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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA

COMARCA DE VOLTA REDONDA - RJ

Sergio, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no cadastro de pessoas físicas no n°


xxx, portador da cédula de identidade RG n° xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, N° xx,
Bairro xxx, Volta Redonda -RJ, com endereço eletrônico xxx, por seu advogado
infra-assinado xxx, com procuração anexa xxx, com escritório xxx, endereço xxx, onde
recebe as notificações, e com base nos artigos 798 e 804 do Código de Processo Civil, vem
respeitosamente à presença deste Juízo propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER E DECLARAÇÃO


DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

em face da telefonia ALFA, pessoa Jurídica de direito privado, inscrita sob o CNPJ de n°
xxx, sediado na Rua xxx, N° xxx, Bairro xxx, São Paulo – SP, pelas causas e fundamentos a
seguir apresentadas.

I - DOS FATOS

O Autor foi comunicado pelo Réu que sua fatura, vencida no mês de junho de 2022,
constava em aberto e, caso não pagasse o valor correspondente, no total de R$850,00
(oitocentos e cinquenta reais), no prazo de 15 dias após o recebimento da comunicação,
seu nome seria lançado nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito.

Verificando a documentação pertinente ao serviço utilizado, encontrou o comprovante de


pagamento da fatura supostamente em aberto, enviando-o via fax para a empresa Ré a fim
de dirimir o problema.

Entretanto, ao tentar concretizar a compra de um veículo mediante financiamento alguns


dias depois, viu frustrado o negócio, ante a informação de que o crédito lhe fora negado,
uma vez que seu nome estava inscrito nos cadastros de maus pagadores pela empresa Ré,
em razão do débito vencido. Situação a qual o deixou completamente constrangido, não lhe
restando outra alternativa que não a proposição da presente ação para ter seus direitos
garantidos.

II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

II.I DA RELAÇÃO DE CONSUMO


Esta relação jurídica é abrangida pela Lei nº 1. 8.078/90 (Lei de Defesa do Consumidor), em
que por um lado temos a imagem dos consumidores (art. 2º, CDC) e por outro temos a
imagem dos fornecedores.

II.II DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DA OBRIGAÇÃO DE FAZER

Em casos específicos, o serviço prestado pela empresa demandada apresenta risco de


segurança, comprovando assim a efetivação do serviço.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa,


pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação
dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos.

A autora efetuou o pagamento dos valores cobrados em tempo hábil e apresentou


comprovação da transação, porém, apesar da ausência de saldo devedor, a ré passou a
cobrar os valores em aberto.

A notificação do autor do cumprimento tempestivo de suas obrigações não foi suficiente


para que o réu agisse de forma agressiva e sóbria para continuar cobrando pagamentos
indevidos, acabando por inscrever o autor na lista de inadimplentes.

Este fato impediu o autor de financiar o veículo, e sofreu aborrecimento e humilhação na


agência devido ao erro do réu.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA,


independentemente de culpa, o fornecedor é responsável por reparar o dano ao consumidor
causado pelo defeito na prestação do serviço, portanto, a empresa ré deve ser
responsabilizada por negligência na execução do serviço.

Por tanto, estando comprovado o adimplemento da obrigação e o ato ilício da Ré em


inscrever o Autor no cadastro de inadimplentes, requer a imediata retirada de seu nome dos
respectivos órgãos de proteção ao crédito.

II.IV DA INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MORAIS

O direito ao dano moral está consagrado em nossa constituição, art. 5º, inc. X irá defender:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Pela lógica constitucional, o CDC garante que o consumidor lesado tem direito material ou
moral à indenização pelo dano sofrido, daí o art. 6º, inc. VI do CDC irá dispor:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
difusos;

Os fatos relatados causaram grande constrangimento e ofensa ao autor, que não pôde fazer
negócios por falha do fornecedor.

Portanto, é responsabilidade da empresa reparar o dano moral cometido, respeitando as


devidas proporções.

III - DA TUTELA DE URGÊNCIA

Conforme dispõe nosso Código processual, a tutela de urgência será concedida quando se
'' houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.'' (art. 300, CPC).

Neste caso, o autor foi colocado na lista de inadimplentes devido à total falta de entusiasmo
da empresa ré, comprovando o cumprimento dos documentos. Dívidas em anexo cobradas
- e que resultaram em registro indevido - foram pagas em dia.

IV – DOS PEDIDOS

Em face do exposto, a Associação requer:


a) Seja concedida a tutela provisória de caráter de urgência em liminar, conforme artigo
300, § 2º do CPC, para determinar a exclusão do seu nome dos registros do SPC/SERASA,
com a imposição de multa diária pelo descumprimento da obrigação;
b) A citação da requerida para o comparecimento em audiência e oferecer resposta,
sob pena de revelia na forma de lei;
c) Seja declarada inexistência de débitos da requerente para com a requerida;
d) A aplicação do Código de Defesa do Consumidor na presente demanda, assim
como a inversão do ônus da prova;
e) A condenação da requerida a pagar ao requerente o valor de R$ (...) por danos
morais sofridos;
f) A condenação da requerida em custas judiciais e honorários advocatícios, no valor
de %, em caso de recurso;
g) juntada de documentação.

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