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Em face da TIM CELULAR S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ
sob nº 04.206.050/0044-10, com sede na Av. Tancredo Neves, nº 148, Caminho das Árvores,
Salvador – BA, CEP: 41.820-130, pelos fatos e fundamentos que a seguir passa a expor.
1. PRELIMINARMENTE
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1.2 DA CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO DE CONSUMO
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
Art. 6º (...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;
Deste modo, cabe à Acionada demonstrar provas em contrário do exposto pelo Autor.
2. DOS FATOS
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recebido e, só após a confirmação do pagamento, constatou que o valor pago era de R$ 418,54
(quatrocentos e dezoito reais e cinquenta e quatro centavos) e que este divergia imensamente
do valor do plano contratado junto à Requerida.
Ao entrar em contato com o serviço de atendimento ao cliente (SAC) da empresa por
telefone, na mesma data, foi informado de que deveria proceder com o pagamento do 2º código
de barras recebido no e-mail, no valor correto do plano contratado de R$ 30,65 (trinta reais e
sessenta e cinco centavos), o que foi prontamente cumprido pelo Requerente, conforme se vê
no comprovante anexo, e que o valor do pagamento efetuado, referente ao 1º código de barras,
enviado erroneamente pela Requerida por e-mail, seria restituído em até 05 (cinco) dias úteis.
Mera ilusão!!!
Após aguardar por mais de 60 (sessenta) dias pelo ressarcimento do valor pago, o
Requerente entrou em contato novamente com o SAC da Requerida no dia 22.10.2020
(protocolo 2020111868816) e, ao falar com a atendente “Elisabeth”, esta informou um novo
prazo de 05 (cinco) dias úteis para o retorno com a resposta sobre como a Requerida iria
proceder na solução do problema. Um completo absurdo!!!
O Autor, já consciente de que a via administrativa só gerou perda de tempo e desgaste
emocional, uma vez que o lapso temporal para o ressarcimento do valor pago, gerado por
cobrança indevida da Requerida, gera um sentimento de impotência, indignação, humilhação e
estresse.
Dessa forma, requer, através de via judicial que a Acionada seja compelida ao
ressarcimento do valor pago pelo Acionante, em dobro, além do pagamento de
indenização no montante de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelos danos morais, a fim de
que o Acionante não venha a sofrer mais prejuízos, materiais e emocionais.
3. DO DIREITO
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Também deve ser observado o que determina o art. 14 do CDC que, além de estabelecer
a responsabilidade objetiva dos prestadores de serviço, distribuiu de maneira própria o ônus da
prova:
Vale ressaltar que o Requerente juntou aos autos os documentos e provas que lhes
são possíveis produzir, pelo que pugna a este juízo que seja observado a regra trazida pelo art.
6º do CDC, a seguir:
Nesse contexto, é importante ressaltar que além dos dispositivos legais acima expostos,
pode–se ainda fundamentar o caso em tela no art. 927 do CC em que trata no seu texto legal o
que se segue: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência,
violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”.
A indenização dos danos puramente morais representa punição FORTE e
EFETIVA, bem como ao desestímulo à prática de atos ilícitos, determinando, não só o Réu,
mas, principalmente, a outras pessoas, físicas ou jurídicas, a refletirem, se policiarem, vigiar os
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atos comerciais para não causar prejuízo a alguém. E, segundo o art. 5º, X, da CRFB/88 – “São
invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
E, neste sentido, acerca da aplicação do DANO MORAL, vem decidindo os Tribunais:
Dessa forma, tendo em vista que a Ré violou princípios basilares do Código de Defesa
do Consumidor, sendo eles o princípio da boa-fé, confiança e informação, causando um
transtorno para o Autor, requer indenização MORAL no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
em respeito aos princípios constitucionais da proporcionalidade e razoabilidade, por ser
medida legal e reparadora, paralelo ao que vem sendo forçadamente submetido o Autor.
4. DOS PEDIDOS
a) A Concessão dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do artigo 98, do
Código de Processo Civil (CPC), por ser o Autor pessoa pobre na acepção legal do termo, com
isenções de custas despesas processuais e ônus sucumbenciais porventura existentes;
b) A Inversão do ônus da prova, haja vista a hipossuficiência técnica e econômica do
Requerente;
c) A Citação da Requerida no endereço supramencionado para que possa exercer o seu direito
de resposta, sob pena de revelia;
c) A Condenação da Requerida ao pagamento referente à:
c.1) RESTITUIÇÃO DO VALOR, EM DOBRO, referente à COBRANÇA
INDEVIDA, perfazendo o montante de R$ 837,08 (oitocentos e trinta e sete reais e
oito centavos);
c.2) INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, no valor de 20.000,00 (vinte mil
reais), em respeito aos princípios constitucionais da proporcionalidade e razoabilidade,
nos termos da causa de pedir, pelo que vem sendo submetido o Autor;
d) A Juntada dos documentos anexos.
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Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito,
notadamente depoimento pessoal dos representantes das requeridas, documental, sem
prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis para o deslinde do feito.
Dá-se à causa o valor de R$ 20.837,08 (vinte mil, oitocentos e trinta e sete reais e oito
centavos) para fins de alçada e de direito.
Termos que,
Pede e espera deferimento.
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