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DANOS MORAIS
DOS FATOS
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Desta feita, provocado pela inércia da requerida e pela má prestação dos seus serviços,
o requerente certamente será obrigado aguardar o prazo estipulado pela empresa
VIVO S A, de forma suprir às suas necessidades e de atenuar a omissão da contratada.
O prejuízo causado ao requerente é cristalino, eis que está sendo privado de utilizar os
serviços contratados, em razão da péssima qualidade do serviço de internet. Feitas
essas referências e, apesar de ambos os serviços, é inequívoca a culpa atribuída à
Empresa Promovida, restando-nos pelo reconhecimento dos danos morais e materiais
suportados pelo requerente, tudo em sintonia com a melhor doutrina e jurisprudência.
Portanto, nas razões acima explanadas, bem como na exposição jurídica que se segue
vem o requerente pleitear indenização por danos morais e materiais.
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DOS DIREITOS
"Art. 4°: A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento
das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a
proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem
como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios:
(...)
O requerente é pessoa de boa-fé, possui conduta ilibada e honesta que sempre arcou
assiduamente com as suas mensalidades para com a antiga prestadora de serviços de
acesso à internet VIVO S A, em contrapartida, a requerida se comprometeu que o
requerente poderia cancelar os serviços e contratar sua empresa que ficaria
satisfatório com o acesso à rede mundial de internet, sob os termos estipulados pela
ANATEL , porém, o que ocorre é que a acionada deixou de cumprir com sua obrigação
de fornecer um serviço de qualidade desde a instalação dos serviços.
1. A velocidade da conexão não deve ser inferior a 40% da velocidade que foi ofertada
ao cliente, no caso em epígrafe a internet mínima entregue a parte autora não chegava
nem a 30% da velocidade contratada, conforme comprovado em testes anexos.
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de 7 de março de 2014, estabelece em seu art. 3°, I, que os consumidores dos serviços
abrangidos por este regulamento tem direito o acesso e fruição dos serviços dentro
dos padrões de qualidade e regularidade previstos na regulamentação, e conforme as
condições ofertadas e contratadas, senão vejamos:
Art. 3° O Consumidor dos serviços abrangidos por este Regulamento tem direito, sem
prejuízo do disposto na legislação aplicável e nos regulamentos específicos de cada
serviço:
Dessa forma, não há o que se falar em multa de fidelidade do caso em apreço, tendo
em vista que a requerida descumpriu a obrigação contratual.
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É correto que, antes mesmo do direito à indenização material e moral ter sido erigido à
categoria de garantia constitucional, já era previsto em nossa legislação
infraconstitucional, bem como, reconhecido pela Justiça.
O valor a ser arbitrado a título de indenização por dano moral compete ao prudente
arbítrio do magistrado, que de acordo com os parâmetros preconizados pela doutrina
e jurisprudência, quer sejam: ato ilícito, extensão do dano, e situação econômica das
partes, estabelecerá o valor a ser indenizado, ou seja, pago pelo agente causador do
dano.
No mesmo sentido, o art. 6 , inciso VI , do CDC , expõe que são direitos do consumidor
"a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos
e difusos". Dessa forma, frente aos ditames legais e aos fatos narrados, é claro o dever
da requerida em indenizar a autora. E quanto a este dever legal, assim leciona o
saudoso professor da Universidade de São Paulo, Nome (Curso de Direito Civil. 1a ed.
Rio de Janeiro: Forense, 1994, p. 561):
Sobre o caso, não se pode aceitar que a má prestação do serviço de forma contínua
seja um mero aborrecimento do cotidiano como as operadoras de sinal de internet
costumam argumentar. Em circunstâncias como a relatada, o transtorno, o incomodo
exagerado, o sentimento de impotência do requerente diante da requerida e do seu
agir abusivo e ilícito, extrapola os limites do aceitável como aborrecimento do
cotidiano e caracteriza, sem dúvidas, o dano pessoal, justificando, portanto, a
indenização.
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"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito".
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo".
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Com relação ao efetivo pagamento, leciona Nome (2005, p. 546) que "[...] para ter
direito a repetir o dobro, é preciso que a cobrança seja indevida e que tenha havido
pagamento pelo consumidor".
Nesse mesmo sentido, é de suma importância trazer a baliza uma apelação, onde
estabelece que a cobrança de multa por fidelidade é indevida, entendimento da
Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS da Relatora: Munira Hanna,
vejamos:
DO PEDIDO
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a) A concessão do benefício da justiça gratuita, uma vez que, o requerente não possui
meios para arcar com as custas do processo. Fundamenta seus pedidos nos artigos 98
e seguintes do CPC e art. 5° , LXXIV da Constituição Federal ;
Requer provar a veracidade dos fatos aqui alegados por todos os meios de provas em
direito admitidos, especialmente prova testemunhal com o depoimento pessoal do
representante legal da requerida.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Nome S ALMEIDA
00.000 OAB/UF