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Dupla: 06003414 - Hilgner Brito e 06006314 - Gabriel Coelho

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE


SÃO PAULO ....

AUTORA, BIANCA BIANCARDI, brasileira, solteira, digital influencer, portadora do RG nº 01.234.567-


89 , inscrita no CPF sob o nº 123.456.789-10, residente e domiciliado na Rua, Cidade de São Paulo,
São Paulo, Brasil, endereço eletrônico bruna.biancardi@gmail.com, neste ato representadas pelo
advogado que esta subscreve, com procuração anexa, endereço profissional à Rua, na cidade de São
Paulo, São Paulo, vêm, perante Vossa Excelência, com o devido respeito e vênia, embasando-se nos
arts. 186 e 927 do Código Civil, bem como art. 5º, X, CRFB/88 e art. 6º, inciso VIII, 14, 17 do CDC e
demais dispositivos aplicáveis propor a presente:

AÇÃO REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

Em face de, ENEL, pessoa jurídica de direito privado, portadora do CNPJ: 02.12345/0001-62, cujo
endereço Rua Martiniano de Carvalho, 851, 13º andar, Bela Vista, CEP 98765-000, na cidade de São
Paulo– SP, pelos fatos e fundamentos a serem expostos.

DOS FATOS
A autora Bianca Biancardi, residente no estado de São Paulo, trabalha como “Digital Influencer”
profissão na qual requer constantemente o acesso a iluminação e internet pois além de serem
necessidades gerais da sociedade e um serviço na qual a mesma contratou, utiliza deles como
instrumentos de trabalho, trabalho esse no qual por ser mãe solo a maior parte do tempo, provêm o
sustento de sua filha. Devido as constantes quedas de energia, Bruna se vê lesada por não conseguir
manter seus trabalhos na internet, além de que isso vem afetando constantemente a rotina de sua
filha por conta de ser um bebe e necessitar de alguns equipamentos elétricos para se manter como
por exemplo luz, mediante a isso a outorgante vem tentado constantemente contato com a empresa
porém a mesma não obteve sucesso pois ao ligar a empresa seus funcionários, professam palavras
de injúria ou apenas ignoram suas tentativas, Diante todos os transtornos envolvidos e os fatos
acima expostos, não vê outra saída senão a propositura da presente demanda.

DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR


O caso em análise trata-se de típica relação de consumo, onde destacam-se de forma nítida as
figuras de consumidor, fornecedor e produto/serviço. Tais figuras encontram-se elencadas no Código
de Defesa do Consumidor de forma respectiva, nos artigos 2º, 3º e § 1º, conforme expõe:

Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final.

Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.

§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração,


inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das
relações de caráter trabalhista.

Diante do exposto, estando evidente a relação de consumo, bem como a legitimidade das partes ,
deve a presente demanda ser regida pelo Código de Defesa do Consumidor.
DA ILICITUDE PRATICADA PELA REQUERIDA
Diante dos fatos anteriormente explicitados, percebe-se claramente a configuração do ato ilícito,
pois a ré age de ao contrário dos artigos previstos a baixo, sendo assim lesando a requerente:

Art. 6, X do CDC consigna que é direito básico do consumidor a adequada e eficaz prestação dos
serviços públicos em geral.

Art. 4º do CDC estabelece a política nacional das relações


de consumo, cujo objetivo é atender às necessidades dos consumidores, respeitando a sua dignidade,
saúde e segurança, providenciando a melhoria de sua qualidade de vida.

Dessa forma, patente o dever de indenizar da Requerida, pois de acordo com o exposto, ante a
existência do ato ilícito, e seguindo os ditames do artigo 927 do Código Civil, temos que:

“Art. 927 Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”

Diante do exposto, estando presentes os elementos ensejadores da responsabilidade cível, qual seja,
por omissão a ré vem causando dor e sofrimento a autora.

DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A responsabilidade civil visa reprimir o dano causado pelo agente em face do indivíduo lesado
material ou moralmente.

Vê-se que a responsabilidade civil apresenta duas espécies distintas, sendo a responsabilidade
subjetiva e a responsabilidade objetiva.

A responsabilidade civil subjetiva emana do ato ilícito, além de trazer a necessidade de caracterizar
como requisitos fundamentais a culpa, o dano e o nexo causal entre este e aquela.

No caso em tela, é evidente a existência da responsabilidade objetiva, como sendo aquela em que o
dano deverá ser reparado independente de culpa, conforme os ditames do parágrafo único do artigo
927 do Código Civil: "Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem."

O Código de Defesa do Consumidor dispõe ainda,

Diante do exposto, fica evidenciado o ato ilícito, a lesividade e a necessidade de reparar o dano, que
se dá independentemente da existência de culpa.

DOS DANOS MORAIS


A Constituição Federal vigente assegura em seu artigo 5º a garantia de reparação do dano moral em
seus incisos V e X, nos seguintes termos:

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


material, moral ou à imagem;

O Código de Defesa do Consumidor também ampara o consumidor que se viu lesionado por um
fornecedor de serviços, com a justa reparação dos danos morais e patrimoniais causados por falha
no vínculo de prestação de serviço, de acordo com o artigo 6º, inciso VI: “Art. 6º. São direitos básicos
do consumidor:
(...) - VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
difusos.”

Em assim sendo, indisputável a responsabilidade da ré pela interrupção do serviço, sendo evidente


ter agido com desprezo à consumidora e de modo abusivo, impondo-se, por conseguinte, a
obrigação de reparar o dano moral decorrente do desconforto e humilhação causados.

A questão suscitada apresenta entendimento pacificado no repertório jurisprudencial de nossos


Tribunais, abaixo transcritos:

Faz-se imperioso destacar que o dano moral deve atender a alguns objetivos precípuos, quais sejam:
a) ressarcir os prejuízos morais decorrentes da violação de um bem jurídico tutelado; b) coibir, punir
e prevenir a prática reiterada de comportamentos deste gênero por parte do infrator, que agem de
forma contrária à legislação e aos consumidores, prestando-lhes um serviço incompatível com o a
fragilidade que é inerente à parte mais VULNERÁVEL da relação de consumo.

Diante de todo o exposto, pugna a Requerente pelo pagamento de R$ ou o valor que V.Exa.,
julgar necessário a Autora não inferior á R$ 10.000,00 (dez mil reais), a título de danos morais,
atentando-se à tríplice função do dano, ressarcindo, punindo e prevenindo.

DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS (Art. 85, CPC/15)


O Novo Código de Processo Civil, em seu art. 85 e seguintes, dispõe acerca dos honorários
sucumbenciais, nos exatos termos: “A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao
advogado vencedor”.

Tendo em vista que os honorários correspondem aos alimentos do advogado, é de suma importância
enaltecer esta questão antes de adentrar ao mérito questionado.

Pugna, portanto, que a empresa ré seja condenada ao pagamento de honorários sucumbenciais ao


procurador das Requerentes.

DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
A Requerente manifesta-se favorável à audiência de conciliação, o que faz com fulcro nos artigos
319, VII, combinado com artigo 334, do Código de Processo Civil, requerendo desde já a designação
de data para o ato conciliatório.

DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, requer:

-O recebimento e processamento da presente demanda;


-A citação da Ré no endereço informado, para comparecer a audiência de conciliação que será
designada e, caso queira, responder no prazo legal, sob pena de revelia e confissão;
-Designação de audiência de conciliação, com fulcro ao artigo 334 do Código de Processo Civil;
-Sejam julgados procedentes os pedidos, para condenar a Ré ao pagamento do montante
correspondente á R$ 10.000,00 ou o valor que V.Exa., arbitrar não inferior á R$ 10.000,00 (dez mil
reais) a --Autora, a título de danos morais, atentando-se à tríplice função do dano, ressarcindo,
punindo e prevenindo.
-A produção de todos os tipos de provas cabíveis, em especial a prova documental, depoimento
pessoal da Ré, oitiva de testemunhas e todas as outras provas que se fizerem necessárias à busca da
verdade;
-E por fim, pugna pela condenação da Ré ao pagamento de honorários sucumbenciais em 20% (vinte
por cento) conforme dispõe o art. 85, dada a natureza da causa e o trabalho desenvolvido, nos
termos do caput do Código de Processo Civil.
XI – DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$10.000,00 (dez mil reais).

Termos em que, pede deferimento. SÃO PAULO – SP, 09 de NOVEMBRO de 2023.

ADVOGADO OAB/SP 123.456

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