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Diário Oficial Coronel Fabriciano

Poder Executivo
Ano 2019 Coronel Fabriciano, terça - feira, 30 de abril de 2019 Número 986

EDITAIS

PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Nº 35/2019

A Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano, através da Gerência de Gestão de Pessoas, convoca os


candidatos descritos abaixo, APROVADOS no PROCESSO SELETIVO 02/2018, para comparecerem a esta
Gerência, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar da publicação do ato de provimento, munidos dos
documentos e resultados dos exames clínicos descritos no edital. O não comparecimento do interessado
implicará desistência da convocação.

CANDIDATO CARGO COLOCAÇÃO

LUCAS VELOSO DOS SANTOS OFICIAL ESPECIALIZADO/ELETRICISTA 1°

FERNANDO MARTINS SANTOS SIMAN OFICIAL ESPECIALIZADO/ELETRICISTA 2°

PLÍNIO JOSÉ DRUMOND MARTINS OFICIAL ESPECIALIZADO/ELETRICISTA 3º

Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano, 30 de Abril de 2019.

Elenice Barcelos de Assis Ferreira


Gerência de Gestão de Pessoas

RUA DOUTOR QUERUBINO, 423 – CENTRO-CORONEL FABRICIANO-MG / FONE: (031) 3846-7067 – CNPJ 19875046/0001-82

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EDITAL DE NOTIFICAÇÃO
Para fins do artigo 2º da Lei 9452 de 20/03/1997 ficam notificados todos os interessados que foram liberados os seguintes
valores ao Município de Coronel Fabriciano MG.
ORIGEM VALOR DATA DE LIBERAÇÃO
FUNDEB R$ 7.346,10 29/04/2019

Secretaria de Governança Financeira e Orçamentária - SGFO

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EXTRATOS

EXTRATO DO TERMO DE ADITAMENTO Nº 01/19 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE


SERVIÇOS Nº. 522/2017 PROCESSO Nº 874/2017 PREGÃO PRESENCIAL Nº 150/2017
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO E AR WEB SISTEMAS EIRELI.
1.CLÁUSULA PRIMEIRA – DA ALTERAÇÃO DA RAZÃO SOCIAL.1.1. Pelo presente
instrumento e por acordo entre as partes, fica alterada a RAZÃO SOCIAL da empresa, AR WEB
LTDA ME, para, AR WEB SISTEMAS EIRELI, mantendo o mesmo CNPJ. Junto a alteração do
quadro societária, é retirada a sócia a Sra. JANICE AMARANTE MEDEIROS CANDIDO, inscrita
no CPF sob o n° 032.033.726-06 sendo desde o dia 20/03/2019 o único sócio o Sr. EMERSON
WAMBERTE CÂNDIDO, inscrito no CPF sob o n° 033.148.076-00.

EXTRATO DO TERMO DE ADITAMENTO Nº 02/19 CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMOVEL Nº.


031/2018 PROCESSO Nº 023/2018 DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 004/2018 PREFEITURA
MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO E DIOCESE DE ITABIRA / JS IMOVEIS EIRELI.
1.CLÁUSULA PRIMEIRA – DO REAJUSTE E DO VALOR DO ADITIVO.1.1.O valor do contrato
passa a ser de R$ 7.337,50 (sete mil, trezentos e trinta e sete reais e cinquenta centavos)
mensal, a partir de 23/02/2019, alterado com o reajuste IGPM de 6,75%, 1.2.O referido reajuste
alterou apenas o valor inicial de R$ 5.000,00 (cinco mil reais - referente à locação de 08 salas do
imóvel, incluindo hall de circulação dois banheiros coletivos (um masculino e um feminino)
situado na Rua Dr. Querubino, 342, Centro, Coronel Fabriciano, MG), para o importe de R$
5.337,50 (cinco mil, trezentos e trinta e sete reais e cinquenta centavos) mensal no período de
23/02/2019 A 23/02/2020.

EXTRATO DO TERMO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Nº 054/2019


PROCESSO DE COMPRA Nº 040/2019 TOMADA DE PREÇO Nº 003/2019, PROCESSO
LICITATÓRIO 037/2019 PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO E URBANOS
CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - ME. CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO.1.O
objeto do presente contrato é contratação de empresa, por menor preços global e sob regime de
empreitada global, com medições unitárias, fornecimento de mão de obra, materiais e
equipamentos para reforma da Central de Material e Esterilização - CME do Hospital Dr. José
Maria Morais, de Coronel Fabriciano, em atendimento a Secretaria Municipal de Saúde.
Recursos Transferências de Recursos do Fundo Estadual de Saúde conforme Planilha
Orçamentária, Composição de Preço Unitário, Cronograma Físico – Financeiro e Memorial
Descritivo, que integram contrato, nos termos do Edital da Tomada de Preços nº 003/2019, a que
corresponde este pacto. CLÁUSULA QUARTA - DO PRAZO.4.1. O prazo do contrato será de 90
(noventa) dias, contados a partir da assinatura do contrato e a execução dos serviços será pelo
mesmo prazo, contados a partir do recebimento da Ordem de Serviços, podendo tais prazos
serem prorrogados por iguais períodos nos termos do art. 57 da Lei 8.666/93.CLÁUSULA
QUINTA - DO PREÇO.5.1. O preço global para a execução dos serviços objeto deste contrato é
o apresentado pela CONTRATADA, devidamente aprovado pelo CONTRATANTE, o qual totaliza
o valor de R$ 82.805,76 (oitenta e dois mil, oitocentos e cinco reais e setenta e seis
centavos).5.3. A despesa decorrente deste instrumento correrá pela seguinte DOTAÇÃO
ORÇAMENTÁRIA do orçamento vigente ou por outras dotações do mesmo programa para o
orçamento vindouro: 01.14.30.10.302.0030.1338.4.4.90.51.00 – Fonte 155 – Ficha 894.

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EXTRATO DO TERMO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Nº 055/2019
PROCESSO DE COMPRA Nº 117/2019 INEXIGIBILIDADE Nº 005/2019, A PREFEITURA
MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO E LOPES & CIA LTDA. 1. CLÁUSULA PRIMEIRA
– DO OBJETO.1.1. O presente contrato tem como objeto o fornecimento de vale transporte
que serão destinados para os servidores que residem na Cidade de Antônio Dias, em
atendimento a Secretaria de Governança de Controle, Gestão e Transparência.2.CLÁUSULA
SEGUNDA – DO PRAZO .2.1. O prazo de vigência deste Contrato será de 12 (doze) meses a
partir da data de sua assinatura. 4.CLÁUSULA QUARTA - DO PREÇO .4.1.O preço global para
o fornecimento dos vales-transporte é de R$ 30.360,00 (trinta mil trezentos e sessenta
reais).5.CLÁUSULA QUINTA – DAS DOTAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS.5.1. As despesas
decorrentes do presente Contrato correrão por conta da seguinte dotação orçamentárias:
01.05.04.04.122.0003.2073.3.3.90.49.00 – Fonte 100.000 – Ficha 122;
01.09.05.12.365.0029.2785.3.3.90.39.00 – Fonte 101.000 – Ficha 558;
01.14.10.10.122.0030.2787.3.3.90.39.00 – Fonte 102.000 – Ficha 768;

EXTRATO DO TERMO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Nº 056/2019


PROCESSO DE COMPRA Nº 104/2019 INEXIGIBILIDADE Nº 004/2019, A PREFEITURA
MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO E CRIATIVE MUSIC LTDA EPP. 1 CLÁUSULA
PRIMEIRA – DO OBJETO.1.1. O objeto do presente Contrato é a contratação da Empresa
CRIATIVE MUSIC LTDA EPP, para apresentação de show musical do cantor ANDERSON
FREIRE no Município de Coronel Fabriciano, no Evento do 2º Edição do Festival Gospel, em
atendimento SECRETARIA DE GOVERNANÇA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,
TURISMO E CULTURA.1.2. O inicio do show deverá acontecer ás 21 horas do dia
29/06/2019, devendo o mesmo ter uma duração de 90 (noventa) minutos. CLÁUSULA QUARTA
– DO PRAZO.4.1. O prazo deste Contrato será por 90 (noventa) dias, a partir da data de sua
assinatura.CLÁUSULA QUINTA - DO PREÇO. 5.1.O preço para os serviços objeto deste
Contrato é o apresentado pela CONTRATADA, devidamente aprovado pelo CONTRATANTE,
que totaliza o valor global de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). As despesas decorrentes do
presente Contrato correrão por conta da seguinte Dotação Orçamentária do orçamento vigente
ou por outras do mesmo programa para orçamento vindouro:
01.13.10.13.695.0028.2356.3.3.90.39.00 – Fonte 100.100 – Ficha 708

EXTRATO DO TERMO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Nº 057/2019


PROCESSO DE COMPRA Nº 103/2019 INEXIGIBILIDADE Nº 003/2019, A PREFEITURA
MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO E CRIATIVE MUSIC LTDA EPP. 1 CLÁUSULA
PRIMEIRA – DO OBJETO.1.1.O objeto do presente Contrato é a contratação da Empresa
CRIATIVE MUSIC LTDA EPP, para apresentação de show musical da Cantora GABRIELA
ROCHA no Município de Coronel Fabriciano, no Evento do 2º Edição do Festival Gospel, em
atendimento SECRETARIA DE GOVERNANÇA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,
TURISMO E CULTURA.. 1.2. O inicio do show deverá acontecer ás 21 horas do dia
28/06/2019, devendo o mesmo ter uma duração de 90 (noventa) minutos. 4 CLÁUSULA
QUARTA – DO PRAZO.4.1.O prazo deste Contrato será por 90 (noventa) dias, a partir da data
de sua assinatura.5.CLÁUSULA QUINTA - DO PREÇO.O preço para os serviços objeto deste
Contrato é o apresentado pela CONTRATADA, devidamente aprovado pelo CONTRATANTE,
que totaliza o valor global de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). 5.2.As despesas decorrentes do
presente Contrato correrão por conta da seguinte Dotação Orçamentária do orçamento vigente
ou por outras do mesmo programa para orçamento vindouro:
01.13.10.13.695.0028.2356.3.3.90.39.00 – Fonte 100.100 – Ficha 708.

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EXTRATO DO TERMO CONTRATO DE FORNECIMENTO Nº 083/2019 PROCESSO DE
COMPRA Nº 110/2019 PREGÃO PRESENCIAL Nº 019/2019, PROCESSO LICITATÓRIO
052/2019, A PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO E SHIRLEY CRISTINA
RODRIGUES FERNANDES 08320417694. CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO.1. O objeto do
presente contrato é a aquisição de materiais esportivos para premiação e utilização nos jogos de
integração dos alunos do ensino fundamental, anos finais e ensino médio da rede municipal e
estadual de ensino nos jogos escolares de Coronel Fabriciano, em atendimento à Secretaria de
Governança Educacional de Coronel Fabriciano/MG. Recurso: Outras transferências de recursos
do FNDE, conforme, anexo I parte integrante deste contrato, nos termos do edital do Pregão
019/2019, a que corresponde este pacto. CLÁUSULA SEGUNDA - DO VALOR DO
CONTRATO.2. O preço global do objeto deste contrato é o apresentado pela CONTRATADA,
devidamente aprovado pelo CONTRATANTE, que totaliza o valor de R$ 6.489,46 (seis mil,
quatrocentos e oitenta e nove reais e quarenta e seis centavos). CLÁUSULA QUINTA - DA
VIGÊNCIA E DA EFICÁCIA.5. O prazo de entrega dos materiais será conforme necessidade da
Secretaria de Governança Educacional, após o recebimento da Autorização de Fornecimento e a
vigência deste Contrato será até 31/07/2019, contados a partir da data de sua assinatura.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA.11. A despesa decorrente
deste contrato ocorrerá pela seguinte DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA do orçamento de vigente ou
por outras dotações do mesmo programa para orçamento vindouro: 01.09.05.12.361.0029.2414
– Fonte 146.001 – 3.3.90.30.00 – Ficha 540.

EXTRATO DO TERMO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOIS Nº 087/2019


PROCESSO DE COMPRA Nº 109/2019 PREGÃO PRESENCIAL Nº 018/2019, PROCESSO
LICITATÓRIO 053/2019, A PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO E ML
PROMOÇOES LTDA ME. CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO.1. O presente Contrato tem
como objeto a contratação de empresa para prestação de serviços de organização, coordenação
técnica, arbitragem e equipe de segurança e apoio para os jogos escolares de Coronel
Fabriciano – JEF 2019, com alunos dos anos finais do ensino fundamental da rede municipal e
ensino médio da rede estadual, em atendimento à Secretaria de Governança Educacional.
Recurso: Outras Transferências de Recursos do FNDE, nos termos do Edital do Pregão n.º
018/2019, a que corresponde este pacto. CLÁUSULA SEGUNDA - DO VALOR DO
CONTRATO.2. O preço global para os serviços, objeto deste contrato, é o apresentado pela
CONTRATADA, devidamente aprovado pela CONTRATANTE, que totaliza o valor de R$
22.499,08 (vinte e dois mil, quatrocentos e noventa e nove reais e oito centavos). CLÁUSULA
QUINTA - DA VIGÊNCIA E DA EFICÁCIA.5. A Contratada ficará obrigada a executar o serviço
conforme cronograma previsto pela Secretaria de Governança Educacional, após o recebimento
da Autorização de Fornecimento expedida pela Coordenadoria de Compras e Licitações e o
prazo da vigência do contrato será até 31 de julho de 2019, podendo ser prorrogado por iguais
períodos, nos termos do art. 57 da Lei Federal n.º 8.666/93. CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA –
DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA.11. A despesa decorrente desta licitação correrá pela seguinte
DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA do orçamento vigente ou por outras dotações do mesmo programa
para orçamento vindouro: 01.09.05.12.361.0029.2414.3.390.39.00 – Fonte 146 – Ficha 542.

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 5


DECRETOS

Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano

Decreto Nº 6840 de 29 de Abril de 2019

DISPÕE SOBRE A ABERTURA DE CRÉDITO ADICIONAL SUPLEMENTAR E


DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CORONEL FABRICIANO/MG, no uso de suas atribuições e com base no artigo 2º da Lei
Municipal 4.210, de 21 de Dezembro de 2018 - Lei Orçamentária Anual e nos artigos 42 e 43 da Lei Federal 4.320/64,
DECRETA

Art. 1º - Fica aberto crédito adicional suplementar no valor de R$ 499.505,68 (Quatrocentos e Noventa e Nove Mil Quinhentos e Cinco
Reais e Sessenta e Oito Centavos ) destinado ao reforço orçamentário das seguintes dotações:
01 14 10 10 301 0030 1326 CONSTRUIR, REFORMAR OU AMPLIAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE
4.4.90.51.00 OBRAS E INSTALAÇÕES F: 785 FR:153 - TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS DO SUS 100.000,00

01 14 10 10 301 0030 1334 INVESTIMENTOS MELHORIA DA ATENÇÃO BÁSICA


4.4.90.52.00 EQUIPAMENTO E MATERIAL PERMANENTE F: 788 FR:153 - TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS DO SUS 80.000,00

01 14 10 10 306 0030 2802 MANTER PROGRAMA FINANCIAMENTO DAS AÇOES DE NUTRIÇAO - FAN
3.3.90.30.00 MATERIAL DE CONSUMO F: 848 FR:155 - TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS DO 6.040,68

01 14 21 10 302 0030 1339 INVESTIMENTO, MELHORIAS ASSISTÊNCIA HOSPITALAR E AMBULATORIAL


4.4.90.52.00 EQUIPAMENTO E MATERIAL PERMANENTE F: 851 FR:153 - TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS DO SUS 313.465,00

Art. 2º - Os recursos destinados a atender as despesas decorrentes do presente crédito, serão aquelas originadas pela anulação parcial
ou total das seguintes dotações:
01 14 10 10 301 0030 1326 CONSTRUIR, REFORMAR OU AMPLIAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE
3.3.90.93.00 INDENIZAÇÕES E RESTITUIÇÕES F: 784 FR: 155 - TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS DO 6.040,68

01 14 31 10 302 0030 1329 CONSTRUIR, MOBILIAR E EQUIPAR A UPA


4.4.90.51.00 OBRAS E INSTALAÇÕES F: 922 FR: 153 - TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS DO SUS 493.465,00

Art. 3º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Coronel Fabriciano, 29 de Abril de 2019

Marcos Vinicius da Silva Bizarro


Prefeito Municipal

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 6
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

DECRETO Nº 6841 DE 29 ABRIL DE 2019

DISPÕE SOBRE A INSTAURAÇÃO DE


REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA DA
POLIGONAL DO PROGRAMA PAC2, BAIRRO
SÃO DOMINGOS, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CORONEL FABRICIANO/MG, no uso de


suas atribuições, e:

CONSIDERANDO o princípio constitucional da função social da propriedade urbana,


que visa assegurar o ordenamento do desenvolvimento da cidade para a garantia do
bem-estar de seus habitantes, conforme estabelecido pelo art. 182 da Constituição
Federal de 1988;

CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal nº 13.465/2017 e no Decreto Federal nº


9.310/18, que estabelecem as normas e procedimentos para implementar a
regularização fundiária dos núcleos urbanos informais;

CONSIDERANDO o disposto no Decreto Municipal nº 6429/18 que dispõe sobre a


regularização fundiária urbana no território do município de Coronel Fabriciano, institui
os procedimentos aplicáveis e dá outras providências;

CONSIDERANDO que, a teor do art. 17 da Lei Federal nº 13.465/17, em núcleo


urbano informal consolidado e ocupado, predominantemente, por população de baixa
renda, a constituição de direito real em favor de ocupantes de imóveis residenciais
poderá ser feita em ato único, encaminhando-se, neste caso, ao registro imobiliário, o
instrumento indicativo do direito real constituído e a listagem dos beneficiários pela
Reurb, dispensando-se a apresentação do respectivo título individualizado;

CONSIDERANDO que, para fins da Reurb, ficam dispensadas as exigências previstas


no inciso I, do art. 17, da Lei nº 8.666/93;

DECRETA:

Praça Dr.Louis Ensch, n.º 64 – Centro – CEP 35.170-033 – Fone: (31) 3846-7000 1
www.fabriciano.mg.gov.br

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

Art. 1º. Fica autorizada a instauração da Regularização Fundiária Urbana do


núcleo urbano bairro São Domingos, Morro Padre Rocha, conforme Poligonal do
Programa PAC2 situado neste Município, com fundamento constante na Lei Federal
13.465/2017, no Decreto Federal 9.310/2018, bem como o que determina o Decreto
Municipal nº 6.429/18, desde que atendidos os requisitos legais.

Art. 2º. A regularização fundiária do núcleo urbano disposto no art. 1° deste


Decreto, fica classificada como Regularização Fundiária de Interesse Social (Reurb-
S), para os efeitos do que preconiza a Lei Federal nº 13.465, de 11 de julho de 2017.

Art. 3º. A legitimação fundiária de que trata este Decreto, como forma originária
de aquisição do direito real de propriedade, na modalidade Regularização Fundiária de
Interesse Social (Reurb-S), será gratuitamente conferida àquele que, com posse
reconhecida pela Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano, sem resistências, vícios
ou contestações, ocupar unidade imobiliária para fins residenciais, desde que atenda
ainda as seguintes condições:

I - o beneficiário não seja concessionário, foreiro ou proprietário de imóvel


urbano ou rural;
II - o beneficiário não tenha sido contemplado com legitimação de posse ou
fundiária de imóvel urbano com a mesma finalidade, ainda que situado em núcleo
urbano distinto; e
III - em caso de imóvel urbano com finalidade não residencial, seja reconhecido
pelo poder público o interesse público de sua ocupação.

§ 1º. Serão isentos de despesas, custas e emolumentos, entre outros, os


seguintes atos registrais relacionados à regularização fundiária dos imóveis referidos
no caput deste artigo, nos termos do artigo 13, § 1º, da Lei Federal nº 13.465/17:

I - o primeiro registro da Reurb-S, o qual confere direitos reais aos seus


beneficiários;
II - o registro da legitimação fundiária;
III - o registro do título de legitimação de posse e a sua conversão em título de
propriedade;

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

IV - o registro da CRF e do projeto de regularização fundiária, com abertura de


matrícula para cada unidade imobiliária urbana regularizada;
V - a primeira averbação de construção residencial, desde que respeitado o
limite de até setenta metros quadrados;
VI - a aquisição do primeiro direito real sobre unidade imobiliária derivada da
Reurb-S;
VII - o primeiro registro do direito real de laje no âmbito da Reurb-S; e
VIII - o fornecimento de certidões de registro para os atos previstos neste
artigo.

§ 2º. Será também objeto de regularização fundiária na forma e de acordo com


os critérios estabelecidos neste artigo, o imóvel utilizado pelo beneficiário para uso
misto, ou seja, para a finalidade residencial e não residencial, desde que ocupe um
único lote.

§ 3º. Os imóveis ocupados por entidades assistenciais, beneficentes, culturais,


esportivas, filantrópicas, recreativas, representativas de bairro e associações serão
objeto de regularização fundiária na forma e de acordo com os critérios estabelecidos
neste artigo, desde que reconhecido o interesse público de sua ocupação, nos termos
do art. 23, inciso III, da Lei Federal nº 13.465/17.

§ 4º. Para obtenção da regularização fundiária de que trata este artigo, o


beneficiário deverá efetivamente residir no imóvel, inclusive na hipótese descrita no §
2º deste artigo, além de cumprir os demais requisitos e critérios estabelecidos neste
Decreto e na legislação aplicável.

Art. 4º. Para instalação do procedimento administrativo de Regularização


Fundiária será necessário que o núcleo urbano disposto no art. 1° deste Decreto, seja
georreferenciado e tenha em sua Anotação de Responsabilidade Técnica um
profissional devidamente inscrito no Conselho de Engenharia, Arquitetura e
Urbanismo.

Art. 5º. Para instalação do procedimento administrativo de Regularização


Fundiária será necessário a emissão de um Memorial Descritivo do núcleo urbano
disposto no art. 1° deste Decreto, contendo detalhadamente seus limites,
confrontações coordenadas, vértices e azimutes; e que, todas as coordenadas

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

descritas estejam georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e representadas


no Sistema UTM.

Art. 6º. É obrigatória a realização de Audiência Pública, em local conhecido e


de fácil acesso, para conhecimento por toda a comunidade dos detalhes da Reurb-S, e
a Ata da Audiência assinada por todos os integrantes da mesa de trabalhos composta
na ocasião, deverá ser juntada ao processo administrativo. É obrigatória a instituição
da Comissão de Representantes que deverá ser montada com a participação de 5
(cinco), e tem como objetivo acompanhar todas as etapas do processo de
regularização.

Art. 7º. Na Audiência Pública a ser realizada, deverá ser formada a Comissão
de Regularização Fundiária para o núcleo urbano disposto no art. 1° deste Decreto,
cabendo a presidência ao Secretário de Governança Urbana, Planejamento e Meio
Ambiente e tendo como membros:
I – Secretário de Governança Urbana, Planejamento e Meio Ambiente;
II – Coordenador de Habitação, Regularização Fundiária e Operação Urbana;
III – Gerência de Meio Ambiente;
IV – Representante da pessoa jurídica contratada;
V – Representante da comunidade.

Art. 8º Deverá ser formada a Câmara de Resolução de Conflitos para


Regularização Fundiária de Interesse para o núcleo urbano disposto no art. 1° deste
Decreto, cabendo a presidência ao Secretário de Governança Urbana, Planejamento e
Meio Ambiente e tendo como membros:

I – Secretário de Governança Urbana, Planejamento e Meio Ambiente;


II – Secretário de Governança Jurídica;
III – Gerência de Meio Ambiente;
IV – Representante da pessoa jurídica contratada;
V – Representante da comunidade.

Art. 9º A Certidão de Regularização Fundiária – CRF, ao ser emitida pelo


Poder Público e enviada para o Cartório de Registro deverá informar que a titulação
fundiária será de forma individual.

Art. 10 Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 11 Revogam-se as disposições em contrário.

Coronel Fabriciano/MG, 29 de abril de 2019.

Marcos Vinicius da Silva Bizarro


PREFEITO MUNICIPAL

Praça Dr.Louis Ensch, n.º 64 – Centro – CEP 35.170-033 – Fone: (31) 3846-7000 4
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

DECRETO Nº 6842 DE 29 ABRIL DE 2019

DISPÕE SOBRE A INSTAURAÇÃO DE


REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA DA
POLIGONAL DO PROGRAMA FNHIS 2007,
BAIRRO APARECIDA DO NORTE, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CORONEL FABRICIANO/MG, no uso de suas


atribuições, e:

CONSIDERANDO o princípio constitucional da função social da propriedade urbana,


que visa assegurar o ordenamento do desenvolvimento da cidade para a garantia do
bem-estar de seus habitantes, conforme estabelecido pelo art. 182 da Constituição
Federal de 1988;

CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal nº 13.465/2017 e no Decreto Federal nº


9.310/18, que estabelecem as normas e procedimentos para implementar a
regularização fundiária dos núcleos urbanos informais;

CONSIDERANDO o disposto no Decreto Municipal nº 6429/18 que dispõe sobre a


regularização fundiária urbana no território do município de Coronel Fabriciano, institui
os procedimentos aplicáveis e dá outras providências;

CONSIDERANDO que, a teor do art. 17 da Lei Federal nº 13.465/17, em núcleo


urbano informal consolidado e ocupado, predominantemente, por população de baixa
renda, a constituição de direito real em favor de ocupantes de imóveis residenciais
poderá ser feita em ato único, encaminhando-se, neste caso, ao registro imobiliário, o
instrumento indicativo do direito real constituído e a listagem dos beneficiários pela
Reurb, dispensando-se a apresentação do respectivo título individualizado;

CONSIDERANDO que, para fins da Reurb, ficam dispensadas as exigências previstas


no inciso I, do art. 17, da Lei nº 8.666/93;

DECRETA

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

Art. 1º. Fica autorizada a instauração da Regularização Fundiária Urbana do


núcleo urbano bairro Aparecida do Norte, conforme Poligonal do Programa FNHIS
2007 situado neste Município, com fundamento constante na Lei Federal 13.465/2017,
no Decreto Federal 9.310/2018, bem como o que determina o Decreto Municipal nº
6.429/18, desde que atendidos os requisitos legais.

Art. 2º. A regularização fundiária do núcleo urbano disposto no art. 1° deste


Decreto, fica classificada como Regularização Fundiária de Interesse Social (Reurb-
S), para os efeitos do que preconiza a Lei Federal nº 13.465, de 11 de julho de 2017.

Art. 3º. A legitimação fundiária de que trata este Decreto, como forma originária
de aquisição do direito real de propriedade, na modalidade Regularização Fundiária de
Interesse Social (Reurb-S), será gratuitamente conferida àquele que, com posse
reconhecida pela Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano, sem resistências, vícios
ou contestações, ocupar unidade imobiliária para fins residenciais, desde que atenda
ainda as seguintes condições:

I - o beneficiário não seja concessionário, foreiro ou proprietário de imóvel


urbano ou rural;
II - o beneficiário não tenha sido contemplado com legitimação de posse ou
fundiária de imóvel urbano com a mesma finalidade, ainda que situado em núcleo
urbano distinto; e
III - em caso de imóvel urbano com finalidade não residencial, seja reconhecido
pelo poder público o interesse público de sua ocupação.

§ 1º. Serão isentos de despesas, custas e emolumentos, entre outros, os


seguintes atos registrais relacionados à regularização fundiária dos imóveis referidos
no caput deste artigo, nos termos do artigo 13, § 1º, da Lei Federal nº 13.465/17:

I - o primeiro registro da Reurb-S, o qual confere direitos reais aos seus


beneficiários;
II - o registro da legitimação fundiária;
III - o registro do título de legitimação de posse e a sua conversão em título de
propriedade;

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IV - o registro da CRF e do projeto de regularização fundiária, com abertura de


matrícula para cada unidade imobiliária urbana regularizada;
V - a primeira averbação de construção residencial, desde que respeitado o
limite de até setenta metros quadrados;
VI - a aquisição do primeiro direito real sobre unidade imobiliária derivada da
Reurb-S;
VII - o primeiro registro do direito real de laje no âmbito da Reurb-S; e
VIII - o fornecimento de certidões de registro para os atos previstos neste
artigo.

§ 2º. Será também objeto de regularização fundiária na forma e de acordo com


os critérios estabelecidos neste artigo, o imóvel utilizado pelo beneficiário para uso
misto, ou seja, para a finalidade residencial e não residencial, desde que ocupe um
único lote.

§ 3º. Os imóveis ocupados por entidades assistenciais, beneficentes, culturais,


esportivas, filantrópicas, recreativas, representativas de bairro e associações serão
objeto de regularização fundiária na forma e de acordo com os critérios estabelecidos
neste artigo, desde que reconhecido o interesse público de sua ocupação, nos termos
do art. 23, inciso III, da Lei Federal nº 13.465/17.

§ 4º. Para obtenção da regularização fundiária de que trata este artigo, o


beneficiário deverá efetivamente residir no imóvel, inclusive na hipótese descrita no §
2º deste artigo, além de cumprir os demais requisitos e critérios estabelecidos neste
Decreto e na legislação aplicável.

Art. 4º. Para instalação do procedimento administrativo de Regularização


Fundiária será necessário que o núcleo urbano disposto no art. 1° deste Decreto, seja
georreferenciado e tenha em sua Anotação de Responsabilidade Técnica um
profissional devidamente inscrito no Conselho de Engenharia, Arquitetura e
Urbanismo.

Art. 5º. Para instalação do procedimento administrativo de Regularização


Fundiária será necessário a emissão de um Memorial Descritivo do núcleo urbano
disposto no art. 1° deste Decreto, contendo detalhadamente seus limites,
confrontações coordenadas, vértices e azimutes; e que, todas as coordenadas

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

descritas estejam georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e representadas


no Sistema UTM.

Art. 6º. É obrigatória a realização de Audiência Pública, em local conhecido e


de fácil acesso, para conhecimento por toda a comunidade dos detalhes da Reurb-S, e
a Ata da Audiência assinada por todos os integrantes da mesa de trabalhos composta
na ocasião, deverá ser juntada ao processo administrativo. É obrigatória a instituição
da Comissão de Representantes que deverá ser montada com a participação de 5
(cinco), e tem como objetivo acompanhar todas as etapas do processo de
regularização.

Art. 7º. Na Audiência Pública a ser realizada, deverá ser formada a Comissão
de Regularização Fundiária para o núcleo urbano disposto no art. 1° deste Decreto,
cabendo a presidência ao Secretário de Governança Urbana, Planejamento e Meio
Ambiente e tendo como membros:
I – Secretário de Governança Urbana, Planejamento e Meio Ambiente;
II – Coordenador de Habitação, Regularização Fundiária e Operação Urbana;
III – Gerência de Meio Ambiente;
IV – Representante da pessoa jurídica contratada;
V – Representante da comunidade.

Art. 8º Deverá ser formada a Câmara de Resolução de Conflitos para


Regularização Fundiária de Interesse para o núcleo urbano disposto no art. 1° deste
Decreto, cabendo a presidência ao Secretário de Governança Urbana, Planejamento e
Meio Ambiente e tendo como membros:

I – Secretário de Governança Urbana, Planejamento e Meio Ambiente;


II – Secretário de Governança Jurídica;
III – Gerência de Meio Ambiente;
IV – Representante da pessoa jurídica contratada;
V – Representante da comunidade.

Art. 9º A Certidão de Regularização Fundiária – CRF, ao ser emitida pelo


Poder Público e enviada para o Cartório de Registro deverá informar que a titulação
fundiária será de forma individual.

Art. 10 Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 11 Revogam-se as disposições em contrário.

Coronel Fabriciano/MG, 29 de abril de 2019.

Marcos Vinicius da Silva Bizarro


PREFEITO MUNICIPAL

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LEIS

PREFEITURA MUNICIPAL
DE
CORONEL FABRICIANO

OPERAÇÃO URBANA
CONSORCIADA
AVENIDA MAANAIM

PLANO DE
INTERVENÇÃO URBANA
ANEXO I

CORONEL FABRICIANO – MG.


AGOSTO / 2018

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LISTA DE SIGLAS

AEIS – Área de Especial Interesse Social


APL – Arranjos Produtivos Locais
ARIA – Área de Relevante Interesse Ambiental
CA – Coeficiente de Aproveitamento
CEPAC – Certificado de Potencial Adicional Construtivo
CLAO - Comissão Local de Acompanhamento de Obras
CRAS – Centro Comunitário de Assistência Social
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança
FAR – Fundo de Arrendamento Residencial
FDS – Fundo de Desenvolvimento Social
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
INCC – Índice Nacional de Custo de Construção
IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano
ISS – Imposto Sobre Serviço
ODC – Outorga Onerosa do Direito de Construir
OUC – Operação Urbana Consorciada
PCA - Plano de Controle Ambiental
PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse Social
QT – Quota Mínima
RCA - Relatório de controle Ambiental
RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural
S-ADA – Setor Área Diretamente Afetada
S-DE – Setor Desenvolvimento Econômico
S-EM – Setor Eixo Maanaim
S-HAB – Setor Habitacional
S-HIS – Setor Habitação de Interesse Social
S-RFIS – Setor Regularização Fundiária de Interesse Social
S-ZA1 – Setor Zona Ambiental
S-ZPA – Setor Zona de Preservação Ambiental
TDC – Transferência do Direito de Construir
TO – Taxa de Ocupação
TP – Taxa de Permeabilidade
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
ZUD – Zona de Uso Diversificado
ZPA – Zona de Proteção Ambientação
2

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 16
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

LISTA DE QUADROS E FIGURAS

Quadro 1 - Parâmetros Urbanísticos do Plano Diretor de Coronel Fabriciano, aplicáveis ao


Município (Fonte: Plano Diretor Municipal) ............................................................................. 12
Quadro 2 - Parâmetros urbanísticos nos setores da OUC. ....................................................... 45
Quadro 3 - Parâmetros urbanísticos do Plano Diretor (Fonte: Plano Diretor de Coronel
Fabriciano) ................................................................................................................................. 46
Quadro 4 - Potencial construtivo considerando as áreas dos lotes atuais (Fonte: autores) ......48
Quadro 5 - Estimativa de aproveitamento das glebas não parceladas (Fonte: autores) .......... 49
Quadro 6 - Parâmetros Urbanísticos para a OUC Avenida Maanaim (Fonte: autores) ............ 50
Quadro 7 - Total de Potencial Construtivo Derivado de Índice (Fonte: autores) ....................... 52
Quadro 8 - Incentivos Urbanísticos (Fonte: autores) ................................................................. 53
Quadro 9 - Planilha de investimentos previstos como contrapartida (Fonte: autores) .............. 56
Quadro 10 - Ação de ressarcimento da operação em índice (Fonte: autores) ......................... 58
Quadro 11 - Cronograma de implantação das Contrapartidas ................................................. 59

Figura 1 - Zoneamento do Plano Diretor na área de intervenção. (Fonte: autores) ................. 13


Figura 2 - Macrozoneamento do Plano Diretor na área de intervenção. (Fonte: autores) ........ 13
Figura 3 - Forma de Operacionalização da OUC Avenida Maanaim (Fonte: Lei Complementar
0006, de 28 de dezembro de 2017). 23
Figura 4 - Proprietários inseridos na OUC Avenida Maanaim e ADA (Fonte: Lei Complementar
0006, de 28 de dezembro de 2017, com adaptações dos autores) .......................................... 36
Figura 5 - Áreas pertencentes ao S-ADA .................................................................................. 38
Figura 6 - Manchas do zoneamento atual definido pelo Plano Diretor do Município ................ 41

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO
1.1. O histórico da área de intervenção
2. CONTEXTO DAS ÁREAS INCLUÍDAS
2.1. Identificação
2.2. Característica das Áreas
2.3. A Legislação Urbanística
3. DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA AVENIDA MAANAIM
3.1. Do conceito
3.2. Da natureza da operação
3.3. Dos objetivos e finalidades da OUC
3.4. Dos instrumentos da OUC
3.5. Da estrutura da operação
3.5.1. O Conselho Gestor da OUC
3.5.1.1. Da Competência do Conselho Gestor
3.5.1.2. Constituição do Conselho Gestor
3.5.2. A Gerência Executiva da OUC
3.5.2.1. Da Competência da Gerência Executiva
3.5.3. Da gestão da OUC Avenida Maanaim
3.5.4. Das deliberações do Conselho Gestor
3.6. O Fundo Gestor com Conta Vinculada da OUC
3.7. O CEPAC Certificado de Potencial Adicional Construtivo
3.7.1. Definições
3.7.2. Forma de aquisição e utilização
3.7.3. Desvinculação e transferência de CEPAC’s
3.7.4. Aplicação dos recursos obtidos através de ODC - Outorga Onerosa do Direito de
construir e utilização dos CEPAC’s
3.7.5. Valores e validade do CEPAC
3.7.6. Os estoques geradores de CEPAC
3.8. Os instrumentos específicos para uso na OUC
3.8.1. Regularização fundiária no perímetro da OUC e S-ADA:
3.8.2. Programa de monitoramento de área de risco no perímetro da OUC e S-ADA
3.8.3. Assistência Técnica, Social e Jurídica no perímetro da OUC e S-ADA
3.8.4. Transferência do Direito de Construir
3.8.5. IPTU Progressivo no Tempo, nos limites da operação
4

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 18
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

4. O PLANO URBANÍSTICO
4.1. A definição da área atingida pela OUC
4.2. A área fora do perímetro de intervenção diretamente atingida pela OUC
4.3. O Plano de Ocupação da área de intervenção
4.4. O Programa Básico de Intervenção da OUC
4.5. A Setorização da área de intervenção
4.5.1. Setor S-ZA
4.5.2. Setor S-HAB
4.5.3. Setor S-EM
4.5.4. Setor S-DE
4.5.5. Setor S-ADA
4.5.6. Setor S-ZR
4.5.7. Setor S-FBJ
4.5.8. Setor S-SPUC
4.6. Os parâmetros urbanísticos nos setores da OUC
4.7. Os parâmetros urbanísticos básicos
4.8. Os parâmetros urbanísticos específicos
4.8.1. Os investimentos realizados na área de intervenção
4.8.2. Os incentivos urbanísticos
4.8.3. As áreas não computáveis incentivadas além dos limites dos incentivos
urbanísticos
4.9. Dos estoques não utilizados na operação
5. A FORMA DE IMPLEMENTAÇÃO DA OUC
5.1. As contrapartidas
5.2. O Cronograma Físico da OUC
5.3. O Estudo de Viabilidade Econômica
5.4. O Estudo de Impacto de Vizinhança
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6.1. Os impactos e benefícios econômicos e sociais decorrentes da OUC Avenida Maanaim
6.2. Do prazo de vigência da OUC
6.3. Do prazo de adesão
6.4. Dos incentivos fiscais
6.5. Dos instrumentos de sanção e controle
6.6. Dos instrumentos de revisão da OUC
6.7. Do termo de compromisso do início e do término das fases estabelecidas no plano de
implementação da OUC
5

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6.8. Da lei de instituição da OUC


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXO I

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OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA


AVENIDA MAANAIM

1. APRESENTAÇÃO

Através da Lei complementar nº 0006, de 28 de dezembro de 2017, foi instituída a


Operação Urbana Consorciada Avenida Maanaim – OUC Maanaim, instrumento de ordenação
e reestruturação urbana, elaborada a partir do seu Projeto de Intervenção Integrada, com
propostas relativas às transformações urbanísticas, ambientais, sociais e econômicas do
território, bem como a formas de financiamento e de gestão democrática, nos termos do Plano
Diretor do Município de Coronel Fabriciano – Lei nº 3.759/2012.
O presente documento apresenta uma ampliação da área já definida para a OUC
Maanaim, incluindo áreas do entorno desta, que já estavam anteriormente previstas na
sua Área Diretamente Afetada. Apresentamos assim nova setorização, novos parâmetros,
bem como os impactos relativos à inclusão destas novas áreas, que ficam à partir deste,
sujeitas aos objetivos, diretrizes, estratégias e mecanismos já definidos através da OUC
Avenida Maanaim, bem como, agregando o dimensionamento dos custos para a área da
operação.

1.1. O histórico das áreas de intervenção

Inicialmente, conforme Lei complementar nº 0006, de 28 de dezembro de 2017, foi


instituída a OUC Maanaim, contando com uma área total de 909.228,07 m², envolvendo a
participação dos seguintes proprietários de áreas que se encontram dentro do perímetro da
área de intervenção:
 Adriana Duarte Ramos;
 Aprove Construções e Empreendimentos Ltda;
 Arques Empreendimentos Imobiliários Ltda;
 CF Empreendimentos Imobiliários SPE;
 Empreendimentos Novo Reno Ltda;
 Residencial Novo Reno (também de propriedade de Empreendimentos Novo
Reno Ltda);
 Hudson Santos Costa;
 Jane Linhares Pinto;
 José Gregório Filho e Vani Medeiros;

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 21


PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

 Lucas Quadros Silva e;


 Maurício Gonçalves de Souza.

Com o objetivo permitir a solução dos conflitos decorrentes da preservação em


contraposição à implantação de empreendimento, de forma a favorecer investimentos privados
orientados, porém, convergentes com o interesse público, no sentido do desenvolvimento
sustentável da área de intervenção, a OUC Maanaim permite ainda a adesão futura de outros
interessados em integrar a operação, que estejam em sua área de influência.
Situada na porção oeste da OUC Maanaim, instituída pela Lei Complementar nº
0006/2017, 02 (duas) glebas da Fazenda Bom Jesus (uma de propriedade da Barros e Almeida
Empreendimentos Imobiliários Ltda. e outra gleba de propriedade da Tempo Empreendimentos
Imobiliários Ltda.), possuem aspectos compatíveis com a caracterização geral da área prevista
pelo Plano Diretor. São áreas de baixa exploração urbana, com potencial de aproveitamento e
alto comprometimento ambiental resultante do cruzamento de áreas passíveis de parcelamento
com outras de alta declividade e cobertura vegetal que carecem de ser preservadas.
Em 2010 o Poder Público municipal recebeu o pedido de emissão de diretrizes
urbanísticas para o parcelamento das glebas pertencentes a Empreendimentos Novo Reno
Ltda. e Lucas Quadros Silva.
Da mesma forma, em 2015, a Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda.,
recebeu, através do protocolo nº 0000989/2014, recebeu as diretrizes urbanísticas e
ambientais municipais e diretrizes metropolitanas, à serem obedecidas para fins de elaboração
de projeto de loteamento.
Para a emissão das diretrizes municipais, verificou-se que a maior concentração da
gleba, esta localizada na Zona de Preservação Permanente – ZPA e na Área Ambiental 1, com
menor concentração na Zona de Uso Diversificado – ZUD, conforme definido no Plano Diretor
Municipal – Lei nº 3759/2012, situação que se estende à área de propriedade da Tempo
Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Incluídas as áreas da Fazenda Bom Jesus, de propriedade da Barros e Almeida
Empreendimentos Imobiliários Ltda. e Tempo Empreendimentos Imobiliários Ltda., passa OUC
Maanaim à ter uma abrangência de 2.211.519,07 m2 (dois milhões, duzentos e onze mil,
quinhentos e dezenove metros quadrados e sete centímetros quadrados), representada nos
mapas correspondentes, constantes deste documento.
Diante deste cenário e considerando o potencial de aproveitamento das áreas como
vetor de desenvolvimento socioeconômico para o Município de Coronel Fabriciano, foi proposta
a adesão destas áreas, à Operação Urbana Consorciada Maanaim, com o objetivo permitir a
solução dos conflitos decorrentes da preservação em contraposição à implantação de
8

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 22
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

empreendimentos, de forma a favorecer investimentos privados orientados, porém,


convergentes com o interesse público, no sentido do desenvolvimento sustentável da área de
intervenção.

2. CONTEXTO DAS ÁREAS INCLUÍDAS

2.1. Identificação

Imóvel 1: Fazenda Bom Jesus, com área de 105,7190 hectares, registrada no Cartório
de Registro de Imóveis de Coronel Fabriciano/MG, sob o Nº. R.5-19.323, Livro 2. O acesso à
área é através da rua Ponte Nova, bairro Júlia Kubitschek.
Proprietário: Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda., CNPJ n°
01.550.999/0001-05, sediada à Praça Pio XII, nº. 35, Bairro Centro, Oliveira - MG., CEP:
35.540-000.

Imóvel 2: Fazenda Bom Jesus, com área de 245.101,00 m2, registrada no Cartório de
Registro de Imóveis de Coronel Fabriciano/MG, sob o Nº. R.3-58.449, Livro 2. O acesso à área
é através da rua Ponte Nova, bairro Júlia Kubitschek.
Proprietário: Tempo Empreendimentos Imobiliários Ltda., CNPJ nº 02.799.558/0001-
04, sediada à Rua Sebastião Fabiano Dias, nº 210, sala 1011, bairro Belvedere, Belo Horizonte
– MG., CEP: 30.320-690.

2.2. Características das Áreas

Do ponto de vista ambiental, as áreas possuem características antrópicas acentuadas.


No passado, o uso predominante da área era a atividade de agropecuária. É evidenciada a
presença de maciços arbóreos ou arbustivos, sendo necessária solicitação de supressão
florestal.
As áreas da Fazenda Bom Jesus, definidas para adesão à OUC Maanaim, estão
inseridas na microbacia do córrego Caladão. Esta microbacia é responsável pela drenagem de
grande parte da área urbana do município de Coronel Fabriciano.
Predominantemente, as áreas são formadas de latossolos intemperizados (vermelho –
amarelo), constituindo um manto de rocha decomposta, onde se observam os principais
aspectos da sua estrutura. O solo apresenta boas características estruturais e não é
evidenciada a presença de voçorocas. Em função da cobertura vegetal irregular observa-se um
processo de erosão laminar nas áreas mais inclinadas, o que não compromete a boa
9

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 23


PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

estabilidade do terreno para a finalidade urbanística residencial. O relevo caraterístico da área


é predominantemente plano - ondulado; todavia, são observadas áreas de encostas
acidentadas, que deverão constituir Áreas Verdes dos empreendimentos propostos.
Do ponto de vista urbanístico, as áreas do empreendimento compreende o
parcelamento de gleba adjacente à área já urbanizada, estando, portanto ligado à malha
urbana atual.
Sendo assim, a implementação de empreendimentos de parcelamento de solo, frente a
diversos aspectos a ele relacionados, estará proporcionando ao imóvel um uso e ocupação
bem mais nobre que o evidenciado e ainda, estará revitalizando a paisagem local.
Em setembro de 2015, a Secretaria Municipal de Ordenação Urbana emitiu as Diretrizes
urbanísticas para o parcelamento de parte da área da propriedade (área da Barros e Almeida
Empreendimentos Imobiliários Ltda.). Desde então o empreendedor vem apresentando à
administração municipal projetos, visando aprovação de parcelamento de solo urbano para a
área em questão.
Entretanto, o Plano Diretor, traduzido na Lei Municipal n° 3.759 de 27 de dezembro de
2012, caracteriza a maior parte da área como localizada em ZPA – Zona de Preservação
Permanente e na Área de Interesse Ambiental 1, com menor concentração na Zona de Uso
Diversificado – ZUD.
Ainda assim, considerando o potencial de aproveitamento da área como vetor de
desenvolvimento socioeconômico para o Município de Coronel Fabriciano, foi proposta a
adesão da área à Operação Urbana Consorciada Maanaim, como instrumento previsto na lei
do Plano Diretor municipal aprovado.
É de entendimento que o objetivo principal desta proposta de adesão é permitir a
solução dos conflitos decorrentes da preservação em contraposição à implantação de
empreendimento, de forma a favorecer investimentos privados orientados, porém,
convergentes com o interesse público, no sentido do desenvolvimento sustentável da área de
intervenção. Como de conhecimento, o Decreto Municipal 5.923, de 18 de abril de 2017,
determinou aos órgãos da Administração Municipal a realização de atos preparatórios para a
viabilização da OUC Avenida Maanaim, visando a promoção de políticas públicas de grande
relevância para o Município, como a habitação de interesse social, regularização fundiária,
desenvolvimento econômico, social e urbano, preservação e recuperação do meio ambiente,
dentre outras passíveis de serem conquistadas com o uso do instrumento previsto na
legislação municipal e no Estatuto da Cidade.

2.3. A Legislação Urbanística

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

A legislação urbanística atual prevista pelo Plano Diretor de Coronel Fabriciano, Lei nº
3.759/2012, define na área de intervenção prevista para a OUC Avenida Maanaim, o
zoneamento e respectivos parâmetros urbanísticos, conforme apresentado no Quadro 1, a
seguir:

PARÂMETROS URBANÍSTICOS DO PLANO DIRETOR DE CORONEL FABRICIANO


PARÂMETRO ZUD AEIS-1 AEIS-2 ARIA-1 ZPA
Lote mínimo
360,00 60,00 125,00 5.000,00 5.000,00
(m²)
Lote máximo
360,00
(m²)
lote< 540 m² = 1,7 = ZUD = ZUD 0,1

CA máximo 540 < lote < 720 m² = 1,9 = ZUD = ZUD 0,1

lote>720 m² = 2,2 = ZUD = ZUD

TO máxima 60% E 70% = ZUD = ZUD 5% 5%


TP mínima 20% = ZUD = ZUD 90% 90%
QT mínima(m²) 45,00 45,00 45,00 NSA NSA
1 p/ UH > 60 m²
1 a cada 3 UH < 60
Vagas de garagem 1 a cada 3 UH < 60 m²
1 p/ 150 m² comercial m²

Uso residencial SIM SIM SIM SIM SIM


Usos conviventes SIM SIM SIM SIM SIM
Usos incômodos NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
Quadro 1 - Parâmetros Urbanísticos do Plano Diretor de Coronel Fabriciano, aplicáveis ao Município
(Fonte: Plano Diretor Municipal)

As figuras 1 e 2 abaixo, representam as manchas previstas no Plano Diretor para o


zoneamento e o macrozoneamento do Município nas áreas de intervenção, objeto da proposta
de operação, incluídas as áreas aderidas à OUC Maanaim:

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Figura 1 - Zoneamento do Plano Diretor na área de intervenção. (Fonte: autores)

Figura 2 - Macrozoneamento do Plano Diretor na área de intervenção. (Fonte: autores)

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Como se observa, a mancha de zoneamento ARIA-1 Área de Relevante Interesse


Ambiental 1 se sobrepõe sobre grande parte do desmembramento recém-aprovado de
propriedade de Empreendimentos Novo Reno Ltda, bem como sobre o Residencial Novo Reno
e também sobre grande porção da Fazenda Bom Jesus, tanto nas áreas de propriedade da
Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda., quanto nas áreas de propriedade da
Tempo Empreendimentos Imobiliários Ltda.
A mancha de zoneamento AEIS-1_Área de Especial Interesse Social 1, onde se
pretende implementar programa de regularização fundiária no bairro Residencial Novo Reno -
solicitado a anos pelos moradores que lá residem - não contempla todos os lotes existentes no
bairro.
A mancha de zoneamento AEIS-2_Área de Especial Interesse Social 2, destinada a
fomentar a produção de habitação social para famílias de menor renda, não permite o
aproveitamento de toda a área de características topográficas semelhantes, favoráveis à
implantação de programas habitacionais, além de incluir somente parte do lote 17 da Quadra F,
inserido em desmembramento aprovado e destinado para tal finalidade.
A mancha de zoneamento ZPA-Zona de Proteção Ambiental, abrange todo o restante
da gleba desmembrada de propriedade de Lucas Quadros Silva, Empreendimentos Novo Reno
LTDA, além das áreas de propriedade de Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários
Ltda., e Tempo Empreendimentos Imobiliários Ltda. Uma pequena porção da área destes
últimos, se localiza em Zona de Uso Diversificado – ZUD, constituída pelas áreas de
urbanização consolidada e por áreas urbanas vazias situadas na várzea do ribeirão Caladão,
sendo prevista como zona de média densidade, destinada à instalação de usos residenciais e
não residenciais, segundo critérios gerais de compatibilidade de incômodo e qualidade
ambiental, tendo como referência o uso residencial.
Todos estes conflitos produziram uma incoerência entre o que o zoneamento do Plano
Diretor e o que seus parâmetros urbanísticos definem, comparado ao que se verifica no
parcelamento de solo aprovado pelo Município.
Como solução para o desafio apresentado, a própria lei do Plano Diretor autoriza a
utilização de instrumentos urbanísticos diversos para aplicação a casos concretos. Um desses
instrumentos, previstos pela Lei Federal 10.257/2001, o Estatuto da Cidade, cujo fim, dentre
outros, é assegurar o atendimento dos preceitos do Plano Diretor municipal no processo de
urbanização local é a Operação Urbana Consorciada. O Decreto Municipal N° 5.923, de 06 de
abril de 2017, que Estabelece Procedimentos Preparatórios para Instituição da OUC Maanaim,
tem derivação nos instrumentos que a própria lei municipal autoriza, considerando suas
características e especificidades como se apresenta a seguir, assegurando um ajuste das
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distorções observadas nos mecanismos de regulação existentes e passíveis de serem


utilizados no Município.

3. DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA AVENIDA MAANAIM

3.1. Do conceito
Segundo o Art. 4o, Item p, da Lei Federal 10.257/2001, a OUC – Operação Urbana
Consorciada é um instrumento da política urbana, caracterizado segundo o Art. 32, parágrafo
1º. da mesma Lei federal como:
“o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a
participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo
de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização
ambiental.”
A Operação Urbana Consorciada (OUC) Avenida Maanaim segue as prerrogativas e o
embasamento legal apontados pelo Plano Diretor, Lei Municipal 3.759/2012 que dispõe, em
seu Art. 67, ser a Operação Urbana Consorciada um dos instrumentos de Política Urbana do
Município de Coronel Fabriciano. Como elemento preparatório para implementação do citado
instrumento urbanístico, o Decreto Municipal 5.923/2017 determina a realização de estudos
técnicos para proposição da OUC Avenida Maanaim. O Art. 2° dessa Norma Regulamentar
elenca o escopo de ações para torná-la pronta para exame e encaminhamento ao Poder
Legislativo municipal. Foi constituída Comissão de Estudos para Viabilização da OUC Avenida
Maanaim, composta por representantes do Poder Executivo, Câmara de Vereadores, Codema,
Associação Comercial, Unileste, profissionais do mercado imobiliário e moradores dos bairros
localizados no entorno, para acompanhamento dos processos preliminares para
implementação da Operação Urbana Consorciada.
Desta forma, as definições preliminares da OUC Avenida Maanaim têm como escopo o
equacionamento entre diretrizes ambientais - constantes da legislação urbanística prevista pelo
Plano Diretor para a área total e outras - com as premissas estabelecidas para instituição de
Operação Urbana Consorciada no município de Coronel Fabriciano, conforme as diretrizes a
seguir:
● Estruturação e conexão urbana;
● Habitação de interesse social e regularização fundiária;
● Desenvolvimento econômico;
● Desenvolvimento social;
● Recuperação e preservação ambiental.

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A partir das Diretrizes Gerais estabelecidas pelo Poder Público para a Operação Urbana
Consorciada, são enumerados os seguintes desdobramentos:
 Compatibilização da implantação das infraestruturas com a progressão do
adensamento proposto, em harmonia com o uso e ocupação do solo e com os preceitos do
plano urbanístico;
 Promoção da diversificação da produção imobiliária, visando a oferta de
unidades habitacionais para diferentes faixas de renda e composições familiares, atreladas ao
espaço urbano, qualificado pela centralidade urbana;
 Incentivo à construção de empreendimentos de uso misto, empreendimentos
com maior número de unidades habitacionais e melhor aproveitamento dos terrenos;
 Ampliação e melhoria da infraestrutura de drenagem, garantindo a retenção de
águas pluviais, inclusive por meio de obras estruturantes de macrodrenagem que considerem
as características ambientais do perímetro da OUC e da utilização de materiais com maior
permeabilidade na pavimentação das obras públicas, tais como pisos intertravados e filtros
drenantes;
 Implantação de parques, RPPN’s, jardins botânicos e lagoas de detenção como
parques lineares com projetos paisagísticos ao longo dos cursos d’água existentes, com
funções de lazer e de retardamento do escoamento de águas pluviais;
 Incentivo à implantação de empreendimentos com certificação ambiental ou com
projetos sustentáveis e energeticamente eficientes;
 Investimento em provisão de Habitação de Interesse Social e na urbanização de
assentamentos precários nos limites territoriais da Operação Urbana Consorciada e em seu
perímetro expandido;
 Incremento ao sistema de transporte coletivo por meio de corredores de ônibus,
e outros modais, investindo na expansão da rede, estruturação do atendimento do usuário e da
política de mobilidade previstas em plano setorial específico.

3.2. Da natureza da operação


A natureza da Operação Urbana Consorciada é de aperfeiçoamento da regulação
urbana em territórios potencialmente frágeis como é o caso da área lindeira à recém-aberta
Avenida Maanaim, utilizando-se, para isso, de instrumentos de compartilhamento da
responsabilidade de cuidar de áreas de especial interesse ambiental. Utilizada como
instrumento de ordenamento físico territorial, a OUC, como se mostra nas suas diretrizes,
também financia as políticas públicas de habitação, regularização fundiária, recuperação e
proteção ambiental. Também possibilita o justo uso das mais valias adquiridas por utilização

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dos potenciais adicionais construtivos instituídos, introduzindo a novidade contida no Estatuto


da Cidade que trata de qualificar o uso da propriedade como eminentemente advindo de justa
distribuição dos efeitos úteis da urbanização com a recuperação das mais valias no perímetro
da Operação Urbana.

3.3. Dos objetivos e finalidades da OUC


A Operação Urbana Consorciada Avenida Maanaim visa atender às seguintes
finalidades apontadas no Decreto Municipal 3.759/2012, que são as seguintes:
● Previsão de intervenções urbanísticas e ambientais para controle de ocupação
sobre áreas de proteção ambiental;
● Definição de parâmetros que equacionem a urbanização da área com a
conservação das áreas potencialmente frágeis do ponto de vista ambiental;
● Definição de ações que garantam a detenção natural da microbacia hidrográfica,
com intervenções na infraestrutura de drenagem local;
● Definição das ações que promovam a acessibilidade ao transporte e à
mobilidade possibilitando a utilização da articulação viária propiciada pela Avenida Maanaim,
incluso sua área diretamente afetada;
● Definição dos investimentos que promovam a produção de habitação como
contrapartida para o suprimento do déficit habitacional previsto no PLHIS – Plano Local de
Habitação de Interesse Social;
● Definição dos investimentos que promovam a regularização fundiária e
possibilitem a melhoria habitacional das unidades existentes;
● Definição dos investimentos em custeio das áreas que serão objeto de manejo
ambiental;
● Definição dos investimentos em custeio das áreas de infraestrutura urbana;
● Definição dos investimentos para construção dos equipamentos comunitários e
institucionais na área de ação da operação urbana;
● Definição das contrapartidas aceitas como reembolsáveis no perímetro da
operação urbana, relacionadas aos investimentos privados na estruturação urbana do processo
de urbanização da OUC.

3.4. Dos Instrumentos da Operação Urbana Consorciada Avenida Maanaim


A OUC Urbana Avenida Maanaim se utilizou dos seguintes instrumentos do Estatuto da
Cidade, previstos no artigo 2 da lei:
● Direito de superfície: o plano urbanístico estabelece, a partir da aprovação da
lei que cria a OUC, o direito de superfície igual a 1,00 para todo o perímetro da operação,
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definindo alguns instrumentos de compensação tributários, fiscais e urbanísticos, quando da


implantação do cronograma da OUC.
● Direito de preempção: como instrumento de controle e regulação do uso do
solo no perímetro da operação;
● Outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso: além do
direito de superfície, a OUC estabelece coeficiente adicional de construção baseado em
compensações urbanísticas referente a investimentos na melhoria coletiva da região além dos
índices adicionais derivados da outorga onerosa do direito de construir, que gera o CEPAC’s -
certificados de potencial adicional de construção, explicados a seguir,
● Transferência do direito de construir: este instrumento designa uso específico
ao direito de superfície, quando este recai sobre área ambientalmente frágil, vedando seu uso
no local, mas transferindo, mediante contrapartida, este estoque criado, para áreas onde ele é
admitido.
● Regularização fundiária: este instrumento possibilita resolver passivos
ambientais urbanos existentes no perímetro da operação, estabelecendo investimentos na
área, obrigatoriamente decorrentes de contrapartidas físicas ou financeiras para a OUC;
● Assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos
sociais menos favorecidos: este instrumento possibilita a requalificação de áreas urbanas
mais pobres porque permite que a população de menor renda tenha acesso ao profissional
especializado nas questões técnicas associadas à lei 11.888/2008.
● IPTU Progressivo no Tempo, nos limites da operação: instrumento que
permite ao poder público regular prazos de implantação de projetos de natureza imobiliária,
dentro do limite da OUC.

No caso da captura de mais valia prevista pela OUC, em função do desenvolvimento de


uma série de investimentos projetados para área e que tem natureza e espírito público, tem-se
que os CEPAC’s, de que se falará logo a seguir, se configura como título público associado ao
processo de utilização de potencial adicional de construção. Os CEPAC’s funcionam como
moeda desta transação urbanística de natureza pública privada.
A outorga de natureza onerosa ou nos casos dos incentivos urbanísticos decorrentes
dos incentivos dados às políticas públicas que são prioritárias, de natureza não onerosa, se
utilizará deste título para consecução dos objetivos da operação urbana.
Cada um destes instrumentos será objeto de detalhamento em lei específica, de acordo
com os trâmites legais pertinentes ao processo.

3.5. Da estrutura da operação


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A estrutura da OUC Avenida Maanaim contará com instrumentos institucionais de


funcionamento, regulados pelos seus respectivos marcos regulatórios, em consonância com a
Lei Municipal de criação da OUC, Decreto Regulamentar e portarias normatizadoras e de
operacionalização da OUC, além da sua consonância com a Lei Orgânica e Plano Diretor do
qual se origina. São os seguintes órgãos da estrutura da OUC Avenida Maanaim:
● Conselho Gestor;
● Gerência Executiva;
● Fundo Municipal com Conta Vinculada.

3.5.1. O Conselho Gestor da OUC


O Conselho Gestor da Operação Urbana Consorciada Avenida Maanaim, de caráter
deliberativo, deve possuir um Fundo de recursos com conta vinculada e ser autorizado pela Lei
de Instituição da Operação Urbana a partir dos estudos previstos no Decreto Municipal
5.923/2014. O Projeto de Lei de Instituição da OUC Avenida Maanaim deve contar com a
participação dos proprietários, moradores, usuários e investidores, visando alcançar as
transformações urbanísticas estruturais propostas e possibilitando a preservação ambiental da
área do perímetro da operação destinada a tal fim.
O Conselho Gestor da Operação foi formatado como um órgão auxiliar da
Administração Pública Municipal de forma direta, sendo parte integrante da Secretaria
Municipal de Planejamento Urbano de Coronel Fabriciano, unidade que deverá se
responsabilizar pelo gerenciamento da OUC. O Conselho Gestor da OUC Avenida Maanaim é
o seu órgão que promove o controle social e monitoramento, tendo na sua composição,
participações do Poder Público, da Sociedade Civil Organizada e da população, em especial a
diretamente envolvida no perímetro da OUC como nos limites da área afetada pela operação,
tanto para pactuar prioridades de investimentos, como para garantir a realização das ações,
como previsto no Cronograma de Implantação da OUC Avenida Maanaim, cujo horizonte de
execução são 20 (vinte) anos.

3.5.1.1 Da Competência do Conselho Gestor:


A Definição do papel do Conselho Gestor na operacionalização do Fundo e sua
competência é atribuição obrigatória e constitui importante ferramenta para controle social da
OUC. Desta forma, as ações de competência do Conselho Gestor na OUC são:
 Aprovar e deliberar sobre o plano da OUC Avenida Maanaim;
 Deliberar sobre a comprovação das obras, a aprovação de empreendimentos e
dos incentivos urbanísticos;

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 Definir a comercialização, ressarcimentos dos CEPAC’s e seus valores no


tempo;
 Acompanhar o cronograma da OUC Avenida Maanaim;
 Fiscalizar a aplicação das regras definidas pela lei que criou a operação urbana;
 Definir a aplicação dos recursos da operação urbana e dar transparência ao
processo;
 Avaliar as propostas e aprovar as contrapartidas, acrescentando outras se for o
caso;
 Avaliar e aprovar o controle do fluxo financeiro em contas vinculadas específicas
e suas aplicações, observando a limitação da destinação exclusivamente à operação urbana,
vedando propostas que contrariem tal definição;
 Decidir conflitos e controvérsias no decorrer do processo de implementação da
operação;
 Além do Conselho Gestor aprovado em lei para os fins que se objetiva, para fins
de implantação da regularização fundiária, assistência técnica, produção de habitação de
interesse social e no acompanhamento da implementação dos equipamentos de uso
comunitário, deverá ser instituída a CLAO - Comissão Local de Acompanhamento de Obras, a
ser detalhada pela lei da OUC, composta apenas por moradores da área afetada, que
trabalhará como órgão acessório ao Conselho, emitindo relatórios locais de obra, submetidos
para conhecimento do Conselho. Em geral, sua natureza constitutiva amplia a participação da
comunidade, no acompanhamento da ação de regularização, na implantação de obras de
infraestrutura, na elaboração de propostas para atendimento da produção da habitação de
interesse social e tem por objetivo mitigar no acompanhamento da implantação do projeto de
regularização fundiária e na construção de unidades habitacionais.
 Aprovar o uso dos instrumentos urbanísticos específicos, aplicando a fórmula de
cálculo de Outorga Onerosa do Direito de Construir (ODC) e de Transferência do Direito de
Construir (TDC) aplicáveis na área.

3.5.1.2. Constituição do Conselho Gestor


O Conselho Gestor terá a seguinte composição:
 Dois representantes do Poder Executivo;
 Um representante dos proprietários das glebas no perímetro da operação;
 Um representante do(s) empreendedor(es);
 Um representante da comunidade no perímetro da operação;
 Um representante da comunidade que more na ADA- Área Diretamente Afetada.

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Obs: A Presidência do Conselho Gestor deverá ser exercida por representante do


Poder Público, mediante designação do Prefeito Municipal.

3.5.2. A Gerência Executiva da OUC


A OUC Avenida Maanaim contará com uma Gerência Executiva que prestará o suporte
técnico e a base técnica e operacional suficiente para a execução das operações financeiras a
serem realizadas.
Além disso, a Gerência Executiva da OUC Avenida Maanaim tem o papel de analisar as
condições técnicas para aprovação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos apresentados
pelos proprietários e investidores e as solicitações de Potenciais Adicionais de Construção
mediante compra de CEPAC’s, Transferência de Direito de Construir e contrapartidas
apresentadas.
Também será de responsabilidade da Gerência Executiva o encaminhamento das
propostas de projeto vinculadas à OUC Avenida Maanaim para análise e anuência pelo
Conselho Gestor, além da aprovação final dos projetos e autorização para o início de obras,
garantidas as transferências de recursos obtidos pela aquisição de potenciais adicionais por
parte dos empreendedores.
Embora a Gerência Executiva integre a estrutura administrativa da Secretaria de
Governança Urbana, Planejamento e Meio Ambiente e tenha suas funções desempenhadas
por servidores efetivos ou de livre nomeação e exoneração, poderá haver destinação de parte
dos recursos auferidos diretamente com a Operação Urbana para o custeio das atividades da
mesma.
Enquanto a Operação Urbana ainda não tiver recursos captados e transferidos ao
Fundo Gestor, o custeio da Gerência Executiva será garantido pelo Poder Executivo, de forma
reembolsável.

3.5.2.1. Da Competência da Gerência Executiva


Compete à Gerência Executiva:
 Analisar tecnicamente os projetos arquitetônicos e urbanísticos propostos para a
OUC Avenida Maanaim para aprovação;
 Analisar tecnicamente as Contrapartidas oferecidas para permuta por Potenciais
Adicionais de Construção;
 Avaliar e atualizar, mediante estudos técnicos e atuariais, o estoque e o valor de
Potenciais Adicionais de Construção para comercialização, podendo contratar profissional
habilitado para assessoramento técnico desta ação;

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 Calcular os valores a serem pagos pela aquisição de Potenciais Adicionais de


Construção por parte de proprietários e investidores;
 Encaminhar ao Conselho Gestor os projetos analisados para análise e anuência;
 Analisar os projetos apresentados mediante comprovação de pagamento dos
Potenciais Adicionais de Construção para aprovação do Conselho Gestor;
 Monitorar a disponibilidade de Potenciais Adicionais de Construção da OUC;
 Analisar os ativos disponíveis na OUC Avenida Maanaim, autorizando para que
os recursos financeiros possam ser aplicados em operações financeiras enquanto não forem
efetivamente utilizados, com objetivo de aumentar ou atualizar suas próprias receitas;
 Analisar, monitorar as operações de mercado com os CEPAC’s e zelar pelo
equilíbrio financeiro e interesse público da OUC Avenida Maanaim;
 Administrar convênios e aportes de recursos oriundos de outros fundos ou
decorrentes de leilões de CEPAC’s, quando ocorrer;
 Emitir relatórios gerenciais e analíticos para publicação pela administração
pública, para fins de preservar o controle social e a transparência das operações da OUC;
 Divulgar a movimentação financeira realizada, com atualizações periódicas
sobre a origem dos depósitos e a destinação das aplicações, prevendo os meios a serem
disponibilizados para essa divulgação;
 Emitir relatórios gerenciais e analíticos para aprovação do Conselho Gestor;
 Subsidiar o Conselho Gestor com emissão de parecer prévio para processos de
natureza deliberativa no que tange à aprovação de projetos e uso tanto de Transferência do
Direito de Construir como de Outorga do Direito de Construir, de recursos incentivados quanto
onerosos, analisando as contrapartidas oferecidas;
 Constituir comissões de interface pública com órgãos da administração pública
para coleta e emissão de parecer sobre projetos apresentados no âmbito da OUC Avenida
Maanaim;
 Gerenciar a conta especial para depósito das suas receitas e fazer sua
manutenção em agência de estabelecimento oficial de crédito, prestando contas ao Conselho.

3.5.3. Da gestão da OUC Avenida Maanaim


O Conselho Gestor da Operação Urbana Consorciada será instituído por lei, garantido
sua manutenção, gestão e autonomia, sendo parte da estrutura da Secretaria Municipal de
Planejamento Urbano, tendo orçamento próprio, contando com a participação de órgãos
municipais e de entidades representativas da sociedade civil, visando à implantação do
Programa Básico de Intervenção e o monitoramento de seu desenvolvimento.

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Figura 3 - Forma de Operacionalização da OUC Avenida Maanaim (Fonte: Lei Complementar 0006, de
28 de dezembro de 2017).

A OUC Avenida Maanaim é operacionalizada conforme o fluxograma acima. A sua


dinâmica de operacionalização se dá a partir dos investidores adesistas proprietários de lotes
inseridos na Operação. Estes podem ser proprietários diretos ou estar associados aos
proprietários de terra, como parceiros em regime de SPE (Sociedade de Propósito Específico)
ou outro arranjo comercial existente no mercado imobiliário. A implantação de propostas para
avaliação se dará pela proposição de projetos diretamente ao Conselho Gestor, através da
Gerência Executiva, com respectiva avaliação e aprovação de contrapartidas necessárias, se
for o caso, respeitadas a natureza e as diretrizes da Operação Urbana.
O Conselho Gestor é um órgão de natureza mista, de composição paritária e que
representa a sociedade civil na avaliação da proposta, especialmente no que diz respeito à sua
natureza deliberativa, quanto ao processo de análise, discussão e proposição de ajustes e
sugestões para o investidor. A natureza da sua constituição, já descrita neste texto, tem
natureza paritária e propicia o controle social estabelecido pelo Estatuto da Cidade, Lei Federal
nº. 10257/2001. No caso das operações propostas, o Conselho Gestor é apoiado técnica e
administrativamente por uma gerência que o assessora na definição das diretrizes de
aprovação dos projetos, fazendo controle da sua avaliação.

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Na elaboração de um projeto poderão ser utilizados instrumentos e parâmetros fora do


limite de 1,0 de Coeficiente de Aproveitamento (CA) arbitrado para a OUC Avenida Maanaim.
Esta situação pode ocorrer tendo em vista a justa distribuição de recursos da urbanização entre
os proprietários da área, considerando também mecanismos de transferência de estoques
urbanísticos que possam proporcionar a manutenção das áreas ambientalmente frágeis em
seu perímetro. São os seguintes os instrumentos e parâmetros diferenciados:
 As próprias Transferências de Direito de Construir (TDC) de um terreno para o
outro.
 A utilização de incentivos urbanísticos, sempre limitados à soma de TDC mais
incentivos urbanísticos, no limite de CA até 1,7.
 A utilização do CA máximo 3,0 no caso de aquisição de CEPAC’s para
consecução do coeficiente máximo igual a 3,0.
 As operações financeiras da OUC Avenida Maanaim reguladas a partir do
coeficiente 1,7, sendo o Fundo Gestor responsável por esta recepção e o controle de seu fluxo
de caixa de responsabilidade do Conselho Gestor.

A operação de investimento é sempre associada à operação de análise de sua


viabilidade dentro dos limites do controle da operação.

3.5.4. Das deliberações do Conselho Gestor


O Conselho Gestor da OUC Avenida Maanaim realizará o controle social da Operação
Urbana, cabendo-lhe:
 Exercer o controle social da OUC Maanaim;
 Deliberar sobre as prioridades para implantação do Programa Básico de
Intervenção da OUC Avenida Maanaim, inclusive sobre a implantação e a aplicação dos
recursos vinculados à Habitação de Interesse Social, à implantação de equipamentos públicos
e à preservação do patrimônio ambiental da área, parte integrante do Município e resguardado
pelo Plano Diretor;
 Propor programas e estratégias que possam aprimorar os projetos previstos no
Programa Básico de Intervenção, da OUC Avenida Maanaim;
 Acompanhar o andamento dos projetos e obras relativas ao Programa Básico de
Intervenção, por meio da aprovação dos relatórios apresentados pela Gerência Executiva por
parte do Conselho;
 Estabelecer as diretrizes e os programas de alocação dos recursos da OUC
Avenida Maanaim, em consonância com os critérios definidos na Lei de criação da mesma;

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 Acompanhar e avaliar a gestão econômica e financeira dos recursos, bem como


os ganhos sociais e o desempenho dos programas aprovados no âmbito da OUC Avenida
Maanaim;
 Apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais da Operação Urbana;
 Pronunciar-se sobre as contas do Fundo depois do seu encaminhamento aos
órgãos de controle interno, para os fins legais;
 Adotar as providências cabíveis para a correção e, se for o caso, sanções
decorrentes de atos e fatos da OUC Avenida Maanaim que prejudiquem o desempenho e o
cumprimento das suas finalidades;
 Dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares, relativas aos
recursos da OUC Avenida Maanaim, nas matérias de sua competência;
 Aprovar seu Regimento Interno;
 Propor normas e valores de remuneração do corpo técnico;
 Definir critérios de valor de remuneração para o exercício da fiscalização;
 Definir critérios para recolhimentos em atraso de pagamentos de CEPAC’s;
 Divulgar, no Diário Oficial do Município, todas as decisões proferidas pelo
Conselho Gestor da OUC Avenida Maanaim, bem como a conta do Fundo, e os seus
respectivos pareceres emitidos;
 Autorizar a integralização dos CEPAC’s no limite de tempo da OUC Avenida
Maanaim;
 Acompanhar a execução dos programas da OUC Avenida Maanaim e do plano
de prioridades que deverá ser definido previamente a cada leilão de CEPAC’s, quando
ocorrerem;
 Apreciar relatórios gerenciais executados pela Gerência Executiva do Conselho
Gestor da OUC Avenida Maanaim;
 Deliberar sobre processos submetidos à aprovação de projetos e uso tanto de
TDC’s, como de ODC’s de recursos incentivados ou onerosos, analisando as contrapartidas
oferecidas;
 Aprovar relatórios das comissões de interface pública com órgãos da
administração pública para coleta e emissão de pareceres sobre projetos apresentados no
âmbito da OUC Avenida Maanaim.

As deliberações do Conselho Gestor serão aprovadas por meio de Resoluções do


Conselho Gestor.

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3.6. O Fundo Gestor Com Conta Vinculada da OUC


A Lei Municipal deverá prever a criação de um Fundo Gestor da Operação Urbana
Consorciada Avenida Maanaim, cuja finalidade é o gerenciamento dos CEPAC’s gerados.
O Fundo deverá funcionar a partir da constituição de uma conta, associada à estrutura
de gestão social da Operação. A conta será proporcionada pela recepção de recursos
aplicáveis nos limites da OUC Avenida Maanaim e oriundos de receitas advindas de venda do
potencial adicional construtivo decorrente da Outorga Onerosa do Direito de Construir e de
ações provenientes de correção e multas. Também poderá movimentar recursos provenientes
de financiamento de parte de Operação por outros fundos e até ações casadas que possam
gerar recursos para a Operação, sendo sua gestão financeira feita dentro de estabelecimento
oficial de crédito.
Os recursos provenientes de venda do Potencial Construtivo são provenientes da
comercialização dos CEPAC’s - Certificado de Potencial Adicional Construtivo.
A lei que instituir o Fundo deverá prever a autorização para que os recursos financeiros
possam ser aplicados em operações financeiras enquanto não forem efetivamente utilizados,
com objetivo de aumentar ou atualizar suas próprias receitas.
Anualmente, o Conselho Gestor deverá apresentar orientações para a elaboração e a
execução de programas de trabalho que deverão estar representados nas diretrizes e
programação orçamentária e integrar os projetos de leis orçamentárias a serem encaminhados
à Câmara Municipal.

3.7. O Certificado de Potencial Adicional Construtivo - CEPAC

3.7.1. Definições
O termo CEPAC’s foi utilizado pela primeira vez em 1995, no Município de São Paulo,
pelo Secretário de Planejamento Municipal, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, "para
separar a contrapartida econômica da realização do projeto que lhe deu origem." Desde então
compõem o instrumental econômico de mensuração pecuniária cuja composição contribui para
a viabilização da implantação das operações urbanas consorciadas.
No Município de Coronel Fabriciano os CEPAC’s (Certificados de Potencial Adicional de
Construtivo) são valores mobiliários emitidos, no caso, pela Prefeitura Municipal, mediante
aprovação do Conselho Gestor da OUC Avenida Maanaim e utilizados como meio de
pagamento de contrapartidas para a outorga do Direito Urbanístico Adicional por parte do
empreendedor, no interior do perímetro da Operação Urbana Consorciada. Os CEPAC’s fazem
jus ao Potencial Adicional Construtivo Oneroso da área da operação que, no caso da OUC
Avenida Maanaim, são auferidos à aplicação de potencial adicional construtivo acima do
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coeficiente de aproveitamento básico da operação, que é 1,00. O total de aplicação de


CEPAC’s previsto para OUC Avenida Maanaim equivale ao cálculo do seu valor em função da
área de aplicação do instrumento.
Esses CEPAC’s poderão ser utilizados em área para aplicação do Potencial Adicional
de Construção ou em modificação de usos e parâmetros de um terreno ou projeto. O custo dos
CEPAC’s é calculado unitariamente em relação aos valores de investimentos e custeio da
operação.
A moeda urbanística tem sido utilizada como mecanismo de viabilização do
investimento e do custeio de áreas objeto de intervenção urbana, utilizado o instrumento da
Operação Urbana Consorciada.
Deriva-se da aplicação do instrumento de Outorga Onerosa do Direito de Construir,
onde a moeda de aquisição de CEPAC’s.

3.7.2. Forma de aquisição e utilização


A Lei Específica que autorizará a OUC Avenida Maanaim, cujo anteprojeto de lei é
disponibilizado para discussão pública a partir desta proposta, submetida à Audiência Pública,
possui inclusa autorização para emissão de CEPAC’s. O Decreto Municipal Regulamentador
da referida lei irá determinar regras de emissão de CEPAC’s, sendo que sua comercialização
demandará emissão de comprovante de aceitação da operação e de seu registro em Bolsa de
Valores ou órgãos de controle financeiro autorizados previamente para este fim.
Os CEPAC’s deverão ser alienados pelo Município, na forma que venha a ser
determinada pelo Conselho Gestor, ou utilizados para o pagamento, no todo ou em parte, de
projetos, gerenciamentos, obras e desapropriações, amigáveis ou judiciais, e para a aquisição
de terrenos relativos ao Programa de Intervenções da OUC Avenida Maanaim, inclusive para
adimplemento de obrigações decorrentes da utilização dos instrumentos previstos em lei.
Adota-se como valor do CEPAC o preço de venda obtido na última comercialização aprovada,
permitida a atualização de acordo com o INCC – Índice Nacional de Custo da Construção, cuja
data de referência será o mês anterior à alienação.
Os CEPAC’s podem ser adquiridos na forma de serviços prestados ou em garantia
pecuniária aprovada pelo Conselho Gestor. Os serviços feitos serão obrigatoriamente
atestados por avaliadores ligados aos bancos públicos de financiamento. Tal orientação se
dará para os serviços propostos pelo empreendedor, correspondente à infraestrutura pública
não incidente obrigatoriamente nos empreendimentos, que são de interesse público, e de
natureza pública.

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Os CEPAC’s podem ser comprados direto da OUC ou adquiridos de intervenientes,


sendo que os CEPAC’s poderão ser negociados livremente, salvo se estiverem vinculados a
um lote específico.
A compra de CEPAC’s poderá se dar através da realização da operação com depósito
dos valores dos CEPAC’s adquiridos através da operação detalhada na Figura 2 do
organograma do item 2.5.3.
No caso de CEPAC’s ofertados em leilão, somente poderão ser comercializados
mediante a observância dos princípios da regulação de ação desta natureza previstos na
Instrução da CVM nº 401, de 29/12/2003. O Município deverá contratar instituição integrante do
sistema de distribuição de valores mobiliários que, na qualidade de líder da distribuição, atuará,
em conjunto com o Município, nos pedidos de registro, na colocação dos CEPAC’s no
mercado, e nas comunicações com a CVM e com o mercado.
As quantidades de CEPAC’s e seus respectivos descontos no valor de venda e usos em
projetos no limite da OUC serão definidos pelo Conselho Gestor da Operação Urbana de
acordo com condições de mercado e as necessidades do Programa de Intervenções,
devidamente assessorado pela equipe técnica que analisa a viabilidade da operação. A venda
dos CEPAC’s deverá ser respaldada na emissão de parecer técnico assinado pelo analista
financeiro que comporá a Gerência Executiva na qualidade de Técnico de Assessoramento do
Conselho Gestor da OUC.
O pagamento do valor da venda dos CEPAC’s será aplicado na conta específica do
Fundo Gestor da Operação, autorizada por lei, gerenciada e auditada pelo Conselho Gestor
Operação Urbana à vista ou parceladamente, sendo, neste caso, no mínimo 15% (quinze por
cento) à vista, e o saldo restante em até 10 (dez) prestações mensais, iguais e consecutivas,
devidamente corrigidas por índice oficial municipal, a ser definido por decreto.
Os recursos públicos, auferidos com o cálculo do potencial construtivo básico
decorrente das áreas desafetadas do uso privado pelo poder público serão configurados como
CEPAC’s vinculados para livre comercialização na área, estando integralizados em CEPAC’s e
sendo utilizados para a construção dos equipamentos públicos existentes no perímetro da
Operação ou no S-ADA - Área Diretamente Afetada por ela, detalhada adiante neste
documento. Esta geração de CEPAC’s em propriedade pública, também comercializada pela
operação, torna-se uma novidade, possibilitando que o estoque financeiro gerado por sua
comercialização seja utilizado para manutenção do referido equipamento não estando vedada
a utilização de investimentos adicionais advindos da sua manutenção/custeio.
O ressarcimento dos recursos investidos em destinação de terrenos, manejo, gestão e
recuperação ambiental, ampliação de infraestrutura, anterior ao início da operação entrarão na
conta como contrapartida física ou em serviços, mencionada acima, sendo seu valor apurado
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(previsto no Laudo de Avaliação) e considerado como desconto na compra dos CEPAC’s. Será
parte de uma Concessão Onerosa do Direito de Construir que permite ao investidor, mediante
obrigações urbanísticas constituídas, garantir acesso a índices do Potencial Adicional de
Construção, mediante compromisso comprovado de investimento e finalização de obras dentro
dos limites da operação.
A venda dos CEPAC’s ou a dedução de valores resultantes de contrapartidas
urbanísticas, feitas antes ou depois do início da operação urbana e sendo estas últimas objeto
de avaliação apresentada e aprovada pelo Conselho Gestor e devidamente aprovadas pelo
mesmo, deverão ser obrigatoriamente gravadas no Cartório de Registro de Imóveis do
Município, sendo atualizada no momento de cada transação.
Poder-se-á antecipar receitas advindas do instituto dos CEPAC’s, Certificados de
Potencial Adicional Construtivo, através de Operações Estruturadas por Fundos e/ou entidades
bancárias de fomento do desenvolvimento urbano, como o FI-FGTS, a Caixa Econômica
Federal, o BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, e outras
Agências de Fomento Estatais, Privadas ou Internacionais como o BID ou o Banco Mundial, na
forma da lei, no todo, ou em parte de seu estoque, estando estas entidades já autorizadas às
operações de financiamento, com os ágios e deságios pertinentes, bem como os
procedimentos atuariais necessários, visando que se realizem as obras necessárias à
infraestrutura e valorização da área objeto da OUC Maanaim.
Estas Operações Estruturadas de Financiamento serão lastreadas em CEPAC’s, não
exigindo garantias outras da municipalidade, nem afetarão a Capacidade de Endividamento
desta municipalidade, não se exigindo desta, outro tipo de garantia.

3.7.3. Desvinculação e transferência de CEPAC’s


Os CEPAC’s poderão ser desvinculados após comercializados, sendo integralizados
novamente ao Fundo, mediante a autorização do Conselho Gestor, por qualquer investidor
ou mesmo por terceiros, por desistência de negócio ou desistência do título, mediante o
pagamento em dinheiro, ao Fundo de multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor do
CEPAC na última comercialização realizada, por cada CEPAC desvinculado, atualizado de
acordo com o INCC, tendo como data de referência o mês anterior ao pedido de
desvinculação.
O estoque em metros quadrados liberados pela desvinculação dos CEPAC’s retornará
ao saldo de estoque de Potencial Adicional de Construção da OUC Avenida Maanaim, no
mesmo setor, após 90 (noventa) dias da decisão que autorizou a sua desvinculação, quando
poderá ser utilizado para vinculação novamente ao objeto da OUC. Tal procedimento deverá

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ser publicado em veículo oficial, sendo previamente aprovado pelo Conselho de forma a
garantir a transparência da gestão da área objeto da operação, por parte do conselho gestor.
A operação de desistência, mediante a aprovação do Conselho Gestor, seguirá os
trâmites legais, deverá ser averbada no Cartório de Registro de Imóveis pelo autor do pedido
de desvinculação de CEPAC’s e logo depois apresentada ao Conselho para aprovação junto
ao mesmo. A transferência das CEPAC’s será feita ao Fundo e publicada em órgão de
circulação, assim que se consolidar os prazos previstos em lei. Importante ressaltar que todo
projeto feito no perímetro da operação e que use da compra de ODC (CEPAC’s), terá imediata
vinculação destes títulos, sendo estes averbados em cartório de registro de imóveis.

3.7.4. Aplicação dos recursos obtidos através de ODC - Outorga Onerosa do


Direito de construir e utilização dos CEPAC’s:
São diretrizes para utilização dos recursos advindos da OUC para indução do
crescimento sustentável na área incidente à operação:
 Proteção, manejo e preservação de reservas ambientais de uso sustentável e
ambiental;
 Recuperação de área degradada e adequação das áreas de amortecimento de
drenagem urbana, voltadas para a fruição econômica e uso público das áreas lindeiras a estas
áreas, permitindo o desenvolvimento de atividades de lazer, turismo e meio ambiente;
 Produção e melhoria habitacional, tais como ampliação e reforma (estas feitas
mediante edital de assistência técnica) e regularização fundiária urbana para fins de interesse
social;
 Destinação de áreas públicas para equipamentos urbanos voltados para saúde,
educação e mobilidade, financiadas com recursos advindos da operação urbana;
 Destinação de áreas públicas para instalação de setores públicos destinados à
serviços públicos de uso coletivo;
 Implantação de polo de desenvolvimento voltado para Arranjos Produtivos
Locais (APL’s) tecnológicos, centros de aprendizagem e desenvolvimento do ensino;
 Implantação de um centro comercial de dimensões regionais de excelência e
interface metropolitana;
 Impulsão de atividades de uso metropolitano, principalmente na geração de
emprego e renda com implantação de polos de comércio, tecnologia e serviços.
 Custeio de equipamentos e serviços públicos no interior da operação.

De forma a:

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 Promover a reconfiguração do território adequada às características físicas,


topográficas e geomorfológicas do sítio, previstas no Plano Diretor;
 Aumentar o acesso às áreas verdes e aos equipamentos públicos que possam
ser implantadas no seu interior, melhorando a qualidade, o dinamismo e a vitalidade dos
espaços públicos e a gestão e manejo das áreas verdes protegidas;
 Melhorar as condições de acesso e mobilidade da região, especialmente por
meio de transportes coletivos, por meio de corredores de ônibus e por transportes não
motorizados, e oferecer conforto, acessibilidade universal e segurança para pedestres e
ciclistas, proporcionados pela Avenida Maanaim.
 Promover a inclusão social e redução das desigualdades a partir da produção,
melhoria e ampliação da oferta habitacional e acesso à posse segura da moradia;
 Adequação às metas e indicadores dos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável da Agenda 2030 - metas para o Desenvolvimento Sustentável previstas na Carta
de Quito 2016 e na Conferência do Clima- COP21.

Para efeitos da construção da OUC Avenida Maanaim, estabeleceu-se uma listagem de


atividades urbanas na região da operação que demandam investimentos em construção e
custeio dos referidos empreendimentos, a saber, acrescenta-se ao programa de obras alguns
investimentos que poderão ser colocados em andamento com recursos arrecadados com os
CEPAC’s:
 Construção de CRAS – Centro Comunitário de Assistência Social;
 Construção de Centro Comunitário a ser definido pela comunidade, em
vinculação com um Centro de Monitoramento Ambiental e de Assistência Técnica, produzido
para tal fim, de forma a atender a Lei n°. 11888/2008;
 Construção, em parceria com o Estado, de Posto de Monitoramento das
políticas de segurança pública aplicáveis ao município;
 Construção de Centro Administrativo Municipal;
 Construção de equipamento, em regime de parceria público-privada, associada
aos resultados da operação, que possibilitem a implantação de um terminal de mobilidade
metropolitano.

A Lei Municipal que instituir a OUC Avenida Maanaim permitirá investimentos diretos na
Área Diretamente Afetada. Desta forma, acredita-se ser possível acrescentar ao programa de
investimentos, a construção de Terminal Metropolitano na ADA - Área Diretamente Afetada
pela OUC Avenida Maanaim, sendo esperada a adesão dos proprietários fundiários e

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investidores que desejam aderir a operação urbana, após sua aprovação, percorrendo-se o
universo de 20 anos de sua execução.
Propõe-se que a Lei estabeleça a destinação mínima obrigatória de parcela dos
recursos captados em sua execução, deduzidas as taxas, emolumentos e custos de
administração, de acordo com os seguintes percentuais:
I – 20% (vinte por cento) para construção dos equipamentos públicos, considerados
também recursos para construção da nova sede administrativa da municipalidade, no perímetro
da operação e na ADA;
II - 20% (vinte por cento) em produção/melhoria de Habitação de Interesse Social da
Faixa 1 e 1,5 (projeto, Assistência Técnica e terreno urbanizado), compreendidas no escopo
estabelecido no Programa de Intervenções;
III - 10% (dez por cento) para finalidade de preservação do patrimônio ambiental e
cultural, em ações vinculadas aos objetivos da OUC Avenida Maanaim, ouvidos os órgãos de
preservação;
IV- 30% (trinta por cento) recursos de custeio e manutenção dos investimentos
públicos no limite da operação e na S-ADA e manutenção da estrutura administrativa de
funcionamento do Conselho, Gerência e Fundo Gestor da Operação sendo esta nunca
ultrapassando 40% (quarenta por cento) dos recursos;
VI- 20% (vinte por cento) em investimentos em infraestrutura urbana e políticas
públicas de desenvolvimento urbano, incluso na edificação de equipamentos de transporte e
mobilidade urbana de caráter metropolitano.

Como mencionado acima, os recursos captados previstos em lei serão destinados à


execução do Programa de Intervenções em Urbanismo, sendo alocados em fundo específico
da Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano e sendo de responsabilidade do Conselho
Gestor o controle de sua aplicação.

3.7.5. Valores e validade do CEPAC


O valor mínimo sugerido para cada CEPAC está calculado no Anexo I deste
documento. Para isto, foram estimados os custos dos investimentos previstos como
contrapartida, os custos de desapropriações e custeios da operação.
O valor final proposto é de R$200,00/m² (duzentos reais por metro quadrado) de área
adicional adquirida na operação. Este valor será corrigido anualmente pelo INCC – Índice
Nacional de Custo de Construção.
O direito outorgado pelo CEPAC é válido enquanto durar a vigência da Lei da Operação
Urbana ou o seu esgotamento dos estoques de metros quadrados totais.
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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 45


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3.7.6. Os estoques geradores de CEPAC


Os estoques de Potencial Adicional de Construção comercializável por intermédio de
CEPAC totalizam 2.211.519,07 m2 (dois milhões, duzentos e onze mil, quinhentos e dezenove
metros quadrados e sete centímetros quadrados), considerados os ressarcimentos que
provocarão a utilização de CEPAC’s, que são ressarcimentos por compensações de serviços,
de natureza não pecuniária, elaborados nos limites da OUC.
Os estoques de Potencial Adicional de Construção estão distribuídos na OUC Avenida
Maanaim de forma equitativa. Os estoques adicionais da área, cedidos de forma não onerosa
através de infraestrutura urbana estão vinculados ao manejo e preservação destas áreas.
O potencial construtivo básico das áreas verdes não parceláveis, em sua totalidade,
localizadas no perímetro da operação, estarão integralizados em forma de CEPAC’s.
No Perímetro de Adesão da OUC fica definido o Potencial Adicional de Construção de
2.211.519,07 m2, dos quais 2,40%, equivalentes a 53.059,69 m², serão destinados
exclusivamente para a implantação de Empreendimentos de Habitação de Interesse Social,
conforme diretriz do PLHIS e da Política Municipal de Habitação.

3.8. Os instrumentos específicos para uso na Operação Urbana


No limite da OUC Avenida Maanaim, bem como na sua S-ADA - Área Diretamente
Afetada admitir-se-á a utilização de outros instrumentos urbanísticos previstos na Lei Federal
10.257/01, o Estatuto da Cidade, e especificados na Lei Municipal 3.759/12, o Plano Diretor.
Dentre os instrumentos previstos, estão:

3.8.1. Regularização fundiária no perímetro da OUC Avenida Maanaim e S-ADA:


Previsto pelo Plano Diretor do Município para o bairro Residencial Novo Reno, será
obrigatória para as áreas dos bairros Sílvio Pereira II, Novo Reno e zonas lindeiras à Avenida
Tancredo Neves que apresentem características que justifiquem sua utilização.
Para fins de incentivar o uso de áreas regularizadas para atendimento às demandas de
déficit habitacional, a utilização dos CEPAC’s poderá ser feita em áreas de regularização
fundiária, como contrapartida pública e investimentos na política de habitação, comprovada a
regularização final da área, conforme plano de intervenção e gravame final da averbação de
imóvel no Cartório de Registro de Imóveis.
Nos casos de Regularização Fundiária, tais recursos poderão ser utilizados pela
municipalidade para fins de renovação predial, atendimento de funções habitacionais e
econômicas, em escala familiar que permitam a redução do déficit habitacional familiar no limite
do lote da família. O Potencial Adicional de Construção gerado poderá ser transferido para
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outro lote, assegurados os índices que permitam a viabilidade da renovação do estoque de


construção existente no local, sempre mantendo a população local alocada no mesmo imóvel.

3.8.2. Programa de Monitoramento de Área de Risco no perímetro da OUC


Avenida Maanaim e S-ADA:
Obrigatório para as áreas dos bairros Sílvio Pereira II e Novo Reno e zonas lindeiras à
Avenida Tancredo Neves, conforme definido pelo Plano Municipal de Redução de Riscos do
Município.

3.8.3. Assistência Técnica, Social e Jurídica no perímetro da OUC Avenida


Maanaim e S-ADA:
É obrigatória para as áreas dos bairros Sílvio Pereira II e Novo Reno e em zonas
lindeiras à Avenida Tancredo Neves, na zona diretamente afetada, durante todo o período de
implantação da Operação Urbana, em que estejam presentes as condições previstas na Lei
Federal nº. 11.888 de 24 de dezembro de 2008, que assegura às famílias de baixa renda
assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse
social.

3.8.4. Transferência do Direito de Construir:


A TDC - ou Transferência do Direito de Construir - é o instrumento que possibilitará o
uso do Coeficiente Básico 1,00 (um) das áreas de preservação, de forma que os recursos
decorrentes deste uso comercializados a terceiros ou transferidos para uma área específica,
reverta às áreas de interesse ambiental recursos para sua preservação, sendo parte destes
investimentos em manejo, infraestruturas e custeio da preservação destas áreas.
A Transferência do Direito de Construir no perímetro da OUC Avenida Maanaim poderá
ser utilizada pelo proprietário privado para efeitos de utilização do potencial das áreas de
preservação em gleba de sua propriedade para outra área e comercialização de potencial
construtivo para terceiros, nos limites da operação. Nos casos onde ele transfira estoques de
construção proveniente de áreas verdes, haverá reversão de 10% (dez por cento) dos
recursos auferidos obrigatoriamente para manutenção, gestão e recuperação das áreas verdes
geradoras de TDC, conforme definido no item 3.7.4, com compromisso registrado em registro
de imóveis e obrigatoriedade auferida por foto área e emissão de Relatório de controle
Ambiental (RCA) e Plano de Controle Ambiental (PCA), anual por técnico competente,
aprovado pelo Conselho Gestor.
Sendo instrumento utilizado em nível privado, para que se consolide as transferências
de direito de construir entre intervivos e calcadas nos cálculos de potencial de estoque
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existentes para uma determinada área da operação urbana, estes também serão gravados em
cartório. Para efeitos de consecução de objetivos, a valoração ambiental e urbanística se
equivalem em valor de uso do solo, não havendo diferença de avaliação de área ambiental
para área urbana plenamente edificada, conceito estendido para as áreas de HIS.

3.8.5. IPTU Progressivo no Tempo, nos limites da operação:


Com o objetivo de dar ritmo à operação e atingir as metas da Operação Urbana, sem
prejuízo das cominações previstas no instrumento de adesão e compromisso dos proprietários
para com a OUC Avenida Maanaim, a Administração Municipal poderá, nos termos do Art. 114
e seguintes da Lei Complementar Municipal n. 01 de 23 de dezembro de 2008, aplicar o
Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no Tempo sobre aqueles imóveis que forem
enquadrados como não edificados, subutilizados ou não utilizados.

4. O PLANO URBANÍSTICO

4.1. A definição da área atingida pela OUC Avenida Maanaim


O perímetro da Operação procurou inicialmente abranger todas as áreas que possam
se relacionar diretamente com a Avenida Maanaim. Desta forma, além das glebas já
parceladas de propriedade de Empreendimentos Novo Reno Ltda e Lucas Quadros Silva,
foram incluídas as glebas de Maurício Gonçalves de Souza – que inclusive já possui um imóvel
construído no local e que se encontra alugado para a Prefeitura Municipal para funcionamento
da Delegacia de Trânsito - e de Adriana Duarte Ramos, ambas lindeiras à avenida.
Como a avenida é afetada pela microbacia do bairro Caladinho, foi inserida a
propriedade de Hudson Santos Costa, já que esta área será envolvida na obra de drenagem a
ser executada, conforme diagnosticado pelo estudo hidrológico elaborado e que é parte
integrante desta proposta. Além disso, esta propriedade articula a Avenida Maanaim ao bairro
Residencial Novo Reno, também envolvido na operação.
O bairro Residencial Novo Reno foi incluído na área da operação para que se viabilize o
Programa de Regularização Fundiária dos imóveis locais, pleito histórico de seus moradores.
Este bairro poderá se articular com a Avenida Maanaim através de obra viária a ser executada
na propriedade de Hudson Santos Costa, favorecendo a mobilidade urbana no local e
permitindo o deslocamento rápido para a região norte do Município, através do bairro Sílvio
Pereira II.
Também foi incluída na operação a propriedade de José Gregório Filho e Vani
Medeiros, que possui condições favoráveis de parcelamento, haja vista que a própria Lei do
Plano Diretor inseriu parte da gleba como AEIS-2 Área de Especial Interesse Social,
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preferencialmente voltada para a produção de habitação para população de baixa renda.


Entretanto, o perímetro delimitado no zoneamento do Plano Diretor não potencializou toda a
área passível de parcelamento, o que justifica sua retificação.
Por uma questão de delimitação do perímetro da operação, foi inserida a propriedade
de Jane Linhares Pinto, ainda que esta não tenha aderido inicialmente à proposta da operação,
preferindo manter as condições urbanísticas atuais para sua gleba. É possível que,
posteriormente, a proprietária venha aderir à presente Operação Urbana.
Na ocasião são incluídas 02 (duas) áreas da Fazenda Bom Jesus, sendo, uma gleba de
propriedade da Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda. e outra gleba de
propriedade da Tempo Empreendimentos Imobiliários Ltda.). Conforme definido com o poder
executivo municipal, a inclusão destas áreas visa promover a interligação da avenida
Maananim aos bairros Melo Viana e Júlia Kubtischek (bairro JK), passando no interior da área
da Fazenda Bom Jesus.
A figura 4 a seguir apresenta um mapa com as propriedades inseridas no perímetro da
Operação Urbana Avenida Maanaim e seus respectivos proprietários.

Figura 4 - Proprietários inseridos na OUC Avenida Maanaim e ADA (Fonte: Lei Complementar 0006,
de 28 de dezembro de 2017, com adaptações dos autores)

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4.2. A área fora do perímetro de intervenção diretamente atingida pela OUC


Avenida Maanaim
A Operação proposta afetará consideravelmente seu entorno, pois muda o desenho do
Município ao possibilitar uma conexão urbana entre bairros urbanos da cidade até então
inexistente. Partindo deste pressuposto, há de se considerar o espraiamento dos efeitos da
Operação sobre os bairros Sílvio Pereira II e Parque Industrial Novo Reno, na região do bairro
Caladinho, no entorno da Avenida Tancredo Neves, com sua característica atual de eixo de
ligação inter-regional, além dos bairros JK e Melo Viana, que também passam a sofrer
influência da OUC Maananim devido inclusão das áreas da Fazenda Bom Jesus.
Abre-se ainda, a possibilidade de espraiamento dos efeitos positivos da urbanização
promovido pela Avenida Maanaim, da implantação de serviços e usos institucionais lindeiros ao
perímetro da Operação. Além de definir os parâmetros de uso e ocupação do solo no seu
perímetro, esta proposta inclui a adoção de um perímetro aberto definido como ADA - Área
Diretamente Afetada na operação, que espraia seus efeitos positivos para o eixo viário do
entorno. Isto será possibilitado pela continuidade da Avenida Maanaim no sentido da Avenida
Tancredo Neves - com a indução de atividades de uso coletivo que propicie a consolidação da
acessibilidade e mobilidade, de acordo com a constituição da rede municipal e metropolitana
de mobilidade. Além disso, consideram-se como positivo o efeito da criação da centralidade no
Setor S-EM que possibilita a articulação de um bairro predominantemente residencial com uma
área de uso múltiplo, mas com ampla interface residencial.
O perímetro expandido ou S-ADA – Área Diretamente Afetada feito em linha aberta no
eixo de prolongamento da Avenida Maanaim através da Avenida 1 até a Avenida Tancredo
Neves e nas bordas da Rua A, no bairro Residencial Novo Reno, da Avenida 2 até a Avenida
Tancredo Neves, e áreas remanescentes da Fazenda Bom Jesus e seu entorno imediato, mais
especificamente, o bairro JK, poderá atender às seguintes finalidades:
● Provisão de Habitação de Interesse Social destinada à população moradora em
habitação subnormal, bem como os melhoramentos, regularização e a reurbanização de
assentamentos precários existentes;
● A aquisição de terras para a implantação de programas habitacionais de
interesse social;
● Obras de drenagem das bacias dos córregos existentes, reservatórios,
dispositivos de permeabilidade do solo, no perímetro da Operação Urbana Consorciada;
● Construção de equipamentos de interesse metropolitano destinados ao
transporte e à mobilidade sustentável.

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No caso do S-ADA – Área Diretamente Afetada foram consideradas as áreas


pertencentes às microbacias contempladas pelo Estudo Hidrológico elaborado para esta
proposta, de forma a controlar e potencializar o uso e ocupação destas áreas. Incluem-se os
imóveis inseridos nas vias de articulação entre a Avenida Maanaim e o bairro Residencial Novo
Reno e a Avenida Tancredo Neves, tendo em vista a necessidade de melhoria da infraestrutura
viária existente atualmente. Também foram inseridos os imóveis lindeiros ao perímetro da
Operação, tanto aqueles localizados no bairro Parque Industrial Novo Reno como no bairro
Sílvio Pereira II, já que estes imóveis tendem a se valorizar com a execução dos investimentos
previstos para a operação, além de poder ofertar potencial construtivo para produção
habitacional, principalmente. Da mesma forma, incluem-se as áreas da Fazenda Bom Jesus,
considerando a nova via urbana de interligação da avenida Maanaim ao bairro JK e bairro Melo
Viana, caracterizando nova alternativa de interligação entre os bairros. Esta área poderá ser
alterada durante o período de vigência da operação urbana, avaliados os impactos positivos
que venham a ser observados com o tempo. Integram o S-ADA as propriedades situadas entre
a Avenida Maanaim e o bairro Nova Tijuca, como outra alternativa de articulação viária da
Avenida Maanaim e áreas nas vertentes da microbacia do bairro Sílvio Pereira II, parte já
inserida no macrozoneamento do Plano Diretor de Coronel Fabriciano como AEIS-2,
destinadas preferencialmente à produção de Habitação de Interesse Social.
A figura 4 apresenta as manchas propostas para o S-ADA - Área Diretamente Afetada.

Figura 5 - Áreas pertencentes ao S-ADA


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4.3. O Plano de Ocupação da área de intervenção


Somadas à importância da articulação entre os bairros como vetor de conexão urbana e
integração de duas importantes áreas urbanas do território e da exploração econômica da área,
o plano de ocupação da área foi proposto da seguinte forma:
 Implantar o uso não residencial associado ao uso residencial de várias faixas de
renda, com ênfase na produção de habitação de interesse social que cubra parte do déficit do
Município, que segundo o Plano Local de Habitação de Interesse Social, elaborado em 2010, é
de 3.221 unidades habitacionais, sendo que a proposta seria de investir os estoques de
recursos auferidos em CEPAC’s em implantação de 20% na produção de habitação de
interesse social;
 Implantar o uso institucional caracterizado pela destinação de área para
construção de um Centro Administrativo, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA),
equipamento de uso comunitário;
 Implantar o uso institucional caracterizado pela destinação da sede da Fazenda
Bom Jesus, para abrigar pátio e escritório administrativo da Secretaria de Obras do município;
 Implantar o uso coletivo previsto como um centro empresarial e comercial de alta
complexidade, que atraia investimentos em empreendimentos de tecnologia limpa e centros
universitários que tenham interface com o meio ambiente, a saúde e a alta tecnologia;
 Implantar espaço livre de uso público que favoreça sua apropriação pela
população de toda a região metropolitana, para atividades de recreação e lazer e ênfase na
proteção e preservação ambiental, através da recuperação da represa localizada na bacia do
bairro Caladinho, tornando-se o primeiro parque urbano do Município;
 Implantar espaços livres de uso público que favoreçam sua apropriação pela
população do bairro JK, Melo Viana, eixo avenida Maanaim e pelos novos moradores do
entorno, para atividades de recreação e lazer e ênfase na proteção e preservação ambiental,
através da recuperação do reservatório artificial localizado na Fazenda Bom Jesus, em área de
propriedade da Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda,
 Implantar espaço livre de uso público que permita sua apropriação pela
população do bairro Sílvio Pereira II e pelos novos moradores do entorno, através da
recuperação ambiental da área remanescente localizada na bacia do bairro Sílvio Pereira II.

Associada à perspectiva de provisão de ocupação desses empreendimentos em área


estimada de 570.000,00 m², que constitui a parte estimada em lotes vendáveis do perímetro da
operação urbana, a OUC Avenida Maanaim traz a tona a oportunidade de transformar a área

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 52
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em espaço de conexão urbana e desenvolvimento de nova centralidade onde a permissão para


extrapolação dos parâmetros urbanísticos adotados culmina em contrapartidas físicas e
financeiras para consecução dos objetivos do uso do instrumento. Observe-se que a área
prevista para parcelamento de solo urbano representa aproximadamente 25% da área total do
perímetro da OUC Avenida Maanaim. Remanescem na poligonal em torno de 75%, distribuídos
entre áreas remanescentes dos proprietários (áreas rurais passíveis de utilização), áreas
pública e áreas de preservação ambiental.

4.4. O Programa Básico de Intervenção da OUC Avenida Maanaim


O Programa priorizará os seguintes investimentos:
 Execução das obras de drenagem que equacionem a microdrenagem da região
do bairro Caladinho e adjacências, conforme definições do estudo hidrológico informado, sem
comprometimento da drenagem existente na Avenida Tancredo Neves;
 Execução de infraestrutura complementar à executada, avaliados os impactos
da Operação. Para tanto, serão definidas áreas passíveis de receberem recuos de alinhamento
para facilitar a ampliação da infraestrutura viária já implantada;
 Recuperação ambiental da represa e de seu entorno, para utilização como
espaço aberto à população do Município;
 Recuperação ambiental do reservatório artificial da Fazenda Bom Jesus e de
seu entorno, para utilização como espaço aberto à população do Município;
 Implantação de parques com infraestrutura ambiental da área de preservação
ambiental;
 Construção de, no mínimo, na etapa inicial, de 350 (trezentos e cinquenta)
unidades habitacionais de interesse social, garantido o percentual de investimentos de 20%
(vinte por cento) do recurso captado, dentro do perímetro da operação, ao longo dos próximos
20 anos, com atendimento preferencial dos moradores do bairro Novo Reno e Sílvio Pereira II,
e do entorno da Área Diretamente Afetada pela Operação Urbana, incluindo a aquisição de
terras para esta produção;
 Abertura de nova avenida, interligando a avenida Maanaim aos bairros JK e
Melo Viana, passando em área interna da Fazenda Bom Jesus, visando integração dos bairros,
facilitação do fluxo de veículos e pedestres, além de redução da distância de deslocamento
entre os bairros. O traçado da nova avenida está previsto na planta de setorização da OUC
Maanaim, porém, será objeto de projeto específico, à ser apresentado posteriormente devido a
necessidade de estudos de viabilidade de acessibilidade e inclinação.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 53


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 Construção de ponte sobre o ribeirão Caladão, na rua São José, localizado no


bairro Júlia Kubitschek.

4.5. A Setorização da área de intervenção


A figura a seguir apresenta a setorização proposta para a Operação Urbana
Consorciada Avenida Maanaim.

Figura 6 - Setorização da área da OUC (Fonte: Lei Complementar 0006, de 28 de dezembro de 2017,
com adaptações dos autores)

Para efeito de setorização da operação, foram definidos os seguintes setores e


respectivas condições de uso e ocupação:

4.5.1. SETOR ZA: Subdividido em S-ZA e S-ZPA.


 S-ZA – Setor Zona Ambiental: são áreas de preservação ambiental e uso
sustentável, mantidas as características propostas pelo Macrozoneamento e Zoneamento do
Plano Diretor (PD). O coeficiente de utilização destas áreas será de 0,2 (zero vírgula dois) da
área total da gleba/terreno, sendo permitido ao proprietário o uso da TDC – Transferência do
Direito de Construir destas áreas do coeficiente restante de 0,3 (zero vírgula três) para outras
áreas de sua propriedade e até comercialização no mercado para terceiros.
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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 54
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a. O S-ZA - Zona Ambiental é doador de potencial construtivo, sendo este


transferido para o setor de habitação de interesse social, comércio e serviço aos lotes lindeiros
a ela.

 S-ZPA – Setor Zona de Preservação Ambiental: são áreas de preservação


ambiental com predomínio de zonas de alta declividade e vegetação densa, passíveis de ser
preservadas, mantidas as características propostas pelo Macrozoneamento e Zoneamento do
PD.
a. O CA de utilização destas áreas será de 0,2 (zero vírgula dois) da área total da
gleba/terreno, sendo permitido ao proprietário o uso da TDC – Transferência do Direito de
Construir destas áreas do coeficiente restante de 0,3 (zero vírgula três) para outras áreas de
sua propriedade e até comercialização no mercado para terceiros.
b. A obrigação de preservação desta área é do proprietário da área. Portanto, o S-
ZPA – Setor Zona de Proteção Ambiental é doador de potencial construtivo, sendo este
transferido para o setor de habitação de interesse social, comércio e serviço aos lotes lindeiros
a ela.

4.5.2. SETOR HAB: Subdividido em S-HIS e S-RFHIS.


● S-HIS - Setor de habitação de interesse social: com características
predominantemente residencial, as áreas são receptoras de Potencial Adicional de Construção
que atenda à construção de unidades habitacionais para um público alvo de até 3 salários
mínimos preferencialmente, usando recursos do FDS, FAR e FGTS, além de contrapartidas do
poder público municipal obtidos no perímetro da operação.
Como parte da implantação da habitação de interesse social os equipamentos de uso
coletivo, infraestrutura não incidente e comércio condominial são usos compatíveis com os
objetivos da zona. O S-HIS - Setor de habitação de interesse social é receptor de TDC e
recursos de CEPAC’s podem ser utilizados na área.

● S-RFHIS - Setor de regularização fundiária de interesse social: área de


propriedade de Empreendimentos Novo Reno Ltda, correspondente ao bairro Residencial Novo
Reno. A regularização fundiária resolverá os problemas relacionados à posse a terra e da
edificação em um único processo de forma a registrar, pela primeira vez, terra e edificação,
onde houver, com o primeiro registro fundiário. Será necessário prever em lei a figura do
Habite-se Administrativo para averbação de lote e edificação. No caso da existência de lotes
vagos, de propriedade da empresa loteadora, prevalecerá sobre eles a possibilidade de
destinação do mesmo para implantação de habitação de interesse social, nos moldes do S-
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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 55


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HIS. A implantação de infraestrutura adicional é item de contrapartida para regularização da


área, segundo um Plano de Regularização Fundiária sustentável feita para ela. No caso dos
títulos de posse, fica o poder público autorizado a comercialização do potencial adicional
construtivo de cada lote, sendo que 20% destes recursos devem ser revertido para melhoria
habitacional com assistência técnica, inclusa suas adequações à lei municipal. Poderá haver
aplicação de CEPAC’s para esta ação.
Em resumo, o S-RFHIS é gerador de TDC e os recursos podem ser utilizados pelos
proprietários, retirado o potencial construtivo necessário para a implantação de projetos no
local, para financiar a implantação de projetos de uso misto que resolvam a questão
habitacional das famílias, além de gerar renda para os mesmos, financiar a reforma, ampliação
com assistência técnica visto que existe potencial gerado por cada lote que pode ser utilizado
para tal fim, dividido entre loteador e beneficiários da regularização, observados os indicadores
econômicos e sociais da área.

4.5.3. S-EM - Setor Eixo Maanaim: Setor predominantemente não residencial deverá
prever como parte das contrapartidas urbanísticas a implantação de uso residencial, em
atividade de uso obrigatoriamente misto, atendendo às exigências de atividades
potencialmente geradoras de emprego e renda. No cômputo do potencial adicional construtivo,
descontar-se-ão os investimentos feitos na estruturação urbanística e ambiental da área. As
áreas institucionais existentes ao longo da Avenida Maanaim serão potenciais geradores de
CEPAC’s, a partir do seu coeficiente de aproveitamento básico. Demais áreas são receptoras
de Potencial Adicional Construtivo.

4.5.4. S-DE - Setor De Desenvolvimento Econômico: Trata-se de áreas no entorno


da represa de detenção de drenagem da bacia do bairro Caladinho, recuperada
ambientalmente com recursos da operação, contabilizado como contrapartida na infraestrutura
urbana, com exigência de implantação de faixa de uso e fruição pública no entorno das
mesmas. A implantação de uso não residencial - como comércio - e uso educacional e
tecnológico, atenderá às exigências de atividades potencialmente geradoras de emprego e
renda. O uso residencial é admitido conjugado com o uso não residencial, com cotas de
unidades de terreno de menor área de forma a incentivar apart hotel, moradia estudantil,
configuradas como unidades compactas de habitação. No cômputo do potencial adicional
construtivo, descontar-se-ão os investimentos feitos na estruturação urbanística e ambiental da
área. Este setor é receptor de Potencial Adicional Construtivo.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 56
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4.5.5. S-ADA - Setor Diretamente Afetado Pelo Eixo Maanaim: Eixo em perímetro
aberto fora do perímetro da operação que poderá receber, resguardado o interesse público,
investimentos em infraestrutura urbana e equipamentos de uso coletivo para estruturação de
atividades de mobilidade e acessibilidade urbana, com interface metropolitana. Este setor é
receptor de coeficiente adicional derivado da geração de CEPAC’s na OUC Maanaim. A
implantação de uso não residencial - como comércio - e uso educacional e tecnológico
atenderá às exigências de atividades potencialmente geradoras de emprego e renda. No
cômputo do potencial adicional construtivo, descontar-se-ão os investimentos feitos na
estruturação urbanística e ambiental da área.

4.5.6. S-ZR - Setor Zona Rural: Permanecem os parâmetros definidos pelo Art. 28 do
Plano Diretor, Lei N.º 3.759, de 27 de dezembro de 2012, que define:

Art. 28. Os terrenos situados na Zona Rural ficam sujeitos aos


parâmetros e critérios estabelecidos no Anexo 2 desta Lei e às
seguintes disposições adicionais:
I – é admitido o parcelamento do solo para fins rurais,
observada a fração mínima de parcelamento e demais
exigências de legislação pertinente;
II – são admitidos, desde que não prejudiquem a função
turística preconizada para esta zona, empreendimentos
econômicos de caráter urbano;
III – os empreendimentos econômicos de caráter urbano
na Zona Rural ficarão sujeitos à apresentação de laudo
geotécnico;
IV – a ocupação das propriedades lindeiras ao
perímetro urbano deve ser incentivada, de modo a evitar a
pecuária;
V – São vedados na ZR:
a) o parcelamento do solo para fins urbanos;
b) o uso residencial com mais de duas unidades por
lote;
c) a constituição de condomínio imobiliário com fração
ideal menor que 20.000m²;
VI – os parâmetros de ocupação do solo devem ensejar
a manutenção da ambiência rural.

4.5.7. S-FBJ - Setor Fazenda Bom Jesus: Setor predominantemente não residencial
deverá prever como parte das contrapartidas urbanísticas a implantação de uso residencial, em
atividade de uso obrigatoriamente misto, atendendo às exigências de atividades
potencialmente geradoras de emprego e renda. Nestas áreas serão admitidos lotes com área
mínima à partir de 200,00 m2 (duzentos metros quadrados). No cômputo do potencial adicional
construtivo, descontar-se-ão os investimentos feitos na estruturação urbanística e ambiental da
área. As áreas institucionais provenientes de empreendimentos serão potenciais geradores de
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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 57


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CEPAC’s, a partir do seu coeficiente de aproveitamento básico. Demais áreas são receptoras
de Potencial Adicional Construtivo.

4.5.8. S-SPUC: Setor Serviços Públicos de Uso Coletivo: Área de utilização


exclusiva do poder público municipal, destinada à implantação de equipamentos destinados à
serviços públicos de uso coletivo. A área é oferecida ao poder público municipal para fins de
relocação do pátio da Secretaria de Obras municipal, além de poder abrigar outros setores
municipais de atendimento ao público. A área possui um total de 9.063,26 m2 (nove mil, e
sessenta e três metros quadrados e vinte e seis centímetros quadrados), composta de
edificação com área construída de 1.350,00 m2 (hum mil, trezentos e cinquenta metros
quadrados). O S-SPUC é receptor de TDC e recursos de CEPAC’s podem ser utilizados na
área.

4.6. Os parâmetros urbanísticos nos setores da OUC


O quadro a seguir apresenta os parâmetros urbanísticos propostos para os setores
estabelecidos para a OUC, contemplando os parâmetros básicos, incentivos e contrapartidas
de investimentos previstas para a operação. As definições dos parâmetros serão definidos a
seguir neste documento.

SETOR MECANISMO DESCRIÇÃO ÍNDICE


Coeficiente
Sobre a área total 0,20
S-ZA Básico
TDC Sobre a área preservada 0,30
Coeficiente
Sobre a área total 0,20
S-ZPA Básico
TDC Sobre a área de preservação 0,30
Incentivo Sobre a área parcelável/parcelada 0,50
S-HIS
Contrapartida Sobre a área parcelável/parcelada 0,30
Contrapartida Sobre a área parcelada 0,30
S-RFHIS
TDC Sobre a área parcelada 0,30
Sobre a área destinada a fruição pública (sobre
Incentivo 0,50
área efetiva)
TDC Sobre a área de preservação 0,30
S-EM Destinação de área equipamento público (sobre
Contrapartida 0,30
S-DE área efetiva)
Implantação de polo de comércio, serviços e
Contrapartida 1,00
tecnologia (sobre área efetiva)
Contrapartida Infraestrutura não incidente e antecipada (sobre 0,50
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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 58
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área efetiva)

Incentivo Destinação de área para HIS 0,30


Incentivo Destinação de área equipamento público (sobre 0,30
ADA
área efetiva)
Incentivo Implantação de polo de comércio, serviços e 1,00
tecnologia (sobre área efetiva)
Sobre a área destinada a fruição pública (sobre
Incentivo 0,50
área efetiva)
TDC Sobre a área de preservação 0,30
Destinação de área equipamento público (sobre
Contrapartida 0,30
S-FBJ área efetiva)
Contrapartida Construção de ponte na Rua São José, bairro JK 1,00
Construção de avenida de ligação da Avenida
Contrapartida Maanaim ao bairro Mela Viana, no interior da 0,50
Fazenda Bom Jesus
Contrapartida Sobre a área parcelada 0,30
S-SPUC
TDC Sobre a área parcelada 0,30
Quadro 2 - Parâmetros urbanísticos nos setores da OUC.

4.7. Os parâmetros urbanísticos básicos


Ao se analisar os parâmetros urbanísticos da OUC definidos pela legislação atual,
apurou-se que grande parte da área possui um zoneamento voltado para a preservação
ambiental. Neste caso, tem-se hoje, os seguintes parâmetros, segundo o Plano Diretor de
Coronel Fabriciano:

PARÂMETROS URBANÍSTICOS DO PLANO DIRETOR DE CORONEL FABRICIANO


PARÂMETRO AEIS-1 AEIS-2 ARIA-1 ZPA
lote< 540 m² = 1,7 lote< 540 m² = 1,7 0,1
540 < lote < 720 m² = 540 < lote < 720 m² =
CA máximo 1,9 1,9 0,1

lote>720 m² = 2,2 lote>720 m² = 2,2

TO máxima 60% E 70% 60% E 70% 5% 5%


TP mínima 20% 20% 90% 90%
QT mínima (m²) 45,00 45,00 NSA NSA
Área na OUC 50.800,18 39.268,36 461.799,34 357.360,19
Quadro 3 - Parâmetros urbanísticos do Plano Diretor (Fonte: Plano Diretor de Coronel Fabriciano)

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 59


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A Figura 5 a seguir demonstra como os perímetros das manchas do zoneamento


definido pelo Plano Diretor de Coronel Fabriciano estão inseridas na área de intervenção da
OUC.

Figura 6 - Manchas do zoneamento atual definido pelo Plano Diretor do Município.

A proposta para definição dos novos parâmetros urbanísticos para os setores da


operação extrapolam os limites do potencial construtivo dimensionados no macrozoneamento e
áreas especiais, considerados pelo Plano Diretor. Pretende-se ajustar as inconsistências
verificadas no zoneamento atual, identificadas no diagnóstico elaborado para a operação. Os
novos parâmetros propostos para área da operação permite potencializar os investimentos
previstos para a Operação, que serão apresentados no item 4 deste documento.
Se considerados os parâmetros atuais do Plano Diretor de Coronel Fabriciano para os
lotes existentes da área de intervenção, temos o seguinte quadro resumo do potencial
construtivo permitido para a gleba em função das áreas dos lotes:

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 60
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POTENCIAL CONSTRUTIVO DOS LOTES ATUAIS CONFORME PLANO


DIRETOR ATUAL
PROPRIETÁRIO lote< 540 m² 540 < lote < 720 m² lote> 720 m²
APROVE-LUCAS QUADROS 7.741,16 4.611,12 47.739,56
APROVE-NOVO RENO 40.113,43
ARQUES 8.402,18
CF SPE 142.579,67
NOVO RENO 1.685,32 10.039,07
RESID. NOVO RENO 10.587,71 48.325,40
BARROS E ALMEIDA
EMPREENDIMENTOS - - -
IMOBILIÁRIOS
TEMPO
EMPREENDIMENTOS - - -
IMOBILIÁRIOS
ÁREA TOTAL DE LOTES 20.014,19 4.611,12 297.199,31
COEF. DE
1,70 1,90 2,20
APROVEITAMENTO
POTENCIAL CONSTRUTIVO 34.024,12 8.761,13 653.838,48
POTENCIAL CONSTRUTIVO TOTAL 696.623,73
Quadro 4 - Potencial construtivo considerando as áreas dos lotes atuais (Fonte: autores)

Como se observa, há predominância de lotes com área superior a 720 m², o que pode
ser considerado fator positivo, já que lotes maiores permitem uma melhor adequação de
construção ao terreno, com possibilidade de menor ocupação do terreno e aumento de taxa de
permeabilidade do solo, além de melhor qualidade urbana obtida através de afastamentos e
recuos mais generosos, que favorecem a condição de iluminação e ventilação naturais.
Também vale observar que no caso dos lotes com área inferior a 540 m²,
aproximadamente 50% se referem aos lotes do bairro Residencial Novo Reno, já consolidado,
constituído em sua maioria por habitações unifamiliares, com baixa tendência de verticalização
por substituição de tipologia.
À proporção do coeficiente total da operação, cada proprietário ou adesista terá direito
preferencial de utilizar Potencial Adicional Construtivo nos limites da operação urbana e dentro
dos seus prazos.
Não foi identificado nas áreas da Fazenda Bom Jesus a existência de lotes, não
havendo como apresentar valores relativos à este parâmetro.
Entretanto, estamos trabalhando com a proposta de que a proposta da OUC privilegie o
desenho de quadra e uma maior prevalência na adoção de coeficiente de aproveitamento igual
ao total projetado para a área da operação urbana. Desta forma, decidiu-se apropriar-se do
potencial construído da área pensando que:
- Existe área a preservar, área esta que perfaz quase 25% da área da operação;
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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 61


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- Além da preservação, existem áreas que podem ser apropriadas com equipamento de
uso ambiental;
- Existem áreas que podem ser apropriadas para fins de uso institucional ou para
produção de habitação;
- Existem áreas onde se podem implantar equipamentos de uso institucional.
A este potencial deve ser acrescentado o aproveitamento futuro das áreas parceláveis
de propriedade de Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda, Tempo
Empreendimentos Imobiliários Ltda,, Adriana Duarte Ramos, Maurício Gonçalves de Souza,
Hudson Santos Costa e José Gregório/Vani Medeiros. Neste caso, a estimativa de
aproveitamento é a seguinte, considerando uma condição de parcelamento em lotes com área
inferior a 540 m², na condição mais desfavorável de aproveitamento, conforme o Quadro 5 a
seguir.

ESTIMATIVA DE APROVEITAMENTO DAS GLEBAS NÃO PARCELADAS


PROPRIETÁRIO ÁREA ESTIMADA DE LOTES (m²)
ADRIANA D. RAMOS E MAURÍCIO G. DE SOUZA 10.300,00
HUDSON SANTOS COSTA 17.500,00
J. GREGÓRIO/VANI MEDEIROS 43.400,00
TEMPO EMPREEND. IMOBILIÁRIOS LTDA 122.550,50
BARROS E ALMEIDA EMPR. IMOBILIÁRIOS LTDA 70.246,00
ÁREA TOTAL DE LOTES (m²) 263.996,50
COEF. DE APROVEITAMENTO 1,70
POTENCIAL CONSTRUTIVO TOTAL (m²) 448.794,05
Quadro 5 - Estimativa de aproveitamento das glebas não parceladas (Fonte: autores)

Desta forma, a área de intervenção da OUC pode apresentar um estoque construtivo


inicial de 2.211.519,07 m², que equivale a um coeficiente de 3,89 sobre a área de 567.796,00
m² de lotes estimados dentro do perímetro da OUC, ultrapassando o teto permitido atualmente
pelo Plano Diretor municipal.
A partir desta análise, a proposta adotou o coeficiente básico de 1,00 (um) para a
Operação Urbana Consorciada Avenida Maanaim, sendo este distribuído no espaço, conforme
a natureza do uso das áreas, de acordo com os setores planejados. A este coeficiente serão
acrescidos potenciais adicionais que poderão ser alcançados a partir da aquisição de
CEPAC’s, adquiridos a partir das diversas formas de incentivo e contrapartidas apresentados
nesta proposta para a OUC Avenida Maanaim.

4.8. Os parâmetros urbanísticos específicos


Para o perímetro delimitado na Figura 4, a Lei Municipal de criação da OUC Avenida Maanaim
deverá estabelecer os seguintes parâmetros urbanísticos:
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PARÂMETRO SHIS SRFHIS S-DE S-EM ZA1 ZPA ADA S-FBJ ZR

Conf Conf Conf


Lote mínimo (m²) 125,00 60,00 360,00 360,00 Conf.PD 200,00
PD PD PD
conf. conf.
CA Básico 1,0 1,0 1,0 1,0 0,2 0,2 1,0
PD PD
CA máx. TDC não conf. conf.
1,7 1,7 1,7 1,7 0,2 0,2 1,7
oneroso PD. PD.

CA máx. 3,0 3,0 3,0 3,0 0,2 0,2 3,0 3,0 3,0

60% e 60% e
TO máx. 60% E 70% 60% E 70% 60% 70% 10% 10% 70%
70% 70%

TP mínima 20% 20% 20% 20% 90% 90% 20% 20% 20%

Afast. Frontal 4m 0 ou 3m 5m 5m 5m 5m (3) 4m 5m


Até
Até 2pvtos Até 2pvtos Até 2pvtos Até 2pvtos
(1) (1) (1) 2pvtos (1)
=0 =0 =0 =0
Afast. =0(1) conf.
10 m 10 m 5m
Lateral >2pvtos >2pvtos >2pvtos PD >2pvtos
(2) (2) (2) >2pvtos (2)
=H/6 =H/6 =H/6 =H/6
=H/6(2)
Até
Até 2pvtos Até 2pvtos Até 2pvtos Até 2pvtos
(1) (1) (1) 2pvtos (1)
=0 =0 =0 =0
=0(1) conf.
Afast. Fundos 10 m 10 m 5m
> 2 pvtos = 3 > 2 pvtos = 3 > 2 pvtos = 3 PD > 2 pvtos =
> 2 pvtos
m m m 3m
=3m

conf. conf.
Vagas 1/3 1/3 1/3 1/3 NA NA 1/3
PD PD
25,0 até
25,0 até
25,0 até 1Q 1Q
32,0 acima de 32,0 acima conf. 1Q conf.
QT mín. (m²) 32,0 acima 32,0 NA NA
1Q de 1Q PD 32,0 acima PD
de 1Q acima de
de 1Q
1Q
(I) (II) (II) (II) (II) (II)
Instrumentos(4) (V) (III) (III)
(IV) (III) (III) (III) (III) (III)

OBSERVAÇÕES

(1) Em paredes sem aberturas.

(2) H = Altura do edifício a partir do pavimento térreo

(3) 3m para ruas com largura até 12 metros


5m para ruas com largura acima de 12 metros

(4) (I) TDC: Transferência do Direito de Construir


(II) ODC: Outorga Onerosa do Direito de Construir
(III) TDC para S-HIS, S-DE e S-EM até o limite de CA=1,7
(IV) TDC gerador de CEPAC aplicáveis na área e para ação de
Assistência Técnica
(V) Não transfere potencial. Somente receptor.

Permite-se parcelamento de solo em todos os setores, obedecidos os


requisitos estabelecidos pela Lei de Parcelamento de Solo.
Quadro 6 - Parâmetros Urbanísticos para a OUC Avenida Maanaim (Fonte: autores)

4.8.1. Os investimentos realizados na área de intervenção

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O quadro de incentivos derivado de investimentos na área de intervenção apura


coeficiente adicional passíveis de ser transferido fazendo as seguintes operações:

 Macro zoneamento predominantemente ambiental e, incidente em parte da


ZPA:
A proposta é dotar a área de coeficiente 1,0, adotando o coeficiente de aproveitamento
destas áreas para compensá-las onde a urbanização pode ser consolidada, transferindo a
obrigatoriedade de manejo e conservação para os partícipes da operação, calculados os
recursos como parte das rubricas do plano de implantação da mesma. Desta forma, o
coeficiente de 0,1 inicial, definido pelo Plano Diretor, se mantém e será transformado em índice
que possibilita a atividade de baixo impacto urbano, bem como também a construção de
equipamentos para uso do parque e áreas de preservação. Um coeficiente adicional de 0,1
será acrescido para a garantia de manejo sustentável da área pelo proprietário.
Do total remanescente, o proprietário poderá dispor do coeficiente de 0,3 para transferir
para outras áreas de sua propriedade dentro do perímetro da OUC. As áreas restantes,
equivalente ao coeficiente de 0,5 se tornarão Potenciais Adicionais de Construção Onerosos, a
serem comercializados como CEPAC’s.

 S-HIS e S-FHIS incorporando as antigas AEIS:


A proposta é resolver os problemas de regularidade fundiária e produção habitacional.
Feito isso, nada impede que sejam utilizados os índices da operação para ampliar a oferta de
HIS na área, inclusive com renovação do estoque urbanístico existente nesta área.
Propõe-se um artigo na lei sobre o Habite-se Administrativo que permita a averbação no
registro notarial para possibilitar o primeiro registro. Pretende-se, também, incentivar pequenos
empreendedores a adotar, com assistência técnica e incentivos urbanísticos, a renovação
urbana que favoreça a oferta de pequenos ou médios empreendimentos nos lotes objeto da
regularização bem como no entorno da área diretamente afetada.
Ao final da regularização fundiária, as áreas passíveis desta regularização serão
habilitadas, com a possibilidade de utilizar o Coeficiente Básico e o Incentivado (referente ao
cronograma de obras de infraestrutura da regularização fundiária da área, inclusa a
regularização dos registros). Permite-se a possibilidade de transferência por comercialização
dos coeficientes excedentes aos empreendimentos, para viabilização econômica e financeira
de renovação urbana privada na área, desde que acompanhados por assistência técnica.
Sendo passíveis de serem ocupadas, as áreas geram coeficiente que ajuda a compor o
coeficiente básico da área, que também é 1,0 (um).

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 64
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 Coeficiente urbanístico adicional derivado de infraestrutura urbana


executada na área:
Além dos coeficientes básicos definidos pelo existente hoje, apuram-se coeficientes
adicionais decorrentes da proposta da OUC, donde os proprietários, mediante contrapartidas
físicas, se comprometem a executar determinados investimentos na área que apuram
coeficientes adicionais de construção. Os coeficientes adicionais de construção adotados na
área são referentes aos investimentos dos proprietários da terra em infraestrutura necessária
para complementação da infraestrutura urbana da OUC Avenida Maanaim, de forma a torná-la
pronta a receber outros recursos existentes que permitam a transformação da área em uma
centralidade urbana. São eles:

AÇÃO DE RESSARCIMENTO DA OPERAÇÃO EM ÍNDICE ÍNDICE


Reversão ao patrimônio público de área com ação de doação ou
indenização, de área para implantação de equipamentos públicos
comunitários.
Exemplo: Reversão de área para implantação de Unidade de
0,30
Pronto Atendimento ou Centro Administrativo. Executivo fica autorizado
a receber, a título de transferência, recursos mensuráveis, por meios não
pecuniários, das áreas ou bens necessários à implantação do Plano de
Melhoramentos Públicos estabelecido por esta lei.
Contribuições de melhoria em infra não incidente ao
empreendimento: Quando destinada à Municipalidade parcela de imóvel
necessária à execução de melhoramento público, os potenciais 1,0
construtivos básicos e máximos do remanescente do lote serão
calculados em função de sua área original.
Destinação de área para uso e fruição pública (parques, áreas
0,50
verdes, lagoas etc.)
Destinação de áreas para habitação de interesse social até a
0,30
faixa 1,5.
Implantação de Infraestrutura não incidente tais como abertura do
sistema viário e/ou melhoramento de acesso na área lindeira da área 0,50
diretamente afetada pela OUC.
Regularização Fundiária do bairro Residencial Novo Reno 0,30
Quadro 7 - Total de Potencial Construtivo Derivado de Índice (Fonte: autores)

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 65


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4.8.2. Os incentivos urbanísticos


No ato de aprovação de cada empreendimento, são considerados incentivos
urbanísticos na área de interesse da operação, computados na edificação e livre da aplicação
dos CEPAC’s:
AÇÃO DE INCENTIVO DA OPERAÇÃO EM ÍNDICE Coeficiente
(Índice inicial- 1/ Índice final – 3) Adicional
Oferta de vagas adicionais de garagem. 0,1

Elevador associado a comércio em HIS 0,1

Fachada ativa, fruição e gozo público de pilotis comerciais ou de uso


0,2
misto.
Aumento da taxa de permeabilidade superior à executada no
Município. Quando no afastamento, em cima de terreno natural, gera 0,1
acréscimo de 0,10 no coeficiente.

Adicional por melhoria do logradouro público. 0,5


Quadro 8 - Incentivos Urbanísticos (Fonte: autores)

São detalhados a seguir os novos conceitos urbanísticos aplicados dentro do perímetro


da OUC Avenida Maanaim, que objetivam a melhoria da qualidade urbana local.
 Fruição e Gozo Público: Trata-se da adoção de liberação para uso público, das
áreas privada, principalmente nas duas lagoas, tornando estas áreas passíveis de serem
utilizadas pela população como parques urbanos.
 Oferta adicional de vagas: Trata-se de oferecer vagas adicionais além
daquelas estabelecidas pelo Plano Diretor, na condição de 1 vaga adicional a cada 2 unidades
do edifício.
 Fachada ativa: Trata-se de destinar a área dos térreos ou pilotis (pavimentos no
nível da rua) para uso não residencial, a fim de melhorar a relação dos empreendimentos com
a rua.
 Produção de habitação de Interesse Social: Trata-se de garantir
investimentos, dentro da área da OUC, voltados para a produção de unidades habitacionais
para o atendimento da faixa 1 e 1,5 com recursos do FAR, FDS, FGTS. É incentivado o uso do
elevador como transporte público de massa e a obrigação de implantação de dispositivos
economizadores de energia e água, assim como o uso público do pilotis ou andar térreo no
nível da rua, para comércio e uso institucional. O uso não residencial será equalizado, na
viabilidade econômica e financeira do empreendimento, de forma a garantir o custeio de

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 66
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condomínio e manutenção sustentável totalmente equacionado pelo referido condomínio não


residencial.
 Implantação de centros de comércio e serviços: Na adoção dos incentivos
iniciais da OUC com uso do coeficiente adicional produzido pela implantação da infraestrutura
conforme quadro 2.
 Aumento da taxa de permeabilidade: Incentiva-se o aumento da taxa de
permeabilidade para até 30% admitindo-se o uso de até 15% desta taxa com a utilização de
dispositivos de detenção de águas de chuva. Para haver o uso do dispositivo de detenção de
águas de chuva, pode haver taxa de permeabilidade substituída por caixa de captação.
 Adicional por melhoria do logradouro público: recuos de alinhamento e
doação de parte de lote para fins de urbanísticos poderão ser incentivados, calculado a área a
ser cedida e transferida o equivalente para os coeficientes incentivados da edificação.

O potencial construtivo adicional, decorrente de incentivos urbanísticos para


consecução dos objetivos da Operação, também estarão integralizado na forma de CEPAC’s.
Os incentivos urbanísticos não geram índices comercializáveis ou intercambiáveis entre
propriedades.

4.8.3. As áreas não computáveis incentivadas além dos limites dos incentivos
urbanísticos:
Na OUC Avenida Maanaim são consideradas áreas não computáveis incentivadas:
 As áreas comuns de circulação até o limite de 20% (vinte por cento) da área
construída computável de cada pavimento tipo, nos seguintes casos:
a) Nos empreendimentos residenciais de interesse social;
b) Nos empreendimentos voltados ao manejo e preservação das características
ambientais da área;
c) Nos empreendimentos de uso não residencial destinados a hotéis, escolas,
polos tecnológicos, hospitais.
 As áreas destinadas aos usos não residenciais e uso coletivo situadas no
pavimento de ingresso das edificações voltadas para o logradouro público em pelo menos 50%
da área líquida do pavimento;
 As áreas comuns de quaisquer pavimentos destinadas ao comércio condominial
e uso público nos edifícios com uso residencial, em 100% do piso.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 67


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Os empreendimentos residenciais de interesse social serão incentivados e sobre os


mesmos não incide CEPAC’s quando o Coeficiente Adicional atingir os valores superiores aos
incentivados;
As famílias afetadas pela implantação do Programa de Intervenções de Interesse Social
serão atendidas obrigatoriamente no perímetro da OUC.
Os empreendimentos que se destinarem às faixas 1 e 1,5 de Habitação de Interesse
Social passível de receber índices serão analisados pelo Conselho Gestor da Operação, em
conjunto com o órgão da Administração Pública responsável pela Habitação, a partir da
aprovação da indicação dos terrenos destinados ao atendimento habitacional previstos nos
termos da lei.
Os incentivos urbanísticos não geram índices comercializáveis ou intercambiáveis entre
propriedades. Por sua vez, esses incentivos serão outorgados de forma não onerosa, até o
limite de 0,7 do coeficiente básico.

4.9. Dos estoques não utilizados na operação:


O estoque de Potencial Adicional de Construção inicialmente não está associado a
qualquer setor, sendo vedado seu uso nas áreas de preservação ambiental, este sendo hoje
arbitrado, para efeitos da OUC, em 1 vez a área do perímetro da operação. O potencial
adicional poderá ser alocado em investimentos da OUC até o limite do estoque de potencial
construtivo admitido para a OUC Maanaim, desde que o cronograma de obras para viabilizar a
infraestrutura incidente seja elaborado, aprovado e com recursos alocados para o fim.
Os estoques não utilizados de CEPAC’s / TDC, obedecendo ao cronograma da OUC,
serão revertidos ao Fundo da OUC quando aderidos à operação e não se configurarem como
empreendimentos no prazo de 5 anos, exceto os investimentos previstos como contrapartidas
previamente estabelecidas na instituição da OUC Avenida Maanaim e contempladas no
cronograma de implantação das mesmas.

5. A FORMA DE IMPLEMENTAÇÃO DA OUC

5.1. As contrapartidas
A aprovação da Operação Urbana Consorciada da Avenida Maanaim compreende um conjunto
integrado de intervenções e medidas promovidas pela Prefeitura Municipal de Coronel
Fabriciano em parceria com o conjunto de proprietários da área conforme demonstra o quadro
a seguir:

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PLANILHA DE INVESTIMENTOS DE RESPONSABILIDADE DOS PROPRIETÁRIOS DAS ÁREAS


ITEM DESCRIÇÃO DE CONTRAPARTIDA
1 ÁREAS TRANSFERIDAS PELA OUC MAANAIM
1.1 Desapropriação parte do Lote 13 da Quadra 37 S. Pereira II
1.2 Desapropriação do Lote 14 da Quadra 37 Silvio Pereira II
1.3 Destinação do Lote 19 da Quadra F Parque da Lagoa para UPA
1.4 Destinação de área para Centro Administrativo*
1.5 Destinação de área para Uso Institucional**
Destinação de área para uso institucional (incluída edificação com área de 1.350,00
1.6
m2), destinado à relocação do pátio da Secretaria Municipal de Obras e outros serviços

2 OBRAS DE EDIFICAÇÕES
2.1 Indenização de edificação do Sr. Oliveiros Furbino para abertura da avenida
2.2 Produção de Habitação de Interesse Social faixa 1 (projeto, AT e terreno urbanizado)

3 OBRAS DE INFRAESTRUTURA
3.1 Interligação da Avenida Maanaim à rua V24 Silvio Pereira II
3.2 Interligação da Avenida Maanaim à Av. Tancredo Neves
3.3 Pavimentação de vias Residencial Novo Reno
3.4 Rede de Drenagem Residencial Novo Reno
3.5 Rede de Esgoto Residencial Novo Reno
3.6 Rede de Água Residencial Novo Reno
3.7 Eletrificação da Avenida Maanaim
3.8 Sinalização da Avenida Maanaim
3.9 Construção de ponte na rua São José, bairro JK
Construção de avenida em área interna da Fazenda Bom Jesus, destinada à interligação
3.10
da avenida Maanaim aos bairros Melo Viana e JK

4 OBRAS DE URBANIZAÇÃO
4.1 Urbanização da orla da represa da bacia do Caladinho
4.2 Urbanização da orla da represa da bacia do Sílvio Pereira II

5 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
5.1 Unidades regularizadas

6 MANEJO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL


6.1 Manejo florestal de área remanescente de Empreendimentos Novo Reno
6.2 Manejo florestal de área remanescente de Lucas Quadros
6.3 Manejo florestal de área remanescente de Adriana/Maurício
6.4 Manejo florestal de área remanescente de Hudson Santos Costa
6.5 Manejo florestal de área remanescente de CF Empreendimentos Imobiliários SPE
6.6 Manejo florestal de área remanescente de José Gregório/Vani Medeiros
Manejo florestal de área remanescente da Fazenda Bom Jesus de propriedade da
6.7
Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 69


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7 EQUIPAMENTOS A CONSTRUIR PELA UTILIZANDO O FUNDO DA OUC MAANAIM


7.2 Construção de equipamentos comunitários em área de habitação de interesse social
7.3 Construção do Centro Administrativo
7.4 Construção de praças
7.5 Implantação de equipamentos de mobilidade na Avenida Maanaim
7.6 Implantação de terminal urbano de transporte público

8 DIVERSOS - UTILIZANDO O FUNDO DA OUC MAANAIM


8.1 Assistência técnica e social de famílias no perímetro da OUC
8.2 Custeio do Conselho Gestor da OUC Maanaim
8.3 Custeio de manutenção urbana
8.4 Custeio da UPA
8.5 Custeio do Centro Administrativo
Custeio dos serviços de consultoria e projetos para operacionalização da OUC Av.
8.6
Maanaim
Quadro 9 - Planilha de investimentos como contrapartida (Fonte: autores)

Os investimentos iniciais na implantação das obras de infraestrutura e outros serviços de


investimentos da OUC são considerados de interesse público e poderão ser ressarcidos na
implantação da operação, resguardados os limites previstos como obrigatórios no perímetro do
parcelamento do solo. Consideram-se investimentos iniciais da OUC aqueles relativos a:

 Infraestrutura que garanta a implantação dos loteamentos;


 A reversão do investimento público, sob a forma de indenização ou transferência
ao município de:
a) Terrenos onde serão instalados e / ou edificados equipamentos públicos de uso
coletivo;
b) Terrenos onde serão edificadas habitação de interesse social;
c) Terrenos que serão destinados aos parques e RPPN compondo o sistema de
unidades de conservação, hortos, jardins botânicos do Município;
d) Terrenos onde haverá construção de áreas de interesse metropolitano no
perímetro da OUC ou de sua ADA;
e) Terrenos onde haverá a implantação de programas de regularização fundiária.

Tais ressarcimentos de CEPAC’s, relativos à infraestrutura urbana realizada antes do


período de vigência da OUC, consideram o perímetro delimitado da aprovação da OUC e serão
analisados de forma retroativa, sendo considerados em conjunto, para efeito de mensuração
do interesse público e da sua contribuição efetiva para a viabilidade e para a implantação da

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 70
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operação. Os valores de ressarcimento deverão ser atestados pelo Conselho Gestor e sofrer
gravame em registro de imóveis. São considerados itens de ressarcimento:
AÇÃO DE RESSARCIMENTO DA OPERAÇÃO EM ÍNDICE
Reversão de área para implantação de equipamentos comunitários

Exemplo: Executivo fica autorizado a receber, a título de doação, as áreas


necessárias à implantação do Plano Urbanístico.

Melhoramentos públicos: Quando doada à Municipalidade parcela de imóvel


necessária à execução de melhoramento público, os potenciais construtivos
básicos e máximos do remanescente do lote serão calculados em função de sua
área original.
Destinação de área para uso e fruição pública (parques, áreas verdes, lagoas etc.)
Destinação de áreas para Unidade de Pronto Atendimento.
Destinação de áreas para o Centro Administrativo.
Destinação de áreas para Habitação de Interesse Social
Implantação de Infraestrutura não incidente mensurada por avaliador oficial.
Regularização Fundiária do bairro Residencial Novo Reno
Quadro 10 - Ação de ressarcimento da operação em índice (Fonte: autores)

A Manutenção de parques e RPPN's (implementação de plano de manejo) é uma


obrigação da OUC e deve ser feita pelo empreendedor, mesmo depois da finalização da OUC
Avenida Maanaim, como recuperação de mais valias feitas durante todo o ciclo de vida útil da
operação. Em caso de renovação urbana do empreendimento adotada, a obrigação passa
como compromisso averbado em cartório, para o promitente comprador.
Deverá ser apresentado a cada ano Relatório de Controle Ambiental (RCA) derivado de
seu Plano de Controle Ambiental (PCA) anual acompanhado de ART ou RRT e fotos aéreas
comprobatórias das áreas mantidas pelos respectivos proprietários.

5.2. O Cronograma Físico da OUC


O cronograma físico apresentado no Quadro 11 a seguir representa investimentos com
contrapartida propostos pelos diversos proprietários das áreas integrantes da OUC Avenida
Maanaim. Tais investimentos foram previamente apresentados à municipalidade e integram o
rol de intervenções a serem executadas durante o período de vigência da OUC, previsto para
20 anos. Na adesão final à OUC Avenida Maanaim, a se realizar após a aprovação da Lei
Específica que a institui, poderão ser apresentados novos investimentos que serão
incorporados ao cronograma da Operação.
Os prazos apresentados no cronograma poderão ser antecipados ou prorrogados,
mediante justificativa do investidor ao Conselho Gestor, para análise e autorização.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 71


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ANOS
INVESTIMENTO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Transferência de área
abertura avenida
Conclusão Av. Maanaim –
S. Pereira II
Destinação de área para
UPA
Destinação de área para
Centro Administrativo
Destinação área para
Pátio Secretaria de Obras
Conclusão infraestrutura
Av. Maanaim
Construção de ponte na
Rua São José, Bairro JK
Construção avenida de
ligação da Avenida
Maanaim aos bairros Melo
Viana e JK
Infraestrutura drenagem
represas
Parque represa do
Caladinho
Parque represa do Silvio
Pereira II
Regularização Fundiária
Residencial Novo Reno
Produção de HIS
Infraestrutura Residencial
Novo Reno
Polo comercial, serviços e
tecnologia
Manejo Ambiental
Quadro 11 - Cronograma de implantação das Contrapartidas

Não haverá alteração da data limite para o atendimento das contrapartidas, que lhe forem
previamente acordadas com os investidores no ato de sancionamento da Lei que instituiu a Operação
Urbana Consorciada Avenida Maanaim. Os novos investidores que aderiram á expansão da Operação
Urbana Consorciada Avenida Maanaim atenderão a novos prazos limites para a realização das
contrapartidas, conforme cronograma.
Para fins de cumprimento dos prazos para execução das contrapartidas, por parte dos
investidores que participaram do inicio da OUC Avenida Maanaim, os mesmos terão como início a data de
publicação da Lei que instituiu a Avenida Maanaim. Para os novos investidores o prazo inicia-se com a
publicação da alteração da referida lei.
Caso haja descumprimento em se atender aos prazos para execução das contrapartidas, o Poder
Executivo, através da Secretaria de Governança Urbana, Planejamento e Meio Ambiente, poderá aplicar
multa de 500 (quinhentos) UPFCF por dia de atraso, caução das áreas correspondentes e sanções
administrativas cabíveis.

5.3. O Estudo de Viabilidade Econômica

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 72
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O Estudo de Viabilidade Econômica da OUC Maanaim considerou os dados dos


investimentos previstos para a operação. Este estudo, apresentado no Anexo I, analisa a gleba
objeto da operação considerando seu potencial como centralidade urbana, recupera
historicamente as características do seu entorno e projeta sua valorização imobiliária, a partir
das intervenções urbanísticas que serão feitas para fins de uso da gleba.
No decorrer da discussão da proposta da OUC, este documento será de fundamental
importância para o estabelecimento das fórmulas de cálculo de outorga onerosa da operação,
sendo base para a proposição dos estudos ora apresentados.

5.3.1. Fórmula da Outorga Onerosa do Direito de Construir


Para efeito de mensuração das contrapartidas ofertadas, é considerada esta fórmula:

BE =At x Vm x Cp x Ip - sendo que a cada unidade de BE será associado uma


CEPAC.
Onde:
BE -Benefício Financeiro.
At -Área do Terreno.
Vm -Valor Venal do metro quadrado do terreno.
Cp -Diferença entre o Coeficiente de Aproveitamento Pretendido e o Coeficiente de
Aproveitamento Básico permitido.
Ip -Índice de Planejamento de 0,3 a 0,5.

Donde:
Índice de planejamento de 0,3= ênfase a produção de uso misto que inclui moradia.
Índice de planejamento de 0,5 = ênfase na produção de empreendimentos com geração
de emprego e renda.

Os estudos ora realizados deverão ser complementados por laudos e avaliações de


peritos de agência bancária pública de forma a assegurar a idoneidade das informações
prestadas.

5.4. O Estudo de Impacto de Vizinhança da OUC


O EIV da implantação da infraestrutura urbana proposta pelos empreendedores para
cumprimento de exigência legal contida no Plano Diretor condiciona a etapa seguinte da OUC.
Ele comporá a documentação que fundamenta a Lei Específica da Operação Urbana
Consorciada Avenida Maanaim.
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O Estudo de Impacto de Vizinhança está embasado ainda no Estudo Hidrológico prévio,


feitos para avaliar a capacidade de suporte que detém a área em questão e se configura como
importante relatório a ser avaliado no decorrer da discussão da OUC.
Os empreendimentos geradores de impactos de vizinhança deverão elaborar seus
próprios Estudos de Impacto de Vizinhança – EIV, conforme previsto pelo Plano Diretor e em
lei específica, quando houver, seguindo sempre as premissas iniciais do EIV da OUC, para fins
de razoabilidade das premissas elaboradas no primeiro. O Estudo de Impacto de Vizinhança
não dispensa a elaboração dos respectivos estudos ambientais que se fizerem necessários.
As diretrizes de atendimento e as referidas contrapartidas para mitigação e
compensação de impactos passarão pelo Conselho Gestor da OUC.
Os tipos de empreendimentos e impactos sujeitos a EIV serão detalhados em lei
municipal específica, para orientar os empreendimentos propostos para a OUC que deverão
elaborar seus EIV’s.
O Estudo de Impacto de Vizinhança da OUC analisa os impactos e propõe medidas de
mitigação destes efeitos que deverão ser observados para fins de análise, aprovação e
licenciamento. Também poderá ser exigido EIV para empreendimentos propostos para a OUC
que, após implantados, causem impactos não detectáveis inicialmente quando de sua
aprovação.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

6.1. Os impactos e benefícios econômicos e sociais decorrentes da OUC Avenida


Maanaim.

O conceito da OUC Maanaim traz em seu escopo, o equacionamento da convivência


entre as diretrizes ambientais e as seguintes diretrizes:
 A Estruturação e conexão urbana de áreas anteriormente desconectadas dentro
do tecido urbano municipal;
 A produção de Habitação de Interesse Social, a regularização fundiária
acompanhada de assistência técnica;
 A recuperação e qualificação ambiental de áreas de preservação degradadas;
 O desenvolvimento econômico voltado para a produção de uma matriz limpa de
intervenção urbana na área da operação, respeitados seus condicionantes ambientais;
 O desenvolvimento social, desdobrados dos efeitos das ações de geração de
emprego e renda e a produção de Habitação de Interesse Social, a regularização fundiária.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 74
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Como diretriz geral do intuito da Operação Urbana Consorciada, o Poder Público


coordena os seguintes desdobramentos:
 Compatibilização da implantação das infraestruturas com a progressão do
adensamento proposto, em harmonia com o uso e ocupação do solo e com os preceitos do
plano urbanístico;
 Promoção da diversificação da produção imobiliária, visando à oferta de
unidades habitacionais para diferentes faixas de renda e composições familiares, atreladas ao
espaço urbano qualificado pela centralidade urbana;
 Incentivo à construção de empreendimentos de uso misto, empreendimentos
com maior número de unidades habitacionais e melhor aproveitamento dos terrenos;
 Ampliação e melhoria da infraestrutura de drenagem, inclusive por meio de
obras estruturantes de macrodrenagem que considerem as características ambientais do
perímetro da OUC e da utilização de materiais com maior permeabilidade na pavimentação das
obras públicas, tais como pisos intertravados e filtros drenantes;
 Implantação de parques, RPPN’s (Reserva Particular do Patrimônio Natural),
jardins botânicos e lagoas de detenção como parques lineares com projetos paisagísticos ao
longo dos cursos d’água existentes, com funções de lazer e de retardamento do escoamento
de águas pluviais;
 Incentivo à implantação de empreendimentos com certificação ambiental ou com
projetos sustentáveis e energeticamente eficientes;
 Investimento em provisão de Habitação de Interesse Social e na urbanização de
assentamentos precários no perímetro da Operação Urbana Consorciada e em seu perímetro
expandido;
 Incremento ao sistema de transporte coletivo por meio de corredores de ônibus,
e outros modais, investindo na expansão da rede, estruturação do atendimento do usuário e da
política de mobilidade previstas em plano setorial específico.

Os impactos econômicos e sociais advindos da OUC, no escopo aqui proposto, cumpre


o objetivo de minimizar recursos oriundos dos investimentos próprios do Município, optando
pela captação de parte da valorização imobiliária como forma de equacionar o desenvolvimento
urbano de uma área passível de se tornar uma centralidade urbana de caráter metropolitano.

6.2. Do prazo de vigência da OUC


O prazo previsto de vigência da Operação urbana Avenida Maanaim é de 20 anos,
tempo previsto para a execução dos investimentos propostos para a operação. A prorrogação

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 75


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de prazo pode ocorrer no caso de novos investimentos não previstos neste documento, como
em razão de possíveis adequações do escopo dos mesmos. Da mesma forma, o prazo poderá
ser antecipado no caso de rápida viabilidade na execução dos mesmos empreendimentos.

6.3. Do prazo de adesão


Os proprietários de glebas ou lotes atingidos pelos melhoramentos públicos previstos no
Programa de Intervenções e Investimentos no Anexo I desta lei e que protocolarem o projeto
de parcelamento ou edificação a qualquer tempo a partir da entrada em vigor da Lei Municipal
de Instituição da OUC Maanaim, terão direito ao incremento de 0,1 (zero vírgula um) do
Coeficiente de Aproveitamento máximo dos lotes resultantes, tomados como referência os
índices estabelecidos nos Quadros 2 e 6 deste documento.

6.4. Dos incentivos fiscais


Os incentivos fiscais a serem utilizados são referentes impostos municipais que
cessarão seus efeitos de cobrança da seguinte forma:
 Redução de ISS, durante a implantação das obras de infraestrutura urbana e
edificações, sendo vedada a sua isenção na comercialização dos empreendimentos,
ressalvados projetos de habitação de interesse social, isentos a qualquer tempo;
 Redução de ISS, durante os primeiros 5 (cinco) anos de funcionamento, para
empresas que venham se instalar dentro do perímetro da OUC nos 2 (dois) primeiros anos.
 Redução de IPTU, nos prazos de carência até sua comercialização pelo
empreendedor, garantida a observância dos prazos de implantação dos empreendimentos,
autorizados em seus respectivos alvarás de construção, excetuando-se habitação de interesse
social, onde a suspensão de IPTU prevalece em até 18 meses após o final da obra e entrega
das chaves, inclusive para o mutuário final de faixa 1 e 1,5 salários mínimos de renda familiar,
pelos primeiros dez anos do financiamento como monitoramento de política pública;
 Redução de IPTU nos casos de destinação de área para uso público conforme
disposto nos incentivos previstos no item 4.8.1 e 4.8.2, na proporcionalidade da área destinada
para tal fim;
 Irreajustabilidade dos CEPAC’s durante 2 (dois) anos a partir do início da OUC,
sendo então reajustado pelo INCC;
 Desconto no valor do CEPAC durante os primeiros 2 (dois) anos a partir do
início da OUC, em um percentual de 50% sobre o valor de venda, passando o valor de venda
para R$100,00/m² (cem reais por metro quadrado) de área adicional adquirida na operação,
para projetos apresentados para a produção.

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 Desconto no valor do CEPAC durante os 3 (três) anos a partir do terceiro


ano do início da OUC, em um percentual de 20% sobre o valor de venda, passando o valor de
venda para R$180,00/m² (cem e oitenta reais por metro quadrado) de área adicional
adquirida na operação, para projetos apresentados para a produção.

A regulamentação dos incentivos fiscais se dará através de legislação específica por ato do
Poder Executivo.

6.5. Dos instrumentos de sanção e controle


Para fins de controle e sanção da OUC Avenida Maanaim, incorre em improbidade
administrativa o administrador público que deixe de aplicar os recursos da OUC, da forma
autorizada na lei ou deixar de fazer sua revisão com respectivo atendimento ao controle social,
nos prazos regulamentados por ela.
Para fins de controle e sanção da OUC Avenida Maanaim, incorre em fraude,
advertência, notificação e sanção, o proprietário que promover retenção especulativa da terra
inclusa nos limites da operação estando o município autorizado a executar, cumulativamente e
nos prazos definidos em lei, nunca ultrapassando os limites da operação:
 Multas advindas da operação em desacordo com a vigência da lei;
 Vício na elaboração de projetos, execução e controle de obras objeto de
outorgado índice no limite da OUC Avenida Maanaim;
 IPTU progressivo no tempo para inobservância da obrigatoriedade de manejo
das áreas verdes, na ausência da comprovação de seu manejo por foto área e emissão de
RCA e PCA tri-anual por técnico competente, aprovado pelo Conselho Gestor;
 Inobservância de gravame de qualquer operação de natureza imobiliária, no
Cartório de registro de imóveis;
 Vedação de licenciar junto ao município.

6.6. Dos instrumentos de revisão da OUC


A OUC Avenida Maanaim sofrerá revisão de seus indicadores de eficácia a cada 4
anos, ou obrigatoriamente no ano de revisão do Plano Diretor do município.
A OUC Avenida Maanaim tem caráter de revisão de metas e prazos de obras e
resultados sendo resguardados seus princípios;
A OUC Avenida Maanaim poderá associar ao seu perímetro, a qualquer tempo,
proprietários que estejam inseridos em sua ADA, consideradas no item 3.2 deste documento.

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6.7. Do termo de compromisso do início e do término das fases estabelecidas


no plano de implementação da OUC
O termo de compromisso para o início e término das fases de obra será aprovado pelo
Conselho Gestor, sendo gravado em Cartório de registro de Imóveis, resguardados os prazos
de licença de obras previstos pelo Município, nos termos da lei.

6.8. Da lei de instituição da OUC


Após aprovação dos relatórios técnicos da OUC Avenida Maanaim, associados ao
Estudo de Viabilidade do Empreendimento e aos estudos de Impacto de Vizinhança da
implantação das infraestruturas, ter-se-á apreciação do Projeto de Lei da OUC Avenida
Maanaim pelo Poder Legislativo Municipal e, quando de sua aprovação, sancionado pelo Poder
Executivo, como autorização formal ao Executivo para implementação da Operação Urbana e
todas as suas ações previstas.

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ANEXO I – PLANILHA DE CUSTOS DE INVESTIMENTOS NA OUC AVENIDA


MAANAIM
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA AVENIDA MAANAIM
VALORES ESTIMADOS CONFERIDOS PELO CONSELHO GESTOR
PLANILHA DE INVESTIMENTOS PREVISTOS COMO CONTRAPARTIDA MÊS JULHO/2017
ITEM DESCRIÇÃO QUANT. UNID. R$ UNIT. R$ TOTAL
1 ÁREAS TRANSFERIDAS PELA OUC MAANAIM
Desapropriação parte do Lote 13 da Quadra 37
1.1 234,82 m² 331,85 77.925,02
S. Pereira II
Desapropriação do Lote 14 da Quadra 37 Silvio
1.2 175,00 m² 331,85 58.073,75
Pereira II
Destinação do Lote 19 da Quadra F Parque da
1.3 6.222,47 m² 331,85 2.064.926,67
Lagoa para UPA
Destinação de área para Centro
1.4 4.483,73 m² 331,85 1.487.925,80
Administrativo*
1.5 Destinação de área para Uso Institucional** 2.365,52 m² 331,85 784.997,81
Destinação de área para uso institucional
2
(incluída edificação com área de 1.350,00 m ),
1.6 9.063,26 m² 480,80 4.357.615,41
destinado à relocação do pátio da Secretaria
Municipal de Obras e outros serviços
TOTAL DO ITEM 1 8.046.466,65

2 OBRAS DE EDIFICAÇÕES
Indenização de edificação do Sr. Oliveiros
2.1 325,36 m² 1.974,78 642.514,42
Furbino para abertura da avenida
Produção de Habitação de Interesse Social
2.2 100,00 un 100.000,00 10.000.000,00
faixa 1 (projeto, AT e terreno urbanizado)
TOTAL DO ITEM 2 10.642.514,42

3 OBRAS DE INFRAESTRUTURA
Interligação da avenida Maanaim à rua V24
3.1
Silvio Pereira II
3.1.1 Regularização do pavimento 559,00 m² 3,32 1.855,88
3.1.2 Base em brita corrida e=15 cm 559,00 m³ 15,00 8.385,00
3.1.3 Imprimação e pintura de ligação 523,00 m² 6,28 3.284,44
3.1.4 Pavimentação em CBUQ e=3 cm 523,00 m² 25,85 13.519,55
3.1.5 Sarjeta em concreto l=30 cm 105,00 m 25,82 2.711,10
3.1.6 Meio-fio em concreto pré-moldado 105,00 m 51,69 5.427,45
TOTAL PARCIAL 35.183,42

Interligação da avenida Maanaim à Av.


3.2
Tancredo Neves
3.2.1 Regularização do pavimento 3.418,00 m² 3,32 11.347,76
3.2.2 Base em brita corrida e=15 cm 3.418,00 m³ 15,00 51.270,00
3.2.3 Imprimação e pintura de ligação 3.312,60 m² 6,28 20.803,13
3.2.4 Pavimentação em CBUQ e=3 cm 3.312,60 m² 25,85 85.630,71
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3.2.5 Sarjeta em concreto l=30 cm 351,00 m 25,82 9.062,82


3.2.6 Meio-fio em concreto pré-moldado 351,00 m 51,69 18.143,19
TOTAL PARCIAL 196.257,61

3.3 Pavimentação de vias Residencial Novo Reno


3.3.1 Regularização do pavimento 6.913,00 m² 3,32 22.951,16
3.3.2 Base em brita corrida e=15 cm 6.913,00 m³ 15,00 103.695,00
3.3.3 Imprimação e pintura de ligação 6.578,70 m² 6,28 41.314,24
3.3.4 Pavimentação em CBUQ e=3 cm 6.578,70 m² 25,85 170.059,40
3.3.5 Sarjeta em concreto l=30 cm 1.064,00 m 25,82 27.472,48
3.3.6 Meio-fio em concreto pré-moldado 1.064,00 m 51,69 54.998,16
TOTAL PARCIAL 420.490,43

3.4 Rede de Drenagem Residencial Novo Reno


Rede tubular de concreto Ø 400 incluindo
3.4.1 108,00 m 147,50 15.930,00
escavação e berço
Rede tubular de concreto Ø 600 incluindo
3.4.2 531,00 m 226,60 120.324,60
escavação e berço
Boca-de-lobo simples Tipo B com interligação
3.4.3 18,00 un 1.120,63 20.171,34
rede Ø 400
Poço de visita para rede tubular Ø 600
3.4.4 20,00 un 2.461,05 49.221,00
incluindo tampão
TOTAL PARCIAL 205.646,94

3.5 Rede de Esgoto Residencial Novo Reno


3.5.1 Rede de esgoto tubo cerâmico Ø 150 mm 531,00 m 58,00 30.798,00
3.5.2 Ligação domiciliar rede de esgoto 37,00 un 600,85 22.231,45
TOTAL PARCIAL 53.029,45

3.6 Rede de Água Residencial Novo Reno


Rede de abastecimento de água incluindo
3.6.1 531,00 m 95,00 50.445,00
ligação
TOTAL PARCIAL 50.445,00

3.7 Eletrificação da Avenida Maanaim 1,00 vb 550.000,00 550.000,00


TOTAL PARCIAL 550.000,00

3.8 Sinalização da Avenida Maanaim 1,00 vb 35.000,00 35.000,00


TOTAL PARCIAL 35.000,00

3.9 Construção de ponte na rua São José, bairro JK 1,00 vb 793.622,00 793.622,00
TOTAL PARCIAL 793.622,00

Construção de avenida em área interna da


3.10 Fazenda Bom Jesus, destinada à interligação da 14.395,00 m² 150,00 2.159.250,00
avenida Maanaim aos bairros JK (rua José

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Fortunato de Assis) e avenida Bom Jesus


(avenida existente na Fazenda Bom Jesus)
TOTAL PARCIAL 2.159.250,00
TOTAL DO ITEM 3 3.779.174,85

4 OBRAS DE URBANIZAÇÃO
Urbanização da orla da represa da bacia do
4.1
Caladinho
4.1.1 Aterro compactado com rolo vibratório 5.800,00 m³ 1,50 8.700,00
Corte e desaterro para regularização a curta
4.1.2 5.800,00 m³ 2,98 17.284,00
distância
4.1.3 Monge para controle pluvial 1,00 vb 5.000,00 5.000,00
4.1.4 Regularização de pavimento 2.900,00 m² 3,01 8.729,00
Pavimentação em intertravado de concreto
4.1.5 2.900,00 m² 68,04 197.316,00
e=6 cm incluindo base
4.1.6 Meio-fio em concreto pré-moldado tipo A 1.453,00 m 51,69 75.105,57
Luminária para iluminação pública lâmpada
4.1.7 25,00 un 2.585,00 64.625,00
metálica poste 8,00 m
Plantio de grama batatais em placas para
4.1.8 4.300,00 m² 19,00 81.700,00
proteção de talude
TOTAL PARCIAL 458.459,57

Urbanização da orla da represa da bacia do


4.2
Sílvio Pereira II
Concreto armado usinado para muro de arrimo
4.2.1 33,00 m³ 473,24 15.616,92
30 Mpa h=2,5 m 0,25
Forma e desforma de compensado plastificado
4.2.2 44,00 m² 167,50 7.370,00
(5x)
Aço CA-50 para muro de arrimo corte, dobra e
4.2.3 3.300,00 kg 8,95 29.535,00
armação
Escavação, carga e transporte de material de
4.2.4 3.500,00 m³ 3,20 11.200,00
1ª categoria
4.2.5 Monge para controle pluvial 1,00 vb 5.000,00 5.000,00
Plantio de grama batatais em placas para
4.2.6 800,00 m² 19,00 15.200,00
proteção de talude
TOTAL PARCIAL 83.921,92
TOTAL DO ITEM 4 542.381,49

5 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
5.1 Unidades regularizadas 37,00 un 3.500,00 129.500,00
TOTAL DO ITEM 5 129.500,00

MANEJO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO


6
AMBIENTAL COM PCA/RCA e foto aérea.
Manejo florestal de área remanescente de
6.1 19,420 ha 929,00 18.041,18
Empreendimentos Novo Reno
Manejo florestal de área remanescente de
6.2 2,740 ha 929,00 2.545,46
Lucas Quadros
67

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Manejo florestal de área remanescente de


6.3 2,765 ha 929,00 2.568,69
Adriana/Maurício
Manejo florestal de área remanescente de
6.4 5,623 ha 929,00 5.223,77
Hudson Santos Costa
Manejo florestal de área remanescente de CF
6.5 6,600 ha 929,00 6.131,40
Empreendimentos Imob. SPE
Manejo florestal de área remanescente de José
6.6 8,675 ha 929,00 8.059,08
Gregório/Vani Medeiros
Manejo florestal de área remanescente da
6.7 Fazenda Bom Jesus de propriedade da Barros e 27,52 ha 929,00 25.566,08
Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda.
TOTAL TO ITEM 6 73,34 68.135,65

7 OBRAS DE INTERESSE PÚBLICO


Construção de equipamentos comunitários na
7.1 vb 550.000,00 550.000,00
área da operação
Construção de Equipamentos comunitários na
7.2 vb 440.000,00 440.000,00
área da HIS
Construção do Centro Administrativo no
7.3 vb 11.000.000,00 11.000.000,00
perímetro da OUC
7.4 Construção de praças vb 300.000,00 300.000,00
Implantação de equipamentos de mobilidade
7.5 vb 500.000,00 500.000,00
na Avenida Maanaim
Implantação de Terminal Metropolitano fora
7.6 vb 10.000.000,00 10.000.000,00
do perímetro da OUC ****
TOTAL DO ITEM 7 22.790.000,00

8 DIVERSOS
Assistência técnica e social de famílias no
8.1 vb 250.000,00 250.000,00
perímetro da OUC
Custeio do Conselho Gestor da OUC Maanaim
8.2 vb 600.000,00 600.000,00
(anual)
8.3 Custeio de manutenção urbana *** 500.000,00 600.000,00
8.4 Custeio da UPA vb 250.000,00 250.000,00
8.5 Custeio do Centro Administrativo 200.000,00 600.000,00
Custeio de estudos e projetos para a
8.6 vb 300.000,00 300.000,00
operacionalização da OUC Av. Maanaim
TOTAL DO ITEM 8 2.100.000,00
TOTAL GERAL DE INVESTIMENTOS 48.098.173,06
A Custo das CEPAC’s 134,00
B Valor final das CEPAC’s 200,00

O valor final dos CEPAC’s incorpora os riscos da operação, sua progressão no tempo e
os prazos de adesão que permitem que ele seja elaborado com a devida segurança pelos seus
consorciados.
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Seu valor final leva em conta, os valores de avaliação expostos pelo Laudo de
Avaliação da OUC, a natureza das obras executadas e outras que necessitam de execução
dentro da operação e seu caráter ambiental.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 83


PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANASTASSAKIS, Demetre. A mais valia imobiliária negativa de áreas centrais.


Campinas: 2015, p.12.

ANASTASSAKIS, Demetre e PIRES, Cláudia Teresa. A socialização das mais valias


imobiliárias negativas de áreas centrais. SP, mimeo.

ANASTASSAKIS, Demetre, PIRES e Cláudia Teresa. “De cada um conforme o que


pode, a cada um conforme o que precisa" Os Méritos, vantagens e impasses do programa
Minha Casa, Minha Vida. SP: 2017, 11p.

AZEVEDO NETTO, Domingos, et al. O solo criado. São Paulo: Centro de Estudos e
Pesquisas de Administração Municipal, CEPAM, 1975.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

BRASIL. Lei Federal nº 8.036, de 11/05/1990, que dispõe sobre o FGTS e dá outras
providências.

BRASIL. Lei Federal nº 8.668, de 25/06/1993, que dispõe sobre a constituição e o


regime tributário dos Fundos de Investimento Imobiliário e dá outras providências.

BRASIL. Lei Federal 10.257, de 10/07/2001, que regulamenta os artigos 182 e 183 da
Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.

BRASIL. Resolução CCFGTS nº 725, de 26/09/2013; que altera o item 2.1.1.1 da


Resolução do CCFGTS 681, de 10/01/2012 janeiro de 2012 e autoriza o Agente Operador a
investir até 80% do valor de cada empreendimento na área de Habitação, limitado a 90% dos
custos de produção, excluídos dos referidos percentuais os custos proporcionais das unidades
não enquadradas no SFH, e integralizar os recursos em conta específica remunerada de
titularidade do tomador, os quais serão liberados conforme o fluxo programado de execução
dos projetos.

BRASIL. Instrução Normativa do Ministério das Cidades nº 33, de 17/12/2014 que


regulamenta a aquisição, pelo Agente Operador, de cotas de Fundos de Investimento
Imobiliário e de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, Debêntures e Certificados de
Recebíveis Imobiliários, com recursos do FGTS, que possuam lastro em operações urbanas
consorciadas. (alterada pela Instrução Normativa do Ministério das Cidades nº 13, de
10/05/2016)
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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 84
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_______. Código Civil Brasileiro, 2002.

_______. Estatuto da Cidade, Lei 10.257, de 10 de julho de 2001.

_______. MINISTERIO DAS CIDADES. Coleção Cadernos Técnicos de


Regulamentação e Implementação de Instrumentos do Estatuto da Cidade - Volume 1. Brasília:
Ministério das Cidades, 2012.

_______. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Portaria Ministerial 511, de 08 de dezembro de


2009.

_______. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Conselho Nacional das Cidades, Resolução Nº


34,publicada no Diário Oficial da União em 14 de julho de 2005, Seção 1, p. 89.

_______. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Resolução Recomendada Nº 83 do Conselho


Nacional das Cidades, de 08 de dezembro de 2009.

CYMBALISTA, Renato e SANTORO, Paula. Introdução á expressão gestão social da


valorização da terra. In: SANTORO, Paula (org) Gestão Social da valorização da terra. SP:
Instituto Polis, 2004, 80p.

F. FURTADO, VLFM REZENDE. Discursos e imagens acerca de intervenções urbanas


no Rio de Janeiro (1920-1940): a questão da valorização fundiária em planos e projetos
urbanos. SP: Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, 2008, 12p.

MONTANDON, Daniel T. Operações urbanas em São Paulo: da negociação financeira


ao compartilhamento equitativo de custos e benefícios. Dissertação de Mestrado, FAUUSP,
São Paulo, 2009.doi:10.11606/D.16.2009.tde-19032010-111532. Acesso em: 2017-06-22.

MONTANDON, Daniel Todtmanne SOUZA, Felipe Francisco. Land and readjustment e


Operações Urbanas Consorciadas. SP: Romano Guerra editora, 2007.

MUNICÍPIO DE SP. Operação Urbana Consorciada do Tamanduateí: proposta de


projeto de lei. SP:2015.

MUNÍCIO DE CEL. FABRICIANO. Decreto nº. 3.738 de 21 de outubro de 2011: Declara


de Utilidade Pública a área que menciona e dá outras providências.

MUNÍCIO DE CEL. FABRICIANO. Decreto nº. 3.739 de 21 de outubro de 2011: Declara


de Utilidade Pública, para fins de desapropriação, o imóvel que menciona e dá outras
providências.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 85


PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

MUNÍCIO DE CEL. FABRICIANO. Lei nº. 3.759 de 17 de dezembro de 2012: Institui o


Plano Diretor de Coronel Fabriciano e dá outras providências.

MUNÍCIO DE CEL. FABRICIANO. Decreto nº. 5.923 de 06 de abril de 2017: Dispõe


sobre procedimentos preparatórios para instituição de Operação Urbana Consorciada e dá
outras providências.

RABELLO, Sonia. O conceito de justa indenização nas expropriações imobiliárias


urbanas: justiça social ou enriquecimento sem causa? Revista Forense, v. 388. Rio de Janeiro,
2007. 221-235.

SANDRONI, PAULO. O Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção)


como Instrumento de Captação de Mais-valias Urbanas e Financiamento de Grandes Projetos
Urbanos, 135 , Brasil. Ministério das Cidades. Operações urbanas: anais do seminário Brasil -
França / Ministério das Cidades. – Brasília: Ministério das Cidades, 2009.

72

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 86
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OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA


AVENIDA MAANAIM
CORONEL FABRICIANO / MG

ANEXO 2
ESTUDO DE IMPACTO
DE VIZINHANÇA

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SUMÁRIO

SUMÁRIO........................................................................................................... 2
LISTA DE FIGURAS........................................................................................... 6
1.0. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 11
2.0. OBJETIVOS .............................................................................................. 12
3.0. DADOS DO PROJETO ............................................................................. 13
3.1. Identificação do Empreendedor ................................................................ 13
3.2. Identificação da Empresa Responsável pela Elaboração deste EIV ........ 14
3.3. Equipe Técnica ......................................................................................... 14
3.4. Identificação da Empresa Gestora e Parceira na Elaboração deste EIV . 14
3.5. Identificação dos profissionais responsáveis pela adequação e elaboração
dos estudos das áreas adensadas no EIV........................................................15
4.0 DIAGNÓSTICO URBANO AMBIENTAL .................................................... 15
4.1. Aspectos Gerais de Localização ............................................................... 15
4.1.1. Aspecto Histórico ................................................................................... 15
4.1.2. Meio Físico ............................................................................................. 19
4.1.2.1. Bioma .................................................................................................. 19
4.1.2.2. Geomorfologia, Geologia, Relevo ....................................................... 22
4.1.2.3. Clima ................................................................................................... 23
4.1.2.4. Hidrografia .......................................................................................... 24
4.1.2.5. Patrimônio Cultural/ Equipamentos Culturais ..................................... 28
5.0. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................................... 32
5.1. Legislação ................................................................................................. 32
5.2. Localização do Empreendimento- Macrozoneamento .............................. 33
5.3. Área de influência ..................................................................................... 37
5.3.1. Avaliação da Área de Influência Direta (AID): Pista de rolamento ........ 39
5.4. Aspectos Físicos da Área ......................................................................... 44
5.4.1. Recursos Hídricos .................................................................................. 45
5.4.2. Meio biótico ............................................................................................ 47
Fauna ............................................................................................................... 47
Flora ................................................................................................................. 49
5.4.2.1. Unidades de conservação .................................................................. 52
5.4.2.2. Área de Preservação Permanente ...................................................... 53

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5.4.2.3. Caracterização da vegetação da área do empreendimento................ 59


5.4.2.4. Inventário florístico quali-quantitativo .................................................. 75
5.4.2.5. Inventário florístico quali-quantitativo das áreas adensadas .............. 99
5.5. Áreas de Projeto ......................................................................................127
5.5.1. Descrição das atividades ......................................................................135
6.0. ESTUDO DE TRÁFEGO ......................................................................... 136
6.1. Geração do Tráfego Residencial ............................................................ 136
6.2. Acessibilidade a OUC Av. Maanaim ....................................................... 140
6.2.1. Microacessibilidade .............................................................................. 140
6.2.2. Macroacessibilidade ............................................................................ 141
6.2.3. Análise de Nível de Serviço de capacidade viária................................ 149
6.2.4. Nível de Serviço – Cenário futuro SEM empreendimentos ................. 156
6.2.5. Nível de Serviço – Cenário futuro COM empreendimentos.................. 157
6.2.5.1. Geração de viagens .......................................................................... 158
6.2.5.2. Distribuição das viagens geradas ..................................................... 158
6.2.6. Alocação das viagens geradas e volume de tráfego futuro com
empreendimentos........................................................................................... 161
6.2.7. Nível de Serviço – Comparação entre cenários .................................. 163
6.3. Acessibilidade as áreas de adensamento à OUC Av. Maanaim (Fazenda
Bom Jesus) ....................................................................................................166
6.3.1. Geração do Tráfego das principais vias próximas à área de adesão OUC
Av. Maanaim (Fazenda Bom Jesus)...............................................................167
6.3.2. Acessibilidade à área de adesão OUC Av. Maanaim (Fazenda Bom
Jesus)..............................................................................................................169
6.3.4. Alocação das viagens geradas e volume de tráfego em função da área
de adesão OUC Av. Maanaim (Fazenda Bom Jesus) ...................................170
7.0. ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA.............................................. 171
7.1. Caracterização do Uso e Ocupação do Solo .......................................... 171
7.1.1. Parâmetros Urbanísticos do Projeto .................................................... 171
7.1.1.1. Zoneamento Urbanístico Ambiental .................................................. 171
7.1.1.2. Macrozoneamento Atual ................................................................... 172
7.2. Caracterização do Entorno ..................................................................... 175
7.2.1. Levantamento de Usos e Ocupação do Entorno ................................. 175
7.2.2. Classificação do Padrão/Valor das Edificações do Entorno ................ 178
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7.2.3. Laudo de Avaliação do Valor Imobiliário da Região ............................ 181


7.2.3.1. Objetivo...............................................................................................181
7.2.3.2. Metodologia ...................................................................................... 182
7.2.3.3. Tratamento de Dados ....................................................................... 182
7.2.3.4. Análise dos Dados Obtidos................................................................ 183
7.2.3.5. Valor Médio dos Imóveis ................................................................... 183
7.2.3.6. Avaliação do Terreno da OUC-Av. Maanaim .................................... 184
7.2.3.7. Conclusão ......................................................................................... 185
7.2.3.8. Classificação do Padrão/Valor dos imóveis na OUC Av. Maanaim com
inclusão das áreas adensadas (Fazenda Bom Jesus) ...................................185
7.3. Caracterização dos Equipamentos da AID ............................................. 187
7.3.1. Equipamentos Públicos ....................................................................... 187
7.3.2. Equipamentos Privados ....................................................................... 187
7.3.3. Análise dos Dados................................................................................ 188
7.4. Viabilidade Técnica ................................................................................. 188
7.4.1. Viabilidade para Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário .... 189
7.4.2. Viabilidade para Efluente Pluvial ......................................................... 189
7.4.3. Demanda por Energia Elétrica ............................................................. 189
7.4.4. Movimento de terra .............................................................................. 190
7.4.5. Fundações e estrutura ......................................................................... 190
7.4.6. Obras complementares programadas ................................................. 190
7.4.7. Obras de caráter público ...................................................................... 191
7.4.8. Demais Impactos Causados ................................................................ 191
8.0 IMPACTOS URBANOS AMBIENTAIS ..................................................... 192
8.1. Impactos sobre o Adensamento Populacional ........................................ 193
8.2. Impacto sobre os Equipamentos Públicos Comunitários ........................ 196
8.3. Impacto sobre as Redes de Infraestrutura Urbana ................................. 198
8.3.1. Resíduos Sólidos Urbanos – RSU ....................................................... 198
8.3.2. Efluentes Líquidos ............................................................................... 199
8.3.3. Impermeabilidade do solo..................................................................... 201
8.4. Impacto sobre o Uso e a Ocupação do Solo .......................................... 202
8.4.1. Ventilação e Insolação ......................................................................... 202
8.4.2. Iluminação e Sombreamento ............................................................... 203
8.5. Impacto sobre a Valorização Imobiliária do Entorno .............................. 204

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8.6. Impacto sobre os Sistemas Viário e de Transporte Público ................... 205


8.6.1. Sistema Viário ..................................................................................... 205
8.6.2. Transporte Público ............................................................................... 206
8.7. Impactos sobre a Paisagem Urbana e Natural ....................................... 207
8.7.1. Quanto à Paisagem Natural ................................................................. 207
8.7.2. Quanto à Paisagem Urbana ................................................................ 207
8.8. Impactos Ambientais ............................................................................... 208
8.8.1. Aspectos e Impactos Ambientais – AIA ............................................... 208
8.8.1.1. Análise de AIA .................................................................................. 208
8.8.1.2. Significância ...................................................................................... 210
8.8.1.2.1. Aspectos Ambientais ..................................................................... 210
8.8.1.2.2. Impactos Ambientais ...................................................................... 211
8.8.1.2.3. Análise de Significância ................................................................. 212
8.8.1.2.4. Controles Operacionais ................................................................. 214
8.8.1.2.4.1. Plano de Controle Ambiental ...................................................... 215
8.8.1.2.4.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil –
PGRCC .......................................................................................................... 225
8.8.1.2.4.3. Plano de Controle de Poeiras ..................................................... 240
8.8.1.2.4.4. Plano de Monitoramento de Ruídos e Vibrações ....................... 242
8.8.1.2.4.5. Plano de Coleta Seletiva ............................................................ 243
8.9. Pesquisa de Vizinhança .......................................................................... 249
8.7. Pesquisa de Vizinhança para as áreas de adensamento ........................254
9.0. MATRIZ DE IMPACTOS ......................................................................... 261
10. RESUMO/CONCLUSÂO ......................................................................... 270
11. REFERÊNCIAS ....................................................................................... 275

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Eixo de Ordenamento Territorial...................................................... 16


Figura 2 - Localização do Município ................................................................ 19
Figura 3 - Biomas de Minas Gerais ................................................................. 20
Figura 4 - Cobertura Vegetal RMVA ................................................................ 21
Figura 5 - Cobertura Vegetal............................................................................ 21
Figura 6 - Relevo da RMVA- Fonte: Global Mapper (base: ASTER GDEM
Worldwide Elevation Data) ............................................................................... 23
Figura 7 - Caracterização climática Coronel Fabriciano .................................. 24
Figura 8 - Mapa Bacias hidrográficas da RMVA .............................................. 26
Figura 9 - Bacia hidrográfica do Rio Piracicaba ............................................... 26
Figura 10 - Pontos de Inundação e Alagamento ............................................. 27
Figura 11 - Igreja São José dos Cocais ........................................................... 29
Figura 12 - Igreja matriz de São Sebastião ..................................................... 30
Figura 13 - Fachada Teatro João Paulo II ....................................................... 31
Figura 14 - Mapa de macrozoneamento do empreendimento ......................... 36
Figura 15 - Áreas de interesse ......................................................................... 37
Figura 16 - Área de Influência .......................................................................... 39
Figura 17 - Av. Pres. Tancredo Neves ............................................................. 40
Figura 18 – Av. Maanaim ................................................................................. 41
Figura 19 – Av. 2 .............................................................................................. 41
Figura 20 - Rua Ponte Nova ............................................................................ 42
Figura 21 - Av. Geraldo Inácio ......................................................................... 43
Figura 22 – Trecho com infraestrutura precária ............................................... 43
Figura 23 – Trecho sem calçada e com declividade acentuada ...................... 44
Figura 24 – Trecho com infraestrutura precária ............................................... 44
Figura 25 - Cambissolo encontrado na área objeto de estudo ........................ 45
Figura 26 - Foz do Ribeirão Caladinho ............................................................ 47
Figura 27 - Mapa de cobertura vegetal da área do empreendimento. ............. 50
Figura 28: Mapa Unidade de conservação .......................................................53
Figura 29 - Localização dos cursos d’água ..................................................... 57
Figura 30 - Levantamento Planialtimetrico/Baltimétrico do Barramento
Artificial............................................................................................................. 58

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Figura 31 - APP existente no empreendimento. .............................................. 59


Figura 32 - Pontos de Análise Ambiental ......................................................... 60
Figura 33 - Xylopia aromática (Pimenta de macaco) ....................................... 68
Figura 34 - Terminalia triflora (Capitaozinho) .................................................. 68
Figura 35 - Plathymenia reticulata (Vinhático) ................................................. 69
Figura 36 - Zanthoxylum riedelianum (Mamica de porca) ............................... 69
Figura 37 - Ficus adhatodifolia (Gameleira) ..................................................... 69
Figura 38 - Erythrina speciosa (Mulungu) ........................................................ 69
Figura 39 - Solanum lycocarpum (Lobeira) ...................................................... 70
Figura 40 - Pyrostegia venusta (Cipó de São João) ........................................ 70
Figura 41 - Anadenanthera peregrina (Angico), Fazenda Bom Jesus ............. 70
Figura 42 - Andira sp. (Angelim), Fazenda Bom Jesus ................................... 70
Figura 43 - Localização área antropizada existente no empreendimento ....... 71
Figura 44 - Localização de todas as áreas antropizadas, incluindo as áreas de
adesão ............................................................................................................. 72
Figura 45 - Área antropizada. .......................................................................... 72
Figura 46 - Área antropizada. .......................................................................... 73
Figura 47 - Fezes de gado em área antropizada- Área antropizada. .............. 73
Figura 48 - As imagens na Fazenda Bom Jesus ilustram a casa sede, seu
jardim e áreas delimitadas para criação de animais ........................................ 74
Figura 49 - A fazenda Bom Jesus possui curral com presença de animais que
utilizam as áreas de pastagem ........................................................................ 74
Figura 50 - Área para pastagem da Fazenda Bom Jesus sem vegetação de
porte arbóreo ................................................................................................... 75
Figura 51 - Identificação e marcação das espécies. ........................................ 77
Figura 52 - Astronium graveolens (Guaritá) - Astronium graveolens (Guaritá).78
Figura 53 - Zanthoxylum riedelianum (mamica de porca) - Albizia polycephala
(Angico) ............................................................................................................ 79
Figura 54 - Cecropia hololeuca (Embaúba) - Schinopsis brasiliensis (Braúna) 80
Figura 55 - Terminalia brasilliensis (Capitão) - Eugenia pyriformis (Uvaia)...... 80
Figura 56 - Siparuna guianensis (Siparuna) - Terminalia brasilliensis
(Capitão)........................................................................................................... 81

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Figura 57 - Copaifera langsdorffii (Pau d’óleo) - Copaifera langsdorffii (Pau


d’óleo) .............................................................................................................. 81
Figura 58 - Cupania vernalis (Camboatá) - Luehea speciosa (Açoita cavalo) . 82
Figura 59 - Lithraea molleoides (Aroeira brava) - Sebastiania commersoniana
(Branquilho) ......................................................................................................82
Figura 60 - Parâmetros qualitativos utilizados nos estudos fitossociológicos ..98
Figura 61 - Vista parcial da Floresta Estacional secundarizada em estágio
inicial de regeneração......................................................................................100
Figura 62 - Vista parcial da área de pastagem presente na área de estudo...101
Figura 63 - Vista parcial da área de ocupação antrópica (edificações e pomar)
presente na área de estudo.............................................................................101
Figura 64 – Vista parcial da FESD em estágio inicial de regeneração presente
na área do projeto........................................................................................102
Figura 65 - Vista parcial da área utilizada como pastagem presente na área do
projeto..............................................................................................................105
Figura 66 - Vista parcial do pomar presente na área do projeto......................106
Figura 67 - Quadro de Áreas- OUC................................................................127
Figura 68 - Gleba Lucas Quadros Silva...........................................................127
Figura 69 - Gleba Empreendimentos Novo Reno .......................................... 128
Figura 70 - Glebas Residencial Novo Reno e Parque Industrial Novo Reno .129
Figura 71 - Gleba A ........................................................................................ 130
Figura 72 - Gleba B ........................................................................................ 131
Figura 73 - Gleba C ....................................................................................... 132
Figura 74 - Gleba Jane Linhares ................................................................... 133
Figura 75 - Gleba Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda.......134
Figura 76 - Gleba Tempo Empreendimentos Imobiliários Ltda.......................135
Figura 77 - Modelo de geração de viagens para casas unifamiliares ............ 136
Figura 78 - Microacessibilidade ..................................................................... 141
Figura 79 - Rotas de chegadas pela Av. Maanaim ........................................ 142
Figura 80 - Rotas de saídas pela Av. Maanaim ............................................. 143
Figura 81 - Rotas de chegadas pela Av. 2 ..................................................... 144
Figura 82 - Rotas de saídas pela Av. 2 .......................................................... 145
Figura 83 - PED's............................................................................................ 146
Figura 84 - Interseção selecionada para estudo ............................................ 149
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Figura 85 - Movimentos considerados – Av. Pres. Tancredo Neves com Av.


Maanaim ........................................................................................................ 151
Figura 86 - Cálculo de volumes de tráfego .................................................... 152
Figura 87 – Volumes de tráfego (18:00 as 19:00) – Cenário atual (19 de
Setembro de 2017)......................................................................................... 153
Figura 88 - Dados de Nível de Serviço – Cenário atual ................................. 155
Figura 89 – Volumes de tráfego (18:00 as 19:00) cenário futuro SEM
empreendimentos 2041 ................................................................................. 156
Figura 90 - Dados de Nível de Serviço – Cenário futuro SEM empreendimentos
........................................................................................................................ 157
Figura 91 - Rotas de chegadas pela Av. Maanaim ........................................ 159
Figura 92 - Rotas de saídas pela Av. Maanaim ............................................. 160
Figura 93 - Alocação do tráfego ..................................................................... 161
Figura 94 - Volumes de tráfego (18:00 as 19:00) cenário futuro COM
empreendimentos 2043 ................................................................................. 162
Figura 95 - Dados de Nível de Serviço – Cenário futuro COM
empreendimentos............................................................................................163
Figura 96 – Área de Implantação de Sinalização Vertical, Horizontal e
Dispositivos Auxiliares ................................................................................... 165
Figura 97 - Rota secundária de acesso. ........................................................ 166
Figura 98 - Rota de acesso à Fazendo Bom Jesus pela Avenida Geraldo Inácio
através das rotas 4 e 5 ..................................................................................167
Figura 99 - Mapa de macrozoneamento do empreendimento.........................172
Figura 100 - Parâmetros urbanísticos..............................................................173
Figura 101 - Macrozoneamento do município nas áreas de intervenção,
incluídas as áreas aderidas à OUC Av. Maanaim........................................174
Figura 102 - Usos Existentes no Local .......................................................... 177
Figura 103 - Usos no local ............................................................................. 177
Figura 104 - Usos no local das áreas de entorno da área aderida à OUC Av.
Maanaim .........................................................................................................178
Figura 105 - Casa de médio - baixo padrão .................................................. 180
Figura 106 - Casa de padrão médio............................................................... 180
Figura 107 - Escola Municipal B. Silvio Pereira II .......................................... 180
Figura 108 - Casa de baixo padrão ............................................................... 181
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Figura 109 - Empresa prestadora de Serviço - Univale ................................. 181


Figura 110 - Distribuição da População ......................................................... 193
Figura 111 - Imagem ilustrativa.......................................................................202
Figura 112 - Tipos de resíduos com respectivas cores para reciclagem .......246
Figura 113 – Área de Implantação de Sinalização Vertical, Horizontal e
Dispositivos Auxiliares .................................................................................. 271

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1.0 INTRODUÇÃO

O presente trabalho buscar apresentar estudos e pesquisas realizados por


equipe multidisciplinar para elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança –
EIV da Operação Urbana Consorciada Av. Maanaim no município de Coronel
Fabriciano -MG.

O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) é um documento de análise


urbanística e ambiental de âmbito municipal. Destina‐se a empreendimentos
que causam impacto no meio ambiente e são abordados tópicos como,
infraestrutura, produção de ruídos, equipamentos, entre outros. Sendo assim,
por meio desta análise, é possível avaliar os impactos do empreendimento e
minimizá-los com medidas de mitigação ou compensação a possíveis danos
em seu entorno.

O empreendimento proposto tem como objetivo realizar um aproveitamento


urbanístico de uma área através da Lei complementar nº 0006, de 28 de
dezembro de 2017, foi instituída a Operação Urbana Consorciada Avenida
Maanaim – OUC Maanaim, situado na região do Vale do Aço e dentro do
perímetro urbano do Município de Coronel Fabriciano.

A elaboração deste documento visa atender o disposto nos artigos 36 da Lei


Federal N° 10.257 de 10 de Julho de 2001, o Plano Diretor sob o artigo 69 da
Lei N° 3.759 de 27 de Dezembro de 2012 de Coronel Fabriciano e o Plano de
Intervenção para a área, ressaltam que é instituído o Estudo de Impacto de
Vizinhança (EIV) no Município de Coronel Fabriciano, para os casos de
empreendimentos de impacto que impliquem em repercussões
preponderantemente urbanísticas.

Empreendimentos mistos alteram a dinâmica de determinado local/bairro,


causando assim, repercussões tanto de ordem ambiental e na infraestrutura
urbana, razão pela qual o Poder Público Municipal institui a obrigatoriedade de
elaboração de estudo dessa natureza, considerando prévio à implantação e
posterior à operação do novo empreendimento urbanístico.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 97


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Desta maneira, é apresentado e caracterizado o empreendimento imobiliário


para ocupação da gleba, na forma de Projeto Urbanístico, cuja efetiva
implantação será conduzida a partir da conclusão do processo de
licenciamento no âmbito da Prefeitura Municipal, uma vez que, conforme será
exposto e analisado neste EIV, o citado empreendimento contará com as
devidas e necessárias aprovações dos órgãos estaduais competentes,
notadamente daquele voltado ao controle e a proteção ambiental, no caso a
SEMAD, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável.

O presente EIV está organizado de maneira a fornecer à Prefeitura do


Município de Coronel Fabriciano e demais agentes do processo de
licenciamento, primeiramente, um conjunto de informações sobre a Operação
Urbana Consorciada, dando destaque para os impactos previstos no entorno
das glebas, considerando as ações e o horizonte de execução dessa obra.

Posteriormente, são identificadas e avaliadas as condições ambientais e


sociais da área onde se pretende implantar o empreendimento, para uma
melhor identificação e avaliação dos impactos que estão associados ao
empreendimento pretendido.

2.0 OBJETIVOS

O objetivo deste estudo é apresentar o conjunto de análises e informações


técnicas relativas à identificação, avaliação, prevenção e às medidas
mitigatórias dos impactos sobre a vizinhança do empreendimento,
demonstrando de forma clara e concisa os impactos positivos ou negativos
relacionados aos seguintes aspectos:
 Impacto Econômico
 Impacto Social
 Impacto Urbanístico
 Impacto na Infraestrutura
12

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 98
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Deve-se levar em consideração a qualidade de vida da população residente


nas áreas de influência direta e indireta, analisando sobremodo o adensamento
populacional gerado pelo empreendimento, os equipamentos urbanos, Impacto
ambiental e comunitários existentes e demandados, o uso e a ocupação do
solo, a valoração imobiliária, a geração de tráfego e demanda por transporte
público, o patrimônio natural e cultural, bem como todos aqueles que de
alguma forma possam afetar favorável ou desfavoravelmente o ambiente como
um todo. Além de apresentar os impactos positivos e negativos da implantação
do empreendimento, o EIV apresenta as medidas mitigatórias e
compensatórias desta implantação, objetivando minimizar os impactos
negativos e maximizar os impactos positivos nas áreas definidas como de
influência direta e indireta, sobre a valoração imobiliária, mobilidade urbana,
transporte público, dentre outros.

O Estudo de Impacto de Vizinhança, EIV, como definido pela legislação


municipal, especialmente pelo que dispõe o Plano Diretor, tem como finalidade
básica identificar os impactos gerados por atividades e empreendimentos, e
seus reflexos na qualidade de vida da população residente na área e em suas
proximidades. A partir das análises do projeto e das condições existentes no
entorno, são apontados os impactos gerados pelo empreendimento em estudo
bem como as medidas corretoras, mitigadoras ou compensatórias de eventuais
impactos negativos.

3.0 DADOS DO PROJETO

3.1. Identificação do Empreendedor

Denominação: Operação Urbana Consorciada Av. Maanaim


Endereço: Avenida Maanaim, S/N
Bairro: Bairro Caladinho e Sílvio Pereira
Município: Coronel Fabriciano
Estado: Minas Gerais

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Área Total do Terreno: 2.211.519,07 m²

3.2. Identificação da Empresa Responsável pela Elaboração deste EIV


Razão Social: Bruna Torlone Engenharia Ambiental & Projetos
CNPJ: 24.028.600/0001-26
Endereço: Rua de Gemini, n° 696
Bairro: Cidade Verde
Município: Betim
Telefone de Contato: (0xx31) 3532.9071
E-mail: brunatorlone@gmail.com

3.3. Equipe Técnica


Bernard Resende Moreira- Arquiteto Urbanista- CAU A69382-0
Cristiane Bonfim – Bióloga e Gestora Ambiental - CRBio 62447-4/D
Bruna Torlone Pedroso- Engenheira Ambiental/ Engenheira de Transito-
CREA150462
Frederico Nascimento- Engenheiro Civil/ Especialista em Estradas- CREA
189.824/D
André Santos- Engenheiro Florestal- CREA/RJ 2004108878
Melissa Stephane- Estagiária – Engenharia Ambiental

3.4. Identificação da Empresa Gestora e Parceira na Elaboração deste EIV


• Razão Social: Qualidade Ambiental Engenharia Eireli – EPP
• CNPJ: 21.172.459/0001-42
• Endereço: Av. Guido Marliére, 117, 2º Andar
• Bairro: Iguaçu
• Município: Ipatinga
• Telefone de Contato: (31) 3826-2801
• E-mail: contato@qa.eng.br
Equipe Gestora / Parceira
• Henrique Simões Rosa Dutra – Mestre em Saneamento Ambiental /
Engenheiro Ambiental
• Philipe Vaz de Sousa – Engenheiro Ambiental
• Lívia Silva Costa – Estagiária em Engenharia Ambiental

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 100
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3.5. Identificação dos profissionais responsáveis pela adequação e


elaboração dos estudos das áreas adensadas no EIV
 Elmo Nunes - Engenheiro Florestal - CREA /MG: 57.856/D;
 Fabiano de Oliveira Silva - Biólogo - Crbio 062024/04;
 Humberto José Nunes Barros - Arquiteto - CAU: A68938-6;

4.0 DIAGNÓSTICO URBANO AMBIENTAL

4.1. Aspectos Gerais de Localização

4.1.1. Aspecto Histórico

O Município de Coronel Fabriciano encontra-se inserido na região


metropolitana do Vale do Aço – RMVA junto com os municípios de Timóteo,
Ipatinga e Santana do Paraíso. Coronel Fabriciano está a leste do estado de
Minas Gerais, região Sudeste do país, distante cerca de 200 km de Belo
Horizonte por rodovias e 253 km por ferrovias. Ocupa uma área de pouco mais
de 221 km², sendo aproximadamente 17 km² de área urbana, e uma população
estimada de 110.326 habitantes. Sua posição é determinada pelas
coordenadas geográficas de 19° 31’ 07” Latitude Sul e 42° 37’ 44” Longitude
Oeste. Encontra-se inserido na Bacia do Rio Doce, sendo seus principais rios o
Rio Piracicaba, o Ribeirão Cocais dos Arrudas e o Córrego Caladão.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 101
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Figura 1 - Eixo de Ordenamento Territorial.

A RMVA é uma aglomeração urbana com quase 451.351 habitantes, segundo


dados do censo demográfico de 2010. Se considerarmos os municípios da
RMVA e do Colar Metropolitano, a população ultrapassa 700.000 habitantes. A
RMVA tem uma população predominantemente urbana, com um grau de
urbanização de 98,69%, em 2010. Já o Colar Metropolitano apresentou um
grau de urbanização de 75,51%.

A ocupação efetiva e significativa do território de 806,58 Km² que hoje


representa a RMVA é muito recente. No início do século XX a região ainda não
tinha expressividade regional e detinha as maiores reservas de Mata Atlântica
de Minas Gerais. Um impulso maior para a ocupação da região só veio
acontecer no início do século XX, quando já existia uma rede urbana relevante
em outras regiões do Estado de Minas Gerais.

Foi somente a partir da construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas – EFVM,


entre 1911 a 1929, que começa a surgir uma rede urbana mais significativa. A
ferrovia foi a responsável pela primeira organização territorial da região, ao
induzir a ocupação – ou o deslocamento – da população para sua proximidade,

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como se verificou em Coronel Fabriciano e, mais tarde, em Ipatinga. Esta


ocupação definiu a estrutura linear da RMVA, com a organização de seus
núcleos urbanos ao longo da ferrovia e, mais tarde, da rodovia. Ressalta-se
que a BR 381 estabeleceu forte influência na organização territorial da região
(MONTE-MÓR e DRUMMOND, 1974), reforçando sua importância como
elemento estruturador e indutor desta linearidade da ocupação urbana. Embora
a chegada da ferrovia tenha causado importantes transformações, foi somente
a partir da década de 1930, com a implantação das grandes siderúrgicas
(Belgo Mineira em João Monlevade, Acesita em Timóteo e Usiminas em
Ipatinga) à base de carvão vegetal, que alterações mais profundas se fizeram
sentir na região com um acelerado processo de ocupação e urbanização do
vale.

Além do desmatamento da mata nativa da região, a instalação das siderúrgicas


provocou um êxodo rural nas regiões vizinhas, com a negociação de terras em
grande quantidade e a substituição das áreas antes utilizadas pela
agropecuária por grandes plantações de eucalipto para obtenção de carvão
vegetal para seus fornos.

Desde a implantação das siderúrgicas, os dois distritos de Coronel Fabriciano -


Ipatinga e Timóteo - tiveram um forte processo de urbanização/industrialização,
seguido do grande crescimento populacional e econômico, culminando com a
emancipação dos dois distritos em 1964.

Na década de 1970, com a instalação de fábrica de celulose, em Belo Oriente,


intensifica-se mais ainda o processo de industrialização e urbanização da
Microrregião do Vale do Aço. Logo depois as construções da unidade fabril,
denominada Celulose Nipo-Brasileira – CENIBRA, a construção da Estrada de
Ferro Vitória-Minas, a implantação da Companhia Belgo-Mineira em João
Monlevade e, principalmente, a implantação das duas siderúrgicas (ACESITA e
USIMINAS) contribuíram para acelerar o processo de
urbanização/industrialização e o desmatamento, alterando significativamente o
cenário de inexpressividade econômica e populacional que região
desempenhava até o início do século XX.

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Os dados dos censos demográficos de 1950 a 1980 demonstram o alto


processo de urbanização e de crescimento populacional do AUVA após todos
os acontecimentos citados anteriormente. Nas três décadas as três cidades da
região, Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo, apresentaram taxas médias de
crescimento anual da população e taxas de urbanização muito superiores às
taxas de Minas Gerais e do Brasil, veja as Tabelas 1 e 2.

Entre 2000 e 2010, a população de Coronel Fabriciano teve uma taxa média de
crescimento anual de 0,62%, uma redução significativa, considerando-se que
na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de
1,21%. Ainda que mais altas na década anterior, as taxas de crescimento
experimentadas por Coronel Fabriciano ficam entre as mais baixas da região.

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Figura 2 - Localização do Município.

4.1.2. Meio Físico

4.1.2.1. Bioma

Quanto à vegetação da RMVA, esta faz parte do Bioma Mata Atlântica


classificada como formação de Floresta Estacional Semidecidual Montana
(acima de 500m de altitude) e Submontana (abaixo de 500m de altitude). Desta
vegetação, restam alguns fragmentos recortados por plantações de eucalipto,
pastagens e núcleos urbanos. O maior remanescente de mata atlântica do
Estado, o Parque Estadual do Rio Doce, encontra-se inserido nesta região
acompanhado por sistema lacustre importante, o conjunto de lagoas do médio
Rio Doce. As matas da região guardam importante biodiversidade, com 16%
das espécies registradas na RMVA endêmicas desse Bioma.

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Figura 3 - Biomas de Minas Gerais.

Outros remanescentes representativos encontram-se nos municípios de


Santana do Paraíso e Ipatinga. Devido à exiguidade territorial da região, as
áreas de matas naturais vêm sofrendo constante pressão para expansão
urbana.

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Figura 4 - Cobertura Vegetal RMVA.

O Quadro a seguir apresenta uma distribuição das áreas de mata nos


municípios constituintes da RMVA e o percentual que representam em relação
ao total de sua extensão territorial. Observa-se a forte presença das áreas de
plantio do eucalipto, representando aproximadamente 38% de toda a extensão
territorial da RMVA.

Figura 5 - Cobertura Vegetal.

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4.1.2.2. Geomorfologia, Geologia, Relevo

Encontra-se inserido na depressão interplanáltica do Vale do Rio Doce, que


tem 200 km de comprimento e 50 km de largura, cujo relevo é resultado de
uma dissecação fluvial atuante nas rochas granito-gnáissicas do período Pré-
Cambriano. Em grande parte da bacia do Rio Doce predominam solos
acentuadamente drenados que ocorrem principalmente nos planaltos
dissecados. Este conjunto apresenta, na região, solos com baixa saturação de
bases (distróficos) e alta saturação com alumínio (álicos), sendo formados de
rochas predominantemente gnáissicas, leuco e mesocráticas, porém de caráter
ácido, magmáticos charnoquitos, xistos e de depósitos argilo-arenosos. Outros
tipos de solo que ocorrem em menor percentagem são: latossolo húmico, solos
litólicos, cambissolos e afloramentos de rochas. Segundo estudos expedidos
pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), podem ser
encontradas no município pedras preciosas e semipreciosas como água-
marinha, turmalina, quartzo, topázio, granada e grafite, no entanto a extração
mineral ainda não é feita legalmente. Coronel Fabriciano faz parte da província
geológica da Serra do Espinhaço, sendo sua principal unidade geológica a
Serra dos Cocais, que corresponde à zona rural fabricianense e tem altitudes
médias variando de 500 a 800 metros. Suas terras são formadas por blocos
contínuos de granito, com rochas que sofreram alterações devido à pressão
atmosférica e temperatura e têm idades superiores a 600 milhões de anos.
Além da relevância geológica, divide três grandes bacias hidrográficas: dos rios
Piracicaba, Santo Antônio e Doce, abrigando centenas de nascentes. No
município predomina um relevo montanhoso, sendo que cerca de 80% do
território fabricianense é de terras formadas por mares de morros e montanhas,
15% são áreas onduladas e nos 5% restantes há terrenos planos.

O tipo de solo encontrado em na área objeto de estudo é o Cambissolo, pois


sua mineralogia é fortemente influenciada pelo material de origem, podendo ser
desde álicos a eutróficos. Essa instabilidade limita a mecanização. Contudo, os
Cambissolos de espessura mediana e sem restrição de drenagem apresentam
bom potencial agrícola.

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A Figura 06, a seguir, apresenta a morfologia do relevo da RMVA, com


destaque para as altas altitudes da porção noroeste, localizadas, em especial,
no município de Coronel Fabriciano, além das altitudes mais baixas localizadas
nas bacias dos rios Piracicaba e Doce, que apresentam condições favoráveis à
ocupação, contudo, possuem um alto patrimônio ambiental constituído pelas
suas reservas naturais de vegetação.

Figura 6- Relevo da RMVA- Fonte: Global Mapper (base: ASTER GDEM WorldwideElevation
Data).

4.1.2.3. Clima

O clima de Coronel Fabriciano é tropical, chove muito mais no verão que no


inverno. De acordo com a Köppen e Geiger a classificação do clima é Aw. A
temperatura média anual em Coronel Fabriciano é 23.9 °C. Tem uma
pluviosidade média anual de 1.141 mm. Sendo que 199 mm é a diferença de
precipitação entre o mês mais seco e o mês mais chuvoso. 5.7 °C é a variação
das temperaturas médias durante o ano. Fevereiro é o mês mais quente do ano
com uma temperatura média de 26.5 °C. A temperatura média em Julho é de
20.8 °C, sendo a temperatura média mais baixa durante o ano e com 11 mm de

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precipitação no mês que é o mais seco. Com uma média de 210 mm o mês de
Dezembro é o mês de maior precipitação.

Figura 7 - Caracterização climática Coronel Fabriciano. Fonte: Clima tempo.

Gráfico 01: Média temperatura anual Coronel Fabriciano. Fonte: Clima tempo.

4.1.2.4. Hidrografia

O município faz parte da sub-bacia do rio Piracicaba que, por sua vez, está
inserida na bacia do rio Doce. No subsolo, abaixo do rio Piracicaba, está
localizado um aquífero aluvionar, que é de onde é extraída a água utilizada
para o suprimento da região do Vale do Aço.

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De forma geral, o território municipal é abrangido por três sub-bacias, cujos


cursos principais correm para o rio Piracicaba, sendo elas a do ribeirão Cocais
Pequeno, que tem 129 km² e se restringe à zona rural; do ribeirão Caladão (53
km²); e do ribeirão Caladinho (9 km²); sendo as duas últimas em perímetro
urbano.

O ribeirão Caladão, que nasce na Serra dos Cocais, corta a cidade de norte a
sul e assim como o ribeirão Caladinho, cuja nascente se encontra próxima ao
bairro Caladinho, sofre gravemente com a degradação ambiental,
principalmente com o despejo de lixo e esgoto ao longo do curso,
assoreamento e erosão, favorecendo a ocorrência de enchentes durante o
período chuvoso. Os córregos São Domingos, dos Camilos e Pau Grande
(afluentes do Caladão) também cortam a cidade.

Durante a época chuvosa, que normalmente vai de outubro a março, são


comuns enchentes em áreas baixas do município ao longo do curso do rio
Piracicaba. Na cidade, o principal bairro afetado pelas inundações é uma parte
baixa do Centro de Fabriciano, conhecida como Prainha, por se localizar às
margens do rio.

É comum suas ruas ficarem debaixo d'água durante o período chuvoso e já foi
recomendada a desocupação dessas áreas. Outros bairros frequentemente
afetados são o Mangueiras e Amaro Lanari. Na zona rural, por sua vez, são os
principais cursos hidrográficos da Serra dos Cocais os córregos Alto,
Cachoeira, do Cedro, do Cristal, dos Cocais, dos Gouveia, dos Machados, Frio,
Lagoa, Melo Viana, Nova Estrela e Timirim, além do ribeirão Cocais Pequeno,
segundo cadastros do IBGE em 1980 e da prefeitura em 2009.

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Figura 8 - Mapa Bacias hidrográficas da RMVA.

Figura 9 - Bacia hidrográfica do Rio Piracicaba. Fonte: IGAM, 2010.

Os pontos identificados nos municípios da RMVA como favoráveis à ocorrência


de transbordamento de cursos d’água encontram-se dentro da mancha urbana,
como observado na Figura 10 a seguir, sendo que os dispositivos de drenagem

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pluvial, em geral, estão localizados nas principais vias de trânsito das áreas
mais populosas.

Figura 10 - Pontos de Inundação e Alagamento.

Esta situação pode produzir, nos períodos chuvosos, restrição de acesso da


população urbana dos municípios aos serviços e equipamentos públicos. É o
caso de Coronel Fabriciano, que utiliza a Avenida Magalhães Pinto, principal
via municipal, como acesso da população residente em torno do Distrito do
Melo Viana ao Centro, onde localizam-se os principais equipamentos e
serviços. Conforme analisado, os planos diretores dos municípios que
compõem a RMVA têm introduzido instrumentos para minimizar os impactos de
inundações através de soluções técnicas e urbanísticas de drenagem pluvial.

Em relação ao Ordenamento Territorial, chama atenção nas proposições


apresentadas pelo plano diretor municipal os aspectos relacionados a seguir,
que objetivam um maior controle sobre o uso e ocupação do solo urbano do
município de Coronel Fabriciano.

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 Plano Diretor de Coronel Fabriciano: introduz a obrigatoriedade de


novos parcelamentos de solo disporem de bacias de detenção, a
exigência de construção de caixa de captação e drenagem e de áreas
permeáveis em todas as edificações habitacionais a serem construídas;

4.1.2.5. Patrimônio Cultural/ Equipamentos Culturais

Coronel Fabriciano também iniciou suas políticas de preservação e proteção do


patrimônio histórico e artístico ainda na década de 1980, por meio da instituição
da Lei Municipal N° 2.097/1988, que organiza a proteção e cria o Conselho
Municipal do Patrimônio Cultural. Porém, esse só foi instituído em 1997. Desde
então, Coronel Fabriciano possui um dos conselhos mais estáveis dentre os
municípios da RMVA. Recentemente o município aprovou duas novas leis que
fortalecem sua política de proteção ao patrimônio histórico e artístico: a Lei Nº
2.359/2013, que instituiu o Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio
Cultural - FUMPAC; e a Lei Nº 2.360/2013, que criou as Normas de Proteção
do Patrimônio Cultural.

No município, destaca-se o equipamento cultural destinado à apresentação de


espetáculos de teatro, de dança, de música, a seminários, e a projetos
vinculados à educação, dentre outros: o teatro Papa João Paulo II, localizado
no campus I do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste). Outro
significativo espaço cultural existente em Coronel Fabriciano é a Praça da
Estação, local onde se realizam diversos tipos de eventos culturais, sobretudo,
feiras artesanais e shows musicais. Entretanto ainda temos 03 figuras culturais
importantes no município:

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CAPELA DE SÃO JOSÉ - COCAIS DE CIMA

Capela que se encontra localizada no povoado de São José (Cocais de Cima),


o templo é dedicado a São José e foi erguido na década de 1950, por iniciativa
dos moradores, à época assistidos pelo padre Leão e José de Castro,
Missionários Redentoristas. A capela foi tombada como Patrimônio Cultural do
Município de Coronel Fabriciano, com base no decreto 1.285, de 28 de abril de
1999.

Figura 11 - Igreja São José dos Cocais. Fonte: Prefeitura de Coronel Fabriciano (2017).

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IGREJA MATRIZ DE SÃO SEBASTIÃO

A Igreja Matriz de São Sebastião é o templo sede da Paróquia do mesmo


nome, a mais antiga instituição religiosa constituída no Vale do Aço e que
desde sua criação, em 1948, é administrada pelos padres da Congregação do
Santíssimo Redentor. O templo teve sua construção iniciada em 1946, sendo
inaugurado em novembro de 1949. É considerado o mais importante
monumento arquitetônico da época da emancipação política do município. Foi
tombado como Patrimônio Cultural do Município de Coronel Fabriciano, com
base no decreto 1.033, de 31 de março de 1997.

Figura 12 - Igreja matriz de São Sebastião. Fonte: Prefeitura de Coronel Fabriciano (2017).

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TEATRO JOÃO PAULO II

Localizado no Campus I do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais


(Unileste MG), no bairro Universitário. O espaço tem capacidade para 520
espectadores, possuindo aspecto da arquitetura contemporânea. O local vem
sendo palco de grandes atividades culturais e sociais, desde sua inauguração,
em 1978, destacando-se apresentações de grupos regionais. O teatro foi
tombado como Patrimônio Cultural do Município de Coronel Fabriciano, com
base no decreto 1.033, de 31 de março de 1997.

Figura 13 - Fachada Teatro João Paulo II.

A pesquisa realizada pela Fundação Aperam/Acesita (2011) denota a presença


de 05 grupos de teatro, 05 grupos de dança, 03 grupos de cultura popular e de
12 manifestações de cultura popular – artesanato, festas religiosas, marujada,
boi balaio, capoeira, dentre outras. Nos resultados da referida pesquisa, afirma-
se que os artistas e grupos de teatro e de dança de Coronel Fabriciano
apresentam bom nível de profissionalização, desenvolvendo atividades
sistemáticas. Esse é, pois, uma potencialidade notada no município. Na área
musical, o município conta com diversos artistas e grupos que atuam,
sobretudo, em bares, restaurantes e festas. Todavia, assim como em Ipatinga,
os mesmos atuam em perspectiva interpretativa da obra de outros autores,
investindo pouco em produção autoral.

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Quadro 1 - Grupos culturais e de apresentação artística.

5.0 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

5.1. Legislação

A Operação Urbana Consorciada Avenida Maanaim (OUC Avenida Maanaim),


prevista no Decreto Municipal nº 5.923 de 06 de abril de 2017, é um
instrumento de política urbana para a realização de uma parceria pública
privada para a promoção de políticas de grande relevância para o Município,
como a habitação de interesse social, desenvolvimento econômico, social e
urbano, preservação e recuperação do meio ambiente, dentre outras. Sua área
de 909.228,47 m² teve um adensamento de 1.302.290,6 m² que pertence a
uma área denominada como da Fazenda Bom Jesus e foi dividida em 02
(duas) glebas (uma de propriedade da Barros e Almeida Empreendimentos
Imobiliários Ltda. e outra gleba de propriedade da Tempo Empreendimentos
Imobiliários Ltda.), onde possuem aspectos compatíveis com a caracterização
geral das áreas da OUC Av. Maanaim. São áreas de baixa exploração urbana,
com potencial de aproveitamento e alto comprometimento ambiental resultante
do cruzamento de áreas passíveis de parcelamento com outras de alta
declividade e cobertura vegetal que carecem de ser preservadas. As áreas da
OUC Avenida Maanaim com seu adensamento totalizam em 2.211.519,07 m².

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As áreas alvo de estudo, estão localizadas entre os bairros Sílvio Pereira II,
Caladinho, Melo Viana, Santo Elói e Júlia Kubitschek já aprovados de acordo
com o no Município de Coronel Fabriciano. A região já teve algumas obras de
urbanização iniciadas e não finalizadas na década de 1990, que acabaram
gerando uma degradação do meio ambiente. O passivo urbano e ambiental
dessa área engloba lagoas, encostas degradadas e assentamento irregular
(Residencial Novo Reno).

Com o advento do Estatuto da Cidade, passou-se a exigir Lei municipal


específica, baseada no Plano Diretor, a fim de delimitar as áreas para
aplicação das operações consorciadas. A referida Operação encontra-se
prevista nos artigos 32 a 34 do Estatuto da Cidade, como instrumento do
Direito Urbanístico, para a ordenação do pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade pelo Município, a ser concretizada sob o prisma do
planejamento urbano, especialmente por meio do Plano Diretor.

A área delimitada será composta por sistema viário, áreas de preservação,


áreas de lotes e empreendimentos, área de habitação de interesse social e
área de regularização fundiária.

No plano de ocupação proposto pela OUC, as áreas foram divididas em 8


setores, cada um com características de uso e ocupação distintos.

5.2. Localização do Empreendimento - Macrozoneamento

O Macrozoneamento do Município de Coronel Fabriciano é composto por 7


zonas que subdividem seu território em função das possibilidades de uso do
solo, sendo elas:
I – Zona de Usos Diversificados (ZUD);
II – Zona de Proteção Ambiental (ZPA);
III – Zonas de Interesse Econômico 1 (ZIE-1);
IV – Zona de Interesse Econômico 2 (ZIE-2);
V – Zona de Atividades Incômodas (ZAI);
VI – Zonas Urbanas Especiais (ZUE); e

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VII – Zona Rural (ZR)

O macrozoneamento do município incluso no Plano Diretor de Coronel


Fabriciano em seus artigos 13,14 e 15, trata a área objeto da operação urbana
consorciada e o entorno da Avenida Maanaim como áreas de Proteção
Ambiental e de Usos Diversificados. As glebas em questão estão inclusas na
ZPA - Zona de Proteção Ambiental e pequena porção em Zona de Usos
Diversificados- ZUD. Tal zoneamento coloca para a administração pública e
futuros empreendedores com parâmetros urbanísticos que restringem o uso da
área, seja pelos seus condicionantes de topografia, seja pela proteção de áreas
de vegetação e de retenção de águas pluviais.

Esta condição ambiental é reforçada pelo zoneamento, proposto em nível de


detalhamento do uso do solo, pois garante em lei a capacidade da área em
atuar como uma “esponja” para retenção de chuvas, ao mesmo que evita
sobrecarregar esta área para favorecer a infiltração pluvial, aliviando a
infraestrutura urbana de drenagem instalada à jusante da avenida, voltada para
o bairro Caladinho, minimizando possíveis efeitos perversos de uma
urbanização desta área.

Art. 13 Zona de Usos Diversificados (ZUD) é a porção do


território municipal constituída pelas áreas de urbanização
consolidada e por áreas urbanas vazias situadas na várzea dos
ribeirões Caladão e Caladinho e do rio Piracicaba, sendo
prevista como zona de média densidade, destinada à
instalação de usos residenciais e não residenciais, segundo
critérios gerais de compatibilidade de incômodo e qualidade
ambiental, tendo como referência o uso residencial.

Art. 14 Os terrenos situados na ZUD ficam sujeitos aos


parâmetros e critérios estabelecidos no Anexo 2 desta Lei e às
seguintes disposições adicionais:
I - é obrigatória a construção de caixa de captação e drenagem
em todas as edificações a serem construídas, sem prejuízo da

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manutenção de área permeável no terreno, calculada em


função da Taxa de Permeabilidade;
II - o licenciamento de edificações com mais de 3 (três)
pavimentos fica condicionado à apresentação de Laudo
Geotécnico;
IV - o licenciamento de empreendimentos será condicionado à
apresentação de estudo geotécnico para análise das
características do solo.

Art. 15 Zona de Proteção Ambiental (ZPA) é o conjunto das


áreas de encostas e topos de morro que envolvem a ZUD), nas
quais predomina o interesse público na preservação ambiental
por meio da retenção e desaceleração das águas pluviais,
aumentando tempo de chegada destas nos cursos d`água
principais.
Parágrafo Único - Em razão de seus recursos naturais e beleza
cênica, a ZPA se constitui ainda em zona de interesse
paisagístico, voltada para atividades de turismo e lazer, sendo
passível de ocupação com baixa densidade construtiva.

Na definição do macrozoneamento ambiental do município, observa-se na


legislação, uma preocupação em preservar a área como um grande colchão
ambiental (cinturão verde) em torno da área urbana. Entretanto, em linhas
gerais, têm-se indicativos de problemas existentes na área caracterizada como
ZPA, com a presença de áreas degradadas, descaracterizadas, urbanizadas
precariamente que refletem uma ausência de detalhamento geral da proposta
de zoneamento.

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Figura 14 - Mapa de macrozoneamento do empreendimento.

Entretanto quando confrontamos o mapa de áreas de interesses especiais,


considerado mais restritivo do ponto de vista ocupacional e ambiental, temos
uma situação de contradições, onde o bioma ambiental urbano passível de ser
protegido não apresenta uma mancha contínua, e sim áreas de interesses
urbanos diversificados, com presença de área de interesse social, AEIS1 e
AEIS2 e área de interesse ambiental- ARIA-1, conforme mapa abaixo:

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Figura 15 - Áreas de interesse.

5.3. Área de influência

De modo geral, na avaliação de empreendimentos de impacto ambiental,


classicamente, é utilizado o conceito de Área de Influência Direta (AID), como
sendo aquele território onde as relações sociais, econômicas, culturais e os
aspectos físico-biológicos sofrem os impactos de maneira primária, tendo suas
características alteradas, ou seja, há uma relação direta de causa e efeito.

No que diz respeito ao sistema de transporte e trânsito, a área de influência


direta (AID) não possui uma definição muito clara e seu dimensionamento não
envolve modelos quantitativos.

Na maioria dos casos é definida empiricamente, levando em consideração:


 As interseções mais próximas do empreendimento que possui maior
junção de rotas de chegada e saída, ou seja, vão receber em maior
quantidade a alocação do volume de veículos gerados pelo
empreendimento.

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 Os Pontos de Embarque e Desembarque de Passageiros (PED’s) mais


próximos do empreendimento onde vai ocorrer com maior frequência o
embarque e desembarque de passageiros com destino e origem no
empreendimento;
 As calçadas por onde irão ocorrer os deslocamentos de pedestres até os
PED’s e as viagens de curta distância e de maior frequência das
pessoas que moram próximo ao empreendimento.

O objetivo de definir a AID é para que naquela área sejam focalizados os


estudos como:
 Contagem de veículos;
 Levantamento fotográfico;
 Medição de pista de rolamento e calçadas;
 Sejam identificadas as características operacionais das vias;
 Os estados de conservação das pistas de rolamento, calçadas,
sinalização viária, etc;
 Percepções como: Velocidade de veículos, pontos inseguros de
travessia de pedestres, relatos de moradores, desrespeito às normas de
trânsito, etc.
 Outro aspecto importante de se definir a AID é para que nessa área
sejam identificadas as medidas viabilizadoras e mitigadoras dos
impactos provocados pelo empreendimento.

Para a OUC Av. Maanaim em questão a AID (polígono em amarelo) foi definida
conforme figura 16.

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Figura 16 - Área de Influência.

5.3.1. Avaliação da Área de Influência Direta (AID): Pista de rolamento

A área do entorno da OUC Av. Maanaim foi avaliada sob o aspecto da


superestrutura e Infraestrutura viária das pistas de rolamento e calçadas
conforme critérios das tabelas seguintes.

Na avaliação da superestrutura viária, foi feito o levantamento na área de


influência direta do empreendimento e nas proximidades de suas áreas
adensadas (Fazenda Bom Jesus) nas condições de conservação do pavimento
(revestimento) e da sinalização de trânsito nas pistas de rolamento.

Nas calçadas foi avaliado o revestimento das mesmas e possíveis obstáculos


para o caminhamento dos pedestres.

Na avaliação da infraestrutura viária, foi feito o levantamento da largura das


pistas de rolamento e inclinação das rampas, etc. Nas calçadas foram
avaliadas as larguras, inclinação transversal, presença de rebaixos, etc.

39

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As avaliações como: Caracterização das vias, sentido de circulação, seção


transversal, número de faixas por sentido, estado de conservação do
pavimento e da sinalização de trânsito, foram identificados em forma de tabela.
Comentários adicionais, quando pertinentes, foram apresentados
separadamente.

Quadro 2 – Avaliação da pista de rolamento Av. Pres. Tancredo Neves

Nome da via Sentido de Seção N° de Faixas Estacionamento


circulação transversal por sentido proibido?
(m)
Av. Pres. Pista dupla 10,00 (cada 3 Não
Tancredo separada sentido)
Neves por
Canteiro
Central

Classificação Estado do Estado da Estado da


viária pavimento sinalização sinalização
vertical horizontal
Arterial Bom Regular Ruim

Figura 17- Av. Pres. Tancredo Neves.

Quadro 3 – Avaliação da pista de rolamento Av. Maanaim


Nome da via Sentido de Seção N° de Faixas Estacionamento
circulação transversal por sentido proibido?
(m)
Av. Maanain Duplo 9,0 1 Não

40

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Classificação Estado do Estado da Estado da


viária pavimento sinalização sinalização
vertical horizontal
Coletora Bom Ruim Bom

Figura 18 – Av. Maanaim.

Quadro 4 – Avaliação da pista de rolamento Av. 2


Nome da via Sentido de Seção N° de Faixas Estacionamento
circulação transversal por sentido proibido?
(m)
Av. 2 Duplo 8,0 1 Não

Classificação Estado do Estado da Estado da


viária pavimento sinalização sinalização
vertical horizontal
Local Ruim Ruim Ruim

Figura 19 – Av. 2.

41

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Quadro 5 – Avaliação da pista de rolamento Rua Ponte Nova


Nome da via Sentido de Seção N° de Faixas Estacionamento
circulação transversal por sentido proibido?
(m)
Rua Ponte Duplo 7,0 1 Não
Nova

Classificação Estado do Estado da Estado da


viária pavimento sinalização sinalização
vertical horizontal
Local Bom Ruim Ruim

Figura 20 – Rua Ponte Nova.

Quadro 6 – Avaliação da pista de rolamento Av. Geraldo Inácio


Nome da via Sentido de Seção N° de Faixas Estacionamento
circulação transversal por sentido proibido?
(m)
Av. Geraldo Único 8,0 1 Não
Inácio

Classificação Estado do Estado da Estado da


viária pavimento sinalização sinalização
vertical horizontal
Coletora Bom Bom Bom

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Figura 21 – Av. Geraldo Inácio.

De modo geral o estado do pavimento nas vias coletora e arterial estão em


estado de conservação bom, já no local o estado do pavimento pode ser
considerado como ruim para a Av. 2 e bom para a Rua Ponte Nova. Já a
sinalização viária (horizontal e vertical) estão em estado regular para a via
arterial, bom para coletora e ruim para a local.

Nos pontos de acessos da OUC. Av. Maanaim há algumas considerações


acerca das vias, sendo:
 Av. Maanaim: O início do trecho, cerca de 150 m, está com a
infraestrutura bem precária (pavimentação, sinalização viária, calçadas,
drenagem, etc), já o restante do trecho possui pavimentação em boas
condições, mas não há calçadas e a declividade da via é bem
acentuada, sendo um trecho que deve ser analisado quanto a proibição
de veículos pesados:

Figura 22 – Trecho com infraestrutura precária.

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Figura 23 – Trecho sem calçada e com declividade acentuada.

Av. 2: A via toda possui uma infraestrutura bem precária (pavimentação,


sinalização viária, calçadas, drenagem, etc):

Figura 24 – Trecho com infraestrutura precária.

5.4. Aspectos Físicos da Área

Coronel Fabriciano faz parte da província geológica da Serra do Espinhaço,


sendo sua principal unidade geológica a Serra dos Cocais, que corresponde à
zona rural fabricianense e tem altitudes médias variando de 500 a 800 metros.
Suas terras são formadas por blocos contínuos de granito, com rochas que
sofreram alterações devido à pressão atmosférica e temperatura e têm idades
superiores a 600 milhões de anos. Além da relevância geológica, divide três
grandes bacias hidrográficas: dos rios Piracicaba, Santo Antônio e Doce,
abrigando centenas de nascentes.

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O tipo de solo encontrado em na área objeto de estudo é o Cambissolo, pois


sua mineralogia é fortemente influenciada pelo material de origem, podendo ser
desde álicos a eutróficos. Essa instabilidade limita a mecanização. Contudo, os
cambissolos de espessura mediana e sem restrição de drenagem apresentam
bom potencial agrícola.
Segue abaixo fotos do tipo de solo encontrado no local:

Figura 25 - Cambissolo encontrado na área objeto de estudo.

5.4.1. Recursos Hídricos

A urbanização da área da sub-bacia do ribeirão Caladinho teve início na


década de 1960, quando ocorreu a ocupação das regiões dos atuais bairros
Caladinho e Santa Terezinha II. O nome do curso homenageia a primeira
denominação recebida pela atual região central de Coronel Fabriciano, Calado.
Anteriormente, na década de 1950, essa área passou por um processo de
terraplanagem para a implantação da BR-381 (antiga MG-4). A rodovia cortava
a cidade através da Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves, porém o
trecho sob concessão federal foi municipalizado após ser transferido para fora
do perímetro urbano.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 131
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Muitos dos primeiros loteamentos de Coronel Fabriciano estavam situados às


margens dos cursos hidrográficos e, de maneira geral, a ocupação da área da
sub-bacia ocorreu sem planejamento e por vezes irregular, resultando em uma
tendência a enchentes durante eventos de cheias. A Avenida Tancredo Neves
é historicamente um dos pontos mais afetados por alagamentos, associados a
deficiências no escoamento da água das chuvas em direção ao ribeirão, apesar
de os impactos das precipitações intensas em toda a região terem sido
reduzidos após a realização de obras de drenagem, construção de ramais de
coleta de água, abertura de galerias e gabiões entre 2007 e 2008.

A nascente do ribeirão Caladinho está situada no bairro Caladinho, nas


proximidades de um loteamento, onde atravessa de norte a sul os bairros
Industrial Novo Reno, Universitário, Aparecida do Norte, Morada do Vale e
Santa Terezinha II até a sua foz no rio Piracicaba, ao percorrer cerca de 12 km.
Em diversos trechos, incluindo a área que intercepta o interior do campus do
Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), seu curso é
canalizado. Com 9 km², sua sub-bacia limita-se com a sub-bacia do ribeirão
Caladão e faz parte da sub-bacia do rio Piracicaba que, por sua vez, está
inserida na bacia do rio Doce.

Apesar da existência de redes coletoras e interceptores em toda a sua sub-


bacia, o curso do ribeirão Caladinho ainda é utilizado para o despejo do esgoto
sanitário produzido em quase todo o perímetro urbano localizado às suas
margens.

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Figura 26 - Foz do Ribeirão Caladinho.

5.4.2. MEIO BIÓTICO

Fauna

Grande parte da sua fauna característica desta região de Minas Gerais foi
dizimada ao longo de seu desenvolvimento, uma vez que esse fato foi
acompanhado da quase total destruição dos habitats naturais existentes. A
caça também tem sido um problema cultural, que levou ao declínio várias
populações de animais, outrora muito comuns na região.

Segundo dados secundários, o município de Coronel Fabriciano possui as


seguintes espécies:

Avifauna:

Crypturellus sp. (inhambu), Penelope sp (jacu), Cyanerpes sp (saíra), Columba


speciosa (trucal), Nyctidromus albicollis (curiango), Piaya cayana (alma de
gato), Cariama cristata (seriema), Polyborus plancus (caracará), Speotyto
cunicularia (caburé), Scardafella squammata (fogo-apagou), Tangara sp.
(sanhaço), Volatinia jacarina (Tisiu), Zonotrichia capensis (tico-tico), Pitangus
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sp. (bem-te-vi), Furnariusrufus (João de barro), Colonia colonus (viuvinha),


sporophila nigricollis (coleirinha), Phoeoceastes robustus (picapau da cabeça
vermelha), Tinamus solitárius (macuco), Cacicus haemorrhus (guacho),
Leptotila verreauxi (juriti), Guira guira (anu-branco), Crotophaga ani (anu preto),
Turdus rufiventris (sabiá laranjeira), Gnorimopsar chopi (pássaro preto), Chopi
sp. (melro). Phaethornis petrei (beija-flor), Aratinga leucophthalmus (maritaca),
Dendrocygna viduata (marreco), Vanellus chilensis (quero-quero), dentre
outros.

Mastofauna:

Felis Wiedi (gato do mato), Felis Yagouaroundi (jaguarundi), Dusicyon vetulus


(raposa), Cerdocyon thous (cachorro do mato), Agouti paca (paca), Dasyprocta
agouti (cutia), Nasua sp(quati), Cebus apella nigritus (macaco prego),
Callicebus personatus (sauá), Callitrix sp. (mico), Dasypus novemcinctus (tatu-
galinha), Sylvilagus brasiliensis (coelho do mato), Didelphis marsupialis
(gambá), Cavia sp. (preá), Gryzonys spp. (rato do mato), dentre outros.

Herpetofauna:

Reptéis: Tupinambis tequixim (teiu), Bothrops spp (Jaracuçu-tapete), Bothrops


jararaca (jararaca), Lachesis muta (surucucu), Oxirhops trigeninus (coral),
Liophis sp. (cobra verde), Sphonops sp. (cobra cega), dentre outros.

Anfíbios: Bufo crucifer, Hyla branneri, Hyla faber, Scinax eurydice, Scinax
fuscovarius, Leptodactylus oceollatus, dentre outros.

Ictiofauna:
Astyanax bimaculatus (lambari), Oligosarcus solitarius (lambari bocarra),
Brycon cf, devillei (piabanha), Hoplias malabaricus (traíra), Rhamdia sp (bagre),
Geophagus brasiliensis (cará), dentre outros.

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Flora

O Estado de Minas Gerais possui diversas formações vegetais, resultantes


provavelmente da sua ampla variação nas condições geológicas, topográficas
e climáticas. Isso o coloca numa localização ambiental estratégica por ser uma
área de transição entre três dos mais importantes biomas brasileiros: a Floresta
Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga.

De acordo com a Lei nº 11428/2006, o Bioma Mata Atlântica é definido como o


espaço que contêm aspectos fitogeográficos e botânicos que tenham influência
das condições climatológicas peculiares do mar, incluindo as áreas associadas
delimitadas segundo o Mapa de Vegetação do Brasil (IBGE, 1993), que inclui
as formações ou fitosionomias: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila
Mista, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semi-Decidual e Floresta
Estacional Decidual, além de manguezais, restingas, campos de altitude
associados, brejos e interioranos e encraves florestais.

A intensidade do processo de fragmentação e de redução apresenta padrões


diferenciados nas várias regiões da bacia do rio Piracicaba. Esses padrões são
decorrentes da interação das características físicas da região, em especial o
relevo e a fertilidade do solo, com a sucessão histórica das diversas atividades
econômicas desenvolvidas no município, desde o início de sua ocupação.

O município de Coronel Fabriciano é em sua grande maioria ocupado pela


Floresta Estacional Semidecidual Montana, sub Montana e Eucalipto, porém a
monocultura de reflorestamento com eucalipto ocupa área maior que o bioma
original, tendo como finalidades a produção de matéria-prima para a fábrica de
celulose da Cenibra e a produção de carvão vegetal para as siderúrgicas
locais, como a Aperam South América e a Usiminas.

A área do empreendimento é ocupada por Floresta Estacional Semidecidual


Montana conforme passível de visualização no Mapa de cobertura vegetal da
área do empreendimento abaixo:

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Figura 27 - Mapa de cobertura vegetal da área do empreendimento. Fonte: SIAM, 2015.

A Floresta Estacional Semidecidual Montana constitui a vegetação típica do


Bioma Mata Atlântica, estando condicionada pela dupla estacionalidade
climática, perdendo parte das folhas, sendo 20 a 50% nos períodos secos.

As formações vegetais associadas ao ritmo estacional, que se traduz pela


queda das folhas das espécies dominantes durante a estação seca. São
formações que ocorrem em áreas de solos com média fertilidade, presente nas
encostas dos grandes vales (Mata Mesófila Semidecídua) ou sobre solos
rasos, com grande fertilidade (Mata Decídua). Os representantes arbóreos
mais comuns destas formações são “Aroeira” (Myracrodruon urundeuva.
Allemão), “Angico Vermelho” (Anadenanthera colubrina. Vell), “Garapa”
(Apuleia leiocarpa. Vog), “Copaíba” (Copaifera langsdorffi. Desf.), “Jatobá da
mata” (Hymenaea courbaril L.), dentre outras.

Dentro das diferentes espécies, com ocorrência no município que caracterizam


esta tipologia florestal, podemos citar:

Ficus sp. (gameleira), Cecropia sp. (embaúba), Couepia rufa (canela rapadura),
Astronium graveolens (gibatão), Centerolobium robustum (putumuju),
Chlorophora tinctoria (tajuba), Casearia sylvestris (espeto branco), Aegiphilla

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selowiana (papagaio), Melanoxylon brauna (brauna), Raputia alba (sucanga),


Raputia magnifica (arapoca), Machaérium nictitans (bico de pato), Adananthera
collubrina (angico branco), Bauhinia forficata (unha de vaca), Jacaranda
brasiliensis (caroba), Hymenaea courbaril (jatobá), Enterolobium sp. (tamboril),
Piptadenia sp. (angico), Cedrella fissilis (cedro), Machaerium sp. (Jacarandá-
do-campo), Plathymenia sp. (vinhático), Schweilera matamata (sapucaiu),
Lecithys spp. (sapucaia), Apuleia leiocarpa (garapa), Joanesia princeps
(cutieira), Nectandra rigida (canela amarela), Sparathosperma vermicosum (ipê
branco), Tabebuia crysotricha (ipê tabaco), Piptadenia communis (jacaré),
Cariniana legalis (jequitibá vermelho), Cariniana strelensis (Jequitibá branco),
Xanthoxylon rhoifdium (Angico- maminha- de- porca), Sclerolobium rugosum
(ingá), Byrsonima verbassifolia (murici), Sapium biglandulosum (leiteira),
Zeyheria tuberculosa (ipê-preto).

Apesar de não estar entre as formações vegetais da região, no local do


empreendimento foram encontradas espécies do Cerrado em áreas de pasto e
áreas antropizadas, que possuem densidade maior, as árvores não são tão
ramificadas e ocorre em solos vermelhos e arenosos, profundos com fertilidade
variável, sendo sua estratificação composta por três camadas: o estrato
arbóreo denso, o estrato arbustivo nítido e não raro denso e o estrato herbáceo
ralo constituído por algumas poucas gramíneas. A altura média de suas
árvores é de 6 a 12 m, geralmente de porte bem menos desenvolvido do que
nas formações florestais.

As espécies mais frequentes do Cerrado são “Pau terra do cerradão” (Qualea


dichotoma Mart.), “Gonçalo Alves” (Astronium fraxinifolium. Schott), “Vinhático”
(Platymenia reticulata. Benth), “Maria-preta” (Diospyros sericeae. A.DC),
“Açoita-cavalo” (Luehea paniculata. Mart), “Copaíba” (Copaifera langsdorffi.
Desf.), “Oiti” (Hirtella grandulosaSpreng.), “Canzil” (Platipodium elegans. Vog),
“Carvoeiro” (Sclerolobium paniculatum. Vog), entre outras. Ocorrem também
trepadeiras e epífitas.

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5.4.2.1. Unidades de conservação

Parque Estadual do Rio Doce

O Parque Estadual do Rio Doce está situado na porção sudoeste do Estado,


a 248 km de Belo Horizonte, na região do Vale do Aço, inserido nos municípios
de Marliéria, Dionísio e Timóteo. A unidade de conservação abriga a maior
floresta tropical de Minas, em seus 35.970 hectares e é a primeira unidade de
conservação estadual criada em Minas Gerais. O Decreto Lei nº 1.119, que
criou oficialmente o Parque, foi assinado 14 de julho de 1944.

Árvores centenárias, madeiras nobres de grande porte e uma infinidade de


animais nativos compõem o cenário de um dos poucos remanescentes de Mata
Atlântica, no Brasil: o Parque Estadual do Rio Doce.

Com um notável sistema lacustre, composto por quarenta lagoas naturais,


dentre as quais destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km² e
profundidade de até 32,5 metros, o Parque proporciona um espetáculo de rara
beleza. As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de
importante instrumento para estudos e pesquisas da fauna aquática nativa,
com espécies tais como bagre, cará, lambari, cumbaca, manjuba, piabinha,
traíra, tucunaré, dentre outras.

No Rio Doce é possível encontrar espécies da avifauna como o beija-flor


besourinho, chauá, jacu-açu, saíra, anumará, entre outros. Animais conhecidos
da fauna brasileira também são frequentes no Parque. A capivara, anta,
macacos-prego, sauá, paca e cotia, bem como espécies ameaçadas de
extinção como a onça pintada, o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata
das Américas.

Com o objetivo de aproveitar a riqueza da flora, de forma sustentável, o parque


possui um herbário, que possibilita a identificação de espécies principalmente

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através da análise de suas características morfológicas, constituindo a base de


pesquisas taxonômicas.

A distância entre o Parque Estadual do Rio Doce e o empreendimento objeto


de estudo é de aproximadamente 15 km, conforme passível de visualização no
mapa abaixo:

Figura 28: Mapa Unidade de conservação. Fonte: SIAM, 2015.

5.4.2.2. Área de Preservação Permanente

De acordo com a Lei Federal nº 12.727, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012. E


ainda a Lei Estadual n° 20.922, de 16 de outubro de 2013, que dispõem sobre
as políticas florestal e a proteção da biodiversidade no Estado de Minas Gerais,
considera-se uma APP a área coberta ou não por vegetação nativa, com a
finalidade de preservar os recursos hídricos e paisagístico, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o
solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Em seu Capitulo II, Seção I, Art. 8º, estabelece-se que se considera APP a
área, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a

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biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e


assegurar o bem-estar das populações humanas.
I - em local de pouso de aves de arribação, assim declarado
pelo poder público ou protegido por convênio, acordo ou
tratado internacional de que o Brasil seja signatário;
II - ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água, a partir do
leito maior sazonal, medido horizontalmente, cuja largura
mínima, em cada margem, seja de:
a) 30m (trinta metros), para curso d'água com largura
inferior a 10m (dez metros);
b) 50m (cinquenta metros), para curso d'água com largura
igual ou superior a 10m (dez metros) e inferior a 50m
(cinquenta metros);
c) 100m (cem metros), para curso d'água com largura
igual ou superior a 50m (cinquenta metros) e inferior a
200m (duzentos metros);
d) 200m (duzentos metros), para curso d'água com
largura igual ou superior a 200m (duzentos metros) e
inferior a 600m (seiscentos metros);
e) 500m (quinhentos metros), para curso d'água com
largura igual ou superior a 600m (seiscentos metros);
III - ao redor de lagoa ou reservatório de água, natural ou
artificial, desde o seu nível mais alto, medido horizontalmente,
em faixa marginal cuja largura mínima seja de:
a) 15m (quinze metros) para o reservatório de geração de
energia elétrica com até 10ha (dez hectares), sem
prejuízo da compensação ambiental;
b) 30m (trinta metros) para a lagoa ou reservatório
situados em área urbana consolidada;
c) 30m (trinta metros) para corpo hídrico artificial,
excetuados os tanques para atividade de aquicultura;
d) 50m (cinquenta metros) para reservatório natural de
água situado em área rural, com área igual ou inferior a
20ha (vinte hectares);

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e) 100m (cem metros) para reservatório natural de água


situado em área rural, com área superior a 20ha (vinte
hectares);
IV - em nascente, ainda que intermitente, qualquer que seja a
sua situação topográfica, num raio mínimo de 50m (cinquenta
metros);
V - no topo de morros monte ou montanha, em área delimitada
a partir da curva de nível correspondente a dois terços da
altura da elevação em relação à base;
VI - em encosta ou parte dela, com declividade igual ou
superior a cem por cento ou 45° (quarenta e cinco graus) na
sua linha de maior declive, podendo ser inferior a esse
parâmetro a critério técnico do órgão competente, tendo em
vista as características edáficas da região;

VII - nas linhas de cumeada, em seu terço superior em relação


à base, nos seus montes, morros ou montanhas, fração essa
que pode ser alterada para maior, a critério técnico do órgão
competente, quando as condições ambientais assim o
exigirem;
VIII - em borda de tabuleiro ou chapada, a partir da linha de
ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100m (cem metros),
em projeção horizontal;
IX - em altitude superior a 1.800m (mil e oitocentos metros);
X - em ilha, em faixa marginal além do leito maior sazonal,
medida horizontalmente, de conformidade com a largura
mínima de preservação permanente exigida para o corpo
d’água;
XI - em vereda.
§ 1º Para os fins desta Lei, entende-se como:
I - relevo ondulado é a área caracterizada por
movimentações do terreno que geram depressões, cuja
intensidade permite sua classificação como relevo suave
ondulado, ondulado, fortemente ondulado e montanhoso;

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II - tabuleiro ou chapada são paisagens de topografia


plana, com baixa declividade média e superfície superior
a 10ha (dez hectares), terminada de forma abrupta em
escarpa, caracterizando-se a chapada por grandes
superfícies a mais de 600m (seiscentos metros) de
altitude, na forma de regulamento;
III - escarpa é a rampa de terrenos com inclinação igual
ou superior a 45º (quarenta e cinco graus), que delimitam
relevos de tabuleiros, chapadas e planalto, limitada no
topo por ruptura positiva de declividade e no sopé por
ruptura negativa de declividade, na forma de regulamento.
§ 2º - Não são consideradas APP’s as áreas localizadas no
entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram
de barramento ou represamento de cursos d’água naturais.
§ 3º - No entorno dos reservatórios artificiais, situados em
áreas rurais com até 20ha (vinte hectares) de superfície, a APP
terá, no mínimo, 15m (quinze metros), medidos a partir da cota
máxima de operação, observada a faixa máxima de 50m
(cinquenta metros).
§ 4º - No entorno dos reservatórios artificiais situados em áreas
urbanas, a APP será de 15m (quinze metros), salvo
regulamentação de lei municipal.
§ 5º - Nas acumulações naturais ou artificiais de água com
superfície inferior a 1 ha (um hectare), fica dispensada a
reserva da faixa de proteção prevista nos incisos II e III do
caput, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa,
salvo autorização pelo órgão ambiental competente integrante
do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.

No local do empreendimento há um barramento artificial que recebe


contribuições de duas nascentes, além de águas pluviais, segundo
levantamento planialtimétrico, porém durante levantamento “in loco” para
avaliação ambiental os cursos d’água estavam secos, o que caracteriza
afloramentos naturais intermitentes.

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Figura 29 - Localização dos cursos d’água.

O barramento artificial possui 2,5 metros de profundidade e 894,4 m² de área,


totalizando 2236 m³ de volume de água, feito pelos proprietários na década de
80, cadastrado junto ao IGAM para paisagismo e dessedentação de animais de
uso insignificante conforme o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH)
Deliberação Normativa CERH-MG n.º 09, de 16 de junho de 2004, art 2°, e não
é passível de área de Preservação Permanente- APP segundo Lei Estadual n°
20.922, de 16 de outubro de 2013, art 8° inciso 5°.

Art 2º - As acumulações superficiais com volume máximo de


5.000 m³ serão consideradas como usos insignificantes para as
Unidades de Planejamento e Gestão ou Circunscrições
Hidrográficas do Estado de Minas Gerais.

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Figura 30- Levantamento Planialtimetrico/Baltimétrico do Barramento Artificial.

As espécies encontradas na área da lagoa artificial existente na área objeto de


estudo destacam-se “Ingazeiro” (Inga vera), “Sangra d’água” (Croton
urucurana), “Angico” (Anadenanthera colubrina), “Pau ferro” (Caesalpinia
férrea), “Embaúba” (Cecropia hololeuca), “Barbatimão” (Stryphnodendron
adstringens), “Pau-pereira” (Aspidosperma macrocarpon), “Pimenta de
macaco” (Xylopia aromática), “Aroeira branca” (Lithraea molleoides), “Aroeira
mansa” (Schinus terebinthifolia), “Lobeira” (Solanum lycocarpum), dentre
outras. Além de muitos arbustos de quaresmeira, Assa-peixe, Gramíneas,
Mamonas, etc.

58

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Segue abaixo fotos do barramento existente no empreendimento:

Figura 31 - APP existente no empreendimento.

5.4.2.3. Caracterização da vegetação da área do empreendimento

Durante a vistoria técnica realizada na área objeto de estudo, foi feita a


caracterização da vegetação do local em 12 pontos a se saber, afim de
determinar estágios sucessionais, vegetação local e áreas que sofrerão
supressão. Ainda foi incluído o 13° ponto no qual corresponde a área a ser
adensada na OUC Av. Maanaim. Segue abaixo o mapa com a indicação dos
pontos do levantamento:

59

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 145
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Figura 32 - Pontos de Análise Ambiental.

 Ponto 1: Cerrado atípico

Das espécies encontradas podemos destacar “Pimenta de macaco” (Xylopia


aromática), “Embaúba” (Cecrópia hololeuca), “Pau-terra” (Qualea grandiflora),
“Jatobá do Cerrado” (Hymenaea stinocarpa), “Aroeira branca” (Lithraea
molleoides), “Aroeira mansa” (Schinus terebinthifolia), “Lobeira” (Solanum
lycocarpum),“Pau Santo” (Kielmeyera coriaceae), “Pau terra do cerradão”
(Qualea dichotoma Mart.), “Pau terrinha” (Qualea parviflora),“Farinha seca”
(Ouratea castaneifolia), “Mamica de porca” (Zanthoxylum riedelianum),
“Candeia” (Gochnatia polymorpha), Arbustos de quaresmeira, Assa-peixe,
Gramíneas, Mamonas, trepadeiras e algumas epífitas.

 Ponto 2: Transição Cerrado - Mata Atlântica Floresta Estacional


Semidecidual

Das espécies encontradas podemos destacar Aegiphila sellowiana (papagaio),


Albizia niopoides (farinha-seca), Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp.
(angicos), Annona cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa), Cassia

60

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 146
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ferruginea (canafístula), Copaifera langsdorfii (pau-d’óleo), Cordia trichotoma


(louro-pardo), Croton floribundus (capixingui), Croton urucurana (sangra-
d’água), Cabralea canjerana (canjerana), Ceiba spp. (paineiras), Cedrela fissilis
(cedro), Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis (camboatã), Dalbergia
spp. (jacarandá), Eremanthus spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus
spp. (figueiras-bravas), Hymenaea courbaril (jatobá), Inga spp. (ingás),
Joannesia princeps (cotieira), Lecythis pisonis (sapucaia), Luehea spp. (açoita-
cavalo), Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp. (canelas), Piptadenia
gonoacantha (jacaré), Plathymenia reticulata (vinhático), Platypodium elegans
(jacarandá-canzil), Sapium glandulosum (leiteiro), Sebastiania spp.
(Branquilho), Senna multijuga (fedegoso), Syagrus romanzoffiana (jerivá),
Trichilia spp. (catinguás), Vitex spp. (tarumã), Vochysia spp. (pau-de-tucano),
Xylopia spp (pindaíba), Zanthoxylum spp. (mamica-de-porca), Zeyheria
tuberculosa (bolsa-de-pastor), Siparuna spp. (negramina), Cyathea spp.
(samambaiaçu), Merostachys spp. (taquaras e bambus);

 Ponto 3: Cerrado atípico

Das espécies encontradas podemos destacar “Barbatimão” (Stryphnodendron


adstringens), “Pimenta de macaco” (Xylopia aromática), “Embaúba” (Cecrópia
hololeuca), “Pau-terra” (Qualea grandiflora), “Jatobá do Cerrado” (Hymenaea
stinocarpa), “Aroeira branca” (Lithraea molleoides), “Aroeira mansa” (Schinus
terebinthifolia), “Lobeira” (Solanum lycocarpum),“Capitão do mato” (Terminalia
brasiliensis)“Pau terrinha” (Qualea parviflora), “Vinhático” (Platymenia
reticulata. Benth), “Angico” (Albizia polycephala), “Articum do cerrado” (Annona
crassiflora), “Farinha seca” (Ouratea castaneifolia), “Mamica de porca”
(Zanthoxylum riedelianum), “Candeia” (Gochnatia polymorpha), Arbustos de
quaresmeira, Assa-peixe, Gramíneas, Mamonas, trepadeiras e algumas
epífitas.

61

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 147
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 Ponto 4: Transição Cerrado - Mata Atlântica Floresta Estacional


Semidecidual

Das espécies encontradas podemos destacar Aegiphila sellowiana (papagaio),


Albizia niopoides (farinha-seca), Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp.
(angicos), Annona cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa), Cassia
ferruginea (canafístula), Copaifera langsdorfii (pau-d’óleo), Cordia trichotoma
(louro-pardo), Croton floribundus (capixingui), Croton urucurana (sangra-
d’água), Cabralea canjerana (canjerana), Ceiba spp. (paineiras), Cedrela fissilis
(cedro), Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis (camboatã), Dalbergia
spp. (jacarandá), Eremanthus spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus
spp. (figueiras-bravas), Hymenaea courbaril (jatobá), Inga spp. (ingás),
Joannesia princeps (cotieira), Lecythis pisonis (sapucaia), Luehea spp. (açoita-
cavalo), Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp. (canelas), Piptadenia
gonoacantha (jacaré), Plathymenia reticulata (vinhático), Platypodium elegans PREFEITURA
(jacarandá-canzil), Sapium glandulosum (leiteiro), Sebastiania spp.
Joannesia princeps (cotie
(Branquilho), Senna multijuga (fedegoso), Syagrus romanzoffiana (jerivá), cavalo), (jacarandás), N
Trichilia spp. (catinguás), Vitex spp. (tarumã), Vochysia spp. (pau-de-tucano), Piptadenia gonoacanth
Platypodium elegans
Xylopia spp (pindaíba), Zanthoxylum spp. (mamica-de-porca), Zeyheria
Sebastiania spp. (Bra
tuberculosa (bolsa-de-pastor), Siparuna spp. (negramina), Cyathea spp. romanzoffiana (jerivá), T

(samambaiaçu), Merostachys spp. (taquaras e bambus); spp. (pau-de-tucano), Xy


porca), Zeyheria tuberc
Cyathea spp. (samambai
 Ponto 5: Transição Cerrado - Mata Atlântica Floresta Estacional
 Ponto 6: Cerrado atí
Semidecidual

Das espécies encontrad


Das espécies encontradas podemos destacar Aegiphila sellowiana (papagaio), adstringens), “Pau-pere
macaco” (Xylopia arom
Albizia niopoides (farinha-seca), Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp.
(Qualea grandiflora), “Ja
(angicos), Annona cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa), Cassia branca” (Lithraea molle

ferruginea (canafístula), Copaifera langsdorfii (pau-d’óleo), Cordia trichotoma “Lobeira” (Solanum lyco
“Braúna” (Schinopsis bra
(louro-pardo), Croton floribundus (capixingui), Croton urucurana (sangra-
terra do cerradão” (Quale
d’água), Cabralea canjerana (canjerana), Ceiba spp. (paineiras), Cedrela fissilis “Vinhático” (Platymenia
A.DC), “Açoita-cavalo”
(cedro), Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis (camboatã), Dalbergia
Langsdorffi. Desf.), “Oiti
spp. (jacarandá), Eremanthus spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus elegans. Vog), “Carvoeir
spp. (figueiras-bravas), Hymenaea courbaril (jatobá), Inga spp. (ingás), polycephala), “Articum
(Ouratea castaneifolia),
62
“Candeia” (Gochnatia po
“Mulungu” (Erythrina spe
Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 148 quaresmeira, Assa-peix
epífitas.
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eira), Lecythis pisonis (sapucaia), Luehea spp. (açoita-


Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp. (canelas),
ha (jacaré), Plathymenia reticulata (vinhático),
(jacarandá-canzil), Sapium glandulosum (leiteiro),
anquilho), Senna multijuga (fedegoso), Syagrus
Trichilia spp. (catinguás), Vitex spp. (tarumã), Vochysia
ylopia spp (pindaíba), Zanthoxylum spp. (mamica-de-
culosa (bolsa-de-pastor), Siparuna spp. (negramina),
iaçu), Merostachys spp. (taquaras e bambus);

ípico

das podemos destacar “Barbatimão” (Stryphnodendron


eira” (Aspidosperma macrocarpon), “Pimenta de
mática), “Embaúba” (Cecrópia hololeuca), “Pau-terra”
atobá do Cerrado” (Hymenaea stinocarpa), “Aroeira
eoides), “Aroeira mansa” (Schinus terebinthifolia),
ocarpum),“Capitão do mato” (Terminalia brasiliensis)
asiliensis), “Pau Santo” (Kielmeyera coriaceae), “Pau
ea dichotoma Mart.), “Pau terrinha” (Qualea parviflora),
reticulata. Benth), “Maria-preta” (Diospyros sericeae.
(Luehea paniculata. Mart), “Copaíba” (Copaifera
i” (Hirtella grandulosa Spreng.), “Canzil” (Platipodium
ro” (Sclerolobium paniculatum. Vog), “Angico” (Albizia
do cerrado” (Annona crassiflora), “Farinha seca”
, “Mamica de porca” (Zanthoxylum riedelianum),
olymorpha), “Tamboril” (Enterolobium contortisiliquum),
eciosa), “Andá assu” (Joannesia princeps), Arbustos de
xe, Gramíneas, Mamonas, trepadeiras e algumas Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 149
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 Ponto 7: Transição Cerrado - Mata Atlântica Floresta Estacional


Semidecidual

Das espécies encontradas podemos destacar Aegiphila sellowiana (papagaio),


Albizia niopoides (farinha-seca), Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp.
(angicos), Annona cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa), Cassia
ferruginea (canafístula), Copaifera langsdorfii (pau-d’óleo), Cordia trichotoma
(louro-pardo), Croton floribundus (capixingui), Croton urucurana (sangra-
d’água), Cabralea canjerana (canjerana), Ceiba spp. (paineiras), Cedrela fissilis
(cedro), Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis (camboatã), Dalbergia
spp. (jacarandá), Eremanthus spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus
spp. (figueiras-bravas), Hymenaea courbaril (jatobá), Inga spp. (ingás),
Joannesia princeps (cotieira), Lecythis pisonis (sapucaia), Luehea spp. (açoita-
cavalo), (jacarandás), Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp. (canelas),
Piptadenia gonoacantha (jacaré), Plathymenia reticulata (vinhático),
Platypodium elegans (jacarandá-canzil), Sapium glandulosum (leiteiro),
Sebastiania spp. (Branquilho), Senna multijuga (fedegoso), Syagrus
romanzoffiana (jerivá), Trichilia spp. (catinguás), Vitex spp. (tarumã), Vochysia
spp. (pau-de-tucano), Xylopia spp (pindaíba), Zanthoxylum spp. (mamica-de-
porca), Zeyheria tuberculosa (bolsa-de-pastor), Siparuna spp. (negramina),
Cyathea spp. (samambaiaçu), Merostachys spp. (taquaras e bambus);

 Ponto 8: Transição Cerrado - Mata Atlântica Floresta Estacional


Semidecidual

Das espécies encontradas podemos destacar Aegiphila sellowiana (papagaio),


Albizia niopoides (farinha-seca), Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp.
(angicos), Annona cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa), Cassia
ferruginea (canafístula), Copaifera langsdorfii (pau-d’óleo), Cordia trichotoma
(louro-pardo), Croton floribundus (capixingui), Croton urucurana (sangra-
d’água), Cabralea canjerana (canjerana), Ceiba spp. (paineiras), Cedrela fissilis
(cedro), Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis (camboatã), Dalbergia
spp. (jacarandá), Eremanthus spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus
spp. (figueiras-bravas), Hymenaea courbaril (jatobá), Inga spp. (ingás),
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Joannesia princeps (cotieira), Lecythis pisonis (sapucaia), Luehea spp. (açoita-


cavalo), (jacarandás), Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp. (canelas),
Piptadenia gonoacantha (jacaré), Plathymenia reticulata (vinhático),
Platypodium elegans (jacarandá-canzil), Sapium glandulosum (leiteiro),
Sebastiania spp. (Branquilho), Senna multijuga (fedegoso), Syagrus
romanzoffiana (jerivá), Trichilia spp. (catinguás), Vitex spp. (tarumã), Vochysia
spp. (pau-de-tucano), Xylopia spp (pindaíba), Zanthoxylum spp. (mamica-de-
porca), Zeyheria tuberculosa (bolsa-de-pastor), Siparuna spp. (negramina),
Cyathea spp. (samambaiaçu), Merostachys spp. (taquaras e bambus);

 Ponto 9: Cerrado atípico

Das espécies encontradas podemos destacar “Barbatimão” (Stryphnodendron


adstringens), “Pau-pereira” (Aspidosperma macrocarpon), “Pimenta de
macaco” (Xylopia aromática), “Embaúba” (Cecrópia hololeuca), “Pau-terra”
(Qualea grandiflora), “Jatobá do Cerrado” (Hymenaea stinocarpa), “Aroeira
branca” (Lithraea molleoides), “Aroeira mansa” (Schinus terebinthifolia),
“Lobeira” (Solanum lycocarpum),“Capitão do mato” (Terminalia brasiliensis)
“Braúna” (Schinopsis brasiliensis), “Pau Santo” (Kielmeyera coriaceae), “Pau
terra do cerradão” (Qualea dichotoma Mart.), “Pau terrinha” (Qualea parviflora),
“Angico” (Albizia polycephala), “Farinha seca” (Ouratea castaneifolia), “Mamica
de porca” (Zanthoxylum riedelianum), “Candeia” (Gochnatia polymorpha),
“Tamboril” (Enterolobium contortisiliquum), Arbustos de quaresmeira, Assa-
peixe, Gramíneas, Mamonas, trepadeiras e algumas epífitas.

 Ponto 10: Transição Cerrado - Mata Atlântica Floresta Estacional


Semidecidual

Das espécies encontradas podemos destacar Aegiphila sellowiana (papagaio),


Albizia niopoides (farinha-seca), Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp.
(angicos), Annona cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa), Cassia
ferruginea (canafístula), Copaifera langsdorfii (pau-d’óleo), Cordia trichotoma
(louro-pardo), Croton floribundus (capixingui), Croton urucurana (sangra-
d’água), Cabralea canjerana (canjerana), Ceiba spp. (paineiras), Cedrela fissilis
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(cedro), Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis (camboatã), Dalbergia


spp. (jacarandá), Eremanthus spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus
spp. (figueiras-bravas), Hymenaea courbaril (jatobá), Inga spp. (ingás),
Joannesia princeps (cotieira), Lecythis pisonis (sapucaia), Luehea spp. (açoita-
cavalo), (jacarandás), Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp. (canelas),
Piptadenia gonoacantha (jacaré), Plathymenia reticulata (vinhático),
Platypodium elegans (jacarandá-canzil), Sapium glandulosum (leiteiro),
Sebastiania spp. (Branquilho), Senna multijuga (fedegoso), Syagrus
romanzoffiana (jerivá), Trichilia spp. (catinguás), Vitex spp. (tarumã), Vochysia
spp. (pau-de-tucano), Xylopia spp (pindaíba), Zanthoxylum spp. (mamica-de-
porca), Zeyheria tuberculosa (bolsa-de-pastor), Siparuna spp. (negramina),
Cyathea spp. (samambaiaçu), Merostachys spp. (taquaras e bambus);

 Ponto 11: Transição Cerrado - Mata Atlântica Floresta Estacional


Semidecidual

Das espécies encontradas podemos destacar Aegiphila sellowiana (papagaio),


Albizia niopoides (farinha-seca), Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp.
(angicos), Annona cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa), Cassia
ferruginea (canafístula), Copaifera langsdorfii (pau-d’óleo), Cordia trichotoma
(louro-pardo), Croton floribundus (capixingui), Croton urucurana (sangra-
d’água), Cabralea canjerana (canjerana), Ceiba spp. (paineiras), Cedrela fissilis
(cedro), Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis (camboatã), Dalbergia
spp. (jacarandá), Eremanthus spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus
spp. (figueiras-bravas), Hymenaea courbaril (jatobá), Inga spp. (ingás),
Joannesia princeps (cotieira), Lecythis pisonis (sapucaia), Luehea spp. (açoita-
cavalo), (jacarandás), Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp. (canelas),
Piptadenia gonoacantha (jacaré), Plathymenia reticulata (vinhático),
Platypodium elegans (jacarandá-canzil), Sapium glandulosum (leiteiro),
Sebastiania spp. (Branquilho), Senna multijuga (fedegoso), Syagrus
romanzoffiana (jerivá), Trichilia spp. (catinguás), Vitex spp. (tarumã), Vochysia
spp. (pau-de-tucano), Xylopia spp (pindaíba), Zanthoxylum spp. (mamica-de-
porca), Zeyheria tuberculosa (bolsa-de-pastor), Siparuna spp. (negramina),
Cyathea spp. (samambaiaçu), Merostachys spp. (taquaras e bambus);

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 Ponto 12: Transição Cerrado - Mata Atlântica Floresta Estacional


Semidecidual

Das espécies encontradas podemos destacar Aegiphila sellowiana (papagaio),


Albizia niopoides (farinha-seca), Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp.
(angicos), Annona cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa), Cassia
ferruginea (canafístula), Copaifera langsdorfii (pau-d’óleo), Cordia trichotoma
(louro-pardo), Croton floribundus (capixingui), Croton urucurana (sangra-
d’água), Cabralea canjerana (canjerana), Ceiba spp. (paineiras), Cedrela fissilis
(cedro), Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis (camboatã), Dalbergia
spp. (jacarandá), Eremanthus spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus
spp. (figueiras-bravas), Hymenaea courbaril (jatobá), Inga spp. (ingás),
Joannesia princeps (cotieira), Lecythis pisonis (sapucaia), Luehea spp. (açoita-
cavalo), (jacarandás), Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp. (canelas),
Piptadenia gonoacantha (jacaré), Plathymenia reticulata (vinhático),
Platypodium elegans (jacarandá-canzil), Sapium glandulosum (leiteiro),
Sebastiania spp. (Branquilho), Senna multijuga (fedegoso), Syagrus
romanzoffiana (jerivá), Trichilia spp. (catinguás), Vitex spp. (tarumã), Vochysia
spp. (pau-de-tucano), Xylopia spp (pindaíba), Zanthoxylum spp. (mamica-de-
porca), Zeyheria tuberculosa (bolsa-de-pastor), Siparuna spp. (negramina),
Cyathea spp. (samambaiaçu), Merostachys spp. (taquaras e bambus);

 Ponto 13: Mata Atlântica - Floresta Estacional Semidecidual

Das espécies encontradas podemos destacar Luehea candicans (Açoita


cavalo), Piptadenia gonoacantha (Pau jacaré), Guarea guidonia (Taúva),
Erythrina verna (Mulungú), Anadenanthera peregrina (Angico),
Tabernaemontana fuchsiaefolia (Leiteira), Sparattosperma leucanthum (Caroba
Branca), Maclura tinctoria (Moreira), Gallesia integrifólia (Pau de alho), Acacia
sp., Trema micranta (Pau pólvora), Platycyanus regnellii (Pau pereira),
Cecropia glaziovii (Embaúba), Aegiphila integrifólia (Papagaio), Cariniana
estrellensis (Jequitibá), Andira sp. (Angelim), Handroanthus serratifolius (Ipê
amarelo), Apuleia leiocarpa (Garapa), Cordia sellowiana (Louro mole), Senna
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multijuga (Pau cigarra), Syagrus romanzoffiana (Coqueiro jerivá), Joanesia


princeps (Cutieira), Trichilia pallida (Catigua), Cecropia pachystachya
(Embaúba), Ceiba speciosa (Paineira), Ficus obtusifolia (Figueira),
Aspidosperma parvifolium (Peróba), Schinus terebinthifolius (Aroeirinha),
Genipa americana (Genipapo), Guazuma ulmifolia (Mutamba), Manga, Cajá
manga, Côco, Jaca, Fruta do Conde, Pitanga, Jabuticaba, Acerola, Goiaba,
Pinheiro, Abacate, Flamboyant.

Segue abaixo fotos das espécies arbóreas encontradas na área objeto de


estudo:

Figura 33 - Xylopia aromática (Pimenta de macaco).


Figura 34 - Terminalia triflora (Capitaozinho).

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Figura 35 - Plathymenia reticulata (Vinhático).


Figura 36 - Zanthoxylum riedelianum (Mamica de porca).

Figura 37 - Ficus adhatodifolia (Gameleira).


Figura 38 - Erythrina speciosa (Mulungu).

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Figura 39 - Solanum lycocarpum (Lobeira).


Figura 40 - Pyrostegia venusta (Cipó de São João).

Figura 41 - Anadenanthera peregrina (Angico), Fazenda Bom Jesus.

Figura 42 - Andira sp. (Angelim), Fazenda Bom Jesus.

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Área antropizada localizada na área do empreendimento

Área Antropizada é onde há ocupação do homem, exercendo atividades


sociais, econômicas e culturais sobre o ambiente.

Nas áreas objeto de estudo, possui uma área antropizada com residência,
curral com criação de gado e cavalos, galinhas, patos, cachorro e gato,
considerados animais domésticos. Além de plantação de plantas exóticas como
bananeiras, Mangueiras, Buganvílias, dentre outras.

Figura 43 - Localização da área antropizada existente no empreendimento. Fonte: Adaptado


Google Earth.

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Figura 44 - Localização de todas as áreas antropizadas, incluindo as áreas de adesão. Fonte:


Adaptado Google Earth.

Segue abaixo fotos do local:

Figura 45 - Área antropizada.

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Figura 46 - Área antropizada.

Figura 47 - Fezes de gado em área antropizadas - Área antropizada.

73

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Figura 48 - As imagens na Fazenda Bom Jesus ilustram a casa sede, seu jardim e áreas
delimitadas para criação de animais.

Figura 49 - A fazenda Bom Jesus possui curral com presença de animais que utilizam as áreas
de pastagem.

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Figura 50 - Área para pastagem da Fazenda Bom Jesus sem vegetação de porte arbóreo.

5.4.2.4. INVENTÁRIO FLORÍSTICO QUALI-QUANTITATIVO

O inventário florístico foi realizado por meio de amostragem através de


parcelas na área objeto de estudo onde foram identificadas espécies arbóreas
como Lithraea molloides, Terminalia brasiliensis, Copaifera langsdorffii, dentre
outras.

Ressalva-se que o local onde foi realizado o levantamento da Flora para o


estudo em questão, se encontra em Zona Urbana do município de Coronel
Fabriciano e as coordenadas geográficas do local é 19°30’21.14”S;
42°’36’53.10”O.

Técnicas de Amostragem

O estudo para levantamento e identificação da Flora na área objeto de estudo,


foi realizado nos dias 01, 02,03 e 04 de setembro de 2017, por uma equipe
composta por um biólogo, um Engenheiro Florestal e 04 auxiliares de campo.

Os esforços de amostragem na área para levantamento e caracterização da


Flora foram distribuídos por 12 parcelas de 20m x 20m, sendo 400 m2,
totalizando 4800 m2 de área amostrada. Foram feitos levantamentos em 12
(doze) parcelas em fragmentos de Mata de transição Cerrado - Mata Atlântica

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Floresta Estacional Semidecidual para melhor amostragem das famílias e


espécies. A estimativa do rendimento lenhoso e a análise fitossociológica do
estrato arbóreo-arbustivo se deu por meio de todos os indivíduos arbóreos
encontrados no local.

O inventário quali-quantitativo da vegetação de porte arbóreo da área


destinada à intervenção foram realizados na área em que a vegetação será
suprimida e se deu por meio de identificação dos indivíduos in loco e
posteriormente feita por levantamento bibliográfico e análise geral dos dados
coletados em campo. O material botânico foi identificado em campo,
observando-se folhas, casca, lenho, etc.

Para a medição da área e dos indivíduos arbóreos foi utilizada uma trena de 30
metros, Suta de precisão, Hipsómetro Vertex IV e as coordenadas das áreas
foram marcadas e registradas no GPS E-trex Garmin. Após a demarcação, os
indivíduos arbóreos, foram quantificados, demarcados com tinta spray
vermelha e identificados.
Ressalva-se que foram amostrados os indivíduos arbóreos cujo Diâmetro a
Altura do Peito (DAP) fosse maior ou igual a 5 (> ou = a 5). E a altura total (Ht)
dos indivíduos foram estimadas visualmente.

Segue abaixo o gráfico com o número de indivíduos e família das espécies


arbóreas encontradas e fotos de algumas demarcações da área e os locais
onde foram realizados os levantamentos para a primeira parte da obra objeto
deste estudo.

Gráfico 2 - Número de indivíduos e famílias das espécies arbóreas


encontradas.

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Gráfico 3 - Relação das espécies encontradas.

Figura 51 - Identificação e marcação das espécies.

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As espécies, o número de indivíduos e a quantidade de parcelas em que foram


encontradas estão listados nas tabelas abaixo:

Tabela 3 - Número e especificação das espécies encontradas na área.

Segue abaixo fotos com as espécies encontradas na área objeto de estudo:

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Figura 52 - Astronium graveolens (Guaritá) - Astronium graveolens (Guaritá).

Figura 53 - Zanthoxylum riedelianum (mamica de porca) - Albizia polycephala (Angico).

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Figura 54 - Cecropia hololeuca (Embaúba) - Schinopsis brasiliensis (Braúna).

Figura 55 - Terminalia brasilliensis (Capitão) - Eugenia pyriformis (Uvaia).

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Figura 56 - Siparuna guianensis (Siparuna) - Terminalia brasilliensis (Capitão).

Figura 57 - Copaifera langsdorffii (Pau d’óleo) - Copaifera langsdorffii (Pau d’óleo).

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Figura 58 - Cupania vernalis (Camboatá) - Luehea speciosa (Açoita cavalo).

Figura 59 - Lithraea molleoides (Aroeira brava) - Sebastiania commersoniana (Branquilho).

Espécies protegidas por Lei específica:

Foi feita a verificação das espécies amostradas, se as mesmas são inumes de


corte, protegidas por Lei específica e se encontram ameaçadas de extinção,
consultando a Lista das espécies da Flora ameaçadas de extinção no Estado
de Minas Gerais conforme Deliberação Normativa COPAM367/2008, Portaria
nº 37, de 03 de abril de 1992 do IBAMA, IN MMA 06/208 e ainda Lei Estadual

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nº 20.308 de 27 de julho de 2012, onde não foram encontrados nas parcelas


amostradas espécies imunes de corte e/ou protegidas por lei específica.

Legislação Mata Atlântica

A RESOLUÇÃO CONAMA n°392, de 25 de junho de 2007 que dita a Definição


de vegetação primária e secundária de regeneração de Mata Atlântica no
estado de Minas Gerais, em seu Art 2º, item II diz:

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL, FLORESTA


OMBRÓFILA DENSA E FLORESTA OMBRÓFILA MISTA:

a) Estágio inicial:
1. ausência de estratificação definida;
2. predominância de indivíduos jovens de espécies arbóreas,
arbustivas e cipós, formando um adensamento (paliteiro) com
altura de até 5 (cinco) metros;
3. espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena
amplitude com DAP médio de até 10 (dez) centímetros;
4. espécies pioneiras abundantes;
5. dominância de poucas espécies indicadoras;
6. epífitas, se existentes, são representadas principalmente por
líquens, briófitas e pteridófitas com baixa diversidade;
7. serapilheira, quando existente, forma uma fina camada,
pouco decomposta, contínua ou não;
8. trepadeiras, se presentes, geralmente herbáceas; e
9. espécies indicadoras: Árbóreas - Cecropia spp. (embaúba),
Vismia spp. (ruão), Solanum granuloso leprosum, Piptadenia
gonoacantha, Mabea fistulifera, Trema micrantha, Lithrae
molleoides, Schinus terebinthifolius, Guazuma ulmifolia, Xilopia
sericea, Miconia spp, Tibouchina spp., Croton floribundus,
Acacia spp., Anadenanthera colubrina, Acrocomia aculeata,
Luehea spp.; Arbustivas - Celtis iguanaea (esporão-de-galo),
Aloysia virgata (lixinha), Baccharis spp., Vernonanthura spp.

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(assa-peixe, cambará), Cassia spp., Senna spp., Lantana spp.


(camará), Pteridium arachnoideum (samambaião); Cipós -
Banisteriopsis spp., Heteropteris spp., Mascagnia spp.,
Peixotoa spp., Machaerium spp., Smilax spp., Acacia spp.,
Bauhinia spp., Cissus spp, Dasyphyllum spp., Serjania spp.,
Paulinia spp., Macfadyenia spp., Arravbidea spp., Pyrostegia
venusta, Bignonia spp.

b) Estágio médio:
1. estratificação incipiente com formação de dois estratos:
dossel e sub-bosque;
2. predominância de espécies arbóreas formando um dossel
definido entre 5 (cinco) e 12 (doze) metros de altura, com
redução gradativa da densidade de arbustos e arvoretas;
3. presença marcante de cipós;
4. maior riqueza e abundância de epífitas em relação ao
estágio inicial, sendo mais abundantes nas Florestas
Ombrófilas;
5. trepadeiras, quando presentes, podem ser herbáceas ou
lenhosas;
6. serapilheira presente variando de espessura de acordo com
as estações do ano e a localização;
7. espécies lenhosas com distribuição diamétrica de moderada
amplitude com DAP médio entre 10 (dez) centímetros a 20
(vinte) centímetros; e
8. espécies indicadoras referidas na alínea “a” deste inciso,
com redução de arbustos.

c) Estágio avançado:
1. estratificação definida com a formação de três estratos:
dossel, sub-dossel e sub-bosque;
2. dossel superior a 12 (doze) metros de altura e com
ocorrência frequente de árvores emergentes;

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3. sub-bosque normalmente menos expressivo do que no


estágio médio;
4. menor densidade de cipós e arbustos em relação ao estágio
médio;
5. riqueza e abundância de epífitas, especialmente nas
Florestas Ombrófilas;
6. trepadeiras geralmente lenhosas, com maior frequência e
riqueza de espécies na Floresta Estacional;
7. serapilheira presente variando em função da localização;
8. espécies lenhosas com distribuição diamétrica de grande
amplitude com DAP médio superior a 18 (dezoito) centímetros;
9. espécies indicadoras em Floresta Estacional Semidecidual:
Acacia polyphylla (monjolo), Aegiphila sellowiana (papagaio),
Albizia niopoides (farinha-seca), A. Polycephala (farinheira),
Aloysia virgata (lixeira), Anadenanthera spp. (angicos), Annona
cacans (araticum-cagão), Apuleia leiocarpa (garapa),
Aspidosperma spp. (perobas, guatambus), Andira fraxinifolia
(morcegueira ou angelim), Bastardiopsis densiflora, Cariniana
spp. (jequitibás), Carpotroche brasiliensis (sapucainha), Cassia
ferruginea (canafístula), Casearia spp. (espeto), Chrysophyllum
gonocarpum (abiu-do-mato), Copaifera langsdorfii (pau-d’óleo),
Cordia trichotoma (louro-pardo), Croton floribundus
(capixingui), Croton urucurana (sangra-d’água), Cryptocarya
arschesoniana (canela-debatalha), Cabralea canjerana
(canjerana), Ceiba spp. (paineiras), Cedrela fissilis (cedro),
Cecropia spp (embaúbas), Cupania vernalis (camboatã),
Dalbergia spp. (jacarandá), Diospyros hispida (fruto-do-jacu),
Eremanthus spp. (candeias), Eugenia spp. (guamirim), Ficus
spp. (figueiras-bravas), Gomidesia spp. (guamirim), Guapira
spp. (joão-mole), Guarea spp. (marinheiro), Guatteria spp
(envira), Himatanthus spp. (agoniada), Hortia brasiliana
(paratudo), Hymenaea courbaril (jatobá), Inga spp. (ingás),
Joannesia princeps (cotieira), Lecythis pisonis (sapucaia),
Lonchocarpus spp. (imbira-de-sapo), Luehea spp. (açoita-

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cavalo), Mabea fistulifera (canudo-de-pito), Machaerium spp.


(jacarandás), Maprounea guianensis (vaquinha), Matayba spp.
(camboatá), Myrcia spp. (piúna), Maytenus spp. (cafezinho),
Miconia spp. (pixirica), Nectandra spp. (canelas), Ocotea spp.
(canelas), Ormosia spp. (tentos), Pera glabrata, Persea spp.
(maçaranduba), Picramnia spp., Piptadenia gonoacantha
(jacaré), Plathymenia reticulata (vinhático), Platypodium
elegans (jacarandá-canzil), Pouteria spp. (guapeba), Protium
spp. (breu, amescla), Pseudopiptadenia contorta (angico-
branco), Rollinia spp. (araticuns), Sapium glandulosum
(leiteiro), Sebastiania spp. (sarandi, leiteira), Senna multijuga
(fedegoso), Sorocea spp (folha-da-serra), Sparattosperma
leucanthum (cinco-folha-branca), Syagrus romanzoffiana
(jerivá), Tabebuia spp. (ipês), Tapirira spp. (peito-de-pomba),
Trichilia spp. (catinguás), Virola spp. (bicuíba), Vitex spp.
(tarumã), Vochysia spp. (pau-de-tucano), Xylopia spp
(pindaíba), Zanthoxylum spp. (mamica-de-porca), Zeyheria
tuberculosa (bolsa-de-pastor), Ixora spp. (ixora), Faramea spp.
(falsa-quina), Geonoma spp. (aricanga), Leandra spp.,
Mollinedia spp., Piper spp. (jaborandi), Siparuna spp.
(negramina), Cyathea spp. (samambaiaçu), Alsophila spp.,
Psychotria spp., Rudgea spp. (cafezinho), Amaioua guianensis
(azeitona), Bathysa spp. (pau-de-colher), Rellia spp., Justicia
spp., Geissomeria spp., Guadua spp. (bambu), Chusquea spp.,
Merostachys spp. (taquaras e bambus);

A LEI Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006, que dispõe sobre a


utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, diz:

TÍTULO III - DO REGIME JURÍDICO ESPECIAL DO BIOMA


MATA ATLÂNTICA

CAPÍTULO I
DA PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO PRIMÁRIA

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Art. 20. O corte e a supressão da vegetação primária do Bioma


Mata Atlântica somente serão autorizadas em caráter
excepcional, quando necessários à realização de obras,
projetos ou atividades de utilidade pública, pesquisas
científicas e práticas preservacionistas.

Parágrafo único. O corte e a supressão de vegetação, no caso


de utilidade pública, obedecerão ao disposto no art. 14 desta
Lei, além da realização de Estudo Prévio de Impacto
Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA.

CAPÍTULO II
DA PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM
ESTÁGIO AVANÇADO DE REGENERAÇÃO

Art. 21. O corte, a supressão e a exploração da vegetação


secundária em estágio avançado de regeneração do Bioma
Mata Atlântica somente serão autorizados:
I - em caráter excepcional, quando necessários à execução de
obras, atividades ou projetos de utilidade pública, pesquisa
científica e práticas preservacionistas;
II - (VETADO)
III - nos casos previstos no inciso I do art. 30 desta Lei.
Art. 22. O corte e a supressão previstos no inciso I do art. 21
desta Lei no caso de utilidade pública serão realizados na
forma do art. 14 desta Lei, além da realização de Estudo Prévio
de Impacto Ambiental, bem como na forma do art. 19 desta Lei
para os casos de práticas preservacionistas e pesquisas
científicas.

CAPÍTULO III
DA PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM
ESTÁGIO MÉDIO DE REGENERAÇÃO

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Art. 23. O corte, a supressão e a exploração da vegetação


secundária em estágio médio de regeneração do Bioma Mata
Atlântica somente serão autorizados:
I - em caráter excepcional, quando necessários à execução de
obras, atividades ou projetos de utilidade pública ou de
interesse social, pesquisa científica e práticas
preservacionistas;
II - (VETADO)
III - quando necessários ao pequeno produtor rural e
populações tradicionais para o exercício de atividades ou usos
agrícolas, pecuários ou silviculturais imprescindíveis à sua
subsistência e de sua família, ressalvadas as áreas de
preservação permanente e, quando for o caso, após averbação
da reserva legal, nos termos da Lei nº 4.771, de 15 de
setembro de 1965;
IV - nos casos previstos nos § 1° e 2° do art. 31 desta Lei.
Art. 24. O corte e a supressão da vegetação em estágio médio
de regeneração, de que trata o inciso I do art. 23 desta Lei, nos
casos de utilidade pública ou interesse social, obedecerão ao
disposto no art. 14 desta Lei.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso III do art. 23 desta Lei, a
autorização é de competência do órgão estadual competente,
informando-se ao Ibama, na forma da regulamentação desta
Lei.

CAPÍTULO IV
DA PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM
ESTÁGIO INICIAL DE REGENERAÇÃO

Art. 25. O corte, a supressão e a exploração da vegetação


secundária em estágio inicial de regeneração do Bioma Mata
Atlântica serão autorizados pelo órgão estadual competente.

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Parágrafo único. O corte, a supressão e a exploração de que


trata este artigo, nos Estados em que a vegetação primária e
secundária remanescente do Bioma Mata Atlântica for inferior a
5% (cinco por cento) da área original, submeter-se-ão ao
regime jurídico aplicável à vegetação secundária em estágio
médio de regeneração, ressalvadas as áreas urbanas e regiões
metropolitanas.
Art. 26. Será admitida a prática agrícola do pousio nos Estados
da Federação onde tal procedimento é utilizado
tradicionalmente.

CAPÍTULO V
DA EXPLORAÇÃO SELETIVA DE VEGETAÇÃO
SECUNDÁRIA EM ESTÁGIOS AVANÇADO, MÉDIO E
INICIAL DE REGENERAÇÃO

Art. 27. (VETADO)


Art. 28. O corte, a supressão e o manejo de espécies arbóreas
pioneiras nativas em fragmentos florestais em estágio médio de
regeneração, em que sua presença for superior a 60%
(sessenta por cento) em relação às demais espécies, poderão
ser autorizados pelo órgão estadual competente, observado o
disposto na Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965.
Art. 29. (VETADO)

CAPÍTULO VI
DA PROTEÇÃO DO BIOMA MATA ATLÂNTICA NAS ÁREAS
URBANAS E REGIÕES METROPOLITANAS

Art. 30. É vedada a supressão de vegetação primária do Bioma


Mata Atlântica, para fins de loteamento ou edificação, nas
regiões metropolitanas e áreas urbanas consideradas como tal
em lei específica, aplicando-se à supressão da vegetação

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 175
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secundária em estágio avançado de regeneração as seguintes


restrições:
I - nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de
vigência desta Lei, a supressão de vegetação secundária em
estágio avançado de regeneração dependerá de prévia
autorização do órgão estadual competente e somente será
admitida, para fins de loteamento ou edificação, no caso de
empreendimentos que garantam a preservação de vegetação
nativa em estágio avançado de regeneração em no mínimo
50% (cinquenta por cento) da área total coberta por esta
vegetação, ressalvado o disposto nos arts. 11, 12 e 17 desta
Lei e atendido o disposto no Plano Diretor do Município e
demais normas urbanísticas e ambientais aplicáveis;
II - nos perímetros urbanos aprovados após a data de início de
vigência desta Lei, é vedada a supressão de vegetação
secundária em estágio avançado de regeneração do Bioma
Mata Atlântica para fins de loteamento ou edificação.
Art. 31. Nas regiões metropolitanas e áreas urbanas, assim
consideradas em lei, o parcelamento do solo para fins de
loteamento ou qualquer edificação em área de vegetação
secundária, em estágio médio de regeneração, do Bioma Mata
Atlântica, devem obedecer ao disposto no Plano Diretor do
Município e demais normas aplicáveis, e dependerão de prévia
autorização do órgão estadual competente, ressalvado o
disposto nos arts. 11, 12 e 17 desta Lei.
§ 1° Nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de
vigência desta Lei, a supressão de vegetação secundária em
estágio médio de regeneração somente será admitida, para fins
de loteamento ou edificação, no caso de empreendimentos que
garantam a preservação de vegetação nativa em estágio médio
de regeneração em no mínimo 30% (trinta por cento) da área
total coberta por esta vegetação.
§ 2° Nos perímetros urbanos delimitados após a data de início
de vigência desta Lei, a supressão de vegetação secundária

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em estágio médio de regeneração fica condicionada à


manutenção de vegetação em estágio médio de regeneração
em no mínimo 50% (cinquenta por cento) da área total coberta
por esta vegetação.

Processamento de dados:

Os dados de fitossociologia e rendimento lenhoso foram processados utilizando


como ferramenta de trabalho a planilha de cálculo do Excel para Windows
(Microsoft).

Para a estimativa do rendimento lenhoso, utilizou-se a fórmula:

VTCC = 𝝅𝝅∗𝑫𝑫𝑨𝑨𝑷𝑷𝟐𝟐 / 4.Ht


Onde: VTCC = Volume total com casca (m³)
DAP = Diâmetro à altura do Peito (cm)
Ht = Altura total (m)
Para obtenção da Área Basal (m²) foi utilizada a seguinte fórmula: 𝑨𝑨=𝝅𝝅∗𝑫𝑫𝑨𝑨𝑷𝑷𝟐𝟐/
4
Onde: A = Área Basal (m²)
DAP = Diâmetro à altura do Peito (cm) 𝝅𝝅=𝟑𝟑,𝟏𝟏𝟒𝟒𝟏𝟏𝟓𝟓𝟗𝟗𝟐𝟐𝟔𝟔𝟓𝟓𝟑𝟑𝟔𝟔

Parcela 1 – Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de


regeneração.

Coordenadas geográficas: 19°30’18.57”S; 42°36’53.10”O

Tabela 4 - Espécies encontradas na Parcela 01 com os resultados dos


cálculos realizados das espécies a sofrer supressão.

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9,252560152 1,160581718

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0,13242249 0,014713874

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0,199644 0,024955495

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Coordenadas geográficas: 19°30’8.01”S; 42°37’6.58”O

O número total de indivíduos identificados nas 12 (doze) parcelas que totalizam


4.800 m² foram 558 (Quinhentos e cinquenta e oito), totalizando o VTCC
(volume total com casca) de 130,954662912 m³.

A área total do empreendimento possui 909.228,47 m², sendo que 320.262,95


m², compreende a vegetação do Bioma Cerrado e 555.757,30 m², compreende

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ao Bioma Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual). De acordo com a


Lei de Mata Atlântica nº 11428/2006, 30% desta área deverá ser preservada,
portanto a área do Bioma Mata Atlântica que poderá ser suprimida será de
389.030,11 m².

Visando a supressão da área total de intervenção que totaliza 909.228,47 m², e


considerando a taxa de ocupação do loteamento de 10%, ou seja, 90.922,85
m² o número total de indivíduos a serem suprimidos será 8.246 (Oito mil,
duzentos e quarenta e seis) indivíduos, totalizando o VTCC (volume total com
casca) de 1.935,10168 m³.

Os parâmetros qualitativos utilizados (densidade, frequência, dominância) que


subsidiaram o cálculo do Índice de Valor de Importância (IVI) foram expressos
por meio das fórmulas apresentadas abaixo:

Figura 60 - Parâmetros qualitativos utilizados nos estudos fitossociológicos. Fonte: Matteucci e


Colma, (1982).

Segue abaixo quadro com os resultados dos cálculos dos parâmetros


qualitativos das espécies a sofrer supressão.

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Tabela 4: Resultados dos cálculos realizados das espécies a sofrer


supressão.

De acordo com o quadro acima, a espécie que obteve maiores valores, como
Nº de indivíduos e Densidade Absoluta, Densidade Relativa, Dominância
Absoluta, Dominância Relativa e Índice Valor de Importância (IVI), foi Cecropia
hololeuca (Embaúba).

A supressão vegetal da área objeto de estudo será necessária para subsidiar a


emissão de Autorização de supressão de vegetação para fins de
Licenciamento Ambiental de Parcelamento de solo – Projeto de Condomínio
Urbanístico em uma área de 909.228,47 m², localizada na Operação Urbana
Consorciada Av Maanaim – Coronel Fabriciano/MG.

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Ressalva-se que em visita técnica realizada no local, para a elaboração do


Inventário Florístico, não foram encontrados indivíduos imunes de corte e/ou
protegidas por Lei específica.

Como medida compensatória pela supressão dos 8.246 (Oito mil, duzentos e
quarenta e seis), indivíduos arbóreos, propõe-se que seja realizado o plantio de
mudas de árvores em uma área a ser recuperada e reflorestada no próprio
empreendimento ou em área definida pelo órgão ambiental que seja compatível
com o Bioma da área objeto de estudo, sendo que a mesma deverá ser
definida através de projeto técnico específico.

5.4.2.5. Inventário florístico quali-quantitativo das áreas adensadas

A área proposta caracteriza-se pela presença de Tipologia Florestal, e áreas de


uso antrópico. A Tipologia Florestal é representada pela formação de Floresta
Estacional Semidecidual secundarizada em estágio inicial de regeneração
(Figura 62), já as áreas de uso antrópico são representadas por área de
Pastagem (Figura 63), Pomar e Edificações (antigo convento) (Figura 64).

Figura 61 - Vista parcial da Floresta Estacional secundarizada em estágio inicial de


regeneração.

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Figura 62 - Vista parcial da área de pastagem presente na área de estudo.

Figura 63 - Vista parcial da área de ocupação antrópica (edificações e pomar) presente na


área de estudo.

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Trata-se de um ambiente com claros sinais de degradação, onde a vegetação


nativa original foi totalmente suprimida no passado e que ainda nos dias atuais
vem sofrendo com diversos tipos de pressões, como o fogo, pecuária familiar e
urbanização.

A seguir os ambientes e suas transições serão descritas e ilustradas com mais


detalhes.

Tipologia: Florestal
Formação: Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de
regeneração.

Essa área corresponde a um ambiente perturbado, com sinais de alteração e


influência antrópica, apresentando-se em estágio inicial de regeneração. Essa
formação foi observada como pequenas manchas isoladas distribuídas ao
longo da área.

Apresenta-se com um nível de estratificação não muito bem definido,


parecença acentuada de lianas, presença marcante de indivíduos arbóreos
jovens com CAP (circunferência à altura do peito) < 10 cm e altura em torno de
2-3 metros de altura, com presença de indivíduos testemunhos que pode atingir
CAP maior que 100 cm e alturas que podem ultrapassar os 12 metros
chegando próximo aos 20 metros de altura (Figura 65).

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Figura 64 – Vista parcial da FESD em estágio inicial de regeneração presente na área do


projeto.

O estrato arbóreo médio apresenta indivíduos adultos característicos de


ambientes em regeneração, dito como pioneiras com por exemplo a Moreira
(Maclura tinctoria), crindiva (Trema micrantha), pau jacaré (Piptadenia
gonoacantha), embaúba (Cecropia glaziovii), goiabeira (Psidium guajava), folha
branca (Sparattosperma leucanthum) e a tamanqueira (Aegiphila integrifólia). O
sub-bosque, de forma geral, é denso, porém pouco diverso, sendo
principalmente representados por espécies daninhas (ruderais invasoras), os
cipós (lianas) são presentes sendo representados principalmente por espécies
das famílias Asteraceae, Bignoniaceae, Dileniaceae, Fabaceae e Sapindaceae.
A serapilheira quando existente forma uma fina camada, pouco decomposta,
descontínua.

Tipologia: Antropizada
Formação: Pastagem

Estas áreas se caracterizam principalmente pelo alto grau de influência


antrópica e presença dominante de espécies exóticas e ruderais caracterizadas
por áreas onde se praticam a bovinocultura com poucos cuidados culturais,
onde espécies arbustivas e forrageiras (capim) dominam a paisagem (Figura
66).

Na área do empreendimento, áreas de pasto estão distribuídas por toda as


propriedades com blocos de pasto limpo, sem presença significativa de
indivíduos de porte herbáceo arbustivo, e blocos de pasto sujo, onde a
vegetação forrageira se encontra com alta biomassa (mato alto) e presença
significativa de espécie herbácea e arbustiva.

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Figura 65 - Vista parcial da área utilizada como pastagem presente na área do projeto.

Formação: Pomar

Caracteriza-se por uma área com cultivo de árvores frutíferas e ornamentais


plantadas em torno do antigo Convento (Figura 67). Dentre as espécies
presentes podemos citar a manga, o cajá manga, côco, jaca, fruto do conde,
pitanga, jabuticaba, acerola, goiaba, abacate além de espécies exóticas da
flora brasileira como o Flamboyant e o Pinheiro. Vale ressaltar que os
indivíduos arbóreos foram plantados na época da construção do Convento,
sendo assim alguns exemplares são de grande porte, com altura superior a 10
metros e que apresentam CAP maior que 100 cm, podendo ter nos casos das
mangueiras mais que 200 cm de CAP e altura superior a 15 metros.

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Figura 66 - Vista parcial do pomar presente na área do projeto.

Metodologia

Para o estrato arbóreo da área de FESD em estágio inicial de regeneração o


procedimento metodológico adotado foi a amostragem casual simples e para a
área de pastagem e as espécies nativas inseridas na área do pomar foi
realizado o censo 100% dos indivíduos arbóreos isolados.

Para amostragem da FESD ocorrente na ADA e processamento dos dados foi


necessário (a):
1- Tomada das áreas em coordenadas UTM e carregamento dos dados
em GPS, para orientação em campo.
2- Quantificação das áreas dos remanescentes florestais de porte
arbóreo e pré-classificação das fisionomias presentes.

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3- Utilização de inventário por amostragem casual simples e censo


100%, com mensuração de todos os indivíduos ocorrentes nas
unidades amostrais (parcelas e pastagem).
4- Levantamento em campo dos indivíduos presentes. Utilização de
fitas métricas para mensuração do CAP e trena digital para tomada
das alturas
5- Unidades amostrais com dimensões de 30x10m (300m 2). As
unidades amostrais foram marcadas com uma haste de PVC e Fita
zebrada em cada extremidade da parcela. Foram georeferênciados
os pontos de início e fim do eixo central de cada parcela foram.
6- Os indivíduos arbóreos adultos que se encontravam isolados nas
áreas de pastagem foram mensurados e georeferênciados.
7- O processamento final dos dados obtidos em campo, foi realizado
com utilização de processamento semi-automático com controle total
dos cálculos, efetuados dentro do ambiente especialista do Software
“MataNativa 2” (http://www.matanativa.com.br) e Microsoft Excel.

Equação de volume utilizada:

A equação utilizada foi desenvolvida pelo CETEC (Fundação Centro


Tecnológico de Minas Gerais).

As equações desenvolvidas pelo CETEC mostram eficiência e confiabilidade se


utilizadas de acordo com a fisionomia presente. Para este levantamento foi
utilizada a equação ajustada para a tipologia de floresta estacional
semidecidual, pela fisionomia mais marcante dos indivíduos encontrados em
campo.

Equação volumétrica utilizada para o processamento

VTCC = 0.000074230 * DAP1.707348*Ht1.16873

Onde:
VTCC = Volume total com casca em metros cúbicos

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DAP = Diâmetro à altura do peito em centímetros


Ht = Altura total da árvore em metros

Parâmetros fitossociológicos considerados:


Os parâmetros fitossociológicos utilizados estão representados no quadro
abaixo.

Quadro 5 - Parâmetros Fitossociológicos

Parâmetro Fórmula Convenção


ni = no. De indivíduos
D = ni
Densidade Absoluta amostrados da espécie i
A
A = área amostrada
ni = no. De indivíduos
DR = 100 ni amostrados da espécie i
Densidade Relativa
N N = no. Total de indivíduos
amostrados na área
nqi = no. De parcelas em que
Freqüência F = 100 nqi ocorre a espécie i
Absoluta nQ nQ = no. De parcelas
examinadas
F =freqüência absoluta da
FR = 100 F
Freqüência Relativa espécie FA = somatório das
FA
freqüências absolutas
Dominância
DoA = ABi ABi = área basal da espécie i
Absoluta
DoA = dominância absoluta da
Dominância DoR = 100 DoA espécie i
Relativa AB AB = somatório da área basal de
todas as espécies
DR = densidade relativa
Índice de Valor de IVI = (FR + DR + DoR)
FR = freqüência relativa
Importância 3
DoR = dominância relativa
Índice de Valor de IVC = (DR + DoR) DR = densidade relativa
Cobertura 2 DoR = dominância relativa

Resultados

Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração

Unidades amostrais
As localizações das unidades amostrais podem ser verificadas no quadro
abaixo.

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Quadro 6 – Localização do eixo central das parcelas alocadas na área do


projeto.
Inicial Final
Parcela
Lat Long Lat Long
1 749581.00 7842159.00 749599.00 7842136.00
2 749545.00 7842167.00 749538.00 7842197.00
3 749350.00 7842005.00 749329.00 7842026.00

Florística
No inventário florestal realizado na FESD – I foram alocadas 3 parcelas de 10 x
30m (300m2), totalizando uma área amostral de 900 m2. Nestas foram
registradas 14 espécies botânicas, pertencentes a 11 famílias (Quadro 7). A
família que apresentou o maior número de espécies foi a Fabaceae com 4
espécies, as demais famílias apresentaram somente uma espécie cada.

Quadro 7- Lista das espécies registradas no inventário florestal realizado


na área de FESD I presente no Projeto.
Família Nome Científico Nome Vulgar
Bignoniaceae Sparattosperma leucanthum Folha branca, ipê verde
Cannabaceae Trema micrantha Crindiúba
Euphorbiaceae Cnidoscolus urens Urtiga
Fabaceae Acacia sp.1 Espinheiro
Fabaceae Platycyamus regnelii Pau pereira
Fabaceae Mimosa sp.1 Espinheiro
Fabaceae Piptadenia gonoacantha Pau jacaré
Lamiaceae Aegiphila integrifólia Tamanqueira, papagaio
Meliaceae Guarea guidonia Taúva, marinheiro
Moraceae Maclura tinctoria Moreira
Myrtaceae Psidium guajava Goiabeira
Phytolaccaceae Gallesia integrifólia Pau de alho
Solanaceae Solanum cernuum Braço de preguiça
Urticaceae Cecropia glaziovii Embaúba

Estrutura Horizontal
Nas três parcelas alocadas foram mensurados 37 indivíduos que se perfilaram
em 47 troncos ou fustes, apresentando uma área basal de 1,8298 m 2. As 7
espécies que apresentaram o maior valor de importância (VI) foram: folha
branca (Sparattosperma leucanthum), seguidas por espinheiro (Acacia sp.1) e
(Mimosa sp.1), Moreira (Maclura tinctoria), pau jacaré (Pipytadenia

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gonoacantha), taúva (Guarea guidonea) e pau pereira (Platycyamus regnelii)


(Tabela 4).

Tabela 4 – Estrutura Horizontal do Inventário Florestal realizado na áreea


de FESD-I presente no Projeto.
Nome Científico N U AB DA DR FA FR DoA DoR VI VI (%)
Sparattosperma
6 1 0,3689 66,667 16,22 33,33 5,56 4,099 20,16 41,932 13,98
leucanthum
Acacia sp.1 8 2 0,1346 88,889 21,62 66,67 11,11 1,495 7,36 40,088 13,36
Mimosa sp. 1 2 2 0,4074 22,222 5,41 66,67 11,11 4,527 22,26 38,781 12,93
Maclura tinctoria 7 2 0,0177 77,778 18,92 66,67 11,11 0,197 0,97 30,999 10,33
Piptadenia
1 1 0,3312 11,111 2,7 33,33 5,56 3,68 18,1 26,361 8,79
gonoacantha
Guarea guidonia 2 1 0,2389 22,222 5,41 33,33 5,56 2,654 13,06 24,016 8,01
Platycyamus regnelii 1 1 0,288 11,111 2,7 33,33 5,56 3,2 15,74 23,999 8
Trema micrantha 4 2 0,0132 44,444 10,81 66,67 11,11 0,147 0,72 22,645 7,55
Cecropia glaziovii 1 1 0,0154 11,111 2,7 33,33 5,56 0,171 0,84 9,101 3,03
Psidium guajava 1 1 0,0042 11,111 2,7 33,33 5,56 0,047 0,23 8,488 2,83
Aegiphila integrifólia 1 1 0,0038 11,111 2,7 33,33 5,56 0,043 0,21 8,469 2,82
Solanum cernuum 1 1 0,002 11,111 2,7 33,33 5,56 0,023 0,11 8,369 2,79
Gallesia integrifólia 1 1 0,002 11,111 2,7 33,33 5,56 0,022 0,11 8,367 2,79
Cnidoscolus urens 1 1 0,0023 11,111 2,7 33,33 5,56 0,026 0,13 8,384 2,79
Total 37 3 1,8298 411,111 100 600 100 20,331 100 300 100

Estrutura Diamétrica
Os resultados das distribuições de número de troncos (total e por hectare),
área basal (total e por hectare) e volume t (total e por hectare), por classe de
diâmetro da FESD-I encontra-se na tabela 5, enquanto a estrutura diamétrica
por espécie e por classe de diâmetro é apresentada na tabela 6. Neste caso,
foram utilizados o número de fustes ou troncos mensurados ao invés do
número de indivíduos, com o objetivo de representar de forma mais precisa a
distribuição dos diâmetros no interior desta tipologia vegetal.

A análise da distribuição de volume estimado por classe de diâmetro no


universo amostral considerado mostra que a menor classe de diâmetro (7,5)
apresenta o maior número de indivíduos porem baixo volume de madeira, já as
maiores classes de diâmetro (37,2 em diante) apresentaram o menor número
de indivíduos, porém um grande volume de madeira. Importante reiterar que o

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planejamento da destinação da lenha deverá ser definido antes do início do


desmate a fim de planejar a retirada e o transporte do material produzido.

A área basal total apresentada pelo inventário florestal foi de 1,8298 m2, já o
volume total apresentado foi de 11,9157 m 3 de madeira, já por hectare foi de
132,3963 m3 de madeira.

Tabela 5 – Estrutura diamétrica encontrada na amostragem da área de


FESD I presente no Projeto.
Classe N AB VT DA DoA VT/ha
7,5 28 0,0911 0,3228 311,111 1,012 3,5871
12,5 1 0,0154 0,0877 11,111 0,171 0,9749
17,5 3 0,0674 0,3163 33,333 0,749 3,5144
22,5 2 0,0842 0,6482 22,222 0,935 7,2024
27,5 3 0,1567 0,9337 33,333 1,742 10,3746
32,5 1 0,086 0,6918 11,111 0,956 7,6868
37,5 4 0,4527 2,8538 44,444 5,03 31,7088
42,5 1 0,1366 1,1879 11,111 1,517 13,1988
47,5 3 0,523 3,4109 33,333 5,811 37,8984
52,5 1 0,2166 1,4625 11,111 2,407 16,2501
Total 47 1,8298 11,9157 522,222 20,331 132,3963

Pode ser observado nos gráficos a seguir a distribuição dos troncos, nos quais
o maior número de troncos se encontra nas menores classes de diâmetro.
Observando a distribuição dos troncos pode ser constatado que foram poucos
indivíduos de grande porte (gráfico 4). Os maiores estoques de área basal (m2)
e volume total (m3) se concentram nas maiores classes de diâmetros, como
podem ser observados nos gráficos 5 e 6.

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Gráfico 4 – Distribuição de número de troncos por classe de diâmetro.

Gráfico 5 – Distribuição da área basal por classe de diâmetro.

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Gráfico 6 – Distribuição do volume total por classe de diâmetro.

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Tabela 6 - Distribuição diamétrica por espécie presente na área de FESD-I do Projeto.

Nome Científico Parâmetro 7,5 12,5 17,5 22,5 27,5 32,5 37,5 42,5 47,5 52,5 Total
Sparattosperma leucanthum N 5 0 1 1 1 1 0 1 0 0 10
AB 0,022 0 0,025 0,0484 0,0509 0,086 0 0,1366 0 0 0,3689
VT 0,0952 0 0,1411 0,4566 0,442 0,6918 0 1,1879 0 0 3,0146
Mimosa sp. N 0 0 1 0 2 0 1 0 1 0 5
AB 0 0 0,0183 0 0,1058 0 0,1089 0 0,1743 0 0,4074
VT 0 0 0,0633 0 0,4917 0 0,5267 0 0,7869 0 1,8686
Acacia sp.1 N 7 0 0 0 0 0 1 0 0 0 8
AB 0,0238 0 0 0 0 0 0,1108 0 0 0 0,1346
VT 0,0615 0 0 0 0 0 0,3819 0 0 0 0,4433
Piptadenia gonoacantha N 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 2
AB 0 0 0 0 0 0 0,1146 0 0 0,2166 0,3312
VT 0 0 0 0 0 0 0,7475 0 0 1,4625 2,21
Maclura tinctoria N 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7
AB 0,0177 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0177
VT 0,0579 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0579
Platycyamus regnelii N 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2
AB 0 0 0 0 0 0 0,1184 0 0,1696 0 0,288
VT 0 0 0 0 0 0 1,1977 0 1,6276 0 2,8253
Guarea guidonia N 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 3
AB 0 0 0,0241 0,0357 0 0 0 0 0,1791 0 0,2389
VT 0 0 0,1119 0,1916 0 0 0 0 0,9964 0 1,2999
Trema micrantha N 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4
AB 0,0132 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0132
VT 0,049 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,049

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Cecropia glaziovii N 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
AB 0 0,0154 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0154
VT 0 0,0877 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0877
Psidium guajava N 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
AB 0,0042 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0042
VT 0,0146 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0146
Aegiphila integrifolia N 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
AB 0,0038 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0038
VT 0,0234 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0234
Cnidoscolus urens N 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
AB 0,0023 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0023
VT 0,0067 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0067
Solanum cernuum N 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
AB 0,002 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,002
VT 0,0069 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0069
Gallesia integrifolia N 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
AB 0,002 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,002
VT 0,0077 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0077
Total N 28 1 3 2 3 1 4 1 3 1 47
AB 0,0911 0,0154 0,0674 0,0842 0,1567 0,086 0,4527 0,1366 0,523 0,2166 1,8298
VT 0,3228 0,0877 0,3163 0,6482 0,9337 0,6918 2,8538 1,1879 3,4109 1,4625 11,9157

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Árvores Isoladas
Unidades amostrais
A localização dos indivíduos arbóreos mensurados 100% no censo.

Florística
No inventário 100% realizado nas áreas de pastagem, assim como o pomar
foram registrados 31 espécies botânicas, pertencentes a 17 famílias. As
famílias que apresentaram a maior diversidade de species foram a Fabaceae
com 10 espécies, seguidas por Apocynaceae, Bignoniaceae, Malvaceae,
Meliaceae e Moraceae com duas espéies cada, as demais famílias
apresentaram somente uma espécie cada.

Em relação às espécies protegidas por lei, a espécie Handroanthus serratifolius


(Ipê amarelo) é classificados como de preservação permanente, de interesse
comum e imune de corte, no Estado de Minas Gerais (Lei Estadual nº
20.308/2012).

Quadro 8 – Lista florística registrada no inventário florestal 100%


realizado nas areas de pastagem e pomar presente no Projeto.
Família Nome Científico Nome Vulgar
Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Aroeira vermelha, pimenteira
Apocynaceae Tabernaemontana hystrix Leiteira, gancheira
Apocynaceae Aspidosperma parvifolium Guatambú
Arecaceae Syagrus romanzoffiana Jerivá, coco babão
Bignoniaceae Sparattosperma leucanthum Folha branca, ipê verde
Bignoniaceae Handroanthus serratifolius Ipê amarelo
Boraginaceae Cordia sellowiana Louro mole
Cactaceae Cereus jamacaru Mandacarú
Combretaceae Combretaceae -
Euphorbiaceae Joannesia princeps Cutieira, boleira
Fabaceae Andira sp. Angelim
Fabaceae Cassia ferruginea Chuva de ouro

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Fabaceae Piptadenia gonoacantha Pau jacaré


Fabaceae Anadenanthera peregrina Angico
Fabaceae Apuleia leiocarpa Garapa, amarelão
Fabaceae Senna multijuga Pau cigarra
Fabaceae Poincianella pluviosa Sibipiruna
Fabaceae Swartizia sp. Grão de bode
Fabaceae Erythrina verna Mulungu
Fabaceae Mimosa sp. Espinheiro
Lamiaceae Aegiphila integrifolia Tamanqueira, papagaio
Lecythidaceae Cariniana estrellensis Jequitibá
Malvaceae Ceiba speciosa Paineira, barriguda
Malvaceae Guazuma ulmifolia Mutamba
Meliaceae Guarea guidonia Taúva, marinheiro
Meliaceae Trichilia pallida Catigua, Baga de morcego
Moraceae Maclura tinctoria Moreira
Moraceae Ficus obtusiuscula Figueira
Phytolaccaceae Gallesia integrifolia Pau de alho
Rubiaceae Genipa americana Genipapo
Urticaceae Cecropia pachystachya Embaúba branca

Estrutura horizontal
Nas Áreas de pastagem e pomar forma mensurados 94 indivíduos que se
perfilaram em 124 troncos ou fustes, apresentando uma area basal de 16,2211
m2. As dez espécies que apresentaram o maior valor de importância (VI) foram:
taúva (Guarea guidonea), seguidas por folha branca (Sparattosperma
leucanthum), figueira (Ficus obtusiuscula), espinheiro (Mimosa sp.1), sibipiruna
(Poincianella pluviosa), tamanqueira (Aegiphila integrifolia), Combretaceae, pau
jacaré (Piptadenia gonoacantha), jequitibá (Cariniana estrellensis) e o mulungu
(Erythrina verna) (tabela 7).

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Tabela 7 – Estrutura Horizontal do inventáriio florestal 100% realizado nas


areas de pastagem e pomar presente no Projeto.
Nome Científico N AB DA DR DoA DoR VI VI (%)
Guarea guidonia 13 4,0654 1,585 13,83 0,496 25,06 42,118 14,04
Sparattosperma leucanthum 11 1,2287 1,341 11,7 0,15 7,57 22,503 7,5
Ficus obtusiuscula 3 2,3626 0,366 3,19 0,288 14,57 20,982 6,99
Mimosa sp.1 8 0,8698 0,976 8,51 0,106 5,36 17,099 5,7
Poincianella pluviosa 4 1,2603 0,488 4,26 0,154 7,77 15,251 5,08
Aegiphila integrifolia 8 0,2617 0,976 8,51 0,032 1,61 13,35 4,45
Combretaceae 5 0,7157 0,61 5,32 0,087 4,41 12,957 4,32
Piptadenia gonoacantha 5 0,436 0,61 5,32 0,053 2,69 11,233 3,74
Cariniana estrellensis 1 1,0893 0,122 1,06 0,133 6,72 11,005 3,67
Erythrina verna 4 0,3632 0,488 4,26 0,044 2,24 9,72 3,24
Joannesia princeps 3 0,356 0,366 3,19 0,043 2,19 8,612 2,87
Andira sp. 3 0,2736 0,366 3,19 0,033 1,69 8,104 2,7
Anadenanthera peregrina 1 0,6019 0,122 1,06 0,073 3,71 8 2,67
Cecropia pachystachya 3 0,0989 0,366 3,19 0,012 0,61 7,027 2,34
Cassia ferruginea 2 0,2241 0,244 2,13 0,027 1,38 6,735 2,25
Gallesia integrifolia 1 0,3984 0,122 1,06 0,049 2,46 6,746 2,25
Apuleia leiocarpa 2 0,1708 0,244 2,13 0,021 1,05 6,406 2,14
Ceiba speciosa 1 0,312 0,122 1,06 0,038 1,92 6,213 2,07
Senna multijuga 2 0,1363 0,244 2,13 0,017 0,84 6,194 2,06
Genipa americana 2 0,0793 0,244 2,13 0,01 0,49 5,842 1,95
Tabernaemontana hystrix 2 0,06 0,244 2,13 0,007 0,37 5,723 1,91
Trichilia pallida 1 0,1887 0,122 1,06 0,023 1,16 5,453 1,82
Schinus terebinthifolius 1 0,1429 0,122 1,06 0,017 0,88 5,17 1,72
Aspidosperma parvifolium 1 0,1224 0,122 1,06 0,015 0,75 5,044 1,68
Cordia sellowiana 1 0,098 0,122 1,06 0,012 0,6 4,894 1,63
Handroanthus serratifolius 1 0,0718 0,122 1,06 0,009 0,44 4,732 1,58
Maclura tinctoria 1 0,0616 0,122 1,06 0,008 0,38 4,669 1,56
Swartizia sp. 1 0,0562 0,122 1,06 0,007 0,35 4,636 1,55

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Syagrus romanzoffiana 1 0,0484 0,122 1,06 0,006 0,3 4,588 1,53


Guazuma ulmifolia 1 0,0447 0,122 1,06 0,005 0,28 4,566 1,52
Cereus jamacaru 1 0,0224 0,122 1,06 0,003 0,14 4,428 1,48
94 16,2211 11,463 100 1,978 100 300 100

Estrutura diamétrica
Os resultados das distribuições de número de troncos (total), área basal (total)
e volume (total, por classe de diâmetro encontram-se na tabela 8, enquanto a
estrutura diamétrica por espécie e por classe de diâmetro é apresentado na
tabela 9. Neste caso, foram utilizados o número de fustes ou troncos
mensurados ao invés do número de indivíduos, com o objetivo de representar
de forma mais precisa a distribuição dos diâmetros no interior desta tipologia
vegetal.

A análise da distribuição de volume estimado por classe de diâmetro no


universo amostral considerado mostra que as classes diamétricas
intermediárias (27,5 a 52,5) apresentaram o maior número de indivíduos e o
maior volume de madeira. Importante reiterar que o planejamento da
destinação da lenha deverá ser definido antes do início do desmate a fim de
planejar a retirada e o transporte do material produzido.

A área basal total apresentada pelo inventário florestal foi de 16,2211 m2, já o
volume total apresentado foi de 120,7525 m3 de madeira, já por hectare foi de
132,3963 m3 de madeira.

Tabela 8 - Estrutura diamétrica encontrada na amostragem da área de


pastagem e pomar presente no Projeto.
Classe N AB VT Classe N AB VT
7,5 9 0,0456 0,1975 72,5 0 0 0
12,5 13 0,1645 0,8342 77,5 2 0,9443 7,1575
17,5 8 0,2065 1,1778 82,5 0 0 0
22,5 8 0,3367 1,6218 87,5 4 2,4164 21,8443
27,5 19 1,0967 6,8242 92,5 0 0 0

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32,5 14 1,1201 8,0882 97,5 1 0,7161 2,0255


37,5 19 2,0391 14,4973 102,5 0 0 0
42,5 9 1,2646 6,9998 107,5 0 0 0
47,5 6 1,028 8,3458 112,5 0 0 0
52,5 5 1,0731 7,4586 117,5 1 1,0893 17,3524
57,5 2 0,5302 3,9183 122,5 1 1,1491 6,8181
62,5 1 0,312 1,0697 Total 124 16,2211 120,7525
67,5 2 0,6886 4,5215

Pode ser observado nos gráficos a seguir a distribuição dos troncos, nos quais
o maior número de troncos se encontra nas menores classes de diâmetro
observando a distribuição dos troncos pode ser constatado que foram poucos
indivíduos de grande porte (gráfico 7). Os maiores estoques de área basal (m2)
e volume total (m3) se concentram nas classes intermediárias de diâmetros,
como pode ser observado nos gráficos 8 e 9.

Gráfico 7 – Distribuição do número de troncos por classe de diâmetro.

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Gráfico 8 – Distribuição da área basal por classe de diâmetro.

Gráfico 9 – Distribuição do volume total de madeira por classe de


diâmetro.

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Tabela 9 – Distribuição diamétrica por espécie presente na area de Pastagem e Pomar presente no Projeto.
Nome Científico Parâmetro 7,5 12,5 17,5 22,5 27,5 32,5 37,5 42,5 47,5 52,5 57,5 62,5 67,5 72,5 77,5 82,5 87,5 92,5 97,5 102,5 107,5 112,5 117,5 122,5 Total

Guarea guidonia N 0 1 0 0 4 1 4 3 1 1 1 0 0 0 1 0 3 0 0 0 0 0 0 0 20

AB 0 0,0134 0 0 0,2278 0,0733 0,4347 0,4105 0,1605 0,2114 0,2724 0 0 0 0,447 0 1,8145 0 0 0 0 0 0 0 4,0654

VT 0 0,0346 0 0 1,5271 0,4651 3,1059 2,3156 1,4573 1,6068 2,2894 0 0 0 4,1842 0 12,0449 0 0 0 0 0 0 0 29,0311

Sparattosperma
leucanthum N 0 2 1 1 2 4 3 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15

AB 0 0,0236 0,025 0,0379 0,1232 0,3347 0,3179 0 0,1627 0,2037 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,2287

VT 0 0,1435 0,1674 0,2645 0,926 2,1907 2,146 0 1,9643 2,259 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10,0614

Mimosa sp. N 2 1 3 3 2 0 2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15

AB 0,0104 0,0161 0,0742 0,116 0,1058 0 0,2144 0,1538 0,1791 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,8698

VT 0,0348 0,0623 0,3266 0,4312 0,4063 0 0,997 0,5447 0,9481 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3,751

Ficus obtusiuscula N 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 3

AB 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,4974 0 0 0 0,7161 0 0 0 0 1,1491 2,3626

VT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2,9733 0 0 0 2,0255 0 0 0 0 6,8181 11,8169

Poincianella
pluviosa N 0 0 0 0 0 1 3 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7

AB 0 0 0 0 0 0,0796 0,3179 0 0,1743 0 0 0 0,6886 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,2603

VT 0 0 0 0 0 0,5474 2,1448 0 1,3629 0 0 0 4,5215 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8,5767

Combretaceae N 2 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7

AB 0,0085 0 0 0,0413 0,0673 0 0,1108 0 0 0,2299 0,2579 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,7157

VT 0,0339 0 0 0,2033 0,3089 0 0,3819 0 0 0,8813 1,6288 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3,4381

Aegiphila
integrifolia N 5 2 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10

AB 0,0267 0,0244 0 0 0,0535 0,1571 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,2617

VT 0,1288 0,1567 0 0 0,3726 1,1881 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,8461

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Piptadenia
gonoacantha N 0 2 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6

AB 0 0,0276 0 0 0,0509 0,0877 0,1071 0 0,1627 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,436

VT 0 0,1594 0 0 0,212 0,595 0,4292 0 1,5712 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2,9668

Cariniana
estrellensis N 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

AB 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,0893 0 1,0893

VT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17,3524 0 17,3524

Erythrina verna N 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4

AB 0 0 0 0,0484 0 0,0718 0,1146 0,1284 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,3632

VT 0 0 0 0,1884 0 0,4126 0,6477 0,9735 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2,2222

Andira sp. N 0 0 1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4

AB 0 0 0,0287 0 0,0575 0,0894 0,098 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,2736

VT 0 0 0,2085 0 0,3779 0,799 1,3393 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2,7247

Gallesia
integrifolia N 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3

AB 0 0 0,0258 0 0 0 0 0,1559 0 0,2166 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,3984

VT 0 0 0,1364 0 0 0 0 0,8425 0 1,9443 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2,9231

Joannesia princeps N 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3

AB 0 0 0 0 0 0,0828 0 0,2732 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,356

VT 0 0 0 0 0 0,5158 0 1,7364 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2,2522

Anadenanthera
peregrina N 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,6019 0 0 0 0 0 0 0 0,6019

VT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9,7994 0 0 0 0 0 0 0 9,7994

Cecropia
pachystachya N 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3

AB 0 0,014 0,0232 0 0,0616 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0989

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VT 0 0,0758 0,1657 0 0,4401 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,6816

Cassia ferruginea N 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

AB 0 0,0127 0 0 0 0 0 0 0 0,2114 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,2241

VT 0 0,0794 0 0 0 0 0 0 0 0,7672 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,8466

Ceiba speciosa N 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,312 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,312

VT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,0697 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,0697

Apuleia leiocarpa N 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

AB 0 0 0 0 0,0673 0 0,1034 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1708

VT 0 0 0 0 0,6944 0 1,133 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,8274

Senna multijuga N 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

AB 0 0 0 0 0,0645 0,0718 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1363

VT 0 0 0 0 0,6258 0,7816 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,4074

Genipa americana N 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

AB 0 0 0,0296 0 0,0497 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0793

VT 0 0 0,1733 0 0,2383 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,4116

Tabernaemontana
hystrix N 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

AB 0 0,0103 0 0 0,0497 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,06

VT 0 0,0313 0 0 0,1925 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,2239

Trichilia pallida N 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1887 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1887

VT 0 0 0 0 0 0 0 0 1,0421 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,0421

Cereus jamacaru N 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

AB 0 0,0224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0224

VT 0 0,0913 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0913

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Schinus
terebinthifolius N 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0 0 0 0 0,1429 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1429

VT 0 0 0 0 0 0 0 0,587 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,587

Aspidosperma
parvifolium N 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0 0 0 0,1224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1224

VT 0 0 0 0 0 0 0,898 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,898

Cordia sellowiana N 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0 0 0 0,098 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,098

VT 0 0 0 0 0 0 1,2744 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,2744

Handroanthus
serratifolius N 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0 0 0,0718 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0718

VT 0 0 0 0 0 0,5929 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,5929

Maclura tinctoria N 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0 0,0616 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0616

VT 0 0 0 0 0,305 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,305

Swartizia sp. N 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0 0,0562 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0562

VT 0 0 0 0 0,1972 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1972

Syagrus
romanzoffiana N 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0,0484 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0484

VT 0 0 0 0,3583 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,3583

Guazuma ulmifolia N 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

AB 0 0 0 0,0447 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0447

125

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VT 0 0 0 0,1761 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1761

N 9 13 8 8 19 14 19 9 6 5 2 1 2 0 2 0 4 0 1 0 0 0 1 1 124

AB 0,0456 0,1645 0,2065 0,3367 1,0967 1,1201 2,0391 1,2646 1,028 1,0731 0,5302 0,312 0,6886 0 0,9443 0 2,4164 0 0,7161 0 0 0 1,0893 1,1491 16,2211

VT 0,1975 0,8342 1,1778 1,6218 6,8242 8,0882 14,4973 6,9998 8,3458 7,4586 3,9183 1,0697 4,5215 0 7,1575 0 21,8443 0 2,0255 0 0 0 17,3524 6,8181 120,7525

N 0,2903 0,4194 0,2581 0,2581 0,6129 0,4516 0,6129 0,2903 0,1935 0,1613 0,0645 0,0323 0,0645 0 0,0645 0 0,129 0 0,0323 0 0 0 0,0323 0,0323 4

AB 0,0015 0,0053 0,0067 0,0109 0,0354 0,0361 0,0658 0,0408 0,0332 0,0346 0,0171 0,0101 0,0222 0 0,0305 0 0,0779 0 0,0231 0 0 0 0,0351 0,0371 0,5233

VT 0,0064 0,0269 0,038 0,0523 0,2201 0,2609 0,4677 0,2258 0,2692 0,2406 0,1264 0,0345 0,1459 0 0,2309 0 0,7047 0 0,0653 0 0 0 0,5598 0,2199 3,8952

N 1,0064 0,7199 0,6308 0,6308 0,8823 0,85 1,0544 0,6925 0,4016 0,3739 0,2497 0,1796 0,3592 0 0,2497 0 0,5623 0 0,1796 0 0 0 0,1796 0,1796 4,8028

AB 0,0052 0,009 0,016 0,0256 0,0507 0,0698 0,1132 0,096 0,069 0,0803 0,0662 0,056 0,1237 0 0,1181 0 0,3399 0 0,1286 0 0 0 0,1956 0,2064 0,8287

VT 0,0243 0,0498 0,0836 0,1165 0,3449 0,4833 0,8026 0,5506 0,5787 0,6065 0,4966 0,1921 0,8121 0 0,9073 0 2,743 0 0,3638 0 0 0 3,1166 1,2246 6,2195

126

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5.5. Áreas de Projeto


A Operação Urbana Consorciada terá as seguintes áreas:

Figura 67 - Quadro de Áreas- OUC.


LUCAS QUADROS

Figura 68 - Gleba Lucas Quadros Silva.

127

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O terreno de propriedade do Sr. Lucas Quadros, CPF nº 053.321.306-19, ocupa


uma área total de 98.763,87m² (9,876 ha), sendo 31.457,41m² desta área
destinada para preservação de áreas verdes remanescentes, e 65.725,32m² para
implantação dos 41 lotes previstos no projeto urbanístico.

EMPREENDIMENTO NOVO RENO

Figura 69 - Gleba Empreendimentos Novo Reno.

O terreno de propriedade do Empreendimentos Novo Reno, CNPJ nº


17.107.673/0001-48, ocupa uma área total de 397.035,26m² (39,7 ha), sendo
203.43069m² desta área destinada para preservação de áreas verdes
remanescentes, e 193.604,57m² para implantação dos 36 lotes previstos no
projeto urbanístico.

128

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RESIDENCIAL NOVO RENO E PARQUE INDUSTRIAL NOVO RENO

Figura 70 - Glebas Residencial Novo Reno e Parque Industrial Novo Reno.

As áreas do bairro Residencial Novo Reno e os lotes do Parque Industrial Novo


Reno inseridos no perímetro da operação urbana, de propriedade de
Empreendimentos Novo Reno Ltda., CNPJ nº 17.107.673/0001-48, ocupam uma
área total de 62.825,33 m² (6,2825 ha), sendo 58.305,33 m² inseridos no bairro
Residencial Novo Reno resultante de parcelamento irregular e 4.320 m²
pertencentes a quatro lotes do parcelamento aprovado do Parque Industrial Novo
Reno, porém desmembrados em lotes menores e com edificações residenciais já
construídas.

129

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Gleba A

Figura 71 - Gleba A.

O terreno da propriedade de Gleba A, ocupa uma área total de 120.463,00 m²


(12,463 ha), sendo 58.190,77 m² desta área destinada para preservação de áreas
verdes remanescentes, 24.012,25 m² para uso público institucional destinado a
parque urbano, 3.163,22 m² destinados à habitação de interesse social e
28.205,52 m² para implantação dos 30 lotes.

130

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Gleba B

Figura 72 - Gleba B.

A gleba B ocupa uma área total de 130.126,60 m² (13,0126 ha), sendo 87.434,17
m² desta área destinada para preservação de áreas verdes remanescentes,
3.220,42 m² para uso público institucional, 2.167,96 m² destinados à habitação de
interesse social e 25.621,50 m² para implantação dos 80 lotes previstos no projeto
urbanístico.

131

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Gleba C

Figura 73 - Gleba C.

A gleba C ocupa uma área total de 41.000,00 m² (4,1 ha), sendo 27.293,84 m²
desta área destinada para preservação de áreas verdes remanescentes, 2.842,60
m² para uso público institucional e 10.863,56 m² para implantação dos 30 lotes
previstos no projeto urbanístico.

132

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JANE LINHARES

Figura 74 - Gleba Jane Linhares.

O terreno da propriedade da Sra. Jane Linhares, CPF nº 032.270.266-60, ocupa


uma área total de 25.815,00 m² (2,5815 ha), sendo que esta área não será objeto
de parcelamento.

De acordo com o mapa do zoneamento municipal, este terreno está inserido em


zona rural e não será objeto de qualquer modificação no projeto da OUC
MAANAIM, mas poderá futuramente ser parcelada, em caso de adesão do
proprietário do imóvel à OUC.

133

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BARROS E ALMEIDA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.

Figura 75 - Gleba Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda.

O terreno da Fazenda Bom Jesus, com área de 105,7190 hectares, registrada no


Cartório de Registro de Imóveis de Coronel Fabriciano/MG, propriedade da
empresa Barros e Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda., inscrita sob o
CNPJ n° 01.550.999/0001-05 passará futuramente por processo de regularização
para parcelamento de solo urbano.

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TEMPO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.

Figura 76 - Gleba Tempo Empreendimentos Imobiliários Ltda.

O terreno da Fazenda Bom Jesus, com área de 245.101,00 m2, registrada no


Cartório de Registro de Imóveis de Coronel Fabriciano/MG, propriedade da
empresa Tempo Empreendimentos Imobiliários Ltda., inscrita sob CNPJ nº
02.799.558/0001-04, passará futuramente por processo de regularização para
parcelamento de solo urbano.

5.5.1. Descrição das atividades

A Operação Urbana Consorciada Av. Maanaim emplementará áreas de uso misto


e institucionais. A abertura do Empreendimento será dividida em 2 etapas, sendo
a primeira cerca de 3 anos para aprovação dos projetos (incluindo as áreas
adensadas que fazem parte da Fazenda Bom Jesus) e a segunda com o início da
ocupação que pela estimativa dos empreendedores seria entorno de 20 anos.
Logo, teríamos a ocupação em 100% em Janeiro de 2043.

135

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6.0 ESTUDO DE TRÁFEGO

O estudo de tráfego tem como objetivo avaliar os impactos causados ao trafego


urbano do Município de Coronel Fabriciano em função do empreendimento. Este
estudo foi desenvolvido com base na literatura disponibilizada pelo Departamento
Nacional de Trânsito – DENATRAN (Roteiro para Estudo de Tráfego).

6.1. Estimativa de viagens geradas no Tráfego pelos Empreendimentos, sem levar


em consideração as áreas de adensamento do Fazenda Bom Jesus que serão
analisadas em momento oportuno neste estudo.

Os itens seguintes demonstram o volume de tráfego gerado pela parte Residencial


e Comercial dos empreendimentos:
1. Residencial;
2. Lojas comerciais (área comercial).

A seguir são apresentados separadamente os cálculos de geração de viagens de


cada um.

6.1. Geração do Tráfego Residencial

Para estimativa das viagens geradas pelas futuras residências foi utilizado o livro:
“Polos Geradores de Viagens Orientados A Qualidade de Vida e Ambiental:
Modelos e Taxas de Geração de Viagens” (Licínio da Silva Portugal, 2012).
O modelo utilizado foi desenvolvido pelo Institute of Transportation Engneers (ITE
– 2008) e tem como tipologia Casas Unifamiliares e especificamente de viagens
geradas por automóveis, estes que estão apresentados na figura abaixo e foram
obtidos para hora pico manhã ou tarde dos residenciais.

136

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Figura 77 - Modelo de geração de viagens para casas unifamiliares.

Tendo os empreendimentos 366.635,64 m² (90,60 Acres) de área residencial e


aplicando-se os percentuais de atração e produção como 50% para cada, têm-se
as tabelas abaixo.
Os modelos obtidos são para hora pico manhã dos residentes, mas este será
considerado também para hora pico tarde.

Tabela 10 - Geração de Viagens Hora Pico Manhã ou tarde.

Por fim apresenta-se abaixo a Geração de Viagens em UVP/h, que se levou em


consideração somente Autos (1).

137

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Tabela 11 - Geração de viagens Residenciais (UVP/h) Manhã ou Tarde.

Geração Lojas Comerciais (área comercial)

Para estimativa das viagens geradas das lojas comerciais foi utilizado o modelo
desenvolvido pela CET/SP de 1983 dada pela equação abaixo:
𝑉𝑉=1,79𝑁𝑁𝐹𝐹𝐶𝐶−18,85

Onde:
V = Número de viagens atraídas na hora-pico;
NFC = Número de funcionários da área comercial;

Ainda de acordo com a CET o número de funcionários é dado pela equação


abaixo que considerou o valor médio em relação a área construída (AC):


Deste modo, considerando a área comercial da OUC Av. Maanaim como
20.464,34 m² o número médio de funcionários será de 308 funcionários.
Logo, para hora pico tem-se o total de 533 viagens atraídas.

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Assim, a favor da segurança, estas viagens serão alocadas no sistema viário


considerando todas efetuadas por automóveis e sendo como produzidas, já que a
análise será realizada para o pico tarde e próximo do fim do horário comercial.
Logo, nessas circunstâncias a geração de viagens por autos deste
empreendimento será dada conforme tabela abaixo.

Tabela 12 – Geração de Viagens Pico Tarde.

Geração de Viagens: Residências + Lojas comerciais (área comercial)

Somando então as duas tipologias de perfis Residencial/Comercial propostas para


os empreendimentos, ter-se-á como geração de viagens de autos para os picos da
tarde os valores demonstrados na tabela seguinte.

Tabela 13 - Geração de viagens UVP/hora Residencial/Comercial - Pico


manhã ou tarde.

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6.2. Acessibilidade a OUC Av. Maanaim

6.2.1 Microacessibilidade

A área da OUC Av. Maanaim terá o acesso pelas seguintes vias:


 Av. Maanaim: Esta via já possui uma infraestrutura pronta, onde pode ser
considerada como Coletora e fará ligação aos Bairros Caldinho e Silvio Pereira II;

 Av. 2: Esta via pode ser considerada como secundária e classificada como
local, não possui uma infraestrutura boa e fará ligação ao B. Residencial Novo
Reno.

Para sair da área da OUC e acessar os principais pontos da região, haverá duas
vias para tal situação, sendo:

 Av. Pres. Tancredo de Almeida Neves: Esta via é classificada como Arterial e
pode ser considerada a principal avenida do município, pois é nesta que possui os
principais Polos Geradores de Viagens e é a principal rota de chegada/saída do
município;

 Rua 19: Via que deixa de ser Av. Maanaim e passa a ser chamada como Rua
19, esta já faz parte do B. Silvio Pereira II e pode ser considerada como
coletora.

A figura abaixo apresenta todas estas vias mencionadas para os acessos


imediatos dos veículos e pedestres.

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Figura 78 - Microacessibilidade.

6.2.2. Macroacessibilidade

São apresentadas a seguir as rotas de chegada e saída previstas para os veículos


leves, as linhas de ônibus disponíveis para a OUC Av. Maanaim.

A macroacessibilidade foi dividida em: Veículos leves, transporte coletivo e


pedestre.

Veículos Leves

A Figura 79 apresenta 3 rotas de chegada e 3 rotas de saída prevista para a Av.


Maanaim (principal via da OUC Av. Maanaim) e 2 rotas de chegada e 2 rotas de
saída prevista para a Av. 2 (via secundária da OUC Av. Maanaim), considerando
os principais corredores (vias) de acesso do município e regiões e bairros
vizinhos.

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Figura 79 - Rotas de chegadas pela Av. Maanaim.

Quadro 9 - Descrição das rotas de chegada pela Av. Maanaim.

De modo análogo foram traçadas as rotas de saída pela Av. Maanaim, conforme
figura 80.

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Figura 80 - Rotas de saídas pela Av. Maanaim.

Quadro 10 - Descrição das rotas de saída pela Av. Maanaim.

Já pela Av. 2 temos as seguintes rotas:

143

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Figura 81 - Rotas de chegadas pela Av. 2.

Quadro 11 - Descrição das rotas de chegada pela Av. 2

De modo análogo foram traçadas as rotas de saída pela Av. 2, conforme Figura
81.

144

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Figura 82 - Rotas de saídas pela Av. 2.

Quadro 12 - Descrição das rotas de saída pela Av. 2

A caracterização das vias das rotas dos veículos se encontra no capítulo referente
avaliação da Área de Influência Direta.

Transporte coletivo

Com base no mapeamento dos pontos de embarque e desembarque de ônibus “in


loco” foram identificadas a macroacessibilidade do transporte coletivo para a OUC
Av. Maanaim.

145

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De acordo com análise “in loco” da OUC Av. Maanaim terá acesso a 4 PED’s
conforme Figura 83.

Figura 83 - PED's.

De modo geral a Av. Pres. Tancredo Neves possui pontos de ônibus próximos aos
principais acessos da área da OUC Av. Maanaim que poderia atender aos
usuários de transporte público, mas como a extensão da Av. Maanaim é bem
considerável seria interessante analisar com o órgão de transporte e trânsito do
município a implantação de alguns PED’s neste trecho para atender os usuários
que estarão mais distantes. No entanto, é necessária uma análise bem criteriosa,
já que a via informada possui aclives bem acentuados.

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Quadro 13 - Avaliação das condições da operação dos Pontos de Embarque


e Desembarque do Transporte Coletivo

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Pedestres – Acessos aos PED’s

Para avaliar o conforto de caminhamento dos pedestres existe a tabela de


acessibilidade ao Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) da TRB,
conforme apresentado abaixo.

Tabela 14 - Parâmetro de acessibilidade de transporte público TRB

Para, este caso específico não será realizado esta avaliação, pois se trata de uma
área muito abrangente, que impossibilitaria a aplicação desta tabela. Mas, de
modo geral avaliou-se ao longo do percurso a presença de acessibilidade (rampas
conforme NBR-9050:2004), pintura de sinalização horizontal das faixas de
pedestres e de modo geral os estados da calçada fazendo assim uma avaliação
geral dos caminhamentos.

Quadro 14 – Avaliação das condições de conforto das rotas de


caminhamento dos PED’s

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6.2.3. Análise de Nível de Serviço de capacidade viária

No capítulo que se segue são apresentados os resultados obtidos das análises de


Nível de Serviço da área de influência direta da OUC Av. Maanaim.

Escolha da Interseção

Uma vez estabelecidas as rotas de chegada e saída da OUC Av. Maanaim definiu-
se a interseção que poderia ter o maior potencial de ser impactada pela geração
de viagens de veículos da OUC Av. Maanaim.

Figura 84 - Interseção selecionada para estudo.

Quadro 15 - Interseção selecionada para estudo.

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Pesquisa de contagem de veículos na interseção selecionada

É apresentada a seguir a metodologia aplicada para obtenção dos volumes de


tráfego na interseção.

Intervalo

Uma vez definido o ponto de pesquisa, foi realizada a contagem classificada de


veículos (CCV), no dia 19/09/2017 (terça-feira) no período de 18:00 às 19:00,
sendo este o principal horário e o de maior fluxo de veículos por causa da entrada
de alunos do Centro universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste/MG.

Método de contagem

Para realização da contagem de veículos foi utilizada uma prancheta convencional


com contadores analógicos.

Pesquisa CCV – Movimentos e veículos considerados

Apresenta-se a seguir os movimentos e veículos considerados.

Movimentos considerados
A Pesquisa CCV realizada pelo consultor levou em consideração os movimentos
identificados na figura seguinte da interseção.

150

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Figura 85 - Movimentos considerados – Av. Pres. Tancredo Neves com Av. Maanaim.

Veículos considerados

As análises de nível de serviço pelo método do HCM-2000 levam em


consideração dois tipos de veículos: Leves e Pesados, sendo este último
informado em %.
 São considerados LEVES: Veículos de passeio + Utilitários + 0,5
(Motocicletas) + similares + etc;
 São considerados PESADOS: Ônibus + Vans + Caminhões + Carretas +
Veículos de Carga + etc;

Para melhor entendimento, tem-se a Figura 86.

151

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Figura 86 - Cálculo de volumes de tráfego.

Resultados da pesquisa CCV – Volumes de tráfego hora pico

Tabela 15 - Volumes de tráfego – Pico Tarde.

Tendo-se os volumes de tráfego da interseção para o horário de pico tarde, foi


realizada a análise de nível de serviço. Diante disto, apresenta-se nos diagramas
da Figura 87 o volume mostrado para o pico tarde.

152

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Figura 87 – Volumes de tráfego (18:00 as 19:00) – Cenário atual (19 de setembro de 2017).

Parâmetros HCM-2.010 de nível de serviço (NS)

A Interseção não é controlada por semáforo, ou seja, compreendem os tipos de


conexões “AT-GRADE INTERSECTION – UNSIGNALIZED”, onde a sua
capacidade é calculada pelo método do Highway Capacity Manual (HCM) – TRB,
1994 conhecido como TWSC – Two-way stop-controlled.

Neste método, diferentemente do All-way Stop-Controlled (AWSC) proposto


também pela TRB em 1994, considera uma via predominantemente preferencial
(VIA PRINCIPAL), ou seja, uma das aproximações é regulamentada por placas de
“PARE” ou “DÊ A PREFERÊNCIA”, sendo que esta aproveita das brechas
existentes no fluxo principal, enquanto a outra aproximação possui fluxo livre.

153

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O Nível de Serviço deste tipo de interseção (‘Unsinalized”) é calculado em função


do total de tempo perdido em seg/veic. A Tabela 16, apresenta os critérios de
Nível de Serviço para interseções não semaforizadas (Unsignalized).

Tabela 16 - Critério de Nível de Serviço para interseções não semaforizadas –


HCM-2010.

O cálculo do atraso médio de interseções não semaforizadas são bastante


laboriosos e bastante complexos, sendo recomendado por vários autores a
utilização de softwares, neste caso foi utilizado o software Synchro, desenvolvido
pela empresa Trafficware.

Cálculo de Níveis de Serviço (NS)

Para o cálculo dos níveis de serviço considerando a metodologia HCM-2.010 foi


utilizado o software Synchro-8 desenvolvido pela empresa Trafficware.

Nível de Serviço – Cenário atual

De acordo com a metodologia especificada, a figura seguinte apresenta os dados


da análise de nível de serviço da interseção e a tabela abaixo resume o valor
encontrado.

154

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Tabela 17 - Resumo dos Níveis de Serviço cenário atual.

OBS 1: Nota-se que têm-se nível de serviço A para a interseção, porém a


aproximação da Av. Maanaim já está com nível de serviço F.

Figura 88 - Dados de Nível de Serviço – Cenário atual.

Tabela 18 - Resumo dos Níveis de Serviço cenário atual

OBS 1: Nota-se que se têm nível de serviço A para a interseção, porém a


aproximação da Av. Maanaim já está com nível de serviço F.

155

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6.2.4. Nível de Serviço – Cenário futuro SEM empreendimentos

Conforme dados dos empreendedores a previsão de abertura e início da


ocupação da OUC da Av. Maanaim deverá acontecer tão logo a OUC seja
autorizada e fim da ocupação em 100% se dará em janeiro de 2041, sendo esta a
data para análise, o que se distancia em 23,5 anos da data atual.

Para estimativa dos volumes de tráfego futuro, usou-se uma taxa de crescimento
exponencial de 2,0% ao ano utilizando-se a equação abaixo:
Volume futuro = Volume atual X (1+ taxa) tempo

Adotando-se então o tempo igual a 23,5 anos e a taxa equivalente a 0,02 os


volumes de tráfego obtidos na pesquisa foram extrapolados e estimados para o
cenário futuro sem empreendimentos em 2041. A Figura 89 apresenta o diagrama
de volume de tráfego para esta condição para a interseção.

Figura 89 – Volumes de tráfego (18:00 as 19:00) cenário futuro SEM empreendimentos 2041.

156

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Por fim, para os volumes de tráfego calculados são apresentados os resultados


dos Níveis de Serviço (NS) do cenário futuro sem empreendimentos.

Figura 90 - Dados de Nível de Serviço – Cenário futuro SEM empreendimentos.

Tabela 19 - Resumo dos Níveis de Serviço cenário futuro SEM


empreendimentos.

6.2.5. Nível de Serviço – Cenário futuro COM empreendimentos

Os volumes de tráfego do cenário futuro COM empreendimentos são formados


pela soma dos volumes de tráfego do cenário futuro sem empreendimentos mais a
alocação do tráfego proveniente da geração de viagens exclusiva dos
empreendimentos.
157

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Como visto no item anterior, os volumes de tráfego do cenário futuro sem


empreendimentos são obtidos pela extrapolação exponencial aplicando-se a taxa
de 2,0% em um período de 23,5 anos.

Já alocação do tráfego é a resultante da distribuição das viagens geradas em cada


rota de veículos previamente estabelecidas.

Desta forma, são apresentados a seguir os passos que foram seguidos para obter
a alocação do tráfego e por fim o cenário futuro com empreendimentos.

6.2.5.1. Geração de viagens

Como apresentado no capítulo 3, o volume de tráfego dos empreendimentos no


pico tarde calculado para 100% de ocupação é dado conforme tabela abaixo.

Tabela 20 - Geração de viagens UVP/hora Residencial/Comercial - Pico tarde.

6.2.5.2. Distribuição das viagens geradas

Conforme apresentado no capítulo da macroacessibilidade dos veículos, foram


propostas 3 rotas de chegada e 3 rotas de saída para a via principal e 2 rotas de
chegada e 2 rotas de saída para a via secundária, mas para esta análise será
adotada as rotas da via principal e que estão a seguir novamente mostradas.

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Figura 91 - Rotas de chegadas pela Av. Maanaim.

Quadro 16 - Descrição das rotas de chegada pela Av. Maanaim

De modo análogo foram traçadas as rotas de saída pela Av. Maanaim, conforme
Figura 92.

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Figura 92 - Rotas de saídas pela Av. Maanaim.

Quadro 17 - Descrição das rotas de saída pela Av. Maanaim

De acordo com os volumes de tráfego da interseção foram atribuídos os


percentuais de distribuição de tráfego conforme tabela abaixo:

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Tabela 21 - Percentual de distribuição das rotas de chegada/saída.

6.2.6. Alocação das viagens geradas e volume de tráfego futuro com


empreendimentos

De modo feito a distribuição das viagens, segue-se a alocação do tráfego em cada


movimento da interseção, conforme apresentado no diagrama de volume de
tráfego da Figura 93.

Figura 93 - Alocação do tráfego.

161

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Por fim, somando-se os volumes alocados da geração de viagens dos


empreendimentos com os estimados para o cenário futuro sem empreendimentos
tem-se por tanto a resultante do cenário futuro com empreendimentos que está
representado na figura 94 para a interseção.

Figura 94 - Volumes de tráfego (18:00 as 19:00) cenário futuro COM empreendimentos 2043.

Para a condição dos volumes de tráfego apresentado nos diagramas tem-se a


resultante do Nível de Serviço apresentado a seguir.

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Figura 95 - Dados de Nível de Serviço – Cenário futuro COM empreendimentos.

Tabela 22 - Resumo dos Níveis de Serviço cenário futuro COM


empreendimentos.

6.2.7. Nível de Serviço – Comparação entre cenários

Do modo como já apresentado os cálculos, apresenta-se a seguir a comparação


dos resultados dos Níveis de Serviço para os cenários avaliados.

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Tabela 23 - Comparação dos cenários avaliados.

Como pode ser visto na Tabela 23, os empreendimentos são de alto impacto para
o trânsito uma vez que aumentarão de forma significativa o atraso médio (níveis
de serviço) da interseção analisada.

A OUC Av. Maanaim avaliada é considerada de alto impacto para o sistema de


transporte e trânsito, essa hipótese foi confirmada a partir da análise de nível de
serviço realizado para os empreendimentos que serão implantados na área
apresentada. No entanto, foram identificadas adequações ao sistema de
transporte e trânsito listado abaixo para amenizar estes impactos.

Para todas as adequações listadas recomenda-se a elaboração de projetos viários


específicos:
 Implantação de calçadas ao longo dos percursos dos pedestres dentro da
OUC Av. Maanaim conforme NBR-9050/2015;
 Realização/melhoria da infraestrutura (Pavimento, calçadas, drenagem, etc)
dentro da OUV Av. Maanaim;
 Análise de implantação de novos PED’s dentro da área da OUC Av. Maanaim,
onde estas análises de locação dos pontos podem seguir os parâmetros
mencionados do TRB (capítulo 4.2.3);
 Análise da proibição de veículos pesados na Av. Maanaim, já que é uma via
que possui um declive acentuado;

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 Análise e estudo adicional de implantação de semáforo na interseção em


estudo (Av. Maanaim com Av. pres. Tancredo Neves) para redução dos problemas
de nível de serviço encontrados e para que se possa evitar problemas nos
retornos existentes, estes que já se encontram com problemas nos horários de
pico;
 Implantação/melhoria de sinalização horizontal, vertical e dispositivos
auxiliares na área da OUC Av. Maanaim e na Av. Pres. Tancredo Neves, entre os
pontos de retorno para acesso a OUC Av. Maanaim, conforme identificada na
figura abaixo (principal rota de chegada e saída dos empreendimentos):

Figura 96 – Área de Implantação de Sinalização Vertical, Horizontal e Dispositivos Auxiliares.

Implantação de mais uma rota de acesso, Alameda 9 que é utilizada ainda por
uma pequena parcela devido à falta de pavimentação, para desafogar o trânsito
local e que liga os Bairros Caladinho e Nova Tijuca.

165

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Figura 97 - Rota secundária de acesso.

6.3. Acessibilidade as áreas de adensamento à OUC Av. Maanaim (Fazenda


Bom Jesus)

O acesso atual para a Fazenda Bom Jesus pode ser realizado por única via que
liga até sua sede. Suas vias adjacentes que fazem ligação com a estrada são a
rua Joaquim Gomes da Silveira Neto, bairro Júlia Kubitschek e rua Ponte Nova,
bairro Santo Elói. Todas as vias são consideradas locais e possuem fluxo de
trânsito nos dois sentidos como evidenciados na foto 98.

Para acessar as vias mencionadas acima, a Av. Geraldo Inácio que é considerada
uma via coletora dá acesso à rua Ponte Nova, onde transitam inúmeros veículos
em apenas um sentido e possui vários pontos comerciais.

166

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Figura 98 - Rota de acesso à Fazendo Bom Jesus pela Avenida Geraldo Inácio através das rotas 4
e 5.

6.3.1. Geração do Tráfego das principais vias próximas à área de adesão


OUC Av. Maanaim (Fazenda Bom Jesus)

A pesquisa do tráfego e trânsito nas áreas de entorno do empreendimento foram


realizadas pela no período de 27 a 03/07/2018. Os estudos caracterizaram três
períodos críticos para o trânsito e tráfego, que são de 06:00 às 08:00 horas, de
11:30 às 13:30 horas e de 17:00 às 18:30 horas.

No caso das ruas Joaquim Gomes da Silveira Neto e rua Ponte Nova que servem
de acesso a estrada que liga a Fazenda Bom Jesus, foi estatisticamente analisado
um fluxo total de 607 veículos diários. Desse total de veículos, 385 correspondiam
a veículos de passeio, considerados leves, 112 veículos correspondiam a motos e
88 veículos correspondiam a veículos pesados (ônibus, caminhões, vans e
máquinas) que por ali circulavam. Ainda foi contabilizado separadamente o

167

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transporte por tração animal (carroças puxadas por cavalos) que é muito comum
no município, totalizando 22 veículos.

Tabela 24 - Tipos e número de veículos.


Tração
Leves de passeio Motos Pesados animal Total
N° de
veículos 385 112 88 22 607

O Gráfico 10 abaixo indica a porcentagem para os tipos de veículos que transitam


nas ruas Joaquim Gomes da Silveira Neto e Ponte Nova.

Gráfico 10 - Porcentagem de veículos que transitam nas ruas Joaquim


Gomes da Silveira Neto e Ponte Nova.

Porcentagem de veículos que transitam nas ruas


Joaquim Gomes da Silveira Neto e Ponte Nova

10% 1%

25%

64%

Leves de passeio Motos Pesados Tração animal

Para a Avenida Geraldo Inácio que liga dá acesso à rua Ponte Nova, o fluxo total
verificado foi de 5.036 veículos diários. Desse total de veículos, 3.225
correspondiam a veículos de passeio, considerados leves, 1.258 veículos
correspondiam a motos e 515 veículos correspondiam a veículos pesados (ônibus,
caminhões e máquinas) que por ali circulavam. Também foram contabilizados os
veículos de tração animal totalizando 38 veículos.

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Tabela 25 - Tipos e número de veículos.


Tração
Leves de passeio Motos Pesados animal Total
Número de
veículos 3225 1258 515 38 5036

O Gráfico abaixo indica a porcentagem para os tipos de veículos que transitam na


Av. Geraldo Inácio.

Gráfico 11 - Porcentagem de veículos que transitam na A. Geraldo Inácio.

Número de veículos

1%
10%

25%

64%

Leves de passeio Motos Pesados Tração animal

6.3.2. Acessibilidade à área de adesão OUC Av. Maanaim (Fazenda Bom


Jesus)

A área da OUC Av. Maanaim terá o acesso pelas seguintes vias:


 Rua Ponte Nova: a via encontra-se pronta, porém com calçamento em pedras
onde necessita de melhorias, acessibilidade entre os bairros Santo Elói e Júlia
Kubistchek e interliga a estrada para a Fazenda Bom Jesus. Os passeios para
pedestres não são uniformes ao longo da via. As sinalizações não estão
afixadas. Existe um ponto de ônibus na rua, mas não foi identificado nenhuma
placa indicativa. Recentemente a rua recebeu uma construção de ponte,

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removendo a antiga que não estava em condições seguras para o trânsito de


veículos e pedestres.

 Rua Joaquim Gomes da Silveira Neto: a via encontra-se asfaltada e possui


boas condições para circulação de veículos, porém a calçada para pedestre é
estreita. As sinalizações não estão afixadas ou quando possuem, não seguem
um padrão adequado.
 Av. Geraldo Inácio: considerada via coletora, recentemente foi asfaltada o que
favorece o grande quadro de comércio presente. Possui sinalização adequada
na via e em placas, ponto de ônibus com sinalização e as calçadas com boa
extensão para pedestres. A via possui apenas um fluxo de trânsito que
interliga com a rua Ponte Nova.

6.3.4. Alocação das viagens geradas e volume de tráfego em função da área


de adesão OUC Av. Maanaim (Fazenda Bom Jesus)

De modo geral a Av. Geraldo Inácio possui acesso à rua Ponte Nova como
mencionado, além de pontos de ônibus que podem futuramente ter rotas para
acessar a atual estrada que liga a Fazenda Bom Jesus e que futuramente haverá
acesso a Av. Maanaim onde por intermédio do órgão de trânsito municipal deverá
ser implantado mais PED’s para atender os usuários.

Para todas as adequações listadas recomenda-se a elaboração de projetos viários


específicos:
 Melhorias de calçadas ao longo dos percursos dos pedestres dentro da OUC
Av. Maanaim conforme NBR-9050/2015 e em áreas diretamente afetadas;
 Análise da proibição de veículos pesados nas vias que dão acesso a Av.
Maanaim, já que é uma via que possui um declive acentuado;
 Implantação/melhoria de sinalização horizontal, vertical e dispositivos
auxiliares na área da OUC Av. Maanaim e nas vias acima citadas.

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Como a Av. Geraldo Inácio possui grande fluxo de veículos e em único sentido;
como o caminho para bairros como o Silvio Pereira I e II as rotas mais viáveis
continuariam as mesmas por serem vias mais largas e de acesso facilitado; por
ter capacidade de absorção de fluxo trânsito; pelos números apresentados por
veículos transitados não haverá incremento significativo, sendo possível afirmar
que as características locais e de entorno imediato, relacionados aos temas
analisados, favorecem o adensamento da OUC Av. Maanaim, compreendendo
níveis baixos de impacto em relação à vizinhança.

7. ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

7.1 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo

7.1.1 Parâmetros Urbanísticos do Projeto

7.1.1.1 Zoneamento Urbanístico Ambiental

O zoneamento urbanístico ambiental constitui uma forma de planejamento do uso


e ocupação do espaço urbano, englobando também o espaço rural de um
determinado município, que também prescinde de planejamento e do
estabelecimento de zonas de uso, ocupação e de reservas ambientais.

Conforme Plano Diretor Lei municipal N° 3759/12, a Lei de Uso e Ocupação do


Solo (ainda não aprovada) estabelecerá a classificação dos usos não residenciais
segundo o grau de incomodidade das atividades e seus impactos na estrutura
urbana, devendo considerar no enquadramento dos usos como conviventes ou
incômodos:
 as incomodidades ambientais e outros impactos negativos;
 o processo tecnológico, no caso de indústrias;
 o impacto decorrente do tráfego gerado pela atividade.

171

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7.1.1.2 Macrozoneamento Atual

Em conformidade com Plano Diretor Municipal, a gleba do empreendimento esta


inserida na Zona de Proteção Ambiental – ZPA e na Zona de Uso Diversificado -
ZUD.

Os dispositivos urbanísticos preveem ocupação com lotes de dimensões


compatíveis com as características e a infraestrutura local, assim como uso
adequado às densidades de ocupação máximas e mínimas previstas.

Figura 99 - Mapa de macrozoneamento do empreendimento.

Os parâmetros mínimos construtivos dentro do zoneamento ZPA e ZUD


estabelecidos pelo Plano Diretor são apresentados na Figura 97. Conforme

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previsto no Decreto Municipal nº 5923, art. 2º, tais parâmetros poderão ser
alterados com vistas à viabilização da OUC, condicionada à justificativa técnica e
jurídica quanto à melhoria das condições ambientais e urbanísticas da área objeto
da operação urbana. Dessa forma, sendo aprovada a proposta da OUC, a Taxa de
Ocupação atual permitida pelo Plano Diretor, que representa 14,6% da área total,
passará com a OUC para 30,62%, e o coeficiente de aproveitamento máximo para
3,0.

Figura 100 - Parâmetros urbanísticos.

A figura 101 abaixo, representam as manchas previstas no Plano Diretor para o


zoneamento e o macrozoneamento do Município nas áreas de intervenção, objeto
da proposta de operação, incluídas as áreas aderidas à OUC Av. Maanaim:

173

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Figura 101 - Macrozoneamento do município nas áreas de intervenção, incluídas as áreas


aderidas à OUC Av. Maanaim.

Como se observa, a mancha de zoneamento ARIA-1 Área de Relevante Interesse


Ambiental 1 se sobrepõe sobre grande parte do desmembramento recém-
aprovado de propriedade da empresa Empreendimentos Novo Reno Ltda,
Residencial Novo Reno e também sobre grande porção da Fazenda Bom Jesus,
tanto nas áreas de propriedade da Barros e Almeida Empreendimentos
Imobiliários Ltda., quanto nas áreas de propriedade da Tempo Empreendimentos
Imobiliários Ltda.

A mancha de zoneamento AEIS-1_Área de Especial Interesse Social 1, onde se


pretende implementar programa de regularização fundiária no bairro Residencial
Novo Reno - solicitado a anos pelos moradores que lá residem - não contempla
todos os lotes existentes no bairro.

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A mancha de zoneamento AEIS-2_Área de Especial Interesse Social 2, destinada


a fomentar a produção de habitação social para famílias de menor renda, não
permite o aproveitamento de toda a área de características topográficas
semelhantes, favoráveis à implantação de programas habitacionais, além de
incluir somente parte do lote 17 da Quadra F, inserido em desmembramento
aprovado e destinado para tal finalidade.

A mancha de zoneamento ZPA-Zona de Proteção Ambiental, abrange todo o


restante da gleba desmembrada de propriedade de Lucas Quadros Silva,
Empreendimentos Novo Reno LTDA, além das áreas de propriedade de Barros e
Almeida Empreendimentos Imobiliários Ltda., e Tempo Empreendimentos
Imobiliários Ltda. Uma pequena porção da área destes últimos, se localiza em
Zona de Uso Diversificado – ZUD, constituída pelas áreas de urbanização
consolidada e por áreas urbanas vazias situadas na várzea do ribeirão Caladão,
sendo prevista como zona de média densidade, destinada à instalação de usos
residenciais e não residenciais, segundo critérios gerais de compatibilidade de
incômodo e qualidade ambiental, tendo como referência o uso residencial.

Todos estes conflitos produziram uma incoerência entre o que o zoneamento do


Plano Diretor e o que seus parâmetros urbanísticos definem, comparado ao que
se verifica no parcelamento de solo aprovado pelo Município.

7.2. Caracterização do Entorno

7.2.1. Levantamento de Usos e Ocupação do Entorno

O bairro Caladinho, apesar de possuir uma grande vocação para uso residencial,
possui inúmeros comércios e empresas no ramo de prestação de serviços,
principalmente ao longo da Avenida Presente Tancredo Neves.

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No entorno imediato do empreendimento foram levantados os seguintes


estabelecimentos comerciais e de serviços, estabelecimentos de uso misto e uso
residencial:

Gráfico 12 - Levantamento de Usos e Ocupação do Entorno.

A Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves e a Av. Belo Horizonte são


responsáveis pela articulação viária da centralidade à RMVA.

Essa região apresenta uma baixa oferta de serviços públicos, comércios e


serviços, instituições bancárias e saúde. No entanto, oferece alta oferta de ensino.
Também não surgiu como consolidação de um centro tradicional, mas teve a
diversidade de usos impulsionada principalmente em função do eixo de articulação
regional (trecho urbano da BR 381, hoje Avenida Presidente Tancredo Neves) e
do primeiro equipamento de ensino superior da região.

Abaixo está o mapa detalhado contendo a localização do lote do futuro


empreendimento em relação aos usos existentes no local e região.

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Figura 102 - Usos Existentes no Local.

Figura 103 - Usos no local.

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Os bairros Júlia Kubistchek e Santo Elói (bairros com acesso direto a área de
adensamento) são bairros classificados como de uso residencial, porém com
alguns pontos comerciais e empresas no ramo de prestação de serviços. Já a av.
Geraldo Inácio, situada no bairro Melo Viana é classificada como de uso misto
onde existem inúmeros pontos comerciais ao longo da via.

Figura 104 - Usos no local das áreas de entorno da área aderida à OUC Av. Maanaim.

7.2.2. Classificação do Padrão/Valor das Edificações do Entorno

Com relação ao aspecto socioeconômico do empreendimento, foi necessário


incluir no diagnóstico inicial a análise do padrão das edificações, conforme
solicitação de formulário característico do Estudo de Impacto de Vizinhança.

Para a realização do estudo do impacto socioeconômico foi necessária à


realização de um levantamento dos padrões construtivos das edificações locais,
que estão na área do entorno imediato do empreendimento. Esta analise levou em

178

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consideração o padrão qualitativo de 156 edificações, onde se analisou os


seguintes parâmetros: Tipologia do Material, Área Total Construída, Padrão dos
Revestimentos, Condições Gerais da Edificação.

Os resultados desta análise demonstraram que as edificações possuem um


padrão médio, médio-baixo e padrão baixo, com maior predominância de
edificações de padrão médio conforme e possível evidenciar no gráfico abaixo e
imagens:

Gráfico 13 - Padrões de Distribuição.

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Figura 105 - Casa de médio - baixo padrão.

Figura 106 - Casa de padrão médio.

Figura 107 - Escola Municipal B. Silvio Pereira II.

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Figura 108 - Casa de baixo padrão.

Figura 109 - Empresa prestadora de Serviço - Univale.

Com a análise destes dados é possível afirmar que não haverá impacto negativo
significativo pela implantação do empreendimento do ponto de vista
socioeconômico. Este empreendimento possui padrão mais elevado que as
características dos imóveis locais, porém com grande preservação de área verde
o que acarretará em uma valorização econômica da região.

7.2.3. Laudo de Avaliação do Valor Imobiliário da Região

7.2.3.1. Objetivo

O objetivo deste laudo é demonstrar com base em uma pesquisa realizada a


avaliação dos valores dos imóveis já implantados na região, especificamente no

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bairro Caladinho e Silvio Pereira II, a qual perfaz a área de influência direta do
empreendimento. Apontar o valor atual das áreas, urbanas ou rurais, e fazer uma
estimativa de valor, após a realização das obras previstas no Plano de Operação
Urbana Consorciada.

As áreas próximas do adensamento da Fazenda Bom Jesus serão representadas


no item 7.4.

7.2.3.2. Metodologia

Os dados para a avaliação e diagnóstico do padrão e valor das edificações da


região, foram levantados a partir de uma pesquisa junto ao mercado imobiliário do
município de Coronel Fabriciano.

7.2.3.3. Tratamento de Dados

Para os imóveis rurais (Sítios/Chácaras) foram utilizados os seguintes fatores de


comparação:
a) Ftr - Fator de Transposição de Localização.
b) Ftam- Fator de Tamanho da Gleba
c) Ftop- Fator de Topografia do terreno

Para os imóveis urbanos (Lotes) foram utilizados os seguintes fatores de


comparação:
d) Ftr - Fator de Transposição de Localização.
e) Ftam- Fator de Tamanho da Gleba Vide Anexos I e II.

Foram utilizados Áreas “ Padrão” para que os valores da Avaliação possam ser
estendidos às áreas similares, chegando-se ao valor Total do Terreno.
 Para Lotes, foi utilizado o Lote de 360,00m2
 Para Sítios/Chácaras, foi utilizado a Área de 2.000,00m 2

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As áreas parceladas (Loteamento) foram divididas em duas categorias:


 L1- Lotes sem Urbanização (Situação Atual);
 L2- Lotes Urbanizados (Situação Pós Obras da OUC- Operação Urbana
Consorciada);

As áreas não parceladas foram divididas em duas categorias:


 A1- Áreas rurais, com características urbanas (Situação Atual);
 A2- Áreas remanescentes, sem aproveitamento (Situação Pós Obras da OUC-
Operação Urbana Consorciada);

As áreas rurais, com características urbanas (para implantação de Loteamento)


foram avaliadas segundo o método involutivo. Neste método calculamos o custo
para se fazer um loteamento. Nesta simulação, apuramos quantos lotes
originaram, e seu respectivo valor de venda, atual. Do valor de venda dos lotes,
retiramos o custo da infraestrutura do loteamento, chegando-se, assim, ao valor
da terra nua, considerando a sua localização urbana.

7.2.3.4. Análise dos Dados Obtidos

Foram levantadas 04 ofertas de empreendimentos com ocupação do tipo


residencial nos bairros Silvio Pereira II, Belvedere, Melo Viana e Nova Tijuca.

Lote com Imóvel residencial: 250 m² de terreno: faixa de R$80.000,00 a


155.000,00
Lote: 250 m² - Faixa de R$135.000,00
Lote em condomínio Fechado: 450 m² - Faixa de R$400.000,00
Lote sem Imóvel: 1500 m² - Faixa de R$95.000,00

Conforme mencionado no estudo acima, o local em que a Operação Urbana


Consorciada Av. Maanaim pretende se instalar, possui um padrão que vai de

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baixo a médio, o que acaba conferindo ao bairro uma valoração imobiliária


significativa em comparação a outros bairros do mesmo município. Isto se dá ao
fato de estar muito próximo ao centro da cidade, ao principal corredor de saída e
entrada do município, além do alto índice de imóveis comerciais.

7.2.3.5. Valor Médio dos Imóveis

A média dos valores obtidos das 04 avaliações analisadas ficou numa faixa entre
R$ 70,00 – 540,00 m2, podendo-se estimar uma média de R$ 142,79 /m2, levando-
se em consideração terrenos de 360m² não edificados e do tipo bairro planejado,
sem características de condomínio fechado.

Os lotes urbanos, nas redondezas foram avaliados em R$ 120.000,00 (Lotes de


360m2), que corresponde a R$ 333,33/m2
As áreas rurais foram avaliadas, em R$ 15.000,00 / ha
As áreas rurais, com características urbanas, foram avaliadas em R$ 32.000,00
por terrenos de 2.000,00m2, que corresponde a R$ 16,00/m2

7.2.3.6. Avaliação do Terreno da OUC-Av. Maanaim

Tabela 26 - Estimativa de valores dos imóveis que compõem a OUC Av.


Maanaim.

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7.2.3.7. Conclusão

Os resultados obtidos foram extremamente satisfatórios em função de que o


empreendimento possui uma faixa aproximada aos valores encontrados na região.

Vale salientar que a implantação de grandes unidades comerciais e residenciais


como este projeto, gera um aumento de demanda por comércios e serviços, o que
impulsiona a valorização econômica da região. Estima-se que este processo
ocorra em médio prazo. Estes impactos causados são considerados positivos.

A área de terreno total existente hoje, foi avaliada em R$ 22.075.398,17 (Vinte e


dois milhões, setenta e cinco mil, trezentos e noventa e oito reais, e dezessete
centavos). Após as Obras da OUC o valor da área de terreno total passará a ser
de R$ 63.412.966,17 (Sessenta e três milhões, quatrocentos e doze mil,
novecentos e sessenta e seis reais, e dezessete centavos).

A valorização dos terrenos, após as obras da Operação Urbana Consorciada será


de 287,25%.

7.2.3.8. Classificação do Padrão/Valor dos imóveis na OUC Av. Maanaim com


inclusão das áreas adensadas (Fazenda Bom Jesus)

Para as áreas de adensamento foram realizadas estimativativas de valores sobre


os imóveis, porém como não há neste momento nenhum projeto elaborado e
aprovado pelo município, os valores para após obras não foram descriminados.
Abaixo segue o quadro com valores dos imóveis pertencentes a OUC Av.
Maanaim e inclusos as áreas adensadas.

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Tabela 27 - Avaliação imobiliária dos imóveis pertencentes e adensados a OUC Av. Maanaim.
Área Matrícula Área Total Área Áreas Área Valor Original Valor pós
Área Proprietário
(m2) (m2)** Parcelada Públicas Restante (R$) Obras (R$)

1 Empreend. Novo Reno 397.035,26 49.710,00 22.890,00 6.913,00 19.907,00 2.583.202,72 6.279.052,39

2 Empreend. Novo Reno Vide Item 1 14.999,00 - - 14.999,00 22.498,50 239.984,00

3 Hudson 120.463,00 116.687,00 55.391,20 8.843,49 52.452,31 695.331,49 6.342.479,79

4 Jane 25.815,00 24.118,00 - - 24.118,00 36.177,00 36.177,00

5 Vide Item 1 142.579,67 - - 142.579,67 213.869,51 2.281.274,72

6 Vide Item 1 155.126,00 85.658,97 41.881,25 27.585,78 11.368.253,29 27.871.173,04

7 Maurício / Adriana 41.000,00 27.640,00 - - 27.640,00 442.240,00 2.368.029,36

8 Vide Item 1 71.804,00 - - 71.804,00 107.706,00 107.706,00

9 Vide Item 1 54.208,00 - - 54.208,00 81.312,00 81.312,00

10 Lucas Q. Silva 98.763,87 41.723,87 300,68 - 41.423,19 5.940.577,76 13.867.727,32

11 Vani / J. Gregório 130.126,60 50.028,00 28.094,08 15.284,18 6.649,74 426.405,91 3.780.226,55

12 Vani / J. Gregório Vide Item 11 105.216,00 - - 105.216,00 157.824,00 157.824,00


***
13 Barros e Almeida 1.057.190,00 1.057.190,00 - - 1.057.190,00 5.824.993,21 ****
***
14 Tempo Empreendimentos 245.101,00 245.101,00 - - 245.101,00 343.141,40 ****
TOTAL 2.156.130,54 192.334,93 72.921,92 1.890.873,69 28.243.532,39
63.412.966,17
OBSERVAÇÕES:
** Área calculada conforme mapa da área
*** Valor atualizado (Agosto / 2018)
**** Valores não existentes, tendo em vista que os projetos ainda não foram elaborados / aprovados

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7.3. Caracterização dos Equipamentos da AID

Com vistas a analisar o empreendimento do ponto de vista de viabilidade técnica e


compatibilidade com os sistemas e equipamentos públicos e privados, que irão
atender as demandas do empreendimento, se fez necessária uma avaliação
minuciosa da disponibilidade destes equipamentos.

Foi realizado um levantamento com base nos seguintes sistemas, levando-se em


consideração a área de influência direta (AID) e indireta (AII) do empreendimento.

7.3.1. Equipamentos Públicos

Foram diagnosticados os seguintes equipamentos públicos da AID do


empreendimento:
- Instituições educacionais
- Serviços de Saúde
- Agências Bancárias
- Centros Culturais
- Locais de Lazer

7.3.2. Equipamentos Privados

Foram diagnosticados os principais equipamentos privados da AIDI do


empreendimento:
- 04 Instituições Educacionais
- 07 Serviços de Saúde
- 01 Local de Lazer- Jardim Técnico Botânico
- 01 Poliesportivo
- 35 Comércios em Geral
- 01 Posto de Combustível
- 02 Supermercados

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7.3.3. Análise dos Dados

Foram diagnosticados 55 equipamentos públicos e privados que deverão suprir


num todo ou em parte a demanda gerada pelo empreendimento após a sua
implantação.
Suas conexões com outros bairros, e pontos importantes de comércio e serviços
da cidade são consideráveis.

Os resultados obtidos através desta análise minuciosa estão compilados no


gráfico abaixo:

Gráfico 14 - Tipologias do Local 7.3. Viabilidade Técnica.

7.4. Viabilidade Técnica

Abaixo serão apresentadas as viabilidades técnicas para o abastecimento de água


potável e esgotamento sanitário, disponibilidade de canalização para condução do
efluente pluvial e viabilidade técnica para fornecimento de energia elétrica.

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7.4.1. Viabilidade para Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

O local onde será implantada a Operação Urbana possui abastecimento da


Companhia de Saneamento Básico - COPASA nos bairros adjacentes, que integra
a Estação de Tratamento de Água - ETA do Sistema Integrado do Vale do Aço.

O esgoto do município terá tratamento parcial que será encaminhado para ETE-
Estação de tratamento de esgoto, em construção na divisa entre Coronel
Fabriciano e Timóteo.

Assim como o abastecimento de água, a coleta de esgoto deverá passar por


consulta prévia no órgão.

7.4.2. Viabilidade para Efluente Pluvial

Quanto aos efluentes pluviais, o empreendimento descartará os seus na


drenagem pluvial da Avenida Maanaim que será conduzido à represa do bairro
Caladinho e ao reservatório de detenção próximo ao bairro Sílvio Pereira II antes
de sua condução às redes de local.

Serão necessárias obras de detenção de drenagem proveniente das represas da


O.U.C. Av. Maanaim após a terraplanagem.

7.4.3. Demanda por Energia Elétrica

Em face da grande demanda gerada pelos lotes do empreendimento, os


responsáveis pela obra, recorreram até o órgão responsável pela distribuição da
Energia elétrica na Região – CEMIG, e o projeto de eletrificação da Avenida
Maanaim já foi aprovado pela mesma e tem previsão de execução imediata.

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7.4.4. Movimento de terra

A movimentação de terra será necessária para acertos de greide de ruas. O


terreno, de topografia que apresenta declividades e topos de morros, demandará
grandes movimentações. Não haverá necessidade de importação de terra para
aterros, a princípio, devido ao aproveitamento no próprio local.

O projeto de terraplenagem será feito considerando a menor interferência possível


no terreno. O projeto buscará uma compensação entre corte e aterro, onde o
material do corte é utilizado para fazer os aterros de forma a causar o menor
impacto possível.

7.4.5. Fundações e estrutura

Para a execução das obras de urbanização não serão necessárias obras de


fundação. Não há previsão de nenhum tipo de intercorrência relacionada com
vibrações propagadas pelo solo e subsolo a princípio, devido à fase de
parcelamento do solo.

7.4.6. Obras complementares programadas

Todas as obras de infraestrutura requeridas pela legislação, incluindo


pavimentação, guia, sarjeta, drenagem, esgotamento sanitário, abastecimento de
água, eletrificação, iluminação pública, paisagismo e recuperação ambiental serão
executadas pelos proprietários das glebas inseridas dentro do perímetro da OUC.

Os taludes decorrentes de obras de terraplenagem serão revestidos com


gramíneas e protegidos por estruturas de bermas, captação de águas pluviais e
diminuição de energia cinética, para evitar qualquer tipo de erosão.

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7.4.7. Obras de caráter público

As obras previstas incorporam toda a infraestrutura urbana necessária para a


urbanização da gleba e essa infraestrutura - rede de água, rede de esgotos,
drenagem, iluminação pública, sistema viário, serão todas doadas ao município de
Coronel Fabriciano, na ocasião do recebimento e aceite da prefeitura.

7.4.8. Demais Impactos Causados

Das distintas formas de relacionamento entre seres humanos e o meio que os


envolvem, surgem os problemas ambientais, os quais estão enraizados na
continua e crescente crise social, conceitual, cultural, política, econômica,
ecológica, moral entre tantas outras (LEVI, 1990).

Dentre tantas manifestações agressivas perante o meio ambiente, existe uma


modalidade, que apesar de ficar atrás da poluição do ar e das águas, deve ser
debatida com mais ênfase, pois traz em seus meandros (como tantas outras
formas de poluição) uma gama de consequências para a saúde, o bem estar e a
própria qualidade de vida dos homens.

A Poluição Sonora constitui-se no tipo de degradação que mais se agrava com o


transcorrer dos tempos, exigindo em seu habitual silêncio soluções que
contemplem a qualidade de vida tão almejada pelas populações (ENIZ, 2004). O
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) conceitua poluição sonora como sendo o conjunto de todos os ruídos
provenientes de uma ou mais fontes sonoras, manifestadas ao mesmo tempo num
ambiente qualquer.

A Poluição Sonora apresenta reflexos em todo o organismo e não apenas no


aparelho auditivo. Os ruídos podem causar vários distúrbios, desde a alteração do

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humor, insônia e, até mesmo, na capacidade de concentração. Provoca, ainda,


interferências no metabolismo de todo o organismo com riscos de alterações
cardiovasculares e da perda auditiva (LE BRUIT, 1990). Elevados níveis de ruídos
provocam, além da perda orgânica da audição, efeitos psicológicos, distúrbios
neurovegetativos, náuseas e cefaleias, redução da produtividade e o aumento do
número de acidentes. O ruído oriundo do tráfego é uma das formas mais
difundidas de contaminação sonora. Os automóveis, ônibus e caminhões que
circulam nos grandes centros urbanos produzem ruídos entre 85 e 95 dB[A]. A
NBR 10.151 fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído
em comunidades, apresentando o método para a medição de ruído, a aplicação
de correções nos níveis medidos, no caso dos ruídos apresentarem características
especiais, e uma comparação dos níveis corrigidos com um critério que leva em
conta vários fatores. Esta norma foi elaborada em 1987, tendo sua redação
revisada e substituída no ano de 2000.

8.0 IMPACTOS URBANOS AMBIENTAIS

O processo de urbanização e concentração urbana vislumbrando do decorrer do


último século trouxe a necessidade de novas formas de organização das cidades.
Sabe-se que as primeiras cidades se formaram por volta do ano 3.500 a.C., na
região da Mesopotâmia. Entretanto, a urbanização é um fenômeno moderno, pois
a aceleração do processo de formação das cidades aconteceu em meados do
século XIX. O processo de urbanização moderno teve início no século XVIII, em
consequência da Revolução Industrial, desencadeada primeiro na Europa e, a
seguir, nas demais áreas de desenvolvimento do mundo atual. No caso do
Terceiro Mundo, a urbanização é um fato bem recente. Hoje quase metade da
população mundial vive em cidades.

A implantação de grandes centros comerciais causa impactos que por sua vez,
traçam uma problemática por conta da urbanização e do adensamento

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populacional. Estes impactos não são somente no meio natural, mas também no
artificial, podendo causar problemas na qualidade de vida das pessoas em um
contexto urbano e socioeconômico, na valoração imobiliária e na segurança.

8.1. Impactos sobre o Adensamento Populacional

Segundo os dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –


IBGE, dos anos de 1991 a 2010, o Município de Coronel Fabriciano teve um
crescimento populacional ascendente em curto prazo de tempo em função dos
aspectos de crescimento econômico da região, não ficando dentro do esperado
pela estatística, porém se mantendo em 2° lugar dentro de sua Microrregião.

Figura 110 - Distribuição da População.

Para o acrescimento do adensamento populacional, bem como considerando os


dados do projeto, estima-se que sejam quatro indivíduos ocupantes em cada
unidade habitacional, levando em consideração unidades unifamiliares para base
de cálculo, além das unidades comerciais, resultando numa população total de

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868 indivíduos, se considerado uma unidade por lote. Como a OUC ainda poderá
definir parâmetros construtivos, essa estimativa deverá sofrer alterações.

Quanto à população flutuante é possível afirmar que haverá incremento


significativo em função da demanda da população residente. Estão dentre a
população flutuante os empregados, jardineiros, pedreiros, serventes, mestres de
obra, engenheiros e arquitetos, profissionais de manutenção de infraestrutura,
entregadores de lojas de material de construção, entregadores de compras, dentre
outros que possam de alguma forma utilizar também a infraestrutura dos imóveis
resultantes da OUC.

Na falta de metodologia adequada para a estimativa da população flutuante, o


estudo levou em consideração as seguintes informações:

- Total de Prestadores de Serviço (Previsão):

Estas informações serão bem subjetivas e de difícil estimativa, porém tem-se


como base que para as atividades mínimas a fim de início da implantação da
infraestrutura do local, serão necessárias no mínimo o acrescimento de 150
indivíduos.

Quanto ás demais populações flutuantes, incluindo os prestadores de serviços


externos está sendo acrescentada uma taxa de 20% da população residente nos
primeiros meses, onde a demanda por serviços diversos, incluindo obra civil é
bem maior.

Como se sabe em estudos anteriores, a construção civil gera uma grande


quantidade de postos de trabalho, implicando na geração de emprego e renda
temporários. A geração/aumento da renda do trabalhador está diretamente
relacionada com o aumento do fluxo de capital. Tais impactos são considerados

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positivos, com uma extensão regional, porem limitados à fase de implantação do


empreendimento.

Desta forma, os impactos associados ao sistema viário da área de entorno


imediato ao empreendimento foram considerados como:

- Fase de Implantação:
Impacto considerado positivo (pois gerará renda, emprego, fomento do comércio
local, arrecadação municipal), direto, temporário, curto prazo, reversível, atingirá
diretamente a área de influência direta do empreendimento, de média intensidade
e magnitude.

- Fase de Ocupação:
Impacto considerado positivo (pois gerará renda, emprego, fomento do comércio
local, arrecadação municipal), direto, permanente, curto e médio prazo,
irreversível, atingirá diretamente a área de influência direta e indireta do
empreendimento, de média intensidade e magnitude.

Quadro 18 - Impactos Urbanos.

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Quadro 19 - Impactos Sociais.

8.2. Impacto sobre os Equipamentos Públicos Comunitários

Conforme foi levantado no diagnóstico dos usos do entorno do empreendimento,


foram constatados 13 equipamentos públicos comunitários nas áreas de influência
direta e indireta a área do empreendimento. Com as áreas adensadas aumentam
mais 4 equipamentos públicos.

Para um estudo mais aprofundado e relevante na análise dos impactos causados


sobre os equipamentos públicos comunitários foi necessário levar em
consideração a população residente nas imediações dos bairros vizinhos, a fim de
apurar percentualmente a demanda que será gerada sobre estes sistemas.

Ao total são 7 bairros nas imediações diretas dos sistemas públicos comunitários
atuais, são estes: Caladinho, Morada do Vale, Nova Tijuca, São Vicente, Silvio
Pereira e Universitário. Com as áreas de adensamento o número sobe para 9
bairros e incluem: Melo Viana, Santo Elói e Júlia Kubistchek.

Com base em informações estatísticas do adensamento populacional dos bairros,


conforme censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatística –
IBGE, a população residente nestes bairros totaliza 27.080 indivíduos.

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Tabela 28 - População por Bairro.

HABITANTES
BAIRROS ÁREA HOMENS MULHERES TOTAL DOMICÍLIOS
2
(KM ) PARTICULARES
Silvio Pereira II 0,8 1.530 1.613 3.143 1.004
Caladinho 2,6 2.156 2.227 4.383 1.510
Morada do Vale 1,8 2.750 2.819 5..569 1.799
Nova Tijuca 0,3 114 110 224 73
São Vicente 1,4 340 364 704 217
Silvio Pereira I 0,5 1.580 1.629 3.209 1.023
Universitário 0,1 391 424 815 321
Júlia Kubistchek 1,4 1.662 1.790 3.452 1.121
Melo Viana 0,5 2.476 2.716 5.192 1.896
Santo Elói 0,1 177 212 389 123

Com base nos dados analisados é possível verificar que a sobrecarga do bairro
Caladinho é relativamente menor dos demais bairros que atualmente utilizam os
mesmos equipamentos urbanos comunitários.

Com o acréscimo populacional em função da implantação da OUC, estimada em


2,89% em relação à população residente em 2010 na área de influência direta do
empreendimento, totalizando 868 indivíduos, é possível afirmar que seria
acentuada, porém de intensidade e magnitude média.

Vale salientar que boa parte da população que deverá ocupar o empreendimento
é a população interna da própria cidade, que optam por realocarem-se em
espaços com maior infraestrutura e mais próximos das regiões centrais. Esta
população acaba fazendo uso dos sistemas públicos comunitários, como por
exemplo, a Unidade Básica de Saúde e o Hospital Municipal, o qual realiza
atendimento a todo o Município e a área irá receber a Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) de Coronel Fabriciano.

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Este acréscimo representa 2,64% da demanda a ser utilizada dos sistemas de


equipamentos públicos comunitários, concluindo-se que este impacto é negativo,
direto, permanente, curto prazo, irreversível, diretamente causado sobre a área de
influência direta e indireta do empreendimento, porem de intensidade e magnitude
média.

8.3. Impacto sobre as Redes de Infraestrutura Urbana

8.3.1. Resíduos Sólidos Urbanos – RSU

Com base nas informações levadas no diagnóstico de geração dos resíduos


sólidos urbanos com o crescimento populacional local, foi possível verificar que
haverá demanda relativamente expressiva com relação ao volume de resíduos
sólidos urbanos – RSU gerados.

Esta demanda representa aproximadamente 0,32 toneladas de resíduos a serem


gerados diariamente. Isto representa um acrescimento significativo e haverá
demanda pelo serviço público local, este estimado em um aumento de 1,60 % na
geração do setor 2 e consequentemente na demanda pelo serviço público.

Este impacto sobre o sistema de infraestrutura local é atenuado em função de que


40% do total dos resíduos a serem gerados é material reciclável. Na análise dos
aspectos e impactos ambientais, bem como as medidas mitigadoras e
compensatórias, está previsto um plano de controle operacional, denominado
como Plano de Coleta Seletiva, que prevê a conscientização ambiental, visando à
separação adequada dos resíduos gerados, bem como as formas de convênio
com usinas de reciclagem para o encaminhamento destes resíduos para o
processo de reciclagem.

Com base no diagnóstico realizado, os impactos sobre a infraestrutura local, no


que tange a geração, o transporte e a disposição final de resíduos sólidos urbanos

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gerados, é possível afirmar que haverá um impacto negativo com a implantação


do empreendimento.

Este impacto é considerado negativo, direto, permanente, curto prazo, reversível,


porém atenuado, causando impactos diretos nas áreas de influência direta e
indireta, de intensidade e magnitude média.

Com relação à execução da coleta seletiva de resíduos, este se considera um


impacto positivo, direto e indireto, permanente, curto-médio prazo, reversível,
causando impactos diretos nas áreas de influência direta e indireta, de intensidade
e magnitude média.

8.3.2. Efluentes Líquidos

O Estado de Minas Gerais consome em média 159 l/hab.dia de água, o que gera
aproximadamente 98 l/hab.d de esgoto sanitário. Porém o consumo de água e
consequentemente a geração de efluentes sanitários está diretamente associada
aos seguintes fatores: Disponibilidade de água, clima, condições econômicas e o
custo da água, além do uso comercial ou residencial.

Levando-se em consideração a geração de esgoto doméstico, temos que:

O cálculo da vazão média de esgoto é dado por:

Em que:
Qd médio: Vazão doméstica média de esgoto
Pop: População atendida
Q: Quota per capta de água

199

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R: Coeficiente de retorno (0,8)

A quota per capta de geração de efluentes sanitários está associada aos


seguintes parâmetros: hábitos higiênicos, instalações e equipamentos hidráulicos-
sanitários, a temperatura média e a disponibilidade de equipamentos domésticos
ou não que utilizam agua, tais como, lavadoras de louças, lavação de veículos,
dentre outros.

Em cidades médias, como Coronel Fabriciano, que possui uma cota acima de
100.000 habitantes, o consumo médio per capta de água potável está estimado
em 120-220 l/hab.d. Neste caso será utilizada a média de 170 l/hab.d.

O valor obtido da equação nos mostra que serão emitidos uma média de 118,189
m³/dia de efluentes sanitários após a implantação do empreendimento. Cabe
salientar que está sendo considerada uma população média de 868 pessoas.

Para os cálculos das cargas orgânicas (DBO), está sendo considerada uma taxa
per capta de geração de 54 mg DBO/Qesg. Esta carga é característica do efluente
doméstico bruto.

Carga Orgânica (DBO)= (54mg/L x118.189L/dia) mg DBO/dia

A carga orgânica resultante e que será acrescentada ao corpo receptor (rede


pública municipal) é de 6,38kg/dia.

Cabe salientar que no Art 21 da Resolução CONAMA 430/2011, estão previstos


parâmetros para o lançamento de efluentes líquidos sanitários, os quais deverão
atender os seguintes parâmetros após o tratamento a ser executado:

“Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias, 20°C: máximo de


120 mg/L, sendo que este limite somente poderá ser ultrapassado

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no caso de efluente de sistema de tratamento com eficiência de


remoção mínima de 60% de DBO, ou mediante estudo de
autodepuração do corpo hídrico que comprove atendimento às
metas do enquadramento do corpo receptor. ”

Este impacto poderá ser atenuado em função de implantação de estação


elevatória, linha de recalque e emissário até a interligação no sistema existente,
conforme recomendações da COPASA.

Conclui-se desta forma, que o impacto a ser gerado é negativo, direto,


permanente, curto prazo, irreversível, atingindo diretamente as áreas de influência
direta e indireta, bem como a regionalidade como um todo, de intensidade e
magnitude média.

8.3.3. Impermeabilização do Solo

Com base no diagnóstico da gleba quanto aos aspectos urbanísticos e


construtivos, foi possível verificar no código de edificações do Município, que o
projeto urbanístico apresentado atende satisfatoriamente os índices de
permeabilidade natural. A implantação do loteamento deverá impermeabilizar uma
área de 30,62% do total da gleba a ser ocupada pela OUC.

Em uma análise de localização com base no levantamento planialtimétrico, foi


possível verificar que há uma tendência de escoamento dos efluentes pluviais da
porção noroeste para a porção sudeste, desaguando o efluente pluvial no Ribeirão
Caladinho e seguindo para o Rio Piracicaba, não impactando significativamente o
sistema de drenagem pluvial.

Conclui-se, desta forma, que o impacto causado, referente à impermeabilização


do solo é negativo, direto, permanente, de curto prazo, irreversível, atingindo
diretamente a área de influência direta e indireta do empreendimento, porém de

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magnitude e intensidade média, em função da existência prévia de outros


loteamentos no local.

8.4. Impacto sobre o Uso e a Ocupação do Solo

8.4.1. Ventilação e Insolação

Com base no diagnóstico realizado sobre as alturas dos empreendimentos, bem


como dos aspectos geográficos e de clima da região, foi possível verificar os
aspectos e os impactos a serem causados em função da ventilação e da insolação
do local após a implantação.

Devido à topografia do terreno, a direção dos ventos não será alterada ou


desviada com barreiras construtivas, pois já possuem barreiras naturais que
mantém o clima da região, conforme imagem ilustrativa de uma das glebas locais,
localizada em uma cota inferior aos topos de morros locais.

Figura 111 - Imagem ilustrativa.

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Do ponto de vista da insolação, podemos concluir que a implantação do


residencial não foge do que tem sido usado como regra para o local, pois o
gabarito adotado já é recorrente no município, o que justifica plenamente sua
execução.

Conclui-se com base nas informações levantadas que o impacto causado é


negativo, direto, permanente, curto prazo, irreversível, atingindo diretamente a
área de influência direta do empreendimento, porém de magnitude e intensidade
baixa.

8.4.2. Iluminação e Sombreamento

Do ponto de vista do sombreamento, a ocupação futura na área da OUC não


causará influência em edificações do entorno imediato, devido à sua baixa altitude
e por estar instalada em um local de acentuada declividade, além das áreas de
preservação permanente dispostas em todo o loteamento.

Contudo, a abrangência deste sombreamento é restrita apenas ao entorno das


residências, não podendo assim ser motivo de impedimento para implantação do
empreendimento sendo, portanto harmônico em relação ao seu entorno.

Desta forma conclui-se com base nas informações levantadas que o impacto
causado é negativo, direto, permanente, curto prazo, irreversível, atingindo
diretamente a área apenas do entorno de cada lote, porém de magnitude e
intensidade baixa.

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Quadro 20 - Infraestrutura.

8.5. Impacto sobre a Valorização Imobiliária do Entorno

Foi possível verificar com base nos diagnósticos realizados no local que há uma
tendência à valorização dos imóveis da região com relação à implantação da
Operação Urbana Consorciada Avenida Manaaim. A análise da valorização levou
em consideração os resultados obtidos no laudo de avaliação dos valores dos
imóveis, bem como o público alvo do empreendimento.

Esta valorização se dá em função da crescente demanda por comércios e serviços


no local, decentralizando o bairro do centro da cidade.

Desta forma, conclui-se com base nas informações levantadas que o impacto
causado é positivo, direto, permanente, longo prazo, reversível, atingindo
diretamente a área de influência direta e indireta do empreendimento, porém de
magnitude e intensidade baixa.

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Quadro 21 - Impactos na Economia Local.

8.6. Impacto sobre os Sistemas Viário e de Transporte Público

8.6.1. Sistema Viário

O aumento no fluxo de veículos durante a fase de supressão, limpeza, preparação


do terreno e terraplanagem será decorrente do transporte dos operários,
empreiteiros e demais contratados para a execução das obras civis. Também
pode ser considerado que poderá haver impacto negativo com relação ao
transporte de máquinas, equipamentos e materiais. Este impacto causará uma
pressão sobre o sistema viário local principal, compreendendo a Av. Maanaim e
adjacências, podendo aumentar os riscos de acidentes nestas imediações e
podendo causar a deterioração do pavimento das vias públicas.

Desta forma, os impactos associados ao sistema viário da área de entorno


imediato ao empreendimento foram considerados como:

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- Fase de Implantação:
Impacto considerado negativo, direto, temporário, imediato (médio prazo),
reversível, atingirá diretamente a área de influência indireta da OUC, de média
intensidade e magnitude.

- Fase de Ocupação:
Impacto considerado negativo, direto, permanente, imediato (longo prazo),
reversível desde que adotadas as medidas mitigatórias, atingirá diretamente a
área de influência indireta do empreendimento, de alta intensidade e magnitude.

8.6.2. Transporte Público

Com relação aos impactos associados ao transporte público coletivo é possível


afirmar com base no diagnóstico realizado que o mesmo é suficiente para atender
a demanda local.

Neste aspecto vale salientar que, com base em estudos estatísticos, 47% da
população brasileira possui um meio de transporte motorizado, tais como:
ciclomotores, motocicleta e automóveis (Pnad/IBGE), porém este dado não leva
em consideração o poder aquisitivo da população brasileira.

Levando-se em consideração os dados estatísticos obtidos, bem como a análise


do público alvo do empreendimento, o impacto sobre o sistema de transporte
público é moderado, em função de que o percentual que utilizará o sistema será
relativo, compreendendo horários específicos.

Considerando os dados apresentados acima, bem como a análise do diagnóstico


realizado este impacto é negativo, direto, permanente, curto a longo prazo,
reversível, afeta diretamente a área de influência direta e indireta da OUC, porém
possui intensidade e magnitude média.

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8.7. Impactos sobre a Paisagem Urbana e Natural

Com base nos estudos realizados nas áreas de influência direta do


empreendimento, especificamente no entorno imediato foi possível avaliar os
impactos que serão causados sobre a paisagem urbana e natural com a
implantação da OUC.

A análise dos impactos foi realizada tendo como base a avaliação da cobertura
vegetal existente, incluindo o passeio público, o padrão, a altura das edificações e
o perfil arquitetônico dos mesmos.
Esta análise obteve os seguintes resultados:

8.7.1. Quanto à Paisagem Natural

Haverá impactos significativos com a implantação da OUC no aspecto da


paisagem natural, apesar da gleba delimitada para a Operação já se encontrar em
estado antropizada, possuir vegetação em diferentes estados de regeneração e
exemplares do Bioma Mata Atlântica.

Considerando os dados apresentados acima, bem como a análise do diagnóstico


realizado este impacto é negativo, direto, permanente, curto-médio prazo,
irreversível, afeta diretamente a área de influência direta da OUC, com intensidade
e magnitude baixa.

8.7.2. Quanto à Paisagem Urbana

A OUC não deverá causar impactos significativos do ponto de vista da paisagem


urbana da região, uma vez que a área possui uma vocação comercial e
residencial, com tendência a verticalização, com o incremento imediato de demais

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imóveis comerciais e industriais com o mesmo perfil arquitetônico da O.U.C.


proposta.

Considerando os dados apresentados acima, bem como a análise do diagnóstico


realizado este impacto é neutro, direto, permanente, curto-médio prazo,
irreversível, afeta diretamente a área de influência direta do empreendimento,
porém possui intensidade e magnitude baixa.

8.8. Impactos Ambientais

8.8.1. Aspectos e Impactos Ambientais – AIA

8.8.1.1. Análise de AIA

Toda a intervenção feita pelo homem pode causar impactos ao ambiente assim
como no meio social e econômico, sendo influenciada pelo porte, uso e
funcionalidade da obra em questão, podendo variar de uma pequena a grande
significância de impacto, dependendo do tipo de atividade.

No contexto da OUC, por se tratar de uma atividade de expansão e ordenamento


do espaço urbano, destacam-se os possíveis impactos que podem ser causados
ao meio ambiente pelas obras de construção civil durante as etapas de
implantação e ocupação dos empreendimentos que integrarão a OUC.

A construção civil no Brasil é responsável por gerar 685.000.000 toneladas de


resíduos da construção civil – RCC mensalmente, incluindo obras de
terraplanagem e movimentação de solos, resíduos inertes como caliça e metralha,
o que gera custos altíssimos para coleta, transporte e disposição final ou
reciclagem.

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Além da geração de resíduos sólidos, há quantidade significativa de geração de


efluentes líquidos, pelos processos de fabricação de argamassa, lavagem de
caminhões, dentre outros.

As emissões atmosféricas são significativas quando se trata de obra civil, pois


este impacto está presente em várias etapas do processo de implantação de um
empreendimento. A movimentação de solos, o tráfego de caminhões, o uso de
equipamentos, causam emissões de poeiras e ruídos, que podem afetar
desfavoravelmente o ambiente e seu entorno.

Desta forma, se faz necessária uma análise profunda sobre os aspectos e os


impactos ambientais gerados pela construção civil. Considerando o porte do
empreendimento, estes aspectos precisam ser controlados para que não se
tornem grandes impactos.

De acordo com a NBR ISO 14001, o termo “meio ambiente” significa:


circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo,
recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. A mesma
norma trata o aspecto ambiental como sendo o elemento das atividades, produtos
ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente, sendo
que um aspecto ambiental significativo tem potencial de causar impactos
ambientais significativos. O impacto ambiental é qualquer modificação do meio
ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos
ambientais de uma organização.

Para tanto, a gestão dos aspectos ambientais em uma obra civil é extremamente
importante, pois visa gerenciar e controlar estes aspectos para que não se tornem
impactos ao ambiente.

Abaixo, segue a matriz de aspectos e impactos que são causados na obra civil,
especificamente da implantação da Operação Urbana Consorciada Av. Maanaim.

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Conforme descrito acima, a análise dos aspectos e impactos ambientais é


extremamente importante na fase preliminar de um empreendimento. Com base
nos aspectos e impactos levantados será possível criar estratégias de controle
para cada um deles, a fim de que se possa assegurar a qualidade ambiental
atenuando efeitos negativos sobre o ambiente.

Quadro 22 - Tabela de Impacto Ambiental.

8.8.1.2. Significância

Identificados os aspectos e os impactos ambientais decorrentes da atividade, se


faz necessária a avaliação de significância dos AIA’s, levando em consideração
vários fatores, dentre eles:

8.8.1.2.1. Aspectos Ambientais

- Temporalidade: Passado | Presente | Futuro


- Situação:
 Normal: Aspectos inerentes aos processos.
 Anormal: Aspectos associados a situações não previstas na execução.

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 Emergência: Aspectos gerados em condições adversas, envolvendo risco para


a atividade, trabalhador e para a comunidade.

- Incidência:
 Direta: Aspecto está associado às tarefas executadas dentro dos limites da
atividade executada.
 Indireta: Aspecto está associado às tarefas que são controladas indiretamente
e fora dos limites da atividade executada.

8.8.1.2.2. Impactos Ambientais

- SEVERIDADE
Severidade Definição Pontuação
Baixa Improvável que causa pouco ou nenhum dano ao meio 1
ambiente ou ao ser humano.
Média Se aos impactos causados forem maiores, mas não tão graves, 2
será de média severidade.
Alta Se os impactos forem muito graves, será de alta severidade. 3

- FREQUÊNCIA
Frequência Definição Pontuação
Baixa Improvável de ocorrer até uma vez por mês ou poucos registros 1
durante o ano.
Média Provável de ocorrer, podendo ocorrer até uma vez por semana. 2
Alta Altamente provável que ocorra, podendo ocorrer diariamente, 3
tais como consumo de papel, energia elétrica e recursos
hídricos.

- ABRANGÊNCIA
Nível Definição Pontuação
Local Os impactos excedem os limites da área da empresa, 1
causando incômodo.
Regional Os impactos podem ocorrer dentro dos limites regionais. 2
Global Os impactos excedem os limites do estado e país. 3

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Os aspectos e impactos ambientais serão considerados significativos e passíveis


de controle quando:
- Insignificante (até 3 pontos): Impactos não merecem atenção especial, por serem
raros em sua ocorrência ou de baixo risco ao ambiente.
- Documentados (de 4 a 6 pontos): São aqueles impactos que possuem alguma
relevância ambiental, porém não necessita de atenções prioritárias, mas podem
ter algum tipo de controle.
- Significativos (de 7 a 9 pontos): São aqueles impactos que necessitam de algum
controle operacional para minimizar os impactos ao ambiente.

8.8.1.2.3. Análise de Significância

Abaixo está representada a planilha de análise de significância dos aspectos e


impactos ambientais decorrentes da atividade de construção do OUC Av.
Maanaim.

Tabela 29 - Análise de Significância.

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Gráfico 15 - Gráfico de Significância.

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Desta forma, conclui-se com base nas informações levantadas nos diagnósticos
bem como na avaliação dos aspectos e impactos ambientais, que os impactos
causados sobre o meio ambiente serão considerados negativos, direto,
permanente, curto prazo, irreversível, atingindo diretamente a área de influência
direta do empreendimento, porém de magnitude e intensidade baixa.

8.8.1.2.4. Controles Operacionais

Com o intuito de acompanhar as atividades decorrentes das obras de instalação e,


também, após a implantação dos empreendimentos que irão compor a OUC,
sugere-se a realização de alguns programas ambientais, conforme sumarizado
abaixo. Estes programas objetivam monitorar as atividades diretamente
associadas às obras de instalação desses empreendimentos, assim como aquelas
diretamente vinculadas à sua ocupação. Pretendem também acompanhar, através
da análise de indicadores e parâmetros ambientais, a potencial ocorrência de
alguma alteração ambiental, frente às quais se estabelecerão mecanismos de
prevenção ou mitigação. Com isso, criam-se mecanismos estratégicos para a
minimização dos impactos ambientais adversos, que sejam potencialmente
decorrentes das obras de instalação e de ocupação dos empreendimentos que
serão implantados na área da OUC.

- Plano de Controle Ambiental


- Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
- Plano de Controle de Poeiras
- Plano de Monitoramento de Ruídos e Vibrações

São controles operacionais após a implantação do empreendimento e fazem


parte, como um todo, da gestão ambiental e da mitigação dos impactos o seguinte
plano:

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- Plano de Coleta Seletiva

8.8.1.2.4.1. Plano de Controle Ambiental

a) Introdução

O Plano de Controle Ambiental tem por objetivo apresentar a proposta de


parcelamento, assim como, as medidas mitigatórias, controle e compensação
ambientais dos impactos ambientais negativos decorrentes da instalação do
empreendimento.

b) Objetivos da Operação Urbana Consorciada - O.U.C.

São objetivos do empreendimento:


a) respeitando o direito de propriedade, atendendo ao quesito de função social do
imóvel;
b) viabilizar o melhor aproveitamento e destinação da área, promovendo a
compatibilização entre o desenvolvimento socioeconômico e o equilíbrio
ambiental;
c) Impactos Negativos a Implantação do Empreendimento do Ponto de Vista
Ambiental
- Tráfego
A movimentação de máquinas e equipamentos de grande porte durante a
realização das atividades de implantação do empreendimento poderá apresentar
como fontes potenciais de impactos ambientais:
- Aumento de poeira nas áreas próximas ao empreendimento;
- Emissão de particulados durante a movimentação de material;
- Incremento do tráfego nas ruas de acesso;
- Geração de ruído advindo de máquinas, caminhões e equipamentos utilizados.

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Para atenuar estes impactos propõe-se que sejam adotadas as seguintes


medidas de controle (mitigatórias):
- Aspersão com águas no trecho das vias de acesso, através de caminhão pipa,
devendo ser dada atenção especial à manutenção da limpeza das rodas dos
equipamentos, quando estes forem circular em vias públicas;
- Realização de um trabalho de informação/orientação dos usuários frequentes
das vias de acesso, a ser realizado no período de pré-obra;
- Execução do transporte de equipamentos pesados para a obra fora dos horários
de pico de trânsito local e necessariamente durante o dia;
- Sinalização adequada para orientação do tráfego, utilizando placas de
advertência*;
- Não efetuar carregamento de caminhões em excesso, para evitar
transbordamentos nas vias públicas, no caso de materiais que não forem ser
utilizados na área interna do empreendimento, observando-se ainda, o
enlonamento dos caminhões.

* A sinalização deve advertir os usuários da via pública quanto à existência da


obra, delimitar seu contorno, bem como ordenar o tráfego de veículos e pedestres.
Esta sinalização deverá compreender dois grupos de sinais, quais sejam:
Sinalização anterior à obra e sinalização no local da obra. Deverá ser prevista a
instalação de sinalização complementar, visando auxiliar o conjunto de sinais
convencionais, destacando-se placas de desvio de tráfego, placas de fechamento
de vias, indicação de obras nas vias transversais, atenção à mão dupla, todas
estas placas devem indicar a distância em metros até a obra. Colocar dispositivos
em pontos estratégicos de grande visibilidade destinada a proteger operários,
transeuntes e veículos durante a execução das obras, ressaltando-se que estes
dispositivos devem apresentar sempre boas condições de uso.

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O uso de colete ou tiras refletivas deve ser obrigatório quando o operador estiver a
serviço em vias públicas. Ao término da implantação da obra, todos os dispositivos
de sinalização utilizados no local devem ser retirados do local.
- Supressão da Vegetação

Mesmo considerando que a área destinada ao empreendimento se encontra


antropizada, quando da supressão do percentual de exemplares existentes na
área, ainda assim poderão ser observados os seguintes impactos ambientais:
- Geração de ruídos pelas máquinas e equipamentos de corte e roçada da
vegetação;
- Geração de resíduos sólidos advindos do processo de poda/supressão

Para atenuar estes impactos propõe-se que sejam adotadas as seguintes


medidas de controle (mitigatórias)

- Execução das atividades de supressão da vegetação em horários de pouco


trânsito, necessariamente durante o período da tarde;
- Supressão da vegetação apenas nas áreas estritamente necessárias a
implantação da estrutura do empreendimento.

- Área do Bota Fora

Para a instalação do empreendimento poderá ser necessária a utilização de áreas


de compensação de massa e/ou bota fora externo, a ser definido pelo
empreendimento, devendo este local ser devidamente licenciado para essa
finalidade.

- Ocupação do solo.
Para a instalação do sistema de acondicionamento temporário de resíduos da
construção civil, algumas regras deverão ser atendidas, tais como:

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- Não alocar recipientes e demais dispositivos de coleta em locais suscetível a


erosão;
- Em área suscetível a cheias e inundações;
- Com topografia acidentada;
- Que esteja alinhada com a direção predominante dos ventos e núcleos urbanos;
- Que interfira com espécies vegetais protegidas por lei.

Deverão conter soluções adequadas para a disposição final dos resíduos sólidos
gerados, que devem ser retirados periodicamente do local de trabalho, conforme
prevê o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

A fim de manter o canteiro de obras em condições de higiene, para maior conforto


dos trabalhadores, deverá ser contatado serviço de empresa especializada em
desinsetização e desratização para controle das pragas urbanas nas instalações
da obra.

A empreiteira responsável pela execução da obra deve informar aos moradores do


entorno, através de projeto (antes da implantação do canteiro de obras).
Independente da observância das medidas preventivas recomendadas, durante a
execução das obras a empresa responsável pela supervisão geral do
empreendimento deverá realizar inspeções rotineiras para análise das condições
estruturais do solo, sobretudo nas áreas de exposição, considerando fenômenos
como erosão, assoreamento, efeitos da alteração de drenagem, acondicionamento
de resíduos, sistemas de segurança ocupacional, dentre outros.

- Poluentes Hídricos

A geração de efluentes líquidos deve ser analisada em dois aspectos:


- Drenagem de águas pluviais com carregamento de partículas sólidas e matéria
orgânica que poderão assorear o curso hídrico mais próximo do empreendimento;
- Efluentes sanitários gerados a partir da ocupação do empreendimento.

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As águas pluviais deverão por um determinado período de tempo carregar


materiais para o corpo receptor, na fase inicial do funcionamento, regularizando-se
por si só após lavagem hidráulica superficial e varrição.

Os efluentes sanitários deverão ser coletados na sua totalidade (rede coletora de


esgoto) e encaminhados conforme diretrizes a serem acordadas e estabelecidas
entre o empreendedor e departamento de esgoto público.

- Poluentes Atmosféricos

Apenas na fase de implantação da O.U.C. deverão ser emitidos poluentes


atmosféricos, não sendo evidenciada nenhuma forma significativa de geração
destes poluentes a partir da operação/ocupação do empreendimento.

- Ruídos

Apenas na fase de implantação do empreendimento deverão ser observadas


emissões sonoras perturbadoras, não sendo evidenciada nenhuma forma
significativa de geração destas emissões a partir da ocupação/operação do
empreendimento.
- Resíduos Sólidos

A geração de resíduos sólidos deve ser analisada em dois aspectos:


- Resíduos de construção civil a serem gerados na fase de implantação;
- Resíduos gerados a partir da ocupação do empreendimento.

d) Impactos Positivos na Implantação do Empreendimento

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- Geração de empregos e renda tanto de maneira direta (pelas obras de


implantação do empreendimento e sua infraestrutura) quanto indireta, pelo
incremento do setor da construção civil e das atividades comerciais da região;
- Incremento na arrecadação de impostos diversos, através das atividades do
empreendedor (ISSQN e ICMS), do patrimônio edificado e lotes (IPTU) e dos
Estabelecimentos ao seu redor (ICM e ISSQN);
- Aumento da demanda por produtos e serviços ligados ao ramo da construção
civil nos municípios, em função das obras de instalação do loteamento e
infraestrutura na área;
- Aumento da demanda, vigilância, equipamentos de segurança e outras
necessidades que venham a surgir de maneira mais imediata no decorrer das
obras.

e) Desmobilização do Canteiro de Obras

Ao término das obras, deverão ser removidas as seguintes estruturas do canteiro


de obras:
− Pisos e bases em concreto ou madeira compensada;
− Cercas;
− Barramentos ou outros obstáculos decorrentes das obras;
− Bueiros provisórios;
− Drenagens provisórias;
− Área propícia ao acúmulo de águas pluviais devem ser erradicadas;
− A rede natural de drenagem deve ser totalmente desobstruída;
− Resíduos perigosos porventura existentes deverão ser acondicionados e
transportados conforme previsto nas normas técnicas em vigor, levando em
consideração as recomendações do PGRCC, com a devida autorização do órgão
ambiental competente.

f) Gerenciamento de Riscos Ambientais

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 306
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

Durante a execução das obras e serviços de engenharia, poderão ocorrer sinistros


envolvendo o meio físico e a equipe de trabalho local, tanto quanto outras
localidades (do entorno e distantes) e equipes contratadas para serviços
terceirizados.

Entre as possibilidades com maior probabilidade de ocorrência estão:


- Inundações e erosão de grandes proporções;
- Derrame/Vazamento de materiais poluentes e/ou cargas perigosas;
- Acidentes de trânsito;
- Movimentação de massa e/ou danos físicos a edificações localizadas no entorno,
consequência de trepidações e tráfego de equipamentos pesados;
- Explosões originárias de combustão por superaquecimento;
- Desmoronamento de estruturas em estado precário;
- Incêndios;
- Acidentes de trabalho;
- Represamento de Águas pluviais A fim de atuar na contenção das causas dos
possíveis sinistros acima relacionados, será responsabilidade das empreiteiras
vindouras, adotar as medidas e procedimentos descritos a seguir:

a) Contingência para sinistros envolvendo os meios físicos/biótico

Considerando a conformação a situação da gleba, sugere-se que os


empreendimentos a serem construídos no local realizem por si ou por técnicos
contratados, investigação preliminar nas edificações do entorno antes do início
das obras, a fim de resguardar seus interesses em caso de ocorrência de
sinistros, visando avaliar a precariedade das habitações, tanto quanto as
irregularidades construtivas das edificações no entorno. Caso a investigação
identifique riscos estruturais preexistentes, a organização deverá adotar os
procedimentos necessários à inclusão dos dados no seguro obrigatório das obras
e proceder à informação do risco aos interessados, a fim de evitar ocorrência de
catástrofe. A investigação deve ser realizada por perito.

221

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 307
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

b) Derrame/Vazamento de materiais poluentes e/ou cargas perigosas

- Poderá ocorrer tanto no local das obras e serviços, quanto durante o transporte
dos mesmos do local de obtenção para a obra, ou em sentido oposto.
- São considerados materiais poluentes: Óleos e graxas, resíduos sólidos
domésticos e efluentes sanitários (Canteiro de obras) e de lavagem de
equipamentos.
- São consideradas cargas perigosas: Combustíveis fósseis e que contenham
cimento e outros produtos químicos.
- Para gerenciamento dos riscos quanto à produção/obtenção, manuseio e
armazenagem destes produtos, cabe a empresa contratada para a execução da
obra:
- Manter sistemas de drenagem de água pluviais e de esgotamento sanitários
isolados;
- Controlar a emissão de efluentes que possam conter óleos e graxas, oriundos da
lavagem, limpeza e/ou pequenos reparos em equipamentos, através de
dispositivos de filtragem e contenção;
- Recolher diariamente e dispor em local adequado, para posterior coleta, todo o
resíduo produzido no canteiro de obras;
- Os resíduos e efluentes perigosos somente poderão ser transportados por
empresas devidamente licenciadas pela Feam;
- Comunicar as autoridades competentes, inclusive a Feam ou Secretaria de Meio
Ambiente, logo após o sinistro, vazamentos, derrames ou quaisquer outros
envolvendo material perigoso;
- Mobilizar imediatamente o corpo de bombeiros, em caso de acidente com carga
perigosa.

Ao término das intervenções:

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 308
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

- Remover os detritos, restos e sobras de materiais de construção de qualquer


natureza e de entulhos provenientes das obras e da demolição do canteiro;
- Desativar e remover containers e demais recipientes de acondicionamento de
resíduos;
- Desativar, desinfetar, demolir e aterrar os dispositivos de recepção e tratamento
dos esgotos sanitários existentes no canteiro;
- Desativar, limpar, demolir e aterrar caixas separadoras de óleos e graxas (caso
possua).

c) Contingência para Situações de Sinistros envolvendo o meio antrópico

i. Acidentes de Trânsito:

Caberá à contratada adotar ao empreendedor adotar a sinalização da obra


conforme especificado e acordar com o órgão de trânsito do Município, as
alterações e desvios de tráfego necessários à execução das intervenções.

ii. Movimentações de massa e/ou danos físicos a edificações localizadas no


entorno, consequência de trepidações e tráfego de equipamentos pesados:

Ocorrendo qualquer das situações, os serviços devem ser paralisados e


acionados a equipe de engenharia responsável pelo projeto.

As especificações do projeto deverão ser revistas e ajustadas à nova situação.


Constatado que o dano se deve à execução do Projeto, caberá indenização ou
reparo ao proprietário, a expensas do empreendedor. Havendo riscos aos
moradores, a empresa será responsável por retirá-los do local, abrigando em local
que possua condições iguais de habitabilidade, até completo reparo ou
indenização sobre o dano.

iii. Incêndios:

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 309
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

Poderão ser evitados se obedecidos os critérios de segurança, no que e refere à


manutenção do canteiro de obras.

g) Monitoramento das Obras e Serviços

No decorrer da obra, desde o início das atividades deverá os empreendedores


prever o acompanhamento periódico e sistemático dos aspectos ambientais da
obra, sejam eles no âmbito administrativo, técnico ou operacional, com o objetivo
de impedir a ocorrências de situações indesejadas, otimizando a execução dos
serviços, bloqueando a ocorrência de impactos adversos ao ambiente e a saúde
humana.

Para que o monitoramento resulte em efetivo controle ambiental, deverão ser


observadas, pelos envolvidos as seguintes recomendações:
- Toda e qualquer irregularidade observada no canteiro de obras deve ser
registrada.
- Cabe aos responsáveis emitir os registros e deixá-los a disposição dos seus
superiores, a fim de que se faça uma análise crítica sobre os eventos ocorridos;
- O carregamento de caçambas contendo resíduos sólidos ou sedimentares,
destinados ao transporte para bota-fora ou outros locais que não o canteiro de
obras, deve ser objeto do Registro de Transporte (Conforme PGRCC);
- Os responsáveis pela execução da obra ou empresa terceira deve prever no
planejamento a realização periódica de uma inspeção/auditoria da obra. Caso
sejam apontadas não conformidades (NC) que possam resultar em riscos ou
danos ao ambiente, ou ainda que tenham sido observados pelos responsáveis
aspectos relacionados neste Plano de Controle Ambiental relativamente às
medidas preventivas, mitigatórias ou corretivas de danos ambientais, será emitido
o relatório de auditoria/inspeção, o qual deverá ser devidamente registrado e as
NC’s devidamente sanadas em tempo hábil pré-determinado.

224

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 310
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

O acompanhamento diário das ações mitigatórias e/ou corretivas de impactos


ambientais previstas neste plano como um todo é objeto do responsável pela a
execução da obra, que deve ter em vista também, detectar outros problemas
ambientais significativos porventura surgidos na execução da obra e apontar
procedimentos corretivos a serem adotados pelos executores do projeto.

8.8.1.2.4.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil –


PGRCC

h) Objetivo

O Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC tem como


objetivo a caracterização, a quantificação e as formas de manejo dos resíduos
gerados em decorrência da obra civil, visando à redução, o reuso e a reciclagem.

O plano também tem como objetivo descrever a forma de planejamento das


ações, definir responsabilidades e os recursos necessários para desenvolver e
implantar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas neste plano.

i) Aplicação

O plano é aplicável ao canteiro de obras, os empregados, empreiteiros,


contratados e subcontratados, visitantes, agentes de fiscalização, dentre outros.

j) Responsabilidades

Recursos Internos

Direção

225

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 311
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

- Criar procedimentos, mecanismos e estratégias com o objetivo de monitorar os


aspectos ambientais decorrentes de sua atividade;
- Disponibilizar recursos humanos e financeiros na aquisição de materiais e
equipamentos a serem utilizados como apoio na gestão dos resíduos sólidos e
líquidos, bem como na prevenção de acidentes;
- Disponibilizar aos envolvidos, treinamentos, palestras e cursos correlacionados a
capacitação, desde ao apoio a elaboração, a implantação e execução;
- Difundir as boas práticas de gestão
- Fazer-se presente na condução das atividades gerenciais

Equipe de Implantação

- Levantar as necessidades e custos e administrar os recursos para garantir a


implantação e eficácia deste Plano;
- Coletar informações necessárias, tais como orçamentos, recursos financeiros e
humanos na condução da implantação e manutenção deste documento;
- Disponibilizar tempo para envolver-se com as atividades, na inspeção regular, na
capacitação pessoal, na correção de problemas bem como no atendimento a não
conformidades na gestão e ações a emergências;
- Criar mecanismos de monitoramento através de ações preventivas e indicadores
de gestão a fim de medir a eficiência/eficácia das ações implantadas neste Plano;
- Comunicar de forma imediata, a ocorrência de qualquer emergência ambiental a
alta direção, bem como a todas as entidades competentes, quando necessário,
tais como a Brigada de Incêndio (no caso de sinistro), a Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (caso haja o envolvimento de pessoas), ao órgão ambiental
(em caso de envolver recursos ambientais);
- Investigar as ocorrências anormais no processo;
- Definir as ações de atendimento a emergências;
- Definir e conduzir simulações, avaliando os resultados, emitindo relatório técnico,
descrevendo as ações corretivas, caso seja apontada não conformidade;
- Transmitir e treinar os colaboradores as informações contidas neste Plano;

226

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 312
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

- Promover a mitigação dos impactos ambientais, providenciando a remoção e a


destinação adequada dos resíduos gerados;
- Acompanhar as ações corretivas;
- Revisar este Plano periodicamente;
- Garantir que as ações propostas no Plano de Ação sejam cumpridas.

Recursos Externos

- Corpo de Bombeiros: Prestar socorro às vítimas; combater emergência conforme


estratégia.
- Defesa Civil: Evacuar e vigiar pessoas e casa; prestar socorro às vítimas.
- Órgãos Ambientais: Acompanhar o combate à emergência; participar do
monitoramento ambiental, da avaliação das consequências em termos ambientais
e da restauração das características iniciais das áreas atingidas e adjacências;
acompanhar o recolhimento e a destinação dos resíduos oriundos da emergência.
- Órgãos de Trânsito: Interditar e/ou desviar o transito rodoviário e as vias
próximas ao local de emergência.
- Prefeitura: Auxiliar na retirada de vítimas e encaminhamento para hospitais;
providenciar apoio, no tocante a recursos humanos e materiais, caso necessário.

k) Requisitos Legais Aplicáveis

 Norma ABNT NBR 10.004: Dispõe sobre a classificação dos resíduos sólidos
 Norma ABNT NBR 10.007: Dispõe sobre a amostragem de resíduos
 Norma ABNT NBR 11.174: Dispõe sobre a armazenagem de resíduos não
perigosos
 Norma ABNT NBR 12.235: Dispõe sobre a armazenagem de resíduos
perigosos
 Norma ABNT NBR 15.112: Resíduos da construção civil e resíduos volumosos
 Norma ABNT NBR 15.114: Resíduos da construção civil – Reciclagem
 Lei Federal n° 12.305/2010: Cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 313
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 Decreto Federal n° 7404/2010: Regulamenta a Lei Federal n° 12.305/2010


 Resolução CONAMA n° 109/2005: Dispõe sobre o PGRCC
 Resolução CONAMA n° 307/2002: Dispõe sobre a gestão dos resíduos da
construção civil
 Resolução CONAMA n° 348/2004: Altera a Resolução CONAMA n° 307/2002
 Resolução CONAMA n° 448/2012: Altera a Resolução CONAMA n° 307/2002

l) Definições

Resíduos da Construção Civil: São os provenientes das construções, reformas,


reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação
e da escavação de terrenos, tais como: Tijolos, blocos cerâmicos, concreto em
geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados,
forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos,
tubulações, fiação, embalagens vazias contaminadas, chapas de raio-x,
comumente chamados de entulho de obras, caliça ou metralha.

Geradores: São pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis


por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos pela
Resolução CONAMA 307.

Transportadores: São as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e


do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação.
Agregado reciclado: É o material granular proveniente do beneficiamento de
resíduos de construção que apresentem características técnicas para a aplicação
em obras de edificação, de infraestrutura, em aterros sanitários ou outras obras de
engenharia.

Gerenciamento de Resíduos: É o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou


reciclar resíduos, incluindo o seu planejamento, responsabilidades, práticas,

228

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 314
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

procedimentos e recursos para desenvolver e implantar as ações necessárias ao


cumprimento das etapas previstas em programas e planos.

Reuso: É o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do


mesmo.
Reciclagem: É o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido
submetido à transformação.

Beneficiamento: É o ato de submeter um resíduo as operações e aos processos


que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados
como matéria-prima ou produto.

Aterro de Resíduos de Construção Civil: É a área onde serão empregadas


técnicas de disposição de resíduos da construção civil classe A no solo, visando à
preservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso menor
volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao ambiente.

Áreas de Destinação de Resíduos: São áreas destinadas ao beneficiamento ou à


disposição final dos resíduos.
Classificação dos Resíduos da Construção Civil: Os resíduos deverão ser
classificados como:

Classe A: São resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras


de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

De construção, demolição, reformas e reparos de edificações, componentes


cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.), argamassa e
concreto;

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 315
PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO

De processo de fabricação de e/ou demolição de peças pré-moldadas em


concreto (blocos, tubos, meio-fio, etc.), produzidas no local da obra.

Classe B: São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:


plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.

Classe C: São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou


aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação,
tais como os oriundos do gesso.

Classe D: São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais


como: tintas e solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de
demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e
outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contemplam amianto
ou outros produtos nocivos à saúde.

Resíduos Perigosos (Classe I): Aqueles que apresentem alguma característica


de periculosidade, tais como: Inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade, patogenicidade.

Resíduos não Perigosos (Classe II): Que não apresentam característica de


periculosidade, podendo obter duas classificações:

Classe II – Não Inerte: Aqueles que não se enquadram como resíduos de classe I
nem classe Inerte. Os resíduos não inertes podem ter as propriedades:
Biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

Classe II – Inerte: Qualquer resíduo que submetidos a um contato dinâmico com


água não tiverem nenhum dos seus constituintes solubilizados a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor,
turbidez e sabor.

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Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça -feira, 30 de abril de 2019 / Página 316
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m) Planejamento

O planejamento deve ser realizado no canteiro de obras, objetivando:

- Levantamento das informações junto a equipe de obra, identificando os resíduos


predominantes, empresa contratada para a remoção dos resíduos, locais para a
destinação adequada;
- Preparação e apresentação da proposta para aquisição e distribuição de
dispositivos de coleta de resíduos bem como a sinalização dos locais de descarte
do canteiro de obra;
- Definição dos responsáveis pela coleta dos resíduos nos locais de
acondicionamento inicial e transferência para o local de armazenamento final;
- Cadastro de fornecedores objetivando qualificar os fornecedores de serviço para
a gestão dos resíduos;
- Elaboração de rotina para o registro da destinação dos resíduos;
- Verificação das possibilidades de reciclagem e aproveitamento dos resíduos.

n) Implantação e Operação

A gestão dos resíduos da construção civil inicia-se da seguinte forma, na seguinte


ordem cronológica:
- Aquisição e distribuição dos dispositivos de coleta;
- Aquisição e distribuição dos dispositivos de sinalização;
- Treinamento com os operários no canteiro de obras (Triagem, Armazenamento e
Descarte Adequado).

o) Monitoramento

Deverá ser avaliado o desempenho da gestão dos resíduos na obra, por meio de
relatórios analíticos periódicos, em relação a limpeza e a ordem no local, a triagem

231

Diário Oficial de Coronel Fabriciano, n° 986/ terça-feira, 30 de abril de 2019 / Página 317
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e a destinação dos resíduos. Pode-se optar por indicadores que atestem a


eficiência do sistema de gerenciamento de resíduos.

p) Qualificação dos Fornecedores

Os fornecedores envolvidos na gestão dos resíduos deverão ser qualificados para


garantir à segurança dos processos posteriores a gestão dos resíduos.

Deverão ser requisitos mínimos:


- Licença de Operação
- Cadastro Técnico junto ao IBAMA

Deverão ser qualificados:


- Transportadores
- Unidades de Destinação Final

q) Análise Qualitativa de Resíduos

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Quadro 23 - Análise qualitativa.

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Quadro 24 - Classificação de Resíduos.

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r) Análise Quantitativa de Resíduos

A quantidade estimada total de resíduos a ser gerada na obra é a seguinte: Área


total a ser construída: 5135,320 m2

Total de resíduos a serem gerados na obra (massa): 1200m² de Concreto


Usinado, 890 toneladas de areia, 1150 toneladas de brita e 360 toneladas de
cimento*.

Total de resíduos a serem gerados na obra (volume): 60 m 3/mês.*


*Dados Estimados

s) Acondicionamento

Quadro 25 - Acondicionamento de Resíduos.

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t) Transporte Interno

Quadro 26 - Transporte de Resíduos.

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u) Diretrizes para Transporte Externo de RCC

Antes de preencher o formulário de transporte para os locais de disposição final ou


reciclagem de resíduos perigosos, estes devem ser acondicionados e etiquetados
de uma maneira segura.

Para a identificação de resíduos perigosos deve ser observada a tabela de


Classificação de Resíduos, presente neste documento. Em seguida deve-se
quantificar o volume de material a ser destinado, adotar as medidas legais para o
transporte adequado dos resíduos.

Diretrizes de Transporte de Resíduos Perigosos (Classe I):

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- O transporte será feito por empresa habilitada para tal finalidade, sendo que a
mesma deverá apresentar, na época em que for solicitado este tipo de serviço,
sua respectiva Licença Ambiental e documentação pertinente, e encarregar-se,
juntamente com o aterro que receberá os resíduos, do preenchimento dos
formulários exigidos pelos órgãos ambientais;
- Cópia dos documentos deve sempre ficar com a empresa (gerador), até que seja
emitida a via carimbada do MTR (modelo abaixo) e outros comprovantes pela
central de resíduos industriais;
- Motoristas de veículos transportando resíduos sólidos devem evitar paradas
injustificadas ou não autorizadas ao longo da rota de transporte. Os mesmos
deverão possuir cursos de transporte de cargas perigosas;
- Os veículos de transporte de resíduos sólidos devem estar equipados com lona
para prevenir gotejamento ou dispersão ao longo da rota, ser mecanicamente
capazes de atuar em condições adversas de clima, obedecer à capacidade de
carga projetada e não serem sobrecarregados deve ser adequadamente e
frequentemente sanitizados para evitar odores indesejáveis.
- O gerador será responsável pela correta execução de todos os aspectos e
procedimentos de transporte de resíduos sólidos, mesmo que o transporte seja
realizado por terceiro contratado;
- O gerador deve obter todas as licenças e permissões para o transporte de
resíduos e verificar que a sua equipe cumpra todos os regulamentos/leis de
segurança para o transporte de resíduos sólidos no Brasil. O registro das licenças
deve fazer parte do arquivo ambiental. Em caso de contratação de serviço de
terceiros, deve solicitar estes documentos ao contratado.
- Todos os resíduos perigosos, para tratamento final e disposição, devem ser
documentados e registrados. Cópia dos registros deve ser arquivada. Tais
registros devem incluir as seguintes informações: transportador, data e
procedimento de envio.

v) Reutilização e Reciclagem dos Resíduos/Destinação Final

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Os resíduos da construção civil deverão ser destinados da seguinte forma:


- Classe A: Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou
encaminhados a áreas de aterro de resíduos de construção civil, sendo dispostos
de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
- Classe B: Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização
ou reciclagem futura;
- Classe C: Deverão ser armazenados, transportados e destinados em
conformidade com as normas técnicas especificas;
- Classe D: Deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados
em conformidade com as técnicas especificas.

a) Reuso/Reciclagem Interna

Quadro 27 - Reciclagem Interna.

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b) Reciclagem Externa

Quadro 28 - Reciclagem Externa.

c) Destinação Final

Quadro 29 - Destinação Final.

8.8.1.2.4.3. Plano de Controle de Poeiras

a) Objetivo

Este Plano de Controle de Poeiras tem como objetivo apresentar as medidas de


controle para a minimização dos impactos ambientais causados em decorrência
das atividades de terraplanagem, bem como o uso de massas cimenteiras que
possam gerar material particulado.

– MP para a atmosfera, podendo gerar incômodo a vizinhança.


A emissão de material particulado e responsável por uma serie de problemas
respiratórios e cardíacos, danos a flora e a principalmente a fauna, alteração da
qualidade do ar, dentre outros aspectos.

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b) Fundamentação Teórica

A poluição atmosférica inclui todo tipo de atividade, fenômeno e substância que


contribua para a deterioração da qualidade natural da atmosfera, causando males
aos seres humanos e ao meio ambiente.

A resolução n° 3 de 28/06/1990 do CONAMA considera como poluente


atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em
quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis
estabelecidos, e que torne ou possa tornar o ar improprio, nocivo ou ofensivo a
saúde, inconveniente ao bem-estar público, danosos aos materiais, a fauna, e a
flora, ou prejudicial a segurança, ao uso e gozo da propriedade e as atividades
normais da comunidade.

A US EPA (2006) considera como poluente atmosférico qualquer substância


presente no ar que possa causar danos aos seres humanos e ao meio ambiente.

− Material particulado (MP):

O material particulado e uma mistura entre partículas sólidas emitidas por fontes
com potencial de poluição.

− Efeitos da emissão de MP:

Qaudro 30 - Efeitos da emissão de MP.

241

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8.8.1.2.4.4. Plano de Monitoramento de Ruídos e Vibrações

a) Objetivo
Este Plano de Monitoramento de Ruídos e Vibrações tem como objetivo monitorar
os níveis de pressão sonora no decorrer da instalação do empreendimento, pois
estes processos geram uma série de ruídos significativos com níveis de emissões
distintos e que podem afetar desfavoravelmente a população circunvizinha ao
empreendimento.

b) Metodologia

Deverão ser monitorados periodicamente os níveis de pressão sonora na área do


empreendimento e em seu entorno. Desta forma, deve-se acompanhar a evolução
dos níveis de pressão sonora gerados pela instalação junto ao empreendimento e
as áreas residenciais mais próximas, comparando os resultados obtidos com os
limites estabelecidos pela Resolução CONAMA N° 001 de 8 de marco de 1990,
através das condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em
comunidades e metodologia fixada pela NBR 10.151 de 2000.

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Esta medição deverá ser realizada mensalmente no decorrer das obras. Os


equipamentos que gerarem ruídos e vibrações muito expressivos deverão operar
somente em horários durante o período da tarde.

8.8.1.2.4.5. Plano de Coleta Seletiva

a) Objetivo

Este plano tem como objetivo promover ações no intuito de implantar um sistema
de coleta seletiva no Loteamento. Este plano também tem como objetivo
descrever as instalações necessárias para o acondicionamento dos resíduos
sólidos gerados.

A política nacional de resíduos sólidos, instituída pela Lei 12.305/2010 determinou


alguns referenciais no sentido de estimular as práticas de prevenção, redução,
valoração, reutilização e reaproveitamento, a destinação final ambientalmente
adequada dos resíduos sólidos gerados em atividades industriais, comerciais, de
serviços e em decorrência da atividade humana.

Este plano procura abordar, fundamentalmente, a promoção de instrumentos de


desenvolvimento social, ambiental e econômico, criando meio de promover a
atuação de catadores de materiais recicláveis e do descarte adequado.

b) Diagnóstico dos Resíduos Gerados

Na construção deste plano foi realizado um diagnóstico com base em estudos de


outros condomínios residenciais quanto aos resíduos gerados. Na planilha abaixo
é possível visualizar os diferentes tipos de resíduos sólidos gerados:

Quadro 31 - Tipos de resíduos.

243

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c) Objetivos e Metas

Nesta etapa foram selecionados alguns objetivos e metas a serem alcançados


com a implantação do mesmo. Os objetivos são direcionamentos gerais aos quais
o plano deverá estar vinculado, enquanto as metas devem ser mensuráveis.

Para que o plano seja capaz de otimizar as oportunidades vinculadas ao correto


gerenciamento de resíduos bem como realizar de forma satisfatória a coleta
seletiva, e importante que ele seja fundamentado nos princípios estipulados pela
PNRS, levando em conta a redução, a reutilização e a reciclagem dos resíduos.

d) Plano de Coleta Seletiva

O programa de coleta seletiva é um programa simples de ser implantado e que


não necessita da disponibilização de muitos recursos para a sua implementação.
O programa consiste em disponibilizar em um local no interior do loteamento,

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coletores adequados e que atendam plenamente a Resolução CONAMA 275, que


dispõe sobre as cores dos coletores para cada tipologia de resíduos.

Os materiais recicláveis serão encaminhados para empresas de reciclagem para


que façam a devida triagem e o envio a diferentes organizações responsáveis pela
transformação do resíduo em matéria prima.

Os materiais que deverão ser encaminhados a reciclagem são os seguintes:


 Papel e papelão
 Plástico
 Metais
 Vidros
 Resíduos Eletrônicos*
 Pilhas e Baterias*

*Convênios específicos
Deverá ser disponibilizado pelo loteamento um ou mais conjuntos de no mínimo 6
recipientes de coleta seletiva, sendo um para plástico, um para papel e papelão,
um para metais, um para vidros, um para resíduos orgânicos e outro para outros
resíduos não recicláveis e não orgânicos.

Os coletores devem ser acondicionados em locais estratégicos no térreo ou na


área de garagem. Deverão ser disponibilizados, conforme convênio um coletor
para acondicionamento e descarte de resíduos eletrônicos e um para pilhas e
baterias.

Os espaços de armazenagem devem ser amplos o suficiente para acondicionar o


material pelo menos uma vez por semana, ou pelo tempo necessário até que a
empresa possa coletar o material. Não pode conter infiltrações, rachaduras ou
goteiras na cobertura. Porem deverá ser viabilizado com a empresa coletora um
calendário de descartes, a fim de não seja mantido no local por muito tempo,

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resíduos recicláveis, pois por possuírem característica de combustibilidade


(exceção dos metais e vidros), podem servir de combustível em caso de incêndio.

O depósito também deverá ficar, preferencialmente, longe dos pontos de


instalações elétricas. As lixeiras convencionais poderão ser substituídas por
coletores com rodas, que simplificam o processo de transporte interno dos
resíduos.

Os colaboradores envolvidos no manuseio dos resíduos gerados no loteamento


deverão utilizar os equipamentos de proteção individual necessários, tais como
luvas, botas e jaleco.

e) Manuseio e Coleta

A gestão do manuseio e coleta dos resíduos deve ser muito bem estruturada, pois
é em parte o processo que irá maximizar as oportunidades de reciclagem e
reprocessamento externos. A separação efetuada corretamente permite a
racionalização dos recursos despendidos e facilita a gestão dos resíduos e o
atendimento aos objetivos e metas propostos neste plano.

A mistura dos resíduos pode tornar um resíduo reciclável pode torná-lo inviável no
processo de reciclagem, por ter se tornado um resíduo todo perigoso. A
Resolução CONAMA 275 dispõe sobre as cores utilizadas para a fácil
identificação dos resíduos e por este motivo orienta que os sistemas de coleta
seletiva simplifiquem a gestão no momento da coleta dos resíduos. Abaixo estão
listadas as cores e a identificação de cada uma delas conforme regulamentam a
Resolução:

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Figura 112 - Tipos de resíduos com respectivas cores para reciclagem.

A coleta dos resíduos deve ser feita separando-os de acordo com a sua
classificação de cores. Embalagens de papel/ papelão e plásticas, quando se
apresentarem em bom estado de conservação, isto e sem umidade, devem ser
enfardadas ou ensacadas e conduzidas para armazenamento em local seco,
visando a reciclagem.

Toda sucata metálica, ou material deste resíduo não reutilizável deve ser
segregado, para posterior destino final. Todo e qualquer resíduo coletado precisa
ser segregado e acondicionado nos recipientes apropriados, devidamente
identificados.

f) Acondicionamento

Os resíduos gerados após serem claramente identificados, classificados e


devidamente coletados deverão ser conduzidos a sistemas de acondicionamento
que minimizem a exposição dos resíduos a intempéries e demais ações que
possam alterar a sua classificação.

Está sendo previsto no plano de gerenciamento de resíduos sistemas de


acondicionamento para cada tipo de resíduo gerado. Estes sistemas deverão
garantir que a contaminação seja minimizada e o espaço seja otimizado. Todos os
resíduos serão armazenados em área dentro do loteamento.

Estes resíduos devem ser armazenados em lixeiras ou contêineres que serão


distribuídos na área do loteamento conforme necessidade. A centralização da
coleta dos resíduos deverá ser feita na área de estocagem de resíduos, de forma
a facilitar o controle sobre sua retirada.

g) Armazenamento

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O sistema de armazenamento de resíduos não perigosos previsto está levando


em consideração o disposto na NBR 11.174. Esta norma estabelece todos os
procedimentos necessários bem como as condições específicas para a concepção
de um local adequado para este armazenamento, visando à prevenção de riscos a
saúde humana e ao ambiente.

No processo de escolha da área a ser instalado o depósito, foram considerados os


seguintes fatores: Local onde os resíduos ficarão armazenados, se o mesmo está
em conformidade com o estabelecido pelo órgão ambiental fiscalizador; se os
fatores como, uso do solo, topografia, geologia, recursos hídricos, acesso, área
disponível e meteorologia estão de acordo com o estabelecido.

O sistema de armazenamento dos resíduos deve prever os seguintes requisitos:


− Sistema de isolamento e sinalização que impeça o acesso de pessoas não
autorizadas;
- Placas ilustrativas contendo o acesso e placa com a identificação “Depósito de
Resíduos”;
− Sistemas de controle de poluição do ar.

h) Destinação Final

Deve-se observar também a licença ambiental em vigor do destinatário, em função


da responsabilidade solidária que pode gerar sanções administrativas e penais.

Depois de armazenado, o resíduo pode ter três destinos: a reutilização, a


reciclagem ou o descarte final.

O loteamento deve fazer com que todas as atividades de gestão de resíduos


sejam executadas de forma técnica, legal, sanitária e ambientalmente aceitável.

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8.9. Pesquisa de Vizinhança

De acordo com solicitações da Prefeitura do município, foram realizadas 250


pesquisas de campo com a percepção da vizinhança em relação à implantação da
OUC Avenida Maanaim com sugestões ou observações acerca da mesma
conforme formulários em anexo.

Os dados obtidos foram tabelados para que pudéssemos ter uma dimensão dessa
percepção de vizinhança em relação ao empreendimento.

O estudo da vizinhança imediata nos demonstra que o empreendimento fica em


local de uso residencial e com grande fluxo de atividades comerciais. O
empreendimento conta com toda a infraestrutura necessária ao seu
funcionamento, já que sua localização está próxima da região central do
município, com grande vocação comercial, disponibilidade de transporte público e
equipamento comunitários, possibilidade de interligação em redes de
abastecimento e fornecimento de energia.

Gráfico 16 - Perfil dos Entrevistados.

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Gráfico 17 - Classificação.

Gráfico 18 - Escolaridade.

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Gráfico 19 - Tempo de moradia.

Gráfico 20 - Opinião.

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Gráfico 21 - Perfil dos Entrevistados.

Gráfico 22 - Definições do local.

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Gráfico23 - Avaliação.

Gráfico 24 - Benefícios.

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Gráfico 25 - Prejuízos.

8.7. Pesquisa de Vizinhança para as áreas de adensamento

Para as áreas de adensamento a OUC Av. Maanaim foi realizado pesquisa de


campo, através de entrevista realizada com 54 moradores locais onde notou-se
que a comunidade avalia como positivo a chegada de novos empreendimentos
para região.

Foi aplicado questionário aos entrevistados com assuntos relacionados as


infraestruturas, a classificação da região, avaliação do imóvel e o tipo de impacto
causado com a chegada de um novo empreendimento. Sobre as infraestruturas de
acordo com a população entrevistada em relação as COLETAS DE ESGOTO com
novos empreendimentos para 50% dos entrevistados avaliam como “excelente” a
chegada, sendo que haverá maiores investimentos e condições de melhorar as
coletas. 26% dos entrevistados avaliam como “bom”, 24% como regular e que
talvez não haverá modificações significativas. Não houve registro de avalições
“ruins”.

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Sobre a COLETA DE LIXO, para 54% dos entrevistados avaliam como “excelente”
a chegada, sendo que haverá maiores investimentos e condições de melhorar as
coletas. 22% dos entrevistados avaliam como “bom”, 24% como regular e que
talvez não haverá modificações significativas. Não houve registro de avalições
“ruins”.

A DRENAGEM PLUVIAL, para 56% dos entrevistados avaliam como “excelente” a


chegada o que poderá encaminhar de forma adequada e sistematizada a entrada
das águas pluviais em pontos estratégicos. 20% dos entrevistados avaliam como
“bom”, 24% como regular e que talvez não haverá modificações significativas. Não
houve registro de avalições “ruins”.

Para as ÁREAS DE RISCO que estão localizadas próximas e dentro da área dos
empreendimentos para 61% dos entrevistados avaliam como “excelente” a
chegada tendo a possibilidade de uma parceria público privada para erradicar tais
áreas. 18% dos entrevistados avaliam como “bom”, 15% como regular e que
talvez não haverá modificações significativas e para 6% avaliam como “ruim” e
que poderá aumentar as áreas de risco.

Um dos aspectos mais bem visto pela população são os COMÉRCIOS E


SERVIÇOS onde 85% dos entrevistados avaliam como “excelente” e que poderão
alavancar mais empregos. 11% dos entrevistados avaliam como “bom”, 4% como
regular e que talvez não haverá modificações significativas. Não houve registro de
avalições “ruins”.

A ILUMINAÇÃO PÚBLICA, para 50% dos entrevistados avaliam como “excelente”


a chegada o que poderá encaminhar de forma adequada e sistematizada a
entrada das águas pluviais em pontos estratégicos. 39% dos entrevistados
avaliam como “bom”, 11% como regular e que talvez não haverá modificações
significativas. Não houve registro de avalições “ruins”.

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Atualmente a população brasileira sempre cria expectativas sobre UNIDADES DE


SAÚDE, porém a grande maioria dos entrevistados 50%, apesar de avaliar como
“excelente” a chegada de novos empreendimentos. Neste quesito os avaliados
informaram ter consciência que depende de outros fatores para que este aspecto
seja melhorado e isto foi um dos fatores que não deixou a porcentagem maior.
17% dos entrevistados avaliam como “bom”, 33% como regular e que talvez as
escolas existentes já atendem as necessidades locais. Não houve registro de
avalições “ruins”.

As ESCOLAS possuíram 43% dos entrevistados a avaliação como “excelente”,


26% dos entrevistados avaliam como “bom”, 31% como regular e que talvez as
escolas existentes já atendem as necessidades locais. Não houve registro de
avalições “ruins”.

Os CENTROS INFANTIS possuíram 46% dos entrevistados a avaliação como


“excelente”, 22% dos entrevistados avaliam como “bom”, 32% como regular e que
talvez as escolas existentes já atendem as necessidades locais. Não houve
registro de avalições “ruins”.

Atualmente na rua de acesso ao imóvel conta com dois circulares de ônibus, as


linhas JK VIA FÓRUM e a linha Padre Rocha - JK. Questionados sobre o
TRANSPORTE PÚBLICO os entrevistados avaliaram como 67% “excelente”, 16%
dos entrevistados avaliam como “bom”, 17% como regular e que talvez não haverá
modificações significativas. Não houve registro de avalições “ruins”.

Sobre o CALÇAMENTO E ASFALTO os avaliados mencionaram sobre alguns


locais próximos ao imóvel que ainda não possuem asfalto e que acham que
poderá haver melhorias de toda a região com a chegada de novos
empreendimentos. Os entrevistados avaliaram como 74% “excelente”, 17% dos

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entrevistados avaliam como “bom”, 9% como regular e que talvez não haverá
modificações significativas. Não houve registro de avalições “ruins”.

Para as ÁREAS DE LAZER 63% dos entrevistados a avaliação como “excelente”,


26% dos entrevistados avaliam como “bom”, 11% como regular e que talvez as
escolas existentes já atendem as necessidades locais. Não houve registro de
avalições “ruins”. Quase a mesma expressividade para as PRAÇAS PÚBLICAS,
onde 61% dos entrevistados a avaliação como “excelente”, 26% dos entrevistados
avaliam como “bom”, 13% como regular e que talvez as escolas existentes já
atendem as necessidades locais. Não houve registro de avalições “ruins”.

A prestação de SERVIÇOS DO CORREIOS para os avaliados é que já é um bem


serviço realizado, sendo que para 41% dos entrevistados a avaliação foi
“excelente”, 28% dos entrevistados avaliam como “bom”, 31% como regular pois já
é um serviço satisfatório. Não houve registro de avalições “ruins”.

Um dos maiores problemas enfrentados pela população local é a criminalidade.


Como a área é extensa e atualmente é utilizada para pastagem de animais,
moradores locais se sentem inseguros em determinados horários do dia e para os
entrevistados, a SEGURANÇA PÚBLICA representa cerca de 80% como
“excelente”, 11% dos entrevistados avaliam como “bom”, 7% como regular pois
avaliam que não haverá melhorias e apenas 2% analisam como “ruim” e que
poderá piorar com a chegada de novos empreendimentos.

Gráfico 26 - A porcentagem referente a cada tipo de serviço e infraestrutura


de acordo com os anseios da população com a chegada de novos
empreendimentos a região.

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Infraestruturas
55
50
45
ENTREVISTADOS

40
35
30
25
20
15
10
5

Excelente Bom Regular Ruim

A pesquisa também questionou aos entrevistados como classificariam sua região


e 18% opinaram como “excelente”, 54% como “bom” destacando que o bairro
pode ser melhorado com algumas alterações que se fazem necessárias (segundo
os entrevistados), 17% avaliam como “regular” e 11% como “ruim”.

Gráfico 27 - Neste gráfico é possível verificar a porcentagem referente a


satisfação e classificação da população local com a região.

Classificação da região

11%
18%

17%

54%

Excelente Bom Regular Ruim

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Para a maior parte dos entrevistados a chegada de novos empreendimentos


poderá ser interessante pois valorizará seu imóvel. Alguns são indiferentes quanto
a este tipo de informação, enquanto ninguém manifestou como sendo um fator
que irá desvalorizar seu imóvel.

Gráfico 28 - Para 69% dos entrevistados com a chegada de novos


empreendimentos a tendência é que os imóveis sejam valorizados, 31% são
indiferentes a esta informação.

Valorização imobiliária

31%

69%

Valoriza Desvaloriza Indiferente

A pesquisa ainda contou com um importante questionamento sobre o impacto de


novos empreendimentos para região, sendo que a maioria avaliou positivamente.
Ainda através de relatos dos moradores dado novo uso a área seria mais
proveitoso do que o atual.

Gráfico 29 - A vinda de novos empreendimentos é avaliada para 98% dos


entrevistados positivamente apenas 2% acham de forma negativa.

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Impacto da inserção de novos


empreendimentos
2%

98%

Positivo Negativo

260

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9.0 MATRIZ DE IMPACTOS


Contudo apresentado no Estudo de Impacto de Vizinhança, ressaltamos de forma compacta, os principais impactos
apresentados, através da tabela 30 abaixo, retratando sua natureza, período de duração, localização e magnitude na
planilha abaixo:

Tabela 30 - Matriz de Aspectos e Impactos.

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10. RESUMO/CONCLUSÃO

A partir da elaboração do EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança), foi possível


analisar sob os aspectos relativos aos impactos de vizinhança, que o
empreendimento analisado e as áreas de adensamento, após implantação da
Operação Urbana Consorciada - OUC definirá parâmetros específicos à região,
demonstrando possuir adequação ao meio urbano em que se insere acessível
através de vias estruturais e dentro de zoneamentos específicos regionais a serem
estabelecidos.

A OUC Av. Maanaim avaliada é considerada de alto impacto para o sistema de


transporte e trânsito, essa hipótese foi confirmada a partir da análise de nível de
serviço realizado para os empreendimentos que serão implantados na área
apresentada. No entanto, foram identificadas adequações ao sistema de
transporte e trânsito listadas abaixo para amenizar estes impactos.

Para todas as adequações listadas recomenda-se a elaboração de projetos viários


específicos.
 Implantação de calçadas ao longo dos percursos dos pedestres dentro da
OUC Av. Maanaim conforme NBR-9050/2015;
 Realização/melhoria da infraestrutura (Pavimento, calçadas, drenagem, etc)
dentro da OUV Av. Maanaim;
 Análise de implantação de novos PED’s dentro da área da OUC Av. Maanaim,
onde estas análises de locação dos pontos podem seguir os parâmetros
mencionados do TRB;
 Análise da proibição de veículos pesados na Av. Maanaim, já que é uma via
que possui um declive acentuado;
 Implantação/melhoria de sinalização horizontal, vertical e dispositivos
auxiliares na área da OUC Av. Maanaim e na Av. Pres. Tancredo Neves, entre os
pontos de retorno para acesso a OUC Av. Maanaim, conforme identificada na
figura abaixo (principal rota de chegada e saída dos empreendimentos):

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Figura 113 – Área de Implantação de Sinalização Vertical, Horizontal e Dispositivos Auxiliares.

 Implantação de um cruzamento semaforizado para facilitar o acesso ao


empreendimento e desafogar o gargalo existente no trânsito atual, tendo em
vista que os retornos existentes ficam a mais de 500 metros de distância do
acesso ao empreendimento.

As áreas adensadas terão fluxo de trânsito maior, mas pelos números


apresentados por veículos transitados não haverá incremento significativo, sendo
possível afirmar que as características locais e de entorno imediato, relacionados
aos temas analisados, favorecem o adensamento da OUC Av. Maanaim,
compreendendo níveis baixos de impacto em relação à vizinhança. Outro ponto
positivo é a diminuição de fluxo na Av. Magalhães Pinto, o que devido aos novos
empreendimentos favorecerá ao redimensionamento do fluxo.

271

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O empreendimento não é caracterizado como de atividade incômoda.

Com relação à infraestrutura o impacto esperado é negativo, pois haverá


necessidade de alteração ou modificação da infraestrutura existente, que é
perfeitamente adequável às necessidades do empreendimento. Porém quanto à
mobilidade urbana, o efeito será positivo, pois resolverá o problema de Transporte
Público e congestionamento de vias no local.

No que tange ao destino de material de “bota-fora” verificou-se que não haverá


nem importação nem exportação de material inerte a princípio.

O empreendimento deve ser ocupado dentro de uma perspectiva temporal situada


entre 05 a 20 anos. Por similaridade com outros empreendimentos, deverá atingir
de 70 a 80% de ocupação em 15 anos.

No tema paisagem urbana o índice foi positivo, com a promoção de uma melhoria
da paisagem urbana e do padrão urbanístico de ocupação do solo, sem haver
perda dos visuais de grande valor estético.

Com relação ao ambiente natural verificou-se impactos na fauna e flora,


decorrentes da supressão de vegetação que deverão ser mitigados.

O índice de Equipamentos Urbanos e Comunitários foi positivo, uma vez que os


investimentos em infraestrutura serão benéficos e positivos.

No tema “Equipamentos Sociais” também deve haver baixo impacto na demanda,


uma vez que o empreendimento se destina a uma parcela social que deverá
demandar serviços públicos de saúde e educação dentro de um cenário de 20
anos.
O tema “Uso e Ocupação do Solo” apresentou índices positivos, pois com a
implantação do empreendimento a região consolida sua vocação

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residencial/comercial para empreendimentos de médio a alto padrão em


conformidade com o Plano Diretor, regularizando empreendimentos e evitando
crescimento desordenado. Os impactos positivos são permanentes, de espectro
local e de longa duração.

Com relação à estrutura socioeconômica e valorização imobiliária temos que o


empreendimento trará impactos positivos permanentes com a criação de
empregos e incremento na economia local. A valorização imobiliária deverá ser
acompanhada por processo de implantação de empreendimentos comerciais e de
serviços para o atendimento das demandas da nova população. Do ponto de vista
das finanças municipais haverá um incremento do recolhimento de tributos.

Os empreendimentos se integram com o seu entorno de forma adequada, tanto


sob os aspectos de dinâmica urbana como pelas sinergias que decorrerão de sua
proximidade. O empreendimento completa o sistema viário de toda a região,
facilitando a mobilidade do município.

Na síntese o empreendimento será benéfico para o município e seu entorno e


seus impactos positivos estão relacionados pelas suas características conforme
demonstrado nos estudos que embasaram este relatório. Para as áreas de
adensamento a OUC Av. Maanaim após pesquisa realizada através de entrevista
com moradores locais notou-se que a comunidade avalia como positivo a chegada
de novos empreendimentos para região.

Desta forma, a implantação de empreendimentos OPERAÇÃO URBANA


CONSORCIADA AV. MAANAIM (OUC AV. MAANAIM) e para as áreas adensadas
podem ser considerados viáveis e de grande importância ao município, desde que
observadas às medidas mitigadoras propostas abaixo.

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Quadro 32 - Medidas mitigadoras.

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11. REFERÊNCIAS

 ACESITA. Relatório 1958. Timóteo, 1959.


ARAÚJO, Carlos Hamilton. Perspectivas para a Inflação. Banco Central do
Brasil. Brasília, 2013.
 ASSEMBLEIA DE MINAS. PODER E VOZ DO CIDADÃO. Municípios de
Minas Gerais. Disponível em:
<http://www.almg.gov.br/consulte/info_sobre_minas/index.html?aba=js_tabAss
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 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL. Dados do Setor.
Disponível em <http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/461>. Acesso em: 9
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 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIMPEZA PÚBLICA. Panorama Dos
Resíduos Sólidos No Brasil2011. Disponível em:
<http://www.abrelpe.org.br/panorama_edicoes. cfm. > Acesso em 02 nov.
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 ATLAS DIGITAL DAS ÁGUAS DE MINAS. Informações hidrológicas em
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<http://www.atlasdasaguas.ufv.br/doce/Informacoes_secao_fluvial/Informacoes
_secao_fluvial.html>. Acesso em: 3 nov. 17.
 ATLAS Dos Remanescentes Florestais Da Mata Atlântica: Período 2011-2012.
São Paulo, 2013. Disponível em: <http://www.sosma.org.br/link/atlas2011-
12/ATLAS_apresentacao_2011_2012_COLETIVA.pdf>. Acesso em: 3 nov
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 BARBOSA, Beatriz dos Santos. TRAÇO – Trem Metropolitano do Vale do
Aço. Coronel Fabriciano,2013. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) –
Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Coronel Fabriciano, 2003.
 BARBOSA, Kênia de Souza. Por que a gestão da Região Metropolitana do
Vale do Aço não sai do papel? Belo Horizonte, 133 f, 2010. Dissertação

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