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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO II JUIZADO ESPECIAL CIVEL DO

FÓRUM REGGIONAL DE SANTA CRUZ DA COMARCA DE SANTA CRUZ RIO DE JANEIRO/RJ

RENOWN DE OLIVEIRA MATTOS, brasileiro, solteiro, profissão estudante, portador da cédula


de identidade RG. 28.983.380-8, DETRAN/RJ. Inscrito no CPF/MF. Sob o nº . 143.208.857-24,
Residente e Domiciliado na Rua Jardim Paulista, 663-B, Sepetiba, CEP. 23.535-350, Rio de
Janeiro/RJ, vem mui respeitosamente representado por, seu advogado abaixo assinado, com
endereço a Rua Alicio Simeão, 180, sepetiba, CEP. 23.535-120, Rio de Janeiro/RJ. onde recebe
intimação e notificação, vem mui respeitosamente a Ilustre presença de Vossa Excelência
propor a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER


COM COMPENSAÇÃO POR DANOS
MORAIS E MATERIAIS

Em face de ITAÚ UNIBANCO HOLDING CARTÔES DE CREDITO, S.A. Pessoa jurídica de direito
privado inscrito no CNPJ, sob o n 60.872.504/0001-23, com endereço a Praça Alfredo Eggydio
de Souza Aranha n 100, Torre Olavo Setúbal, Parque Jabaquara, CEP. 20.080-002, Rio de
Janeiro/RJ. - Pelos Fatos e Fundamentos a seguir:

I-DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:


Inicialmente, afirma para os devidos fins do art. 4º da lei 1060/50, com a redação dada pela Lei
nº 7.510/86, que não possui recursos financeiros para arcar com as custas do processo e
honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, pelo que indica
para assistência judiciária o advogado SIDNEI BATISTA OABRJ, 96.618

II-DO FORO COMPETENTE:

I- Não há que se alvidar a cerca da competência desse fórum de Santa Cruz, para processar e
julgar a presente demanda,uma vez que a hipótese dos presentes autos, indiscutivelmente,
trata de relação de consumo, devendo, portanto, ser disciplinada pela Lei 8.078/90, a qual por
sua vez determina: Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
VII- O acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vista á prevenção ou reparação de
danos patrimoniais e morais, individuais, coletivas, ou difusas asseguradas á proteção jurídica,
administrativa e técnicas aos necessitados:
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil, do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo
do disposto nos Capítulos I e II, deste Titulo, serão observadas as seguintes normas;
(...)-A ação pode ser proposta no domicilio do autor;
Além do que o contrato firmado o entre as partes classifica-se como de indicado, o que
significa dizer a que as clausulas contratuais foram pré-estabelecida pelo fornecedor, de
produtos e ou serviços, sem a possibilidade do consumidor, ora aderente, discutir seus
conteúdos, havendo, desse modo, uma enorme restrição a sua autonomia da vontade neste
particular, já que o foro de eleição indicando no negocia jurídico, na verdade traduz, tão
somente, a vontade expressa do fornecedor, sem a oitiva do consumidor;
Resta, pois, claro a competência do fórum Regional de Santa Cruz, para processamento e
julgamento da presente demanda, uma vez que o consumidor que é as partes hipossuficiente
na relação de consumo abaixo indicado, ora, autora, e domiciliado na XIX, Região
Administrativa, portanto, nos bairros que integram a competência territorial desse fórum.
OBS> : São diversas tentativas na finalidade de resolver os conflitos e perccebendo o
derrespeito causados pela parte ré e as UMILHACOES

III-DOS FATOS

Trata-se de relação de consumo entre as partes que de um lado o autor que por sua vez é a
parte de menor recurso da relação como se ver em documento anexo, e do outro lado a
parte ré que é a de maior recurso da relação.
Cabe relatar que o autor nunca foi cliente da ré e que jamais teve qualquer tipo de relação de
serviço sendo assim o autor surpreendido ao receber da ré alguns documentos lhe informando
ter entre eles uma relação de prestação de serviços o mesmo até o presente momento não lhe
apresentou uma informação correta para a solução do conflito é importante que saiba que
este problema esta ocasionando transtorno em sua vida pessoal por culpa do da ré.
Salienta também que as cobranças vem ceando constantemente e quando o autor entra em
contato com a parte ré percebe que não obrem informação que lhe satisfaça, é certo informar
que o autor também recebeu em sua residência o cartão do BANCO ITAU, ”VISA PLATINUM”, o
número do cartão 4901.4403.6172.7191, “ iupp Itaú “ com validade até setembro de 2028,
CNV 857, agencia 7722 conta corrente 36976-1, “debito e credito” conforme xerox na exordial,
comunica o autor que devido a situação o mesmo vem sendo prejudicado por falta de respeito
e por arbitrariedade da ré em incluir o seu nome nos serviços de proteção ao credito “SPC e
SERASA).
Comunica mais ainda o autor que por duas vezes foi dispensado de serviço por seu nome esta
inserido no sistema de proteção ao credito e por conta desta arbitrariedade sem ter solicitado
os serviços da ré e percebendo o descaso a falta de interesse em solucionar o conflito, cabe
informar mais que as humilhações proporcionadas pelo comportamento da ré são bastantes
constrangedores e humilhantes sem alternativa o autor então procurou a justiça para a
solução do conflito.
Em virtude deste impasse, a autora, inconformada com total, inobservância de cautelar por
parte da ré, invoca a tutela jurisdicional do Estado para regularizar sua situação junto ao
DIREITO DO CONSUMIDOR, com a concessão de TUTELA ANTECIPADA, para que a ré , no prazo
de 24 horas sob pena de multa diária, arbitrada por este juízo na forma do art. 273 do C C/C o
Art.84 da Lei 8.078/90, caracterizado pelo periculum in mora e fumus boni iuris.
Importante enfatizar que as situações ocorridas trouxeram ´
enormes constrangimentos para a parte autora, que se viu inesperadamente em uma situação
provocada por má-fé da parte ré, que ocasionou sérios transtornos, constrangimentos e
humilhações:
Requer, ainda, a procedência do pedido inicial para:
a)- Tornar definitivos os efeitos da tutela especifica pleiteada;
c)- Condenar a parte ré a cancelar o cartão de credito e debito, n 4901.4403.6172.7191, que
foi enviado a parte autora sem que a mesma solicitasse n prazo e orario determinado por
este MM.
d)- Condenar a parte ré a compensar inquestionáveis danos morais sofridos, em razão dos
constrangimentos, transtornos, humilhações experimentadas pela parte autora, a quantia de
40 (quarenta), salários minimos equivalente a R$ 48.480,00 (quarenta e oito mil quatrocentos
e oitenta reais), ex vi Art. 6º. Da Lcelarei 8.078/90, C/C, o art. 5º. Incisos V e X, da Constituição
Federal de 1.988.
IV- DO DIREITO
DA RELAÇÃO DE CONSUMO
A)- indubitavelmente a situação apresentada insere-se na sistemática da lei 8.078/90, eis que
se trata de uma relação jurídica de consumo, sendo certo que de um lado temos a figura do
consumidor na pessoa do requerente, e do outro o fornecedor de serviços, ora, réu, senão
vejamos: Art. 2º. O consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final: Art.3º. O fornecedor é toda pessoa Jurídica, privada,
nacional ou estrangeira, que desenvolve atividade de comercialização de produtos ou proteção
de serviços;
significa que o sentido literal da linguagem não deve prevalecer sobre a intenção manifestada
na declaração de vontade, Identificada a relação consumerista, certo é que as normas de
prestação e defesa do consumidor são cogentes, de interesse social e ordem constitucional,
daí a importância de se delimitar desde já a responsabilidade do fornecedor pelo fato do
serviço, nesse sentido, tendo em vista que a má-fé da empresa ré gerou para a parte autora
transtornos que ultrapassaram os limites cotidianos, caracterizando o dano material e moral,
responde o requerido nos termos do art. 14 da Lei 8.078/90.
Resta evidenciada a relação de consumo existente entre as partes, sendo a demandante
cliente da parte ré, é inaceitável a apelação dos dispositivos da lei consumerista.
Ademais, é cediço que o CDC, protege o consumidor não só na celebração e /ou execução do
contrato, mais também nas fases das tentativas, e o que não honrado pela parte ré uma vez
que não ofereceu segurança na prestação de seus serviços, infringindo as regras mais
comezinhas da Lei consumerista, a ser transcritas;
Art. 6º São direitos básicos do Consumidor:
A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento de produtos e serviços considerados perigos;
A educação e divulgação sobre consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a
liberdade de escolha e igualdade não contratações;
A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição, quantidade e preço, bem sobre os riscos
que apresentam;
A presente ação fundamenta-se no art.14 da Lei 8.078/90, (Código de Defesa do Consumidor),
que diz respeito ao fornecimento de serviço ao consumidor, sendo cristalino o seu preceito,
quanto a responsabilidade objetiva do fornecedor.
Art. 14- O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços...
Insta acrescentar que, em termos de responsabilidade objetiva, há de verificar se existe nexo
causal entre a conduta do agente e danos. Inegável que os danos morais decorram da má
prestação dos serviços disponibilizados pela empresa ré vez que infringiu os princípios da boa-
fé, da confiança, da dignidade do consumidor, dentre outros, que devem reger quaisquer
relações obrigacionais, consumeristas.
Parágrafo Único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção ao
monetário e juros legais.
Sem mencionar que o contrato celebrado entre as partes se trata de contrato de adesão, nos
exatos termos do art. 54 caput, do referido diploma legal a seguir transcrito, significando dizer
que o consumidor, ou aderente, apenas manifesta sua vontade ou que se refere a celebrar ou
não o contrato, sendo certo que da demais clausula são fixadas de forma unilateral pelo
fornecedor, sem possibilidade de discussão sobre o seu conteúdo, tal como a taxa de juros, a
forma de pagamento dentre outras.
Art. – contrato de adesão é aquele cujas clausulas tenham sido aprovadas pela autoridade
competente ou estabelecias unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem
que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
No que se refere o dano moral, dispõe a Constituição Federal em seus artigos, 1º e 5º in verbis
que:
Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela União Indissolúvel do Estado e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de direito como
fundamentos
III- a dignidade da pessoa humana;
5º- do artigo todos São Iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no pais a inviolabilidade do direito à vida, à
igualdade, à segurança e á propriedade, nos termos seguintes:
V-“É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral à ou imagem”.
Ademais a defesa do consumidor, além de integrar o rol dos direitos fundamentais, foi alçada á
categoria de princípio norteador da ordem econômica:
“Artigo-170.A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:
VI- Defesa do consumidor
Ocorre que os princípios constitucionais não constituem simples ideias gerais e abstratas, de
pouca densidade ou exigibilidade:
A)- DA BOA FÉ:
O Princípio da boa-fé que deve fundamentar todos os contratos, quer com base na relação de
consumo, quer nos contratados da natureza civil, destaca-se o entendimento do ilustre
professor REGIS FHTNER PEREIRA, In’’ A responsabilidade civil pré= contratual’’, Ed. RENOVAR,
2001, p. 199. a seguir transcrita.
“No que respeito a responsabilidade civil pré-contratual, a lei do consumidor brasileiro
preencheu as relações de algumas lacunas existentes ao Código Civil, à começar por exigir o
princípio da boa Fé como básico para toda e qualquer relação de consumo, conforme se pode
ver de seu art.4º III.Verbis” ...
Art.4°-A política Nacional das relações de consumo tem por objetivo o atendimento das
necessidades dos consumidores, o respeito á sua dignidade, saúde e segurança, a proteção dos
seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e
harmonia das relações do consumo, atendidos os seguintes princípios:
Harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da
proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de
modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica do art.170, da
constituição Federal, sempre com base na Fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e
fornecedores “.
Outro entendimento a ser ressaltado, no que tange ao princípio da boa-fé e ao elemento
vinculante da oferta, é da oferta, é do insigne doutrinador NELSON NERY JUNIOR, in “Código
Brasileiro de Defesa do Consumidor”, Forense Universitária 7ªEd.2001, p.450/451, que ensina:
‘’No sistema brasileiro das relações de consumo, houve opção explicita do legislador pelo
primado da boa-fé com a menção expressa do art.4º nº III, do CDC, a boa-fé é equilíbrio nas
relações entre consumidores e fornecedores, como princípio básico das relações do consumo
–além da proibição das cláusulas que sejam incompatíveis com a boa Fé ou
equidade( art.51,nº IV)=, o micro sistema do direito das relações de consumo
está inconformado pelo princípio geral da boa-fé , deve reger toda e qualquer espécie de
relação de consumo, de negócio jurídico de consumo , de contrato de consumo,etc.”
“Qualquer que seja a forma de veiculação dessa oferta, hão dever de prestar, vale dizer, de
realizar o contrato de consumo nos termos e nas condições constantes da oferta. Assim, por
exemplo, as informações ou publicidades sobre prelos e condições de produtos colocados em
vitrines, ofertas anunciadas em jornais, revistas, rádios, revisões, outdoors, cinemas por
telefax, computadores, correios, cardápios de restaurante catálogos, listas de preços iguais de
compras, prospectos, panfletos, vitrines etc.”.
“A lealdade da informação e a publicidade sobre produtos e serviços que serão objetos de
futuro contrato de consumo tem no princípio da boa-fé seu fundamento maior. Tem-se, ainda,
o sentido teleológico respeita o da norma, no que respeita às práticas comerciais, que é o da
informação e publicidade com responsabilidade”.
“Sobre o tema em destaque, deve ser apresentado o entendimento da douta professora
CLAUDIA LIMA MARQUES, in “contratos no Código de Defesa do Consumidor”, Ed. Revista do
Tribunais, 4ª Ed.p. Do 638, que esclarece.
“Na visão tradicional, o empresário ou seu preposto prestaria várias informações para o
consumidor sobre o produto a ser adquirido, sobre as formas de pagamentos, os eventuais
acréscimos, juros fretes, etc., mas estaria as partes agindo na fase pré-contratual, preliminar
de negociações, e, por tanto, não Vinculativas. Agora, o CDC amplia a noção de oferta do art.
30, inclui todas as informações suficientemente precisas, mas principalmente, regula a fase
pré-negocial, no art.48 do CDC, o brilhante professor e saudoso LUIZ ROLDÃO DE FREITAS
GOMES, in “contrato”, Ed. Renovar, 1999, p. 47, também saudoso ORLANDO GOMES, explica
que o conceito contratual e a consequência do princípio da boa-fé.
“Empresta-se ainda ao princípio da boa-fé outro significado “para traduzir o interesse social da
segurança relação jurídica, diz-se, como está expresso no Código Civil Alemão, que as partes,
em padrão objetivo de comportamento e, concomitantemente, um critério o internacional do
indivíduo, exprimindo um estado ou situação de espírito que envolve o convencimento ou
consciência de ter um comportamento em conformidade com o direito.
O Código de Defesa do Consumidor se propõe, em seu escopo maior, a restringir e regular,
através de normas imperativas o espaço antes reservado totalmente para autonomia da
vontade, BOA-FÉ OBJETIVA E INSTUINDO COMO VALORES A BOA FÉ OBJETIVA E A EQUIDADE
CONTRATUAL, sendo certo que tais princípios são aplicáveis não só às relações de consumo,
mas também em todas as relações contratuais, estando, inclusive o princípio em tela previsto
expressamente no Código Civil em seu art. 422.
Dentro deste prisma, foi introduzido em nosso sistema legal um novo conceito contratual,
onde é necessário o intervencionismo estatal fiscalizador das relações contratuais em geral,
através de disposições de ordem pública abandonando a visão tradicional da autonomia da
vontade como baliza dos termos do contrato, transferindo ao Poder Judiciário a relevante
função de estabelecer o equilíbrio contratual ao controlar cláusulas abusivas, mormente as
impostas em contratos de adesão, tudo como armas para o entendimento do objetivo da
Política Nacional de Relações de Consumo na prestação dos interesses econômicos.
B)- DO DANO MORAL
Assim é correto dizer que as tentativas tentadas frustradas de resolução amigável do conflito,
aliadas ao desrespeito à pessoa do consumidor, que acabou por gerar indignação e o
transtorno que superam os aborrecimentos comuns e diários. Diante disto irrefutável a
ocorrência do dano moral, sendo certo que o consumidor estava sendo lesado, até porque a
situação em tela é de inquestionável clareza quando à abusividade e ilegalidade da cobrança.
Totalmente cabível, no caso o exame, a compensação dos danos morais sofridos pela parte
autora. Nas irretocáveis palavras do PONTE DE MIRANDA: “nos danos morais a esfera ética da
pessoa é que é ofendida. O homem possuindo essa esfera ética e sendo titular de direitos
compõe a sua personalidade, direitos que por motivos não são patrimoniais, mas morais, que
envolvem valores pessoais, sentimentos, não pode simplesmente que esta esfera ética estes
seus direitos sejam feridos, violados, sem que exista uma devida e justa reparação.
O dano moral é, portanto, entendido como todo sofrimento humano que não é causado por
uma perda pecuniária, devendo ser ressarcido independentemente de qualquer repercussão
sobre o patrimônio do prejudicado, na medida em que a lei, ao se referir a danos, não faz
distinção entre espécies.
O Código de Defesa do Consumidor em seu art. 6º, VI, elenca como direito básico co
consumidor “a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivas e difusas”.
Na lição do desembargador SERGIO CAVALIERI FILHO;
a)- O dano moral é aquele que atinge os bens da personalidade, tais como a honra, a
liberdade, a saúde, a integridade psicológica, causando dor, sofrimento tristeza, vexame,
humilhação á vítima (...), também se incluem nos novos direitos das personalidades os
aspectos de sua vida privada, entre eles a sua situação econômica.
b)- Vários, pois, são os entendimentos acerca do dano moral, mas o cerne está na angustia
excessiva, nos transtornos capazes de alterar sobremaneira o psiquismo de cada ser humano,
na dor, no sofrimento, dentre outros sentimentos que dificultam o alcance de um conceito
uno e inflexível. Daí dizer-se que o dano dessa natureza não pode ser mensurado, mas sim
amenizado através de reparação pecuniária, com a observância de que quantum debateu não
deve ser alto a ponto de provocar o enriquecimento ilícito, tampouco irrisório, capaz de surtir
qualquer efeito punitivo, educativo.
c)- Desse modo, deve o pedido ser julgado procedente, condenando a requerida à
compensação dos danos morais experimentados pela autora a serem fixados em quantia
equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos vigentes no país, atualmente no valor de R$
35.200,00 (trinta e cinco mil e duzentos reais).
C)- DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA.
Por derradeiro, tem-se, que as considerações, feita no decorrer da exordial, evidenciam a
presença de provas inequívoca equivalente e da verossimilhança das alegações no que
concerne à violação as normas do Código de Defesa do Consumidor, e da Constituição da
Republica de 1988.
Assim sendo demonstrado se encontram os requisitos autorizadores da antecipação da tutela
jurisdicional, prevista no art. 84, § 3º do Código de Defesa do Consumidor, bem como o art.
273, do Código de Processo Civil, haja vista a verossimilhança da alegação e o perigo de dano
irreversível em razão do não atendimento à parte autora.
O Código de Defesa do Consumidor prevê:
Art. 84. Nas ações que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o
juiz concederá a tutela especifica da obrigação ou determinara providencia que asseguram o
resultado prático equivalente ao do adimplemento.
“§, 3º, sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia
do provimento final, é licito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia,
citado o réu.
“§, 4º, O juiz poderá, na hipótese do §, 3º, ou na sentença, impor multa diária no réu,
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.
VI- De acordo Com o art. 6º, VI, da Lei. 8.078/90, é cabível o benefício legal, da inversão do
ônus da prova, seja facilitação pela hipossuficiência técnica seja pela verossimilhança das
alegações.
Art. 6º São direito básicos do consumidor:
VIII- a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossimilhança, a alegação ou quando
for de hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência...
Dessa forma e com base nos argumentos jurídicos ora apresentados, vem o autor apresentar-
se ao judiciário na expectativa de ver seus direitos, os quais, como se pode demonstrar, são
sistematicamente violados.
Significa que o sentido literal da linguagem não deve prevalecer sobre a intenção manifestada
na declaração de vontade, ou dela inserível”.
“Empresta-se ainda ao princípio da boa-fé outro significado” para produzir o interesse social
da segurança relações jurídicas, diz-se, como está expresso no Código Civil Alemão, que as
partes, em padrão objetivo de comportamento e, concomitantemente, um critério normativo
de sua valoração ao passo que, no subjetivo, reporta-se ela a um elemento.
D)- DOS PEDIDOS
Pelo Exposto Requer a Vossa Excelência o que segue:
a)- a concessão dos Benefícios da Gratuidade de Justiça;
b)- a concessão da tutela jurisdicional antecipada, com base no art. 273 do CPC, e o art. 84 da
Lei 8.078/90, para no prazo de 24 horas, sob pena de multa diária a ser arbitrada por este
juízo, caracterizado pelo periclulum in mora e fumus boni iuris;
c)- a inversão do ônus da prova em favor da parte autora, com base na formado enunciado
no art. 6º, VIII, da Lei 8.078/90;
d)- Condenar a parte ré a cancelar o cartão n 4901.4403.6172.7191, com vencimento
setembro de 2028, e conta corrente, 36976-1, agencia 7722, de credito e debito. Lei. 8.078/90;
e)- a citação da parte ré através de seu representante legal p O ara querendo contestar, no
prazo legal, o presente feito, sob pena da revelia;
f)- a designação de audiência de conciliação, instrução e julgamento, intimação das partes;
g)- Condenar a parte ré a cancelar os valores acostado ao cartão em seu nome e condenar a
parte re ao dano que lhe vem sendo causado.
h)- a procedência do pedido inicial para tornar definitiva a tutela antecipada concedida;
i)- condenar a parte ré a trocar a cama objeto da demanda ou devolver o valor pago em
dobro.
j)- Condenar a parte ré a compensar inquestionáveis danos morais sofridos, em razão dos
constrangimentos, transtornos, humilhações experimentadas pela parte autora, a quantia
de 40 (quarenta), salários minimos equivalente,
Dá-se o valor da causa a quantia de 40 (quarenta), salários minimos equivalente a R$
48.480,00 (quarenta e oito mil quatrocentos e oitenta reais), ex vi Art. 6º. Da Lcelarei 8.078/90,
C/C, o art. 5º. Incisos V e X, da Constituição Federal de 1.988.

Rio de Janeiro, 02 de abril de 2022.

__________________________________________________
SIDNEI BATISTA
ADVOADO
OABRJ. 96.618

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