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SEGREDO DE JUSTIÇA:
DOENÇA
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
1. DO SEGREDO DE JUSTIÇA
Diante das narrativas de doença acometida pela autora, requer a tramitação do feito
em segredo de justiça como forma de não expor a reclamante e resguardar a
dignidade humana com supedâneo constitucional.
2. DA JUSTIÇA GRATUITA
A parte autora não detém recursos para pagar as custas, as despesas processuais e
os honorários advocatícios desta lide.
Mais, consta ressaltar que, consoante leitura do artigo 99, parágrafo 3º do mesmo
diploma, há presunção “juris tantum” de forma que:
Assim, em não havendo nos autos nada que afaste a presunção de veracidade da
hipossuficiência econômica autoral, gize-se que é o artigo 99 do CPC quem regra:
Ainda, destaque-se que, para fins trabalhistas, a parte percebe salário igual ou inferior
a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, nos termos do artigo 790, parágrafo 3º da CLT.
Portanto, justo e de direito que a parte autora goze dos benefícios da Justiça Gratuita.
1. DA SÍNTESE DO CONTRATO
2. DA PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE
Valor estimado do pedido: 26812,80 R$, registrando-se “ab ovo” que pode ser
majorado em fase de liquidação após cálculo exato da matéria transitada em julgado.
Valor estimado do pedido: 3000,00 R$, registrando-se “ab ovo” que pode ser
majorado em fase de liquidação após cálculo exato da matéria transitada em julgado.
3. DO ACIDENTE DE TRABALHO
Valor estimado do pedido: 1000,00 R$, registrando-se “ab ovo” que pode ser
majorado em fase de liquidação após cálculo exato da matéria transitada em julgado.
Valor estimado do pedido: 10.080,00 R$, registrando-se “ab ovo” que pode ser
majorado em fase de liquidação após cálculo exato da matéria transitada em julgado.
Pelo exposto, fica claro que a função de descanso imposto pelo legislador em
benefício do trabalhador foi obstada por ato da Reclamada, portanto, aplicável o
disposto no artigo 137 da CLT.
Valor estimado do pedido: 29800,00 R$, registrando-se “ab ovo” que pode ser
majorado em fase de liquidação após cálculo exato da matéria transitada em julgado.
A parte autora foi contratada para desempenhar a função de limpeza, porém durante
todo o contrato de trabalho, era obrigada a transportar valores, função esta distinta
da que foi contratada.
Cumpre destacar que a Lei n.º 7.102/83 proibi que o transporte de valores fosse
efetuado por empresa não organizada e preparada para tal fim, residindo, neste
aspecto, a ilicitude patronal, da qual decorre sua culpa pelo infortúnio materializado.
A autora não foi contratada para tal fim, ou seja, transportar valores ou possuía
treinamento para execução deste serviço. Assim a reclamada colocou a autora numa
situação de risco, suscetível a assaltos.
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Para que seja feita a devida reparação do dano moral e material, a jurisprudência
brasileira mostra-se unânime no sentido da admissibilidade da indenização.
Nesse sentido, há jurisprudência sumulada do E. 37 STJ:
Diante do evidente dano moral cabe a reparação nos termos do artigo 927 do
Código Civil:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
8. DO VR
Durante mais de 3 anos a ré deixou de pagar o Vale Refeição nos termos da lei.
Valor estimado do pedido: 18013,27 R$, registrando-se “ab ovo” que pode ser
majorado em fase de liquidação após cálculo exato da matéria transitada em julgado.
(...)
Ou seja, a efetiva aplicação dos princípios e das normas do Direito do Trabalho, tem
por finalidade cumprir o mandamento constitucional insculpido no artigo 3º e 5º da
CF/1988.
Art. 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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§ 1º (...)
a.3) Artigo 791-A, §4º, da parte, “desde que não tenha obtido em juízo, ainda que
em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa”.
Art. 791-A.(....)
Pois bem, todas as ações trabalhistas, pelo que denota o artigo supra, deverá ter a
indicação de valor. Tal indicação de valor não significa a liquidação de sentença,
segundo a melhor doutrina e a previsão no artigo 879 da CLT, que não foi revogada
pela nova lei. Vejamos:
(...)
Por via direta, tal imposição impõe risco de condenação que faz o obreiro
simplesmente deixar de pleiter, sob o risco de se ver condenado às custas e
honorários advocatícios, o que implica em açoite à Constituição.
Ora, termo “acesso à justiça” não pode ser compreendido nos limites do acesso à
justiça enquanto instituição estatal, vez que sua concepção não se limita apenas em
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sua ótica formal, o acesso ao judiciário, isso porque, o direito de acesso à justiça é
fundamentalmente, direito de acesso à uma ordem jurídica justa, de maneira que,
seja garantida a efetiva defesa de direitos.
Ademais, Excelência, a noção de acesso à justiça não deve ser estudada somente
nos acanhados limites de uma efetiva tutela de direitos no âmbito de uma relação
jurídica processual, pois, torna-se uma compreensão superficial, o acesso à justiça
como o conjunto de garantias e dos princípios constitucionais fundamentais ao direito
processual, o qual se insere no denominado direito fundamental ao processo justo.
Assim, só tem acesso à ordem jurídica justa quem recebe justiça. E receber justiça
significa ser admitido em juízo, poder participar, contar com a participação adequada
do juiz e, ao fim, receber um provimento jurisdicional consentâneo com os valores da
sociedade. Tais são os contornos do processo justo, ou processo équo, que é
composto pela efetividade de um mínimo de garantias de meios e de resultados.
Neste interim, a ideia de acesso à justiça é mais abrangente que, a efetiva tutela de
direitos apenas na relação processual, isso porque, a concepção de acesso à justiça
e, portanto, a uma ordem jurídica justa, compreende a estruturação do sistema
jurídico a corresponder adequadamente às exigências que os conflitos de interesse
demandam e, consequentemente, não se pode pensar apenas no sistema de
resolução de conflitos através da adjudicação da solução pela autoridade estatal.
Nos termos do artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal, “a lei não prejudicará
o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.” E, no mesmo sentido,
dispõe o artigo 6º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, nova
denominação da Lei de Introdução ao Código Civil, dada pela Lei 12.376/2010: “A lei
em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.”.
deixou lacunas. Assim, ainda que se trate de norma de eficácia limitada, tendo cabido
ao legislador infraconstitucional delimitar os critérios para a comprovação da
mencionada insuficiência de recursos, não há brecha para a relativização dos termos
“integral” e, sobretudo, “gratuita” que acompanham a expressão “assistência jurídica”,
sendo certo que a “assistência jurídica” prevista na CF/88 é gênero do qual a “Justiça
Gratuita” é espécie.
A Reforma Trabalhista imposta pelos bandidos que legislam em prol de seus próprios
interesses, deram ao texto da lei a seguinte redação (CLT):
Ocorre que esses mesmos bandidos, orientados por outro com algum saber jurídico,
esqueceram-se de observar que legislar exige técnica e inteligência. Explicar-se-á do
início: para uma comunicação eficaz, compreender a linguagem é essencial. E para
tal, imprescindível que entendamos a origem das palavras. Ora, “comunicar” vem do
latim “communicare’, que significa colocar em comum, partilhar, “entrar em relação
com”.
Contanto que emissor e receptor utilizem o mesmo código, dando aos símbolos os
mesmos significados, teremos aí uma comunicação eficaz. É através da linguagem
que se consegue estabelecer esta comunicação eficaz.
Dito isso, legalmente, devemos deixar claro, desde logo, os significados que se deve
dar aos vocábulos "indicação de valor do pedido", "liquidação do pedido" e "pedido
líquido", três coisas gritantemente distintas.
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a) Indicação: ação ou efeito de indicar, apontar, referir algo ou alguma coisa ou uma
pessoa
b) Liquidação: ação ou efeito de tornar líquida uma obrigação; apurar, fixar com
exatidão o montante de uma soma a pagar – principal, atualização e juros –
(conceito jurídico).
Ora, “indicar” e “liquidar” são dois verbos que exprimem ações parecidas, mas não
idênticas. Não se vá dizer que é só uma questão semântica, porquê não é. A não ser
que se use a palavra "semântica" com o seu significado científico, ou seja, ramo da
linguística que estuda o significado das palavras, à interpretação das frases, das
orações etc. No caso em apreço a sinonímia (divisão na Semântica que estuda as
palavras sinônimas, ou aquelas que possuem significado ou sentido semelhante).
Porque a doutrina entende que o pedido tem que ser certo quanto à tutela jurisdicional
pretendida (declaratória, constitutiva, condenatória, cautelar ou mandamental) e
determinado quanto ao seu objeto (obrigação de fazer, não fazer, dar ou pagar
dinheiro) – (an debeatur), mas pode ser indeterminado em relação à sua quantidade
(quantum debeatur) em certos casos. Não pode haver indeterminação quanto à
natureza da tutela jurisdicional buscada, nem em relação ao “na”, mas pode em
relação ao “quantum debeatur”. Eis a lógica!
Como se disse alhures, o processo do trabalho foi orientado pelos princípios, dentre
outros, da simplicidade e da informalidade, resultando num processo menos formal,
visando torná-lo mais simples e acessível ao trabalhador, ao homem comum e mais
humilde.
SCHIAVI (A reforma trabalhista e o processo do trabalho: aspectos processuais da
Lei nº 13.467/17 – 1ª ed. – São Paulo: LTr Editora. 2017. pág. 94.) afirma:
Bem por isso que os valores estimados pela parte autora para cada pedido contido
na exordial não pode, nem deve limitar a condenação na sentença, nem vincula o
valor para fins de alçada, não se aplicando à ele as regras do processo civil para
determinação do valor da causa, bem como não caracteriza sentença ultra pettita a
que condenar o réu em valor maior que aquele provisoriamente indicado pelo autor,
já que faltará ao empregado, ao início da ação, elementos suficientes para uma
apuração exata do “quantum debeatur”, o que só irá surgir com a sentença, que irá
fixar os parâmetros para apuração dos valores da obrigação reconhecida na
sentença.
Nessa esteira, os valores dos pedidos, a teor do que dispõe o novo § 1º, do art. 840,
da CLT, somente foi indicado quando possível, sendo a indicação mera estimativa de
valores. “A fortiori”, inviável o apontamento de qualquer estimativa nas hipóteses
previstas nos incisos II (quando não for possível determinar, desde logo, as
consequências do ato ou do fato) e III (quando a determinação do objeto ou do valor
da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu), do art. 324, bem
como no caso do inciso II, do art. 491, todos do NCPC.", como no exemplo das horas
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9. REQUERIMENTOS FINAIS
Requer, ainda, a notificação da (s) reclamada (s) para, querendo, responder (em) a
presente Reclamatória Trabalhista, sob pena de revelia; a produção de todos os
meios de prova em direito admitidos, em especial a prova pericial, depoimento da (s)
ré (s) e a oitiva de testemunhas.
Requer a condenação da (s) reclamada (s), bem como a total procedência de todos
os pedidos supra, ou sucessivamente, caso por argumentar, procedência parcial dos
mesmos, acrescidos de juros e correção monetária, a quem de direito.
Requer, por cada item deferido, seus respectivos consectários legais, reiterando
desde já a cumulação de cada pedido atinente aos danos morais, conforme fato ou
ato constrangedor.
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Requer a condenação da(s) ré(s) em honorários advocatícios nos termos da lei, bem
como custas.
Reque a concessão da Justiça Gratuita, por a parte ser pobre e não ter condições de
suportar custas e honorários, nos termos da declaração anexa e por atender os
requisitos específicos da legislação trabalhista em vigor
DR REGYS M LINS
OAB/PR: 57012