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1. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Autor declara que na atual situação não possui condições financeiras para
arcar com o valor das custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu
sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência em anexo.
Por tais razões, pleiteia-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela
Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e
seguintes.
2. DOS FATOS
O autor tem recebido constantemente cobranças da requerida a respeito de uma
dívida que o autor supostamente teria com o requerido banco. Ao entrar em contato
com a requerida, o autor foi informado de que o débito se tratava de uma renegociação
de dívidas no valor de R$ 4.701,93 (quatro mil, setecentos e um reais e noventa e três
centavos) relativo ao contrato de n.º 00000 gerado para a conta de n.º 00000-1, agência
0000, carteira de cobrança de n.º 321, do referido banco.
Ocorre, Excelência, que o requerente não é correntista e não mantém nenhum
outro tipo de vínculo ou contrato com o banco requerido. Além disso, o autor dirigiu-se
a uma agência do referido banco para se informar qual seria a agência informada pela
requerida, e lá foi informado por um funcionário do banco que tal agência não existe,
sendo esse código de agência um número fictício. A fim de ter certeza, este causídico
entrou em contato com o referido banco por telefone e obteve a mesma informação,
conforme ligação gravada que pode ser disponibilizada pelo requerido banco através
do protocolo de n.º 000000000000000. Destarte, Excelência, não restou outra alternativa
ao requerente, senão procurar a tutela jurisdicional para sanar este problema e fazer
cessar as cobranças indevidas.
3. DO DIREITO
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são
admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e
efetiva tutela.
E mais:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos;
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
O Código de Processo Civil, em seu artigo 300, define que a tutela de urgência
deve ser deferida quando presentes, concomitante, a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Dispõe ainda o parágrafo terceiro do artigo 84 do C.D.C, in verbis:
“Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou
não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará
providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento. (...)
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou
não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará
providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento.
Por outro lado, destacamos que a concessão da liminar ora vindicada não traria
qualquer prejuízo à requerida, não havendo de se falar no disposto previsto no Artigo
300, Parágrafo 3º do CPC.
O requerente necessita de tutela de urgência para que as requeridas se
abstenham de inscrever seu nome nos serviços de proteção ao crédito (SERASA, SPC,
etc), bem como protestos em cartórios, em razão da suposta dívida de que se trata a
presente demanda, como também façam cessar as inúmeras cobranças efetuadas
diariamente, importunando e atrapalhando a vida do requerente.
Por todo o exposto, constata-se que encontram presentes os requisitos
necessários à concessão liminar dos efeitos da tutela provisória de urgência, que
comprovam, em sede de cognição sumária, a verossimilhança das alegações do Autor e
o perigo de dano de difícil reparação, caso não antecipada a tutela pretendida, haja vista
a inscrição indevida do bom nome do Autor por débito ilegítimo.
4. DO PEDIDO
Advogado – OAB