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Adilson Antunes Pinto

Advogado – OAB/SC 20.181


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DE
FRAIBURGO – ESTADO DE SANTA CATARINA.

Autos: 000144-17-2010-5-12-0049

JANETE ANTONIETA CAVALHEIRO, já


devidamente qualificada, nos autos da AÇÃO TRABALHISTA INDENIZATÓRIA
supra mencionada, movida contra RENAR MÓVEIS S/A, através de seu procurador
infra-assinando, vem respeitosamente e tempestivamente à presença de Vossa
Excelência, apresentar

IMPUGNAÇÃO AO LAUDO PERICIAL

apresentado pelo expert nomeado pelo Juízo.

A perícia apresentada nos autos supra não merece


credibilidade, eis que eivada de erro substancial quanto as observações a que deveria ter
se atido o Sr. perito quando da feitura da perícia in loco e principalmente aos
documentos juntados aos autos com relação dos EPI’s fornecidos pelo demandado.

As conclusões apresentadas pelo expert não são


prova absoluta, motivo pelo qual deve ser desconsiderada tal conclusão do laudo
pericial apresentado, sendo que não condiz com a realidade fática, se não vejamos:

Como seria possível explicar que a autora exercia as


suas funções diretamente em contato com agentes insalubres, somente até dezembro de
2005? Após este período não existiu mudança de função, ou qualquer outra mudança
nos materiais utilizados, motivo pelo qual resta inconformada a autora.

Vejamos o que diz a Jurisprudência:

"Reapreciação do laudo pericial. Decidir com apoio


na perícia é a regra, pois o juiz carece de
conhecimentos técnicos para apurar os fatos de
percepção própria do perito; a exceção é a rejeição
da perícia, que deve ser motivada, com base na
existência de outros elementos probatórios
contrários e mais convincentes. A não impugnação

Avenida Rio das Antas, 622, Centro, CEP 89.580.000, Fraiburgo - SC, Fone/Fax (049) 3246-0727 e 9992-2345.
E-mail: intimatrt@gmail.com
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oportuna do laudo pericial e conseqüente
acolhimento do mesmo pela instância revisional
supõe ter o Regional comungado de suas
conclusões, dada ser essa a regra geral em matéria
de perícia. Recurso ordinário desprovido (TST, RO-
AR 493/87.6, Guimarães Falcão, ac. SDI,
1.097/90)." (grifei). (Valentin Carrion –
"Comentários à Consolidação das Leis do
Trabalho", 22ª ed. – São Paulo: Saraiva, 1997 – pp.
176/177).

O Juízo não está submetido à perícia técnica, e


deverá portanto julgar sobretudo baseado no seu livre convencimento, pois o laudo
pericial apenas serve como observação técnica.

Ademais, mesmo que tal laudo pericial seja


considerado por este juízo, é evidente que os EPI’s fornecidos pela demandada não
seriam capazes de elidir toda e qualquer insalubridade presente quando da realização
das funções, sendo um tanto quanto estranho que uma luva de látex possa proteger
integralmente a pele exposta a agentes químicos.

Sendo assim, restará provado em instrução que as


funções exercidas pela autora são aquelas expostas na inicial, e que o mesmo esteve
exposto a agentes insalubres em grau máximo, também após dezembro de 2005,
portanto, devido o pagamento do adicional de insalubridade.

Assim, espera com a maior confiança, que a


demandada seja condenada ao pagamento do adicional de insalubridade em grau
máximo, posto que ficou evidenciado e mais uma vez demonstrado, a falta de condições
de trabalho adequada, pondo em risco a saúde de seus funcionários.

Termos em que,
Pede deferimento.

Fraiburgo (SC), 19 de julho de 2010.

Adilson Antunes Pinto


Advogado – OAB/SC 20.181

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