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- As disputas imperialistas

* Disputa imperialista foi como o nome já diz a disputa dos países europeus pelas
terrar da Ásia e principalmente da África, onde se queria anexar mais territórios
para retirar dele sua riqueza e concentrar nas mão das grandes superpotências da
época colonial.
O Imperialismo é fruto do desenvolvimento do capitalismo, que nasceu com as
transformações causadas pela Revolução Industrial. Essa revolução iniciou-se de
maneira pioneira na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e foi
responsável por inúmeras mudanças.
As causas do Imperialismo foram o crescimento produtivo desordenado e incapaz de
ser suprido pelos mercados internos das grandes potências, o na prática gerava um
crescimento insustentável a médio e longo prazo.

- Movimento Nacionalista

* Principais movimentos nacionalistas

* Pan-eslavismo- liderado pela Rússia e Sérvia,


pregava a união de todos os povos eslavos da
Europa.

* Pan-germanismo, liderado pela Alemanha,


pregava a completa anexação de todos os
povos germânicos da Europa.

* Revanchismo Francês — vontade de vingar


sua derrota para os alemães na Guerra Franco-
Prussiana — (1870-1871), — recuperar — seus
territórios e reafirmar o orgulho francês.

- Formação de Alianças ( Triplice e Entente )


As principais alianças
Tríplice Entente
• França
• Inglaterra
• Império Russo

Tríplice Aliança
• Império Alemão
• Império Turco
• Império Austro-Húngaro

Tríplice Aliança
A Tríplice Aliança foi um acordo econômico, político e militar entre Alemanha, o
império Austro-Húngaro e Itália.

Criada com o objetivo de criar uma proteção e apoio em caso de guerra, seu
surgimento data de 20 de maio de 1882.

Tríplice Entente
A fim de resistir e contestar a Tríplice Aliança, surge no início do século XX, em
1907, a Tríplice Entente, formada, por sua vez, por Inglaterra, Rússia e França.

A Tríplice Aliança e a Tríplice Entente dividiam o continente em dois blocos. Esse


sistema de alianças que tinha fins diplomáticos, foi justamente o precursor da
Primeira Guerra Mundial.

- Estopim da primeira Guerra


No inicio do século XX, a península Balcânica estava dividida entre o Império
Turco e o Império Austro-Húngaro. Porém com a decadência do Império Turco, surgiram
países independentes.
O Império Russo logo se aliou a esses novos países e, dentre eles, estava a
Sérvia, que tinha projetos expansionistas. Em nome do nacionalismo eslavo, os
sérvios pretendiam anexar a Bósnia-Herzegovina, uma região que pertencia ao Império
Austro-Húngaro.
Em junho de 1914, num cenário de agitações políticas, o arquiduque austríaco,
Francisco Ferdinando, foi assassinado em Sarajevo (capital da Bósnia), por um
nacionalista sérvio ( Gavrilo Princip )
Por esse episódio, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Os russos declararam seu
apoio aos sérvios e começaram a deslocar suas tropas. O Império Alemão, que
desejava uma grande guerra a fim enfraquecer as potências industriais aliadas dos
russos, declarou seu apoio a Áustria.
Assim a Política de Alianças foi posta em ação e se iniciou a Primeira Guerra.

- Fases da Guerra ( Movimento e Trincheiras )

• A Primeira Guerra Mundial pode ser dividida em três fases. A primeira fase é
conhecida como Guerra de Movimento (1914), a segunda fase é a Guerra de Trincheiras
(1915 – 1917) e, por fim, a Segunda Guerra de Movimento ou Fase Final (1918).
A guerra de movimento e a guerra de trincheiras: diferentes momentos da Primeira
Guerra Mundial.
Após o assassinato do arquiduque austríaco Francisco Ferdinando, o Império Austro-
Húngaro declarou guerra contra os sérvios em 1º de agosto de 1914. Logo em seguida,
a Rússia, contrária à dominação austríaca nos Bálcãs, se envolveu no conflito dando
apoio militar à Sérvia. A partir de então, os acordos firmados entre a Tríplice
Entente e a Tríplice Aliança colocaram as maiores potências econômicas em um
desgastante e penoso conflito.
Ao contrário do previsto, esse conflito não foi resolvido em um curto prazo de
tempo. O equilíbrio militar entre as nações envolvidas na guerra fez com que as
batalhas se arrastassem ao longo de quatro anos e três meses. Entre os meses de
agosto e novembro de 1914, a Primeira Guerra Mundial ficou marcada pelo período da
chamada “guerra de movimento”. Nessa fase inicial observava-se a concentração das
tropas alemãs na fronteira da França para que pudessem, em pouco tempo, controlar a
cidade de Paris.
De acordo com o planejamento militar da Tríplice Aliança, essa primeira conquista
era de fundamental importância para que seus exércitos tivessem maior força contra
os russos. Inicialmente, os alemães conseguiram invadir o território francês e
colocar suas tropas nas ruas da cidade de Paris. Na porção oeste, o ataque russo
dispersou as tropas alemãs. Logo em seguida, a entrada da Inglaterra no conflito
salvou a França de uma rendição com a vitória na Batalha do Marne.
A deflagração de tais resultados no conflito deu fim à guerra de movimento e
trouxe maior equilíbrio nas batalhas seguintes. A partir de 1915, a guerra entrou
em uma nova fase chamada “guerra de posições” ou “guerra de trincheiras”. O avanço
militar dos dois lados era limitado e cada vitória era obtida a enormes custos
financeiros e humanos. Exércitos inteiros se enfrentavam em trincheiras cheias de
arame farpado e lama, onde a propensão a epidemias e as baixas temperaturas
promoviam sua própria carnificina.
Somente a partir de 1917 que esse quadro indefinido da Primeira Guerra ganhou
novos contornos. O uso de tanques e aviões possibilitou o fim da estagnação que
marcou o período das trincheiras. Entretanto, duas outras modificações políticas
tiveram ainda maior importância nos destinos do conflito: a saída da Rússia (que
enfrentava o início de sua revolução socialista); e a entrada dos Estados Unidos
(que forneceram mais de um milhão de soldados à Tríplice Entente).
O fôlego dado aos países aliados foi suficientemente capaz de derrubar as nações
da Tríplice Aliança e deixar os alemães sem condições mínimas de reação. Na França,
as tropas aliadas conseguiram expulsar os alemães com uma vitória nos campos de
batalha próximos ao rio Marne. Logo em seguida, as forças italianas (que passaram
para a Entente em 1915) bateram os austríacos e a Inglaterra subjugou os inimigos
turco-otomanos.
A iminente derrota da Alemanha forçou o kaiser Guilherme II a renunciar ao seu
cargo político. Desestabilizado e sem nenhum apoio militar, o governo alemão
assinou o armistício de Compiègne, em novembro de 1918. Dessa maneira, a vitória
da Tríplice Entente estava assegurada. A partir de então, começaram as negociações
diplomáticas que resolveriam a situação dos vencedores e dos vencidos na Primeira
Guerra Mundial.

- O uso da tecnologia na Guerra


Tanques, aviões e gases, as inovações da Primeira Guerra Mundial

A revolução dos tanques

Tanque British Mark I, o blindado não apresentou os resultados esperados, mas


determinou uma grande mudança no maquinário militar
Tanque British Mark I, o blindado não apresentou os resultados esperados, mas
determinou uma grande mudança no maquinário militar
Os britânicos testaram um veículo blindado, que se movimentava por meio de
esteiras, já em 1914, para acompanhar a infantaria. Em 1916, na batalha do Somme,
foi utilizado pela primeira para o combate, mas com resultados pouco convincentes.
O nome "tanque" veio de uma ideia dos ingleses para manter em segredo a nova arma:
retrataram os protótipos como se fossem "tanques de água", para transporte.
Os alemães cometeram o erro de não apostarem no futuro dos veículos, ao contrário
dos franceses, que se equiparam rapidamente com ágeis tanques Renault, essenciais
na vitória final, em 1918.
O capacete de metal generaliza-se por todos os exércitos em 1915, assim como o uso
do arame farpado, para impedir o avanço dos inimigos, que matou milhares de
soldados.

O terror dos gases

A guerra acabou com qualquer iniciativa para regular os armamentos. E a inovação


mais aterradora, os gases tóxicos, utilizados pela primeira vez pelos alemães,
afetou profundamente as pessoas.
Em abril de 1915, em Ypres, na Bélgica, soldados franceses e belgas viram uma
fumaça espessa vinda das trincheiras alemãs. "Vi uma nuvem verde, de uns dez metros
de altura, e muito espessa na sua base, tocando o solo. A nuvem avançava em nossa
direção, empurrada pelo vento. Então, nós começamos a ficar sufocados", contou o
tenente francês Jules-Henri Guntzberger.
Os gases aterrorizaram os combatentes. Tomados pelo pânico, cegos ou asfixiados,
milhares morreram sob um sofrimento cruel. Os dois lados aperfeiçoaram as armas
químicas durante o conflito, mas sempre com o receio de sua técnica ser usada
contra eles mesmos.
Para se defenderem, os soldados usavam óculos e máscaras de proteção ou
improvisavam, cobrindo os rostos com panos molhados.
As armas químicas foram responsáveis por menos de 1% das mortes do conflito, mas
marcaram a memória do conflito.

A morte vinda do céu

Independentemente de estarem bem ou mal protegidos nas trincheiras, para os


soldados o perigo passou a vir também do céu. Em 1914, a aviação estava dando seus
primeiros passos, principalmente no seu uso para combate. Por isso, os aviões
inicialmente foram usados somente como postos de observação.
Os avanços obtidos nos quatro anos seguintes - o Exército francês chegou a contar
com cerca de 3.7000 aviões - são a prova da forte mobilização industrial que essa
arma causou.
Verdun, no leste da França, foi o palco da primeira grande batalha aérea, em 1916.
"Se a Grande Guerra foi uma batalha terrestre por excelência, pôs em primeiro plano
um conceito estratégico que se consolidou nos conflitos posteriores do século XX: o
domínio do céu como condição indispensável para toda ação de envergadura em terra",
escreveu o historiador francês Jean-Yves Le Naour, em seu livro "Dicionário da
Grande Guerra".

O submarino entra na guerra

A guerra naval também teve inovações. Os alemães, que não quiseram competir com o
domínio britânico no mar, construíram, em vez disso, submarinos - chamados de "U-
Boot", abreviação de Unterseeboot - em grande escala, desde o início do conflito.
Em 1915 dispunham de 15 submarinos, dois anos depois, em 1917, já eram 150. No
total, foram usados 350.
Com a ideia de romper o bloqueio imposto pela Inglaterra, Berlim iniciou a
primeira guerra submarina, no Mar do Norte. Sua ampliação, em 1917, para tentar
asfixiar os aliados, acabou voltando-se contra si, porque foi um dos pontos
determinantes para os Estados Unidos entrarem na guerra.
No entanto, nenhuma dessas armas foi decisiva por si só. Foi a poderosa máquina de
guerra industrial de Washington que inclinou a balança em favor dos aliados, frente
aos desgastados impérios centrais.
Mas com a potência de fogo desenvolvida e a exibição de invenções mortíferas, a
Primeira Guerra Mundial já prenunciava a maioria dos conflitos bélicos que estavam
por vir.

- Entrada dos EUA e saida da Russia


A entrada dos EUA
No dia 6 de abril de 1917, os Estados Unidos declararam guerra contra os alemães e
seus aliados. Um grande volume de soldados, tanques, navios e aviões de guerra
foram utilizados para que a vitória da Entente fosse assegurada. Em pouco tempo, as
tropas alemãs e austríacas foram derrotadas.
A saida da Russia
O Tratado de Brest-Litovsk foi um tratado de paz assinado entre a Rússia (já
governada pelos bolcheviques) e as chamadas Potências Centrais (Alemanha, Áustria-
Hungria, Bulgária e Império Otomano). Esse acordo foi assinado em 3 de março de
1918 e oficializou a retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial. A Russia saiu
devido as crises sociais e a Revolução Socialista na Rússia em 1917 se constituíram
como principais fatores que motivaram a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial.
- A participação do Brasil
Brasil na Primeira Guerra Mundial
O Brasil teve uma participação modesta na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), já
que não possuía grandes recursos bélicos. Assim sendo, o país limitou-se a fornecer
apoio pontual, em colaboração nos combates aéreos e marítimos, bem como no auxílio
aos feridos nos campos de batalha. Para compreendermos os motivos que levaram o
Brasil a entrar na “Grande Guerra”, é necessário que saibamos um pouco do contexto
diplomático da época.

Mudança do eixo diplomático brasileiro

Durante toda a fase imperial e até mesmo antes de 1822, quando o Brasil fazia
parte do Reino Unido de Portugal e Algarves, o Brasil esteve diplomaticamente
atrelado à Inglaterra, de modo que seu trânsito político-econômico ocorria mais na
relação transatlântica do que com o continente americano. O advento da República,
em 1889, mudou esse quadro, pois o Brasil deslocou seu eixo diplomático de Londres
para Washington, aderindo, assim, à perspectiva da Doutrina Monroe, defendida pelos
Estados Unidos.

26 de outubro: declaração de guerra

Em 3 de abril de 1917, um navio mercante dos Estados Unidos foi torpedeado por
submarinos alemães e, no mesmo dia, um navio brasileiro também o foi no Canal da
Mancha. Isso provocou o rompimento das relações diplomáticas dos dois países com o
Império Alemão. Pouco tempo depois, os Estados Unidos entraram na guerra contra a
aliança entre austríacos e alemães. Depois de outros navios brasileiros serem
torpedeados novamente, na costa do Mar Mediterrâneo, o então presidente Venceslau
Brás assinou – após aprovação no Congresso – a declaração de guerra contra a
Tríplice Aliança no dia 26 de outubro de 1917.
Com a formalização da declaração de guerra, a primeira medida que o Governo
brasileiro tomou foi na direção de conter um eventual levante dos imigrantes e
descendentes de imigrantes alemães no terreno nacional. Em 16 de novembro, foi
votada uma lei no Congresso que proibia, segundo o historiador Olivier Compagnon
aos alemães estabelecidos no país qualquer comércio e qualquer relação financeira
com o exterior, põe termo aos contratos públicos que envolvam fornecedores alemães
e proíbe aos alemães a obtenção de concessões de terra. Os bancos e as companhias
de seguro alemães são submetidos a uma fiscalização excepcional.

Participações pontuais na guerra

O Brasil enviou à guerra uma divisão de sete navios de combate. Entre eles,
estavam os cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul e os contratorpedeiros Piauí, Rio
Grande do Norte, Paraíba e Santa Catarina. Essa divisão, segundo o historiador Luís
de Alencar Araripe, a 7 de maio de 1918 zarpou para Gibraltar, onde se reuniria à
esquadra britânica, para participar da guerra antissubmarina. A Divisão de
Operações de Guerra, composta de dois cruzadores e cinco contratorpedeiros, um
navio auxiliar e um rebocador, sob o comando do contra-almirante Pedro Max Fernando
de Frontin. A Divisão só chegou a Gibraltar em novembro de 1918, retida que foi na
costa africana pela terrível pandemia que foi a gripe espanhola.
Além dessa divisão marítima, outra contribuição pontual do Brasil à guerra ocorreu
no combate no ar, em auxílio à aviação de guerra britânica e aos feridos em
combate.

- Fim da Guerra

O fim da Primeira Guerra Mundial


Em 11 de novembro de 1918, armistício entre Alemanha e Aliados encerrava o grande
conflito após quatro anos de matança. Mas o sofrimento da população não parou. E
estava preparado o solo para a próxima guerra mundial.
"Finie la guerre?" – "Acabou-se a guerra?" O carro dos negociadores alemães que,
vindo da Bélgica, atravessou a fronteira da França em 6 de novembro de 1918
espalhou o júbilo entre os soldados franceses. Os exércitos ainda se confrontavam,
mas a guerra que já durava mais de quatro anos parecia estar se aproximando do fim.
Talvez os políticos vindos de Berlim até trouxessem consigo alguns cigarros, um
gostinho da futura paz? O líder da delegação alemã, Matthias Erzberger, teve que
desiludir os combatentes: "Como não fumante, eu não pude realizar a vontade deles",
relatou em seu livro de memórias. No entanto, pouco mais tarde, na madrugada de 11
de novembro, ele e sua contraparte francesa, o marechal Ferdinand Foch,
preencheriam plenamente os anseios de milhões de europeus.
Num vagão de trem no bosque de Compiègne, cerca de 90 quilômetros a nordeste de
Paris, os dois colocaram sua firma no recém-negociado armistício entre a Alemanha e
os Aliados: os alemães capitulavam. No ano seguinte, em 28 de junho, no famoso
Salão dos Espelhos do Palácio de Versalhes, ambos os lados assinariam oficialmente
o acordo de paz.

- Tratado de paz ( Tratado de Versalhes )

Tratados de Paz

O presidente dos EUA propôs um acordo conhecido como “Os 14 Pontos de Wilson”, que
pretendia a “paz sem vencidos, nem vencedores”, o que não foi aceito pela França.
Tratado de Versalhes

A Alemanha foi culpada pela guerra e sofreu duras punições: teve que pagar uma
pesada indenização, perdeu 1/7 de seu território, perdeu suas colônias, seu
exército foi reduzido a fabricação e utilização de armamento pesado por suas
tropas.

Tratado de Saint-Germand

O Império Austro – Húngaro foi desmembrado em Áustria, Hungria, Tchecoslováquia,


Polônia e Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (futura Iugoslávia).

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