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‘‘A Atividade de Perito não é profissão regulamentada, bem como que se trata de livre nomeação pelo

Juiz, não sendo exigida a conclusão de cursos específicos ou associação a este conselho, assim como a
nenhuma associação de Peritos, Institutos de Perícias ou qualquer tipo de entidade ligada ao setor.’’

O conteúdo abordado nas apostilas é de inteira responsabilidade dos Professores,


não se responsabilizando o CONPEJ pelos mesmos.
FUNDAMENTOS LEGAIS DA PERÍCIA
E DO PERITO NAS ÁREAS JUDICIAIS
E EXTRAJUDICIAIS
Novo código do Processo Civil - LEI 13.105 - 16-03-2015

Código Civil Brasileiro

CNJ - Conselho Nacional da Justiça


RESOLUÇÃO 233 DE 13-07-2016
Criação de cadastros CPTEC
RESOLUÇÃO 232 DE 13-07-2016
Honorários Justiça Gratuita

O QUE É PERÍCIA?
É a diligência realizada ou executada por Peritos, a fim de que se esclareçam
ou se evidenciem certos fatos.

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PERÍCIA JUDICIAL

Ø Conceito Legal - art. 464 CPC

Ø Natureza Jurídica - Procedimento Probatório

Ø Exame, Vistoria e Avaliação

EM QUE CONSISTE?
A Prova Pericial consiste em:

Ø Exame:

Ø Vistoria:

Ø Avaliação:

4
QUEM PODE SER PERITO
Qualquer pessoa que possua conhecimentos técnicos e científicos sobre
a matéria que está sendo periciada.

OS AUXILIARES DA JUSTIÇA
SÃO DIVIDIDOS EM DOIS GRUPOS:
Ø Ordinários: O escrivão, oficial de justiça, o chefe da secretaria,
o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor,
o contabilista e o regulador de avarias.

Ø Eventuais: O Perito, o depositário, o administrador, o intérprete.

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O QUE FAZ UM PERITO?
O Perito é chamado pela Justiça para oferecer informações
técnicas em processos judiciais, nos quais podem estar
envolvidos pessoas físicas, jurídicas e órgãos públicos.

O documento técnico escrito e assinado pessoalmente pelo


Perito chama-se Laudo Pericial e passa a ser uma das peças que
compõem um processo judicial

DO PERITO JUDICIAL
Ø Requisitos para ser aceito como
• Possuir profundos conhecimentos técnicos, estar legalmente habilitado
e inscrito no Conselho de Classe (em caso de profissões regulamentadas);
• Atuação por livre escolha do Juiz;
• Pode atuar como Perito Judicial e Assistente Técnico;

Ø Posição processual do Perito:


• Auxiliar do Juízo - art. 149 CPC;
• Sujeito a impedimento e suspensão (Art. 144, 145 e 148 CPC).

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RESUMINDO
A Perícia Judicial constitui uma prova legalmente válida.
Chamada pelos juristas de ¨Rainha das provas¨.

RELAÇÃO PROCESSUAL
JUIZ/PERITO

7
RELAÇÃO PERITO x ASSISTENTE TÉCNICO

Ø Formulação de quesitos;

Ø Acompanhamento de diligências;

Ø Parecer Técnico de manifestação ao Laudo Pericial.

UMA PROFISSÃO ABERTA A TODOS:

Ø EMPREGADOS

Ø EMPRESÁRIOS
Ø AUTÔNOMOS
Ø APOSENTADOS
Ø NOVOS GRADUADOS

Ø EXPERIÊNTES
Ø ETC.

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APRESENTAÇÃO PARA O

JUDICIÁRIO
COMO SE TORNAR UM PERITO JUDICIAL
Para atuar como Perito em um Tribunal, o candidato deverá obrigatoriamente
se cadastrar no site do Tribunal de Justiça do Estado em que pretende fazer
perícia, podendo ainda, posteriormente, fazer uma visita pessoal ao Juiz.

O Juiz é uma pessoa da sociedade que desempenha uma função pública.


Há varas em que o Perito poderá agendar uma entrevista ou ir direto, sem
agendamento, de posse do cartão de visitas e carta de apresentação.

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O profissional, quando é constantemente nomeado, deve sentir-se
duplamente honrado.
Primeiro, pela confiança que o Juiz tem na pessoa do profissional,
demonstrando publicamente suas qualidades morais e reputação digna.
Segundo, pela qualidade satisfatória do trabalho. Pois nada obriga o Juiz
a continuar nomeando um profissional que presta um serviço ruim ou aquém
do que ele deseja.
Por esses motivos, a atividade de Perito não é fixa para ninguém e está
sempre abrindo oportunidades para outros novos peritos.

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Perito

O Perito deverá, em sua visita ao Juiz, entregar, juntamente com o cartão


de visita, uma carta de apresentação com suas qualificações profissionais.

IMPORTANTE: esta carta não é um pedido de emprego!

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Primeiro Parágrafo: Iniciar com uma saudação ao Juiz;

Segundo Parágrafo: Falar sobre a formação acadêmica e


entidades que é filiado;

Terceiro Parágrafo: Especificar as especialidades que domina


e se oferecer para realizar perícias para o Juízo.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO DO
PERITO JUDICIAL
Ø Justiça Estadual
WWW.TJSP.JUS.BR

Ø Justiça Federal
WWW.JFRJ.JUS.BR

Ø Justiça Trabalhista
WW.TRT2.JUS.BR

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MÓDULO 3

O TRABALHO PERICIAL
Perícias Judiciais
Justiça. Elas ocorrem em diferentes tipos de ação.
Perícias Judiciais
Perícias Extrajudiciais
a justiça, pois ainda não existe um processo formal, contratando-se
o Perito para a elaboração de Pareceres Técnicos.

O Direito reconhece como meio de prova: as confissão, o


depoimento das partes, os documentos, as testemunhas, as
presunções, e as Provas Periciais.

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Quando em determinada parte de um processo em que chega a
fase da prova envolvendo a técnica, o Juiz nomeará um profissional
que fará um Laudo Pericial sobre o assunto que requer a perícia.

O proffisional nomeado é da confiança do Juiz. Normalmente, o


Perito não tem vínculo com a Justiça, portanto, pode ser nomeada
para função qualquer pessoa legalmente habilitada.

O Perito é nomeado pelo Juiz através de despacho no próprio


processo, que poderá informar o prazo para entrega do Laudo e o
arbitramento dos honorários.

Após a nomeação, o Perito poderá ser intimado por um Oficial de


Justiça, geralmente no endereço que foi indicado no cadastro, por e-
mail, telefone, telegrama ou carta AR.

Caso o Perito receba a intimação pelo Oficial de Justiça, deverá


assiná-la, onde será devolvida ao cartório e juntada ao processo.

Caso o Perito queira recusar a nomeação, o prazo será de 5 dias.

17
,
ACESSO AOS AUTOS
Assim que receber a nomeação, o Perito poderá ter acesso aos
`
autos através de uma senha fornecida nos processos eletrônicos ou
retirar os mesmos fisicamente em processo físico, para efetuar os
procedimentos preliminares inerentes a Perícia Judicial

REQUISITOS INDISPENSÁVEIS PARA


UMA PERÍCIA:
Atender o Perito a todas as exigências do art. 156 e seus parágrafos do CPC;
Realizar diligências pertinentes ao objetos da perícia art. 157 do CPC;
Apuração de todos os fatos que envolvam o bem periciado;
Pesquisas indispensáveis - aplicação do art. 473 CPC;
Aplicação de técnica adequada para sua conclusão, art. 473 incisos II, III, IV e
seus § § 1º, 2º e 3º do CPC);
Precisa conexão fato x diligência x conclusão.

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Princípio do Contraditório:
As duas partes poderão ter acesso aos documentos,
provas e fatos apresentados.

19
Princípio da Publicidade:

Justiça.

Princípio da Inércia:

O Juiz deve ser provocado pelo autor para que


possa atuar no processo.

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Réu

audiência preliminar ou sentença antecipada;


Perícias e Diligências: Prova;
Audiência de Instrução e Julgamento;

O autor, por meio de seu advogado, entra com ação na Justiça, através
de uma Petição Inicial, onde relata os fatos acontecidos e
reivindica os seus direitos.

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O Juiz, após receber a petição inicial (distribuída por sorteio), promove
a Citação do Réu. Ou seja: avisa ao réu que naquela Vara existe uma
ação contra ele e solicita que o mesmo se manifeste oferecendo a sua
defesa.

CONTESTAÇÃO
O Réu, através de seu advogado, oferece sua resposta, discordando
ou concordando com os argumentos do autor.

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Nesta fase, o Juiz pode agir de 3 formas:

Antecipada

Provas apresentadas / Tipos de provas.

Não havendo provas suficientes para determinada questão técnica,


o Juiz poderá solicitar a nomeação de Perito Judicial para esclarecimento
da matéria, a fim de promover:

Diligências

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MANIFESTAÇÃO AO LAUDO PERICIAL

Laudo do Perito Juízo

Parecer Técnico

Após a entrega do Laudo Pericial por parte do Perito, o Juiz


poderá marcar uma Audiência de Instrução e Julgamento para oitiva
do Perito e / ou dos Assistentes Técnicos.

24
Juiz

,
Desembargadores Ministros

25
UMA NOVA ERA DO PROCESSO JUDICIAL:
A ERA DO PROCESSO ELETRÔNICO
Lei 11.419 / 2006 - Informatização do Processo Judicial.
As justiças do Trabalho, Federal, e Estadual já estão em alguns
Estados com 100% das varas utilizando o processo eletrônico. Outros
Tribunais estarão em breve totalmente digitalizados.

27
Juiz

Quanto aos Peritos, receberão uma senha ou utilizarão certificação


digital para acessar o Processo Eletrônico ao qual foi nomeado.
Todos os atos do Perito no processo, inclusive o envio de Laudo,
a petição de proposta de honorários e outras, no formato PDF, serão
via internet, com a sua correspondente assinatura digital.
Existem os seguintes sistemas de Processo Eletrônico nas Varas
Cíveis, do Trabalho e Federais: e-Proc, PJe, Projudi e e-Saj.

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AMPLIAÇÃO DO CAMPO DE ATUAÇÃO
Processos Eletrônicos permitem mais perícias para o Perito, pois
o mesmo, poderá residir em uma cidade e ser Perito em outra,
distante da sua.

Juiz Advogado
Perito Cartório

24 horas por dia, durante


os sete dias da semana.
A situação é diferente do processo em papel, que ora está com um,
ora com outro, o que demanda tempo.

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TIPOS DE CERTIFICADOS ACEITOS
PELOS TRIBUNAIS:

Certificado Digital - Tipo A1


É gerado e armazenado em seu computador pessoal, dispensando
o uso de cartões inteligentes ou tokens.

30
cinco anos.

31
PROPOSTA DE HONORÁRIOS
O Perito, após consultar os autos, deverá formular a proposta de
Honorários Periciais.

Será fundamental que o Perito faça a proposta de honorários após


a formulação dos quesitos pelas partes.

Ø ?

Ø
Ø ?

Ø ?

33
RESPONSABILIDADE PELO
PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS:
Ø
Q
Q ;
Q art. 82 § 1o.) .

Ø :
Q
- Quando requerida por ambas as partes (rateada).

CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO


DE HONORÁRIOS
Ø Cálculo da hora/técnica;
Ø Previsão de despesas;
Ø Dificuldades para elaboração de Laudos;
Ø
Ø ;

Ø Tabela dos órgãos de classes;


Ø

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QUESTÕES HABITUAIS

:
Perito ;
Perito

RENEGOCIANDO HONORÁRIOS

35
NOVA PETIÇÃO DE HONORÁRIOS
Baixar/Parcelar;

- 3º Solicitar o reembolso das despesas de transporte,


estadia e alimentação reazalidas fora da comarca.

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA

RESOLUÇÃO 232 DE 13-07-2016


Honorários Justiça Gratuita

36
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA
Resolução Nº 232 de 13/07/2016
Ementa: Fixa os valores dos honorários a serem pagos aos
peritos, no âmbito da Justiça de primeiro e segundo graus,
nos termos do disposto no art. 95, § 3º, II, do Código de
Processo Civil - Lei 13.105/2015.

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA


Art. 1º Os valores a serem pagos pelos serviços de perícia de
responsabilidade de beneficiário da gratuidade da justiça são os
fixados na Tabela constante do Anexo desta Resolução, na hipótese
do art. 95, § 3º, II, do Código de Processo Civil.

Art. 2º O magistrado, em decisão fundamentada, arbitrará os


honorários do profissional ou do órgão nomeado para prestar os
serviços nos termos desta Resolução, observando-se, em cada caso:

I - A complexidade da matéria;
II - O grau de zelo e de especialização do profissional ou do orgão;
III - O lugar e o tempo exigidos para a prestação do serviço;
IV - As peculiaridades regionais.

37
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
§ 1º O pagamento dos valores de que trata este artigo e do
referente à perícia de responsabilidade de beneficiário da
gratuidade da justiça será efetuado com recursos alocados
no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal.

§ 2º Quando o valor dos honorários for fixado em montante


superior aos definidos em tabela oficial, seu pagamento, a
ser realizado pelos cofres públicos, estará limitado àqueles
valores estabelecidos por cada Tribunal ou, na sua falta, pelo
CNJ, conforme anexo.

38
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
§ 3º Em sendo o beneficiário da justiça gratuita vencedor na
demanda, a parte contrária, caso não seja beneficiária da
assistência judiciária, deverá arcar com o pagamento integral
dos honorários periciais arbitrados.

§ 4º O juiz, ao fixar os honorários, poderá ultrapassar o limite


fixado na tabela em até 5 (cinco) vezes, desde que de forma
fundamentada.

§ 5º Os valores constantes da tabela anexa serão reajustados,


anualmente, no mês de janeiro, pela variação do IPCA-E.

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TABELA DE HONORÁRIOS PERICIAIS - ANEXO DA RES. 232 CNJ
1.1 - Laudo produzido em demanda proposta
por servidor(es) contra União/Estado/Município R$ 300,00
1.2 - Laudo em ação revisional envolvendo
negócios jurídicos bancários até 4 (quatro) R$ 370,00
1. CIÊNCIAS contratos
ECONÔMICAS/ 1.3 - Laudo em ação revisional envolvendo
negócios jurídicos bancários acima de 4 (quatro) R$ 630,00
CONTÁBEIS contratos.
1.4 - Laudo em ação de dissolução e liquidação R$ 830,00
de sociedades civis e mercantis
1.5 - Outras R$ 370,00
2.1 - Laudo de avaliação de imóvel urbano, R$ 430,00
conforme normas ABNT respectivas
2.2 - Laudo de avaliação de imóvel rural, R$ 530,00
conforme normas da ABNT respectivas
2.3 - Laudo pericial das condições estruturais
de segurança e solidez de imóvel, conforme R$ 370,00
2. ENGENHARIA/ normas da ABNT respectivas
ARQUITETURA 2.4 - Laudo de avaliação de bens fungíveis/
imóvel rural/urbano, conforme normas ABNT R$ 700,00
respectivas
2.5 - Laudo pericial em Ação Demarcatória R$ 870,00
2.6 - Laudo de insalubridade e/ou periculosidade,
conforme normas técnicas respectivas
R$ 370,00
2.7 - Outras R$ 370,00

40
TABELA DE HONORÁRIOS
PERICIAIS - ANEXO DA RES. 232
CNJ
3.1 - Laudo em interdição/ DNA R$ 370,00

3. MEDICINA/ 3.2 - Laudo sobre danos físicos e estéticos R$ 370,00


ODONTOLOGIA
3.3 - Outras R$ 370,00

4. PSICOLOGIA R$ 300,00

5. SERVIÇO SOCIAL 5.1 - Estudo social R$ 300,00

6.1 - Laudo de avaliação comercial de bens


R$ 170,00
imóveis
6. OUTRAS 6.2 - Laudo de avaliação comercial de bens
R$ 330,00
imóveis por corretor
6.3 - Outras R$ 300,00

41
Devemos levar em consideração que o Laudo Pericial será
encaminhado e apreciado por pessoas que não possuem
conhecimentos técnicos e científicos, razão pela qual deverá
ser simples e de fácil entendimento e compreensão por quem o analisar.
‘‘Não devemos esquecer jamais que o Laudo Pericial não é feito
para os peritos e sim para os leigos’’

O Laudo Pericial é a peça escrita, que constitui a materialização da prova


pericial, através da qual o Perito expressa, de forma circunstanciada, clara e
objetiva, as sínteses do objeto da perícia, os estudos e as observações que
realizou, as diligências realizadas, os critérios adotados, os resultados
obtidos e as suas conclusões, destinada a fornecer dados para formação
dos elementos de prova. Esses elementos poderão ser utilizados pelo Juiz
para proferir sua sentença, com a adequada fundamentação técnica-
científica.

43
ELABORAÇÃO DO LAUDO PERICIAL
,
inicialmente, a sequência da ação pretendida,
que em nosso caso é assim formado.

CONHECER O OBJETIVO DA PERÍCIA

Juiz

44
ÍTENS DO LAUDO PERICIAL

Preliminares

Fatos observados
Conclusão

-
- Número de folhas
- Número de anexos
- Documentos juntados
-
-
-
-
-
-
-

45
REQUISITOS DO LAUDO
Encaminhamento
1º - Introdução – Breve narração dos fatos;
2º - Objeto de Perícia – Definição do resultado que pretende alcançar;
3º - Metodologia e Diligências – Esclarecimentos de todos os procedi-
mentos realizados para levantamento dos elementos de perícia;
4º - Elementos de Perícia – Esclarecer os resultados encontrados com
as diligências realizadas;
5º - Quesitos – Resposta dos quesitos;
6º - Conclusão;
7º - Anexos.

) D

) O

46
OBJETO DE PERÍCIA
É a informação detalhada de todas as características do objeto de
perícia, de forma escrita e ilustrada com fotos, plantas, planilhas,
documentos, mapas, etc.

O Perito tem por obrigação saber definir o objeto de perícia para que
saiba quais procedimentos técnicos irá adotar para desenvolvimento do
trabalho pericial.

A falta de identificação do objeto de perícia pode acarretar em um


trabalho não condizente com a necessidade do processo.

Por vezes essas informações estão nos autos ou na falta delas, o Perito
irá buscar, investigar e apurar para não deixar que nenhuma informação
pertinente ao objeto de perícia fique incompleta.

, , Perito

Trabalho de campo: é a ocasião de se dar conhecimento dos principais


eventos e fatos de como foi desenvolvido o trabalho de campo.

Perito

47
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
Neste tópico, o Perito deverá efetuar um breve relatório dos
procedimentos técnicos adotados, onde deverá constar:

Ø Documentos utilizados: deve ser feita uma listagem de todos


os documentos periciados e citada em quais páginas do Laudo
Pericial se encontram os documentos.

Ø Equipamentos utilizados: deve ser feita uma listagem de todos


os equipamentos utilizados na elaboração e realização da perícia
submetida a sua avaliação, tais como: lupas, microscópios, raios X,
trena e etc.

Ø Exames efetuados: aqui se abordam, de forma breve, os


principais procedimentos técnicos empreendidos pelo Perito, como
também os exames efetuados, na direção de solucionar, de modo
adequado, as questões técnicas.

Ø Responsabilidade técnica do Perito: na amplitude de seu


trabalho técnico referenciado, o Perito deve aproveitar este tópico
para expressar o seu notório saber, ficando livre para escrever textos
ou estudos efetuados sobre a matéria da perícia em questão.

48
As partes tem um prazo de 15 dias após a nomeação do Perito no
processo para indicar Assistentes Técnicos e apresentar os seus
quesitos.
Laudo

Juiz
Promotor Público

COMO RESPONDER OS QUESITOS


No Laudo Pericial, o Perito deve reproduzir os quesitos em sua íntegra,
sem nenhuma alteração, subtração, correção e etc.
Em relação as respostas, o Perito deve observar as seguintes regras
básicas:
• Devem seguir-se logo após a transcrição dos quesitos;
• Devem ser oferecidas, por uma questão hierárquica, preliminarmente,
as respostas aos quesitos do Juiz, Ministério Público, Autor e Réu;
• Devem ser respondidas pontualmente na mesma ordem de sua for-
mulação, ou seja, do primeiro ao último quesito, sem nenhuma alternância;
• Deve abster-se de responder aos quesitos que fogem de sua compe-
tência técnica ou manifestar opinião pessoal sobre a questão em litígio.
49
• As respostas devem ser efetuadas em fonte diferente da utilizada na
transcrição do quesito;
• A transcrição do quesito e a resposta devem estar contida numa
mesma página, de forma a evitar que sejam efetuadas alterações ou
inclusões indevidas.

Utiliza-se: Ver item...”


Quando o quesito já constar no Laudo Pericial;
Utiliza-se: ‘‘Quesito prejudicado pela resposta anterior”
Quando a resposta ao item anterior inviabilizar a resposta deste;
Utiliza-se: ‘‘Prejudicado’’
Quando o quesito não for pertinente à perícia.
Utiliza-se: ‘‘Ver resposta ao quesito...’’
Quando a resposta dos quesitos for idêntica.
Utiliza-se: ‘‘Ver anexo...’’
Quando a resposta for ilustrada pelo anexo.

50
As partes poderão apresentar quesitos suplementares para serem
respondidos pelo Perito durante a confecção do Laudo e após a
entrega dos mesmos.

Juiz
, ,
ê Juiz

Juiz
, ,
ê Juiz

51
Os anexos ilustram e fortalecem as respostas elaboradas pelo Perito
Perito

Os documentos, além dos argumentos acima, podem ser, também,


aqueles arrecadados ou requisitados pelo Perito durante as diligências
que foram utilizados para suporte aos questionamentos da perícia
e que não se encontravam acostados aos autos do processo.

É a parte final do Laudo Pericial em que o Perito conclui o seu


trabalho técnico com suas convicções a respeito do trabalho efetuado,
mas, em hipótese alguma, acusando, julgando ou desqualificando
qualquer das partes.
A conclusão deverá ser elaborada de forma clara, objetiva, sucinta,
de fácil entendimento pelo leigo (Juiz), dando liquidezà decisão a ser
tomada ou servindo de subsídio para apreciação pelo Juiz, não sendo o
momento do Perito fundamentar seu trabalho nem se alongar muito, pois
a conclusão é o item que o Juiz mais vai se atentar.

Não deve conter elementos e/ou informações que conduzam a dúbia


interpretação, para que não induza o Juiz ao erro.

52
Processo físico: Embora possa parecer um exagero a
indicação expressa da exigência da assinatura do Laudo, quando
for processo físico, a mesma dada pelo Perito Judicial perfaz, para
as partes e terceiros, a certeza jurídica da responsabilidade
daquelas informações técnicas apresentadas, podendo imputar ao
seu subscritor as penalidades legais quanto a inverdades ali
lançadas ou falsa perícia.
Além da sua assinatura, o Perito deve colocar sua identificação
pessoal e profissional:
Nome, qualificação profissional, número de inscrição em seu órgão
de classe e do CONPEJ e qual foi sua especialidade nos autos
(Perito Grafotécnico, Documental etc).
Processo Eletrônico: A assinatura será realizada com o
certificado digital, ficando a critério do Perito fazê-la manualmente
na última folha. Neste caso, teremos as duas assinaturas.

O Laudo Pericial deverá ser entregue no Cartório da Vara onde o


Perito foi nomeado e , no processo eletrônico, enviado diretamente via
web. Saliente-se que, após a entrega do Laudo Pericial, o Juiz,
obrigatoriamente, abrirá o prazo de 15(quinze) dias para que as
partes se manifestem sobre as conclusões do Perito Judicial, ocasião
que, inclusive, poderão requerer pela apresentação de quesitos
suplementares.
O Juiz não é obrigado a proferir sua sentença baseado
no Laudo Pericial, podendo recusá-lo. Porém, caso o faça, terá que
expor na sentença os motivos de tal procedimento.

53
, ´ ,

Assistentes Técnicos
.

ANOTAÇÕES:

54
Art. 95.
Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que
houver indicado, sendo a do Perito adiantada pela parte que houver
requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de
ofício ou requerida por ambas as partes.
§ 1º O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo
pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor
correspondente.
§ 2º A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo
será corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º.
§ 3º Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de
beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser:
I - paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou
do Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese
em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou,
em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça

56
Art. 144.
Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções
no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como membro do Ministério Público ou prestou
depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido
decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público,
advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou
companheiro, ou qualquer parente, consangüíneo ou afim, em linha
reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou
companheiro, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de
pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
qualquer das partes;

57
Art. 145.
Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advoga-
dos;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa
antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das
partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para aten-
der às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu
cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o
terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das
partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem
necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta
aceitação do arguido.

58
Art. 148.
Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
I - ao membro do Ministério Público;
II - aos auxiliares da justiça;
III - aos demais sujeitos imparciais do processo.
§ 1o A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição,
em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportu-
nidade em que lhe couber falar nos autos.
§ 2o O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspen-
são do processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e
facultando a produção de prova, quando necessária.
§ 3o Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1o será disciplinada
pelo regimento interno.
§ 4o O disposto nos §§ 1o e 2o não se aplica à arguição de impedimento
ou de suspeição de testemunha.

59
Escrivão, o Chefe de Secretaria, o Oficial de Justiça, o Perito, o
Depositário, o Administrador, o Intérprete, o Tradutor, o Mediador, o
Conciliador Judicial, o Partidor, o Distribuidor, o Contabilista e o
Regulador de avarias.

RESOLUÇÃO Nº 233 DE 13/07/2016


Art. 1º Os tribunais brasileiros instituirão Cadastro Eletrônico de
Peritos e Órgãos Técnicos ou Científicos (CPTEC), destinado ao
gerenciamento e à escolha de interessados em prestar serviços de
perícia ou de exame técnico nos processos judiciais, nos termos do
art. 156, § 1º, do Código de Processo Civil.
§ 1º O CPTEC conterá a lista de profissionais e órgãos aptos a
serem nomeados para prestar serviço nos processos a que se refere o
caput deste artigo, que poderá ser dividida por área de especialidade
e por comarca de atuação.
§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais deverão realizar
consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de
computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta
direta a universidades, a entidades, órgãos e conselhos de classe, ao
60
Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem do Advogados do
Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos
interessados.

Art. 2º. Cada tribunal publicará edital fixando os requisitos a serem


cumpridos e os documentos a serem apresentados pelos
profissionais e pelos órgãos interessados, nos termos desta
Resolução.

Art. 3º Os tribunais manterão disponíveis, em seus sítios eletrônicos,


a relação dos profissionais e órgãos cujos cadastros tenham sido
validados.

Parágrafo único. As informações pessoais e o currículo dos


profissionais serão disponibilizados, por meio do CPTEC, aos
interessados, conforme § 2º art. 157 do CPC, e aos magistrados e
servidores do respectivo tribunal.

61
Juiz

Peritos

Tribunais

Órgão Técnico ou Científico


Juiz

Perito Juiz
Órgão Técnico ou Científico

62
Perito
Juiz

Peritos na Vara

Perito

Juiz

Art. 291. A toda causa será atribuiído valor certo, ainda que não tenha
conteúdo econômico imediatamente aferível.
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da
reconvenção e será:
Art. 324. O pedido deve ser determinado.

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Juiz

Juiz

Perito
Perito
Assistente Técnico

Perito

Juiz

64
Juiz
Perito

Juiz

Perito

Perito

Perito
Juiz

65
Perito

Juiz

Perito

Perito Judicial

Perito

66
Juiz

Art. 471 - PERÍCIA CONSENSUAL


As partes podem, de comum acordo, escolher o Perito, indicando-o
mediante requerimento.

I - Sejam plenamente capazes;


II - A causa possa ser resolvida por autocomposição.

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§ 1º As partes, ao escolher o Perito, já devem indicar os respectivos
assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se
realizará em data e local previamente anunciados.
§ 2º O Perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente,
laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria
realizada por Perito nomeado pelo juiz.

Juiz

68
Laudo Pericial

Perito

Juiz
Órgão
Perito

Perito

Perito Assistentes Técnicos

69
Juiz Perito

Juiz
Perito Assistente Técnico.

Perito
Juiz

Perito
Juiz

Assistente Técnico

Perito

70
Juiz Órgão
Assistente Técnico

Juiz Perito Assistente Técnico

Perito Assistente Técnico

Perito

Juiz

71
Perito

Juiz

Juiz

Juiz

72
Juiz

Art. 481 O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em


qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim
de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.

Art. 482 Ao realizar inspeção, o Juiz poderá ser assistido por um


ou mais Peritos.

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ARTIGOS 299, 297, 302, 324, 342, 343 E 347

FALSIDADE IDEOLÓGICA
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele
devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da
que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou
alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e


reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de
réis, se o documento é particular.

Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime


prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de
assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

74
USO DE DOCUMENTOS FALSOS
Art. 297 - Falsificar no todo ou em parte, documento público, ou alterar
documento público verdadeiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.


§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se
do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:

Pena - Detenção, de um mês a um ano.

Parágrafo Único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se


também multa.

CÓDIGO PENAL

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FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo,
emprego ou função publica.

Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público, quem exerce


cargo, emprego ou função em entidade paraestatal.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos


crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em
comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da
administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública
ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799,
de 1980).

76
CÓDIGO PENAL
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como
testemunha, Perito, contador, Tradutor, ou Intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em Juízo Arbitral:

§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é


praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova
destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil
em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.

§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em


que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

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CÓDIGO PENAL
Perito Tradutor Intérprete

CÓDIGO PENAL

Juiz Perito

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EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade,
a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público,
funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:

Pena - Reclusão de um a cinco anos e multa.

Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agen-


te alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a
qualquer das pessoas referidas neste artigo.

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OBRIGADO!

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