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Paz Armada
Nos anos que antecederam a 1ª Guerra Mundial, a Europa vivia um clima de rivalidade entre
as grandes potências, que disputavam colônias na África e na Ásia, além de territórios dentro
do próprio continente.
Entre 1871 e 1914, durante a chamada belle époque, a sociedade européia, liberal e
capitalista, passou por uma das fases de maior prosperidade. O desenvolvimento industrial
trouxe para boa parte da população um conforto nunca antes experimentado, enquanto a
ciência e a técnica abriam possibilidades inimagináveis de comunicação e transporte, com a
invenção do telégrafo, do telefone e do automóvel.
A expressão Grande Guerra, cunhada para o conflito que pela primeira vez na história
envolveu todo o planeta, se justifica pelas proporções que o confronto alcançou, pelo aparato
bélico que foi mobilizado e pela destruição devastadora que provocou. As novas armas, fruto
do desenvolvimento industrial, e os métodos inéditos empregados nos combates deram aos
países capitalistas o poder quase absoluto de matar e destruir.
Por volta de 1914, havia motivos de sobra para o acirramento das divergências entre os países
europeus. Era grande, por exemplo, a insatisfação entre as nações que tinham chegado tarde à
partilha da África e da Ásia; a disputa ostensiva por novos mercados e fontes de matérias-primas
envolvia muitos governos imperialistas; e as tensões nacionalistas, acumuladas durante décadas,
pareciam prestes a explodir. O que estava em jogo eram interesses estratégicos para vencer a eterna
competição pela hegemonia na Europa e no mundo.
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rabalhadores em uma fábrica de bombas na Inglaterra (Foto: Flickr/IWM Collections)
Causas do conflito:
A disputa colonial: buscando novos mercados para a venda de seus produtos, os países
industrializados entravam em choque pela conquista de colônias na África e na Ásia.
A concorrência econômica: cada um dos grandes países industrializados dificultara a
expansão econômica do país concorrente. Essa briga econômica foi especialmente intensa
entre Inglaterra e Alemanha.
A disputa nacionalista: em diversas regiões da Europa surgiram movimentos nacionalistas
que pretendiam agrupar sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes. O
nacionalismo exaltado provocava um desejo de expansão territorial.
A situação conflituosa deu origem à chamada paz armada. Como o risco de guerra era
bastante grande, as principais potências trataram de estimular a produção de armas e de
fortalecer seus exércitos.
O estopim
O crime aconteceu em 28 de junho de 1914. O autor dos disparos foi Gavrilo Princip,
estudante sérvio-bósnio ligado a uma organização nacionalista. Um mês depois, em 28 de
julho, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, dando início ao confronto.
Principais fases: primeira fase (1914/1915) movimentação de tropas e equilíbrio entre as forças
rivais; segunda fase (1915/1917) guerra de trincheiras; terceira fase (1917-1918) entrada dos
Estados Unidos, ao lado da França e da Inglaterra, e derrota da Alemanha.
Francisco Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de
junho de 1914 (Foto: Reuters/JU Muzej Sarajevo)
Foto não datada do velório do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua mulher, Sofia,
mortos em um atentado a tiros em Sarajevo (Foto: AP/Arquivo Histórico de Sarajevo)
Prisão de Gavrilo Princip, à direita sem chapéu, momentos após matar o arquiduque
(Foto: AP)
Efeito cascata
Diante da declaração de guerra dos austríacos, os russos se mobilizam para ajudar os sérvios,
seus "irmãos" eslavos dos Bálcãs. No dia 3 de agosto de 1914, a Alemanha, aliada dos
austríacos, declara guerra à França. O exército alemão avança rumo à França.
Por causa da política de alianças, em pouco tempo praticamente toda a Europa está envolvida
no conflito. De um lado estavam os países da Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e Império
Austro-Húngaro) e, do outro, a Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia).
Em maio de 1915, a Itália, que pertencia à Tríplice Aliança (mas até então estava neutra),
declara guerra ao Império Austro-Húngaro e muda de lado, indo a combate do lado da
Entente, em troca da promessa de receber territórios.
Em outubro de 1917, o Brasil declarou guerra à Alemanha pela mesma razão dos Estados
Unidos: meses antes, navios mercantes brasileiros haviam sido afundados por submarinos
alemães. Sua participação, porém, foi pequena e teve poucos reflexos na guerra.
O Presidente da República Venceslau Brás declara- guerra contra o Império Alemão e seus Aliados
P
opulação celebra em Berlim declaração de guerra (Foto: Flickr/The Library of
Congress)
Fronteiras e trincheiras
A primeira fase da guerra foi marcada pela Batalha de Fronteiras. O exército alemão tentava
chegar a Paris pelos limites da França com a Alemanha e a Bélgica – até então um país
neutro.
Após vencer a resistência das forças belgas, os alemães conseguiram entrar em território
francês pela fronteira do país. Em apenas um dia, 22 de agosto de 1914, 27.000 soldados
franceses foram mortos, na mais importante perda para as tropas do país. Uma das principais
caraterísticas dos confrontos foi o uso de trincheiras – frentes estáticas escondidas em valas
cavadas no chão, protegidas por arame farpado.
Soldados alemães defendem trincheira na fronteira com a Bélgica (Foto: U.S National
Archives)
Soldados franceses recolhem ferido em cidade da Bélgica, em 1914 (Foto: Flickr/The
Library of Congress)
Soldados fazem reparo em trincheira após ataque a bomba (Foto: Flickr/U.S National
Archives)
Imagem aérea feita de um avião britânico mostra trincheiras cavadas na Frente
Ocidental, em junho de 1917 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Batalhas devastadoras
A segunda começou em julho de 1916 e durou cerca de cinco meses. Os exércitos da França e
da Grã-Bretanha investiram contra a linha de defesa alemã na região do Rio Somme, mas não
tiveram êxito. Foi o conflito mais letal da guerra, com 1,2 milhão de vítimas – entre mortos e
feridos de ambos os lados.
Tropas britânicas avançam durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto:
Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Dois anos depois, já com os Estados Unidos lutando na guerra no lado da França e da Grã-
Bretanha, houve a segunda batalha do Marne, que marcou o início do recuo geral das forças
alemãs. Em julho de 1918, com a ajuda dos americanos, os exércitos aliados conseguiram
barrar o avanço do exército alemão, em um conflito que causou centenas de milhares de
baixas em ambos os lados.
Tropas francesas nas ruínas de uma catedral perto do Rio Marne em ataque contra os
alemães (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Munição das tropas alemãs abandonada na Batalha do Marne (Foto: Flickr/The
Library of Congress)
EUA desequilibram
A entrada dos Estados Unidos na guerra foi determinante para o desfecho do conflito. O país
decidiu declarar guerra à Alemanha, em abril de 1917, após ter navios mercantes naufragados
ao serem atingidos por submarinos alemães no norte do Oceano Atlântico e também no
Mediterrâneo – o que afetava profundamente seus interesses comerciais.
Foi ao lado dos americanos que os países da Entente conseguiram reagir de forma mais
efetiva contra as investidas do exército alemão.
Foto de soldados americanos em material de publicidade de recrutamento (Foto:
Flickr/U.S National Archives)
Artilharia pesada
O Império Turco-Otomano, aliado dos alemães, entrou no conflito no final de 1914. Sua
derrota fragmentou ainda mais o já fragilizado império, que acabou sendo dissolvido em
1923, quando foi proclamada a República da Turquia.
Foi durante a 1ª Guerra que começou o genocídio armênio pela mão dos turcos, em abril de
1915. Os homens eram levados para o fronte, onde eram mortos enquanto cavavam
trincheiras. Crianças, idosos e mulheres eram tirados de suas casas para "caravanas da
morte", onde sucumbiam ao frio, à fome e às doenças. Os armênios afirmam que o número de
mortos chegou a 1,5 milhão.
Ossada de armênios queimados vivos por soldados turcos em 1915 (Foto: Acervo/The
Armenian Genocide Museum-Institute)
Revolta e revolução
Em novembro do ano seguinte, oito meses após o czar Nicolau II abdicar, começa a
Revolução Russa. Em dezembro, o país assina o armistício com a Alemanha e sai da 1ª
Guerra.
Soldados fazem demonstração em São Petersburgo em fevereiro de 1917 (Foto:
Wikimedia Commons)
Armistícios
Estima-se que a 1ª Guerra mobilizou mais de 70 milhões de soldados dos cinco continentes e
gerou custos da ordem de 180 bilhões de dólares. O conflito teve ainda 6 milhões de
prisioneiros e 10 milhões de refugiados.
Os "14 pontos" não previam nenhuma séria sanção para com os derrotados, abraçando a idéia
de uma Paz "sem vencedores nem vencidos". No terreno prático, poucas propostas de Wilson
foram aplicadas, pois o desejo de uma "vendetta" por parte da Inglaterra e principalmente da
França prevaleceram sobre as intenções americanas.
Absorvente
Ao saber do uso dado pelas enfermeiras ao cellucotton, a fabricante americana das bandagens
passou a comercializá-las como absorventes. Com o mesmo material, na década de 1920, foi
lançado o lenço de papel.
Zíper
Zíper (Foto: Ale Paiva/sxc.hu)
O zíper não foi inventado durante a guerra, mas se popularizou por causa dela. Criado em
meados do século 19 pelo americano Whitcomb Judson, foi aperfeiçoado em 1913 pelo
engenheiro sueco Gideon Sundback.
As tropas dos Estados Unidos usaram zíperes em suas roupas e equipamentos durante a 1ª
Guerra e, nos anos 20, esse tipo de fecho passou a ser aplicado em todos os tipos de roupas,
calçados e bolsas.
Raio-x portátil
Com a descoberta da radioatividade no fim do século 19, a radiografia ainda era uma
tecnologia recente quando a 1ª Guerra começou. Os aparelhos eram muito grandes e não
podiam ser levados até os hospitais de campanha. A cientista polonesa radicada na França
Marie Curie, pioneira nos estudos sobre radioatividade, desenvolveu para o exército francês
aparelhos menores, que permitiram a realização de exames nos soldados feridos. O avanço
foi de grande utilidade para a medicina civil.
Relógio de pulso
(Foto: Divulgação/Whithings)
A Primeira Guerra contribuiu para a popularização do uso dos relógios de pulso, até então
considerados demasiado afeminados pelos homens.
Saber a hora era fundamental para sincronizar as operações de guerra, porém os relógios de
bolso não eram muito práticos para os campos de batalha.
Além disso, o aparelho atado ao pulso permitia dirigir tanques e pilotar aviões sem perder a
hora – o que o tornou equipamento militar obrigatório.
Quimioterapia
A quimioterapia teve origem nas armas químicas da 1ª Guerra. Com a guerra de trincheiras,
tornou-se comum o uso de gases tóxicos para atingir maior número de inimigos. Um deles era
o gás mostarda, desenvolvido pelos alemães. Décadas mais tarde, médicos viram que a
substância daquele gás poderia ser usada contra o câncer, pois desacelerava a produção de
sangue. A descoberta serviria como base para o desenvolvimento da quimioterapia.
Aviação
(Foto: Divulgação SAAB)
Na 1ª Guerra, os soldados começaram a temer o perigo que vinha do céu. Nos quatro anos de
conflito, foram desenvolvidos aviões mais velozes e resistentes. Inicialmente usados apenas
para observação, eles foram equipados com bombas e metralhadoras e passaram a ser usados
em combates. As melhorias criadas no período foram determinantes na evolução da aviação
civil nos anos seguintes. Os voos comerciais só se tornariam comuns após a 2ª Guerra
Mundial.
Armas químicas
A 1ª Guerra marcou o início do uso de armas químicas. Mesmo sendo responsáveis por
apenas 1% das mortes no conflito, elas aterrorizavam os combatentes. Gases tóxicos foram
utilizados a primeira vez pelos alemães, em abril de 1915, na batalha de Ypes (Bélgica).
Tomados pelo pânico, cegos ou asfixiados, milhares morreram sob um sofrimento cruel. Para
se defenderam, os soldados usavam óculos e máscaras de proteção, ou improvisavam,
cobrindo o rosto com panos molhados.
Tanques e metralhadoras
(Foto: AFP Photo/Jack Guez)
Foi na 1ª Guerra que se usou pela primeira vez armamentos que até hoje formam parte dos
arsenais dos exércitos. O tanque de guerra foi testado pelos britânicos em 1914 e utilizado em
combate pela primeira vez na Batalha de Somme, em 1916. Mas foram os franceses que
aperfeiçoaram o veículo blindado, essencial para a vitória na guerra. As metralhadoras
também aumentaram o poder de fogo no fronte. Os austalianos usaram as Lewis, que
pesavam 12 kg e podiam disparar até 500 balas por minuto – o equivalente a 50 atiradores
com rifles.
Porém, quando a rescontrução acabou, já não havia mais demanda para a produção dos
Estados Unidos, o que resultou no crack da bolsa em 1929.
Revolução Russa
(Foto: Wikimedia Commons)
Houve uma guerra civil no país que causou ainda mais destruição e perdas de vidas ao país.
Porém, os bolcheviques venceram o conflito interno, levando assim à criação da União
Soviética, o primeiro país socialista da história.
A pequena atuação na 1ª Guerra Mundial (1914-1918), que começou cem anos atrás,
demonstrou o total despreparo militar brasileiro para um conflito de grandes proporções e
provocou mudanças na organização e no treinamento dos soldados, permitindo que o país
pudesse ter uma presença maior na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), segundo especialistas
ouvidos pelo G1.
Além do grupo de 28 oficiais enviados à França com a missão secreta de aprender operações
e conhecer novas tecnologias de combate, o Brasil mandou ainda uma equipe médica, uma
esquadra naval para patrulhar a costa africana e aviadores, que atuaram em aeronaves
inglesas, francesas, americanas e italianas. Ao menos 165 militares brasileiros morreram
nestas missões. A maioria, no entanto, foi vítima da gripe espanhola, não de combates. Cinco
pilotos, da Marinha brasileira, foram abatidos quando confrontavam caças alemães.
“Houve uma grande mudança na mentalidade militar após a guerra. As batalhas anteriores,
em que havíamos participado, tinham sido improvisadas e se pensou: vamos resolver o
problema a partir de agora”, entende ele. Entre os aprendizados incorporados pela
participação são citados a aquisição de carros de combate blindados, o uso de lança-chamas e
de metralhadoras, a necessidade de se estudar a guerra antissubmarina, o aperfeiçoamento de
treinamentos e a organização das academias militares.
"Os demais países latino-americanos que se declararam em guerra, com pequena população,
forças armadas incipientes e em constante instabilidade política, nada de significativo podiam
fazer", acrescenta ele.
O Brasil só decidiu entrar no conflito e declarar estado de guerra em outubro de 1917, após
manifestações violentas nas ruas e a pressão da opinão pública, provocadas pela perda de seis
navios mercantes, que foram afundados, carregados de café, por submarinos alemães.
“Foi como os protestos de 2013, que varreram o país. Houve quebra-quebra, destruição de
comércios e casas de descendentes de alemães, principalmente na Região Sul. Havia uma
revolta social na população contra a Alemanha que levou o país a tomar uma posição”, diz o
coronel Luíz Ernani Caminha Giorgis, pesquisador da história militar brasileira.
Nos meses seguintes, o governo confiscou 42 navios mercantes alemães que estavam em
portos brasileiros, como uma indenização de guerra. Elas passaram a pertencer à frota
brasileira. Parte das embarcações, segundo os historiadores, foi destruída ou sabotada pelas
tripulações, que foram detidas.
“Nós estávamos totalmente atrasados militarmente para uma guerra das proporções da 1ª
Guerra Mundial. Serviu para o Brasil melhorar e aprender, para estar pronto para mandar uma
força expedicionária de 25 mil homens em 1942 para a 2ª Guerra Mundial”, salienta ele. Em
1893, o Exército havia comprado 600 mil fuzis Mauser alemães e o alto comando acreditava,
até então, que a doutrina militar da Alemanha era a melhor no mundo e deveria ser adotada
pelo país, diz o oficial.
“O ministro da Guerra, João Pandiá Calógeras, calculava que o Brasil poderia mandar uma
força de 150 mil homens para lutar contra a Alemanha. O efetivo do Exército em 1917 era de
apenas 18 mil soldados e nem havia alistamento obrigatório (que foi criado após o conflito).
Era uma propaganda para disseminar boatos, mas o Brasil não tinha condições financeiras e
nem meios para recrutar, transportar, armar, treinar e manter este efetivo. Na 2ª Guerra, a
força expedicionária só foi maior porque os Estados Unidos apoiaram”, entende Mendonça.
As 4 participações do Brasil
O que mais se destacou entre eles foi o tenente José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, que
acabou ferido em combate e contraindo tifo, após comandar uma fração de turcos
“aguerridos” e vencer batalhas, segundo Cláudio Bento, Presidente da Federação de
Academias de História Militar Terrestre do Brasil.
“Ele foi condecorado e comandou carros de combates Renault nas linhas de frente. Ao voltar
para casa, brigou para que o Brasil comprasse blindados e também para a vinda da missão
francesa, que reorganizou a estrutura militar do país e ensinou técnicas de combate entre as
duas grandes guerras”, diz.
Rebocador Laurindo Pitta, usado pelo Brasil na
1ª Guerra, faz passeios na Baía de Guanabara (Foto:
Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da
Marinha)
Movidos a carvão, e relativamente novos, comprados do Reino Unido, não chegaram a entrar
em combate. O rebocador Laurindo Pitta, que atuou no conflito, é a única embarcação da
Marinha ainda em funcionamento desde aquela época e realiza passeios na Baía de
Guanabara, no Rio.
“Logo que os navios aportaram em Serra Leoa, 158 marinheiros morreram de gripe
espanhola. A missão progrediu até Gibraltar para encontrar a Armada britânica, mas no dia
seguinte a guerra acabou. Foi um fracasso total”, diz o coronel Giorgis.
“Não dominávamos as táticas antissubmarino. E era nisso que queriam a nossa ajuda”, diz.
Pilotos participam de missão na 1ª GM (Foto: Revista
do Exército/acervo do historiador Luiz Caminha)
Aviação de combate
Para enfrentar a força aérea alemã, o Brasil mandou 24 pilotos da Marinha e do Exército, que
foram trabalhar em aeronaves de França, Inglaterra, Estados Unidos e Itália.
“A aviação foi usada pela primeira vez como arma de combate neste conflito. Cinco
brasileiros morreram, quatro em combate e um em acidente. Serviu para o Brasil se preocupar
com isso e aperfeiçoar a aviação. Uma das consequências foi a criação da Força Aérea, em
1941.” diz o coronel Giorgis.
Missão médica
Em um antigo convento de Paris, 161 brasileiros, a maioria médicos voluntários, comandados
por um coronel do Exército, fundaram um hospital com mais de 500 leitos para tratar feridos
em batalhas e infectados pela gripe espanhola.
Com “sucesso total”, segundo o coronel Giorgis, a missão foi estendida para o interior da
França, atuando até seis meses após o término da guerra e só retornando ao Brasil em
fevereiro de 1919.