatarem o namoro (prints de mensagens, ligações, ata notarial anexas).
Aceito o convite, o Querelante, por volta das 20h30 do mesmo
dia, buscou a Querelada na casa de sua amiga, que reside próximo ao Shopping
Pátio Higienópolis, para que lá fossem jantar. O jantar ocorreu normalmente,
ocasião, em que as partes reataram o namoro, trocaram carícias e planos para
futuro, que inclusive poderá ser corroborado pelas filmagens das câmeras de
segurança do Shopping, que certamente registraram o jantar das partes, e
momentos de maior intimidade na cobertura e estacionamento do Shopping.
No final de semana logo após o dia 01/04/22, as partes não se
encontraram pessoalmente.
Na segunda feira, dia 04/04/22, as partes compareceram
normalmente a faculdade, no entanto, a Querelada não conversou com o
Querelante na faculdade, simplesmente o ignorou completamente, sem dar
qualquer explicação para tanto. O Querelante, sem saber o que estava
acontecendo, questionou a Querelada na presença de alguns colegas, e
posteriormente também via aplicativo de WhatsApp, sobre os motivos por trás
daquela mudança abrupta, visto que reataram o namoro no dia 01/04/22, tendo,
inclusive, traçado planos para o futuro: casar-se, terem filhos, envelhecer juntos
etc. (conforme print anexa).
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Para surpresa do Querelante, nesse dia 04/04/2022, tomou
conhecimento por intermédio de Steffano Ferreira, amigo de Sophia, que a
Querelada mentirosamente propagou pela sala de aula, corredores da faculdade,
grupos de estudo, e mensagens via aplicativo do WhatsApp, que o Querelante
cometeu atos ilícitos, lhe perseguindo assiduamente dentro e fora das
dependências da faculdade, desde o primeiro dia do retorno das aulas (14/03/22).
Disse, ainda, que o encontro deles no Shopping Higienópolis, na
sexta-feira do dia 01/04/2022, não foi combinado entre as partes, mas que o
Querelante descobriu que a Querelada estaria no Shopping Pátio Higienópolis
jantando com sua família, e que, a partir disto, decidiu segui-la dentro do
shopping e interromper, de forma “inconveniente”, o jantar com seus pais. E
mais, que o querelante apertou seu braço durante a aula de direito do Trabalho
I, lhe deixando um hematoma.
Diante dos atos ilícitos cometidos por Sophia contra sua honra, o
Querelante tomou providências, enviando denúncia à Ouvidoria da Faculdade
de Direito do Largo São Francisco – USP, relatando os fatos e solicitando
providências àquela instituição – documento anexo.
Após a denúncia, a Querelada foi chamada pela Ouvidoria da
FDUSP, e confirmou a versão do Querelante (que reataram o namoro, que
estavam muito bem), mas negou ter propagado falácias a honra do Querelante a
vários amigos e demais estudantes.
Após tentativa infrutífera do Querelante resolver o conflito
perante a ouvidora da faculdade de direito USP, Helena Simões Romano,
Presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, procurou o Querelante
informando que, no dia 04/04/2022 Sophia na presença de alguns alunos da
Turma 193, declarou que o Querelante na tentativa de conversar com ela após a
retomada do namoro, durante a aula de Direito do Trabalho I, teria a puxado pelo
braço, que a deixou com um hematoma (mostrando seu braço).
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Poucos dias depois, uma das colegas de Sophia, a aluna Caroline
Batisttini, saiu de um grupo de estudos da USP, no qual participava o aluno
Paulo Mirabile, melhor amigo de Victor, sob a alegação expressa de que não se
sentia confortável estando no mesmo grupo de Paulo, melhor amigo de Victor
(uma pessoa abusiva e agressivo com a namorada Sophia).
A Querelada agiu de forma ardilosa e premeditada, quando
passou a propagar mentiras com claro intuito de atentar contra a honra de Victor,
aduzindo, em suma, que estava sendo perseguida assiduamente por Victor, que
Victor era possessivo, abusivo e, que lhe causou hematomas (lesão corporal).
No Curso de direito do largo São Francisco, essa história
falaciosa correu como água pelos corredores, tendo, inclusive, chegado em
colegas de trabalho de Victor. Com isto, tanto o Querelante quanto seus amigos
começaram a sofrer represálias de seus colegas do curso de direito. Alguns
apenas se afastaram, outros passaram a apontá-lo como verdadeiro “Stalker” e
agressor.
No dia 11/04/2022, o aluno Matheus Camargo, colega de turma
das partes, relatou ao Querelante via aplicativo do Whatsapp que:
“...ocorreu durante a semana do dia 04/04, minha namorada que é colega da
sala de Sofia me disse que ela havia sido parada por esta, que disse a ela algo
como “Percebi que você está andando com Victor, toma cuidado”, e a partir
disso, me contou que a Sofia havia dito que o Victor, mesmo com o término,
ainda era muito possessivo, que ele era abusivo via WhatsApp e se irrita
facilmente, inclusive em circunstância que ela apenas se sentou perto de um
amigo durante uma aula. Além disso, disse que Victor a seguia pelos corredores
importunando-a. Porém, o pior ocorreu no dia 07/04, quando minha namorada
me diz que conversou com Sofia durante a noite e esta revelou que no início da
semana, Victor estava tentando força-la a conversar com ele durante a aula, de
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modo que ela até mesmo tentou sair da sala, mas ele a puxou pelo braço, e
depois ela conseguiu sair, amigos dela foram ao seu socorro.
Nessa situação, Sofia inclusive mostrou seu braço com marcas para minha
namorada. Além disso, Sofia ainda disse que pensava em transferir-se para
UFMG para não ter mais que conviver com Victor.
Diante desse relato de minha namorada, que estava claramente chocada e
assustada com a situação, fiquei muito incomodado, conhecia o Victor e sentia
que ele não era capaz dessas coisas.
Mas, o relatos era contundentes, minha namorada disse ainda que Sofia
apresentou prints de celular com mensagens de Victor a xingando, e que Sofia
contou a história chorando muito, de modo que quem não conheça bem o Victor
facilmente acreditaria nesta versão.
Inclusive no dia seguinte, 08/04, um colega de trabalho que conhece Victor veio
me perguntar sobre a situação porque seu colega de quarto, também da sala de
Sofia contou a ele versão parecida da história que Sofia contou para minha
namorada. Esse colega de quarto, foi enfático na necessidade de afastamento
de Victor, demonstrando que ele claramente acreditou na versão de Sofia.” ...
(mensagem anexa através de ata notarial e print msg).
Essas falsas imputações de atos ilícitos propagadas por Sophia, a
cada dia que passa, vêm ganhando maior proporção, sendo cada vez maior o
número de pessoas no largo São Francisco que procuram o Querelante relatando
as falsas acusações de Sophia, criando um clima insuportável na faculdade de
direito.
Outros colegas de sala vieram pontuar as mesmas falácias ao
Querelante, conforme mensagens de WhatsApp anexas, dentre eles os
estudantes: Pedro Henrique Martin Menegat (Turma 192), Matheus Martinez
(Turma 193), Matheus Camargo (Turma 192). Todos foram enfáticos na mesma
versão, de que Sophia está propagando aos colegas de faculdade que o
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Querelante é possessivo, que a persegue exaustivamente em diversos lugares,
que, inclusive, atrapalhou um jantar com seus genitores no Shopping Pátio
Higienópolis, e, que lhe agrediu apertando seu braço (durante a aula de direito
do Trabalho I), deixando um hematoma.
As falsas acusações de Sophia já saíram do âmbito da sala de aula
das partes, e já correm pelos corredores da faculdade de direito do largo São
Francisco - USP, inclusive no centro acadêmico, como acima relatado, como
também, dentre colegas de estágio do Querelante, que sequer cursam direito no
Largo São Francisco, e, mesmo assim, já tomaram conhecimento das falsas
acusações de Sophia.
Atualmente, o Querelante tem frequentado as aulas em um clima
insuportável, pois ainda recai sobre ele a fumaça de um perseguidor, de um
agressor a uma jovem de 19 anos, de uma pessoa possessiva, que findado o
namoro pela Querelada, não soube lidar com o término e teria decidido persegui-
la assiduamente, inclusive lhe causando lesão corporal. Isso por si só está
destruindo a reputação ilibada do Querelante, prejudicando sua reputação no
meio acadêmico, como também no escritório onde faz estágio.
Trata-se de um jovem, com seus tenros 20 anos, que nada fez à
Querelada senão amá-la, e que está sofrendo danos psicológicos, morais,
reputacionais e profissionais, no momento que inicia a construção de uma
carreira jurídica, de uma vida pautada no esforço diário que o levou a entrar na
USP e a conseguir seu primeiro estágio.
Continuando, recentemente, em uma festa do curso de direito da
USP, Victor estava conversando com a aluna de sua sala Monique Dawalibi,
quando um dos amigos mais próximos de Sophia a puxou pelo braço, afastando-
a do Querelante, e dizendo para que ela não se aproximasse dele.
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É de se ressaltar, a proporção das falácias plantadas por Sophia,
nesse sentido Lucas Monteiro, ex-namorado de umas das melhores amigas de
Sophia em Belo Horizonte, também tomou conhecimento das falsas acusações
de Sophia por terceiros, e imediatamente entrou em contato com Victor aduzindo
que Sophia e sua família têm um histórico bastante conhecido de mentiras na
cidade de Belo Horizonte – mensagem anexa.
O Querelante é um jovem de 20 anos, cursando uma das melhores
faculdades do País, por seu mérito e anos de dedicação aos estudos, e não tem
tido paz no local onde mais almejou estar.
Frise-se, e que fique bem claro, o Querelante somente comunicou
o boletim de ocorrência nº DR2278-1/2022 em data de 17/07/2022, procedeu ao
registro da ata notarial e requereu a instauração do Inquérito Policial perante o
1º Distrito Policial de SP (documentos anexos), pois precisa ter sua vida e sua
honra restabelecidas, uma vez que as vias consensuais de solução do conflito,
exaustivamente buscadas pelo Querelante perante a faculdade USP, restaram
infrutíferas, inclusive ainda pendente de uma sindicância aberta pelo Querelante
desde 17/04/2022 (e-mail anexo).
Em suma, desde o dia 04/04/2022 até a presente data, a vida do
Querelante tomou uma guinada, não tem paz na faculdade de direito, de manhã,
nem paz em seu estágio, à tarde. Os fatos criminosos estão gerando danos até
hoje, e têm cada vez mais saído dos portões da USP, visto que terceiros que
sequer estudam na faculdade já vieram lhe abordar a respeito dos fatos
elucidados. A tão sonhada faculdade de direito do Largo de São Francisco está
virando na verdade um grande inferno ao Querelante.
Não apenas ele, mas seus colegas, seus amigos e, acima de tudo,
seus pais estão sofrendo arduamente, pois seu único filho, dedicado, educado,
esforçado, com uma reputação ilibada, um rapaz correto, de bem, está sofrendo
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com os atos ilícitos praticados pela Querelada contra a sua reputação, de forma
falsa e injustificada.
O presente feito, portanto, objetiva frear a Querelada e ressarcir
o Querelante pelos males ainda vividos, visando inclusive sua retratação, para
que sua vida volte ao normal, para que volte a sorrir e a viver com a paz que
merece, e com a reputação intacta que sempre zelou em ter.
Diante do exposto, evidente calúnia e a difamação sofrida pelo ora
querelante.
III – DO DIREITO
Dos fatos relatados, verifica-se que a querelada praticou os crimes

de calúnia e difamação, tipificados nos artigos 138 e 139 do Código Penal nos
seguintes termos:
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou
divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi
condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por
sentença irrecorrível.
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Difamação
Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação. Pena
– detenção, de três meses a um ano, e multa.
As infrações penais em contento, demandam a incidência da causa

de aumento de pena de um terço, disposta no inciso III do artigo 141 do Código
Penal:
"Art. 141. As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço se
qualquer dos crimes é cometido (...):
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da
calúnia, da difamação ou da injúria."
Isso porque, ao noticiar falsamente os fatos elencados na sala de

aula, corredores da faculdade e ainda via mensagens de WhatsApp há diversas
pessoas, com a nítida intenção de ofender a honra de seu ex-namorado, ora
querelante, a querelada imputou a Victor, perante terceiros, fato ofensivo à sua
reputação, maculando profundamente sua honra.
Ademais, resta evidenciado que, pelo fato de as mensagens terem
sido veiculadas publicamente através do Whatsapp e nos corredores da
faculdade, perante inúmeras pessoas, Sophia caluniou e difamou Victor por meio
que facilitou sobremaneira a divulgação das ofensas por ela perpetradas,
causando intensa exposição do querelante – inclusive diante dos estudantes
Pedro Henrique Martin Menegat (Turma 192), Matheus Martinez (Turma 193),
Matheus Camargo (Turma 192), Luca Monteiro, Helena Simões Romano -
Presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, dentre outros que o Querelante
não sabe precisar.
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Destarte, mister se faz a condenação da querelada pelos crimes de
calúnia e difamação, tipificados nos artigos 138 e 139, com incidência da causa
de aumento de pena prevista no artigo 141, inciso III, ambos do Código Penal.
Assim, com a juntadas dos documentos supracitados, inclusive
instauração de inquérito policial junto ao 1º Distrito Policial de SP – nº 2265135-
7532022.010101, primeiras declarações prestadas pela vítima em solo policial
– anexos, requer desde já, a apuração dos fatos acima elencados pelo Querelante,
qual seja a conduta ilícita praticada pela Querelada que imputou ao Querelante
falsamente fatos definidos como crime, fatos ofensivos a sua reputação,
dignidade e honra, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento
para se alcançar o objetivo.
IV – DO PEDIDO:
Ante o exposto, requer-se, com todo acatamento e respeito, que:
A) Deferimento do benefício da Justiça gratuita;
B) A oitiva do membro do Ministério Público;
C) O recebimento, o processamento e a autuação da presente queixa crime;
D) A juntada de procuração outorgando poderes especiais a advogada que
esta subscreve;
E) A juntada da instauração de inquérito policial;
F) A citação de Sophia, ora querelada;
G) A oitiva das seguintes testemunhas, em caráter de imprescindibilidade:
• Matheus Monteiro Martinez, RG nº 1993925, CPF: 054.537.591-60 –
rua Monsenhor Passaláqua, 167. Ap. 72 (Turma 193) ;
• Paulo Henrique Bernardes Mirabile - CPF 489.325.258-54 - RG
50.260.260-0 - Av. Francisco Matarazzo 1850 apto. 133 A2;
• Matheus Almeida Camargo, RG 13.432.478)(SSP/MG), CPF:
152.584.046-09 – Rua Doutor Plinio Barreto, 173. Apto 12B;
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• Helena Simões Romano, RG 52.677.597-X, CPF 238.701.908-33, Rua
Apucarana, 266, apto 44, Condomínio Edifício Piazza de San Marco,
Tatuapé - SP– Presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto;
• Steffano Ferreira da Costa, RG 3.851.832, CPF 148.817.687-60 - rua
Sabará, nº 453, Higienópolis - São Paulo/SP - CEP 01239-011– turma
193
H) Intimação do shopping Pátio Higienópolis para que forneça as gravações
do dia 01/04/2022 do período compreendido entre 20 e 22hs;
I) A condenação da querelada pela prática dos crimes de calúnia e
difamação, tipificados nos artigos 138 e 139, com incidência da causa de
aumento de pena prevista no artigo 141, inciso III, ambos do Código
Penal;
J) A fixação de valor mínimo de indenização para reparação dos danos
causados pelo crime, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido,
nos termos do que dispõe o artigo 387, IV, do Código de Processo Penal.
Para tanto, fica o Querelante à disposição para prestar e reafirmar

perante o Juízo, por termo, as informações aqui prestadas e demais provas que
se fizerem necessárias.
Requer, por fim, sejam as intimações realizadas em nome da
patrona que esta subscreve DRA. ADRIANA MOREIRA DIAS ESCALEIRA
– OAB/SP nº 151.675.
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 03 de outubro de 2022.
ADRIANA MOREIA DIAS ESCALEIRA

OAB/SP 151.675
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SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Dependência: DELEGACIA ELETRONICA

Boletim Nº: DR2278-1/2022 - 1ª Edição Iniciado: 17/07/2022 01:21 e Emitido: 17/07/2022 às 10:02
Boletim de Ocorrência de Autoria Desconhecida
Naturezas da Ocorrência
Crime Tentado
Código Penal - Calúnia (art. 138)
Dados da Ocorrência
Circunscrição: 01 D.P. - SE
Local do Fato: LARGO SAO FRANCISCO, 95, Faculdade de Direito da USP - SE - 01005020 - S.PAULO - SP
Tipo de Local: Via Pública - Via Pública
Ocorrência: 04/04/2022 às 10:00

Comunicação: 17/07/2022 às 01:21 Flagrante: Não Elaboração: 1ª Edição - 17/07/2022 às 10:02
Pessoas Físicas
1 - Autor Nome: Autor 1 – Desconhecido

2 - Vítima Nome: Victor Henrique Ahlf Gomes
Nome Social:
RG: 53659972 - SP Dt. de Nascimento: 26/04/2002
3 - Partes Nome: Sophia Namen Aburjaile
Nome Social:
RG: MG17586471 - MG Dt. de Nascimento: 26/07/2003
Histórico do BO
1ª Edição criada 17/07/2022 10:02 por Integracao DE - DELEGACIA ELETRONICA

Descrição ocorrência cidadão: Tive notícia, por meio de terceiros, a partir do dia 04/04, de que Sophia, minha ex-
namorada e colega de turma do curso de Direito da USP, estava divulgando para os alunos da faculdade que eu a
estaria continuamente perseguindo dentro e fora da faculdade, bem como divulgou, posteriormente, que eu a teria
agredido neste mesmo dia, 04/04, em meio à aula de Direito do Trabalho, por volta das 10h. Além de inverídicas, tais
informações foram divulgadas com indiscutível intuito difamatório e calunioso, tendo me causado danos morais e
psicológicos até hoje, sobretudo na faculdade e em meu estágio.
Histórico do boletim: A redação do presente Boletim Eletrônico de Ocorrência foi elaborada exclusivamente pelo
declarante ou interessado.
As informações acima prestadas são de sua inteira responsabilidade.
Documento assinado digitalmente nos termos da lei 11.419/2006 Chave de Impressão:

Polícia Civil do Estado de São Paulo, em 17/07/2022 às 10:02 E40FDF8331B2C1F8C1C84BD2AF4C709D
DELEGACIA ELETRONICA www.policiacivil.sp.gov.br

Endereço da Delegacia: POLÍCIA CIVIL, 1, null - CENTRO - S.PAULO - SP
Folha: 1
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SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
Dependência: DELEGACIA ELETRONICA

Boletim Nº: DR2278-1/2022 - 1ª Edição Iniciado: 17/07/2022 01:21 e Emitido: 17/07/2022 às 10:02
Solução: Bo para registro
“Vítima orientada quanto ao prazo decadencial de 06 (seis) meses para o oferecimento de queixa crime em face do
autor/investigado em juízo por meio de advogado constituído. Cientificada de que o prazo decadencial inicia-se da
data do conhecimento da autoria, não da data do fato criminoso".
Confere(m), assina(m) e recebe(m) uma via
BO digitado por Leticia Franco Da Silva, Agente Policial

Equipe chefiada por Rafael Moreira Cantoni, Delegado de Polícia
Documento assinado digitalmente nos termos da lei 11.419/2006
Documento assinado digitalmente nos termos da lei 11.419/2006 Chave de Impressão:

Polícia Civil do Estado de São Paulo, em 17/07/2022 às 10:02 E40FDF8331B2C1F8C1C84BD2AF4C709D
DELEGACIA ELETRONICA www.policiacivil.sp.gov.br

Endereço da Delegacia: POLÍCIA CIVIL, 1, null - CENTRO - S.PAULO - SP
Folha: 2
INQUERITO POLICIAL FLS.
fls. 22 01
Registrado sob nº 656 / 2022 20220592303

do Livro competente nº 565, fls 67
São Paulo, 28 de setembro de 2022

Escrivão de Polícia Chefe
________________________
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
1ºDP
1º Distrito Policial - Sé
Nº ELETRÔNICO
2265135-7532022.010101
Nº CNJ
N A T U R E Z A (S) :
Calúnia (art. 138) CPB
VITIMA VICTOR HENRIQUE AHLF GOMES

INVESTIGADO SOPHIA NAMEN ABURJAILE
AUTUAÇÃO
Ao(s) 28 dia(s) do mês de setembro de 2022, nesta cidade de São Paulo/SP, na sede do 1º Distrito
Policial - Sé, em meu cartório, autuo Requerimento e demais peças que adiante se seguem e, para
constar, fiz o presente termo. Eu, Julio Newman Medeiros , Escrivã(o) que o digitei.
2ª EPJ - 1ºEscrivão 656 / 2022

20220592303
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victorahlf@usp.br
De: Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br>

Enviado em: sábado, 14 de maio de 2022 00:09
Para: Ouvidoria FD-USP
Assunto: Re: Sindicância - Processo de Calúnia e Difamação
Boa noite, Mariangela!
Fico mais aliviado em saber que a professora Ana Elisa te deu algum retorno sobre o caso!
Já tentei entrar em contato com a diretoria desde semana passada, mais especificamente no dia 04/05, mas até
agora não obtive qualquer retorno, por isso vim até você.
De qualquer forma, posso tentar reforçar o contato. Apenas gostaria de saber se talvez houvesse algum meio mais
eficaz de faze-lo, já que por e-mail não tem dado muito certo.
Abs.,
Victor.
Em sex., 13 de mai. de 2022 19:33, Ouvidoria FD-USP <ouvidoriafd@usp.br> escreveu:

Caro Victor,
Acho que você pode mandar email pra Diretoria perguntando como está o andamento. Na quinta-feira da semana
passada, a Profa. Ana Elisa me ligou para saber do caso, de modo que ela está a par da situação e suponho que
esteja tomando as providências necessárias.
Abs.,
Em qui., 12 de mai. de 2022 às 21:02, Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br> escreveu:
Olá, Mariangela! Tudo bem?
Conforme você me orientou, enviei e-mail para a diretoria e para a vice diretora Ana Elisa em cópia, no dia 04/05,
quarta feira passada. No entanto, não obtive qualquer resposta ao e-mail, sequer confirmando o recebimento da
denúncia.
Nesse sentido, gostaria de saber se tem algum outro meio por meio do qual possa entrar em contato com a
diretoria, ou para que possa saber sobre o recebimento da denúncia e a abertura de sindicancia.
De qualquer forma, agradeço pela atenção e paciência.
Abs.,
Victor.
Em seg., 2 de mai. de 2022 09:51, Ouvidoria FD-USP <ouvidoriafd@usp.br> escreveu:

Caro Victor,
O caso foi enviado à Diretoria no dia 18 de abril e até agora não recebi nenhum retorno. Assim que eu obtiver
alguma resposta, entrarei em contato com você.
Eu vou procurar saber sobre isso, mas você também pode pedir informação diretamente junto à Diretoria da FD,
pra quem o pedido foi encaminhado e é agora o órgão responsável por dar andamento ao caso.
Um abraço,
Em seg., 2 de mai. de 2022 às 09:43, Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br> escreveu:
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Bom dia, Mariangela! Tudo bem?
Estou enviando este e-mail para saber se há alguma atualização acerca do meu pedido de abertura de
sindicancia. Gostaria de saber em que pé está o processo, se a diretoria o recebeu e se está em análise.
Grato desde já pela atenção.
Abs.,
Victor.
Em seg., 18 de abr. de 2022 22:03, Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br> escreveu:
Muito obrigado pela disposição e pela preocupação ao longo de todo esse processo, Mariangela!
Aguardo os próximos passos por aqui!
Abs.,
Victor.
Em seg., 18 de abr. de 2022 10:01, Ouvidoria FD-USP <ouvidoriafd@usp.br> escreveu:

Caro Victor,
Recebi seu pedido de instauração de sindicância e irei, ainda hoje, encaminhá-lo ao Diretor da Faculdade.
Lamento que não tenha sido possível resolver o problema amistosamente, mas compreendo sua situação e
torço, sinceramente, para que tudo se resolva da melhor maneira possível.
Atenciosamente,
Em dom., 17 de abr. de 2022 às 22:12, <victorahlf@usp.br> escreveu:
Boa noite, prezada Mariângela! Tudo bem?
Gostaria de lhe desejar, em primeiro lugar, uma excelente páscoa e um ótimo domingo. Espero que este e-
mail a encontre bem!
O envio, contudo, para pedir a você que encaminhe a minha denúncia contra Sophia Namen Aburjaile (Nº
USP – 11762359) à Diretoria, para que seja aberta Sindicância e, consequentemente, posterior processo
administrativo interno. Anexo aqui, ainda, as provas de meus relatos, tanto do fato de que Sophia tem
divulgado narrativas sobre mim que comprometem em muito a minha imagem, quanto, ainda, provas do
fato de que tais alegações são falsas e, portanto, caluniosas. Isto porque Sophia não apenas comete
difamação ao divulgar tais falsas narrativas, mas comete também calúnia, pois em alguns de seus relatos a
aluna tem imputado falsamente a mim a prática dos crimes (i) de perseguição (Art. 147-A, CP); e (ii) de lesão
corporal (Art. 129, CP).
Eis a denúncia, também anexada aqui no e-mail, em formato PDF:
Venho, por meio do presente instrumento, dar continuidade à denúncia de calúnia e difamação
de que tenho sido vítima na Faculdade, desde o dia 04/04. Tendo dado início à esta denúncia junto à
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Ouvidoria da Faculdade, no dia 06/04, várias foram as tentativas de solução autocompositiva do

conflito. Todavia, frente não apenas ao fracasso de tais tentativas, mas tendo em vista os novos
acontecimentos a que tive conhecimento, venho trazer o caso para apreciação da Diretoria, com os
decorrentes pedidos de abertura de sindicância e de processo administrativo interno, que levem tanto
à reparação dos danos já causados à minha imagem, quanto, ainda, à prevenção de possíveis – e
prováveis – novos danos.
Neste sentido, gostaria de lhes apresentar, primeiro, a queixa que enviei à Ouvidoria no dia
06/04, para, depois, justificar o presente apelo à via administrativa. Eis o relato:
“Na segunda-feira, 04 de abril, tive conhecimento, por meio de terceiros, de que minha ex-
namorada, Sophia Namen Aburjaile (Nº USP - 11762359), que cursa o terceiro ano de Direito na
FDUSP, Turma 193-11, junto comigo, tem divulgado relatos caluniosos à respeito da minha pessoa,
com a manifesta intenção de prejudicar minha imagem e minha honra frente aos demais colegas e
professores.
Tendo passado por um término recente, voltamos a nos encontrar pessoalmente, e de forma
inevitável, apenas com a volta às aulas, no dia 14/03/2022. Com isto, desde o dia 15/03, mais
especificamente, Sophia tem me procurado para conversarmos sobre nosso passado e sobre nosso
possível futuro enquanto namorados, o que, desde então, tem sido algo recíproco. Após semanas
conversando e discutindo o relacionamento, decidimos finalmente nos encontrar fora da faculdade para
jantarmos e nos reconciliarmos (a convite dela, inclusive), no dia 01/04. A reconciliação de fato veio,
tendo sido acordado por ambos que retomaríamos nosso relacionamento gradualmente.
Chegando na faculdade na segunda-feira, 04/04, contudo, Sophia sequer olhava na minha cara,
e nem se prestou a dar qualquer explicação do porquê disso. Eu, então, fui tentar conversar com ela
diversas vezes, na frente de todos os demais colegas, fique claro. Em uma destas vezes, no entanto, ela
repentinamente juntou suas coisas e saiu da sala sem dizer uma só palavra, o que me deixou
extremamente confuso, por óbvio, dada nossa decisão de retomar o relacionamento desde sexta-feira
(01/04).
Após ela ter saído da sala, alguns de seus colegas vieram até mim e me relataram que ela vinha
divulgando a eles - e a demais colegas da sala – que eu a estaria perseguindo dentro e fora da faculdade,
e que estaria criando uma imagem minha de um ex-namorado descompensado, que não foi capaz de
superar o término, quando, em verdade, prints, registros de ligações telefônicas e inúmeras testemunhas
podem comprovar que foi Sophia quem veio me procurar desde o segundo dia de nossa volta às aulas
(15/03). Além disso, ela teria contado aos colegas, ainda, que na sexta-feira (01/04) nosso encontro no
shopping não teria sido acordado, mas que eu a teria seguido à noite até encontrá-la jantando no
shopping com seus pais. Prints anexadas neste e-mail demonstram, no entanto, que esta versão não se
sustenta, mas que nosso encontro se deu não apenas de livre e espontânea vontade, mas a convite da
própria Sophia.
A história é, portanto, absolutamente inverídica, e visa tão somente a manchar a minha imagem
e atingir a minha honra enquanto aluno, profissional e ser humano que sou. Saliento, neste sentido, que
o fato de Sophia ter divulgado tais versões caluniosas da história pode ser comprovado por meio de
prints de conversas minhas com um amigo em comum meu e da Sophia, Steffano Ferreira, em que este
afirma categoricamente que Sophia tem me difamado e me caluniado perante todos os colegas de nossa
turma.”
Esta era a situação em que eu me encontrava até então. De fato, já existia a prática dos crimes
de calúnia e difamação por parte de Sophia, que espalhava para toda a turma que eu estaria praticando
o crime de perseguição contra ela, previsto no art. 147-A do Código Penal. Pelo fato de ser falsa tal
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imputação de crime à minha pessoa, e tendo Sophia clara motivação, incentivo e oportunidade para
divulgar estas falsas acusações, é inquestionável a prática do crime de calúnia.
Motivação, pois as prints aqui anexadas comprovam o ciúme e a raiva de Sophia ao descobrir
que me relacionei com outra pessoa após nosso término. Incentivo, dado o relato da própria Sophia à
Ouvidora Mariângela, de que seus amigos a estariam incentivando a, inclusive, enviar e-mail para o
meu escritório, contando sua versão caluniosa dos fatos aqui apresentados. Oportunidade, haja vista a
presunção de vulnerabilidade e de verdade de que dispõe frente à nossa comunidade acadêmica, por
ser mulher e estar acusando um homem branco, estereótipo este naturalmente malvisto por diversos
alunos dentro de nossa Faculdade.
Prints aqui anexadas, em processo de registro em ata notarial, bem como provas testemunhais,
relatórios e laudos psiquiátricos e documentos digitais comprovam, sem qualquer dubiedade, a
falsidade das acusações criminosas imputadas por Sophia a mim até então.
Após minha tentativa de solução do conflito junto à Ouvidoria, contudo, novas acusações
divulgadas por Sophia têm chegado aos poucos ao meu conhecimento. No último sábado, 09/04, por
exemplo, minha amiga e Presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, Helena Simões Romano, veio
me contar que Sophia teria mostrado a ela e a demais colegas de um grupo de estudos, na quarta-feira
à tarde (06/04), um braço roxo, cheio de hematomas, e disse a todos eles que fora eu quem teria feito
aquilo com ela, na segunda-feira (04/04), no meio da sala de aula.
Vejam vocês que a calúnia passou, então, de falsa imputação do crime de perseguição (art. 147-
A, CP) à falsa imputação do crime de lesão corporal, prevista no art. 129 do Código Penal, muito mais
grave. E não apenas tive conhecimento de que o grau da calúnia aumentou, mas também a quantidade
de pessoas que tiveram acesso às falsas informações. Anexada neste e-mail estão, por exemplo, prints
de conversa minha com meu amigo e colega de estágio, Pedro Henrique Martin Menegat (Turma 192),
em que este afirma ter chegado até ele que eu estaria perseguindo Sophia. Além disso, não apenas a
falsa versão da perseguição, como também da suposta agressão que eu teria cometido, chegaram a meu
colega de sala Matheus Martinez (Turma 193), e a meu também amigo e colega de estágio Matheus
Camargo (Turma 192).
Comprovado o fato de que Sophia tem divulgado a inúmeros colegas, não apenas de nossa
turma, mas de toda a Faculdade, os relatos descritos, cabe agora comprovar que estes são inverídicos.
Primeiro, tem-se a alegação de que eu teria perseguido Sophia no shopping e encontrado com
ela e com os pais, conforme relata nosso colega “Steffano Ferreira”, em print aqui anexada, nos
seguintes termos: “cara, ela me falou uma coisa completamente diferente. Que ela tava no shopping
com os pais dela e você chegou do nada / Não sabia disso”. Esta versão já foi desmentida, não apenas
pelos prints de minha conversa com Sophia no dia em que fomos juntos ao shopping (01/04), aqui
anexados, como foi também desmentida pela própria Sophia que, ao conversar com a Ouvidora
Mariângela, contou outra versão, ainda mentirosa mas menos gravosa, qual seja, a de que nós teríamos
nos encontrado a sós no shopping, voluntariamente, para terminarmos oficialmente o namoro. Em
outras palavras, Sophia, amedrontada frente às provas por mim apresentadas à Ouvidoria, mudou sua
versão para que esta parecesse menos mentirosa, mas sem deixar de ser, ainda que em menor grau.
Depois, tem-se a acusação de que eu estaria perseguindo Sophia dentro e fora da Faculdade,
cometendo, portanto, verdadeiro crime nos termos do art. 147-A do Código Penal. A falsidade desta
acusação pode ser provada tanto pelas inúmeras conversas iniciadas e continuadas por Sophia no
whatsapp nas últimas semanas, quanto por colegas que já se colocaram à disposição para testemunhar
o fato de que eu sequer fui atrás e em momento algum perturbei a paz de Sophia na Faculdade, exceto
pelo dia 04/04, conforme acima relatado. Além disso, acredito que a principal prova de que não houve
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qualquer perseguição minha à aluna seja a dos registros de ligações telefônicas entre mim e Sophia nas
últimas semanas, conforme o documento aqui anexado “Sophia.Ligações”. Nele, percebe-se que, das
últimas dez ligações que fizemos um ao outro, as quais ocorreram todas no período de 17/03 a 02/04
deste ano, oito foram feitas por Sophia, e apenas duas por mim.
Por fim, tem-se a alegação de que eu teria apertado o braço de Sophia e a puxado durante a aula
de Direito do Trabalho I, na segunda-feira, 04/04, em frente à toda a classe. Neste caso, é desnecessário
apontar para a concomitante perversidade e ingenuidade da mente de Sophia, que, alegando semelhante
ato de lesão corporal, sequer toma o cuidado de proteger e blindar sua calúnia. Neste sentido, mais de
quarenta alunos que estejam de boa-fé, assim como o professor que estava dando aula naquele
momento, poderão, e muitos até já se propuseram, a testemunhar e, com isso, provar que eu sequer
encostei em Sophia na ocasião.
Diante disto, poderiam os caros diretores se perguntarem: mas por que não buscar tutela
jurisdicional diretamente? Respondo: prezando pela razoabilidade e pela ponderação, bem como pela
consideração que tenho por Sophia, e pelo medo de que tenho de seu pai e de sua família, tenho tentado
encontrar as alternativas menos gravosas possíveis para solucionar a presente controvérsia.
Como devem presumir, frente ao exposto, a Ouvidoria não foi capaz de tutelar meu legítimo
interesse à salvaguarda de meus direitos constitucionais à honra e à imagem, e é por isso que estou
agora lhes escrevendo. Mas antes de relatar o agravamento da situação, acerca do qual tive
conhecimento apenas no último sábado, 09/04, devo admitir que um dos principais motivos que não
me levaram antes, e ainda não me levam agora, a registrar Boletim de Ocorrência contra Sophia é o
medo, meu e de minha família, de que seu pai, que tanto mal e tanta humilhação já causou a mim e à
minha família, possa nos infringir algum mal ainda maior frente à uma medida tão drástica como essa.
Não anexarei aqui provas da perversidade da mente de seu pai, que, por todas as situações por
mim vividas, parece apresentar características de uma pessoa narcisista, pois sei que isto foge à
competência da própria Diretoria. Mas reitero, ainda assim, meu verdadeiro sofrimento e desespero,
meu e de minha família, em ter de escolher entre viver em paz, mas com a imagem manchada, ou viver
em conflito, mas lutando pelo que nos pertence de direito, a imagem ilibada e a honra que sempre me
fizeram ser o que fui, o que sou, e o que continuarei sendo daqui para frente. Um aluno esforçado, um
profissional competente, e um ser humano civilizado.
Por um lado, as calúnias de Sophia têm se espalhado por toda a Faculdade e prejudicado minha
imagem, minha relação com amigos, colegas de faculdade e, até mesmo, colegas de estágio que sequer
frequentam a nossa Faculdade. Por outro, o medo de buscar as vias jurisdicionais para a tutela de meus
direitos tem tirado o meu sono e de meus pais. Deus sabe como esta situação está me causando danos
imensuráveis, que ultrapassam a minha pessoa, chegando a meus pais e a amigos mais próximos. Danos
à imagem, à reputação, à honra, e, acima de tudo, danos psicológicos.
O medo é a realidade. A tranquilidade e a paz, a exceção. Medo de ir à Faculdade e sofrer mais

uma falsa denúncia. Medo de ser malvisto pelos colegas. Medo de me sentir perseguido. Medo de ser
excluído. Medo de encontrar com o pai de Sophia, que sabe-se lá o que é capaz de fazer. Diante disso,
e não sabendo a mais quem recorrer, venho pedir à Diretoria que instaure sindicância e posterior
processo administrativo contra Sophia, visando à reparação e à prevenção dos danos causados a mim
e à minha família por suas calúnias. Para tanto, requeiro, por um lado, que Sophia se retrate perante
toda a nossa comunidade acadêmica e, por outro, que ela seja, no mínimo, realocada de período (do
matutino para o noturno), de forma compulsória, pois seria inadmissível que a Faculdade compactuasse
com uma situação forçada de convívio diário entre vítima e criminoso.
Eis o meu relato e a minha denúncia.

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Aguardo, com isto, futuro retorno da Ouvidoria e da Diretoria, e aproveito para agradecer, desde já, a
atenção.
Att.,
Victor.
--
Professora Mariângela Gama de Magalhães Gomes
Ouvidora da Faculdade de Direito da USP
--
--
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PETIÇÃO – SINDICÂNCIA – CALÚNIA E DIFAMAÇÃO

Autor: Victor Henrique Ahlf Gomes (Nº USP – 11761831)
Venho, por meio do presente instrumento, dar continuidade à denúncia de calúnia
e difamação de que tenho sido vítima na Faculdade, desde o dia 04/04. Tendo dado início
à esta denúncia junto à Ouvidoria da Faculdade, no dia 06/04, várias foram as tentativas
de solução autocompositiva do conflito. Todavia, frente não apenas ao fracasso de tais
tentativas, mas tendo em vista os novos acontecimentos a que tive conhecimento, venho
trazer o caso para apreciação da Diretoria, com os decorrentes pedidos de abertura de
sindicância e de processo administrativo interno, que levem tanto à reparação dos danos
já causados à minha imagem, quanto, ainda, à prevenção de possíveis – e prováveis –
novos danos.
Neste sentido, gostaria de lhes apresentar, primeiro, a queixa que enviei à
Ouvidoria no dia 06/04, para, depois, justificar o presente apelo à via administrativa. Eis
o relato:
“Na segunda-feira, 04 de abril, tive conhecimento, por meio de terceiros, de que
minha ex-namorada, Sophia Namen Aburjaile (Nº USP - 11762359), que cursa o terceiro
ano de Direito na FDUSP, Turma 193-11, junto comigo, tem divulgado relatos caluniosos
à respeito da minha pessoa, com a manifesta intenção de prejudicar minha imagem e
minha honra frente aos demais colegas e professores.
Tendo passado por um término recente, voltamos a nos encontrar pessoalmente, e
de forma inevitável, apenas com a volta às aulas, no dia 14/03/2022. Com isto, desde o
dia 15/03, mais especificamente, Sophia tem me procurado para conversarmos sobre
nosso passado e sobre nosso possível futuro enquanto namorados, o que, desde então, tem
sido algo recíproco. Após semanas conversando e discutindo o relacionamento,
decidimos finalmente nos encontrar fora da faculdade para jantarmos e nos
reconciliarmos (a convite dela, inclusive), no dia 01/04. A reconciliação de fato veio,
tendo sido acordado por ambos que retomaríamos nosso relacionamento gradualmente.
Chegando na faculdade na segunda-feira, 04/04, contudo, Sophia sequer olhava
na minha cara, e nem se prestou a dar qualquer explicação do porquê disso. Eu, então, fui
tentar conversar com ela diversas vezes, na frente de todos os demais colegas, fique claro.
Em uma destas vezes, no entanto, ela repentinamente juntou suas coisas e saiu da sala
sem dizer uma só palavra, o que me deixou extremamente confuso, por óbvio, dada nossa
decisão de retomar o relacionamento desde sexta-feira (01/04).
Após ela ter saído da sala, alguns de seus colegas vieram até mim e me relataram
que ela vinha divulgando a eles - e a demais colegas da sala – que eu a estaria perseguindo
dentro e fora da faculdade, e que estaria criando uma imagem minha de um ex-namorado
descompensado, que não foi capaz de superar o término, quando, em verdade, prints,
registros de ligações telefônicas e inúmeras testemunhas podem comprovar que foi
Sophia quem veio me procurar desde o segundo dia de nossa volta às aulas (15/03). Além
disso, ela teria contado aos colegas, ainda, que na sexta-feira (01/04) nosso encontro no
shopping não teria sido acordado, mas que eu a teria seguido à noite até encontrá-la
jantando no shopping com seus pais. Prints anexadas neste e-mail demonstram, no
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entanto, que esta versão não se sustenta, mas que nosso encontro se deu não apenas de
livre e espontânea vontade, mas a convite da própria Sophia.
A história é, portanto, absolutamente inverídica, e visa tão somente a manchar a
minha imagem e atingir a minha honra enquanto aluno, profissional e ser humano que
sou. Saliento, neste sentido, que o fato de Sophia ter divulgado tais versões caluniosas da
história pode ser comprovado por meio de prints de conversas minhas com um amigo em
comum meu e da Sophia, Steffano Ferreira, em que este afirma categoricamente que
Sophia tem me difamado e me caluniado perante todos os colegas de nossa turma.”
Esta era a situação em que eu me encontrava até então. De fato, já existia a prática
dos crimes de calúnia e difamação por parte de Sophia, que espalhava para toda a turma
que eu estaria praticando o crime de perseguição contra ela, previsto no art. 147-A do
Código Penal. Pelo fato de ser falsa tal imputação de crime à minha pessoa, e tendo
Sophia clara motivação, incentivo e oportunidade para divulgar estas falsas acusações, é
inquestionável a prática do crime de calúnia.
Motivação, pois as prints aqui anexadas comprovam o ciúme e a raiva de Sophia
ao descobrir que me relacionei com outra pessoa após nosso término. Incentivo, dado o
relato da própria Sophia à Ouvidora Mariângela, de que seus amigos a estariam
incentivando a, inclusive, enviar e-mail para o meu escritório, contando sua versão
caluniosa dos fatos aqui apresentados. Oportunidade, haja vista a presunção de
vulnerabilidade e de verdade de que dispõe frente à nossa comunidade acadêmica, por ser
mulher e estar acusando um homem branco, estereótipo este naturalmente malvisto por
diversos alunos dentro de nossa Faculdade.
Prints aqui anexadas, em processo de registro em ata notarial, bem como provas
testemunhais, relatórios e laudos psiquiátricos e documentos digitais comprovam, sem
qualquer dubiedade, a falsidade das acusações criminosas imputadas por Sophia a mim
até então.
Após minha tentativa de solução do conflito junto à Ouvidoria, contudo, novas
acusações divulgadas por Sophia têm chegado aos poucos ao meu conhecimento. No
último sábado, 09/04, por exemplo, minha amiga e Presidente do Centro Acadêmico XI
de Agosto, Helena Simões Romano, veio me contar que Sophia teria mostrado a ela e a
demais colegas de um grupo de estudos, na quarta-feira à tarde (06/04), um braço roxo,
cheio de hematomas, e disse a todos eles que fora eu quem teria feito aquilo com ela, na
segunda-feira (04/04), no meio da sala de aula.
Vejam vocês que a calúnia passou, então, de falsa imputação do crime de
perseguição (art. 147-A, CP) à falsa imputação do crime de lesão corporal, prevista no
art. 129 do Código Penal, muito mais grave. E não apenas tive conhecimento de que o
grau da calúnia aumentou, mas também a quantidade de pessoas que tiveram acesso às
falsas informações. Anexada neste e-mail estão, por exemplo, prints de conversa minha
com meu amigo e colega de estágio, Pedro Henrique Martin Menegat (Turma 192), em
que este afirma ter chegado até ele que eu estaria perseguindo Sophia. Além disso, não
apenas a falsa versão da perseguição, como também da suposta agressão que eu teria
cometido, chegaram a meu colega de sala Matheus Martinez (Turma 193), e a meu
também amigo e colega de estágio Matheus Camargo (Turma 192).
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Comprovado o fato de que Sophia tem divulgado a inúmeros colegas, não apenas
de nossa turma, mas de toda a Faculdade, os relatos descritos, cabe agora comprovar que
estes são inverídicos.
Primeiro, tem-se a alegação de que eu teria perseguido Sophia no shopping e
encontrado com ela e com os pais, conforme relata nosso colega “Steffano Ferreira”, em
print aqui anexada, nos seguintes termos: “cara, ela me falou uma coisa completamente
diferente. Que ela tava no shopping com os pais dela e você chegou do nada / Não sabia
disso”. Esta versão já foi desmentida, não apenas pelos prints de minha conversa com
Sophia no dia em que fomos juntos ao shopping (01/04), aqui anexados, como foi também
desmentida pela própria Sophia que, ao conversar com a Ouvidora Mariângela, contou
outra versão, ainda mentirosa mas menos gravosa, qual seja, a de que nós teríamos nos
encontrado a sós no shopping, voluntariamente, para terminarmos oficialmente o namoro.
Em outras palavras, Sophia, amedrontada frente às provas por mim apresentadas à
Ouvidoria, mudou sua versão para que esta parecesse menos mentirosa, mas sem deixar
de ser, ainda que em menor grau.
Depois, tem-se a acusação de que eu estaria perseguindo Sophia dentro e fora da
Faculdade, cometendo, portanto, verdadeiro crime nos termos do art. 147-A do Código
Penal. A falsidade desta acusação pode ser provada tanto pelas inúmeras conversas
iniciadas e continuadas por Sophia no whatsapp nas últimas semanas, quanto por colegas
que já se colocaram à disposição para testemunhar o fato de que eu sequer fui atrás e em
momento algum perturbei a paz de Sophia na Faculdade, exceto pelo dia 04/04, conforme
acima relatado. Além disso, acredito que a principal prova de que não houve qualquer
perseguição minha à aluna seja a dos registros de ligações telefônicas entre mim e Sophia
nas últimas semanas, conforme o documento aqui anexado “Sophia.Ligações”. Nele,
percebe-se que, das últimas dez ligações que fizemos um ao outro, as quais ocorreram
todas no período de 17/03 a 02/04 deste ano, oito foram feitas por Sophia, e apenas duas
por mim.
Por fim, tem-se a alegação de que eu teria apertado o braço de Sophia e a puxado
durante a aula de Direito do Trabalho I, na segunda-feira, 04/04, em frente à toda a classe.
Neste caso, é desnecessário apontar para a concomitante perversidade e ingenuidade da
mente de Sophia, que, alegando semelhante ato de lesão corporal, sequer toma o cuidado
de proteger e blindar sua calúnia. Neste sentido, mais de quarenta alunos que estejam de
boa-fé, assim como o professor que estava dando aula naquele momento, poderão, e
muitos até já se propuseram, a testemunhar e, com isso, provar que eu sequer encostei em
Sophia na ocasião.
Diante disto, poderiam os caros diretores se perguntarem: mas por que não buscar
tutela jurisdicional diretamente? Respondo: prezando pela razoabilidade e pela
ponderação, bem como pela consideração que tenho por Sophia, e pelo medo de que tenho
de seu pai e de sua família, tenho tentado encontrar as alternativas menos gravosas
possíveis para solucionar a presente controvérsia.
Como devem presumir, frente ao exposto, a Ouvidoria não foi capaz de tutelar
meu legítimo interesse à salvaguarda de meus direitos constitucionais à honra e à imagem,
e é por isso que estou agora lhes escrevendo. Mas antes de relatar o agravamento da
situação, acerca do qual tive conhecimento apenas no último sábado, 09/04, devo admitir
que um dos principais motivos que não me levaram antes, e ainda não me levam agora, a
fls. 40
registrar Boletim de Ocorrência contra Sophia é o medo, meu e de minha família, de que
seu pai, que tanto mal e tanta humilhação já causou a mim e à minha família, possa nos
infringir algum mal ainda maior frente à uma medida tão drástica como essa.
Não anexarei aqui provas da perversidade da mente de seu pai, que, por todas as
situações por mim vividas, parece apresentar características de uma pessoa narcisista,
pois sei que isto foge à competência da própria Diretoria. Mas reitero, ainda assim, meu
verdadeiro sofrimento e desespero, meu e de minha família, em ter de escolher entre viver
em paz, mas com a imagem manchada, ou viver em conflito, mas lutando pelo que nos
pertence de direito, a imagem ilibada e a honra que sempre me fizeram ser o que fui, o
que sou, e o que continuarei sendo daqui para frente. Um aluno esforçado, um profissional
competente, e um ser humano civilizado.
Por um lado, as calúnias de Sophia têm se espalhado por toda a Faculdade e
prejudicado minha imagem, minha relação com amigos, colegas de faculdade e, até
mesmo, colegas de estágio que sequer frequentam a nossa Faculdade. Por outro, o medo
de buscar as vias jurisdicionais para a tutela de meus direitos tem tirado o meu sono e de
meus pais. Deus sabe como esta situação está me causando danos imensuráveis, que
ultrapassam a minha pessoa, chegando a meus pais e a amigos mais próximos. Danos à
imagem, à reputação, à honra, e, acima de tudo, danos psicológicos.
O medo é a realidade. A tranquilidade e a paz, a exceção. Medo de ir à Faculdade
e sofrer mais uma falsa denúncia. Medo de ser malvisto pelos colegas. Medo de me sentir
perseguido. Medo de ser excluído. Medo de encontrar com o pai de Sophia, que sabe-se
lá o que é capaz de fazer. Diante disso, e não sabendo a mais quem recorrer, venho pedir
à Diretoria que instaure sindicância e posterior processo administrativo contra Sophia,
visando à reparação e à prevenção dos danos causados a mim e à minha família por suas
calúnias. Para tanto, requeiro, por um lado, que Sophia se retrate perante toda a nossa
comunidade acadêmica e, por outro, que ela seja, no mínimo, realocada de período (do
matutino para o noturno), de forma compulsória, pois seria inadmissível que a Faculdade
compactuasse com uma situação forçada de convívio diário entre vítima e criminoso.
Eis o meu relato e a minha denúncia.
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victorahlf@gmail.com

Enviado em: quinta-feira, 30 de junho de 2022 13:00
Para: Ana Elisa Bechara
Assunto: Re: Pedido de Abertura de Sindicancia | Andamento
Entendo, professora Ana Elisa.
Apesar disto, não sei como pode ser de interesse de Sophia esta investigação. Já apresentei, aqui, diversas provas de
que ela espalhou, para toda a sala (e para além dela, é claro) que eu a estava perseguindo e, inclusive, que bati nela
e a deixei roxa com isto. É ela, portanto, quem deve provar aquilo que tem alegado publicamente.
Eu, diferentemente dela, procurei realizar este processo interna e sigilosamente, não havendo, para ela, qualquer
interesse imediato no andamento desta demanda, muito pelo contrário.
Quem está sofrendo danos dia após dia, com a imagem maculada, sou eu. Eu, repito, não divulguei publicamente as
mentiras de Sophia, não divulguei as provas que tenho a público, por acreditar na justiça que este processo poderia
me trazer.
Se Sophia quiser provar que eu a bati, ou a perseguia, deveria procurar abrir um processo ela própria, e provar o que
está alegando.
Eu não só estou provando que ela imputou publicamente a prática de crime a mim, como, também, e de antemão,
já apresento inúmeras provas do contrário.
Neste sentido, o interesse imediato é apenas meu, o único que está sendo continuamente lesado até então, sem o
direito de me retratar perante a comunidade acadêmica, e com o fardo de ter de conviver constantemente com a
aluna mencionada.
A demora do processo só interessa a ela e, portanto, talvez seja interessante mesmo que eu já comece a buscar,
simultaneamente, vias jurisdicionais mais gravosas de solução da controvérsia.
De qualquer forma, agradeço pela pronta resposta e pelos esclarecimentos.
Att.,
Victor.
Em qui., 30 de jun. de 2022 08:15, Ana Elisa Bechara <anaelisabechara@usp.br> escreveu:

Prezado,
Bom dia.
Conforme já noticiado, foi instalada Comissão Sindicante, formada por três docentes da Faculdade de Direito, com
o fim de apurar preliminarmente os fatos narrados, que envolvem não apenas seu interesse, como também da
aluna mencionada.
Considerando que os trabalhos estão em andamento, a orientação é que você aguarde eventual notificação para
que preste declarações à Comissão Sindicante.
De todo modo, nada impede que você tome quaisquer outras medidas que entenda adequadas junto às esferas
competentes externas à Universidade.
Atenciosamente,
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Ana Elisa Bechara
On Thu, Jun 30, 2022 at 1:59 AM <victorahlf@usp.br> wrote:
Prezados, boa noite! Espero que estejam bem.
Envio este e-mail, novamente, para perguntar sobre o andamento da sindicância, tendo em vista que, no dia
17/05, fui avisado de que a comissão instaurada me chamaria “em breve” para prestar esclarecimentos, mas, até
agora, 6 semanas depois, nada parece ter ocorrido.
Reitero não apenas o pedido e a emergência do pedido de tutela, mas também a gravidade do ocorrido.
Recorri a este meio – processo administrativo interno – por tê-lo considerado, à época em que descobri as
calúnias, o mais adequado meio de solução da controvérsia, dado que de nada havia adiantado minha tentativa
anterior de mediação junto à Ouvidoria. Acreditei ser o mais adequado pois, pelo menos pelo que sei, o dano mais
grave e com o qual tenho tido de conviver diariamente, até hoje, se estende mais aos domínios internos da nossa
faculdade do que aos externos.
No entanto, como podem ver em anexo, há alguns meses já realizei o registro em ata notarial das conversas que
tive com Sophia, Steffano, Matheus Almeida, Paulo Henrique e Matheus Martinez, todos da FDUSP, buscando me
precaver e me preparar para possível adoção de uma medida mais gravosa. Neste sentido, gostaria de pontuar,
como sabem, que meu direito de reclamar tutela jurídica pelos danos decorrentes de calúnia e difamação decai
seis meses após o conhecimento do ilícito, o que ocorrerá, no meu caso, em 04/10/2022, daqui a apenas três
meses.
Por isto gostaria de saber se há alguma hipótese de que este processo caminhe em breve, e, ainda, o que tem sido
efetivamente feito até o momento para investigar e julgar tais práticas. Se não por esta via, preciso saber o
quanto antes, para que possa realizar um Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil e mover um processo judicial
a partir disso, para, daí sim, ver os meus direitos constitucionais à honra, à imagem e à integridade minimamente
tutelados pela Justiça, seja criminal seja civilmente.
O que não é mais possível, não há dúvidas, é conviver diariamente com alguém que acredita que tenha o direito
de macular a imagem de um ex-namorado, pelo simples fato de um relacionamento não ter dado certo,
aproveitando-se, para tanto, de sua posição enquanto mulher, por saber que tal condição lhe confere uma
presunção de veracidade das acusações, e porque sabe que, por isto mesmo, ou irá atingir seu objetivo (me pintar
como um agressor e abusador), ou não irá gerar qualquer responsabilidade a ela, como está ocorrendo até o
momento, inclusive.
Esta presunção de culpa que tem sido adotada por meus colegas pode ser comprovada, por exemplo, pelas prints
enviadas a mim por Steffano, no qual consta que “a sala inteira” me vê como um perseguidor, e a enxerga como
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uma garota que, por seu sexo, idade (18 anos), e por ser seu primeiro relacionamento, certamente estaria falando
a verdade.
Nem uma só pessoa sequer me viu perseguindo-a. Nenhuma só pessoa me viu agredindo-a. Prints, registros
telefônicos, testemunhas. Tudo é capaz de provar que não fiz o que fiz, mesmo sendo o ônus de provar o que
alega de Sophia.
Não sei se é o caso, mas, para ser sincero, tenho sentido que esta demanda tem sido um pouco negligenciada pela
Faculdade. As únicas provas juntadas ao pedido foram as prints, que agora envio em forma de ata notarial, e em
dois meses do pedido sequer fui chamado para prestar esclarecimentos, ou, no mínimo, informado sobre as
providências a serem tomadas, ou sobre o andamento do processo.
Trata-se, repito, da prática de um crime ocorrido nos domínios da maior e mais importante Faculdade de Direito
da América Latina, contra um de seus alunos. Seria inadmissível que nada fosse feito.
Para finalizar, gostaria apenas de pontuar, ainda, que, no final de semana passado, um garoto que estudou em
Belo Horizonte com Sophia – agora na Poli-USP- , na época do Ensino Médio, e que ficou sabendo do meu caso,
entrou em contato comigo para me ajudar, afirmando que ela e a família tinham um histórico considerável e
bastante conhecido de mentiras na cidade, e que por isto acreditava em mim.
Dito isto, reitero meus pedidos, quais sejam: (i) saber se há alguma previsão de a sindicância tomar alguma
providência sobre o caso; (ii) se não, e se não for realmente muito em breve, favor me avisar, para que eu possa
fazer o B.O. e seguir atrás de justiça por outras vias, mais gravosas.
Me perdoem a revolta e a frustração, mas tem sido uma real tortura ter de conviver com colegas que me
enxergam como abusador e agressor, e com a pessoa responsável por criar toda esta narrativa, agindo como se
nada tivesse acontecido.
De qualquer forma, me coloco, como sempre me coloquei, à total disposição para prestar os necessários
esclarecimentos.
Grato desde já pela atenção e compreensão,
Victor.
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De: Ana Elisa Bechara <anaelisabechara@usp.br>

Enviada em: quinta-feira, 2 de junho de 2022 22:01
Para: Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br>
Cc: Mariângela Gama de Magalhães Gomes <mariangela@usp.br>; Serviço de Graduação FD USP
<sgrad.fd@usp.br>; celso@campilongo.com.br
Assunto: Re: Pedido de Abertura de Sindicancia | Andamento
Prezado,
Conforme meu e-mail anterior, aguarde o contato da Comissão sindicante, que decidirá quais providências
investigativas adotar.
Atenciosamente,
Ana Elisa Bechara
Em qui., 2 de jun. de 2022 às 11:28, Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br> escreveu:
Bom dia, prezados senhores diretor Campilongo, vice-diretora Ana Elisa e professora Mariângela! Tudo bem?
Envio este e-mail, novamente, para saber sobre o andamento da sindicância, 17 dias após a primeira consulta, na
qual recebi resposta de que logo seria chamado para prestar depoimento.
Destaco que a insistência e a urgência de meu pedido decorrem, sobretudo, do fato de ter de conviver,
cotidianamente, com a figura de uma pessoa que tanto mal me fez, e com os pesados olhares a mim
direcionados por aqueles que, desprezando a presunção de inocência, consideram as acusações de perseguição,
agressão e abuso falsamente disseminadas por minha ex-namorada, Sophia Aburjaile, como verdade.
A sensação de minha parte é a de que, quanto mais o tempo passa, mais o sentimento de injustiça e de
impotência crescem em mim. O mal causado por esta pessoa a mim e a minha família nos últimos meses foi, e
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tem sido, imensurável. A dor, o medo e o ressentimento aumentam na exata proporção em que tenho de ver, dia
após dia, a cara daquela cujo mal em seu âmago permanece e da impunidade se alimenta.
Neste sentido, gostaria de saber se há alguma previsão concreta para os próximos passos relativos ao
prosseguimento da sindicancia, bem como a consequente instauração de processo administrativo.
De qualquer forma, agradeço a atenção e a diligência dos senhores. Agradeço, ainda mais, tanto a Ouvidoria
quanto a Diretoria, pelo sério acolhimento de minha denúncia e pelo acompanhamento de meu caso.
Abs.,
Victor.
Em ter., 17 de mai. de 2022 19:21, Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br> escreveu:
Muito obrigado, profa. Ana Elisa. Fico aliviado em saber que a sindicancia foi instaurada.
Fico no aguardo então!
Att.,
Victor.
Em ter., 17 de mai. de 2022 08:19, Ana Elisa Bechara <anaelisabechara@usp.br> escreveu:
Prezado Victor,
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Informo que a sindicância mencionada foi instaurada. Em breve você deverá ser notificado pela respectiva
Comissão para prestar declarações.
Atenciosamente,
Ana Elisa Bechara
Em ter., 17 de mai. de 2022 às 01:58, Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br> escreveu:
Prezados, boa noite encaminho!
Encaminho novamente este e-mail para saber sobre o andamento do meu pedido de abertura de sindicancia
contra as calúnias e difamações disseminadas à nossa comunidade a meu respeito, conforme teor da
denúncia.
Aguardo retorno.
Att.,
Victor.
---------- Forwarded message ---------

Date: ter., 3 de mai. de 2022 16:11
Subject: Pedido de Abertura de Sindicancia | Andamento
To: <celso@campilongo.com.br>, Ana Elisa Bechara <anaelisabechara@usp.br>, Serviço de Graduação FD USP
<sgrad.fd@usp.br>
Boa tarde, prezados diretor e diretora Celso e Ana Elisa. Espero que estejam bem!
Envio este e-mail para saber sobre o andamento de meu pedido de abertura de sindicancia, registrado em
18/04 por intermédio da ouvidora Mariangela, acerca de caso de calunia e difamação de que tenho sido
vítima na faculdade no último mês.
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Abs.,
Victor.
Agradeço desde já pela atenção.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C468A9A.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C468A9B.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C468A9F.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C468AA0.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C468AA1.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL
AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, 313, 1º ANDAR RUA 7 - SALAS
518/586, BARRA FUNDA - CEP 01133-020, Fone: 11 2868-7251, São
Paulo-SP - E-mail: spjecrim@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C479842.
ATO ORDINATÓRIO
Processo Digital n°: 1026628-87.2022.8.26.0050

Classe Assunto: Crimes de Calúnia, Injúria e Difamação de Competência do Juiz Singular -
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CELIA ELMAS SARKISIAN NANTES PEREIRA, liberado nos autos em 04/10/2022 às 16:32 .
Calúnia
Autor: Justiça Pública e outro
Réu: Sophia Namen Aburjaile
Ato Ordinatório
Vista ao Ministério Público.

Eu, ___, Celia Elmas Sarkisian Nantes Pereira, Coordenador.
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AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, 313, 1º ANDAR RUA 7 - SALAS
518/586, BARRA FUNDA - CEP 01133-020, Fone: 11 2868-7251, São
Paulo-SP - E-mail: spjecrim@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C47989A.
CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO
Processo n°: 1026628-87.2022.8.26.0050

Classe – Assunto: Crimes de Calúnia, Injúria e Difamação de Competência do Juiz
Singular - Calúnia
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 04/10/2022 às 16:33 .
Réu: Sophia Namen Aburjaile []
[]
Justiça PúblicaJustiça Pública[][]
CERTIFICA-SE que em 04/10/2022 o ato abaixo foi encaminhado ao

Portal Eletrônico do (a): Ministério Público do Estado de São Paulo.
Teor do ato: Vista ao Ministério Público.
São Paulo, (SP), 04 de outubro de 2022

.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO BACAL e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/10/2022 às 13:24 , sob o número WBFU22704375607
JECRIM DO FORO
CENTRAL DA CAPITAL
Juizado Especial Criminal do Foro Central da Capital

AUTOS Nº 1026628-87.2022.8.26.0050
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C49DDD0.
MM. Juiz:
Trata-se de queixa-crime ajuizada por VICTOR HENRIQUE

AHLF GOMES em face de SOPHIA NAMEN ABURJAILE, a quem imputa a prática
dos crimes de calúnia, injúria e difamação, tipificados nos artigos 138 e 139 c.c 141,
III, do Código Penal.
É sabido que a competência é fixada com base na capitulação

jurídica dada ao crime pela acusação formalmente deduzida.
O Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, julgando recursos

em face de sentenças de rejeição das queixas-crimes proferidas pelo Juizado Especial
Criminal em casos semelhantes, isto é, em que o querelante imputava ao querelado
a prática de três crimes contra a honra, reconheceu a incompetência absoluta deste
Juízo, pelos argumentos a seguir compilados:
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO-Rejeição da queixa crime -

Pleito pugnando pelo recebimento da queixa crime e o
prosseguimento junto ao Juizado Especial Criminal - Colégio
Recursal não conheceu do recurso e determinou a remessa dos
autos ao E. Tribunal de Justiça - Decisão de rejeição da queixa
crime proferida por juízo absolutamente incompetente -
Anulação do feito à partir dessa decisão e de todos os atos
subsequentes, devendo os autos serem enviados ao Fórum
Central da Barra Funda. (RESEnº1000612-09.2016.8.26.0050,
Relator Des. Silmar Fernandes, 2ª Câmara de Direito Criminal
do TJ/SP, julgado em 29 de janeiro de 2018) (grifei).
Inicialmente, de rigor anotar que não há dúvidas de que o

Juizado Especial Criminal não era mesmo o competente para
julgamento da queixa-crime ofertada pelo recorrente. Isso
Av. Dr. Abrahão Ribeiro, nº 313, térreo, Av. D, sala 413 - Barra Funda | São Paulo/SP.
.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO BACAL e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/10/2022 às 13:24 , sob o número WBFU22704375607
JECRIM DO FORO
CENTRAL DA CAPITAL
porque, consoante bem ponderado na r. decisão de fls.152/154,

pela 2ª Turma Recursal Criminal do Colégio Recursal Central da
Capital, como o recorrente ajuizara queixa-crime alegando que
o recorrido havia cometido os crimes previstos nos artigos 138,
139 e140 do Código Penal, em concurso material, as penas em
abstrato desses delitos ultrapassam os dois anos previstos no
artigo 61 da Leinº9.099/95, o que foge à competência dos
Juizados Especiais. (RESE 0003970-37.2015.8.26.0081,
Relator Des. Mauricio Henrique Guimarães Pereira Filho, 5ª
Câmara de Direito Criminal do TJ/SP, julgado em 22 de março
de 2018).
Dessa feita, a partir da jurisprudência do E. Tribunal de Justiça

de São Paulo, deve a competência do Juízo ser analisada tendo-se em conta a
capitulação constante da queixa crime e atribuída pelo querelante aos fatos delitivos,
e não conforme o entendimento do magistrado.
No caso vertente, a queixa-crime invoca os delitos previstos nos

artigos 138 e 139 c.c 141, III, do Código Penal, cujo quantum da pena máxima
cominada é superior àquele que define, nos termos do artigo 61 da Lei nº 9.099/95, o
conceito de infração de menor potencial ofensivo.
Então, prevalecendo a capitulação dada na queixa, não se há

falar em infração de menor potencial ofensivo.
Neste sentido:
CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO. Apuração dos crimes

previstos no artigo 139, caput, combinado com o artigo 29, na
forma do artigo 70, por cinco vezes, todos do Código Penal; e
artigo 138, caput, combinado com artigo 29, na forma do artigo
69, todos do Código Penal. Somatório das penas máximas em
abstrato que ultrapassa o limite do teto geral de competência do
Juizado Especial Criminal, nos termos do artigo 61 da lei n°
9.099/95. Conflito julgado procedente. Competência do MM.
Juízo da1ª Vara Criminal da Capital, ora suscitado. (Conflito de
Jurisdição nº 0010648- 49.2017.8.26.0000, São Paulo, Câmara
Especial, rel. Issa Ahmed, j.27/11/2017).
Comum competente.
ROBERTO BACAL
Promotor de Justiça
São Paulo, data na assinatura digital.
JECRIM DO
Ante o exposto, requer-se seja o feito redistribuído ao Juízo
FORO
CENTRAL DA CAPITAL
fls. 100
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO BACAL e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/10/2022 às 13:24 , sob o número WBFU22704375607 .
fls. 101
ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C49DDDA.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO BACAL e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 06/10/2022 às 13:25 .
CIÊN CIA DA IN TIMAÇÃO
Autos nº: 1026628-87.2022.8.26.0050

Foro: Foro Central Criminal Barra Funda
Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do

ato transcrito abaixo.
Data da intimação: 06/10/2022 13:22

Prazo: 10 dias
Intimado: Ministério Público do Estado de São Paulo
Teor do Ato: Vista ao Ministério Público.
São Paulo, 6 de Outubro de 2022

fls. 102

AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, 313, 1º ANDAR RUA 7 - SALAS 518/586 -
BARRA FUNDA
CEP: 01133-020 - São Paulo - SP
Telefone: 11 2868-7251 - E-mail: spjecrim@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C4B73E4.
DECISÃO
Processo nº: 1026628-87.2022.8.26.0050

Classe - Assunto Crimes de Calúnia, Injúria e Difamação de Competência do Juiz Singular
- Calúnia
Réu: Sophia Namen Aburjaile
Juiz(a) de Direito: Dr(a). FABRICIO REALI ZIA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FABRICIO REALI ZIA, liberado nos autos em 14/10/2022 às 13:24 .
Vistos.
Trata-se de queixa crime na qual o querelante capitulou as infrações penais como

sendo calúnia, difamação e injúria, ambas com a causa de aumento de pena do artigo 141, III, do
Código Penal. Os crimes em questão não são de menor potencial ofensivo, já que as penas
máximas ultrapassam dois anos.
Ademais, segundo entendimento pacificado pela Col. Câmara Especial do E.

Tribunal de Justiça de São Paulo, a capitulação dos fatos dada pelo querelante, na queixa, vincula o
juízo, no tocante à fixação da competência:
CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO. Queixa-crime proposta para

apuração dos crimes de difamação e injúria distribuída para a 19ª Vara
Criminal da Capital. Remessa ao Juizado Especial Criminal.
Inadequação da medida. Crimes com penas cominadas que, somadas,
ultrapassam 2 anos. Eventual análise da imputação feita ao réu deve
levar em conta o que consta da inicial, vedada a interpretação
ampliativa ou restritiva dos fatos descritos e da capitulação jurídica
apresentada. Competência da Juíza suscitado da 19ª Vara Criminal da
Capital. (TJSP; Conflito de Jurisdição 0004239-52.2020.8.26.0000;
Relator (a): Dimas Rubens Fonseca (Pres. da Seção de Direito Pr;
Órgão Julgador: Câmara Especial; Foro Central Criminal Barra Funda -
Vara do Juizado Especial Criminal; Data do Julgamento: 08/05/2020;
Data de Registro: 08/05/2020)
Observo que eventuais crimes conexos seguem a competência do crime mais

severamente apenado, conforme dispõe o artigo 60, § único, da Lei 9.099/95.
Sendo assim, declaro a incompetência deste Juizado Especial Criminal Central da

Capital e determino a redistribuição do feito a uma das varas criminais centrais da comarca da
capital.
Processo nº 1026628-87.2022.8.26.0050 - p. 1
fls. 103

AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, 313, 1º ANDAR RUA 7 - SALAS 518/586 -
BARRA FUNDA
CEP: 01133-020 - São Paulo - SP
Telefone: 11 2868-7251 - E-mail: spjecrim@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C4B73E4.
Intime-se.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FABRICIO REALI ZIA, liberado nos autos em 14/10/2022 às 13:24 .
Processo nº 1026628-87.2022.8.26.0050 - p. 2
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA MOREIRA DIAS ESCALEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 25/10/2022 às 17:15 , sob o número WBFU22704763054
fls. 104
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA

31ª VARA CRIMINAL DO FORO CENTRAL CRIMINAL DA BARRA
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C5F3765.
FUNDA – SP.
PROCESSO N° 1026628-87.2022.8.26.0050
VICTOR HENRIQUE AHLF GOMES, qualificado, por sua

advogada que esta subscreve, nos autos da queixa crime em epígrafe, que
contende SOFIA NAMEN ABURJAILE, vem mui respeitosamente, à
presença de V. Exa., manifestar-se no quanto segue:
Conforme constou na peça de estreia de fls. 1/13, o querelante

procedeu ao pedido de instauração de inquérito policial junto a 1ª Delegacia
de Polícia, para corroborar com os fatos narrados na peça, e colher a termo a
declarações das testemunhas.
Ante todo exposto, requer a juntada das declarações das

testemunhas, ouvidas em solo policial: Paulo Henrique Bernardes Mirabile,
Matheus Monteiro Martinez, Helena Simões Romano e Matheus Almeida
Camargo.
Termos em que,
pede deferimento.
São Paulo, 24 de outubro de 2.022.
Adriana Moreira Dias Escaleira

OAB/SP 151.675
Rua Sena Madureira, 151 – Cj. 1001 – Vila Mariana – CEP 04021-050 – São Paulo - SP
fls. 105
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA MOREIRA DIAS ESCALEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 25/10/2022 às 17:15 , sob o número WBFU22704763054 .
fls. 106
fls. 107
fls. 108
fls. 109
fls. 110
fls. 111
fls. 112
fls. 113

31ª VARA CRIMINAL
AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, Nº 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C61E279.
DESPACHO
Processo Digital nº: 1026628-87.2022.8.26.0050

Classe – Assunto: Crimes de Calúnia, Injúria e Difamação de Competência do Juiz Singular -
Calúnia
Réu: SOPHIA NAMEN ABURJAILE
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Ana Helena Rodrigues Mellim
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA HELENA RODRIGUES MELLIM, liberado nos autos em 27/10/2022 às 16:12 .
Vistos.
Ao Ministério Público.
Int.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO / OFÍCIOS / OFÍCIOS REQUISITÓRIOS. CUMPRA-SE NA FORMA
E SOB AS PENAS DA LEI.
fls. 114

31ª VARA CRIMINAL
Av. Dr. Abrahão Ribeiro, nº 313, 1º andar, rua 9, sala 698, Barra Funda -
CEP 01133-020, Fone: (11) 2127-9801, São Paulo-SP - E-mail:
sp31cr@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C7AF53F.
ATO ORDINATÓRIO

Calúnia
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOYCE ALESSANDRA SAUL, liberado nos autos em 22/11/2022 às 13:16 .
Ato Ordinatório
São Paulo, 22 de novembro de 2022.

Eu, ___, Joyce Alessandre Saul, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 115

31ª VARA CRIMINAL
sp31cr@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C7AF557.
Processo n°: 1026628-87.2022.8.26.0050

Singular - Calúnia
Réu: SOPHIA NAMEN ABURJAILE []
[]

São Paulo, (SP), 22 de novembro de 2022

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIS GUILHERME GOMES DOS REIS SAMPAIO GARCIA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/11/2022 às 16:17 , sob o número WBFU22705357548
fls. 116
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C81EFA9.
Inquérito Policial nº 1026628-87.2022.8.26.0050.
Meritíssima Juíza:
Ciente de fls. retro.

Sendo os crimes de calúnia e injúria submetidos a rito
especial, requeiro a designação de audiência de conciliação prevista no artigo 519 e
ss., do Código de Processo Penal.

LUÍS GUILHERME GOMES DOS REIS SAMPAIO GARCIA.
122o Promotor de Justiça Criminal da Capital.
JONATHAS EMANUEL GUIMARÃES DE ASSIS.
Analista Jurídico.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIS GUILHERME GOMES DOS REIS SAMPAIO GARCIA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 28/11/2022 às 16:47 .
fls. 117
ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO
CIÊN CIA DA IN TIMAÇÃO
Autos nº: 1026628-87.2022.8.26.0050

Foro: Foro Central Criminal Barra Funda
Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do

ato transcrito abaixo.
Data da intimação: 28/11/2022 16:17

Prazo: 10 dias
Intimado: Ministério Público do Estado de São Paulo
Teor do Ato: Vista ao Ministério Público.
São Paulo, 28 de N ovembro de 2022

fls. 118

31ª VARA CRIMINAL
AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, Nº 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C82C6E4.
DESPACHO
Processo Digital nº: 1026628-87.2022.8.26.0050

Classe – Assunto: Crimes de Calúnia, Injúria e Difamação de Competência do Juiz Singular -
Calúnia
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Ana Helena Rodrigues Mellim
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA HELENA RODRIGUES MELLIM, liberado nos autos em 30/11/2022 às 14:43 .
Vistos.
Em decorrência da decisão proferida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ),

manifestem-se as partes, sobre o interesse em que audiência de conciliação (artigos 519 e
seguintes do Código de Processo Penal) posteriormente designada seja realizada de maneira
presencial ou remota. Em caso de optar pela forma remota, deverá a parte apresentar justificativa.
Int.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
SERVIRÁ O PRESENTE, POR CÓPIA DIGITADA, COMO MANDADO / OFÍCIOS / OFÍCIOS REQUISITÓRIOS. CUMPRA-SE NA FORMA
E SOB AS PENAS DA LEI.
fls. 119

31ª VARA CRIMINAL
sp31cr@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C85EBDB.
ATO ORDINATÓRIO

Calúnia
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOYCE ALESSANDRA SAUL, liberado nos autos em 01/12/2022 às 09:45 .
Ato Ordinatório
São Paulo, 01 de dezembro de 2022.

Eu, ___, Joyce Alessandre Saul, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 120

31ª VARA CRIMINAL
sp31cr@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C85EBF0.
Processo n°: 1026628-87.2022.8.26.0050

Singular - Calúnia
Réu: SOPHIA NAMEN ABURJAILE []
[]

São Paulo, (SP), 01 de dezembro de 2022

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINA PINHAO COELHO ARAUJO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 01/12/2022 às 14:10 , sob o número WBFU22705434992
fls. 121
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA DO 1º DISTRITO

POLICIAL DE SÃO PAULO, SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1026628-87.2022.8.26.0050 e código C863DBB.
Autos n. 1026628-87.2022.8.26.0050
SOPHIA NAMEN ABURJAILE, já devidamente qualificada nos autos

em epígrafe, por meio de suas advogadas, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, informar e requerer o quanto segue.
De acordo com o artigo 44 do Código de Processo Penal, “a

queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do
instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso,
salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser
previamente requeridas no juízo criminal”.
Isto é, a Queixa-Crime deve vir acompanhada de instrumento

de mandato específico, minimamente detalhado, capaz de já delimitar o fato
supostamente criminoso ora narrado.
Contudo, Excelência, em consulta aos autos, foi possível

verificar que tal requisito legal não foi respeitado quando da apresentação da
presente Queixa-Crime, visto que a procuração juntada pelo Querelante é genérica
SP – Av. Brigadeiro Faria Lima,1461-Cj. 54 - J. Paulistano - SP 01452-002 T +55 (11) 2366-1108 www.cazadvogados.com
1
.
fls. 122
e, ainda pior, confere poderes “para o fim específico de representa-lo [sic] perante
autoridade policial para instauração e [sic] inquérito policial a fim de que se apure a
prática de crime em tese praticados [sic] por Sophia Namen Aburjaile” (fls. 14).
Isto posto, resta claro que a procuração ora juntada aos
autos não confere os poderes especiais ora apontados pela lei, razão pela qual
o presente processo não está apto a seguir, pela consequente nulidade da
queixa-crime apresentada.
Vale ressaltar que, segundo o artigo 38 do mesmo diploma

legal, o direito de queixa ou representação do ofendido decai no prazo de 6 (seis)
meses, contado do dia em que este vier a saber quem é o autor dos fatos.
Portanto, tendo em vista que os fatos narrados ocorreram no

mês de abril do presente ano, o prazo para sanar o vício do instrumento de
mandato em questão encerrou-se em outubro de 2022.
Nesse sentido, o entendimento dos Tribunais Superiores:
RECURSO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AÇÃO

PENAL PRIVADA. VÍCIO DE REPRESENTAÇÃO. (...) REQUISITOS
DO ART. 44 DO CPP NÃO PREENCHIDOS. NULIDADE. EXTINÇÃO
DA PUNIBILIDADE. 1. Para a validade da ação penal nos crimes
de ação penal privada, é necessário que o instrumento de
mandato seja conferido com poderes especiais expressos,
além de fazer menção ao fato criminoso, nos termos do art. 44
do Código de Processo Penal. (...) 3. Na espécie, como a
procuração firmada pela querelante somente conferiu aos
advogados os poderes da cláusula ad judicia et extra, apenas estes
foram objeto de transferência aos substabelecidos, razão pela qual
deve ser tida por inexistente a inclusão de poderes especiais para a
propositura de ação penal privada, uma vez que eles não
constavam do mandato originário. 4. Nula é a queixa-crime, por
vício de representação, se a procuração outorgada para a sua
propositura não atende às exigências do art. 44 do Código de
Processo Penal. 5. Recurso provido para conceder a ordem de
habeas corpus, a fim de declarar a nulidade ab initio da queixa-
crime, tendo como consequência a extinção da punibilidade do
querelado, nos termos do art. 107, IV, do Código Penal. (RHC n.
33.790/SP, relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura, relator
para acórdão Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julgado
em 27/6/2014, DJe de 5/8/2014 – com destaques)
2
.
fls. 123
Diante do exposto, requer seja (a) declarada nula a presente

Queixa-Crime, desde o seu início, e (b) extinta a punibilidade da Querelada, com
fulcro no artigo 107, IV, do Código Penal, tendo em vista a decadência do direito de
queixa do Querelante.
Pede deferimento.
São Paulo, 1º de dezembro de 2022.
MARINA PINHÃO COELHO ARAÚJO GIOVANNA BERTOLUCCI NOGUEIRA
OAB/SP 173.413 OAB/SP 401.264
3

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA MOREIRA DIAS ESCALEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao

Paulo, protocolado em 03/10/2022 às 17:44 , sob o número 10266288720228260050.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DIREITO DO JUIZADO

VICTOR HENRIQUE AHLF GOMES, brasileiro, solteiro,

em face de Sophia Namen Aburjaile, brasileira, solteira, maior, estudante,

O Querente é estudante, cursando o terceiro ano de direito de uma

Rel. Dr. Rebello Pinho, da Colenda 20ª Câmara de Direito Privado

Sendo assim, requer desde já a concessão dos benefícios da Justiça

II- DOS FATOS

O Querelante e a Querelada se conheceram no início de 2020, na

Com o passar das semanas, as conversas evoluíram, com uma

Para surpresa do Querelante, nesse dia 04/04/2022, tomou

Poucos dias depois, uma das colegas de Sophia, a aluna Caroline

Querelante é possessivo, que a persegue exaustivamente em diversos lugares,

É de se ressaltar, a proporção das falácias plantadas por Sophia,

Dos fatos relatados, verifica-se que a querelada praticou os crimes

As infrações penais em contento, demandam a incidência da causa

Isso porque, ao noticiar falsamente os fatos elencados na sala de

Destarte, mister se faz a condenação da querelada pelos crimes de

• Helena Simões Romano, RG 52.677.597-X, CPF 238.701.908-33, Rua

Para tanto, fica o Querelante à disposição para prestar e reafirmar

ADRIANA MOREIA DIAS ESCALEIRA

POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Dependência: DELEGACIA ELETRONICA

Ocorrência: 04/04/2022 às 10:00

1 - Autor Nome: Autor 1 – Desconhecido

1ª Edição criada 17/07/2022 10:02 por Integracao DE - DELEGACIA ELETRONICA

As informações acima prestadas são de sua inteira responsabilidade.

Documento assinado digitalmente nos termos da lei 11.419/2006 Chave de Impressão:

DELEGACIA ELETRONICA www.policiacivil.sp.gov.br

POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Dependência: DELEGACIA ELETRONICA

Confere(m), assina(m) e recebe(m) uma via

BO digitado por Leticia Franco Da Silva, Agente Policial

Documento assinado digitalmente nos termos da lei 11.419/2006

Documento assinado digitalmente nos termos da lei 11.419/2006 Chave de Impressão:

DELEGACIA ELETRONICA www.policiacivil.sp.gov.br

Registrado sob nº 656 / 2022 20220592303

São Paulo, 28 de setembro de 2022

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

VITIMA VICTOR HENRIQUE AHLF GOMES

2ª EPJ - 1ºEscrivão 656 / 2022

De: Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br>

Em sex., 13 de mai. de 2022 19:33, Ouvidoria FD-USP <ouvidoriafd@usp.br> escreveu:

De qualquer forma, agradeço pela atenção e paciência.

Em seg., 2 de mai. de 2022 09:51, Ouvidoria FD-USP <ouvidoriafd@usp.br> escreveu:

Bom dia, Mariangela! Tudo bem?

Grato desde já pela atenção.

Aguardo os próximos passos por aqui!

Em seg., 18 de abr. de 2022 10:01, Ouvidoria FD-USP <ouvidoriafd@usp.br> escreveu:

Em dom., 17 de abr. de 2022 às 22:12, <victorahlf@usp.br> escreveu:

Boa noite, prezada Mariângela! Tudo bem?

Eis a denúncia, também anexada aqui no e-mail, em formato PDF:

Ouvidoria da Faculdade, no dia 06/04, várias foram as tentativas de solução autocompositiva do

O medo é a realidade. A tranquilidade e a paz, a exceção. Medo de ir à Faculdade e sofrer mais

Eis o meu relato e a minha denúncia.

PETIÇÃO – SINDICÂNCIA – CALÚNIA E DIFAMAÇÃO

De: Victor Henrique Ahlf Gomes <victorahlf@usp.br>

De qualquer forma, agradeço pela pronta resposta e pelos esclarecimentos.

Em qui., 30 de jun. de 2022 08:15, Ana Elisa Bechara <anaelisabechara@usp.br> escreveu:

Ana Elisa Bechara

On Thu, Jun 30, 2022 at 1:59 AM <victorahlf@usp.br> wrote:

Prezados, boa noite! Espero que estejam bem.