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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1002353-55.2021.8.26.0003 e código 17AD80D6.
PROCESSO Nº 1002353-55.2021.8.26.0003
Termos em que,
pede deferimento.
São Paulo, 29 de novembro de 2021.
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ORIGEM: Apelação Cível nº 1002353-55.2021.8.26.0003, cujo trâmite deu-se perante
a 37ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, interposto pelo Recorrente e pelo Recorrido nos autos da ação de
Procedimento Comum Cível com mesmo número, cujo trâmite deu-se
perante a 05ª Vara Cível do Foro Regional do Jabaquara da Comarca de São
Paulo.
Ínclitos Ministros.
I. DA TEMPESTIVIDADE.
Isso porquê, nos termos do artigo 1.003, § 5º, c/c o artigo 219 do Código de Processo
Civil, o prazo para interpor o presente recurso é de 15 (quinze) dias.
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OFICIAL IPCA (IBGE), motivo pelo qual deverá a dívida ser recalculada aplicando-se
os juros simples;
Em seguida, a MMa. Juíza a quo proferiu a r. sentença de fls. 377/388, na qual decidiu
pela parcial procedência da ação revisional nos seguintes termos:
autora e 25% para a ré, bem como dos honorários advocatícios, os quais fixo
em 10% do valor da causa, diante do baixo valor da condenação e, ainda,
considerando-se o local da prestação do serviço, a complexidade da demanda
e o zelo do profissional na condução do feito, conforme preceitua o art. 85, §
2º, do Código de Processo Civil. Anote-se, todavia, que a autora é parte
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quinze dias e, após, remetam-se os autos à Seção competente do E. Tribunal
de Justiça, acompanhados de eventuais mídias e objetos arquivados em
cartório, independentemente de juízo de admissibilidade, nos termos do art.
1.010, § 3º, do Código de Processo Civil. P.R.I.”. (g.n.)
No presente caso, o Tribunal validou parte do ato ilícito praticado pelo Recorrido, na
medida em que a inércia diante das cobranças ilegais e abusivas por parte do Recorrido, violam o
direito do Recorrente, lhe ocasionando diversos danos, inclusive, ratificando a DÍVIDA
INFINITA que vem enfrentando, visto que o Recorrente financiou o valor correspondente
a R$ 150.308,90 (cento e cinquenta mil, trezentos e oito reais e noventa centavos), já tendo pago
o valor de R$ 396.827,85 (trezentos e noventa e seis mil, oitocentos e vinte e sete reais e oitenta
e cinco centavos), mas ainda ter um saldo devedor no valor de R$176.627,62 (cento e setenta
e seis mil, seiscentos e vinte e sete reais e sessenta e dois centavos), o que não se pode admitir.
O Superior Tribunal de Justiça deve exercer a sua função de zelar pela aplicação
escorreita e uniforme do direito federal, sem contentar-se com interpretações dadas por outros
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Tribunais de Justiça, tidas apenas como razoáveis, que não coincidam com aquela que entenda como
correta e adequada ao caso discutido.
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contraria Lei Federal e os precedentes jurisprudenciais desta Egrégia Corte, que se posiciona no
sentido de serem ilegais as cláusulas abusivas que colocam o consumidor em desvantagem frente a
relação de consumo, como no presente caso, em que o Recorrido embutiu no contrato tarifas sem
sequer demonstrar as suas destinações, impôs o pagamento de seguros (o que caracteriza a “venda
casada”), e cobrou o dobro do percentual de juros estipulado pelo Banco Central como média para o
período em que o contrato fora pactuado, o que não se pode admitir.
III.1. PREQUESTIONAMENTO.
Mister destacar, neste tópico, que o Recorrido violou diversos dispositivos federais
(artigos 39, 46 e 51 do Código de Defesa do Consumidor), os quais, foram exaustivamente ventilados
por meio da inicial e no recurso de apelação apresentados pelo Recorrente.
Dessa forma, para que não pairem dúvidas a respeito do prequestionamento da matéria,
impõe-se a análise das peças suscitadas em que o Recorrente ressalta, com firmeza, a violação dos
dispositivos federais, conforme será demonstrado abaixo.
Mesmo diante de tais comprovações, a MMa. Juíza a quo proferiu a r. sentença de fls.
377/388, na qual decidiu pela parcial procedência da ação.
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Ocorre que, apesar do Recorrente demonstrar que as suas razões de irresignação
mereciam prosperar, em sessão de julgamento realizada em 28/10/2021, o E. Tribunal de Justiça a
quo negou provimento ao recurso de apelação do Recorrente (fls. 487/501), em contrariedade à Lei
Federal e ao entendimento desta Egrégia Corte.
Nessas condições, tem-se presente o preenchimento das razões do apelo especial, pois
aferidos os requisitos de admissibilidade que lhe são pertinentes, notadamente pelo
prequestionamento do dispositivo federal tidos por malferidos pelo v. acórdão recorrido, ao que
vem disposto no artigo 255, § 1º do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
Não incide, portanto, à espécie, os óbices consubstanciados nas Súmulas 282 e 356 do
Colendo Supremo Tribunal Federal, aplicáveis, mutatis mutandis ao apelo especial, no pertinente ao
prequestionamento, salvo de qualquer dúvida, devidamente configurado.
IV. DO DIREITO.
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Destaque-se que a norma supracitada consagra o direito imprescritível ao dirigismo
contratual, incidente sobre pactos maculados de nulidades, conforme artigo 51 da Lei 8.078/90,
transcrito abaixo:
IV.2. DO CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL PELO ARTIGO 105, INCISO III, ALÍNEA A,
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
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Assim, tem-se que o valor inicial cobrado pelo banco Recorrido era de R$ 816,97
(oitocentos e dezesseis reais e noventa e sete centavos) mensais, porém, com a correção pelo
índice IGPM (FGV) o seu valor em novembro de 2021 está em R$ 1.320,29 (um mil, trezentos
e vinte reais e vinte e nove centavos), ou seja, as parcelas mensais sofreram um reajuste de R$
503,32 (quinhentos e três reais e trinta e dois centavos), o que, com o decorrer do tempo, será
ainda mais onerado.
Ora Excelência, tal prática é abusiva e lesa o direito do consumidor por não lhe dar a
opção de escolha de contratação ou não de referido seguro, ou até mesmo por não o deixar optar
pela seguradora pertencente ao grupo do Recorrido ou qualquer outra oferecida no mercado.
Conforme o entendimento desta Egrégia Corte, com tal prática, resta demonstrada a
chamada “venda casada”, uma vez que o Recorrente não teve a real opção de contratar ou
não referido seguro e, caso optasse por contratar, escolher entre a seguradora do Recorrido ou
qualquer outra disponível no mercado. Vejamos o trecho do contrato já preenchido pelo Recorrido
que claramente obriga o consumidor, ora Recorrente:
responsável pelo contrato objeto do litígio é a empresa Pan Seguros S/A (CNPJ nº
33.245.762/0001-07), a qual, pertence ao mesmo grupo econômico da financeira Recorrida,
que omitiu tal informação do Recorrente, ou seja, não lhe dando a opção de contratar ou não referida
empresa.
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Com isso Excelência, confere-se outra abusividade praticada pelo Recorrido no contrato
em questão, além das tarifas ilegais praticados no contrato firmado entre as partes.
Isso porque a prática de “venda casada” é PROIBIDA POR LEI, conforme disciplina
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o Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 39, inciso I, que assim preceitua:
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IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o
consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-
fé ou a equidade.
Ainda, o § 1º, inciso III, do citado artigo 51 estabelece ser nula a cláusula que:
Ora, Excelência, tal valor foi embutido no contrato de financiamento sem qualquer
especificação de sua incidência e finalidade, sendo, portanto, ilegal e indevido, nos termos do artigo
46 do Código de Defesa do Consumidor, retro transcrito.
Desta forma, certo é que referidas cláusulas não obrigam o consumidor e violam os
princípios de probidade e boa-fé que deveriam ser inerentes aos contratos, na medida em que não
está claro o que se contrata!
instituição financeira, tais valores já deveriam estar incluídos na taxa remuneratória do contrato,
sendo descabida sua cobrança de forma isolada e majorando excessivamente o valor da operação e
do custo efetivo total do valor financiado.
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Autorizá-las a repassar ao consumidor todas as despesas quando já se extrai
lucro da atividade, causaria um desequilíbrio nas relações com o consumidor e
possibilitaria dupla remuneração, pois já embutidas no custo da operação, de forma mascarada,
a transferência dos custos administrativos do Banco à parte hipossuficiente da relação.
IV.3. CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL PELO ARTIGO 105, INCISO III, ALÍNEA C DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL.
pacificando-se a favor da liberação dos juros remuneratórios, desde que observadas as taxas de
mercado (Recurso Especial nº 407.097/RS).
1
Lei 4.595/1.964, artigo 4, IX
Dalcin & Pisani Advogados
Rua Roberto Simonsen, 120, conj. 303, Centro
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Telefones: (11) 97074-1818 e (11) 99932-1917
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARA IZA PEREIRA PISANI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 29/11/2021 às 19:36 , sob o número WPRO21014477581.
(e-STJ Fl.514)
fls. 514
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Fonte: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/consultarvalores/consultarValoresSeries.do?method=consultarValores
Ora, o abuso é visível! A taxa praticada pelo banco Recorrido é muito superior à
média de mercado informada pelo Banco Central, sendo aplicável, ao caso, o artigo 51, IV,
do Código de Defesa do Consumidor, que é expresso ao dispor que “são nulas de pleno
direito as cláusulas contratuais que estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a
equidade”.
Em referida ADIN, o Superior Tribunal Federal deixou expresso que o Código de Defesa
do Consumidor não deve ser aplicado de forma direta e literal na limitação de encargos financeiros,
cabendo ao magistrado verificar no caso concreto se o pacto é nulo, para então aplicar o comando
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do artigo 6º, V, do Código de Defesa do Consumidor que garante a modificação das cláusulas
contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou excessivamente onerosas.
Assim, é certo que quando da alegação de cobrança de juros abusivos, no caso, acima
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da média do mercado estabelecida pelo BACEN, faz-se importante a demonstração da citada
ilegalidade, como realizado nesta peça exordial através dos documentos anexados e das teses
invocadas, facilitando assim o acolhimento da tese apresentada. Neste sentido entende o professor
Cândido Rangel Dinamarco:
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
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Pois bem. Verifica-se no caso em deslinde que a simples limitação dos juros
remuneratórios à taxa estipulada pelo BACEN de 13,97% a.a. para 7,72% a.a., gera uma
redução significativa.
Senão vejamos:
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Acórdão recorrido:
Apelação Cível nº 1002353-55.2021.8.26.0003, julgado pela 37ª Câmara de Direito
Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Desembargadora Relatora Ana Catarina
Strauch, conforme d. decisão publicada no D.J.E. em 05/11/2021.
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Acórdão paradigma:
Apelação Cível nº 70083556068, julgado pela 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
de Rio Grande do Sul, Desembargadora Relatora Cláudia Maria Hardt, conforme v.
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acórdão julgado em 21/05/2020.
a abusividade da cobrança que supera em 50% (cinquenta por cento) a taxa de mercado apresentada
pelo Banco Central, conforme ocorreu no presente caso.
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Contrato c.c Tutela de Urgência, promovida “APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS
pelo autor (...) Além disso, observe-se que BANCÁRIOS. AÇÃO REVISIONAL. TAXA
a MP 2.170-36/01, em seu art. 5º DE JUROS REMUNERATÓRIOS.
(declarado constitucional pelo C. STF LIMITAÇÃO À TAXA MÉDIA APURADA
quando do julgamento do RE nº PELO BACEN. ABUSIVIDADE
592.377/RS), prevê a admissibilidade da VERIFICADA. 1. É possível a revisão
capitalização de juros com periodicidade ampla dos contratos bancários à luz das
inferior a um ano por instituições normas do Código de Defesa do
integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Consumidor. 2. Juros remuneratórios
Assim, é lícito à instituição financeira cobrar contratados em patamar que discrepa
juros em taxa superior à legal, capitalizados substancialmente da taxa média de
com periodicidade inferior a um ano (juros mercado apurada pelo BACEN que deve
sobre juros). Os valores cobrados a título servir de parâmetro para a limitação. 3.
de juros no caso em análise não se Havendo a cobrança indevida de valores,
afiguram abusivos, inexistindo qualquer mostra-se viável a compensação e a
indício de que excedam em muito os valores repetição do indébito na forma simples. 4.
de operações similares. Eles foram Honorários advocatícios fixados de forma
previamente informados ao autor na Cédula adequada ao trabalho realizado e ao
de Crédito Bancário, de modo que ele teve tempo despendido, com amparo no art. 85
liberdade para optar entre diversas do CPC. Honorários recursais devidos.
instituições e obter o financiamento APELAÇÃO DESPROVIDA.”
desejado (...)
Dessa forma, é certo que esta Egrégia Corte se utiliza do entendimento no sentido
de ser abusiva a cobrança da taxa que supera em 50% (cinquenta por cento), o percentual
médio apresentado pelo Banco Central, sendo que, no v. Acórdão prolatado pelo Tribunal de
Justiça a quo, os D. Desembargadores não se utilizaram de referida interpretação, porquanto
julgaram que a taxa cobrada na cédula de crédito pactuada entre as partes é lícita, uma vez que
foram previamente informada ao consumidor, ora Recorrente.
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de Justiça, cabendo, portanto, o presente Recurso Especial, o qual deverá ser conhecido e
provido, conforme aqui exposto.
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IV.3.b. VALOR CORRETO DA DÍVIDA. APLICAÇÃO DE JUROS SIMPLES E EXCLUSÃO DOS
VALORES COBRADOS ILEGALMENTE. RECORRENTE PASSA A SER CREDOR DO RECORRIDO.
Diante das flagrantes abusividades praticadas pelo banco Recorrido, que incluiu no
contrato firmado, taxa e juros indevidos, bem como, se utilizou da Tabela Price para realizar o cálculo
da dívida, novos cálculos foram realizados através do laudo pericial que instrui essa
exordial, oportunidade em que se constatou que o valor das prestações pagas pelo Recorrente
sempre foram muito superiores às realmente devidas.
Assim, conforme pode se constatar às fls. 18/20 do anexo de cálculos do laudo pericial
(fls. 102/126), considerando-se o valor financiado de R$ 11.000,00 (onze mil reais), excluindo-
se as tarifas indevidas e considerando-se o cálculo com os juros simples, o Recorrente
passa a ser CREDOR do valor correspondente à R$ 1.085,89 (um mil e oitenta e cinco reais e
oitenta e nove centavos), uma disparidade enorme, se considerarmos a cobrança ilegal das tarifas e
dos juros compostos, onde o Recorrente permanece devendo ao Recorrido o valor de R$ 176.290,52
(cento e setenta e seis mil, duzentos e noventa reais e cinquenta e dois centavos). Vejamos o trecho
retirado do próprio anexo de cálculos do laudo pericial:
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Desta forma, imperiosa se faz a revisão dos valores das parcelas nos exatos
termos apontados no laudo pericial declarando-se como corretos os valores apontados às
fls. 20/25 do laudo, tornando equilibrada a relação contratual firmada entre as partes, devendo,
ao final, ser restituído o valor pago a maior pelo Recorrente, mesmo que sob a forma de
compensação.
V. DOS PEDIDOS.
Termos em que,
pede deferimento.
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