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Adilson Antunes Pinto

Advogado – OAB/SC 20.181


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DE
FRAIBURGO – ESTADO DE SANTA CATARINA.

Autos: 00349-2008-049-12-00-8

TEREZINHA TASCA DA SILVA, já devidamente


qualificada, nos autos da AÇÃO TRABALHISTA INDENIZATÓRIA n. 00349-2008-
049-12-00-8, movida contra COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA
PROGRESSO LTDA, através de seu procurador infra-assinando, vem respeitosamente
e tempestivamente à presença de Vossa Excelência, apresentar

IMPUGNAÇÃO SOBRE LAUDO PERICIAL


Apresentado pelo expert nomeado pelo Juízo.

A perícia apresentada nos autos supra não merece


credibilidade, eis que eivada de erro substancial quanto as observações a que deveria ter
se atido o Sr. perito quando da feitura da perícia in loco e principalmente aos

Avenida Rio das Antas, 622, Centro, CEP 89.580.000, Fraiburgo - SC, Fone/Fax (049) 3246-0727 e 9992-2345.
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documentos juntados aos autos com relação dos EPI’s fornecidos pelo demandado,
senão vejamos:

O Sr. Perito no corpo do laudo, fls. 94, no item “6”,


alega que os Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s, foram devidamente
fornecidos a autora, conforme a Norma Regulamentadora – NR – 6, assim como recebeu
treinamento de uma empresa terceirizada.

Ademais, impugna tal alegação, posto que os EPI’s


fornecidos a autora não foram suficientes para prevenir o acidente, bem como o
treinamento recebido.

A patologia adquirida pela autora após o acidente de


trabalho sofrido junto á demandada, “Síndrome Fibromialgica”, reduz sua capacidade
laborativa, tornando-a praticamente incapaz, posto que nenhuma pessoa consegue
trabalhar sentindo fortes dores musculares como no caso da autora.

Portanto, a culpa, o dano e o nexo causal restam


devidamente demonstrados nos presentes autos, restando ser condenada a demandada ao
pagamento das indenizações pleiteadas na inicial.

Salienta-se ainda, as fls. 97, item “b”, que houve


perda parcial da capacidade laborativa da autora. Ocorre que ao mesmo tempo existe
uma afirmação de que a autora possui inúmeras patologias descritas nos laudos, sendo
assim é necessário esclarecer que todas elas possuem nexo de causalidade com as
funções exercidas pela autora na demandada e também pelo acidente sofrido pela
mesma.
Ora Excelência, uma pessoa que possui todas as
doenças diagnosticadas nos exames anexados aos autos, não tem qualquer capacidade
para o labor, tendo em vista que a patologia “Síndrome Fibromialgica” foi
diagnosticada após o acidente sofrido pela autora, o nexo causal é evidente.

Assim sendo, findo o processo restará provado que a


patologia da autora tem total causalidade com o acidente por ela sofrido e pelas funções
exercidas perante a demandada.

Há que se ressaltar ainda que, em nosso e. Tribunal


Regional do Trabalho da 12ªRegião, demonstrou que não é diferente o entendimento
daquela Corte Trabalhista em relação ao tema em apreciação na presente lide:

Ementa: DANO MORAL. INDENIZAÇÃO.


ACIDENTE DO TRABALHO. EXISTÊNCIA
DE NEXO CAUSAL. PAGAMENTO DEVIDO.
Para que haja condenação ao pagamento de
indenização por dano moral, que tem como
substrato a responsabilização subjetiva
contemplada no art. 186 do Código Civil (art. 159
do Código revogado), imperativa se torna a
existência de ação ou omissão do agente ou de
terceiro (responsabilidade "in eligendo"), dolo ou
culpa dessas pessoas, nexo causal e a lesão

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extrapatrimonial. Portanto, se demonstrado que
o trabalhador sofreu acidente de trabalho com
culpa do empregador e que há o nexo causal
entre as lesões por ele sofridas e o infortúnio,
torna-se inconteste a existência do dano moral, na
medida em que toda essa situação lhe causou
profundo sofrimento e afetou a sua capacidade
laborativa, atingindo a sua personalidade, cuja
reparação se impõe. Acórdão 377/2006 - Juíza
Lília Leonor Abreu - Publicado no DJ/SC em 19-
01-2006, página: 175.

O dano resta sobejamente demonstrado.

Entretanto, conforme a CAT anexada com a


preambular às fls. 25, a demandada foi informada do acidente sofrido pela autora, assim
sendo infundada a alegação de que a demandada desconhece o acidente, fls. 96,
Resposta aos Quesitos, item “1”.

Portanto, as conclusões do laudo pericial


apresentado não merecem crédito algum, porquanto são inconclusivas, visto que não
foram avaliadas todas as questões pertinentes ao caso.

Assim, espera com a maior confiança, que a


demandada seja condenada ao pagamento das verbas indenizatórias pleiteadas na inicial,
tendo em vista o nexo causal relativo ao dano impingido a autora, além da já evidenciada
e mais uma vez demonstrada, culpa da demandada no que concerne à falta de condições
de trabalho adequada, pondo em risco a saúde seus funcionários.

Termos em que,
Pede deferimento.

Fraiburgo (SC), 05 de novembro de 2008.

Adilson Antunes Pinto


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