ATSum 0001117-58.2023.5.05.0421 1grau

Fls.
: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região
Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo

0001117-58.2023.5.05.0421
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Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 23/11/2023

Valor da causa: R$ 32.176,00
Partes:
RECLAMANTE: RAI LIMA DE JESUS
ADVOGADO: OTAVIO MASCARENHAS PRAZERES
ADVOGADO: DEBORA CAROLINE MACEDO SOUZA
RECLAMADO: MAX SERVICOS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA
ADVOGADO: RODRIGO BORGES VAZ DA SILVA
RECLAMADO: NATURELIFE INDUSTRIA E COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA
ADVOGADO: ROBERTO TRIGUEIRO FONTES
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AO JUÍZO FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS -

BA.
ACIDENTE DE TRABALHO. RECUSA NA EMISSÃO DA CAT.

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CABIMENTO. A reclamada, ao não
emitir a CAT, obstaculizou sobremaneira a percepção do benefício
previdenciário pela autora. Não pode a ré beneficiar-se quando ela própria
descumpre suas obrigações enquanto empregadora. Ao deixar de emitir a
comunicação do acidente sofrido pela obreira, a reclamada assumiu o risco
quanto ao reconhecimento do acidente de trabalho. Não cabe à empresa
decidir quanto ao cabimento ao não da emissão da CAT, devendo
providenciar o documento ainda que entenda pela ausência de nexo de
causalidade entre o fato ocorrido e o labor desempenhado pelo empregado,
até mesmo porque a mera emissão do documento não configura, por si só, a
responsabilidade da empresa pelo evento danoso. Dessa forma, ocorrendo
o acidente de trabalho, independentemente de afastamento ou não, é
obrigatória a emissão da CAT por parte do empregador, conforme artigos 169
da CLT e 22 da Lei 8.213/91. (TRT-1 - RO: 01005913620165010040 RJ,
Relator: GUSTAVO TADEU ALKMIM, Data de Julgamento: 17/04/2018,
Primeira Turma, Data de Publicação: 25/04/2018)
RAI LIMA DE JESUS, brasileiro, casado, desempregado, inscrito no

CPF sob nº: 062.106.485-84, portador do RG nº: 22.789.715-30 SSP BA, residente e
domiciliado na Rua Ariano Suassuna, nº 13, 1º andar, Bairro Andaiá, Santo Antônio de
Jesus – BA, CEP: 44.434-012, telefone 75 98285-1602, vem, por seus advogados, à
presença de Vossa Excelência, propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face da MAX SERVIÇOS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA,

inscrita no CNPJ nº 03.658.844/0001-12, com sede na Rua Conde Filho, nº 81, Edif.
Conde Filho Sala 03, Graça, Salvador - BA, CEP: 40150-150, e da NATURELIFE
INDUSTRIA E COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA, inscrita no CNPJ nº
05.870.716/0002-44, com sede na Setor Agua Comprida, S/N, Zona Rural de Santo
Antônio de Jesus – BA, CEP: 44448-420, Tel. (75) 3311-5505, pelas razões de fato e
de direito a seguir expostas.
1 – DO JUÍZO 100% DIGITAL.
Para fins de adoção do juízo 100% digital, informa e-mail e telefone do

Reclamante e da patrona:
Reclamante: otavioprazeres.adv@gmail.com, telefone 7598285-1602.

Patrona: macedo.carol@hotmail.com, telefone 75992018788.
Assinado eletronicamente por: DEBORA CAROLINE MACEDO SOUZA - Juntado em: 23/11/2023 22:12:36 - cc17ba1
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2 – DA JUSTIÇA GRATUITA.
A Reforma Trabalhista, ao alterar o Art. 790 da CLT, trouxe

expressamente o cabimento do benefício à gratuidade de justiça ao dispor:
Art. 790 (...) § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte

que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas
do processo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Assim, considerando que a parte Reclamante está desempregada, por

óbvio, não possui condições de arcar com o pagamento de eventuais custas
processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua
família.
Trata-se da necessária observância a princípios constitucionais

indisponíveis preconizados no artigo 5º inc. XXXV da Constituição Federal, pelo qual
assegura a todos o direito de acesso à justiça em defesa de seus direitos, independente
do pagamento de taxas, por ausente prova em contrário do direito ao benefício.
Trata-se de conduta perfeitamente tipificada pelo Código de Processo

Civil, que previu expressamente:
Art. 99. [...]

§ 2º - O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos
que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º - Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida
exclusivamente por pessoa natural.
Assim, tal declaração só pode ser desconsiderada em face de

elementos comprobatórios suficientes em contrário, conforme lecionam grandes
doutrinadores sobre o tema:
"1. Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a parte seja

pobre ou necessitada para que possa beneficiar-se da gratuidade da
justiça. Basta que não tenha recursos suficientes para pagar as custas, as
despesas e os honorários do processo. Mesmo que a pessoa tenha
patrimônio suficiente, se estes bens não têm liquidez para adimplir com essas
despesas, há direito à gratuidade." (MARINONI, Luiz Guilherme.
ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo
Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98)
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Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXV da Constituição Federal,
pelo artigo 98 e ss. do CPC e art. 790 §4º da CLT, requer seja deferida a justiça gratuita
à parte Requerente.
3 - DOS FATOS.
A parte Reclamante foi admitida em 13/05/2022 pela 1ª Reclamada

(MAX SERVIÇOS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA) para exercer a função de
auxiliar de “agente de limpeza” no estabelecimento da 2ª Reclamada, NATURELIFE
INDUSTRIA E COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA, sob fiscalização desta,
recebendo como remuneração o valor de um salário mínimo.
No exercício da sua função, o Reclamante manuseava produtos de

limpeza, tais como hipoclorito de sódio/hidróxido de sódio e cloro, limpando as áreas de
produção de medicamentos, banheiros, etc, estando exposto a agentes biológicos.
Entretanto, jamais recebeu adicional de insalubridade, conforme contracheques anexos.
Além disso, o colaborador varria, limpava janelas e portas vidros,

carregava e abastecia os galões de água de 20 litros em todo o prédio, realizava
movimentos bruscos de subir e descer escadas, bem como empurrava/carregava os
contêineres de lixo.
Nesse cenário, em 05/05/2023, no exercício de suas atividades e no

próprio local de trabalho, o Reclamante sofreu uma queda de um local alto, tendo sido
conduzido à emergência médica, e que ocasionou em fortes dores na lombar, levando
a sua limitação de deambulação, devido as dores que irradiaram para a perna direita –
vide relatórios médicos anexos.
Ademais, diante do fato ocorrido, até o presente momento o

Reclamante permanece sentido dores, tendo requerido, inclusive, benefício
previdenciário de incapacidade temporária ao INSS, haja vista a impossibilidade de
exercer suas atividades laborais.
Entretanto, a despeito da situação, além de não ter emitido a CAT, a
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empresa, em 04/09/2023, surpreendentemente, em ato nitidamente discriminatório, o

Reclamante foi despedido sem justa causa, conforme TRCT anexo.
De tal forma, considerando a inobservância dos ditames trabalhistas

no que tange as consequências da existência de doença ocupacional, vem a
Reclamante socorrer-se ao Judiciário.
4 – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS.
4.1 DA CONCAUSA.
Inicialmente, tem-se como acidente do trabalho aquele que ocorre pelo

exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, a perda ou a redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho (art. 19 da Lei nº 8.213/91).
Considera-se, ainda, acidente do trabalho a doença profissional

atípica ou mesopatia (doença do trabalho), assim entendida a produzida ou
desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com
ele se relacione diretamente, assim como aquela entendida a adquirida ou
desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com
ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. (Lei nº
8.213/91, art. 20, I e II).
Registre-se que a legislação previdenciária equipara a doença

profissional a acidente do trabalho ainda que o trabalho não tenha sido causa única,
mas desde que contribua, diretamente, para o surgimento ou agravamento da lesão,
conforme dispõe o art. 21, I, da Lei nº 8.213/91.
O art. 20, § 2º, prevê ainda:
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na

relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições
especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente,
a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho".
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Segundo leciona Cavalieri Filho, a concausa seria "outra causa que,

juntando-se à principal, concorre para o resultado. Ela não inicia e nem interrompe o
processo causal, apena o reforça, tal como um rio menor que deságua em outro maior,
aumentando-lhe o caudal" (Programa de responsabilidade civil, 8ª Ed., São Paulo: Atlas,
2008, p. 58).
Cumpre ressaltar que, para a configuração da concausa, não importa

se a doença tem caráter congênito ou degenerativo, bastando que o trabalho em
condições inadequadas tenha concorrido para a ocorrência do infortúnio.
Nessa linha, para José Affonso Dallegrave Neto, "constatando-se que

o trabalho contribuiu como um dos fatores diretos da caracterização da doença, estar-
se-á configurada a concausa, de que trata o art. 21, I, da Lei n. 8.213/91. Não se olvide
a melhor exegese sistêmica do texto legal. É o caso, por exemplo, das doenças de
caráter degenerativo e de origem congênita, as quais serão tidas como doença do
trabalho caso se demonstre que as condições especiais do trabalho concorreram para
a sua manifestação precoce" (Responsabilidade Civil no Direito do Trabalho, 3ª Ed., São
Paulo: LTr, 2008, p. 226).
O art. 118 da Lei 8213/91 estabelece:
"Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente".
O entendimento jurisprudencial sobre essa matéria encontra-se

cristalizado na Súmula 378 do TST, in verbis:
"ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA

LEI Nº 8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em
25, 26 e 27.09.2012.
I - E constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito

à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do
auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 -
inserida em 01.10.1997)
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento

superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença
acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que
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guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.

(primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado

goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho
prevista no no art. 118 da Lei nº 8.213/91".
No caso em comento, é notória a existência de concausa entre as

moléstias que acometeram o Reclamante e as atividades por ela desenvolvidas na
empresa, bem como sua incapacidade temporária para exercer suas funções.
Ademais, apesar da parte não ter recebido o auxílio-doença

acidentário, a legislação autoriza o direito à estabilidade, se constatada, após a
despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a
execução do contrato de emprego, COMO É O CASO DOS AUTOS.
Sendo assim, faz jus o Reclamante à estabilidade prevista no artigo
supracitado.
4.2 DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DO DIREITO À

REINTEGRAÇÃO E DA INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA.
Em relação à estabilidade acidentária, o fundamento teleológico é a

constatação de que o empregado sofreu acidente do trabalho ou doença ocupacional,
conforme preconiza o art. 118 da Lei nº 8.213/91.
A garantia legal decorre da observância do princípio fundamental da

dignidade da pessoa humana, insculpido no artigo 1º, inciso III, da Constituição
Federal, de modo que o seu objetivo é amparar o trabalhador vítima de infortúnio
laboral, assegurando-lhe a permanência no emprego por período necessário à sua
total recuperação.
No caso dos autos, é incontroverso que a Reclamante sofreu doença

ocupacional.
Assim, tem-se por caracterizado o acidente do trabalho, nos termos

do art. 19, caput, da Lei nº 8.213/91, do que decorre a estabilidade acidentária
pretendida.
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Nesse ponto, ressalta-se que ao tomar conhecimento das patologias

e diante da intensidade das dores, antes e depois de ser despedido, o reclamante
informou a empresa de que não poderia mais exercer aquelas atividades e que
precisava se afastar perante o INSS para percepção do auxílio doença ocupacional.
Os reclamados, entretanto, quedaram-se inerte, quando deveriam

emitir a CAT, nos termos da Lei de Benefícios.
Ora, Excelência, é clara a atitude dos reclamados em obstar o

direito do reclamante à estabilidade acidentária prevista no art. 118 da lei 8.213/91,
para que não fosse preenchido os requisitos da súmula 378 do C. TST, quais são,
o afastamento do trabalho superior a 15 dias e percepção do auxílio doença
acidentário perante o INSS.
Além do desrespeito a norma cogente de ordem pública, ou seja, à
Constituição Federal, que elenca como direito fundamental o direito à saúde e ao meio
ambiente equilibrado, a atitude dos reclamados fere o art. 22 da lei 8.213/91, que versa:
"Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o

acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao
da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente,
sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário
de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e
cobrada pela Previdência Social. "
Ademais, a jurisprudência tem decidido no sentido de que mesmo que

ausentes os requisitos para percepção da estabilidade acidentária, se o motivo da
ausência foi por impedimento malicioso do empregador, considera-se implementada tais
condições por aplicação do art. 129 do CC/2002.
Assim é o que dispõe o Relator Juiz Convocado Altino Pedrozo dos

Santos, ao julgar Recurso de Revista nº 512927/1998.6 pela 1ª Turma do C. TST,
vejamos:
"EMENTA: RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA.

REQUISITOS. ARTIGO 118 DA LEI N.º 8.213/1991. AUSÊNCIA DE
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE PELA EMPRESA. O afastamento do
serviço por período superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-
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doença acidentário constituem pressupostos para a aquisição do direito à

estabilidade provisória prevista no artigo 118 da Lei n.º 8.213/1991. No
entanto, se tais exigências não foram atendidas pelo trabalhador por
culpa exclusiva do empregador, que deixa de cumprir a obrigação de
comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social (art. 22, caput,
da Lei Nº 8.213/1991), é lícito considerá-las implementadas, à luz da
regra contida no artigo 129 do CC/2002.
No caso dos autos, o afastamento da incidência do precedente em

apreço deve-se ao fato de que a empresa, não obstante tivesse plena ciência do
acidente de trabalho, demitiu e obstou ao empregado o direito de adquirir o
afastamento formal pelo INSS com a percepção do auxílio-doença acidentário,
requisito previsto no art. 118 da Lei nº 8.214/91, e com o consequente reflexo na
aquisição da estabilidade provisória, quando furtou-se à entregar a CAT na época
própria, apesar das várias licenças médicas oriundas do acidente, encontrando-
se subjacente à decisão recorrida a aplicação do art. 9º da CLT.
Assim, requer seja considerada a implantação dos requisitos para
percepção da estabilidade acidentária nos termos da fundamentação acima.
Superado tal ponto, nos termos do art. 496 da CLT, "quando a

reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado grau de
incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando foi o empregador
pessoa jurídica, o Tribunal do Trabalho poderá converter aquela obrigação em
indenização devida nos termos do artigo seguinte."
Assim, caso este Juízo entenda pela inviabilidade da reintegração,

pugna pelo pagamento da indenização substitutiva desde a dispensa até a data do
término do período estabilitário.
4.3 DO DANO MORAL. DA DISPENSA ARBITRÁRIA.
Verificada a existência do nexo de concausalidade, bem como da

culpa das reclamadas, uma vez demonstrada a contribuição multifatorial no evento
danoso, devida a responsabilização civil do empregador.
Nesse contexto, o conjunto probatório dos autos evidencia o ato

ilícito dos empregadores apto a gerar a indenização pretendida, pelo dano moral.
Em tal sentido, vejamos:
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"RECURSO DE REVISTA. [...] 2. DOENÇA PROFISSIONAL. CONCAUSA.

COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. NÃO
CONHECIMENTO. O artigo 21, I, da Lei nº 8213/91, dispõe que para a
configuração do acidente do trabalho (ou doença profissional equiparada ao
acidente, nos termos do artigo 20, I, da mesma lei), não se exige que a
conduta da empresa seja causa exclusiva do evento, bastando que tenha
contribuído para a enfermidade para se caracterizar também sua
responsabilidade. Nesse mesmo sentido, a jurisprudência desta colenda
Corte tem se posicionado no sentido de ser suficiente a comprovação da
relação de concausalidade entre o dano sofrido (doença) para que haja o
dever do empregador de indenizar. Na hipótese, a egrégia Corte Regional
dispôs ser a reclamante portadora de doenças profissionais diagnosticadas
como 'alterações degenerativas de coluna vertebral lombar e síndrome do
impacto de ombro direito' (dano) que foram desencadeadas ou agravadas
em decorrência do trabalho efetuado na reclamada (nexo concausal).
Ademais, assentou que a empresa não demonstrou a adoção de medidas
ergonômicas, o que causou posturas inadequadas e esforço físico (culpa -
omissão). Caracterizada, portanto, a concausalidade (Súmula nº 126)
devida a reparação. Precedentes. Recurso de revista de que não se
conhece. [...]" (TST- RR-10069-94.2011.5.04.0511, Ac. 5ª Turma, Relator
Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, in DEJT 20.5.2016).
Ademais, tem-se que a dispensa do caso em tela, sem nenhum

motivo plausível, caracterizou-se como abuso de direito do empregador, que mesmo
amparado pela lei para demitir sem justa causa, tinha ciência da moléstia que acometia
a Reclamante, o que se faz concluir que houve excesso na aplicação do direito.
Logo, seja pelo abuso do direito, seja pela constatação da dispensa

arbitrária no momento em que o empregado, adoecido, mais precisava de seu
emprego, deve as empresas serem condenadas pelo pagamento de indenização por
danos morais.
4.4 DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS RECLAMADAS E

DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.
Inicialmente, considerando que a parte Reclamante foi admitida pela

1ª Reclamada, MAX SERVIÇOS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA, para prestar
serviços no estabelecimento da 2ª Reclamada, NATURELIFE INDUSTRIA E
COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA, sob fiscalização desta, patente a
responsabilidade SOLIDÁRIA das partes.
No que tange ao adicional de insalubridade, considerando que a

insalubridade causada pelos agentes biológicos é inerente às atividades exercidas em
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laboratório, requer o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo (40%),

que totaliza R$ 528,00 (quinhentos e vinte e oito reais).
Dessa forma, pugna o Reclamante pelo pagamento de R$ 6.336,00

(seis mil e trezentos e trinta e seis reais), com reflexo nas demais verbas, a título de
adicional de insalubridade de 12 (doze) meses de vínculo empregatício.
5 - DOS PEDIDOS.
Diante do exposto, requer:
1. A concessão da justiça gratuita, vide art. 790 da CLT;
2. A citação das Reclamadas para que, querendo, compareçam à

audiência telepresencial a ser designada por este Juízo e, querendo,
ofereça resposta à Reclamatória Trabalhista, sob pena de revelia e
confissão, apresentando, inclusive, todos os contracheques do
Reclamante;
3. O julgamento, ao final, da procedência de todos os pedidos

formulados na presente Reclamação, condenando as Reclamadas,
SOLIDARIAMENTE: a) A condenação das Reclamadas à imediata
reintegração do Reclamante, bem como pagamento dos salários e
demais verbas pelo período afastado até a devida reintegração ou,
caso Vossa Excelência entenda de forma diversa, requer a
condenação das Reclamadas ao pagamento de indenização
substitutiva correspondentes aos salários e reflexos em aviso prévio,
férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS, acrescido de multa de
40%, no valor estimado em R$ 15.840,00 (quinze mil e oitocentos e
quarenta reais), devidamente atualizado e corrigido até a data do
efetivo pagamento; b) ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
a título de danos morais pela dispensa arbitrária;
4. ao pagamento do adicional de insalubridade de 40% sobre o salário-

base durante todo o vínculo empregatício, totalizando R$ 6.336,00
(seis mil e trezentos e trinta e seis reais), com reflexo nas demais
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verbas, referente a 12 (doze) meses de vínculo empregatício,

conforme cálculo anexo;
5. Ao pagamento das custas e honorários advocatícios, no importe

de 15% do valor da causa, conforme art. 791-A da CLT.
Protesta por todos os meios de provas admitidas em direito, em

especial, prova documental, testemunhal e depoimento pessoal do representante legal
da Reclamada, com a inversão do ônus da prova, sob as penas da lei.
Atribui-se à causa o valor de R$ 32.176,00 (trinta e dois mil e cento

e setenta e seis reais).
Nestes termos,
Requer e Espera deferimento.
Santo Antônio de Jesus – BA, 23 de novembro de 2023.
DÉBORA CAROLINE MACEDO SOUZA

OAB/BA 50.885
OTÁVIO MASCARENHAS PRAZERES

OAB/BA 52.817
https://pje.trt5.jus.br/pjekz/validacao/23112322081865900000086092885?instancia=1
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SUBSTABELECIMENTO
Substabeleço, COM RESERVAS de poderes, na pessoa da advogada Dra.

DÉBORA CAROLINE MACEDO SOUZA, OAB BA N.º 50.885, conferindo-lhe
poderes a mim outorgados, por RAÍ LIMA DE JESUS para atuar,
demanadar, praticar quaisquer atos necessários na demanda, defender seus
interesses no processo em face MAX SERVICOS ASSESSORIA
EMPRESARIAL LTDA E/OU NATULAB perante o Juízo Federal Trabalhista
da Comarca de Santo Antônio de jesus / BA, conforme procuração anexa.
Santo Antônio de Jesus–BA, 15 de outubro de 2023.
OTÁVIO M PRAZERES
OAB/BA nº 52.817
Rua Gorgônio José de Araújo (em cima da Reconflex), Sala 202, Centro, Santo Antônio de Jesus-BA. CEP:
44.571-355. Tel. (71) 9 9392-6390/ (75) 9 8115-1931/(75) 3632-2330
E-mail: otavioprazeres.adv@gmail.com
Assinado eletronicamente por: DEBORA CAROLINE MACEDO SOUZA - Juntado em: 23/11/2023 22:12:36 - 418b23c
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Carteira de Trabalho Digital
Dados Pessoais Data de emissão: 11/11/2020
Nome Civil: RAI LIMA DE JESUS

CPF: 062.106.485-84
Data de Nascimento: 03/10/1994
Sexo: Masculino
Nacionalidade: Brasileiro
Nome da Mãe: EDNILSA MARIA DE LIMA
Contratos de Trabalho
13/05/2022 - 04/09/2023
MAX SERVICOS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA
CNPJ RAIZ: 3658844
Endereço: RUA CONDE FILHO 81 EDIF CONDE FILHO SALA
Ocupação 514225 - TRABALHADOR DE SERVICOS DE LIMPEZA E CONSERVACAO DE
Tipo de contrato: Prazo indeterminado
Tipo de admissão: Admissão
Salário contratual: R$ 1.321,11
Remuneração inicial: R$ 1.212,03
Última remuneração informada: R$ 176,15 (09/2023)
Relação de trabalho: Empregado
Fonte da informação: ESOCIAL
Anotações:
04/09/2023 - Rescisão Contratual

31/07/2023 - Salário alterado para R$ 1.321,11
16/12/2022 - Tipo de contrato alterado para Prazo indeterminado

16/12/2022 - Ocupação alterada para TRABALHADOR DE SERVICOS DE LIMPEZA E CONSERVACAO DE
27/06/2022 - Salário alterado para R$ 1.212,03

27/06/2022 - Tipo de contrato alterado para Prazo determinado, definido em dias
13/05/2022 - Admissão
Observações: -
Documento assinado digitalmente pela Dataprev em 26/09/2023. Página 1

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Recibo de Pagamento de Salário

Empregador CNPJ 03.658.844/0001-12 Local [Site III]Naturelife Industria e Comercio de Alimentos Ltda .
Max Serviços Assessoria Empresarial Ltda. Setor 2 - Operacional
Rua Conde Filho, 81 Graca Salvador BA
Código Nome do Funcionário CBO Cargo Processo Mês
002789 Raí Lima de Jesus 5142-25 AGENTE DE LIMPEZA Folha de Pagamento 05/2023
Código Descrição Referência Vencimentos Descontos
0001 Salário 30 1.321,11
1520 Arredondamento 0,96
5010 INSS s/ Salario 9 99,09
5520 Contribuição Confederativa 26,42
Declaro ter recebido a importância Liquida discriminada neste recibo

5700 Vale Transporte 79,27 79,27
8070 Vale Alimentação 62,83
8140 Seguro de Vida 1,00
Mensagens Total Vencimentos Total Descontos

1.322,07 269,07
/
Valor Líquido 1.053,00
/
Data
Salário Base Sal.Contr.INSS Base Calc. FGTS FGTS do Mês Base Calc. IRRF Faixa IRRF Folha
1.321,11 1.321,11 1.321,11 105,69 1.321,11 0 1/1
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Fls.: 20

0001 Salário 30 1.321,11
5520 Contribuição Confederativa 1,50 19,82

8183 Desc. VT Atestado 46,06
8184 Desc. VA Atestado 57,12

1.321,39 363,39
/
Valor Líquido 958,00
/
Data
1.321,11 1.321,11 1.321,11 105,69 1.321,11 0 1/1
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Fls.: 21

0001 Salário 30 1.321,11


1.321,39 363,39
/
/
Data
1.321,11 1.321,11 1.321,11 105,69 1.321,11 0 1/1
by RHNydus.net
Fls.: 22

0001 Salário 30 1.321,11


1.321,53 259,53
/
Valor Líquido 1.062,00
/
Data
1.321,11 1.321,11 1.321,11 105,69 1.321,11 0 1/1
by RHNydus.net
Fls.: 23

0001 Salário 30 1.321,11
5010 INSS s/ Salario 7,50 92,47

5620 Faltas 1 44,04
5625 DSR sobre Faltas ou Suspensões 1 44,04

1.321,53 399,53
/
/
Data
1.321,11 1.233,03 1.233,03 98,64 1.233,03 0 1/1
by RHNydus.net
Fls.: 24
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Fls.: 25
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Fls.: 26
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Fls.: 27
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Fls.: 28
Fls.: 29
Fls.: 30
Fls.: 31
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Fls.: 33
Fls.: 34
SUMÁRIO
Documentos
Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura
cc17ba1 23/11/2023 22:12 Petição Inicial Petição Inicial
2a10871 23/11/2023 22:12 1 PROCURACAO Procuração
Substabelecimento
418b23c 23/11/2023 22:12 1.1 SUBSTABELECIMENTO com Reserva de
Poderes
Documento de
9f01953 23/11/2023 22:12 2 RG RAI Identificação
6fbf60f 23/11/2023 22:12 2.1 COMPROVANTE DE RESIDENCIA RAI Documento Diverso
Carteira de Trabalho e
7f403ca 23/11/2023 22:12 3 CTPS DIGITAL MAX Previdência Social
(CTPS)
Contracheque/Recibo
db6d179 23/11/2023 22:12 3.1 HOLERITES de Salário
Termo de Rescisão de
f096a62 23/11/2023 22:12 4 TERMO DE RESCISAO TRABALHISTA - RAI Contrato de Trabalho
(TRCT)
b8d4a86 23/11/2023 22:12 5 CHAVE DO FGTS RAI Extrato de FGTS
Comunicação de
3cab483 23/11/2023 22:12 6 MTE - RAI Dispensa e Seguro
Desemprego (CD/SD)
b2baa0d 23/11/2023 22:12 7 CARTA DE REFERENCIA RAI Documento Diverso
c5ad217 23/11/2023 22:12 10 DOCUMENTOS MEDICOS Atestado Médico

ATSum 0001117-58.2023.5.05.0421 1grau

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Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 23/11/2023

AO JUÍZO FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS -

ACIDENTE DE TRABALHO. RECUSA NA EMISSÃO DA CAT.

RAI LIMA DE JESUS, brasileiro, casado, desempregado, inscrito no

em face da MAX SERVIÇOS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA,

1 – DO JUÍZO 100% DIGITAL.

Para fins de adoção do juízo 100% digital, informa e-mail e telefone do

Reclamante: otavioprazeres.adv@gmail.com, telefone 7598285-1602.

A Reforma Trabalhista, ao alterar o Art. 790 da CLT, trouxe

Art. 790 (...) § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte

Assim, considerando que a parte Reclamante está desempregada, por

Trata-se da necessária observância a princípios constitucionais

Trata-se de conduta perfeitamente tipificada pelo Código de Processo

Art. 99. [...]

Assim, tal declaração só pode ser desconsiderada em face de

"1. Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a parte seja

A parte Reclamante foi admitida em 13/05/2022 pela 1ª Reclamada

No exercício da sua função, o Reclamante manuseava produtos de

Além disso, o colaborador varria, limpava janelas e portas vidros,

Nesse cenário, em 05/05/2023, no exercício de suas atividades e no

Ademais, diante do fato ocorrido, até o presente momento o

Entretanto, a despeito da situação, além de não ter emitido a CAT, a

empresa, em 04/09/2023, surpreendentemente, em ato nitidamente discriminatório, o

De tal forma, considerando a inobservância dos ditames trabalhistas

4 – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS.

Inicialmente, tem-se como acidente do trabalho aquele que ocorre pelo

Considera-se, ainda, acidente do trabalho a doença profissional

Registre-se que a legislação previdenciária equipara a doença

O art. 20, § 2º, prevê ainda:

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na

Segundo leciona Cavalieri Filho, a concausa seria "outra causa que,

Cumpre ressaltar que, para a configuração da concausa, não importa

Nessa linha, para José Affonso Dallegrave Neto, "constatando-se que

O art. 118 da Lei 8213/91 estabelece:

O entendimento jurisprudencial sobre essa matéria encontra-se

"ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA

I - E constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito

II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento

guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.

III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado

No caso em comento, é notória a existência de concausa entre as

Ademais, apesar da parte não ter recebido o auxílio-doença

4.2 DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DO DIREITO À

Em relação à estabilidade acidentária, o fundamento teleológico é a

A garantia legal decorre da observância do princípio fundamental da

No caso dos autos, é incontroverso que a Reclamante sofreu doença

Assim, tem-se por caracterizado o acidente do trabalho, nos termos

Nesse ponto, ressalta-se que ao tomar conhecimento das patologias

Os reclamados, entretanto, quedaram-se inerte, quando deveriam

Ora, Excelência, é clara a atitude dos reclamados em obstar o

"Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o

Ademais, a jurisprudência tem decidido no sentido de que mesmo que

Assim é o que dispõe o Relator Juiz Convocado Altino Pedrozo dos

"EMENTA: RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA.

doença acidentário constituem pressupostos para a aquisição do direito à

No caso dos autos, o afastamento da incidência do precedente em

Superado tal ponto, nos termos do art. 496 da CLT, "quando a

Assim, caso este Juízo entenda pela inviabilidade da reintegração,

4.3 DO DANO MORAL. DA DISPENSA ARBITRÁRIA.

Verificada a existência do nexo de concausalidade, bem como da