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Casa de Couros Duro & Forte EPP-LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob
CNPJ n. 16.171.837/0001-23, com endereço comercial na Praça Fróes da Mota, 31,
Centro, Feira de Santana, Bahia, CEP: 44002-300, contratou junto à empresa Banco
Minas de Ouro Administradora de Consórcios LTDA, o contrato de adesão de consórcio
de bens móveis, número de proposta 000190027043, grupo 002696, cota 0109.
DOS FATOS
Em 20/09/2019, a requerente assinou um contrato de adesão de consórcio junto ao
Banco Minas de Ouro com previsão de encerramento em 14/01/2026, onde o valor do
bem consorciado, automóvel da marca Renault, modelo KWID LIFE 1.0, foi
determinado em R$ 50.901,75 reais, montante que corresponde ao valor total do bem
acrescido à taxa de administração social, ao fundo reserva e à taxa do seguro
prestamista, conforme adesão prevista nos autos.
No dia 14/09/2022, foi informado à requerente que havia sido contemplada com a
liberação do veículo. Ocorre que, além de não receber o valor pactuado no contrato de
adesão, correspondente ao montante de R$ 50.901,75 reais, recebeu apenas, R$
49.566,90 reais, conforme demonstrado por extrato bancário em anexo.
Importante salientar que após a contatação à instituição financeira solicitando o
pagamento do valor faltoso, que corresponde à importância de R$ 1.241,00 reais, não
recebeu qualquer retorno acerca do pleito apresentado. Tendo em vista que, a quantia
que lhe fora entregue não corresponde, sequer, ao valor desembolsado pela
requerente no momento que ingressou no consórcio, correspondente a R$ 53.358,23
reais.
DO DIREITO
Tendo em vista a natureza consumerista da relação objeto da demanda com força no
artigo 3° do CDC, vemos também que no artigo 6°, inciso III do CDC ao consumidor é
garantido o direito de informação clara e adequada dos serviços ofertados, e ao
fornecedor, é imposta a responsabilidade pela falha na prestação de serviço.
“Artigo 6 - São direitos básicos do consumidor:
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; “
Aos Juízes é permitida a intervenção nas relações de consumo, para dar soluções
alternativas às questões controvertidas que desta relação ganharam vida . Desta
forma, Vossa Excelência não seria apenas um servidor da vontade das partes, mas sim
um implementador da Justiça, tendo sempre como objetivo a equidade das partes.
Assim previsto no Código de Defesa do Consumidor em seus artigos 6º, VI e 14,
caput:
Assim, é notório que a Ré feriu os direitos do autor, ao agir com total descaso,
desrespeito e negligência, configurando má prestação de serviço. Deste modo,
amparado pela lei, doutrina e jurisprudência pátria, o autor, deverá ser indenizado
pelos danos que lhe forem causados.
Excelência, não se pode aceitar que a má prestação dos serviços seja vista como um
mero aborrecimento. A situação apresentada na presente ação já transcendeu esta
barreira, razão pela qual a parte autora busca uma devida reparação por todos os danos
e transtornos causados pela Ré, que agem com total descaso com seus clientes.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
V - e assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;”
Sabendo que nos artigos 186 e 927, do Código Civil de 2002, também estabelecem:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Assim sendo, o autor o consumidor final da efetiva relação, dada a natureza ser de
consumo, a ré responde objetivamente pelo risco, devendo arcar como os danos
morais causados ao autor que teve o dissabor de experimentar problemas e falhas na
prestação de serviços da Ré.
DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
DOS PEDIDOS
Nesses Termos,
Pede Deferimento.