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em face do BANCO BMG S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob
o nº. 61.186.680/0001-74, com sede na Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1830, Andar 9
e 10, sala 94/101/102/103/104, Bloco 01, Vila Nova Conceicao, São Paulo-SP, CEP 04543-
900, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos.
DOS FATOS
“Art. 14, § 1°. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II
- o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época
em que foi fornecido.”
Com efeito, as hipóteses dos aludidos diplomas legais se encaixam
perfeitamente à deletéria prestação de serviço ocorrido, impondo-se a atribuição de
responsabilidade por todos os danos causados.
DOS DANOS MORAIS
Portanto, pelo evidente dano moral que provocou, deve o Poder Judiciário
impor à ré a devida e necessária condenação, com arbitramento de indenização
proporcional a extensão do dano, seguindo o entendimento dos Tribunais Superiores. In
casu, a conduta da ré, anteriormente aduzida, casou diversos transtornos à parte autora,
não apenas em seu aspecto material, como moral, de modo que não lhe cabe arcar com o
ônus de um ato ilícito praticado pela acionada.
Este é o entendimento da Jurisprudência pátria:
DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
A parte autora pugna que este M. Juízo determine que a ré realize todos
os atos necessários à exclusão do nome da parte autora no SPC e nos demais órgãos de
restrição ao crédito, sob pena de ser-lhe cominada multa diária.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Além disto, acerca das regras de distribuição do ônus da prova, por tratar-
se de declaração de inexistência de negócio jurídico, qual seja a contratação entre as
partes, certo é que deve ocorrer de forma automática a inversão do ônus probatório,
cabendo à acionada a prova quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direto da parte autora, ante a total impossibilidade da parte autora em fazer
prova de fato negativo. Este é o entendimento da Jurisprudência pátria:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE CANCELAMENTO DE
DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO.O deferimento da inversão
do ônus da prova significa que a distribuição do dever de produzir provas
em juízo, estabelecida, para a generalidade dos casos, pelo art. 333, do
CPC, será invertida, por força da aplicação do art. 6º, VIII, da Lei 8.078/90,
cabendo ao fornecedor ou produtor provar o desacerto das afirmações do
consumidor, em favor do qual seria estabelecida, então, uma espécie de
presunção de veracidade. Nas ações declaratórias negativas, como é o caso
dos autos, não recai sobre o agravado/autor o ônus de provar a inexistência
de relação jurídica entre ele e o banco réu/agravante: seria impossível ao
agravado demonstrar que não celebrou o contrato para a abertura de
conta-corrente, eis que se trata de prova de fato negativo, cuja
impossibilidade de realização faz com que seja comumente chamada de
"prova diabólica". Assim, o ônus da prova já é da parte requerida, não
havendo se falar em inversão.” (Agravo de Instrumento nº
1.0223.08.246489-0/001(1), 17ª Câmara Cível do TJ-MG, Rel. Eduardo
Mariné da Cunha. j. 04.12.2008)
DOS PEDIDOS
a) A inversão do ônus da prova, como faculta o art. 6º, inciso VIII, da Lei nº.
8.078/90, para facilitar os meios de defesa do consumidor.
Para provar o alegado, roga a parte autora por todos os meios de prova em
direito admitidos, em especial pela prova documental e testemunhal.
ALBERT GONÇALVES
OAB/BA nº. 68.210