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NORTE/MATO GROSSO.
Em face de BANCO XXX, sociedade anônima, inscrita no CNPJ XXX, situado na rua
XXX, n° XXX Bairro XXX, XXX/ MT, CEP XXX, pelas razões e fatos a seguir
expostos:
1. PRELIMINARES
Antes de adentrar no mérito, o requerente informa à Vossa Excelência que não possui
condições financeiras de arcar com as custas e despesas processuais e os honorários
advocatícios sucumbenciais, advindos desta demanda, o que se comprova pelos
documentos anexos.
Ainda assim, mesmo considerando que os descontos estejam em vigor desde 2021, o
requerente tem dificuldades para operar aplicativos bancários e lidar com questões
bancarias devido a sua simplicidade e familiaridade com tecnologia. Diante disso
somente agora foi descoberto tais descontos.
2. DOS FATOS
A pretensão autoral deve ser analisada à luz da Lei nº 8.078/1990 - CDC, pois
caracterizadas no presente caso, as figuras do consumidor e do fornecedor, personagens
abrangidos pelos artigos 2º e 3º da citada lei. Ademais, não há dúvidas da
hipossuficiência do requerente, bem como de sua fraqueza econômica e vulnerabilidade
como consumidor.
Assim, requer o ônus da prova e exigir do requerido a demonstração de que não foi o
responsável pela fraude cometida contra o requerente, bem como os danos causados a
ele.
4. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Como cediço, a indenização por danos morais deve ter caráter reparatório, sem ensejar
enriquecimento sem causa, representando ao ofendido, uma compensação justa pelo
sofrimento experimentado, e, ao ofensor, um desestímulo à reiteração do ato lesivo.
Devem ser levados em consideração, alguns fatores como a gravidade da ofensa, a
condição econômica e financeira do requerente e do requerido, a repercussão e as
consequências do fato, a posição social do lesado e o grau de culpa ou dolo do ofensor.
Desta forma, comprovado o ato ilícito do demandado, em ter celebrado um contrato de
empréstimo não solicitado, ainda, SEQUER TER CREDITADO REFERIDO VALOR
NA CONTA DO REQUERENTE, na pensão recebida, pois o autor desconhece esses
valores, tampouco a título de empréstimo e até mesmo refinanciamento, cujo montante é
destinado à sua sobrevivência e a responsabilidade objetiva pelo ato praticado, é direito
que seja condenado ao pagamento dos danos morais experimentados pelo requerente.
É pertinente ressaltar que o incidente em questão não pode ser minimizado como um
mero aborrecimento. O requerente teve seu direito ao sigilo de dados violado, e
encontrando-se atualmente sob transtornos na busca por soluções para os problemas
decorrentes, o que tem acarretado significativo desconforto e apreensão. Considerando
que o requerente nunca teve qualquer envolvimento com atividades ilícitas.
No caso, vislumbra-se claramente a possibilidade de aplicação da teoria DO DESVIO
PRODUTIVO DO CONSUMIDOR, criada pelo advogado e professor Marcos
Dessaune, defende que todo tempo desperdiçado pelo consumidor para a solução de
problemas gerados por maus fornecedores constitui dano indenizável. Segundo o autor:
Neste caso, é evidente a possibilidade de aplicação da teoria, dado que o Autor teve que:
- Por diversas vezes, entrar em contato com o atendimento do Réu e buscar por conta
própria demonstrar o que confirmava todas essas vezes – que ele não havia contratado o
empréstimo consignado do Réu;
- Riscos de ter seu nome incluído nos cadastros de proteção ao crédito, pela falta de
pagamento que certamente ocorreria, já que não estava ciente da fraude.
É fato tudo isso, caso não fosse descoberto a tempo, causaria mais transtornos, pois teria
sido efetuados mais descontos em seus proventos de aposentadoria.
7. DOS PEDIDOS
OAB/XXXXXXXX