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QUI15NOV
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
Ano 43 • N.º 15448

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR
www.jornaldeangola.co.ao

RNA E TPA COBREM SESSÃO PARLAMENTAR EM TEMPO REAL

NESTA EDIÇÃO

MANUEL RUI
OGE para 2019 é aprovado
com transmissão em directo
Ler, escrever e contar
OPINIÃO • 7

“OPERAÇÃO RESGATE”

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para
o próximo ano foi ontem aprovado, na gene-
ralidade, com a sessão no Parlamento a ser
transmitida, pela primeira vez, em directo
pela Rádio e Televisão públicas (RNA e TPA),
em resposta à preocupação que tem vindo
a ser apresentada pelos deputados da oposição
nos últimos cinco anos. O ministro de Estado
do Desenvolvimento Económico e Social,
Manuel Nunes Júnior, assegurou que o Exe-
cutivo assume, no OGE para o próximo ano,
o compromisso de promover, com rigor, o
crescimento da riqueza nacional. A proposta
de OGE para 2019 prevê despesas e receitas
de 11,3 biliões de kwanzas. POLÍTICA • 2

VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Desactivação do Mercado
dos Correios reduz roubo
de carros em Luanda
SOCIEDADE • 25

MENONGUE
Nova central térmica
arranca em Dezembro
REGIÕES • 23 FEIRA EM VIANA

Industriais
QUINTA DE ATIBAIA

expõem
produção
Lula da Silva ouvido
num outro processo
MUNDO • 9
nacional ECONOMIA • 11
ÁFRICA DO SUL
Ministro do Interior
apresenta demissão
ÁFRICA • 8 TRINTA ANOS DE ADESÃO

EQUIPA OLÍMPICA
Selecção da Namíbia
desiste à última hora
DESPORTO • 31
Revelações sobre a entrada de Angola no FMI DESTAQUE • 4 | 5

CAN'2019 CASO SANGUE CONTAMINADO “TRANSPARÊNCIA” CARDEAL FILONI

FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Saúde abre inquérito Apreendido

Palancas preparados
para “domar” Cavalos
DESPORTO • 31
para apurar culpados um milhão
O Ministério da Saúde
de dólares
assumiu ontem total res-
ponsabilidade no caso
da menor de sete anos
que pode ter recebido
uma transfusão de san-
gue contaminado com
vírus de VIH no Hospital
Pediátrico David Ber-
nardino, em Luanda. O
departamento ministe-
rial mandou, também,
instaurar um inquérito
para apurar responsa-
bilidades. Em conferên-
c i a d e i m p re n s a , o
secretário de Estado para
a Área Hospitalar, Leo-
nardo Inocêncio, garan-
tiu ontem que o Minis-
tério da Saúde está a fazer
tudo para que a menor
não contraia a doença,
admitindo o recurso a
tratamento no exterior
do país. ÚLTIMA • 32
MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
A “Operação Transpa-
rê n c i a ” , q u e d e c o r re
desde 25 Setembro para
desencorajar o garimpo
de diamantes, permitiu
a apreensão de 1.039. 856
dólares e 23.217,516 kwan-
zas em oito províncias. O
porta-voz da operação,
comissário António Ber-
nardo, sublinhou que
durante este período foram
repatriados, de forma Enviado do Papa Francisco
administrativa, 14.636
cidadãos de diversas nacio-
nalidades. ÚLTIMA • 32
foi recebido na Cidade Alta POLÍTICA • 3
2 POLÍTICA
APROVAÇÃO DO OGE/19
Executivo assume compromisso
com o crescimento da riqueza
Ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, garante que o documento foi feito
para a recuperação da economia nacional, criação de mais emprego e garantir a melhoria do bem-estar dos cidadãos
Adelina Inácio
O Executivo assume, no
Orçamento Geral do Estado
(OGE) para o próximo ano,
o compromisso de promover,
com rigor, o crescimento da
riqueza nacional, anunciou
ontem, em Luanda, o minis-
tro de Estado do Desenvol-
vimento Económico e Social,
Manuel Nunes Júnior.
O ministro de Estado falava
no Parlamento durante a apre-
sentação do OGE/2019, apro-
vado com 124 votos a favor e
57 abstenções, pela primeira
vez, transmitido em directo
pela rádio e televisão públicas,
RNA e TPA, em resposta à
preocupação apresentada
pelos deputados da oposição
nos últimos cinco anos.
O principal instrumento
financeiro de governação vai
agora à discussão na espe-
cialidade artigo por artigo.
“A proposta
projecta um saldo
orçamental global
positivo de 1.45 por
cento do PIB e
cumpre com os
objectivos de gerar
excedente para
a redução da dívida
e endividamento do
Estado, assim como
os respectivos
lucros”
O mini stro de Estado
garante que o OGE foi pro-
jectado para a recuperação e
criação de mais emprego para
imprimir um maior desen-
volvimento do país e a melho-
ria do bem-estar dos cidadãos.
A proposta de 2019 está ava-
liada em cerca de 11.3 biliões
COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR
Rússia propõe criação de centro
regional de helicópteros e aviões
Edna Dala
A Rússia sugeriu ontem a
criação, em Angola, de um
centro de manutenção de téc-
nicas de helicóptero e aviões,
que podia responder como
centro regional em África.
A proposta foi apresentada
pelo primeiro vice-director
do Serviço Federal para a Coo-
peração Técnico-Militar da
Rússia, Boytsov Andrey, que
falava depois da cerimónia
de kwanzas, reflectindo um
aumento de 7. 2 por cento
relativamente ao OGE do
ano passado. Para este ano,
segundo explicações de
Manuel Nunes Júnior, prevê-
se uma taxa de inflação acu-
mulada abaixo de 23 por
cento, claramente abaixo
da taxa prevista no OGE do
ano passado, que foi de 28.8
por cento.
“A proposta projecta um
saldo orçamental global posi-
tivo de 1.45 por cento do PIB
e cumpre com os objectivos
de gerar excedente para a redu-
ção da dívida e endividamento
do Estado, assim como os res-
pectivos lucros”, afirmou.
O ministro de Estado do
Desenvolvimento Económico
e Social, Manuel Nunes
Júnior, considerou "essencial
pôr em prática e de forma
rigorosa" as políticas e medi-
das apresentadas pelo Exe-
cutivo, para que o cenário
macroeconómico projectado
no OGE para o próximo ano
seja cumprido na totalidade.
O ministro de Estado disse
que a redução do actual stock
da dívida exigirá a continuidade
do processo de consolidação
fiscal e a observação dos supe-
rávit nos restantes anos deste
quinquénio. “Temos cons-
ciência que a redução do actual
stock da dívida pública exigirá
ainda superávit contínuos do
OGE nos próximos anos de
modo a garantir a continuidade
do défice da obrigação fiscal
em curso”, disse.
O ministro de Estado do
Desenvolvimento Económico
e Social adiantou que, neste
Orçamento Geral do Estado,
o Executivo pretende res-
taurar a estabilidade macroe-
conómica do país e acelerar
a recuperação do crescimento
do Produto Interno Bruto
de abertura da 5ª reunião do
comité intergovernamental
de cooperação técnico-militar
Angola-Rússsia.
B oyts ov Andrey , q ue
manifestou também o desejo
do seu país em potenciar o
centro, destacou que Angola
tem to da s a s condiçõ e s
necessárias para a criação
do centro em causa, incluindo
quantidades suficientes de
helicópteros que estão a
ser explorados.
Manuel Nunes Júnior apresentou os desafios do OGE
(PIB) com ênfase para o sec-
tor produtivo, em particular
o sector da agricultura.
Manuel Nunes Júnior disse
que o OGE vai igualmente
reforçar o apoio ao sector
social, com particular ênfase
aos domínios da Educação,
Saúde e combate à pobreza.
“Não obstante as incertezas
e riscos associados a grande
volatilidade do preço do
petróleo no mercado inter-
nacional, as perspectivas do
crescimento económico para
o próximo ano são mais favo-
ráveis”, afirmou.
O Executivo, acrescentou,
está a executar um programa
de estabilização macroeco-
nómica que tem como objec-
tivo reduzir as vulnerabilidades
fiscais, a inflação, substituir
o regime cambial flexível e
assegurar, por esta via, a esta-
bilidade das reservas inter-
nacionais líquidas do país.
O mini stro de Estado
Manuel Nunes Júnior garantiu
que o programa de estabili-
zação macroeconómica, que
visa fortalecer o combate ao
branqueamento de capitais,
financiamento do terrorismo,
vai ainda criar as condições
O chefe da delegação russa
considerou a sugestão muito
oportuna e lembrou que muitos
países africanos estão a solicitar
a implementação do referido
projecto no continente.
Por consideração às rela-
ções históricas dos dois paí-
ses, incluindo a posição
geográfica do país, frisou,
“achamos muito convenien-
te criar em Angola o centro
que tem tudo para ser o cen-
tro regional.”
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
para a retoma do crescimento
económico através da reani-
mação do sector produtivo.
A proposta do OGE, se-
gundo o ministro, contempla
ainda recursos suficientes
para a continuação dos inves-
timentos estruturantes, bem
como o cumprimento do
calendário de regularização
de tratados internos.
Crescimento do PIB
As previsões macroeconó-
micas para 2019 assinalam a
retoma do crescimento do PIB
a uma taxa de 2.8 por cento
em termos reais, segundo o
ministro de Estado. Este cres-
cimento é suportado por uma
taxa de crescimento do PIB
petrolífero de 3.1 por cento,
incluindo o gás natural, e 2.6
por cento para o PIB não petro-
lífero, segundo o responsável.
A receita fiscal não petro-
lífera, sustentou, resultará
entre outras medidas da intro-
dução do Imposto sobre o
Valor Acrescentado (IVA) na
segunda metade do próximo
ano, da regularização das dívi-
das, segundo o ministro de
Estado do Desenvolvimento
Económico e Social.
O secretário de Estado para
os Recursos Materiais e Infra-
estruturas do Ministério da
Defesa Nacional, Afonso Car-
los Neto, disse que a delega-
ção vai avaliar, durante dois
dias, os programas e proje-
ctos de consultoria e formação
de especialistas, sector da
in-dústria de defesa, reequi-
pamento das FAA e o acordo
de protecção da propriedade
intelectual decorrente da
cooperação técnico-militar.
Afonso Carlos Neto expli-
cou que para o programa de
consultoria e formação de
especialistas, sustentado por
dois contratos específicos,
as áreas estão a proceder à
reformulação para serem
ade q uada s ao contexto
actual, que numa primeira
PREVISÃO
Orçamento Geral forte
contra eventuais desvios
O OGE prevê um superávit
de 1. 5 por cento do PIB o
que constitui um marco
histórico, pois contribuirá
para tornar a economia
mais forte para fazer face
aos eventuais desvios das
receitas de financiamento
ou receita tributária quer
seja petrolífera quer não
petrolífera, segundo Manuel
Nunes Júnior.
Mesmo num ambiente
de contracção das despesas,
sublinhou, o OGE para o
próximo ano projecta um
aumento de 8.7 por cento
da despesa social, com
grande incidência para a
área de Saúde, que passa
de um peso do total das
despesas de 3.63 por cento,
em 2018, para cerca de 6.6
por cento na presente pro-
posta. Já a Educação, passa
dos actuais 5.41 por cento
para 5.83.
Depreciação do kwanza
O ministro das Finanças
reforçou que o Executivo
espera uma depreciação
do kwanza face ao dólar
num valor médio de 255
kwanzas, em 2018, para
352 kwanzas, no próximo
ano. Segundo Archer Man-
gueira, a inflação deverá
atingir o nível mais baixo
dos últimos três anos, de
cerca de 5 por cento. Archer
Mangueira lembrou que o
preço do petróleo previsto
no OGE deste ano é de 68
fase deverá servir de pro-
grama potenciador dos cen-
tros do saber do país.
O secretário de Estado
disse que em relação ao pro-
grama da indústria de defesa,
pela grande importância que
tem no sistema de assegu-
ramento logístico e estraté-
gico das FAA, é dos grandes
desafios inscritos no Pro-
grama Nacional de Desen-
volvimento 2018-2022.
A sua implementação,
disse, enquadra-se dentro
do amplo programa de diver-
sificação da economia, con-
tribuindo para que o país
saia da situação de estag-
nação, considerando que
“os resultados da indústria
de defesa concorrerão na
substituição de importa-
Quina-feira
15 de Novembro de 2018
dólares por barril, superior
aos 18 dólares de 2018. A
produção petrolífera, acres-
centou, poderá atingir cerca
de 1.5 milhões de barris por
dia, num total de 573 milhões
de barris durante o ano.
O ministro das Finanças
disse que o stock da dívida
em kwanza é de 22.1 mil
milhões. A dívida gover-
namental, segundo o
ministro, representa quatro
por cento, e a parte restante
é dívida com duas empre-
sas públicas, a Sonangol
e a TAAG. A dívida interna
representa 8.8 mil milhões
de kwanzas e a dívida
externa de 12.5 mil milhões
de kwanzas.
Reacções
O presidente do grupo par-
lamentar do MPLA, Américo
Cuononoca, disse que a posta
do Executivo no relança-
mento do sector produtivo,
em particular na agricultura,
po d e rá a m é d i o p ra zo
resolver definitivamente
o problemas da auto-sufi-
ciência alimentar.
Adalberto Costa Júnior,
presidente do grupo parla-
mentar da UNITA, afirmou
que no final da votação do
Orçamento as estátisticas
macro-económicas “são
muito duvidosas, e a grande
prova disso são as inconsis-
tências detectadas a nível
da principal variável macroe-
conómica, o PIB”.
EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Responsável Boytsov Andrey
ções”, promovendo o cres-
cimento económico do país.
Sobre o reequipamento
das FAA, o Ministério da
Defesa vai dar tratamento
primordial aos programas
de reparação e modernização
do armamento e técnica.
POLÍTICA Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
BOTSWANA
Embaixadora
abordou desafios
do Executivo
A embaixadora de Angola
no Botswana, Beatriz Morais,
realçou, em Gaberone, a
importância do 11 de Novem-
bro durante o encontro que
reuniu cerca de uma centena
de pessoas, entre as quais a
ministra dos Assuntos Inter-
nacionais e Cooperação do
Botswana, Unity Dow, a secre-
tária executiva da SADC, Ster-
gomena Lawrence Tax, e o
ministro angolano dos Recur-
sos Minerais e Petróleos, Dia-
mantino Pedro Azevedo.
No encontro, a diplomata
afirmou que o 11 de Novem-
bro de 1975 “é um dia de
grande reflexão, comemo-
ração e alegria” para o povo
angolano, por ser nesta data
que os angolanos conquis-
taram a Independência, a
liberdade e o direito de tra-
çarem o seu próprio destino
como Nação soberana.”
Beatriz Morais lembrou
que os angolanos conquis-
taram a sua liberdade após
um longo período de colo-
nização portuguesa graças
ao sacrifício e à bravura dos
combatentes angolanos.
A diplomata saudou os
heróis nacionais e todos
aqueles que ajudaram o país
a alcançar a Independência,
nomeadamente a aj uda
incondicional dos países
vizinhos e, sobretudo, os da
Linha da Frente, assim como
dos internacionalistas que
verteram o seu sangue em
prol dos ideiais da liberdade,
contribuindo desta forma
para o surgimento de um
Estado de Direito Democrá-
tico. A embaixadora ango-
lana reconheceu as relações
político-diplomáticas com
o Botswana.
HUAMBO
PRS forma
quadros
em matéria
autárquica
O Partidode Renovação Social
(PRS) realizou no Huambo,
um seminário sobre legislação
autárquica, vantagens e des-
vantagens das autarquias com
base na experiência de países
africanos que já realizaram
estes processos.
A formação, destinada a
50 membros do quadro per-
manente do PRS no Huambo,
tratou igualmente temas
como o relacionamento a ter
com a imprensa.
O secretário provincial do
PRS no Huambo, António
Soliya Selende, esclareceu que
a formação enquadra-se no
programa em alusão ao 28º
aniversário do partido, a assi-
nalar-se a 18 de Novembro.
O programa inclui ainda
encontros com o director pro-
vincial dos Antigos Comba-
tentes e Veteranos da Pátria,
reuniões com militantes
em todos os municípios,
auscultação às zungueiras
e à juventude.
ALERTA DE ASSOCIAÇÕES
Juristas analisaram o diploma legal sobre o novo regime
Regime previdencial
viola direitos laborais
Gabriel Bunga
A Associação de Juristas de
Trabalho de Angola (Ajutra),
a UNTA e a Confederação dos
Empresários de Angola (CEA)
con sideram q ue o novo
regime de contribuição e vin-
culação da segurança social,
aprovado pelo Decreto Pre-
sidencial nº 228/18, de 27 de
Setembro, “viola gravemente
os direitos dos trabalhadores
e das empresas.”
A posição foi manifestada
numa mesa-redonda, rea-
lizada ontem no Palácio da
Justiça, que serviu para ana-
lisar o Decreto Presidencial
que regulamenta o novo
regime de contribuição e vin-
culação da segurança social.
O presidente da Ajutra,
António Yanick Aragão, disse
que o novo Decreto Presi-
dencial contém várias con-
tradições em relação à Lei
Geral de Trabalho e ao Código
Geral Tributário.
O jurista trabalhista disse
que o novo diploma refere
que as contribuições feitas
para a segurança social abran-
gem, agora, os subsídios de
Natal, férias e de viagem,
quando antes eram apenas
descontados três por cento
aos trabalhadores e oito ao
empregador. O novo Decreto
UNIÃO AFRICANA
Delegação na preparação
da Cimeira dos estadistas
Angola participa até hoje,
em Addis Abeba (Etiópia),
na 20ª sessão extraordinária
do Conselho Executivo da
União Africana que prepara
a 11ª cimeira extraordinária
sobre Reformas da União
Africana, a decorrer este
sábado e domingo.
N o e n c o n t ro , a b e r t o
ontem na capital etíope, uma
delegação angolana chefiada
pelo secretário de Estado das
Relações Exteriores, Tete
António, representa o país,
anunciou ontem, numa nota
de imprensa, a Representação
Permanente de Angola junto
da União Africana e da Comis-
são Económica das Nações
Unidas para a África.
A Reforma da Comissão
da União Africana, o mandato
da Agência de Desenvolvi-
mento da União Africana, a
EDIÇÕES NOVEMBRO
Presidencial tributa o traba-
lhador nos subsídios e não
apenas na remuneração, con-
trariando o estabelecido na
Lei Geral de Trabalho. António
Aragão esclareceu que do
ponto de vista sancionatório,
o novo diploma contraria o
que está estabelecido no
Código Geral Tributário.
O novo Decreto Presiden-
cial estabelece uma tributação
em que considera as empre-
sas como sendo todas iguais,
não as diferenciando em
pequenas, médias e grandes,
tal como o Código Geral Tri-
butário. O também advogado
disse que a mesa redonda
serviu para recolher mais
contribuições das organiza-
ções sindicais e empresariais
para remeter ao Executivo,
antes que o referido diploma
entre em vigor.
O presidente da Ajutra
defendeu a revisão, “com
urgência”, da Lei Geral do
Trabalho para se garantir
melhor os direitos dos tra-
balhadores. A vice-presi-
d e nte d a C o n fe d e ração
Empresarial de Angola, Filo-
mena Oliveira, criticou a
forma como o Executivo
legisla determinadas matérias
sem antes consultar as pes-
soas visadas. A empresária
disse que o Executivo devia
fazer mais concertação com
a sociedade civil.
Divisão do Trabalho entre a
UA, Comunidades Econó-
micas Regionais, organizações
continentais e os Estados
membros, bem como o For-
talecimento do Mecanismo
Africano de Avaliação pelos
Pares fazem parte dos debates.
Em análise no encontro,
estará também um docu-
mento sobre o Fortaleci-
mento do Conselho de Paz
e Segurança, informação
actualizada sobre o finan-
ciamento da união, apre-
sentação e trocas de pontos
de vista sobre as propostas
de reforma do Parlamento
Panafricano, Tribunal Afri-
cano dos Direitos Humanos
e dos Povos e da Comissão
Africana dos Direitos Afri-
canos e dos Povos. Angola
é um dos membros activos
da organização.
CARDEAL FERNANDO FILONI
Religião deve servir
a dignidade humana
Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos
foi recebido em audiência pelo Presidente João Lourenço
Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos foi recebido ontem na Cidade Alta
João Dias
O prefeito da Congregação
para a Evangelização dos
Povos da Igreja Católica, car-
deal Fernando Filoni, teceu
ontem, em Luanda, duras crí-
ticas a todos quantos usam a
Igreja para fins escusos e disse
ser inaceitável que tal ocorra,
já que a religião deve estar ao
serviço da dignidade humana.
Em declarações à imprensa
no termo de uma audiência
que lhe foi concedida pelo
Presidente da República, João
Lourenço, D. Fernando Filoni
disse ser pela adopção de
medidas legais para travar
esta tendência.
“É correcto que um Estado
tenha uma Lei capaz de
defender o povo deste tipo
de comportamentos”, sus-
tentou o prelado.
Para o enviado do Papa
Francisco, a religião é parte
essencial da vida dos homens,
defendendo, por isso, que os
“Estados devem ter leis que
permitam uma melhor orga-
nização e funcionamento das
congregações religiosas”.
Segundo Fernando Filoni,
esta é uma questão que deve
abranger todas as igrejas,
desde que salvaguarde a
liberdade de consciência e
respeite o povo de Deus,
bem como a essência da
doutrina de cada igreja.
O prefeito da Congregação
da Propagação do Evangelho
da Igreja Católica falou da
Conferência Episcopal de
Angola e São Tomé (CEAST),
que assinala no dia 20 deste
mês 50 anos de existência.
Dom Filoni lembrou que tal
remete para um momento
de reflexão e de avaliação do
trabalho já feito ao longo
destes anos.
“Estes 50 anos nos ins-
tigam a pensar como serão
os 50 anos que aí vêm”,
disse o cardeal, que se con-
gratulou com a recepção
que mereceu do Presidente
da República, considerando
a sua deslocação a Angola
como “uma visita com sig-
nificados diversos”.
Com o Presidente João
Lourenço, o cardeal falou
sobre a visão do Papa Fran-
cisco sobre o que deve ser a
Igreja do Futuro. Durante a
sua visita a Angola, Fernando
Filoni deve transmitir a
mesma mensagem a bispos,
sacerdotes, madres e leigos.
“Esta é uma Conferência
Episcopal onde temos uma
Igreja jovem muito empe-
nhada em todos os aspectos,
particularmente religiosos,
sem marginalizar a educação,
cultura, saúde e outros aspec-
tos”, realçou Fernando Filoni,
para quem a CEAST continua
empenhada a favorecer o
povo de Deus. “Este povo
angolano espera da nossa
parte um contributo que vem
do Evangelho”, lembrou.
“É correcto que um
Estado tenha uma
Lei capaz de
defender o povo
contra aqueles que
usam a Igreja para
fins escusos”
A Congregação para a
Evangelização dos Povos
(Congregatio pro Gentium
Evangelizatione) é um dicas-
tério da Cúria Romana,
ocupa-se das questões refe-
rentes à propagação da fé
católica no mundo inteiro.
Está sediada no Palazzo di
Propaganda Fide, na Piazza
di Spagna, em Roma.
Dignidade humana
A ministra da Cultura, que
acompanhou o cardeal na
audiência, frisou que o Exe-
cutivo está, neste momento,
a proceder à legalização de
instituições religiosas. Para
tal, lembrou Carolina Cer-
queira, foi já criada uma
3
FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
comissão.
A ministra lembrou que
já foram tomadas medidas
que se basearam no encer-
ramento de sítios e locais de
cultos religiosos ilegais nas
província s de Cabinda ,
Malanje e Luanda.
Carolina Cerqueira anun-
ciou, para breve, a reunião
da referida comissão, para
fazer uma avaliação sobre
as visitas efectuadas a algu-
mas províncias. No final do
mês, a comissão deve fazer
uma informação pública
sobre os resultados obtidos,
adiantou.
A ministra da Cultura
explicou que a Proposta de
Lei sobre a Religião já foi
discutida na generalidade,
no Parlamento, aguardando-
se que a mesma seja aprovada
pela “Casa das Leis”.
Carolina Cerqueira rea-
firmou o compromisso de
se continuar a trabalhar para
que o exercício da actividade
religiosa tenha como fun-
damento a missão, a visão
e os valores da pessoa e da
dignidade humanas, da coe-
são social e, sobretudo, da
paz social.
Histórico recente
da cooperação
Em Março o Presidente João
Lourenço criou uma comissão
interministerial para tratar
das negociações relativas ao
Acordo-Quadro, que vai ser
celebrado com a Santa Sé. As
negociações estavam parali-
sadas desde 2015.
Em Janeiro, foram discu-
tidas as condições para a
assinatura do Acordo-Qua-
dro de Cooperação.
Na ocasião, o Núncio Apos-
tólico em Angola, Dom Petar
Rajic explicou à comunicação
social que, quando for assi-
nado o Acordo-Quadro, que
antes era designado por Con-
cordata, Angola vai entrar na
lista de países com relações
privilegiadas com a Santa Sé.
4 DESTAQUE
ESSE CAMINHO LONGO
Augusto Teixeira de Matos (à esquerda) assina o Acordo de Adesão, processo em que participou o antigo embaixador angolano na ONU, Manuel Pedro Pacavira, (ao centro)
Fundamentos da adesão
de Angola ao FMI
Bastidores do processo político e diplomático que há três décadas conduziu à introdução
da economia de mercado, narrados na primeira pessoa por um dos seus principais protagonistas,
com revelações e memórias nunca antes publicadas
Augusto Teixeira de Matos *
A 19 de Setembro, passa-
ram-se 29 anos desde que
Angola aderiu ao Fundo
Monetário Internacional
(FMI) e ao Grupo do Banco
Mundial - constituído por
este, a Sociedade Financeira
Internacional (IFC), a Agên-
cia Internacional de Desen-
volvimento (AID) e a Agência
de Garantia Multilateral de
Investimento (MIGA).
Nessa altura e desde 1986,
Angola atravessava uma
situação financeira e cambial
crítica, caracterizada por
uma enorme dívida externa
resultante, principalmente,
da queda do preço de petróleo
no mercado internacional
para mínimos de seis dólares
por barril. A saída para a
negociação da dívida externa
com os países ocidentais
passava pelo contacto pre-
liminar com o Clube de Paris,
o que só era possível sendo
membro do FMI.
O processo de adesão foi
bastante complicado e demo-
rado – cerca de dois anos -
em comparação com outros
países da região da África
Subsahariana, que o fizeram
em poucos meses.
Foi desenvolvida uma
intensa actividade diplomá-
tica e de bastidores, sendo
de destacar a da França, que
apadrinhou a adesão, bem
como o apoio do Brasil,
China, Portugal, Suécia e da
maioria dos países europeus.
Tal como recorda o então
governador do Banco de Por-
tugal, Dr. José Alberto Tavares
Moreira, no seu depoimento
a propósito dos 25 anos de
cooperação dos bancos cen-
trais dos PALOP, o Banco de
Portugal, executando uma
delicada operação de enge-
nharia financeira de grande
risco, antecipou o valor da
quota de Angola no FMI.
O pagamento dessa quota
era um dos requisitos da adesão,
“sob o compromisso de honra
do então governador do BNA
(António da Silva Inácio) de,
logo após a adesão, sacar sobre
o FMI e pagar a dívida”.
Assim, cumpridas todas
as obrigações, Angola tor-
nou-se membro de pleno
direito do Fundo e do Grupo
do Banco Mundial.
Nessa longa caminhada
crivada de espinhos e ainda
sem grandes resultados, é de
reconhecer o esforço abne-
gado, a seriedade e a respon-
sabilidade do desempenho
manifestado por um sem
número de quadros nacionais,
muitos deles anónimos, que
participaram nesta tarefa
magna com a maior dedica-
ção e sentido patriótico.
Decisão firme
Tamanho desafio tornou-se
possível graças à firme deter-
minação e coragem mani-
festada pelo engenheiro José
Eduardo dos Santos, na altura
Presidente da República, que,
ultrapassando o impasse
criado pelas estruturas par-
tidárias do mais alto escalão
e num gesto revelador de
grande maturidade e sentido
de Estado, com base nas com-
petências atribuídas pela
Constituição vigente naquela
época, usou a prerrogativa de
Chefe de Estado e de Governo
para ordenar a assinatura do
acordo de adesão às insti-
tuições de Bretton Woods.
Não faltaram alguns ele-
mentos radicais e sem qual-
quer perspectiva que
tentaram aliciar, em vão,
o malogrado embaixador
n a s Na ç õ e s Un i d a s ,
Manuel Pedro Pacavira,
a evitar a adesão, encon-
trando a sua firmeza e
determinação até ao
último momento.
A adesão constituiu
um acto de grande importância
e de enorme repercussão
mundial, particularmente em
África, com a imprensa inter-
nacional a dar grande destaque
nas notícias que divulgou
constantemente, quase de
minuto a minuto. Infeliz-
mente, no nosso país, tal não
aconteceu, deixando os cida-
dãos desinformados.
To d o s o s p a í s e s d o
mundo, incluindo a Rússia
e a China, então já membros
de pleno direito, apoiaram
esta adesão, à excepção, por
razões óbvias naquela altura,
dos Estados Unidos da Amé-
rica que, no rigor da guerra
fria, colocou objecções à
nossa adesão.
“New York Times”
destacou a assinatura
Entretanto, o
conflito armado evoluía para
as negociações de paz e, a ade-
são, no momento próprio, con-
tribuiu para a sua aceleração.
As mensagens transmi-
tidas durante a conferência
de imprensa, realizada na
sede do Banco Mundial,
foram escutadas com grande
eco pelos mais altos diri-
gentes dos Estados Unidos
e suas instituições gover-
namentais e partidárias,
que, num curto espaço de
tempo, foram mudando de
postura em relação ao nosso
país, sendo hoje conside-
radas, ao que parece, de
relações fraternais.
DR
A adesão a estas institui-
ções ocorreu num período
de grandes transformações
na política mundial e terá
contribuído para chegar mais
depressa ao fim do conflito
armado, abrindo
caminho para uma
nova era, capaz de
privilegiar o desen-
volvimento em detri-
mento da futilidade
da guerra destruidora
e sem sentido.
Grandes aliados
O Fu n d o M o n e t á r i o
Internacional e o Grupo
do Banco Mundial afigu-
ram-se de uma grande
importância para o desen-
volvimento da economia
internacional.
O Grupo do Banco Mun-
dial concede aos países mem-
b r o s fi n a n c i a m e n t o s
concessionais, ou emprésti-
mos de médio e longo prazos,
que podem ir de seis a 30 anos
e mais, de acordo com o nível
de riqueza ou pobreza dos
Estados beneficiários.
Na mensagem transmitida
durante a conferência de
imprensa que teve lugar na
sede do Banco Mundial, após
a adesão, foram identificadas
algumas áreas carentes de
investimento para a diver-
sificação da economia ango-
lana, além da reconstrução
de infra-estruturas, o desen-
volvimento do sector do
petróleo, agricultura, trans-
portes - incluindo as vias de
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
comunicação -, pescas, ener-
gia e águas, educação e saúde.
A ausência de projectos a
apresentar levou a que, na
altura, apenas o projecto de
abastecimento de água potável
na cidade de Benguela fosse
implementado sob forte pressão
da mão amiga da delegação
sueca junto do Banco Mundial.
Por seu lado, o Fundo Mone-
tário Internacional passou a dar
assistência técnica de grande
valia no domínio da receita e
da despesa fiscal - de que Angola
era e é enormemente carente
-, e do controlo e fiscalização
das contas do Estado.
Angola beneficiou inicial-
mente de assistência técnica
por parte do Lloyds Bank,
sedeado em Londres, e do Pro-
grama das Nações Unidas Para
o Desenvolvimento (PNUD)
na preparação para a nego-
ciação da dívida externa - em
condições favoráveis e ainda
antes da sua adesão a estas
duas instituições - com todos
os credores dos países oci-
dentais, excepto Portugal, que
dispunha de estatuto especial
como antiga potência colo-
nizadora, e do Brasil, na altura
grande devedor.
Da mesma forma, foi ini-
ciada, com o apoio de uma
equipa técnica do FMI con-
duzida pela senhora Teresa
Ter-Minassian, a moderni-
zação das Finanças Públicas,
com reformas importantes a
nível do Orçamento Geral do
Estado e o saneamento das
contas do Banco Nacional de
Angola, criando-se, assim, as
condições para uma futura
implementação de um banco
central moderno e a criação
de um sistema bancário a dois
níveis, que aliás, foi materia-
lizado mais tarde.
Destaco aqui, a total entrega
da senhora Teresa Ter-Minas-
sian que, com grande entu-
siasmo, ajudou bastante o país
nas grandes reformas de
saneamento económico e
financeiro. Infelizmente não
foi compreendida, sendo
mesmo hostilizada.
Sublinho, ainda, a presti-
mosa colaboração da equipa
técnica chefiada pelo consultor
do Banco Mundial Prof. Dr.
Silva Lopes e composta pela
Dra. Manuela Morgado e pelo
engenheiro António Guterres,
actual Secretário-Geral das
Nações Unidas, que produziu
um relatório sobre a situação
económica do país.
Prestaram um contributo
valioso ao exprimirem o seu
parecer sobre as reformas que
na altura já estavam a ser deli-
neadas no quadro do Programa
de Saneamento Económico e
Financeiro (SEF), alertando
para a necessidade de se eli-
minar a excessiva interferência
da política na economia e refe-
rindo-se à necessidade de se
reajustar a taxa de câmbio,
bastante sobrevalorizada
naquela altura, com efeitos
perniciosos sobre o desenvol-
vimento da economia.
De realçar também a valiosa
contribuição prestada pela
equipa húngara chefiada pelo
Prof. Tallós, que está na origem
de tudo o que aconteceu e que
culminou com a criação do
Programa Económico e Finan-
ceiro em 1987 que, no quadro
das grandes reformas estru-
turais que se desenhavam,
tinha como objectivo escla-
recer a classe dirigente do país
DESTAQUE Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
sobre as vantagens em se
estabelecer um programa de
reformas com o FMI, uma
vez criadas as condições e
preenchidos todos os pres-
supostos. O espírito das
reformas transmitido por
essa equipa permaneceu
b em vivo naq uele s q ue
reconheciam a necessidade
de mudanças e se bateram
por elas.
Foi notável e assinalável
a convergência de opiniões
sobre as reformas que esta-
vam em curso por parte de
todas estas personalidades
e respectivas equipas, todos
reiterando a oportunidade
e a necessidade do apoio das
instituições financeiras inter-
nacionais e seus parceiros.
Esta assistência prestada
pelo Fundo Monetário Inter-
nacional não terá até agora
sido absorvida com os efeitos
desejados, esperando-se,
no futuro, o seu necessário
incremento.
Pelo simples facto de o país
ter aderido ao Fundo Monetário
Internacional, este ficou vin-
culado ao Artigo IV dos seus
estatutos, que o obriga a visitar,
pelo menos uma vez por ano,
os países membros para acom-
panhar a situação económica
e financeira do país e, tam-
bém, a mundial, deixando
expressas as suas recomen-
dações que podem ser adop-
tadas ou não pelos Estados.
É ne ss e contexto q ue
Angola tem recebido anual-
mente visitas de alto nível
que analisam a situação eco-
nómica e financeira e elabo-
ram um relatório detalhado
que submetem à aprovação
da mais alta instância daquela
organização, o Conselho de
Administração, que, por sua
vez, o dá a conhecer ao país
visitado através do Ministério
das Finanças.
O nosso país tem feito as
análises desses relatórios e,
uma ou outra vez, também
tem tomado algumas das
medidas recomendadas.
Porém, não tem havido capa-
cidade institucional para
tomar medidas globais, enve-
redando-se, por isso, pelo
caminho das medidas iso-
ladas, que agravam as dis-
torções existentes com grande
prejuízo para a sociedade.
Tendo ainda em memória
as greves levadas a cabo pelos
trabalhadores afectos ao
Ministério da Justiça, com
grande risco da sua genera-
lização a outros sectores da
economia, fruto do desco-
nhecimento do âmbito das
reformas estruturais, que
eram inevitáveis, considero
preocupante a possibilidade
de repetição desse cenário.
Torna-se necessário uma
maior aproximação e o diá-
logo activo e esclarecedor
que tem de ser levado a cabo
pelo Ministério das Finanças
na qualidade de interlocutor
privilegiado das instituições
de Bretton Woods, com os
representantes da classe
empresarial, sindicatos,
igrejas e todas as institui-
ções credíveis da sociedade
civil, isentas de precon-
ceitos, de modo que as refor-
mas possam ser conduzidas
com ponderação, firmeza e
tranquilidade, e assim se
poderem obter resultados
palpáveis e um consenso, o
mais inclusivo possível.
“Medidas macroeconómicas não
devem ser tomadas de forma isolada”
Não sabemos qual o nível de
responsabilidade do Fundo
Monetário Internacional (FMI)
na implementação das refor-
mas em curso: se de apenas
mero consultor ou também
de executante. Mas a percep-
ção que se vai tendo é de que
os organismos envolvidos e,
em particular, a coordenação
económica, têm vindo a
actuar com alguma lentidão,
razão pela qual são, de quando
em vez, ultrapassados pelos
acontecimentos, tornando-
se óbvio que a sociedade civil
(empresas, associações e
outros) tenta responder ao
repto para uma governação
inclusiva e participativa.
As medidas macroeco-
nómicas não devem ser
tomadas de forma isolada,
sem reconhecer a dimen-
são da intervenção nem a
incapacidade de as tomar
de forma global para alcan-
çar um ajustamento eco-
nómico e financeiro que
englobe todas as variáveis
macroeconómicas, as quais
estão profundamente dis-
torcidas (preços, salários,
taxa de câmbio, consumo,
emprego-desemprego,
etc.) e estão na origem da
inflação galopante.
As tentativas de imple-
mentação de algumas reco-
m e n d aç õ e s d o F M I n ão
tiveram o efeito desejado
devido à incapacidade ins-
titucional de promover a
complexa coordenação e sin-
cronização num contexto de
medidas isoladas.
Esses condicionalismos
não foram ultrapassados
recentemente, com a des-
valorização da moeda pelo
BNA, o que nos leva a rea-
firmar uma vez mais que as
medidas macroeconómicas
não devem ser tomadas de
forma isolada pois agravam
as distorções e penalizam
ainda mais os cidadãos.
Não basta actuar na esfera
nominal, há que actuar em
simultâneo na esfera real,
ou seja, é necessário com-
preender melhor a dicotomia
entre a esfera nominal da
economia – o sector finan-
ceiro – e a esfera real da eco-
n o m i a - a s a c t iv i d ad e s
produtivas e o emprego.
Tendo em vista o estabe-
lecimento de um programa
com o Fundo Monetário
Internacional, torna-se
imperioso que os órgãos
envolvidos no processo das
reformas se abram à socie-
dade civil no seu todo para
Delegação de Angola à assinatura dos acordos reuniu destacados representantes económicos
se aperceberem das suas
preocupações maiores.
A melhor estratégia
Aliás, o Fundo Monetário
Internacional, entre as suas
preocupações, deveria eleger
o diálogo para ouvir a socie-
dade e promover o apoio a
um programa específico de
luta contra a pobreza.
Antes, deveria ser criado
um pequeno “staff” consti-
tuído por quadros competentes
e conhecedores da realidade
do país e com a capacidade
necessária para coordenar,
escutar e guardar segredo pro-
fissional, ficando incumbido
de analisar e discutir com o
FMI, na qualidade de inter-
locutor e ponte de ligação entre
a sociedade civil organizada
e os órgãos máximos do poder
de decisão, tendo como base
o Programa de Desenvolvi-
mento Nacional (PDN), apro-
vado pelo Governo.
O Ministério das Finanças
terá de fazer um grande
esforço no sentido de regu-
larizar os salários atrasados
e colocar atempadamente as
verbas necessárias fora de
Luanda, onde o descontrolo
parece ser de grande dimen-
são. O princípio de que o salá-
rio é sagrado deve ser, como
aliás é universal e tradicional
no sector das finanças públi-
cas, rigorosamente cumprido.
Com efeito, se no passado
recente, quadros nacionais
já haviam diagnosticado que
o país dispunha dos maiores
desequilíbrios a nível mun-
dial, como não procurar solu-
ções definitivas para resolver
este mal de que enferma a
economia angolana?
O 1982 A 1990
Banco Nacional de Angola
deu início à tomada de medi-
das adequadas para se trans-
formar num verdadeiro
banco central, com funções
de regulador e supervisor,
que no futuro deixará de
fazer parte dos organismos
centrais do Estado, em que,
possivelmente, o governador
deixará de ter assento per-
manente no Conselho de
Ministros, sem que isso venha
a significar que não terá a
prerrogativa de ser ouvido,
sempre que necessário.
Deve ainda ser encorajado
a prosseguir a avaliação dos
activos do sistema bancário,
com vista a identificar pro-
cessos de reestruturação ade-
quados, visando os que devem
ser recapitalizados ou objecto
de fusão e liquidação, com o
objectivo de recuperar a con-
fiança no sistema.
A recente iniciativa de se
abster de realizar operações
cambiais, transferindo para
os bancos comerciais essa
competência, constituiu um
passo muito importante
nesse sentido. Cabe agora
aos bancos comerciais fazer
a aproximação aos seus
clientes, na base da lisura,
confiança e transparência.
A eliminação da descon-
fiança no cidadão nacional
e da falta de credibilidade
das instituições bancárias
nacionais deve tornar-se
uma realidade, pondo-se
termo à grosseira agressão
contra os direitos mais ele-
mentares dos cidadãos.
O contexto vivido pelo
nosso país requer um maior
empenho nas reformas que
DR
promovam a transparência,
a segurança jurídica, a res-
ponsabilidade e a respon-
sabilização, tal como atraiam
o investimento estrangeiro
para aumento da produção
e produtividade e geração
de rendimentos e emprego.
Acção no sector social
É reconfortante constatar
que o Ministério da Saúde,
no contexto das reformas,
esteja a pretender imple-
mentar a municipalização
dos hospitais.
Terá, no entanto, de remo-
ver a resistência passiva em
algumas áreas que ainda pro-
curam manter um sistema
arcaico de assistência à saúde
e à velhice, a par da reinser-
ção social, absolutamente
discriminatório e injusto e
com modalidades de finan-
ciamento que não atendem
à cobertura universal.
A municipalização dos hos-
pitais ficará comprometida
se medidas complementares
não forem tomadas, podendo,
entretanto, ser obtida a cola-
boração de algumas indivi-
dualidades esclarecidas,
ligadas ao sector da saúde.
A ausência de uma estra-
tégia credível para o sector
coloca desafios de primei-
ríssima grandeza para que
os serviços de saúde estejam
realmente ao serviço das
comunidades e das popu-
lações. O modelo estabele-
cido nos remotos anos 1960
está desajustado da realidade
angolana para além da sua
progressiva degradação.
Torna-se, pois, necessária
uma abordagem próxima às
re comendaçõ e s da
5
Organização Mundial da
Saúde e do Banco Mundial,
definidas neste decénio e
tendo como base os princí-
pios da universalização dos
cuidados de saúde e a estru-
turação do serviço nacional
de saúde.
A Organização Mundial da
Saúde define a cobertura da
saúde universal como os
meios para que todos os indi-
víduos e comunidades rece-
bam cuidado s de saúde
essenciais sem incorrerem
em dificuldades financeiras.
Parece-nos que seria pru-
dente proceder à profissiona-
lização dos quadros gestores
dos hospitais, através de um
programa de formação, con-
tratando-se equipas de espe-
cialistas em gestão hospitalar
num investimento duradouro
de capital humano nacional,
de médio e longo prazos, para
assumir a gestão. Tudo depen-
deria da avaliação custos/bene-
fício a efectuar-se no mais
curto espaço de tempo e com
a urgência requerida, pondo-
se termo ao amadorismo.
Os ministérios da Educação
e do Ensino Superior encon-
traram alento nos trabalhos
realizados pelos docentes do
ISCED que tiveram o apoio
da Universidade de Valência,
em Espanha, criando as con-
dições para alargar a discus-
são aberta e sem preconceitos
sobre as reformas no ensino
básico, médio e superior, à
sociedade civil, com a qual
a universidade se deve inter-
ligar. Pensamos que esta deve
ser uma das tarefas priori-
tárias e que merecem todo
o incentivo no mais curto
espaço de tempo, dadas as
carências de que enfermam.
A nível do sector petrolí-
fero, após as reformas que
vêm sendo operadas no seio
da Sonangol e as alterações
contratuais preconizadas
para incentivar a pesquisa
de novas reservas petrolíferas
nacionais, torna-se necessário
criar condições de acesso que
permitam uma maior parti-
cipação das pequenas empre-
sas petrolíferas nacionais com
gestão cuidadosa e parcimo-
niosa, garantindo a sua con-
solidação, através da revisão
do sistema fiscal em curso.
Torna-se, enfim, neces-
sário garantir a unidade
nacional e fortalecer o espírito
patriótico através da con-
cepção de programas cultu-
rais que promovam a unidade
da nação, mobilizando a
população e pugnando, ao
mesmo tempo, pelos nobres
ideais de liberdade, inde-
pendência e progresso eco-
nómico e social.
* MINISTRO DAS FINANÇAS DE
6 OPINIÃO Quinta-feira
15 de Novembro de 2018

EDITORIAL IMAGEM DO DIA

Uma mulher atravessa com muita dificuldade uma vala de drenagem

O sector museológico militar no Cacuaco, correndo o risco de ter um acidente fatal

CONTREIRA PIPAS | EDIÇÕES NOVEMBRO

Há dias, o país testemunhou a condecoração de personalidades civis

e militares, a título póstumo e em vida, num reconhecimento pelo
seu contributo na conquista e preservação da Independência Nacional
e da paz. Angola tem uma História de guerra e de conflito militar que,
contrariamente à ideia de que faz parte do passado, deve ser ensinado
às gerações actuais e vindouras porque, como ensina a sabedoria po-
pular, a História tende a repetir-se. E a melhor forma de seguir em
frente, evitando os erros do passado, envolve também, e fundamen-
talmente, o conhecimento, a compreensão e a correcta interpretação
do pretérito remoto e recente da História do povo angolano.
Precisamos de preservar a memória colectiva desse passado e,
particularmente, todo o acervo ligado à guerra e ao conflito militar
porque, de outro modo, estaríamos a promover o esquecimento sobre
a História militar de Angola. A História não se apaga e, embora para
muitos constitua um desafio lidar com aspectos bons e maus dos
passado, quanto maior for o conhecimento sobre esse passado mais
sólido tende a ser caminhada. No fundo, todo esse processo em que
se não deve confundir como eventual apologia ou enaltecimento dos
acontecimentos, facto ligados à guerra e ao conflito militar, é parte
vital do autoconhecimento dos angolanos. Não precisamos de nos
envergonhar com o que agora é parte da História de Angola e nem é
exagerado encarar a necessidade de se preservar em museus, sítios e
locais históricos apropriados tudo o que esteve ligado ao referido
período. Não podemos ser a favor do exercício do esquecimento como
filosofia de actuação, muito menos da minimização do que é histori-
camente relevante para a memória colectiva do povo angolano.
Há dias, o director do Museu Nacional de História Militar, general
Silvestre Francisco, citado pela Angop, revelou que o país tem um
défice no sector museológico militar, numa alusão ao que se pode
entender como reduzida importância das questões museológicas
militares. Embora a alta patente militar estivesse a referir-se ao
reduzido número de quadros dos museus, bibliotecas e centros de
documentação ligados às Forças Armadas Angolanas (FAA), de uma
maneira geral o oficial superior alertava para a necessidade da pre-
servação da memória colectiva militar de Angola.
Não há dúvidas de que quando se celebra o Dia da Independência
Nacional e as datas de celebração ligadas à resistência e luta anti-
colonial, uma das reflexões que muitos experimentam tem a ver
com o local ou locais onde encontrar acervo ligado a tais eventos e
personalidades. É verdade que temos os museus Nacional de História
Militar e da Força Aérea, os memoriais às batalhas do Cuito Cuanavale
e de Quifangondo, o monumento ao Soldado Desconhecido e bi-
bliotecas dos vários ramos. Mas, seguramente, não reflectem a di-
mensão de tudo quanto militarmente Angola viveu.
Urge da parte das instituições públicas em particulares, eventualmente
das privadas e do público em geral, o contributo e empenho para que
tenhamos um sector museológico militar digno da História de Angola.

CARTAS DOS LEITORES

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PROPRIEDADE
Víctor Silva (presidente) Edições Novembro, E.P.
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
Caetano Pedro da Conceição Júnior
Estudo e honestidade A educação nunca deve ser igno- gente. Sejam honestos, estudiosos,
SEDE:
José Alberto Domingos
Rui André Marques Upalavela Rua Rainha Ginga, 12-26 Os jovens dos bairros suburbanos rada. Valorizemo-nos como pes- educados e asseados. Escolham
Caixa Postal 1312 - Luanda
Luena Cassonde Ross Guinapo
Redacção: 222 020 174 terão poucas possibilidades de soas, sobretudo como pessoas bem boas companhias. Se o meu con-
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS Telefone geral (PBX): 222 333 344
Filomeno Jorge Manaças Fax: 222 336 073 ter sucesso na vida, se não se em- educadas. Não valorizem os bens selho vale alguma coisa, abra-
Mateus Francisco João dos Santos Júnior Telegramas: Proangola
penharem nos estudos ou se não materiais face à moralidade e à cem-no e sejam felizes.
se dedicarem a um ofício, pois é boa educação. Não nos esqueça- JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA
importante inculcar nas pessoas mos de que as pessoas podem per- Rangel
a ideia de que, nem sempre, a der o dinheiro e o seu património
DIRECTOR: Isaquiel Cori (editor) universidade deve ser a meta. O imobiliário. Há muita gente que
Víctor Silva Edna Cauxeiro (sub-editora),
DIRECTOR-ADJUNTO:
Ferraz Neto (sub-editor) e Pereira Dinis importante é ter uma profissão tem muito dinheiro, mas que per- Conhecer a vida do povo
Caetano Júnior
EDIÇÕES ESPECIAIS: que nos dê sustento. Tendo um deu a consideração da sociedade. Sou da opinião de que os gover-
DIRECTOR EXECUTIVO: Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,
Guilhermino Alberto Leonel Kassana e Yara Simão ofício, isto é, tendo uma fonte de Muita gente vive isolada pela ver- nantes devem visitar regularmente
EDITOR EXECUTIVO:
rendimento, a pessoa ambiciosa gonha. Muitos homens e mulheres os nossos municípios para conhe-
Diogo Paixão FOTOGRAFIA: poderá chegar à universidade até morrerão tristemente endinheira- cerem em maior profundidade a
Francisco Bernardo (editor-chefe),
SUB-EDITOR EXECUTIVO:
Cândido Bessa José Cola (editor), atingir a sua meta. dos sem que tenham feito bem ao vida das nossas populações. Lem-
Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João Gomes, Maria
Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, Paulo Mulaza, Kindala Manuel, Não deixem de se dedicar ao es- próximo. Estimados jovens, espero bro-me que nos anos 70 do século
Santos Pedro;
GRANDE REPÓRTER: tudo da língua portuguesa, a lín- que nunca se apoderem de coisas passado , e pouco depois da in-
Luísa Rogério
CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: gua oficial do nosso País. Por alheias. Devolvam os artigos que dependência de Angola, muitos
Adão Diogo (Lunda Sul),
EDITORIAS:
POLÍTICA: Alberto Coelho (Cabinda), outro lado, não tenham vergonha tenham tomado de empréstimo, governantes tinham o hábito de
Vladimir Prata (Namibe),
Santos Vilola (editor-chefe),
Fonseca Bengui (sub-editor) e Bernardino Manje (sub-editor) Esídoro Natalício (Cuanza-Norte), de falar as línguas regionais de nomeadamente, livros, CD. Se for ir aos musseques para visitar fa-
Jaime Azulay (Benguela),
Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala
e Garrido Fragoso Jesus Silva (Lobito), Angola. Elas aumentam a fonte caso disso, desculpem-se pela de- miliares, com quem conviviam
Estanislau Costa (Huíla),
OPINIÃO: João Mavinga (Zaire), de conhecimento, ainda que se- mora e agradecem ao mutuante durante muitas horas. Hoje nem
Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (sub-ditor) Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),
SOCIEDADE: Silvino Paulo (Uíge), jam apenas orais. Além disso, pelo empréstimo. Quem fica com nas ruas vemos os nossos ministros.
Lourenço Manuel (Cuando Cubango), Luís Pedro (Cuanza-Sul),
Nhuca Júnior (editor),
Alberto Pegado (editor), Noé Jamba (Bengo), constituem uma das formas de coisas alheias tem uma dose de Do que é que eles têm medo?
Quinito Kanhamei (Cunene),
José Meireles (editor),
Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes, Samuel António (Moxico), identificação cultural. Pobre é espírito de gatuno. Se conversassem mais com os
Fernando Cunha (Huambo),
Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão, Carla
Bumba e Mazarino da Cunha Francisco Curinhingana (Malanje) aquele que não tem referências Se estiverem empregados, conser- cidadãos, saberiam mais sobre
REGIÕES: culturais do local ou país natal. vem bem o emprego. Sejam assí- os nossos problemas.
Sérgio Chivaca (editor-chefe), PAGINAÇÃO E ARTE:
Béu Pombal (sub-editor), Eugenia Victor, Adilson Santos, Augusta Lucéu, Tomás Cruz, Noé Pungue, Soares Neto, Quanto à nossa língua oficial, a duos e pontuais. Não levem artigos Será que trabalham assim tanto
Filipe Eduardo Ana Dinamene, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Carvalho, Maria Messele,
ECONOMIA:
Alberto Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, Saldanha Pedro língua portuguesa, ela abre por- do trabalho para as vossas casas, que não têm tempo para conver-
CARTOON E ILUSTRAÇÃO:
Cristóvão Neto (editor-chefe),
Armando Estrela (sub-editor),
Armando Pululo, Casemiro Pedro tas sociais, nomeadamente, as tais como, materiais de escritório, sar com familiares e amigos e
e Edna Mussalo
Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e Victorino Joaquim profissionais. Infelizmente, mui- comida e bebida, visto que essas com outros cidadãos? O mais
MUNDO:
Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa COPY DESK:
tos ex-praticantes de desporto práticas são viciantes e prejudicam, grave é que há governantes que
DESPORTO:
Rui Ramos, Paulo Pinha, Arlindo Soares, Esperança Vieira Dias, João Sá. ou grandes executantes de ins- sobremaneira, a entidade patronal, hoje têm grande dificuldade em
Amândio Clemente (editor-chefe),
Anaximandro Magalhães (sub-editor), António Cristóvão, trumentos musicais, devido a de- pública ou privada. saudar um antigo amigo do liceu
Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo,
António de Brito e Honorato Silva
O Jornal de Angola
utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina
ficiências linguísticas, não podem É importante lembrar que o furto ou do bairro em que moraram.
CULTURA: exercer a função de comentadores, é crime e pode dar lugar à res- Sentem vergonha de terem tido
António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (sub-editor),
Francisco Pedro (sub-editor), PUBLICIDADE: que poderia ser uma fonte de ren- ponsabilidade criminal e disci- amigos que hoje continuam po-
Amilda dos Santos, Manuel Albano, Mário Cohen e Roque Silva (+244) 926 406 929
GENTE E FIM-DE-SEMANA: (+244) 923 402 700 dimento, principal ou comple- plinar, podendo esta, resultar em bres ou estão na miséria.
António Cruz (editor-chefe), e-mail: publicidade@jornaldeangola.com mentar. Reitero a importância despedimento por justa causa. MARGARIDA ALFREDO
da língua portuguesa. O que lhes digo vale para toda a Maianga
OPINIÃO Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
O CÁGADO E AS PALAVRAS DO SILÊNCIO
Ler, escrever e contar
Assim começava o Hino da Alfabetização que
eu escrevera com música de meu xará Mingas.
“Ler, escrever e contar, pôr pensamento na mão…”
Outro dia, uma amiga psicóloga que viveu em
Macau e a filha estudou na Suazilândia conven-
ceu-me a ir a uma festa de escola para o 11 de No-
vembro porque professores e alunos queriam co-
nhecer a pessoa que tinha escrito a letra do Hino
Nacional. Era em Talatona, lugar também onde a
minha conterras Maria João Ganga decidira dar o
meu nome ao anfiteatro da sua Casa das Artes.
Não gosto de Talatona por-
que me parece um apartheid
onde o vizinho do andar de
baixo não conhece o do an- Ali eles aprendem
dar de cima, com a proprie- a amar a vida dos
dade na vertical, os condo-
mínios que foram inventados homens, dos animais
por razões de segurança,
aquele arame farpado sul-
domésticos como
africano, bons tempos lá no cavalos e cães que
Huambo, a janela do quarto
tinha os vidros partidos, tudo todas as crianças
isso me dá saudade das casas gostam, dos animais
antigas com anexos, capoeira
para galinhas, patos e horta. selvagens e das
“Ó Rui vai à capoeira para te
estrelar um ovo e matabicha-
plantas. Por causa dos
res,” assim falava minha mãe. corações e cabeças
Pois. A tal escola, ia eu no
carro com o motorista que daquela escola
me mandaram buscar, falan-
do política da net dos can-
dongueiros, uma rede que um dia destes explico,
que o povo andava a desconfiar porque tinham
agarrado um carapau e os tubarões à solta, fartei-
me de rir, a tal escola? Em Talatona devia ser como
um desses institutos superiores num prédio de
vários andares e tudo engravatado como eu já
estive de camisa, boné e sandália. Nada. Tudo na
horizontal, com caminhos e relva e as casas pare-
ciam uma aldeia em maquete. Toda a gente se
vestia de roupas africanas ou orientais. Era a
Luanda International School. Uma angolana le-
vou-me ao gabinete do director vestido com uma
camisa de um pano que gira muito por Luanda,
geometria a negro, vermelho e branco. Começou
por me explicar a escola. O muadiê natural da
Nova Zelândia parece mestiço de autóctone e eu
falei no meu péssimo inglês que era para lá da
Austrália e que eu só tinha comido jacaré na África
do Sul, em Sun City, gargalhada, o móvel e as fotos
da esposa ruiva, a filha e o namorado negro na ci-
dade do Cabo. “Esta escola tem 52 nacionalidades.”
E fiquei a saber que os de língua materna portu-
guesa, angolanos, portugueses ou brasileiros
aprendiam em português mas tinham como língua
segunda o inglês e os falantes de inglês tinham
Manuel Rui
CITAÇÕES
“Em nome
do Governo
dos Estados
Unidos da
como língua segunda o português. Que ali, o prin-
cipal era trocar corações para abrir as cabeças.
Quem me dera que tivesse sido assim no meu
América, envio
uma calorosa
tempo, pensei mas depois enxotei e deixa ficar a felicitação ao
fisga, as palmatoadas. Percorri biblioteca, salas povo de Angola
de aulas para os mais pequenos, um escritor an-
golano de literatura infantil, Octaviano Correia
pela celebração
contava estórias, a miudagem toda à vontade sem de 43 anos de
qualquer constrangimento, professores de calções Independência,
e sandálias, tudo muito colorido, uma professora em 11 de
do Bangladesh, outra do Zimbabwe, falo-lhe na- Novembro”
quele funje comido com as mãos e o molho de
carne macia, ela abraça-me, ai, Mike Pompeo
Secretário de Estado
estava-me a adiantar, porque norte-americano
antes foi a abertura solene. Afi-
nal, todos queriam conhecer-
me por causa da letra do hino. “É necessário
Num ginásio, cerca de duas mil que o nosso país
pessoas. Subi ao palco com uma seja dotado
professora angolana. Eu disse
versos em português, ela pas-
destas facilidades
sava cada verso para o ouvido de construção
e reparação
do director que declamava em
inglês, depois um coral entoou naval. Hoje
o Angola Avante de uma maneira temos ainda
que escondi as lágrimas com a
ponta dos dedos das mãos. E fi-
dificuldades, pois
as embarcações
zeram quizomba, tocaram gui-
tarra e saxofone, cantaram blues, são feitas fora
a escola era uma cidade onde do país”
eu desejaria morar, a cantina
sem bebidas com açúcar e sal
Vitória de Barros
Neto
doseado, o funje de carne seca.
Depois fui para uma aula. A pro-
Ministra das Pescas
fessora portuguesa havia sido aluna de uma acadé-
mica minha amiga e que escreve sobre a minha “Um trabalhador
obra. Era a aula dos alunos da 12ª. Que à vontade, diabético
passou um slide com o “Quem me dera ser onda”
em linguagem gráfica tratando a sistémica do texto
contribui para
a redução da
na correspondência do sistema social da época.
produtividade
Perguntas e respostas. Substantivos, advérbios e
verbos que eu escolhera passaram na tela. Depois nacional,
eu escrevi o primeiro verso. Estávamos na escrita
criativa e fizeram um poema de quatro estrofes.
aumenta
os gastos
Maravilha de escola! Mas fiquei a pensar que ne-
na família
nhumas daqueles alunos serão capazes de agar-
rarem numa arma e fazerem como se vê na tele- e sacrifica
visão. Ali eles aprendem a amar a vida dos homens, uma série
dos animais domésticos como cavalos e cães que de anteriores
todas as crianças gostam, dos animais selvagens prioridades”
e das plantas. Por causa dos corações e cabeças
daquela escola. O curriculum é igual em todo o João Pascoal
Especialista em Medicina
mundo com adaptações a cada país. Interna e director da área
científica do Hospital
E os alunos quando saem da escola e vão para Américo Boavida
casa? Os que gostam de cães e cavalos e olham na
rua os polícias a cavalo e com cães ameaçadores?
Que voltas darão à cabeça e mais ainda quando “Pedimos uma
chegam a casa e os pais colocam no canal das te- ordem imediata
lenovelas brasileiras só com gente branca? para que
EDIÇÕES NOVEMBRO
a acreditação
seja devolvida
imediatamente
a Jim (Acosta).
Apesar de este
processo estar
ligado à CNN e a
Jim Acosta, podia
ter acontecido
com qualquer
um. Se não for
contestada, esta
decisão da Casa
Branca pode
criar um
ambiente de
medo para
aqueles que
cobrem a Casa
Branca”
Nota da cadeia de televisão
CNN, exigindo a reposição da
acreditação do seu
correspondente junto da
Casa Branca
7
ESTÓRIAS
DE ONTEM E HOJE
Luciano Rocha
Rosado e Reginaldo
e forma de noticiar
A mesa-redonda sobre “boas notícias”, realizada, na terça-
feira, em Luanda, por iniciativa do Ministério da Comunicação
Social, despoletou reacções diferentes, das quais relevo, as
de Carlos Rosado e Reginaldo Silva, com as quais me identifico.
As opiniões de ambos sobre o tema em discussão são o
que se pode designar pela “verdade de La Palice”. Carlos
Rosado, director do jornal “Expansão”, foi claro, ao declarar
que “não há boas ou más notícias”, que apenas as primeiras
contam, “feitas com base no respeito pelas regras do jorna-
lismo”. É exactamente isso o que sempre pensei, penso e hei-
de continuar a pensar. O resto é outra coisa qualquer com a
qual não devemos perder tempo. Pelo menos, por ora. Mário
Reginaldo, também usou a objectividade, ao lembrar que
qualquer notícia pode ser boa para uns e má para outros.
Os dois, de forma sucinta, definiram o que é notícia, afinal,
a base do jornalismo, que é preciso dominar antes do candidato
à profissão avançar para outras áreas , como, infelizmente,
sucede, cada vez mais, com frequência incompreensível.
Estes casos são quase sempre impulsionados pelo desejo de
ver o próprio nome escrito, sintoma de vaidade bacoca, pri-
meiro passo para o descalabro de um ofício que jamais hão-
de saber honrar. Mas, a culpa, é bom lembrar, é igualmente
de quem tem a obrigação de impedir que tal suceda e con-
descende... ou também
não sabe.
O jornalismo, que não O jornalista, ao redigir
se esgota na notícia,
a notícia apenas tem de
ter como preocupação o
cumprimento das regras
tem de ser crítico, profissionais, de forma a
contrapoder, para que a informação que pre-
tende transmitir chegue
justificar a sua perceptível ao destinatário
existência, sem deixar, principal, o leitor comum,
mesmo tendo consciência
naturalmente, que o que escreveu não
vai agradar a todos.
de enaltecer factos As notícias sobre as
verdadeiramente iniciativas da Procurado-
ria Geral da República e
excepcionais do Serviço de Investiga-
ção Criminal são boas pa-
ra todos? Não compro-
vam elas, casos de corrupção, impunidade, compadrio que
envergonham o país? Por isso deviam ser escamoteadas? Os
escândalos nos sectores da Educação, Saúde, Obras Públicas,
para mencionar apenas estes, mas a que se podiam juntar
todos os outros, tornam-se mais graves se noticiados? Resol-
vem-se, por si só, se ignorados pela comunicação social?
O jornalismo, que não se esgota na notícia, tem de ser
crítico, contrapoder, para justificar a sua existência, sem
deixar, naturalmente, de enaltecer factos verdadeiramente
excepcionais, mesmo os aparentemente mais simples. Como
a conquista do título mundial de futebol para amputados,
entre tantos outros triunfos desportivos, que nos enchem
de orgulho. Tal como sucede noutras áreas da cultura à
ciência. Nunca tecer loas a chafariz inaugurado num bairro,
buracão tapado numa artéria, semáforos ou candeeiros que
voltaram a funcionar, águas putrefactas que deixaram de
correr pela via pública, árvores podadas. Tudo coisas, tantas
coisas, que deviam ter merecido, em devido tempo, a atenção
dos responsáveis de vários sectores.
O jornalismo também é isso. Sem divisões de bom e mau.
Apenas há o primeiro, que cumpre regras e obrigações. O
outro é arremedo executado por candidatos a simpatizantes
de uma profissão tão nobre como qualquer outra. Desde
que servida por quem a ame e tenha por objectivo primeiro
servir a comunidade.
No tempo colonial, Paulo Cardoso criou na Rádio Ecclesia,
o slogan “se não quer que noticiemos, não deixe que aconteça”.
E naquele tempo havia censura prévia! Que é coisa que a
maioria dos actuais profissionais da comunicação angolana,
felizmente para eles, não sabe o que foi. E desejo que nunca
venham a saber.
O slogan daquele radialista português mantém-se actual.
Volta e meia, recordo-me dele, quando observo certas reacções
dos que ainda se julgam impunes aos novos ventos da História.
Neste novo capítulo da nossa História, os verdadeiros jor-
nalistas - com nossas diferenças e deficiências, que não há
super mulheres, nem super homens - vão continuar a procurar,
minuto a minuto, honrar esta profissão que escolheram, cum-
prir a missão de relatar a verdade, servir o leitor, sem o qual
não existem.
8 ÁFRICA
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO
Félix Tshisekedi voltou com a palavra atrás após aceitar um candidato único às eleições
Tshisekedi e Kamerhe assinaram
compromisso para sair da política
Para explicar o que se passou em Genebra durante os três dias de
reunião na qual os sete principais líderes da oposição congolesa
escolheram um candidato às eleições de 23 de Dezembro, a
Fundação Kofi Annan, facilitadora do encontro, publicou o
documento assinado por todos que contraria a decisão agora
assumida por Félix Tshisekedi e Vital Kamerhe
Victor Carvalho
A Fundação Kofi Annan,
facilitadora do encontro de
Genebra, que reuniu durante
três dias os sete principais
líderes da oposição congolesa
para encontrarem um can-
didato comum para as elei-
ções presidenciais de 23 de
Dezembro, acaba de divulgar
o acordo assinado e que com-
promete as posições assu-
midas recentemente por Félix
Tshisekedi e Vital Kamerhe
de denunciarem o acordo
que tinham assinado.
No documento, os sete
líderes da oposição, entre os
quais Tshisekedi e Kamerhe,
comprometeram-se indivi-
dualmente a abandonar a
política caso decidissem não
respeitar o acordo então
obtido para apoiar o candi-
dato comum designado,
neste caso Paul Fayulu.
“No interesse da transpa-
rência e depois de termos
tomado conhecimento de que
dois dos signatários do acordo
obtido em Genebra resolveram
denunciá-lo, julgamos por
bem divulgar a verdade do
que se passou”, pode ler-se
na conta que a Fundação Kofi
Annan tem no Twitter e na
qual divulgou o documento.
No essencial, o que inte-
ressa ao caso é que os sete
principais líderes da oposição
se comprometeram, indivi-
dualmente, a “respeitar
escrupulosamente” as dis-
posições do “acordo de coli-
gação de Genebra”, redigido
em francês e em lingala.
No mesmo documento,
eles também se comprome-
teram a “não trair o povo con-
golês violando as disposições
do acordo”. Mais à frente, os
sete signatários do documento
referem, também individual-
mente: “Se eu não respeitar
estes compromissos colocarei
fim à minha carreira política
e não me submeterei jamais
ao escrutínio popular”.
Mas, a verdade é que Vital
Kamerhe e Félix Tshisekedi
resolveram mesmo bater com
a porta, tendo já um dos seus
assessores dito que os docu-
mentos foram assinados em
Genebra somente para salva-
guardar a designação de um
candidato comum dentro de
critérios previamente definidos
e não com base numa votação,
como veio a suceder.
Para este assessor, o apoio
dado por Tshisekedi e Kame-
rhe à designação de Paul
Fayulu foi uma espécie de
“consentimento provisó-
rio” e dependente da posi-
ção que depois viesse a ser
assumida pelos seus res-
pectivos partidos.
Frente a estas duas visões
da mesma face da moeda, o
que ainda está a prevalecer
é o facto de Paul Fayulu, apa-
rentemente, continuar a con-
tar com o apoio dos outros
quatros principais líderes da
oposição, entre os quais se
destacam Moise Katumbi e
Jean-Pierre Bemba, man-
tendo-se assim como can-
didato comum para as eleições
de 23 de Dezembro.
Porém, a saída do acordo
de Félix Tshisekedi e de Vital
Kamerhe, abre uma brecha
na coligação que pode sig-
nificar a perda de importan-
tes votos para fazer frente
ao candidato da maioria pre-
sidencial, a que se junta a
imprevisibilidade daquilo
que pode ser a posição que
outros membros da oposição
ainda possam vir a assumir
nos próximos dias.
Ataque no Kivu Norte
Enquanto os políticos da
o p o s i ção n a Re p ú blica
Democrática do Congo, mais
DR
uma vez, dão sinais de não
se entenderem, cinco pessoas
morreram e várias crianças
foram sequestradas por
supostos rebeldes ugandeses
da Frente Democrática Aliada
(ADF), no nordeste do país,
informou a agência de notí-
cias EFE citando fontes locais.
O ataque armado terá
ocorrido segunda-feira,
perto da cidade de Beni, pro-
víncia do Kivu do Norte
(leste), durante uma incur-
são dos rebeldes ugandeses,
que terminou com cinco
mortos e um número inde-
t e r m i n a d o d e m e n o re s
sequestrados, explicou o
presidente da sociedade civil
de Beni, Kizito Hangi.
O grupo rebelde iniciou
a sua campanha de violência
em 1996 no distrito de
Kasese, no oeste de Uganda,
após a qual se expandiu para
várias zonas fronteiriças com
a RDC. Trata-se de uma das
organizações armadas que
actualmente continuam acti-
vas no país, após o desar-
mamento em Novembro de
2014 do grupo rebelde M23,
que chegou a controlar boa
parte da região.
Enquanto isso, o número
de mortos por contaminação
de ébola nas províncias de
Kivu Norte e Ituri, no leste
da República Democrática
do Congo (RDC), aumentou
para 209 desde 1 de Agosto,
divulgou a Organização Mun-
dial de Saúde (OMS).
Dados da OMS indicam
que 23 pessoas morreram em
consequência do contágio do
vírus desde a última actua-
lização, em 4 de Novembro,
até ao passado domingo. O
número mais expressivo de
mortos devido ao contágio
pelo vírus ocorreu na província
de Kivu do Norte, nas loca-
lidades de Beni (91), Mabalako
(67) e Butembo (18).
Breves
MOÇAMBIQUE
CONSELHO
CONSTITUCIONAL
VALIDA RESULTADOS
OFICIAIS DAS ELEIÇÕES
AUTÁRQUICAS
O Conselho Constitucional
de Moçambique proclamou
ontem os resultados das
eleições autárquicas de 10
de Outubro, encerrando
o processo que levou
à realização do quinto
escrutínio do género no
país. O acto de ontem foi
uma mera formalidade,
já que o Conselho
Constitucional rejeitou
todos os recursos
apresentados pelos
partidos políticos, quer na
fase de candidaturas, quer
em relação à votação e
apuramento dos resultados
pelos órgãos eleitorais.
Os resultados do
apuramento feito pela
Comissão Nacional de
Eleições (CNE) e agora
oficialmente confirmados
dão a vitória à Frente de
Libertação de Moçambique
(Frelimo), partido no poder,
em 44 dos 53 municípios
do país. A Resistência
Nacional Moçambicana
(Renamo), principal partido
da oposição, venceu em
oito autarquias, enquanto
o Movimento Democrático
de Moçambique (MDM),
terceiro maior partido,
ganhou em apenas uma.
GABÃO
OPOSIÇÃO DIZ QUE
GOVERNO ESTÁ A MENTIR
SOBRE A SAÚDE DO
PRESIDENTE ALI BONGO
O Partido da União
Nacional, principal força
da oposição gabonesa,
acusou o Governo de
evasão, duplicidade e
mentiras sobre o estado
de saúde do Presidente Ali
Bongo, internado num
hospital da Arábia Saudita,
noticiou a Prensa Latina.
As alegações foram
difundidas num texto
que circula poucas horas
depois de as autoridades
emitirem um comunicado,
segundo o qual o
mandatário cumpre os seus
deveres constitucionais,
melhora e recupera
as suas funções vitais.
O mistério sobre a saúde
de Bongo começou no
passado dia 24 de Outubro,
quando viajou para o reino
saudita para participar
num fórum económico,
ao qual não assistiu porque
foi internado num centro
médico por causa da
“fatiga extrema”, segundo
as primeiras informações
da imprensa oficial.
Há dois dias, um porta-voz
oficial admitiu que
após exames médicos
que mostraram uma
hemorragia interna,
Bongo foi operado
e que o primeiro-ministro
Emmanuel Issoze Ngondet,
viajaria para a Arábia
Saudita, à frente de uma
delegação, para reunir-se
com o Chefe de Estado,
as autoridades do reino
árabe e os médicos
que o assistem.
ÁFRICA DO SUL
Ministro do Interior apresenta
demissão que já foi aceite
O ministro do Interior da
África do Sul, Malusi Gigaba,
demitiu-se ontem das suas
funções por envolvimento
num escândalo sexual.
A notícia foi divulgada por
um comunicado da Presi-
dência sul-africana, no qual
Cyril Ramaphosa dizia ter
recebido e aceitado uma carta
de demissão de Malusi Gigaba,
um aliado próximo do antigo
Presidente Jacob Zuma.
Na missiva, o ministro do
Interior justifica a saída em
nome do “interesse nacio-
nal” e do partido e para “ali-
viar o Presidente de pressões
desnecessárias.”
Em Outubro último, Malusi
Gigaba caiu nas malhas da
provedora de Justiça, Busisiwe
Mkhwebane, que recomen-
Gigaba é acusado de envolvimento num escândalo sexual
MALI
Carro armadilhado
mata três pessoas
A explosão de um carro
armadilhado junto de um
alojamento de especialistas
da ONU, na cidade maliana
de Gao, matou três pessoas
e feriu quatro outras, disse-
ram ontem fontes oficiais
citadas pela Prensa Latina.
Os três mortos são malia-
no s , membro s de uma
empresa que trabalha para
a ONU na detecção e neu-
tralização de minas terrestres
implantadas por grupos
armados tuaregues e isla-
mitas que operam no norte
do Mali.
As primeiras investigações
determinaram que o veículo
era uma carrinha de tracção
a quatro rodas e que a acção,
ocorrida terça-feira, foi obra
de um grupo leal à rede Al-
Qaeda que opera na zona.
A Al-Qaeda é um grupo
armado islamita fundado em
finais dos anos 70, do século
passado, no Afeganistão, pelo
saudita Osama bin Laden.
Entretanto, as escolas da
cidade de Gayéri, sede da pro-
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
dou ao Chefe de Estado que
sancionasse o ministro por
este ter mentido sob jura-
mento perante um tribunal.
Busisiwe Mkhwebane
referia-se ao testemunho que
Malusi Gigaba deu num pro-
cesso em 2017, envolvendo
a família Oppenheimer.
No final do mesmo mês,
Malusi Gigaba, que foi minis-
tro das Finanças entre Março
de 2017 e Fevereiro de 2018,
data em que assumiu a pasta
do Interior, admitiu que em
2017 foi alvo de tentativa de
extorsão depois do roubo de
um vídeo de carácter sexual
sobre ele, depois de uma
invasão ao seu telefone.
O vídeo estava disponível
no site de partilha de vídeos
pornográficos do PornHub.
DR
víncia de Komandjari, situada
no leste do Burkina Faso, estão
fechadas desde segunda-
feira, após a descoberta de
uma mensagem de ameaça
de morte contra professores,
anunciou a Agência burkinabe
de notícias (AIB).
“Prevenimos-vos. Entra-
remos a 14 de Novembro de
2018 na província de Gayéri
para esvaziar os alunos. Não
queremos encontrar um
docente ou professor. Se os
encontrarmos, serão mortos.
Boa sorte a vocês”, escre-
veram os autores na vitrina
do liceu comunal de Gayéri,
segundo a AIB.
A dois dias da suposta data
fatídica, as escolas primárias
e os liceus de Gayéri, bem
como os das localidades vizi-
nhas encerraram as portas
por medida de prudência,
acrescentou a mesma fonte,
precisando que, nos últimos
meses, várias escolas e ins-
talações administrativas
foram saqueadas ou incen-
diadas na província.
MUNDO
15 de Novembro de 2018
DENTRO E FORA DAS FRONTEIRAS
Trump endurece posições
após eleições intercalares
Durante a semana após as
eleições intercalares nos
EUA, e perante a subida dos
democratas, o Presidente
Donald Trump adoptou uma
estratégia política agressiva,
dentro e fora de fronteiras.
Depois de perceber que o
Partido Republicano tinha
perdido a hegemonia do Con-
gresso nas eleições interca-
lares de 6 de Novembro,
Donald Trump desvalorizou
os resultados das urnas e pro-
meteu que nada iria mudar
na estratégia política da Casa
Branca: “Faremos tudo da
mesma maneira”, avisou,
numa conferência de
imprensa, menos de 24 horas
depois do fecho das urnas.
Mas, no espaço de uma
semana, o Presidente dos EUA
deu sinais de endurecimento
nas posições e no tom das crí-
ticas a adversários e aliados.
Na frente interna, criticou
a recontagem de votos na
Florida, dizendo que os can-
didatos Republicanos já
deviam ter sido considerados
vencedores e afirmando que
o processo eleitoral está
“massivamente infectado”.
Perante os “media”, acu-
sou-os de falta de impar-
cialidade na cobertura das
e l e i ç õ e s i n t e rc a l a re s e
expulsou da Casa Branca
um repórter da estação tele-
visiva CNN pela forma insis-
tente como tinha colocado
perguntas numa conferência
de imprensa.
Dentro da sua equipa,
aproveitou para fazer várias
alterações, anunciando que
tenciona demitir Kirstjen
Nielsen, secretária de Estado
do Interior, e dando sinais
de querer afastar Nick Ayers,
chefe de gabinete do Vice-
Presidente Mike Pence.
Mas o mais mediático e
polémico caso de afasta-
mento aconteceu no dia a
seguir às eleições, com a
demissão de Jeff Sessions,
o procurador-geral dos
QUINTA NO INTERIOR DE SÃO PAULO
Lula da Silva é ouvido
O antigo Presidente Lula da
Silva começou a ser ouvido
ontem à tarde num processo
em que é acusado de cor-
rupção passiva e lavagem de
dinheiro, sendo suspeito de
ter recebido benefícios ilícitos
numa quinta no interior de
São Paulo.
Esta foi a primeira vez que
o ex-Presidente do Brasil
deixou as instalações da Polí-
cia Federal, onde está preso
desde Abril, a cumprir pena
de 12 anos e um mês.
Até ontem à noite não
havia relatos de incidentes
durante o trajecto feito pelo
histórico político do Partido
dos Trabalhadores (PT) até
ao local do interrogatório,
em Curitiba.
A audiência começou às
14h00 locais (17h00 em Angola)
com o depoimento do empre-
sário José Carlos Bumlai, tam-
bém réu no processo. Bumlai,
Quinta-feira
Estados Unidos, a pedido
do próprio Donald Trump,
por se ter escusado a inves-
tigar a potencial ingerência
russa na campanha presi-
dencial de 2016.
No meio de tudo isto,
Donald Trump ainda teve
tempo para criticar a forma
como as florestas da Cali-
fórnia são geridas, para expli-
car um incêndio que já foi
considerado o mais grave de
sempre naquele Estado.
E ainda criticou o livro de
Michelle Obama, a ex-pri-
meira-dama dos EUA, dando
a entender que inclui polé-
micas (nomeadamente as
críticas à postura e a várias
medidas políticas do actual
Presidente) para justificar o
generoso cheque que rece-
beu pela obra.
Há, contudo, um tema
que parece ter desaparecido
do radar das preocupações
do Presidente dos EUA: a
caravana de refugiados que
se dirige desde a América
Central e que serviu de mote
para muitos comícios onde
Trump apareceu ao lado de
candidatos Democratas.
Trump enviou ontem o
secretário de Defesa, Jim
Mattis, para uma visita à
fronteira do México com o
Texas, mas com uma men-
sagem muito mais suave:
"Para já, a missão é o que é,
mas teremos de ver o que o
futuro nos reserva.
DR
Trump anuncia alterações
que responde pelo crime de
lavagem de dinheiro, foi inter-
rogado durante uma hora.
O processo e a operação
Lava Jato estavam sob a res-
ponsabilidade do juiz Sérgio
Moro, que se afastou do caso
após aceitar a nomeação
para o Ministério da Justiça
no futuro governo de Jair
Bolsonaro.
Assim, o ex-Presidente está
a depor perante a juíza subs-
tituta do processo, Gabriela
Hardt. Na acusação deste pro-
cesso, os procuradores afir-
mam que algumas reformas
feitas pelas construtoras Ode-
brecht e OAS numa quinta
frequentada por Lula da Silva
e sua família, na cidade de
Atibaia, no interior do Estado
de São Paulo, teriam sido pagas
como parte de um acordo de
suborno para que estas empre-
sas fossem beneficiadas em
contratos com a Petrobras.
Breves
CHINA NEGA
SER AMEAÇA
PARA A EUROPA
O Governo chinês negou
ontem ser uma ameaça
para a Europa, em resposta
às declarações do
Presidente francês,
Emmanuel Macron,
sobre a necessidade de se
proteger o continente da
China, Rússia e Estados
Unidos, e de se criar um
Exército europeu.
“Nunca fomos uma ameaça
para a Europa”, disse a
porta-voz da diplomacia
chinesa, Hua Chunying, em
conferência de imprensa.
“A Europa tem o direito de
definir a sua própria
política estrangeira e de
defesa”, afirmou Hua, antes
de recordar que vários
governantes europeus
pediram mais cooperação
com a China nesta questão.
Numa entrevista na
semana passada à rádio
francesa Europe 1, Macron
defendeu a criação de um
exército europeu.
“Temos que nos proteger
da China, Rússia e inclusive
dos Estados Unidos”,
afirmou, uma frase
considerada “ofensiva”
pelo Presidente norte-
americano Donald Trump,
mas que segundo
o Governo francês
foi mal interpretada.
A chanceler alemã Angela
Merkel apoiou na terça-
feira a ideia de criar um
exército europeu num
discurso no Parlamento
Europeu em Estrasburgo.
BANGLADESH
REPATRIA
REFUGIADOS
MUÇULMANOS
O comissário da repatriação
do Bangladesh, Abul Kalam,
anunciou ontem que 30
famílias de refugiados
seriam transferidas hoje
para o posto de fronteira
de Gundrum, perto de Cox’s
Bazar, local onde os
refugiados vivem em
campos sobrelotados.
Kalam explicou que a
agência de refugiados
das Nações Unidas estava
a verificar o processo
de repatriação.
DR
De acordo com o plano
intermediado pela ONU
entre Myanmar e o
Bangladesh, todas as
repatriações devem ser
voluntárias. Líderes
estrangeiros criticaram a
líder do Mianmar, Aung San
Suu Kyi, nos bastidores da
cimeira da Associação das
Nações do Sudeste Asiático
(Asean), que ocorre esta
semana em Singapura, por
não ter lidado melhor com
a crise étnica.
AVIGDOR LIEBERMAN PEDE DEMISSÃO
Governo israelita enfraquecido
com saída do ministro da Defesa
Dirigente manifesta desacordo com o cessar-fogo estabelecido
com o Hamas e admite eleições legislativas antecipadas
Saída de Lieberman do Executivo de Benjamin Netanyahu revela situação de crise política
A coligação do Governo
israelita liderada pelo pri-
meiro-ministro Benjamin
Netanyahu acaba de sofrer
um golpe, com o pedido de
demissão do titular da Defesa,
Avigdor Lieberman, por
desacordo com o cessar-fogo
estabelecido com o movi-
mento palestiniano Hamas,
na Faixa de Gaza.
A trégua continua, pelo
menos provisoriamente, entre
Israel e os grupos palestinianos
de Gaza, depois da mais severa
confrontação desde a guerra
de 2014, mas semeia a dis-
córdia na frágil coligação de
Governo do Primeiro-minis-
tro Benjamin Netanyahu.
O ministro da Defesa e
líder do partido “Israel Bei-
teinu”, Avigdor Lieberman,
anunciou ontem a renúncia
do Governo por se opor ao
acordo entre Israel e os gru-
pos palestinianos, alcançado
na terça-feira e mediado
pelo Egipto, sobre um ces-
sar-fogo na Faixa de Gaza.
Em declarações à imprensa,
o ministro ultranacionalista
denunciou o cessar-fogo
como uma “capitulação ao
terrorismo”.
“O Estado está a comprar
a calma a curto prazo, ao
custo de graves danos a longo
p ra zo pa ra a s egu ra n ça
nacional”, disse Lieberman,
que também pediu eleições
antecipadas.
O movimento palesti-
niano Hamas, que governa
a Faixa de Gaza, festejou o
anúncio da saída de Lieber-
man como “uma vitória polí-
tica para Gaza”.
As aulas foram retomadas
ontem no sul de Israel e na
Faixa de Gaza, três dias depois
do início de uma escalada
que viu grupos armados
palestinianos lançarem cen-
tenas de foguetes e obuses
de morteiro sobre Israel,
assim como o Exército israe-
lita a bombardear dezenas
de posições no território.
Quinze palestinos foram
mortos pelos disparos israe-
litas. As hostilidades causa-
ram a morte de um oficial
israelita e de um outro pales-
tiniano que trabalha em
Israel, morto por um foguete.
Mais do que nunca, desde
2014, as hostilidades colo-
caram os protagonistas deste
conflito muito perto da
quarta guerra numa década,
no território sob bloqueio e
cercado por Israel, Egipto e
o Mar Mediterrâneo, antes
do anúncio, na terça-feira
à tarde, de um cessar-fogo
mediado pelo Cairo.
A aviação israelita e os
foguetes palestinianos ces-
saram na tarde de terça-feira.
E a vida retomou o seu curso
numa Faixa de Gaza desgas-
tada pelas guerras, pela
pobreza e pelo desemprego.
Do lado israelita, todas as
restrições foram suspensas
às actividades nas localidades
periféricas de Gaza, onde os
disparos de foguetes haviam
levado a população a buscar
abrigo. Os comboios também
voltaram a circular.
“Vitória sobre Israel”
O Hamas e os outros grupos
palestinianos disseram que
vão respeitar o cessar-fogo
“tanto tempo quanto o ini-
migo o respeitar”. Depois do
anúncio da trégua, milhares
de moradores de Gaza par-
ticiparam em manifestações
para proclamar a “vitória
sobre Israel”.
Um claro contraste com
a situação do outro lado da
fronteira. Vários israelenses
da “periferia” submetidos
aos disparos de foguetes
manifestaram nas ruas e nas
redes sociais o ressentimento
contra um Governo que
deveria, em sua visão, bater
mais forte nos grupos pales-
tinianos. E as divisões cau-
sadas há meses no Governo
pela estratégia a ser adoptada
frente ao Hamas agravaram-
se ainda mais.
Na terça à noite, centenas
de israelitas saíram às ruas
de Sderot, alegando que o
9
DR
Governo as deixará à mercê
de novos ataques em vez de
atacar o Hamas.
“Acordem, o sul está a
queimar”, lia-se num cartaz
na rua. Apesar dos meses
de persistente tensão ao
l o ngo d a f ro nte i ra c o m
Gaza, o Primeiro-ministro
israelita optou pelo cessar-
f o g o e m d e t r i m e n to d a
escalada militar.
Netanyahu prefere conter
o Hamas a tentar eliminá-
lo, seja pela preocupação
com o vácuo que seria dei-
xado e o que surgiria para
preenchê-lo, seja com a
impossibilidade de Israel
de assumir a segurança de
um território de onde se
retirou em 2005.
Durante uma reunião com
o seu gabinete de segurança,
autoridades do Exército e de
todos os serviços relaciona-
dos defenderam um cessar-
fogo, informou a imprensa
israelita. Netanyahu tomou
a decisão, sem submetê-la
a voto do Governo.
O ministro da Defesa dis-
tanciou-se imediatamente
dessa decisão, divulgando
um comunicado para des-
mentir ter apoiado a para-
l i sação d a s o p e raç õ e s
militares israelitas.
Outro pilar da coligação
e também partidário da
linha dura, o ministro da
Educação e líder do partido
nacionalista religioso Lar
Judaico, Naftali Bennett, fez
o mesmo. A oposição tam-
bém atacou Netanyahu.
As eleições legislativas
em Israel estão agendadas
para Novembro de 2019.
Na terça, o Conselho de
Segurança das Nações Uni-
da s reuniu - s e a p orta
fe chada para di s cutir a
situação de Gaza, mas nada
de concreto foi decidido,
segundo diplomatas.
Gaza e seus arredores
vivem em clima de tensão
desde o final de Março, que
já levou a inúmeros episó-
dios de violência.
10 ECONOMIA
TELECOMUNICAÇÕES
Operação do SACS fez de Angola uma referência incontornável no mercado africano
Sistema da Angola Cables
apresentado na Africacom
Companhia angolana encerra hoje participação bem-sucedida na
maior feira continental do sector, ao lado de mais de 200 operadores
que representam as maiores empresas do sector e organizações que
lideram o processo de transformação digital de África
A Angola Cables termina
hoje a apresentação do Sis-
tema de Cabos do Sul do
Atlântico (SACS) na “Afri-
cacom 2018”, uma feira que
reúne mais de 200 operadores
de telecomunicações em
África, na Cidade do Cabo,
África do Sul.
O presidente da Comissão
Executiva da Angola Cables,
António Nunes, informou
em nota enviada ao Jornal de
Angola que está a apresentar
no certame, que iniciou terça-
feira, o SACS) como uma rota
inovadora e a mais rápida e
eficiente para as comunica-
ções entre os países africanos
e a América do Sul.
“A entrada em operação
do sistema de cabos que liga
directamente a África e a
DE 80 IMPLANTADOS
Só cinco laboratórios Mercado fronteiriço
acreditados no exterior muda de localização
Victorino Joaquim
Os laboratórios das Linhas
Aéreas de Angola (TAAG),
Mota Engil, Bromangol,
Refriango e Geongol são os
cinco únicos implantados
no país que detêm acredi-
tação internacional, o que
se deve à fiabilidade e à qua-
lidade das suas análises,
considerou uma fonte.
O directora-geral do Ins-
tituto Angolano de Acredi-
tação (IAAC), Cláudia Simões,
afirmou ao Jornal de Angola
que, ainda em fase de inqué-
rito para construção da base
de dados, os números apon-
tam para a existência de mais
de 80 laboratórios que espe-
ram por ser acreditados,
geralmente implantados para
testes de alimentos, bebidas
e cosméticos.
Para o processo de acre-
ditação dos laboratórios, o
IAAC tem contado com o
América do Sul, atravessando
o Sul do Atlântico, fez de
Angola uma referência incon-
tornável no mercado africano
de telecomunicações”, disse,
ao referir a forma como o
sistema é recebido pelos par-
ceiros dos dois continentes.
António Nunes estima que
as comunicações directas
entre a África e as Américas
geram várias vantagens em
todo o mundo para prove-
dores de serviços de Internet
(ISPs), provedores de ser-
viços em nuvem (CSP’s) e
provedores de conteúdo
superiores (OTTs) que usam
essas conexões.
Na sua opinião, com esta
ligação, associada aos acordos
de parceria estabelecidos
com outros grandes agentes
apoio de organismos inter-
nacionais como o Instituto
Português de Acreditação
(IPAC), o Inmetro, do Brasil
e, ainda, com os da região
da SADC.
A directora-geral consi-
derou que a certificação
internacional reconhece a
competência técnica dos
laboratórios destas empresas
nas avaliações da conformi-
dade que é exigida e comprova
que todo o produto ou pro-
cesso ali desenvolvido cumpre
os requisitos definidos.
Certifica também que
todos os ensaios realizados
cumprem as normas, assim
como atestam e comprovam
a competência técnica da
equipa de analistas dos labo-
ratórios para a realização da
avaliação dos produtos.
Com a acreditação, acres-
centou a directora, esses
laboratórios assumem que
continuam a apostar na con-
DR
do ecossistema internacional
de telecomunicações, como
a Silica Networks, está a ser
possível promover uma ver-
dadeira revolução digital.
“Os provedores de servi-
ços de conteúdo na América
Latina também podem bene-
ficiar com a opção de usar a
rota SACS para alcançar mer-
cados em África e na Europa,
sem utilizar os tradicionais,
de alto volume”, disse.
Realizada todos os anos,
a Africacom é considerada
como o maior e mais influente
evento de tecnologia a nível
do continente, uma plata-
forma que congrega as maio-
res empresas do sector e
organizações que lideram o
processo de transformação
digital de África.
fiança no que diz respeito à
execução das suas actividades
técnicas, que são reconhecidas
internacionalmente.
A distinção, considerou
a d i re c to ra , é m a i s u m
re g u l a d o r t é c n i c o q u e
obriga o laboratório a uma
constante avaliação externa
e interna através de rigo-
rosos processos de auto-
controlo, competindo com
outros laboratórios exter-
nos na avaliação da com-
petência técnica.
Cláudia Simões informou
que o processo de acreditação
dos laboratórios do país é
feito por organismos inter-
nacionais até que o IAAC
assine acordos de reconhe-
c i m e nto mútu o c o m o s
patronos da acreditação no
mundo, a Cooperação Inter-
nacional de Acreditação de
Laboratórios (ILAC) e o
Fórum Internacional de
Acreditação (IAF ).
Breves
NO BPC
EMPRESAS
PESQUEIRAS
TÊM CRÉDITO
DISPONÍVEL
As empresas pesqueiras
podem habilitar-se a
empréstimos de até cinco
milhões de dólares no
Banco de Poupança e
Crédito (BPC), para
financiarem projectos nos
domínios da pesca
industrial, semi-industrial
e artesanal, soube ontem
o Jornal de Angola
de fonte oficial.
O presidente da Associação
de Pescas de Luanda (APL),
Manuel de Oliveira, disse
que os financiamentos são
concedidos em kwanzas, a
oito anos e juros
de 20 por cento ao ano.
Os empréstimos,
prosseguiu, estão
disponíveis ao abrigo de
uma linha de crédito de 320
milhões de dólares aberta
pelo Banco Africano de
Desenvolvimento no BPC,
uma soma da qual 40 por
cento, ou 120 milhões de
dólares, já foi
desembolsada pelo banco
continental e tem estado a
ser usada a favor do sector
empresarial.
Numa perspectiva mais
ampla, o financiamento
abarca empresas de todo o
sector produtivo, além das
pescas e a agricultura, mas
Manuel de Oliveira,
considera que os créditos
não são suficientes para
impulsionar o sector
empresarial, caso não se
disponibilize, também,
uma componente cambial.
A APL tem inscritos 40
associados, cerca de 200
armadores de pesca
artesanal e mais de mil
chatas ou embarcações
de pesca artesanal.
MBANZA KONGO
As obras para a construção
do novo mercado frontei-
riço do Luvo arrancam este
ano e estão orçadas em 75
milhões kwanzas, avançou
a administradora municipal
de Mbanza Kongo.
Em declarações à imprensa,
na terça-feira, Nzuzi Makiese
adiantou que a construção do
mercado, localizado 60 qui-
lómetros norte de Mbanza
Kongo, é feita em duas fases
consecutivas. Na primeira,
são erguidas 500 bancadas,
armazéns, área administra-
tiva e balneários públicos.
Nzuzi Makiese adiantou
que a empreitada foi adju-
dicada a uma empresa chi-
nesa que pretende dar inicio
às obras no final de Novem-
bro ou princípio de Dezem-
bro e que o departamento
provincial do Instituto Nacio-
nal de Desminagem (INAD)
entregou um certificado
provisório de limpeza dos
SAURIMO
Rede de distribuição
com potência elevada
A partir de 2019, a cidade
de Saurimo vê elevados os
níveis de fornecimento de
energia eléctrica, com a intro-
dução de 39 megawatts na
rede de distribuição, forne-
cidos pelas centrais térmicas
do Nhama e Txicumina.
A Angop noticiou ontem
que o director do Gabinete do
Ambiente e Serviços Comu-
nitários na Lunda-Sul, Piedade
João, que forneceu estas infor-
mações, declarou que a rede
necessita de reparações de
vulto para viabilizar a distri-
buição de electricidade.
O responsável disse que,
apesar da capacidade ins-
talada para o próximo ano,
as redes de transporte de
energia em Saurimo carecem
de reestruturação, com vista
à melhoria do fornecimento
da rede eléctrica.
Neste momento, disse o
director, estão disponíveis,
para a cidade de Saurimo,
cerca de 20 megawatts de
potência, uma capacidade
considerada insuficiente para
Governo da Lunda-Sul manda elevar a oferta de electricidade
EDIÇÕES NOVEMBRO
Feira do Luvo é desordenada
cerca de 257 mil metros qua-
drados onde vai ser implan-
tado o mercado.
O projecto de construção
do mercado, disse, era lide-
rado pelo Governo Provincial,
tendo passado para a admi-
n i st ração mu n i c ipa l d e
Mbanza Kongo no âmbito da
política do Executivo ango-
lano que visa a transferência
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
responder às necessidades
de consumo daquela urbe.
Piedade João avançou que
o governo provincial e o
Ministério da Energia e Águas
estão a trabalhar numa estra-
tégia que visa obter recursos
financeiros para o trabalho
de reestruturação das redes
em Saurimo.
Em relação ao projecto de
construção da barragem do
Chicapa 2, informou que o
processo decorre sem sobres-
saltos e, neste momento, o
ministério de tutela está em
negociações com duas
empresas que manifestaram
interesse em obter do Governo
o contrato para a edificação
da infra-estrutura.
A energia consumida em
Saurimo é maioritariamente
proveniente das centrais tér-
micas do Txicumina (cinco
megawatts) e da Greco (11),
sendo que a barragem hidroe-
léctrica do Chicapa 1, com
uma capacidade de 16 mega-
watts, disponibiliza apenas
quatro para a cidade.
EDIÇÕES NOVEMBRO
das competências adminis-
trativas para o poder local.
Nzuzi Makiese disse que
o novo mercado do Luvo é
erguido num espaço dis-
tante da lo calização do
actual mercado, situado na
linha divisória entre Angola
e a República Democrática
do Congo (RDC), onde os
negociantes comerciavam
a céu aberto.
Nzuzi Makiese explicou
que a indicação do novo
espaço cumpre as orienta-
ções dos órgãos de segurança
e ordem interna, que sempre
se manifestaram apreensivos
com a localização do mer-
cado anterior.
A administradora afirmou
que o novo mercado vai ter
controlo de fuga ao fisco, bem
como mecanismos de combate
à tentativa de infiltração de
estrangeiros nos dias de fun-
cionamento, que ocorre aos
sábados de forma alternada,
ECONOMIA Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
SONANGOL
Petrolífera
apresenta
programa
de regeneração
O presidente do Conselho
de Administração da Sonan-
gol, Carlos Saturnino, apre-
senta hoje à imprensa, em
Luanda, o Programa de Rege-
neração de companhia, de
ac o rd o c o m p e d i d o s d e
cobertura enviados ontem
às redacções.
O encontro conta, também,
com um balanço do desem-
penho da companhia e uma
conferência de imprensa, ter-
minando com uma sessão
de trabalho com colabora-
dores da empresa, já sem os
jornalistas presentes, indica
o documento.
Em Agosto, o Governo
anunciou um processo de
reestruturação do sector
petrolífero que passou pela
criação da Agência Nacional
de Petróleos e Gás (ANPG),
pondo termo ao monopólio
da empresa, que deverá ficar
f o c a d a n a s a c t iv i d a d e s
nucleares, a pesquisa, pro-
dução, refinação e distribui-
ção de petróleo e derivados.
Com a criação da agência,
irá ocorrer a transferência
de activos da Sonangol até
Dezembro deste ano. “O
objectivo principal do modelo
proposto é o de acabar com
o conflito de interesses exis-
tente na nossa indústria, tor-
nando-a mais transparente
e eficiente”, explicou, na
altura, o ministro dos Recur-
sos Minerais e Petróleos,
Diamantino Azevedo.
No início de Setembro, o
ministro indicou que a petro-
lífera apresentou uma lista
de 54 concessionárias a pri-
vatizar, no quadro de rees-
truturação da empresa.
A Sonangol deverá ainda
proceder à venda de parte
das suas empresas e parti-
cipadas exteriores à sua fun-
ção de pesquisa e produção
de petróleo.
EM CURSO
Consulta
pública
no Mercado
de Capitais
A Comissão de Mercado de
Capitais (CMC) conduz até
7 de Dezembro uma consulta
pública do Projecto de Regu-
lamento sobre a Oferta de
Contratos Relativos ao Inves-
timento em Bens Corpóreos,
iniciada a 5 do corrente mês.
Em nota de imprensa
enviada ontem à nossa redac-
ção, a CMC indica que o pro-
jecto de regulamento está
disponível no site da Comis-
são na Internet e que a con-
sulta tem como finalidade
a obtenção de consensos e
a p ro m o ç ã o d o d i á l o g o
sobre a criação ou alteração
de normas sobre o mercado
de capitais, bem como o
reforço dos mecanismos
de transparência.
EXPO-INDÚSTRIA
Produção de milho satisfaz
procura do mercado interno
Angola produz 1,5 milhões de toneladas por ano, de um consumo estimado em dois milhões
sendo o défice de 500 mil dedicado ao fabrico de ração animal, de acordo com dados do IDIA
Graciete Mayer
O país tem uma produção
anual de 1,5 milhões de tone-
ladas de milho por ano, capaz
de satisfazer o mercado nacio-
nal em termos de oferta deste
cereal, declarou ao Jornal de
Angola o director-geral
adjunto do Instituto de Desen-
volvimento Industrial de
Angola (IDIA), Lourenço
Armando, na abertura da IIIª
da Expo Indústria, que decorre
deste ontem em Luanda.
SegundoLourençoArmando,
as actuais necessidades de
milho no país são de dois
milhões de toneladas por
ano. “Se produzimos 1,5
milhões de toneladas e neces-
sitamos de dois milhões,
temos um défice de 500 mil,
que geralmente é usado para
atender a indústria de ração
animal”,informou.
Apontou que do milhão e
meio de toneladas que o país
produz, parte vai para a trans-
formação em fuba, outra para
o consumo dos produtores
e uma terceira serve para
produção de ração animal.
“Queremos
extinguir
a importação
de fuba: o que
podemos importar
são apenas
pequenas
quantidades
de milho para
a produção
de ração animal”
Dado o que considerou
um “boom” da produção do
milho, afirmou, o Estado
lançou em 2017 o Programa
de Fomento a Indústria Rural
(PROFIR) que visa a promo-
ção da indústria rural a nível
nacional, através do fomento
de empresas nas comunas
e municípios, contribuindo
para a criação de valor e para
o escoamento depois da
transformação das maté-
rias-primas agrícolas cul-
tivadas pelas famílias.
Numa primeira fase, o
PROFIR construiu, até final
do ano passado, três grandes
parques industriais consti-
tuídos por pequenas moa-
gens nos municípios de
Cacuso (Malanje), Tomboco,
(Zaire) e Catumbela (Ben-
guela) que têm a capacidade
de produzir um total 300
toneladas de fuba de milho
e ração animal.
Para o director-geral adjunto
do IDIA, o país já não tem
necessidade de importar a fuba
de milho, já que a actual pro-
dução satisfaz o mercado. “Nós
queremos extinguir a impor-
tação de fuba para o país: o
que podemos importar são
Responsável do IDIA denunciou o “lobbie” da fuba de milho que quer desencorajar a produção
apenas pequenas quantidades
de milho para atender a pro-
dução de ração animal”, enfa-
tizou o director-adjunto.
Denunciou igualmente a
existência de “lobbies no
sector de importação de fuba
d e m i l h o ” q u e q u e re m
desencorajar a produção
nacional alegando, a “falta
de qualidade do produto”
das moagens nacionais.
Deve-se perceber que “o
contexto agora é outro”, afir-
mou Lourenço Armando,
lembrando que o Executivo
investiu nas três unidades
1,8 mil milhões de kwanzas,
construídas numa área de
3,5 hectares.
O PROFIR compra aos
agricultores cerca de cem
tonelada s de milho p or
semana. Devido ao sucesso
do programa, o Executivo
perspectiva, em meados do
próximo ano, construir mais
sete parques nas províncias
Ministra anuncia a abertura dos pólos industriais e rurais
Victorino Joaquim
A ministra da Indústria, Ber-
narda Martins, anunciou
ontem, em Luanda, que os
pólos de desenvolvimento
industrial e os rurais estão
abertos, a partir do final do
ano em curso, às parcerias
público-privadas.
A responsável, que falava
na abertura da III Expo-Indús-
tria e XV Projekta, que decor-
rem em simultâneo na Zona
Económica Especial Luanda-
Bengo, disse que a abertura
dos pólos às parcerias público-
privadas visa a infra-estrutu-
ração e gestão, anunciando
a abertura dos primeiros con-
cursos públicos para a cons-
tituição das parcerias.
A rede nacional de pólos
de desenvolvimento industrial
do Bengo (Quibaxe), Huambo
(Cachiungo, e Calenga), Bie,
(Andulo) Uije (Maquela do
Zombo), Cuanza-Sul ( Waco-
Cungo) e Lunda-Sul (Dala),
avaliados em quatro mil
milhões de kwanzas.
Lourenço Armando disse
que este projecto está em
articulação com outros pro-
grama s do Exe cutivo ,
nomeadamente com o Pro-
grama Municipal Integrado
de Desenvolvimento Rural
e Combate a Pobreza.
O programa tem por estra-
tégia a necessidade de diver-
s i fi c a ç ã o d a e c o n o m i a ,
devendo fomentar o surgi-
mento de novas iniciativas
industriais que possam con-
tribuir para a criação de valor
das matérias-primas.
Participações de topo
A III Expo-Indústria, que
decorre em simultâneo com
a XV Feira Internacional de
conta com 18 pólos, mas só
dois estão em pleno funcio-
namento, nomeadamente
Ministra da Indústria discursa na abertura do certame
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Equipamentos e Serviços
para a Construção Civil,
Obras Públicas, Urbanismo,
Arquitectura e Decoração e
de Interiores (Projekta),
arrancou ontem em Luanda
com a participação de 200
empresas e com os subsec-
tores de bebidas (cervejas,
sumos, águas e refrigerantes)
e produtos de higiene no topo
das participações.
O grupo Castel, detentor
das marcas de cerveja Cuca,
Nocal e EKA, participa no
evento com a exposição dos
seus mais recentes produtos
como a Cuca Ruiva e a Booster,
que já é líder em termos de
consumo. O representante do
grupo, Job Gomes, disse que
a empresa investiu, nos últi-
mos anos milhões de dólares
em tecnologia para aumentar
a produção e melhorar a qua-
lidade do produto.
Como resultado, a com-
panhia elevou a produção,
de Viana (Luanda) e da
Catumbela (Benguela), além
dos parques de indústria rural.
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
11
principalmente de Cuca, que
passou de cinco mil caixas
por dia nos últimos anos,
para 90 mil caixas durante
o ano passado.
A Refriango expõe na feira
produtos como a água de
mesa Pura, refrigerante Blue
e a cerveja Tigra.
A empresa SICIE, deten-
tora da marca da Suave, pre-
tende apresentar no certame
os seus produtos mais ino-
vadores, que vão desde fral-
das desatáveis, produtos de
limpeza e pensos higiénicos.
Depois das industrias de
b ebida s e pro duto s de
higiene, a participação das
fabricas de materiais de cons-
trução, metal e mecânica,
plásticos, mobiliário, agro-
química é reduzida.
Estão expostos produtos
e serviços ligados à agrope-
cuária, artesanato, cimento,
madeira , p etróle o , gá s ,
pedras naturais, energia
alternativa, bem como ofertas
de serviços de paisagismo e
meio ambiente.
A feira, em que participam
empresas nacionais e estran-
geiras, acontece na Zona
Económica Especial Luanda-
Bengo (ZEELB), numa par-
ceria entre o Ministério da
Indústria, o Ministério das
Construção e Obras Públicas
e a empresa Eventos Arena.
As empresas, além de
exporem os produtos, come-
çam hoje a estabelecer con-
tactos de negócios. Sob o
lema “Crescer, a fazer cres-
cer”, a iniciativa, de acordo
com a organização, pretende
contribuir para a promoção
e aumento da produção
nacional, fomento das rela-
ções empresariais entre os
dois sectores e para dar res-
posta às necessidades do país
a nível da Indústria e Cons-
trução Civil.
Ao abrigo do Programa
de Fomento da Industria
Rural (PROFIR), prevê-se
promover o surgimento de
centros de formação técnica
especializada direccionados
para as necessidades do sec-
tor da indústria, o associa-
tivismo sectorial e a
realização de estudos con-
sagrados às oportunidades
de exportação para a indús-
tria angolana.
A promoção de acções que
melhorem o ambiente de
negócios e a inserção dos
sectores prioritários da indús-
tria nos instrumentos de apoio
ao financiamento empresarial
e de protecção da indústria
nacional, também estão ins-
critas entre as acções que a
ministra da Indústria prome-
teu promover.
12 Quinta-feira
15 de Novembro de 2018

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Quinta-feira
15 de Novembro de 2018 13
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TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 69

A Terceira Região Tributária avisa aos importadores abaixo indicados que, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 509.º, conjugado
com os artigos 481.º e 512.º todos do Código Aduaneiro, procedeu à apreensão da mercadoria demorada abaixo indicada:

Lote Nº de processo Designação da Mercadoria Importador Volume Carta de porte Data de chegada

391DATCAL/18 89/2018/CA Gás inflamável Socafrina 2 VOL 118-10103321 03/09/2018

397DATCAL/18 89/2018/CA Líquido inflamável OPS 5 VOL 118-10253806 05/09/2018

403DATCAL/18 89/2018/CA líquido inflamável Expro Worldwid 1 VOL 047-02279384 07/09/2018

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade do confisco das mercadorias apreendidas é
de dez dias úteis, contados da data da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.

As mercadorias apreendidas estão sujeitas a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado o recurso a que se refere o parágrafo
anterior.

Terceira Região Tributária, aos 16 de Outubro de 2018.

A DIRECTORA REGIONAL

Eurídice Cristina F. Bárber A. Alves

(100.878)

TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 72

A Terceira Região Tributária avisa aos importadores abaixo indicados que, nos termos do artigo 509.º, n.º 1, alínea b), conjugado com os artigos 512.º e 481.º todos do Código
Aduaneiro procedeu à apreensão das mercadorias demoradas abaixo indicadas:

TERMINAL DA MULEMBA

Lote Contentor Tipo Designação da mercadoria Importador BL Data de chegada Proveniência DU

149/18 NIDU5221849 40 Embalagens para sumo Drinco Indústria de Bebidas, Lda WEWA061225 20.10.17 Bélgica 191017010186
Aguarda pagamento

150/18 NIDU5227662 40 Embalagens para sumo Drinco Indústria de Bebidas, Lda WEWA061225 20.10.17 Bélgica 191017010186
Aguarda pagamento

151/18 NIDU5220586 40 Embalagens para sumo Drinco Indústria de Bebidas, Lda WEWA061225 20.10.17 Bélgica 191017010186
Aguarda pagamento

152/18 CMAU0017883 20 Bens de uso pessoal Adilson da Conceição Alberto BR2261815 20.01.13 Argentina Aguarda liquidação

153/18 MEDU1903708 20 Soro Randwin Exim PVT.LTD MSCUX0529122 24.12.11 África do Sul 230512010378
Aguarda pagamento

154/18 TRIU0509916 40 Estrutura metálica, chapas Gris Importação/Exportação WEWA071275 21.05.18 Portugal 14602
Liberado

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade do confisco das mercadorias apreendidas é de dez dias úteis, contados da data
da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.

As mercadorias aprendidas estão sujeitas a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado o recurso a que se refere o parágrafo anterior.

Terceira Região Tributária, aos 13 de Novembro de 2018.

A DIRECTORA REGIONAL
Eurídice Cristina F.Bárber A. Alves
(100.878A)
14 Quinta-feira
15 de Novembro de 2018

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Quinta-feira
15 de Novembro de 2018 15
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ANÚNCIO DE ABERTURA DE PROCEDIMENTO DE CONCURSO PÚBLICO

CONCURSO PÚBLICO N.º 209/AGT/2018

A Administração Geral Tributária (AGT) vem tornar público, nos termos do disposto de Bilhete de Identidade e domicílio, Número de Identificação Fiscal (NIF), tra-
no n.º 1 do artigo 69.º da Lei n.º 09/16, de 16 de Junho – Lei dos Contratos Públicos, tando-se de pessoa colectiva, o respectivo número de identificação, denominação
que está aberto o Concurso Público para Empreitada de Construção da Delegação social, sede, nomes dos titulares dos seus órgãos de administração, direcção ou
Aduaneira do Huambo. gerência e de outras pessoas com poderes para a obrigarem, Registo Comercial
ou equivalente;
1. Dados da Entidade Pública Contratante (EPC)
1.1. Designação (UO/OD): Administração Geral Tributária b) Registo Comercial de constituição e das alterações do Pacto Social;
1.2. Endereço: Rua Teresa Afonso, n.º 2, Código Postal N.º 1254 c) Cópia da Publicação do Pacto Social em Diário da República;
1.3. Localidade: Luanda d) Cópia do BI dos Sócios;
1.4. Província: Luanda e) Cópia do Cartão de Contribuinte;
1.5. Telefone/Fax: +244 917830959 f) Certificado de Registo Estatístico;
1.6. Correio electrónico/ Endereço internet (URL): info@agt.minfin.gv.ao / g) Certificados de Registo Criminal dos representantes legais da sociedade;
www.agt.minfin.gov.ao h) Alvará Comercial
1.7. Tipo de entidade contratante e suas principais actividades: a Entidade Con- i) Certidão Contributiva original ou cópia autenticada – Emitida pelo Instituto
tratante é uma pessoa colectiva de direito público, que integra a administração indi- Nacional de Segurança Social (INSS);
recta do Estado, que goza de personalidade e capacidade jurídica e é dotada de j) Comprovativo da regularização da situação tributária perante o Estado angolano
autonomia administrativa, regulamentar, patrimonial e financeira, tutelada pelo Mi- – emitido pela respectiva Repartição Fiscal;
nistério das Finanças, tendo como âmbito de actuação todo o território nacional, e K) Alvará emitido pelo Instituto Regulador da Construção Civil e Obras Públicas, o
ao qual compete a) garantir a aplicação da legislação tributária; b) liquidar e proceder referido documento (Alvará de Construção), deverá ser categoria, classe e valor cor-
à cobrança de impostos, direitos aduaneiros e demais tributos; c) propor medidas respondente aos trabalhos que os concorrentes se propões realizar e, se for o caso,
de regulação do comércio externo; d) supervisionar a actividade tributária; e) con- documento equivalente emitido pela autoridade competente do Estado de que a em-
trolar o tráfego internacional de mercadorias e meios de transporte; f) criar e imple- presa seja nacional ou no qual se situa o seu estabelecimento principal
mentar medidas de prevenção da prática de infracções tributárias; g) prevenir a
evasão e a fraude fiscal, bem como o tráfego ilícito de mercadorias proibidas; h) par- 3.2. Admissão de propostas variantes: Não.
ticipar no processo de elaboração de Diplomas Legais necessários ao enquadra- 3.3. Exigência de caução provisória: Não.
mento do exercício das suas atribuições; i) participar em organizações ou reuniões
internacionais sobre matéria tributária; j) elaborar e publicar, depois de homologado 4. Critério de adjudicação
pelo Titular do Órgão de Superintendência, o relatório anual das suas actividades, Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta os critérios enunciados
incluindo, designadamente, uma referência desenvolvida às operações realizadas nas peças do procedimento.
durante esse período; k) propor medidas em matéria de política, legislação e proce-
dimentos tributários e garantir a sua efectiva implementação; l) garantir a execução 5. Processo
da política tributária em consonância com os objectivos gerais, em matéria de política 5.1. Prazo para a recepção de pedidos das peças do procedimento ou para aceder
económica do Executivo; m) realizar as actividades de controlo e supervisão neces- aos documentos:
sárias ao cumprimento dos seus deveres; n) gerir os recursos humanos próprios e Data:até ao dia 29 de Outubro de 2018, das 8:00horas às 15:30 minutos de 2.ª a 5.ª
promover a sua contínua formação técnico-profissional e qualificação; o) gerir os re- feira e das 8:00 às 15:00 horas a 6.ª feira e termina no dia 19 de Novembro de 2018
cursos materiais e financeiros que lhe sejam afectados no quadro das políticas e às 15:30 minutos.
prioridades superiormente definidas; p) exercer as demais atribuições estabelecidas 5.2. Preço e condições de obtenção das peças do procedimento:
por lei ou determinadas superiormente (cfr. as alíneas a) à p) do n.º 1 do artigo 7.º 5.2.1. Preço: A aquisição das cópias das peças do procedimento está sujeita ao pa-
do Estatuto Orgânico da Administração Geral Tributária, aprovado pelo Decreto Pre- gamento de uma taxa no valor de Akz. 50.000,00 (Cinquenta Mil Kwanzas), a ser
sidencial n.º 324/14, de 15 de Dezembro). pago na Conta Única do Tesouro, junto das Repartições Fiscais.
5.2.2. Condições: Os interessados devem fazer prova do pagamento do valor pre-
1.8. A EPC está a contratar por conta de outras entidades? Não. visto, mediante apresentação do comprovativo de depósito do Documento de Arre-
cadação de Receita (DAR) – Emolumentos e Taxas Diversas, no valor de Akz.
2. Objecto do Contrato ou da Aquisição 50.000,00 (Cinquenta Mil Kwanzas), a liquidar na Conta Única do Tesouro, junto das
2.1. Designação dada ao contrato pela EPC: Empreitada de Construção da De- Repartições Fiscais.
legação Aduaneira do Huambo. 5.3. Prazo para apresentação das propostas:
2.2. Tipo de contrato: Empreitada de Construção. Data:até ao dia 19 de Novembro de 2018,às15:30minutos.
2.3. Local de execução da empreitada:Município do Huambo, na Província de 5.4. O Acto público realizar-se-á às 09 horas do dia 20 de Novembro de 2018.
Huambo. 5.5. Valor da caução definitiva: 5% (cinco por cento) do preço global da proposta.
2.4. O anúncio implica a celebração de um contrato público: Sim.
2.5. O concurso está aberto à participação de entidades estrangeiras: Não 6. Informações Complementares
2.6. Breve descrição das prestações do objecto do contrato: Empreitadade Cons- 6.1 Endereço e pontos de contacto onde podem ser obtidas as informações adi-
trução da Delegação Aduaneira do Huambo. cionais,as peças do procedimento e enviadas as propostas:
2.7. Valor estimado do contrato: AKz. 480.000.000,00 (Quatrocentos e Oitenta Mi- 6.2 Designação Oficial: Administração Geral Tributária
lhões de Kwanzas). 6.2.1 Endereço: Rua Teresa Afonso, n.º 2
6.2.2 Localidade: Luanda
2.8. Prazo para a execução da empreitada: 12 (doze) meses. 6.2.3 Província: Luanda
6.2.4 Código Postal: 1254
3. Informações relativas aos concorrentes e às propostas 6.2.5 Telefone: +244917830959
3.1. Documentos de habilitação: 6.2.6 Correio electrónico/Endereço internet
a) Declaração, nos termos do Anexo B, onde consta indicação do nome, número (URLinfo@agt.minfin.gv.ao/www.agt.minfin.gov.ao

Administração Geral Tributária, em Luanda, aos 8 de Novembro de 2018.

O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

SÍLVIO FRANCO BURITY (100.870)
16 Quinta-feira
15 de Novembro de 2018

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(400.073c)

(300.052a)
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018 17
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(100.842) (100.652)
18 NECROLOGIA
FALECEU
MARIA DA C. DE JESUS
JAIME GODINHO (Buchinha)
As famílias Godinho e Guedes comunicam
o falecimento de sua querida MARIA DA
CONCEIÇÃO DE JESUS JAIME GODINHO
(Buchinha), ocorrido dia 12/11/2018, em
Lisboa. O funeral realizar-se-á em data
a anunciar oportunamente. Paz à sua
alma. (18.883a)
FALECEU
MARCELINA MANUEL DA SILVA
VALENTIM (Tia Fuchinha)
Marisa, Patrícia, Ágata, Steverson, Sara,
Michel, Cláudio, Eric e Vanilda (filhos e
familiares comunicam o passamento
físico de sua mãe MARCELINA MANUEL
DA SILVA VALENTIM (Tia Fuchinha),
ocorrido dia 13/11/2018, por doença. O
funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. (18.897)
RECORDAÇÃO
TOMÁS JÚLIO AFONSO NETO
Hoje, completarias 70 anos, de qualquer
forma, celebramos silenciosamente o
dia do teu nascimento. O dia que tu che-
gaste ao mundo para escrever a tua
história e ser parte das nossas vidas.
Recordam-te a tua esposa, filhas, genros
e netos. (18.908)
MISSA
JOSÉ SALVADOR PRADO
PAÍM
As famílias Paím, Salvador e Leopoldo
comunicam que será rezada Missa do
3.0Dia, em memória de seu ente querido
JOSÉ SALVADOR PRADO PAÍM, amanhã,
sexta-feira, 16/11/2018, às 18h00, na
Igreja de N.ª S.ª de Fátima (ex-São Domin-
gos). Agradecem a presença dos familiares,
amigos e todos quantos se dignarem
acompanhar este piedoso acto. (18.945)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
FALECEU
MARIA DA C. DE JESUS
JAIME GODINHO (Buchinha)
Manuel Godinho Domingos comunica
o falecimento da sua querida MARIA
DA CONCEIÇÃO DE JESUS JAIME GODI-
NHO (Buchinha), ocorrido dia 12/11/2018,
em Lisboa. O funeral realizar-se-á em
data a anunciar oportunamente. Paz à
sua alma. (18.835b)
FALECEU
MARIA DA C. DE JESUS
JAIME GODINHO (Buchinha)
Mário Adilson Jaime Godinho comunica
o falecimento de sua mãe MARIA DA
CONCEIÇÃO DE JESUS JAIME GODINHO
(Buchinha), ocorrido dia 12/11/2018, em
Lisboa. O funeral realizar-se-á em data
a anunciar oportunamente. Que a sua
alma descanse em paz. (18.835)
MISSA
MARIA DE LURDES
PEREIRA DE LEMOS
Ana Moiça, Antónia Moco, Cidália de
Lemos, Rosalina de Lemos, Alicínia da
Silva Neto, João Teixeira (filhos) e demais
familiares comunicam que será rezada
Missa do 30.º Dia em memória à alma
da sua querida MARIA DE LURDES
PEREIRA DE LEMOS, na Igreja S. Carlos
Lwanga, no Projecto Nova Vida, Rua 12,
na Sexta -feira, às 18h30. (18.907)
RECORDAÇÃO
MATEUS DE ALMEIDA
Um ano se passou desde a última vez
que nos vimos e nos falamos. Mas mesmo
que o tempo passe, nada apagará a sua
lembrança das nossas memórias. Trans-
mitias em nós alegria e tranquilidade,
que guardaremos sempre connosco.
Celebraremos Missa do 1.º Ano em sua
memória sexta-feira, dia 16/11/2018, na
Igreja da Sagrada Família, às 18h00.
(18.948)
MISSA
FILIPE DE CEITA VAZ PEREIRA
Neriana Vaz Pereira (esposa), Madalena
de Ceita Vaz Pereira (mãe), irmãos e
demais familiares comunicam que será
rezada Missa do 30.º Dia, em memória
de seu ente querido FILIPE DE CEITA
VAZ PEREIRA, no sábado, 17/11/2018,
às 18h30, na Igreja de Jesus (Sé Catedral).
Que a sua alma descanse em paz.
(18.869)
FALECEU
MARIA DA CONCEIÇÃO DE JESUS
JAIME GODINHO (Buchinha)
Alberto Jaime e Cipriana Afonso (pais),
Aguinaldo, Tony, Calabeto, Maria, Bela,
Elsa, Ondina, Betinho, Isilda e Eriberty
(irmãos) e demais familiares têm o doloroso
dever de comunicar o falecimento da sua
querida MARIA DA CONCEIÇÃO DE JESUS
JAIME GODINHO (Buchinha), ocorrido
no dia 12/11/2018, no Hospital de Lisboa.
O funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. Paz à sua alma. (18.883)
MISSA
AFONSO LOPES TEIXEIRA
Domingas Adão Pascoal Teixeira (esposa)
e demais familiares comunicam que será
rezada Missa do 30.º Dia, em memória de
AFONSO LOPES TEIXEIRA, amanhã,
sexta-feira, 16 de Novembro de 2018, na
Paróquia de Santa Bárbara, na Coreia, às
18h30. Desde já, agradecem a presença
de todos. Que a sua alma descanse em
paz. (18.904)
RECORDAÇÃO
DIOGO PEDRO FORTUNATO
(Man Didi)
Hoje, faz cinco (5) anos desde que partiste.
Papi! Como eras carinhosamente chamado
pelas tuas meninas, e tu logo em seguida
dizias: já querem alguma coisa, e era verdade.
Tua morte nos separou fisicamente, mas nin-
guém tira-te dos nossos corações... Tua lem-
brança é constante. Recordam-te tua esposa
Maria Rosalina, teus filhos: Dito, Jú, Leda,
Odeth, Janeth, Capy, Zidane, netos, irmãos,
cunhados e genros. (18.950)
FALECEU
GERALDO RENGE NIANGA
Lelo Ndulo Kamga, Capitão, Diogo André,
Kiala Pedro, André Lema e demais fami-
liares comunicam o falecimento de
GERALDO RENGE NIANGA, ocorrido
dia 1/11/2018, nos E.U.A. O funeral rea-
lizar-se-á em data a anunciar oportu-
namente. (18.898a)
CONDOLÊNCIAS
EDUARDO DE ALMEIDA
GUERREIRO
Foi com grande consternação, que a Banca
do Despachante Eurico A. C. Pires e todo
o colectivo dos seus trabalhadores tomaram
conhecimento do passamento físico do
seu colaborador e amigo Sr. EDUARDO
DE ALMEIDA GUERREIRO. Neste momento
de dor e tristeza, apresentam à família
enlutada os seus mais profundos senti-
mentos de pesar. Paz à sua alma. (18.841)
CONDOLÊNCIAS
JOSÉ SEBASTIÃO
DE OLIVEIRA
Foi com profunda dor e consternação,
que Angola Offshore Security, Lda e o
colectivo de trabalhadores tomaram
conhecimento do desaparecimento físico
do trabalhador JOSÉ SEBASTIÃO DE OLI-
VEIRA, ocorrido no dia 11 de Novembro
de 2018. Neste momento de dor e luto,
endereçam à família enlutada os senti-
mentos de pesar. Que a sua alma descanse
em paz. (18.938)
FALECEU
MAURO JORGE
TURCATO MAYA
Adélio Ferreira Maya e Felícia Turcato
(pais), André, Lígia, Pitanga, Anabela
(irmãos), Sónia Cassule (esposa), Pedro
Maya, Kelina Maya (filhos), Teresa Turcato,
Luís Turcato, Pedro Turcato (tios), Jorge
do Prado, Joaquim Adelino, Domingão,
Cristo Soma e tia Joca comunicam que o
funeral de seu ente querido MAURO JORGE
TURCATO MAYA, realizar-se-á em data
a anunciar oportunamente. (18.959)
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
NECROLOGIA
FALECEU
GERALDO RENGE NIANGA
Os trabalhadores da Empresa Gekeng,
Lda. comunicam o falecimento do seu
Patrão GERALDO RENGE NIANGA, ocor-
rido no dia 1/11/2018, nos E.U.A. O funeral
realizar-se-á em data a anunciar opor-
tunamente. (18.898)
FALECEU
DANIEL ILDES SAMBAYETA
Filhos, irmãos, sobrinhos, netos e demais
familiares cumprem o doloroso dever de
comunicar o falecimento do seu ente
querido DANIEL ILDES SAMBAYETA,
ocorrido no dia 13/11/2018, por doença,
em Luanda. O funeral realiza-se amanhã,
dia 16/11/2018, partindo o préstito fúnebre
da Base Naval, na Ilha de Luanda, para o
cemitério do Benfica, às 11h00. (18.914)
FALECEU
EDUARDO DE ALMEIDA
GUERREIRO
A família Guerreiro cumpre o doloroso
dever de comunicar o falecimento do seu
ente querido EDUARDO DE ALMEIDA
GUERREIRO, ocorrido no dia 11/11/2018,
por doença. O Velório realiza-se hoje, dia
15/11/2018, no ex-RI20, às 20h00. O
funeral realiza-se amanhã, sexta-feira,
dia 16/11/2018, no cemitério do Alto das
Cruzes, às 10h00. (18.935)
CONDOLÊNCIAS
EDUARDO DE ALMEIDA
GUERREIRO
A Direcção da Sonils, Lda. e colectivo
de trabalhadores endereçam à Srª CÉ
LIA MARISA DE ALMEIDA GUERREIRO,
colaboradora desta empresa, as mais
sentidas condolências pelo passamento
físico de seu pai EDUARDO DE ALMEIDA
GUERREIRO, ocorrido no dia 11/11/2018.
(18.928)
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
MISSA
LUZIA DE GOUVEIA LEITÃO
RIBEIRO E OLIVEIRA (Tiata)
Caetano de Oliveira (esposo), Jéssica de
Oliveira, Lucayana de Oliveira, Nilson
de Oliveira (filhos) comunicam que será
rezada Missa do 1º Ano, em memória da
sua esposa e mãe LUZIA DE GOUVEIA
LEITÃO RIBEIRO E OLIVEIRA (Tiata),
sábado, 17/11/2018, às 7h00, na Igreja
da Comunidade de São Miguel (Viana).
Paz à sua alma. (18.954)
FALECEU
JOÃO ANTÓNIO MANUEL
Margarida (esposa), Tony, Marcos, Neli-
nha, Dário, Kátila (filhos), Nelo Wilson,
Katy, Toy Júnior, Miqui, Dudú, Ângela
(irmãos) e demais familiares cumprem
o doloroso dever de comunicar o fale-
cimento do seu ente querido, JOÃO
A NTÓNIO M ANUEL, ocorrido dia
14/11/2018, por doença. O funeral rea-
lizar-se -á em data anunciar oportuna-
mente. (18.905))
FALECEU
LÚCIA DOS ANJOS DE
ALMEIDA TAVARES
Joaquim do Espírito Santo Pereira Tavares
(esposo), Bráulio de Almeida Tavares,
Hermínia de Almeida Tavares e Cyntia
de Almeida Tavares (filhos) comunicam
o passamento físico de sua esposa e mãe
LÚCIA DOS ANJOS DE ALMEIDA TAVA-
RES, ocorrido dia 12/11/2018. O funeral
realiza-se dia 16/11/2018, às 9h30, no
cemitério do Benfica. (18.972a)
RECORDAÇÃO
FÉLIX PIRES DE SOUSA
ARAÚJO
Passados 6 meses, a saudade sem fim,
invade os nossos corações. Recordam-
te com amor Nuna Araújo, Amélia Araújo,
Jeovany Araújo, Jesse Araújo, Jaciara
Araújo, Delício Araújo e Mercia Araújo
(filhos). Pai amado, partiste, mas dei-
xaste-nos o exemplo de vida, determi-
nação e coragem. Estarás sempre em
nossas vida, o teu amor irá unir e guiar-
nos para sempre. (18.973)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
FALECEU
PEDRO ALEIXO DA PALMA
A família Palma cumpre o doloroso dever
de comunicar o falecimento do seu ente
querido PEDRO ALEIXO DA PALMA,
ocorrido dia 13/11/2018, por doença, em
Lisboa, Portugal. A Missa de corpo presente
será rezada na Igreja das Patameiras-
Odivelas, das 11h00 as 23 h00.O funeral
realiza-se sábado, dia 17/11/2018, no
cemitério das Patameiras - Odivelas, às
11h00. (18.964)
RECORDAÇÃO
MANUEL JORGE
Neste dia, os nossos pensamentos ele-
vam-se a ti, querido pai e esposo, num
tributo de plena e profunda contemplação
introspectiva; tamanha a melancolia
com a tua irreversível ausência, jamais
o tempo fará esquecer porque àqueles
a quem amamos nunca morrem, apenas
partem antes de nós. Da tua esposa (Zezi-
nha), filhos Frank, Budjo e Glorinha.
Paz à tua alma. (18.967)
FALECEU
LÚCIA DOS ANJOS DE
ALMEIDA TAVARES
A família Almeida: Maria Luísa (mãe),
Rita M. Filomena, José M. de Jesus, Maria
de Fátima, Fernando Manuel, Cristina
da Luz, Deolinda da Ressurreição (irmãos)
comunicam o falecimento de sua querida
LÚCIA DOS ANJOS DE ALMEIDA TAVA-
RES, ocorrido dia 12/11/2018. O funeral
realiza-se dia 16/11/2018, às 9h30, no
cemitério do Benfica. (18.972)
RECORDAÇÃO
FÉLIX PIRES DE SOUSA
ARAÚJO
FÉLIX ARAÚJO! Volvidos seis (6) meses
desde o teu passamento físico, recorda-
te com eterna saudade na esperança de
um sinal teu, para continuação dos nossos
sonhos, a tua esposa e amiga, Jacinta
Araújo. Estarás sempre presente no meu
coração, seguro que repousas ao lado do
Senhor. (18.973a)
FALECEU
PEDRO ALEIXO DA PALMA
Fernando Joaquim Manuel do Espírito
Santo e família cumprem o doloroso
dever de comunicar o falecimento do
seu do seu tio PEDRO ALEIXO DA PALMA,
ocorrido dia 13/11/2018, em Lisboa, por
doença. A Missa de corpo presente será
rezada na Igreja das Patameiras-Odivelas,
das 11h00 as 23 h00. O funeral realiza-
se sábado, dia 17/11/2018, no cemitério
das Patameiras, às 11h00. (18.964a)
FALECEU
MARIA DA C. DE JESUS JAIME
GODINHO (Buchinha)
Maria Manascência (Conguinha), Yuri
Jaime, Kamene Jaime, Edna Jaime e Mas-
soxi Jaime cumprem o doloroso dever
de comunicar o falecimento da sua
querida MARIA DA C. DE JESUS JAIME
GODINHO (Buchinha), ocorrido dia
12/11/2018, em Lisboa. O funeral reali-
zar-se-á em data a anunciar oportuna-
mente. (18.968)
FALECEU
MARCELINA M. DA SILVA
VALENTIM (Tia Fuchinha)
Os familiares e filhos: Marisa, Patrícia,
Ágata, Stevenson, Sara, Michel, Cláudio,
Eric e Vanilda comunicam o falecimento
da sua mãe, MARCELINA MANUEL DA
SILVA VALENTIM (Tia Fuchinha), ocorrido
no dia 13/11/2018. O funeral realiza-se
amanhã, dia 16/11/2018, no cemitério
da Sant'Ana, às 10h00, antecedido de
Missa de corpo presente na Igreja São
Domingos, às 8h00. (18.974)
RECORDAÇÃO
LIA GOMES CAMPOS
Avó Lia! Era assim que te chamávamos
carinhosamente, hoje completarias mais
uma risonha primavera mas o destino
arrancou-te de nós, o teu amor e ensi-
namentos unir-nos-á para sempre.
Recordam-te com imensa saudades:
filhos, netos, irmãos, genros, primos
tios e demais familiares. Estarás sempre
presente nas nossas memórias.
(18.886)
19
NECROLOGIA
CONDOLÊNCIAS
DANIEL ILDES SAMBAYETA
A Marinha de Guerra Angolana cumpre o doloroso dever de comunicar o falecimento
do Sr. Capitão-de-Mar-e-Guerra, DANIEL ILDES SAMBAYETA, ocorrido aos 13/11/2018,
por doença, cujo funeral realizar-se-á em 16/11/2018, pelas 10h00, partindo o préstito
fúnebre da Base Naval de Luanda para o Cemitério do Benfica. Nesta hora de luto e de
dor, o Comando da MGA, seu corpo de Oficiais, Sargentos, Praças e Trabalhadores Civis
inclinam-se perante a memória do Malogrado apresentando à família enlutada, o mais
profundo sentimento de pesar. (18971)
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COMISSÃO INSTALADORA DA
"ATIA- ASSOCIAÇÃO DOS TRADUTORES
E INTÉRPRETES DE ANGOLA"
Telemóvel: 923609005
CONVOCATÓRA
A Comissão Instaladora da ATIA- Associação dos
Tradutores e Intérpretes de Angola solicita a com-
parência de todo tradutores e intérpretes das línguas
nacionais, internacionais e Intérpretes de língua ges-
tual para uma assembleia que terá lugar no anfiteatro
da escola de Formação de Professores Garcia Neto,
à Sagrada Família, em Luanda, no dia 16 de No-
vembro de 2018, a partir das 09h00, preparatória
para o acto de proclamação da referida Associação.
Luanda, aos 12 de Novembro de 2018.
Pela Comissão Instaladora
Caetano Capitão
(400.091)
A Aves e Ovos do Ebo Lda. é uma empresa de direito ango-
lano, constituída em 2015, com o Contribuinte n.º 5417374792
e com sede na Província do Cuanza Sul, no Município do EBO,
Comuna do Condé, Bairro Capuene, com objecto social de avi-
cultura, produção e comercialização de ovos.
Procura investidora/parceiro para investir no capital da em-
presa. Cerca de USD 400.000,00 (quatrocentos mil dólares
norte-americano) ou o seu equivalente em Kwanzas, fica com
25% da empresa e terá um retorno a curto prazo de 100% do
capital investido (mais retorno do mesmo).
Para mais informações, contactar os senhores: Joel Cardoso
ou Pinto Portugal Tls: 923610127 ou 923232381
Correio Eletrónico: avesovos.ebo23@gmail.com
(18703)
20 Quinta-feira
15 de Novembro de 2018

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NOVEMBRO E DEZEMBRO

COMUNICADO

A Nova Energia vem por meio desta comunicar aos portadores

dos ingressos para o Show do Mês com Matias Damásio, refe-
rentes aos dias 3 e 4 de Novembro, que deverão deslocar-se ao
Hotel RoyalPlaza nos dias 14, 15, 16 e 17 de Novembro
(Quarta, Quinta, Sexta-feira e Sábado), das 9h00 às 16h00,
para o cadastramento no processo de reembolso.

Cada um dos portadores deverá fazer-se acompanhar do ingresso

do show, dados bancários e dirigir-se ao balcão, no Centro de
Conferências do Hotel, onde será entregue um recibo depois de
cadastrado e, nos dias seguintes, o depósito.

infoline pelos números 933151727 - 941622000

Desde já as nossas sinceras desculpas pelo transtorno.

A DIRECÇÃO
(17.658) (18.876)

Radical Investiments (pty) Ltd. t/a

Flui melhor Connosco Um ISO 9001:2015 empresa certificada REPÚBLICA DE ANGOLA

Um inovativo e confiável parceiro em reticulação de águas de esgoto e soluções de armazenamento MINISTÉRIO DO INTERIOR
SERVIÇO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

PEDIDO DE COMPARêNCIA

O Serviço de Investigação Criminal solicita a comparência, nas horas normais de ex-

pediente, dos cidadãos abaixo descriminados, afim de tratarem de assuntos do seu in-
teresse, devendo para o efeito contactar o investigador criminal, Intendente Alfredo
Pedro Sumbula, nas instalações do SIC, sitas no Bairro Neves Bendinha, Travessa das
Sete Ruas. São eles:
1 - Fernando Nonga João António 12 - Adolfo Januário Luciano Ambriz
2 - Paulo Fernandes Kanhengue 13 - Aldemiro Gomes da Assunção
3 - Valdemar Fabiano C. Alukeingue 14 - Alessandra F. Firmino Jamba
4 - Fernando Pascoal Domingos 15 - Angelina António Luquepe
5 - Jandira Iracelma S. Caricoco Viegas 17 - António Nessinde
6 - Edmiro Lemos do Nascimento 18 - António Fernandes de Lemos
7 - Francisco Armando Dala 19 - António Gorki Domingos Serafim
8 - Romy Leandro N. Pereira Pimenta
- Feito 100% de Polietileno virgem. 9 - Abel José Joaquim Cangote
- Disponível em 120, 240, 1100 Lts de capacidade. 10 - Adelina Maria
- Forte, resistente e durável 11 - Adilson Coragem Lameira da Silva

LUANDA LOBITO Serviço de Investigação Criminal, em Luanda, aos 7 de Novembro de 2018.

ANGOLA
FLO-TEK Tubos e Irrigações
O DIRECTOR GERAL
FLO-TEK Tubos e Irrigações
Estrada de Catete, Km 22,PIV Viana Zona Industrial do PDIC, Phasse-I
(100.863c)

Dr. EUGÉNIO PEDRO ALEXANDRE
Luanda, Angola Estrada Lobito-Catumbela

***COMISSÁRIO-CHEFE***
Lobito, Angola

E-mail:salesflotek@gmail.com Website:www.flotekafrica.net E-mail: floteklobito@gmail.com

Cell: +244 946 387 960/61 Cell: +244 946 387 963/64
(300.055)

CONVOCATÓRIA
ATLA – Associação dos Transitários e Operadores
Logísticos de Angola

CONVOCATÓRIA PARA

VENDE-SE
ASSEMBLEIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA
A empresa ECORECYCLE, Angola, Lda.,
através do seu sócio-gerente, Dr. Alberto Casa inacabada
Nos termos dos artigos 12.º,13.º,14.º,16.º e 17.º dos

no Mussulo
Lopes Dionísio, convoca o sócio, da
estatutos, convocam-se os senhores associados e

40.000.000,00 AKZ
todos os Transitários e Operadores de Logística de An-

mesma, Baptista Malungo Rogério, para (Negociável) ATLA a realizar-se no próximo dia 21 de Novembro
gola para uma Assembleia-Geral Extraordinária da

de 2018, pelas 10h00, no Auditório da Academia

uma Assembleia-Geral a efectuar na Rua Portuária de Luanda, sito no Largo 17 de Setembro,
Porto de Luanda.
da Missão, prédio ALPEGA, 3.º andar Kina-
xixi, Província de Luanda, Município de Ordem de trabalhos:
1. Eleição dos Corpos Sociais.
Luanda, República de Angola. Esta morada, 2. Aprovação do Orçamento para 2019
3. Outros assuntos de interesse para a classe.
4 Quartos, 1 sala de estar, 1 cozinha, 1 piscina e quintal vasto.
será a Nova Sede Social da Empresa.

Localizada na 2.ª linha, próximo ao

Os sócios que não puderem comparecer na data e ho-

condomínio da Texaco.
rários marcados, poderão fazer-se representar por pro-
LUANDA, AOS 3 DE OUTUBRO DE 2018. curadores devidamente constituídos através de outorga

941 283 800

de mandato com especificação dos poderes e dos actos
Entre em contacto com os nossos corretores:

A GERêNCIA
autorizados.

Estamos localizados na Rua Liga Nacional Africana, O Presidente da Mesa da Assembleia- Geral
Luanda, aos 5 de Novembro de 2018.
Prédio n.º 27/ 4.º andar / Apartº. B
João Luís Neto Sacramento Teiga
Alberto Lopes Dionísio
(16.980) Luanda - Angola (18.608 a) (18.476)
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018 21
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MINISTÉRIO DA ENERGIA E ÁGUAS

UNIDADE DE COORDENAÇÃO DE PROJECTOS (UCP/BM-AFD)
SEGUNDO PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DO SECTOR DE ÁGUAS DE ANGOLA (PDISA 2)
Credito N.º IBRD-87020
N.º DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTO P151224

SOLICITAÇÃO DE OFERTAS PARA AQUISIÇÃO DE BENS

AQUISIÇÃO DE WORKSTATIONS E IMPRESSORAS PARA EMPRESAS DE ÁGUA NA HUÍLA, MALANJE E CUANZA-NORTE

Concurso N.º 53G1/CITIES/DNA/18

O Governo da República de Angola recebeu um financiamento do Banco Mundial
(BM) e da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para cobrir os custos do
Segundo Projecto de Desenvolvimento Institucional do Sector de Águas de An-
gola (PDISA 2) e pretende aplicar parte dos recursos do financiamento para um
contrato de Aquisição de Workstations e Impressoras para Empresas de Água
na Huíla, Malanje e Cuanza Norte. Para este contrato, o Mutuário deverá proces-
sar os pagamentos usando o método de desembolso de Pagamento Directo, con-
forme definido nas Diretrizes de Desembolso do Banco Mundial para
Financiamento de Projetos de Investimento, excepto aqueles pagamentos que o
contrato prevê que sejam feitos por meio de carta de crédito.
A Unidade de Coordenação do Projecto (UCP / BM -AFD) do Ministério da Ener-
gia e Águas (MINEA) convida aos concorrentes elegíveis para apresentação de
ofertas fechadas para o fornecimento de Workstations e Impressoras para Em-
presas de Água na Huíla, Malanje e Cuanza Norte.
O concurso será regido pelas regras de uma licitação pública nacional usando
uma Solicitação de Ofertas (RFB), conforme especificado no Banco Mundial “Re-
gulamento de Aquisições dos Mutuários do IPF” do Banco Mundial em Julho de
2016 e revisto em Novembro de 2017 (“Regulamentos de Aquisições”), e está
aberta a todos os concorrentes elegíveis, conforme definido nos Regulamentos
de Aquisições.
Os concorrentes elegíveis interessados podem obter mais informações na Uni-
dade de Coordenação do Projecto (UCP-BM/AFD) do Ministério da Energia e
Águas (MINEA) e inspeccionar os Documentos de Concurso durante as horas de
expediente das 9h00 às 15h00 no endereço abaixo indicado durante.
O documento de concursona língua inglesa pode ser obtido gratuitamente pelos
concorrentes interessados mediante a apresentação de uma solicitação por es-
crito para o endereço abaixo.
As propostas devem ser entregues no endereço abaixo até às 10 horas de 22 de
Janeiro de 2019. As propostas electrónicas não serão permitidas. Ofertas atra-
sadas serão rejeitadas. As propostas serão abertas publicamente na presença
dos representantes designados dos concorrentese de qualquer pessoa que de-
seje participar do endereço abaixo as 10 horas do dia 22 de Janeiro de 2019.
Todas as Propostas devem ser acompanhadas por uma Declaração de Garantia
de Proposta.
Os endereços acima referidos são os seguintes:
Ministério da Energia e Águas (MINEA)
Unidade de Coordenação de Projectos (UCP-BM/AFD)
À atenção de: Sr. Eng.º Lucrécio Costa.
Rua 21 de Janeiro, Sector A, Quarteirão 2, Casa 12 (ex-escritório do COCAN)
Morro Bento, Luanda–Angola (até 30 de Novembro de 2018)
Tel.: +244 222024757 / +244 924746294
E-mail: procurement.pdisa@gmail.com
Rua Via S8, Condomínio DOLCE VITA, Edifício A1, 3.º andar, Talatona, Luanda,
Angola (a partir de 1 de Dezembro de 2018)
Tel.: +244 222024757 /+244 924746294
E-mail: procurement.pdisa@gmail.com
(18766)
22 Quinta-feira
15 de Novembro de 2018

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REPÚBLICA DE ANGOLA REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE FINANÇAS PÚBLICAS INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE FINANÇAS PÚBLICAS

EDITAL N.º 02/2018 EDITAL N.º 03/2018

“Programa de Formação para Membros dos Conselhos de Administração do Sector “Programa de Formação para Membros dos Conselhos Fiscais
Empresarial Público” do Sector Empresarial Público”

O Instituto de Formação de Finanças Públicas (INFORFIP) e o Instituto de Gestão de Activos
e Participações do Estado (IGAPE) fazem saber que estão abertas as inscrições parao “Programa
de Formação para Membros dos Conselhos de Administração do Sector Empresarial Público”.
O Curso é direcionado para os membros dos órgãos executivos das Empresas Públicas e, Socieda-
des Comercias de Domínio Público, Institutos Públicos do Sector Económico ou Produtivo, incluindo
administradores executivos e, não executivos.
1. Descrição do Curso:
O Curso para os “Membros dos Conselhos de Administraçãodo Sector Empresarial Público”,
a ser ministrado sob o regime presencial, tem como objectivo de dotar os participantes deconheci-
mentos e competências que lhes permitam compreender os aspectos teóricos e práticos inerentes
à função de administração das empresas públicas, com pendor para as questões de interesse do
proprietário Estado e acionista Estado, tem a finalidade de garantir a criação de valor do universo
do Sector Empresarial Público.
O curso será ministrado por técnicos dos Órgãos Centrais do Ministério das Finanças, do IGAPE,
da Ordem dos Contabilistas de Angola, bem como de profissionais de empresas de consultoria e
auditoria presentes no mercado angolano.
2. Objectivos Específicos do Curso:
- Capacitar os membros dos Conselhos de Administração a atuarem no controlo financeiro e de ges-
tão de Empresas Públicas, e demais instituições similares;
- Contribuir para a melhoria da gestão das actividades desempenhadas pelos Empresas Públicas;
- Habilitar profissionais com formação adequada a intervirem na realidade social, política e económica
do País;
- Dotar os formandos de conhecimentos teórico-práticos, em matérias transversais de Gestão e
Finanças, tais como: gestão, contabilidade, auditoria, economia, legislações em geral, necessários
ao exercício das suas actividades e responsabilidades laborais.
3. Organização do Curso:
O Programa de Formação foi desenvolvido para acontecer no período de tempo correspondente
a duas (2) semanas, em tempo intercalado, o que corresponderá um total de 10 dias úteis, e
compreenderáseis módulos, totalizando 40 (quarenta) horas, que contêm as matérias que
abaixo se descrevem:
- Governança Corporativa
- Gestão Estratégica
- Workshop: Liderança nas Empresas Públicas
- Gestão das Empresas Públicas
- Estratégia Financeira da Empresa
- Workshop: Ética e Responsabilidade Social das Empresas Públicas
O Instituto de Formação de Finanças Públicas (INFORFIP) e o Instituto de Gestão de Acti-
vos e Participações do Estado (IGAPE),fazem saber que estão abertas as inscrições para a
1.ª edição do “Programa de Formação para Membros dos Conselhos Fiscais do Sector Em-
presarial Público”.
O Curso é direcionado para os membros dos Conselhos Fiscais das Empresas Públicas e, Socieda-
des Comercias de Domínio Público, Institutos Públicos do Sector Económico ou Produtivo, incluindo
administradores executivos e, não executivos.
1. Descrição do Curso:
O Curso para “Membros dos Conselhos Fiscais do Sector Empresarial Público”, a ser ministrado
sobre regime presencial, tem como objectivo dotar os participantes dos conhecimentos e compe-
tências que lhes permitam compreender os aspectos teóricos e práticos inerentes à função de Mem-
bros de Conselhos Fiscais e potenciar a melhoria da qualidade da supervisão das Empresas Públicas
e Institutos Públicos.
O curso será ministrado por técnicos dos Órgãos Centrais do Ministério das Finanças, do INFORFIP,
do IGAPE, bem como de profissionais de alto níveis, das grandes empresas de consultoria e auditoria
a operar em angola e outros parceiros nacionais e internacionais.
2. Objectivos Específicos do Curso:
- Capacitar os membros dos Conselhos Fiscais a actuarem no controlo financeiro e de gestão de
Empresas Públicas, Institutos Públicos, e demais instituições similares;
- Contribuir para a melhoria da gestão das actividades desempenhadas pelos Empresas Públicas,
Institutos Públicos, Bancos Públicos, Seguradoras Públicas, Fundos Públicos, etc.;
- Persuadir os formandos a observância aos aspectos legais para efeitos de prestação de contas;
- Contribuir para a eficácia do processo de controlo interno das empresas públicas.
- Refrescamento e/ou capacitação dos membros dos Conselhos Fiscais das Empresas Públicas em
matérias relacionadas com Aspectos Contabilísticos e Financeiros: Controlo, Riscos e Auditoria das
Empresas Públicas;
3. Organização do Curso:
O Programa de Formação foi desenvolvido para acontecer no período de tempo correspondente
a duas (2) semanas, em tempo intercalado, o que corresponderá um total de 10 dias úteis, e
compreenderáquatro módulos, totalizando 40 (quarenta) horas, que contêm as matérias que
abaixo se descrevem:
- Governo Societário - Aspectos legais
- Controlo, Riscos e Auditoria - Aspectos Contabilísticos e Financeiros
- Auditoria - Aspectos Fiscais
- Reporte de Informação ao Accionista Estado

4. Condições de Admissão: 4. Condições de Admissão:

Para admissão ao curso, o candidato deve atender os seguintes pré-requisitos: Para admissão ao curso, o candidato deve atender os seguintes pré-requisitos:

a) Exercer Funções Executivas nos Órgãos Sociais em Empresas Públicas, incluindo Sociedades a) Exercer Funções Executivas nos Conselhos Fiscais de Empresas Públicas, incluindo Sociedades
Comerciais de Domínio Público. Comerciais de Domínio Público.

5. Documentos Necessários para a Candidatura 5. Documentos Necessários para a Candidatura

a) Cópia do Bilhete de Identificação. a) Cópia do Bilhete de Identificação.
b) Carta de Solicitação de Inscrição do órgão em que o candidato estiver vinculado. b) Carta de Solicitação de Inscrição do órgão em que o candidato estiver vinculado.
c) Preenchimento da Ficha Candidatura (Disponível no INFORFIP). c) Preenchimento da Ficha Candidatura (Disponível no INFORFIP).
d) Despacho de Nomeação. d) Despacho de Nomeação para o exercício de função.

Todos os Requisitos são de carácter obrigatório e indispensáveis para a efectivação da candidatura Todos os Requisitos são de carácter obrigatório e indispensáveis para a efectivação da candidatura
ao curso. ao curso.

6. Período e Local de Interposição de Candidatura 6. Período e Local de Interposição de Candidatura

As candidaturas podem ser realizadas, no período de 07 a 16 de Novembro de 2018, nas modali- As candidaturas podem ser realizadas, no período de 07 a 23 de Novembro de 2018, nas modali-
dades abaixo indicadas: dades abaixo indicadas:

- Presencial: - Presencial:
a) Local: INFORFIP – (Rua Direita de Cacuaco, Bairro dos Imbondeiros, Junto à torre elevada de a) Local: INFORFIP – (Rua Direita de Cacuaco, Bairro dos Imbondeiros, Junto à Torre
água da EPAL). elevada de Água da EPAL).
b) Contacto: 222 70 67 20/ 222 70 67 21. b) Contacto: 222 70 67 20/ 222 70 67 21.
c) Horário: 08H00 a 15h00. c) Horário: 08h00 a 15h00.

Online: Online:
a) Endereço Eletrónico: dsf.inforfip@minfin.gv.ao a) Endereço Eletrónico: dsf.inforfip@minfin.gv.ao

Nota: O número de vagas é limitado. Nota: O número de vagas é limitado.

7. Início do Curso, Local e Carga Horária:
A data prevista para o início das aulas é de 19 de Novembro de 2018, com uma duração de 40
horas, que serão administradas em duas semanas.O Curso será ministrado nas Instalações do Ins-
tituto de Formação de Finanças Públicas, sitas na Rua Direita de Cacuaco, junto à Torre de Água
da EPAL.
7. Início do Curso, Local e Carga Horária:
A data prevista para o início das aulas é de 26 de Novembro de 2018, com uma duração de 40
horas, que serão administradas em duas semanas. O Curso será ministrado nas Instalações do Instituto
de Formação de Finanças Públicas, sitas na Rua Direita de Cacuaco, junto à Torre de Água da EPAL.
8. Disposições Gerais

− No momento da candidatura, não serão aceites documentos incompletos e/ou sem sua compro-
8. Disposições Gerais - No momento da candidatura, não serão aceites documentos incompletos e/ou sem sua comprova-
ção de autenticidade.

− No momento da inscrição, o candidato assume a inteira responsabilidade de comparecer a

vação de autenticidade. - No momento da inscrição, o candidato assume a inteira responsabilidade de comparecer a
todas as acções formativas programadas no cronograma da formação. O não comparecimento
todas as acções formativas programadas no cronograma da formação. O não comparecimento sem a devida comprovação e autorizaçãodos responsáveis pela formação acarretará o cance-
sem a devida comprovação e autorização dos responsáveis pela formação acarretará o cance- lamento da sua inscrição.
lamento da sua inscrição.
Luanda, 05 de Novembro de 2018.
Luanda, 05 deNovembrode 2018.
PAULO JORGE C. RINGOTE PAULO JORGE C. RINGOTE
DIRECTOR GERAL DIRECTOR GERAL
(100.871a) (100.871)
REGIÕES
15 de Novembro de 2018
MENONGUE
Central térmica de Kwebe orçada em 69 milhões de dólares está a ser montada pela empresa angolana Energy
Nova central térmica
arranca em Dezembro
Menongue vai deixar de registar as constantes falhas de energia eléctrica, pois a
nova central vai fornecer 54 megawatts de potência, ao contrário dos seis actuais
Lourenço Bule | Menongue
Os trabalhos de construção
da nova central térmica do
Kwebe, na cidade de Menon-
gue, Cuando Cubango, ter-
minam no final da primeira
quinzena do próximo mês,
revelou ontem o secretário
de Estado para a Energia,
António da Costa, que se
encontra de visita a província.
Segundo António Costa,
as obras estão na recta final
e, neste momento, os téc-
nicos da empresa Energy,
a empreiteira do projecto,
estão apenas a instalar as
duas turbinas a gás e a gasó-
leo e “limarem algumas
arestas na linha de trans-
portação de alta tensão e
no interior das instalações
da central que vai gerar
uma potência energética
de 54 megawatts .
Orçado em 69 milhões
de dólares, a central de
Kwebe tem duas turbinas
REGIÃO CENTRO
Militares aprimoram
métodos combativos
Juliana Domingos /Huambo
Um total de 84 efectivos das
diversas repartições militares
da Região Centro começou a
frequentar uma acção for-
mativa, no âmbito do ano de
instrução de 2018/20, de con-
centrado instrutivo-meto-
dológico, com o objectivo de
Quinta-feira
e vai abastecer toda a cidade
de Menongue, incluindo
as comunas e aldeias mais
próximas.
“Nos últimos tempos
registamos vários
apagões, porque a
actual central está a
funcionar apenas na
ordem dos 20 por
cento das suas
capacidades”
O secretário de Estado
disse que a cidade de
Menongue precisa apenas
de 20 megawatts, mas vai
dispor de 54, uma potência
muito superior às suas
necessidades.
“Quando a nova central
entrar em funcionamento,
a actual vai parar comple-
tamente para permitir que
se faça a manutenção geral
dos sete grupos geradores
capacitar e elevar os níveis
de conhecimento sobre pre-
paração combativa.
O comandante adjunto
para Educação Patriótica da
Região Centro, brigadeiro
António Ribeiro, disse, no
acto de abertura, que a for-
mação, com a duração de
quatro dias, visa capacitar
instalados. Portanto, a actual
central vai servir de alter-
nativa para eventuais falhas
ou em caso de necessidades
de aumento da potência da
rede de distribuição”, disse
António Costa.
Central do kwebe
O director da central térmica
do kwebe, Ibraim Ndom-
baxi, disse que os técnicos
e s tã o a fa ze r t u d o p a ra
entregar a obra no dia 15 de
Dezembro. Actualmente os
trabalhos cingem-se no pro-
cesso de avaliação e testes
nas duas turbinas, equipa-
mentos de filtragem e lim-
peza de combustível.
Ibraim Ndombaxi infor-
mou que , numa primeira
fase, a central vai funcionar
apenas com a turbina a gasó-
leo, por a vertente a gás estar
a depender da normalização
do fornecimento de gás à
província. O governante
disse ainda que mais de 300
e elevar os níveis de conhe-
cimento dos comandantes
de batalhão e grupos e
demonstrar a prontidão das
unidades e subunidades, de
forma a uniformizar os cri-
térios na interpretação meto-
dológica da organização e
preparação operativa.
O comandante adjunto
para Educação Patriótica da
Região Centro realçou que
a preparação combativa não
se compadece com impre-
vistos, por ser um processo
sistemático assente nos prin-
cípios de planificação e de
aprendizagem. As Forças
Armadas Angolanas, refor-
LOURENÇO BULE | EDIÇÕES NOVEMBRO | MENONGUE
funcionários entre nacionais
e estrangeiros estão envol-
vidos na construção do
empreendimento.
Atrair investidores
O vice-governador para o
sector Técnico e Infra-estru-
turas, Bento Xavier, disse que
com o funcionamento do
Kwebe as interrupções cons-
tantes de energia vão terminar.
“Teremos energia suficiente
para abastecer ininterrupta-
mente toda cidade. Portanto,
teremos uma infra-estrutura
que vai alavancar o desen-
volvimento socioeconómico
da província”, assegurou .
“ Reconhecemos que a falta
constante de energia eléctrica
em Menongue está a deixar
a cidade numa situação cons-
trangedora. Nos últimos tem-
pos registamos vários apagões,
porque a actual central está
a funcionar apenas na ordem
dos 20 por cento das suas
capacidades”, disse.
çou o brigadeiro, devem ter
o seu efectivo em prontidão
e devidamente capacitado
para a garantia e salvaguarda
da independência, soberania
nacional e da integridade
territorial do Estado demo-
crático e de direito.
Neste evento metodo-
lógico, onde participam
responsáveis das zonas
militares de Benguela, Bié,
Cuanza - S ul e Huamb o ,
estão a ser abordadas ques-
tões ligadas à liderança
militar, planificação, pron-
tidão combativa, cartografia
militar, exercícios e mano-
bras tácticas.
FEIRA DE MUNICÍPIOS E CIDADES
Lunda-Sul mostra
recursos minerais
João Salvo | Saurimo
As potencialidades em recur-
sos minerais, hídricos, agrí-
colas, e culturais da Lunda-Sul
vão estar em destaque na “Feira
de Municípios e Cidades”, que
se realiza no próximo dia 22
na cidade de Benguela, por
um elenco de 30 elementos
da província.
O administrador muni-
cipal de Saurimo, Neves
Romão, disse à imprensa
que o evento constitui uma
oportunidade para mostrar,
essencialmente, o potencial
mineral e de outros recursos,
a fim de se captarem inves-
timentos para a província”.
Para o administrador do
Lunda-Sul também vai apresentar produtos agrícolas
LOCALIDADE DE CUROCA
Sector agro-pecuário
está a ser relançado
Domingos Calucipa | Curoca
O Ministério da Agricultura
e Florestas vai desenvolver
um Programa de Repovoa-
mento de Pequenos Rumi-
nantes no município do
Curoca, província do Cunene,
para a melhoria da genética
do gado caprino, com a fina-
lidade de devolver o potencial
que a região sempre ostentou
nesta vertente.
Segundo o secretário de
Estado do órgão, Carlos
Alberto, que esteve na loca-
lidade, disse que a mate-
rialização desta intenção
passa necessariamente pelo
levantamento e consequente
reabilitação das infra-estru-
Autoridades vão reactivar actividade agro-pecuária
23
município de Dala, António
Muvundeno , a iniciativa
abre oportunidades à pro-
víncia, não apenas de inves-
timento, mas igualmente ao
nível do aproveitamento
racional dos recursos hídricos,
florestais, agrícolas e outros
que contribuem significati-
vamente para alavancar o
desenvolvimento económico
e social da província.
Os administradores de
Cacolo e Muconda, Wilson
Esperança e Daniel Maria,
admitiram que a feira vai mos-
trar a realidade social e cultural
duma região muito rica, em
que as danças tradicionais
Txianda, Muquixi mwana pwo,
típicas da cultura Lunda-
Tchokwe, se destacam.
JOÃO SALVO | EDIÇÕES NOVEMBRO | SAURIMO
turas sanitárias, concreta-
mente dos tanques banhei-
ros, mangas de vacinação,
e todas outras instalações
do Instituto de Veterinária
no município.
Carlos Alberto disse que
a pretensão do Ministério
da Agricultura é de colocar
um médico veterinário em
cada município da província
para atender as questões
relacionadas à sanidade ani-
mal, como a vacinação do
gado e as doenças que têm
assolado a região.
“Um dos nossos propósitos
é de constatar a questão do
abeberamento do gado e das
populações, e já começamos
a trabalhar neste sentido”,
adiantou Carlos Alberto.
EDIÇÕES NOVEMBRO
24 SOCIEDADE
ENFERMIDADE TOMA PROPORÇÕES ALARMANTES
Especialistas recomendam o diagnóstico precoce da diabetes para evitar complicações em casos já avançados
Cerca de 80% dos
diabéticos revelam
doença cinco
anos depois
País tem cerca de um milhão de diabéticos e regista três mil
óbitos por ano. Em média, neste período, oito mil casos
novos dão entrada nos hospitais públicos
Augusto Cuteta
A notícia chegou como uma
bomba . Grávida de s ei s
meses, nessa altura, Espe-
rança Luvualo recebeu a
mensagem de que era dia-
bética aos 43 anos, durante
uma consulta de obstetrícia,
numa clínica privada.
Desde as primeiras sema-
nas da gestação, a senhora,
actualmente com 54 anos,
sentia enjoos permanentes,
vomitava constantemente e
urinava em demasia. Esses
problemas levaram-na à
consulta várias vezes, mas
só muito mais tarde foi-lhe
diagnosticada a doença.
No dia seguinte, depois
de receber o diagnóstico da
diabetes do tipo 2, Esperança
teve uma crise e entrou em
coma. Ficou nesse estado
por seis dias, até ser trans-
ferida para uma outra clínica
com melhores condições.
Ali, os médicos decidiram
interromper-lhe a gravidez.
“Quando despertei, dei
conta que já tinha perdido
o bebé, com seis meses de
gestação”, explicou para
avançar que, apesar dos
sacrifícios, vive uma vida
normal, por se ter detectado
a doença mais ou menos
cedo. Por causa disso, não
tem as complicações muito
comuns
em pes-
soas que
detectam a
diabetes tardia-
mente. A única defi-
ciência é ocular. “Já usava
óculos, mas a doença pio-
rou-me um pouco mais este
problema”, realçou a paciente.
Em termos de cuidados,
dona Esperança cumpre à
risca as orientações médicas.
Faz pequenos exercícios,
principalmente caminhadas,
come grelhados, saladas e
quase tudo fervido. Evita as
gorduras e prefere o azeite
doce. A bebida predilecta é
o sumo de múcua.
O grande dilema dela,
apesar de ter a ajuda da famí-
lia, particularmente do
marido, é o tratamento medi-
camentoso. Os fármacos são
caros. Uma lâmina de 30
comprimidos de miligramas
de metformina, ela costuma
adquirir desde 2.500 a cinco
m i l k wa n z a s . A ú l t i m a
máquina de medir a glicemia,
o glucó-
metro, a
funcioná-
ria do Centro
de Medicina
Física e Reabilitação,
mãe de quatro filhos, com-
prou a 50 mil kwanzas. Este
equipamento tem duração
de um ano. Nalguns pontos
do país, o aparelho chega
aos 150 mil kwanzas.
“Graças a Deus, nenhum
dos meus filhos tem proble-
mas de diabetes”, disse Espe-
rança, que deu ontem o seu
testemunho de como lida
com a doença, durante o acto
nacional que marcou o Dia
Internacional da Diabetes,
em Luanda.
Dona Esperança detectou
a doença cedo, daí prevenir
as suas complicações, mas
cerca de 80 por cento dos dia-
béticos não apresentam sinais
clínicos relevantes, que aca-
bam se manifestando cinco
anos depois, nalguns casos.
O médico Lira Bravo, pre-
sidente da Sociedade dos
M. MACHANGONGO | | EDIÇÕES NOVEMBRO
Endocrinologistas, disse que
os doentes chegam tarde aos
serviços médicos, por isso,
apresentam várias compli-
cações associadas como a
hipertensão, agravando os
custos com o tratamento.
Na actividade, que decor-
reu sob o lema “Diabetes e
as famílias”, o especialista
referiu que o número de
doentes tem aumentado a
cada ano que passa, numa
altura em que as tendências
apontam para uma subida
até os 12 por cento da popu-
lação, nos próximos anos.
Como uma das principais
causas de aborto, de mortes
fetais e de óbitos neo-natais,
a diabetes tem actualmente
uma prevalência de 5,6 por
cento, o que significa que o
país pode ter cerca de um
milhão de doentes. Lira Bravo
disse ainda que as estatísticas,
embora não sejam muito fiá-
veis, revelam que a diabetes
mata anualmente três mil
pessoas no país e, até o ano
passado, os hospitais públicos
registaram cerca de oito mil
casos novos.
Família é fundamental
Diferente de dona Esperança,
muitos diabéticos não rece-
bem a atenção devida dos
familiares. Este aspecto con-
tribui para o agravamento da
situação do doente. Este alerta
foi feito pelo endocrinologista
Lira Bravo, pela psicóloga
clínica Massoxi Vigário e por
Maria Gaspar, fisioterapeuta.
Para os especialistas, que
falavam numa mesa redonda
sobre a situação da diabetes,
a família tem um papel pre-
ponderante para o controlo
da doença. Alertaram que
“nunca se deve discriminar
um diabético, porque se há
este na família, pode dar-
se o caso de que o discrimi-
nador seja igualmente
portador da enfermidade”.
Lira Bravo chama a atenção
para a importância da família
na prevenção da diabetes. É
aqui onde o especialista diz
que os mais próximos do
doente devem agir. “Outro
caminho que as famílias têm
de adoptar é o da detecção
precoce, por meio dos exames
de rastreio”.
PROFISSIONAIS DA SAÚDE
Fisioterapeutas aprimoram
técnica sobre hidroterapia
Manuela Gomes
Um curso de hidroterapia,
dirigido a especialistas em
fisioterapia, para aprimorar
c o n h e c i m e nto s s ob re a
matéria, será realizado nos
dias 22 e 23 deste mês, em
Luanda, numa promoção da
Associação dos Fisiotera-
peutas de Angola (AFA).
A vice-presidente da AFA,
Victória Fortunato, disse ser
importante que o sector da
Saúde valorize mais a classe
de fisioterapeutas, recor-
dando que no país há escassez
de técnicos de hidroterapia.
“Há toda necessidade de
uma maior atenção à classe,
que muito tem ajudado na
recuperação de doentes.
Noutros países, como o Brasil,
usam muito essa técnica que
tem resultado na recuperação
e rápida cura dos doentes”.
A acção formativa vai, no
seu primeiro dia, incidir
sobre aulas teóricas e no dia
seguinte estará reservada a
aulas práticas sobre a rotina
da hidroterapia.
“Decidimos realizar este
curso, porque muitos dos
nossos colegas ainda preci-
sam de mais elementos sobre
a hidroterapia, uma espe-
cialidade pouco explorada
no nosso país”, disse.
Victória Fortunato pede maior valorização de fisioterapeutas
CRIME NO BENFICA
Guarda mata patrão a tiro
e rouba milhões de kwanzas
André da Costa
Vitorino Reis, 26 anos, vigi-
lante afecto a uma empresa
de segurança, matou a tiro
o proprietário da residência
em que trabalhava, identi-
ficado por Dão Trungono, 30
anos, de nacionalidade viet-
namita, tendo roubado a
quantia de quatro milhões
de kwanzas.
Segundo a Polícia Nacional,
o crime ocorreu no bairro
Chinguar, no distrito urbano
do Benfica, segunda-feira
última, quando o segurança
munido com uma espingarda
do tipo AKM entrou na resi-
dência da vítima e exigiu que
lhe fossem entregues os valo-
res monetários que estavam
guardados num cofre.
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
Iniciativas do género
foram realizadas em outras
provínciais e obtiveram bons
resultados, no que se refere
à propagação do conheci-
mento sobre a hidroterapia.
Victória Fortunato infor-
mou que a associação projecta
a criação da Ordem dos Fisio-
terapeutas de Angola, e que
os seus integrantes aguardam
apenas pela sua aprovação.
A hidroterapia é um tra-
tamento feito na água, sob
diversas formas e a tempe-
raturas variáveis proporcio-
nando a cura, através de calor
ou frio ao corpo humano.
Aplicada ao corpo humano,
ela opera modificações que
atingem, em primeiro lugar,
o sistema nervoso, que, por
sua vez, age sobre o aparelho
circulatório, produzindo efei-
tos sobre regularização do
calor corporal.
As reacções da aplicação
da água são três: nervosa,
circulatória e térmica.
A fisioterapia utiliza dife-
rentes combinações de exer-
cícios na água quente e fria,
tornando a utilização da água,
tanto em piscinas quanto em
banheiras terapêuticas, um
dos recursos mais famosos e
utilizados por profissionais
fisioterapeutas pelas suas pro-
priedades físicas, além de pro-
porcionar prazer ao paciente.
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
O guarda disparou contra
o patrão, tendo atingido a
região do abdómen, causando
morte imediata. Acto con-
tínuo, arrombou o cofre e
roubou os valores monetários
e pôs-se em fuga, tendo sido
mais tarde capturado pelas
forças da ordem.
No mesmo dia, no bairro
do Grafanil, na rua do Campo
Militar, em Viana, meliantes
não identificados arromba-
ram a porta da residência da
cidadã Isabel Domingos e, sob
ameaça de uma arma de fogo,
levaram 232 mil kwanzas.
No bairro do Capalanga,
em Viana, o cidadão Isaac
Simão, 30 anos, foi assaltado,
em pleno táxi, por quatro
indivíduos que, sob ameaça
de arma de fogo, levaram 65
mil e um cartão multicaixa.
SOCIEDADE
15 de Novembro de 2018
BIÉ
Agentes da
Polícia devem
ser amigos
dos cidadãos
Mário de Carvalho | Cuito
O governador da província
do Bié, Pereira Alfredo, afir-
mou, ontem, na cidade do
Cuito, que o Governo quer
polícias amigos dos cida-
dãos para que estes se sin-
tam seguros.
A afirmação de Pereira
Alfredo foi feita diante de
efectivos de vários órgãos
do Ministério do Interior
quando se deslocou ao
comando municipal do Cuito
da Polícia Nacional, onde
constatou o estado de pron-
tidão das forças, no âmbito
das operações “Transparên-
cia” e “Resgate”, a primeira
a decorrer em sete províncias
e a segunda em todo o país.
O governador da provín-
cia do Bié disse que o agente
da Polícia Nacional deve
abordar o cidadão com ci-
vismo e educação e só exer-
cer a sua autoridade em caso
de desobediência.
EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Governador do Bié apela
ao respeito pelo cidadão
Pereira Alfredo reconhe-
ceu que, apesar de haver difi-
culdades em meios técnicos
postos à disposição da Polícia,
“é no meio das dificuldades
que se encontra o triunfo”.
“Não temos que olhar aos
meios. Somos capazes, por
isso apenas precisamos de
colocar a nossa inteligência
e criatividade a funcionar de
forma organizada, discipli-
nada e, acima de tudo, estar
determinados”, disse o gover-
nador da província do Bié.
O governador afirmou
que, se os polícias forem dis-
ciplinados, a população vai
ser também disciplinada.
Sobre as duas operações em
curso, Pereira Alfredo decla-
rou que, na província do Bié,
as autoridades não vão per-
mitir que os diamantes sejam
explorados de forma ilegal.
A vandalização do patri-
mónio público foi também
mencionada pelo governador
da província do Bié, para
quem a Polícia é chamada a
exercer a sua autoridade.
“Não devemos permitir
que os bens colocados à dis-
posição da população sejam
vandalizados e roubados”,
salientou Pereira Alfredo, que
disse ser intolerável a venda
de produtos em locais impró-
prios e a utilização de espaços
de lazer para outros fins.
Quinta-feira
MERCADO RECEBIA PEÇAS FURTADAS
Roboteiros não foram poupados e também ficaram sem emprego
“Correios”desactivados
reduzem roubo de carros
Mazarino da Cunha
O Mercado dos Correios, no
Kilamba Kiaxi, em Luanda
foi desactivado na terça-
feira, no quadro da “Opera-
ção Resgate”, em curso desde
o início do mês.
O local, de acordo com
algumas pessoas, era o prin-
cipal fornecedor de peças de
viaturas roubadas. Desde
que o mercado foi desacti-
vado, o roubo de viaturas
diminuiu consideravelmente
na província de Luanda.
Um dos funcionários do
ex-mercado, que pediu o
anonimato, em representa-
ção da Administração Muni-
cipal do Kilamba Kiaxi, disse
ao Jornal de Angola que a
retirada dos vendedores é
uma decisão da mais alta
estrutura, no sentido de regu-
lar a actividade comercial
de peças e acessórios.
O responsável esclareceu
que os vendedores que qui-
serem continuar com a venda
de peças de automóveis
devem antes criar condições
físicas adequadas.
Disse ainda que é impor-
tante legalizar o negócio junto
das administrações muni-
cipais e distritais, e também
através dos Ministérios das
Finanças e do Comércio, ao
contrário não se poderá exer-
cer tal actividade.
Morais Cassua, que comer-
cializava peças de viaturas,
VIANA
Criança mordida com
gravidade por um gato
André da Costa
Uma criança de oito anos
foi mordida, com alguma
gravidade, nas nádegas, por
um gato gigante, quando
brincava no quintal da sua
residência, com as irmãs,
no bairro Malueca, zona dos
Mulenvos de Baixo, no muni-
cípio de Cacuaco.
Engrácia José, mãe da
criança, disse à Rádio Luanda
que o gato gigante entrou no
quintal e surpreendeu a vítima
com uma enorme mordedura,
situação que preocupou os
pais, que levaram a menor
ao Posto Médico da Paz, loca-
lizado no bairro Malueca,
MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO
espera que o Governo trate
de legalizar o comércio,
para que “possamos exercer
a actividade, de modo a
contribuir para os cofres
do Estado”.
“Não pretendemos desa-
fiar as autoridades. Quere-
mos que tratem da nossa
legalização. Não estamos a
pedir muito, pois é daí onde
sai o sustento das nossas
famílias”, desabafou.
No Mercado dos Correios
comercializa-se peças anti-
gas e novas de qualquer tipo
de viatura.Muitos destes
acessórios eram de origem
duvidosa, segundo uma fonte
que preferiu o anonimato.
Para ele, há muito que se
espera pela desactivação
deste mercado. Acrescentou
que, anteriormente, era
constante o roubo de viatu-
ras, sobretudo na província
de Luanda.
“Os carros eram desmon-
tados em quintais e as peças
eram vendidas neste mer-
cado. Algum dia isto tinha
de acabar”, disse, para quem
acredita na normalização do
país com o lançamento da
“Operação Resgate”, que
envolve vários sectores.
De 58 anos, dos quais 28
passados como vendedor de
peças, João Domingos
lamenta a forma como foi
desactivado o Mercado dos
Correios que albergava cen-
tenas de jovens.
onde lhe foi aplicada uma
vacina anti-tetânica. A mãe
informou que chegou a con-
fundir o gato com um cão,
devido ao seu enorme tama-
nho, acrescentando que o felino
atacou a criança na região da
coxa de forma insistente, situa-
ção que a obrigou a clamar
pela ajuda do pai, que na altura
se encontrava em casa.
Assustado, o pai da crian-
ça optou por pontapear o
animal, mas este não largava
a presa. Diante da insistência
em morder a menina, o ho-
mem segurou um objecto
contundente e desferiu vários
golpes na cabeça, acabando
o felino por morrer.
CAMPONESES QUE PERDERAM OS SEUS BENS NO NOVO AEROPORTO
ENANA garante realojar
as famílias em áreas seguras
No novo Aeroporto existiam cerca de 300 famílias. O projecto
prevê a construção de residências para realojar os camponeses
Camponesa Rosa Manuel, que está a residir no novo Aeroporto, será uma das contempladas
Rodrigues Cambala
A Empresa Nacional de
Exploração de Aeroportos e
Navegação Aérea de Angola
(ENANA) reconhece que a
reserva fundiária, onde está
a ser construído o novo
Aeroporto Internacional de
Luanda, era um terreno
agrícola de camponeses,
deu a conhecer ontem, em
comunicado, a instituição.
Em 2006, refere o docu-
mento, foram cadastrados os
camponeses que tinham lavras
e casebres no local, incluindo
os moradores da Zona Eco-
nómica Especial, o que tota-
lizou cerca de 3.618 famílias.
Na área do novo aeroporto,
existiam cerca de 300 famílias.
O projecto do novo Aeroporto
Internacional de Luanda prevê
a construção de residências
para o realojamento dos cam-
poneses cadastrados.
Segundo a ENANA, no
bairro de Calubunze, foram
construídas 95 residências
e entregues a igual número
de famílias que estavam no
perímetro do novo aeroporto.
Dando continuidade a este
processo de realojamento
das 300 famílias, estão em
fase de construção mais 212
residências na comuna de
Caculo Cahango e um campo
de cultivo para o realojamento
das restantes famílias.
“O realojamento das famí-
lias está a ser feito de forma
faseada, conforme as priori-
dades do avanço dos trabalhos
de construção e também da
conclusão das residências”,
lê-se no documento.
Sobre a família em ques-
tão, o comunicado refere que
já havia sido informada de
que estava comtemplada na
segunda fase de realojamento
em curso, mas esta recusa-
se a receber somente a casa,
sem o pagamento das plan-
tações existentes no espaço
em questão. “Vai ser avaliado
o valor real das plantações
e encontrar-se uma solução
a contento de todos”, lê-se
no comunicado da ENANA,
que não cita uma data para
a resolução da situação dos
camponeses desalojados.
Rosa Sebastião
A sexagenária Rosa Sebastião
Manuel, que está a residir, há
duas semanas, com o esposo
adoentado, no interior do
novo Aeroporto Internacional
de Luanda, em obras no Qui-
lómetro 44, admitiu que foi
pressionada por altos fun-
cionários da ENANA a aban-
donar o local, sem avançar
uma data da indemnização.
“O realojamento
das famílias
está a ser feito
de forma faseada,
conforme
as prioridades
do avanço dos
trabalhos
de construção
e também da
conclusão das
residências”, lê-se
no documento
Ao Jornal de Angola , a
anciã informou que, ainda
na semana passada, cerca de
dez militares, chefiados pelo
major Catati, o oficial acusado
pela anciã de ter ficado com
o dinheiro e a casa a que
tinha direito pela expropria-
ção do seu terreno pelo
Estado, usaram violência
para a colocar fora do perí-
metro do futuro aeroporto.
O acordo com a campo-
nesa, celebrado em 2005,
visava a sua saída da lavra
de dois hectares para, em
troca, receber uma casa e
um valor monetário, cujo
montante não foi especifi-
cado por Rosa Sebastião.
Rosa Sebastião contou,
ainda, que resistiu à tentativa
de expulsão graças ao apoio
de alguns militares que
conheceu na altura da deli-
mitação do aeroporto. “Ajudei
na alimentação dos militares
25
EDIÇÕES NOVEMBRO
com produtos do campo, nos
primeiros meses, quando
estavam a pôr a cerca”, disse.
“Eles têm idade dos meus
filhos e nunca tirei os produtos
sem distribuir um pouco aos
militares. O major Catati e a
ENANA estão conscientes de
que eu não recebi a indem-
nização”, acrescentou.
Diante de várias turbu-
lências, contou que, há uns
meses, teve um ataque vas-
cular cerebral (AVC), de tanto
pensar e não saber o que fazer
para suprir as necessidades
alimentares da família.
Rosa Sebastião lembrou,
mais uma vez, que o seu
esposo nasceu naquele local,
em 1942. “Juntei-me ao meu
marido em 1973. Só em 1977
é que fomos orientados a
abandonar o local a pedido
do Presidente Agostinho
Neto, devido aos conflitos
entre o MPLA e a FNLA. Mas
dois anos depois, regressá-
mos à zona que demos o
nome de Vai-Volta.”
Há dias, o Jornal de Angola
contactou por telefone o
major Catati, oficial acusado
de burlar a camponesa, que
se recusou a falar sobre o
assunto, tendo desligado, de
seguida, o telefone.
Violação de direitos
André Augusto, da SOS Habi-
tat, disse que, de há algum
tempo a esta parte, foram
registados vários processos
de expropriação, que acaba-
ram por deixar famílias sem
terras e sem indemnização.
O activista salientou que
vários casos de expropriação
foram registados no Kilamba,
Sequele e Vida Pacífica, áreas
onde foram construídas novas
urbanizações. “São muitas
famílias a quem foram reti-
radas terras”, afirmou André
Augusto, para quem "esta
atitude de escorraçar as pes-
soas sem alternativa é uma
violação dos direitos huma-
nos.” A SOS Habitat é uma
ONG que acompanha e
resolve conflitos de terras.
26 Quinta-feira
15 de Novembro de 2018

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CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA QUALIFICAÇÃO N.º 69/DLOG-SNLD/2018.

AQUISIÇÃO DE ADITIVOS PARA PRODUÇÃO DE LUBRIFICANTES
PARA A SONANGOL DISTRIBUIDORA
A SONANGOL Distribuidora, S.A. vem tornar público, nos termos do disposto no n.º 1 3. INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS CANDIDATOS:
do artigo 69.º do artigo 119º e do anexo VIII, da Lei n.º 09/16 de 16 de Junho, Lei dos Con- 3.1. Requisitos mínimos de capacidade técnica: Conforme programa do concurso
tratos Públicos, que está aberto o Concurso Limitado por Prévia Qualificação para aquisi- 3.2. Requisitos mínimos de capacidade Financeira: Conforme programa do concurso
ção de Aditivos Para Produção de Lubrificantes. 3.3. Documentos destinados a capacidade técnica do candidato: Conforme programa
do concurso
1. DADOS DA ENTIDADE PÚBLICA CONTRATANTE (EPC) 3.4. Documentos destinados à comprovação da capacidade financeira do candidato:
1.1. Designação: SNLD – SONANGOL DISTRIBUIDORA, S.A. Conforme programa do concurso.
1.2. Endereço/Localidade/Código postal: Rua Amílcar Cabral, n.º 110, Luanda, Repú- 3.5. Exigência de Caução provisória: Não.
blica de Angola. 4. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO
1.3. Localidade: Luanda 4.1. Critério: Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta os factores enun-
1.4. Província: Luanda ciados nas peças do procedimento.
1.5. Telefone/Fax: (+244) 226 670 316/ 226670284 / 226670286 / 226670230;
5. PROCESSO
1.6. Correio Electrónico/Endereço internet (URL): contratacaopublica@sonangol.co,ao 5.1. Prazo para recepção de pedidos das peças do procedimento ou para aceder aos
1.7.Tipo de entidade contratante e suas principais actividades: A entidade contratante documentos: Às 17:00 do dia 28 de Novembro de 2018.
é uma empresa com domínio público, que se dedica à comercialização e distribuição de 5.2. Prazo para apresentação de candidaturas: Às 17:00 do dia 28 de Novembro de
produtos derivados de petróleo. 2018.
1.8. A EPC está a contratar por conta de outras entidades: Não. As Peças do Procedimento são gratuitas e poderão ser obtidas no endereço Rua
Amílcar Cabral, n.º 110, Sonangol Distribuidora – 3.º andar, sala DLOG/DC. Para o efeito
2. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO CONTRATO os Candidatos deverão dirigir-se às referidas instalações com uma pendrive (nova e se-
2.1. Designação dada ao contrato: Aquisição de Aditivos Para Produção de Lubrificantes lada) para a gravação dos ficheiros.
2.2. Tipo de Contrato: Aquisição de produtos. 6. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
2.3. Local da realização da prestação dos serviços: Províncias de Angola, conforme 6.1. Endereço e ponto de contacto onde podem ser obtidas as informações adicio-
definido no Caderno de Encargos. nais, as peças do procedimento e enviadas as candidaturas e propostas:
2.4 O concurso implica a celebração de um contrato público: Sim. Comissão de Avaliação
2.5. O concurso está aberto à participação de entidades estrangeiras: Sim. Correio electrónico: contratacaopublica@sonangol.co.ao
2.6. Breve descrição das prestações objecto do contrato: Aquisição de Aditivos Luanda, aos 12 de Novembro de 2018.
Para Produção de Lubrificantes. Bernardo Vieira
2.7. Prazo de execução do contrato: Até 31 de Dezembro de 2020. Presidente da Comissão Executiva (Em exercício) (18804)

(18.812)
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018 27
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REPÚBLICA DE ANGOLA
COMUNICADO DE IMPRENSA
GOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA
ASSUNTO: MUDANÇA DE TERMINAL NO AEROPORTO DE LUANDA DAS OPERA-
GABINETE PROVINCIAL DE EDUCAÇÃO ÇÕES TAAG PARA HAVANA.

Para maior conforto dos nossos passageiros e com início sexta-feira, 2 de Novembro
de 2018, a TAAG – Linhas Aéreas de Angola – S.A., passa a operar o seu voo com destino
COMUNICADO a HAVANA, no Terminal dos Voos Domésticos (TVD) do Aeroporto Internacional 4
de Fevereiro.

Com a entrada em vigor dos Horários de Inverno, o voo DT702 LUANDA-HAVANA, altera
Comunica-se a todos os candidatos do Concurso Pú- o seu dia de operação para as sextas-feiras, com partida de Luanda às 21h50. O início

blico 2018 do Sector da Educação que não entrega-

do check-in para este voo terá início pelas 13h00 e encerra às 20h20.

Somente este voo internacional opera com partida deste terminal, sendo que os restantes
destinos internacionais se mantêm como habitualmente, a partir do Terminal dos Voos
ram os documentos originais para a constituição do
Processo, que o devem fazer no prazo de 48 horas, a
Internacionais (TVI).

Com esta mudança, queremos melhorar a experiência dos nossos passageiros nos nossos

partir da data deste comunicado.

voos, começando por criar melhores condições e facilitação no processo de check-in.

Convidamos os nossos passageiros a anteciparem sempre que possível o seu check-in,

fazendo-o o mais cedo possível nas datas deste voo.

Luanda, 12 de Novembro de 2018. Da mesma forma, o voo de regresso de HAVANA-LUANDA, passa a ter partida de HA-
VANA aos domingos. Todos os passageiros dos voos afectados e já com reservas feitas,

Podem também contactar-nos através do Call Center da TAAG para o número +244 923
estão a ser contactados pela TAAG por forma a minimizar o impacto destas alterações.

190 000.

“TAAG a Sua Companhia de Sempre”.

GABINETE DE COMUNICAÇÃO & IMAGEM DA TAAG, em Luanda, aos 29 de Outu-

bro de 2018.

(8981) (100.851)

REPÚBLICA DE ANGOLA
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
3.ª SECÇÃO DA SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO
ANÚNCIO 2ª PUBLICAÇÃO
PROCESSO N.º 425/013-D
DOUTORA DENISE VENTURA, JUÍZA DE DIREITO DA 3.ª SECÇÃO DA SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO DO
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA.
FAZ SABER qUE, por esta Secção da Sala do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda corre seus

é Autor- BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA - BESA, S.A., com sede social em Luanda, Rua 1.º Congresso, n.º
regulares termos uma Acção Declarativa de Condenação, com o Processo Comum, sob a forma Ordinária, em que

27 e Ré PERSINGER - GESTÃO E INVESTIMENTO, S.A.R.L., com última sede conhecida na Avenida Comandante
Gika, n.º 182, 2.º Andar, Apartamento A, Maianga, em parte incerta, nos termos dos artigos 247.º, 248.º, 249.º e 250º
do Código de Processo Civil. Que começa a correr finda a dilação de 30 (trinta) dias, contados da data da primeira
publicação e última publicação do anúncio, sob pena de julgarem confessados os factos articulados pelo Autor.
Nesta Acção, a Autora pede que se proceda à citação da Ré, conforme tudo melhor consta do duplicado que se en-
contra à disposição no Cartório deste Tribunal.
Para constar, se passou o presente Edital e mais dois de igual teor, que serão afixados nos lugares que a lei designa.

Luanda, aos 5 de Novembro de 2018.

A JUÍZA DE DIREITO A ESCRIVÃ DE DIREITO

(18708)

DENISE VENTURA CECÍLIA DA GAMA

REPÚBLICA DE ANGOLA
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
SALA DE FAMÍLIA - 3.ª SECÇÃO

ANÚNCIO - 2.ª Publicação

=====PELO TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA - SALA DE FAMÍLIA, TERCEIRA SECÇÃO e

é requerente a Digna Curadora de Menores em representação dos menores MARIANE ADÉLIA

nos autos de regulação do Exercício Único da Autoridade Paternal, Processo n.º 1623/16-D, em que

NDONGO SOW KOUNA, nascida aos 06 de Novembro de 2014, filha de Sow Kouna Moctar e de
Kádia Edna Ndongo, MOHAMED FIDEL NDONGO SOW, nascido aos 30 de Junho de 2013, filho

incerta, é este citado para estar presente na audiência de Conferência de Paris, a ter lugar no dia
de Sow Kouna Moctar e de Kádia Edna Ndongo, e requerido Sow Kouna Moctar, residente em parte

21 de Janeiro de 2019, pelas 8h30m, neste Tribunal.

LUANDA, 06 DE NOVEMBRO DE 2018.

A JUÍZA DE DIREITO
DRª EUNICE TIRZA JÚNIOR SEBASTIÃO DIOGO
A ESCRIVÃ DE DIREITO
EVITA M. F. A. RODRIGUES
(18806) (18.760R)
28 Quinta-feira
15 de Novembro de 2018

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A Direcção da Empresa Bioprev Prestação
de Serviços, Lda, vem pela presente comu-
nicar ao seu trabalhador GERMANO JONATA
DOMINGOS, que o mesmo se encontra em
situação de abandono de trabalho, pelo
facto de estar ausente do seu local de traba-
lho há mais de 30 dias, sem qualquer justifi-
cativo aparente.
Igualmente, informa, que deverá comparecer
na sede da empresa nos próximos dias após
esta publicação, devendo justificar documen-
talmente a razão da sua ausência, sob pena
de nos termos do Art. 229.º da Lei Geral do
Trabalho, efectivar-se o abandono de trabalho.
ORDEM DOS MÉDICOS DE ANGOLA
COLÉGIO DE CIRURGIA
O Conselho Directivo do Colégio de
Cirurgia convoca os Médicos Cirur-
giões, para a 2.ª Assembleia que se
realiza no dia 17 de Novembro de
2018, às 8h00, no anfiteatro da
Ordem dos Médicos.
RECRUTAMENTO
Empresa do ramo de Prestação de Serviço no
ramo de Petróleo e Gás, pretende admitir para
preenchimento de Vagas ao Posto de Trabalho de:
3 (três) Motoristas de Ligeiros e Pesados
Requisitos exigidos
• Experiência de trabalho no mínimo de 5 anos em
empresas do ramo
• Domínio da língua Inglesa/Francês (factor indis-
pensável)
• Idade até 35 anos
• Disponibilidade imediata
• Capacidade para trabalhar em horários noctur-
nos.
Os interessados deverão enviar os seus CV´s
até ao dia 15/11/2018, no endereço electrónico:
recruitment.ao@amt-sa.com

Luanda, aos 12 de Novembro de 2018. O Director de Rec. Humanos

(18.669)
Assinatura Ilegível
(18.813) (18.764)

AVISO
O Mercado Mamã Delfina avisa a todos os utentes que arrendaram
espaços comerciais e que não concluíram as obras, devem con-
tactar a Administração do Mercado, para regularizarem a situação
Jurídica contratual, até ao dia 30 de Novembro de 2018.

O incumprimento do Prazo acima indicado, terá como consequência

a reversão das obras a favor do Mercado, sem indemnização.

O ADMINISTRADOR DO MERCADO
(18.761) MÁRIO ANTÓNIO JOSÉ CORREIA (18.789a)
CULTURA Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
COMEMORAÇÕES DA INDEPENDÊNCIA
Cantor faz parte dos compositores que marcaram a época de ouro da canção revolucionária
Carlos Lamartine realiza
concerto hoje no Rangel
Manuel Albano
Carlos Lamartine é o cartaz de um espec-
táculo que se realiza hoje, às 20h00, na
Casa da Cultura Njinga Mbande, no distrito
urbano do Rangel, alusivo aos 43 anos
da Independência Nacional, ocorridos
no domingo.
Em declarações ontem ao Jornal de
Angola, Carlos Lamartine, um dos com-
positores que marcaram a época de ouro
da canção revolucionária, disse que vai
interpretar sucessos da carreira com des-
taque para “Pala ku nu Abesa ó Muxima”,
“Ó Dipanda Wondo Tula Kiá”, “Nvunda
ku Musseke”, “Ku Maiomba”, “Miquelina”,
“Semba do Prenda” e “Kamuine”.
O músico afirmou que pretende realizar
um espectáculo de aproximadamente
hora e meia, tendo convidado os admi-
radores a estarem presentes por considerar
um bom momento para “matar saudades
e recordar épocas que marcaram a história
da música angolana.”
“MUXIMA” EM EXCLUSIVO NA DSTV
Quotidiano luandense retratado em telenovela
Amilda Tibéria
“Muxima” é o título da tele-
novela de produção nacional
que estreou ontem, na Banda
Tv, exclusivo na Dstv na posi-
ção 693, que retrata o quo-
tidiano da cidade de Luanda
e valores tradicionais.
A telenovela, com 140
capítulos, conta a história de
dois homens que vivem vidas
diferentes, um empresário,
rico e dono de muitas empre-
sas e propriedades, casado e
com três filhos, que por culpa
do seu desleixo e excesso de
confiança perde tudo que
mais valoriza na vida.
O outro é um trabalhador
honesto, que através do Cena da telenovela angolana estreada ontem na Palanca Tv
esforço, da integridade e estru-
tura consegue tornar-se num nando Falcão, a telenovela
dos homens mais ricos do retrata com fidelidade o dia-
país e melhorar a vida de todos a-dia de Luanda, foca os pro-
os que o rodeiam. blemas, as ambições e as
Segundo o realizador Fer- ideias da nova geração.
“A CADEIA DÓI”
DR Belo Café
grava álbum
de estreia
em Luanda
Jesus Silva | Lobito
Quinze anos depois, o cantor
Belo Café afirmou estar em
condições para lançar, em
2019, o primeiro disco, com
o título “A cadeia dói”.
Composto por dez faixas
musicais, nos estilos semba,
kizomba e sungura, a pro-
dução está a cargo da gra-
vadora Alcas Fernandes, na
cidade de Luanda.
O cantor tem sido acom-
panhado pela Banda KS, do
Lobito e Ito-Produções, pro-
dutora Kanhanha Record-
Fredy Nubit.
Com o lançamento do
disco, Belo Café pretende
atingir outros patamares, tais
como ser conhecido em todo
o país. “Tenho recebido mui-
tos incentivos dos mais
velhos para não desistir e
fico-lhes bastante grato por
este facto”.
Belo Café é nome artís-
Carlos Lamartine, que vai dividir o tico de Pedro Faria Cigarro,
palco com Santos Júnior e Maya Cool, que em 2013 sagrou-se ven-
adiantou que a escolha dos convidados cedor da canção do grupo
foi uma proposta da direcção da Casa da carnavalesco A Voz do Golfe.
Cultura do Rangel “Njinga Mbande”, mas Começou a cantar no
que teve o seu consentimento por achar grupo de jovens da Igreja
a escolha acertada. Evangélica do Sétimo Dia,
De acordo com Patrícia Faria, directora na cidade do Lobito, consi-
da Casa da Cultura, o convidado, cujo dera que o êxito da sua car-
percurso é invejável e digno reconheci- reira deve-se "à entrega a
mento social, dado o papel preponderante Deus”. Natural de Benguela,
da sua arte como um dos instrumentos interpreta em português e
para a conquista da Independência umbundu, e tem actuado em
Nacional, vai interpretar sucessos que vários espectáculos musicais
o consagraram como exímio intérprete promovidos pela direcção
do semba. provincial da Cultura, pela
Distinguido com o Prémio Nacional de União Nacional de Artistas
Cultura e Artes, edição 2017, na categoria e Compositores (UNAC-SA).
de Música, Carlos Lamartine nasceu em Participou em quatro edi-
Benguela, a 29 de Março de 1943. Compõe
canções assentes na música popular
urbana, recorrendo à sátira e a outras de
ções do Variante - Festival
de Música Popular Ango-
lana, usufruiu uma bolsa
cariz revolucionário, incluindo trovas e
temas tradicionais.
de estudo oferecida pela
UNAC, no Lobito, para fre-
quentar o curso de canto no
Centro Filarmónica.
DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO angolanos e para angolanos”.
A telenovela foi gravada
nas cidades de Luanda,
Bengo e Lunda-Norte.
O director-geral da Mul-
tichoice, Eduardo Constan-
tino, regozijou-se pelo facto
de ter na grelha da Dstv uma
telenovela totalmente pro-
duzida em Angola. “Acre-
ditamos que o público vai
gostar da telenovela, tal como
nós, pois ela é a demonstra-
ção de que conseguimos
fazer boa produção de con-
teúdos locais”, disse.
A antestreia da telenovela,
exibida de segunda-feira a
sábado, às 21h00, na Banda
Tv, realizou-se terça-feira,
n o h o te l E p i c S a n a , e m
Luanda. A cerimónia, que
O realizador adiantou que contou com a presença de
“Muxima” difere das outras várias entidades ligadas aos
novelas de produção nacio- audiovisuais, foi animada
nal, por ser “completamente pela Orquestra Sinfónica
produzida em Angola, por Kalunga e Yola Semedo.
“CLÉ STUDIO”
Luanda tem novo estúdio
para gravação de música
O “Clé Studio”, um estúdio
de captação, gravação e
masterização de som, inau-
gurado na segunda-feira,
em Luanda, pelo director
nacional da Cultura, Eucli-
des da Lomba, propõe-se
realizar o sonho de jovens
artistas e diminuir a procura
de qualidade no exterior.
Propriedade da Produtora
Clé Entertainment, o estúdio,
localizado no distrito urbano
da Maianga, é um espaço
aberto não somente para
músicos da produtora, mas
também para outros agen-
ciados por outras promoto-
ras, segundo o director do
estúdio, Zoca Zoca.
“Com este estúdio, vamos
conseguir realizar sonhos e
diminuir a procura de deter-
minadas qualidades no exte-
rior do país. Uma vez, que
faço parte deste grande pro-
jecto é um grande desafio para
mim. Sinto-me honrado e
Estúdio da Clé Entertainment equipado com tecnologia de ponta
“NO SILÊNCIO A ARTE FALA”
Jovens artistas mostram
criações na Tamar Golan
A exposição colectiva, “No
Silêncio a Arte Fala”, de seis
jovens e promissores artistas
plásticos, nomeadamente,
Ad i l s o n Vi e i ra , A l b e r to
Moma, José Bento, Germano
Silva, Leandro Marques e
Valeriano Capoco, é inau-
g u ra d a a m a n h ã , p e l a s
18h00, na galeria Tamar
Golan, em Luanda.
Para além de serem mem-
bros da Maratona dos Artistas
e da Brigada de Jovens Artis-
tas Plásticos, o denominador
comum entre os seis jovens
criadores, todos com menos
de 30 anos, é o gosto de dese-
nhar desde pequeno, terem
a arte como um passatempo
e serem autodidactas.
Depois da participação
em diversas exposições
colectivas, por iniciativa da
Maratona dos Artistas, os
jovens juntam-se, agora,
numa exposição que vai ficar
patente ao público de
segunda-feira a sábado, entre
às 12h30 e às 19:30, até ao
dia 10 de Dezembro.
Um comunicado da Tamar
Golan refere, que as pince-
ladas e as artes a serem retra-
tadas e exibidas, não são senão
o clamar da voz que não con-
segue gritar por si, o despertar
29
acredito que vamos conseguir
atender, sobretudo, a grande
dificuldade que existe dentro
do nosso mercado”, disse.
O também músico Zoca
Zoca garantiu não existir
muita coisa de diferente em
relação aos outros estúdios,
mas acredita que trazem boa
qualidade nos equipamen-
tos, porque “procuramos o
que tinha de melhor no exte-
rior para implementarmos
em Angola, e estamos a tra-
balhar com técnicos muito
bem qualificados”.
O projecto, que começou
há alguns meses, comporta
duas cabines de gravação,
com capacidade para cap-
tação de vozes e instrumen-
tos acústicos, oferecendo
serviço de qualidade de gra-
vação, captação e masteri-
zação de sons. O espaço
proporciona ainda aos uten-
tes uma sala de ensaios e
um espaço para lazer.
DR
das mentes através da pintura,
das cores, do brilho, bem
como do coração sentido dos
artistas. “Nestas obras, faz-
se uso deliberado e propositado
das cores, com vista a des-
pertar as mentes e os corações
dos que ainda têm alma, sen-
sibilidade e que ainda, pre-
servam a sua humanidade”,
lê-se no comunicado.
O documento acrescenta,
que desde o clamor de uma
África trajada de belos panos,
triste pelas violações invasivas
das suas raízes, origens e
riquezas, assume dentro da
sua própria terra um cativeiro
auto-imposto, até às vivên-
cias da mulher que vê a sua
vida resumida a uma batalha
titânica, condenada à derrota,
desde o princípio, só por ter
nascido mulher no berço de
uma humanidade, desolada,
a gerar filhos e a condená-
los também ao fracasso,
desde a sua concepção.
A galeria Tamar Golan, da
Fundação Arte e Cultura, é
um projecto cultural inovador
e alternativo, sem fins lucra-
tivos, que visa promover as
artes plásticas angolanas e
apoiar jovens talentos, que de
outra forma dificilmente
teriam uma oportunidade.
30 DESPORTO
BASQUETEBOLISTA DE 1,93 METROS
Técnico Will Voigt e dirigentes federativos desconhecem motivos da indisponibilidade
Cipriano está indisponível
para a Selecção Nacional
Secretário-geral da Federação Angolana, Nelson Sardinha “Futuro”
lamenta a decisão do jogador que falha a disputa da quinta janela
Anaximandro Magalhães
Sem evocar as razões, o
extremo Olímpio Cipriano,
1,93 metros, 36 anos, alegou
i n d i s p o n i b i l i d a d e p a ra
defender as cores da Selecção
Nacional sénior masculina
de basquetebol, na quinta e
derradeira janela do Torneio
Africano de Qualificação, a
decorrer em Luanda, de 30
deste mês a 2 de Dezembro,
prova selectiva para o Cam-
peonato do Mundo,
China'2019.
Em declarações ao Jornal
de Angola, o secretário-geral
da Federação Angolana de
Basquetebol (FAB), Nelson
Sardinha “Futuro”, explicou
e lamentou o sucedido: “o
procedimento é enviarmos
a comunicação para os clu-
bes, e estes dão-nos conta
da disponibilidade ou impos-
sibilidade de os atletas repre-
sentarem a selecção. Neste
caso, em particular, o Petro
não o fez, pelo facto de
nenhum dos jogadores estar
impossibilitado. Portanto, o
atleta dispunha de condições
para estar connosco”.
Prosseguindo, o dirigente
disse: “infelizmente ele diz,
sem mencionar os motivos,
estar indisponível. Estamos
a tratar do assunto com o clube,
não para persuadi-lo a integrar
os trabalhos, mas para outros
fins. Foi uma situação nada
agradável”, confessou.
Questionado se doravante
o seleccionador nacional,
William Bryant Voigt, 42
anos, deixa de contar com
o extremo, Sardinha jogou
à defesa: “não existe nada
neste sentido”. Esta é a
segunda vez consecutiva que
o jogador falta à concentração
da Selecção Nacional, pois
na quarta janela, disputada
na cidade de Tunis, Tunísia,
sucedeu o mesmo.
Quando abordado a pro-
pósito, dias antes, Will Voigt
respondeu: “em relação ao
Olímpio não sei de nada”. De
acordo com o técnico, o certo
é que “temos um plantel
recheado na posição de extre-
mos. Ele próprio pode concluir
isso”, disse na altura o número
um da hierarquia técnica.
Felizardo preocupa
O poste Felizardo Ambrósio
“Miller” é a única preocu-
pação clínica no seio dos
hendecacampeões africanos,
que passaram a treinar desde
terça-feira no Pavilhão Gim-
nodesportivo da Cidadela.
“Infelizmente ele
diz, sem mencionar
os motivos, estar
indisponível.
Estamos a tratar
com o clube, não
para persuadi-lo a
integrar os
trabalhos, mas para
outros fins. Foi uma
situação pouco
agradável”
Miller, com queixas físi-
cas, não treinou nas sessões
de ontem por precaução.
De regresso ao convívio
dos colossos africanos estão
o extremo-poste Leonel
Paulo, 1,96 metros, e Her-
menegildo Mbunga, poste de
MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO
2,02 metros. Os dois inter-
nacionais angolanos exerci-
taram-se sem limitações, tal
como o extremo Pedro Bastos,
1,93 metros, dispensado dos
aprestos anteriores para tratar
de assuntos pessoais.
Sempre num novo para-
digma, a entoação do Hino
Nacional, o treino matinal
de aproximadamente duas
horas serviu para potenciar
os índices físicos, ensaiar
jogadas ofensivas e defen-
sivas, de cinco contra cinco,
passes e lançamentos de curta
e longa distância.
Às ordens de Voigt estão:
o base Gerson Domingos, os
extremos: José António, Ger-
son “Lukeny” Gonçalves,
Edson Ndoniema, Pedro Bas-
tos, Adolfo Quimbamba,
Ludgero Galiza e Mohamed
Malick Cissé.
Extremo-postes: Leonel
Paulo, Reggie Moore e Glofate
Buiamba. Postes: Alexandre
Jungo, Hermenegildo
Mbunga, Mutau Fonseca e
Jone Pedro.
Júlio Clever Afonso, do
Club Baloncesto Tizona
(Espanha), Carlos Morais,
do Siena Basketball (Itália),
Leandro Conceição, do Sport
Lisboa e Benfica (Portugal)
e Yannick Moreira, do Paok
(Grécia), são aguardados
nove dias antes da compe-
tição arrancar.
No Grupo E, Angola segunda
classificada com 15 pontos,
defronta a Tunísia, líder com
18, Camarões e Tchad. Sábado,
às 17h00, o “cinco” nacional
realiza o primeiro jogo amis-
toso diante do ASA, no Pavi-
lhão Gimnodesportivo da
Cidadela.
Breves
TAÇA LWINI ENVOLVE
SELECÇÕES NACIONAIS
DA ÁFRICA DO SUL
E DA SUÍÇA
A 1ª edição do torneio
internacional de
basquetebol em cadeiras
de rodas, denominado Taça
Lwini, disputa-se de 29
deste mês a 1 de
Dezembro, na Cidadela, em
Luanda, com a participação
das Selecções Nacionais de
Honras e Esperança de
Angola, África do Sul e
Suíça. As Selecções
Nacionais estão sem
campo para trabalhar os
aspectos tácticos e
técnicos. Para as Honras, o
treinador Moniz Marques
convocou 14 atletas, sendo
sete de Luanda, Uíge (3), Bié
(1) e Huambo (1).
Miguel Vemba, técnico das
Esperanças, chamou 15
atletas, com realce para
quatro de Luanda, Bié (3),
Cabinda (3), Cuanza-Norte
(3), Benguela (1) e Uíge (1).
Os sul-africanos chegam no
dia 28 deste mês com 18
basquetebolistas e dois
árbitros, enquanto a Suíça
desembarca no dia seguinte
de manhã, com 12 pessoas.
FEDERAÇÃO DE JUDO
FAZ REUNIÃO TÉCNICA
DE PROVAS NACIONAIS
A reunião técnica do
Campeonato Nacional de
Judo na classe de juvenis
(A e B) e cadetes, em
ambos os sexos, realiza-se
hoje, às 20h00, no
Complexo da Cidadela, em
Luanda, com os técnicos
ou representantes das
equipas participantes.
António Faustino “Maye”,
coordenador dos
campeonatos, garantiu
ontem ao Jornal de Angola,
que os combates vão ser
disputados no sistema
unificado de eliminatória
directa de dois minutos
cada um, e sem intervalo.
Amanhã, às 10h00, no
pavilhão principal da
Cidadela, iniciam os
combates preliminares,
enquanto as meias-finais e
finais estão reservados
para sábado de manhã, no
mesmo recinto.
Para o nacional, que se
disputa amanhã e sábado,
estão confirmadas as
escolas do Cazenga,
Uragan, Yokodan,
Recreativo de Luanda,
Pacíficos do Cazenga, EFF,
Viana, Centralidade do
Sequele, 1º de Agosto e
Interclube todas da capital.
Além das escolas e clubes
de Luanda, são
aguardados judocas das
províncias do Bengo,
Cuanza-Norte, Cuanza-Sul,
Uíge e Zaire.
A pesagem dos atletas, que
começou ontem nas
instalações da Federação
Angolana de Judo (FAJ) e
na Casa da Juventude,
encerram ao princípio da
noite de hoje. O
coordenador da prova
disse que estão garantidas
todas as condições para a
disputa da prova, com
previsão de 1200 judocas.
António Cristóvão
ANDEBOL
Equipa feminina
projecta Africano
Teresa Luís
A Selecção Nacional sénior
feminina de andebol começa
a projectar, hoje às 10h00,
no Pavilhão Principal da
Cidadela, a 22ª edição do
Campeonato Africano das
Nações (CAN), a ter lugar no
Congo Brazzaville, de 2 a 12
de Dezembro.
Defesa 6X0, ataque e con-
tra-ataque dominam a pre-
paração. Às 17h00, o grupo
sob a orientação de Morten
Soubak regressa à quadra,
no sentido de dar sequência
aos trabalhos. Amanhã, as
campeãs africanas voltam a
treinar em regime bi-diário.
Em declarações à imprensa,
o vice-presidente da federa-
ção, Zeca Venâncio assegurou
a criação de condições de tra-
balho em Luanda e no estágio
na Holanda.
“Temos tudo organizado.
Felizmente contamos com
três patrocinadores. O pro-
cesso de aquisição de divisas
Técnico Morten Soubak realiza trabalho táctico na Cidadela
“SETE” NACIONAL MASCULINO
Convocados abordam
preparação do Mundial
Teresa Luís
Questões relacionadas com
a preparação da Selecção
Nacional sénior masculina
de andebol dominaram o
encontro, realizado ontem
na sede da Federação Ango-
lana da modalidade (Faand),
visando a disputa da 26ª edi-
ção do Campeonato do
Mundo, co-organizado pela
Alemanha e Dinamarca, de
10 a 27 de Janeiro.
Angola joga a primeira
etapa do Mundial inserida
no Grupo D, com as similares
da Suécia, Hungria, Catar,
Argentina e Egipto. Brasil,
França, Alemanha, Rússia,
Sérvia e Coreia (unificada)
formam o A; Espanha, Croá-
cia, Macedônia, Islândia,
Bahrein e Japão integram o
B, ao passo que a Dinamarca,
Noruega, Áustria, Tunísia,
Chile e Arábia Saudita com-
põem o C.
E d m i l s o n G o n ç a lve s
(guarda-redes), Abiglei Lou-
renço (lateral-direito) e Cláudio
Quinta-feira
15 de Novembro de 2018
segue o percurso nos bancos.
Já recebemos a verba do Minis-
tério da Juventude e Desportos.
Só falta a emissão dos bilhe-
tes”, garantiu.
In s erida no Grup o B,
Angola joga a fase preliminar
ao lado do Congo Democrá-
tico, Guiné Equatorial, Congo
Brazzaville e Marrocos. A
Tunísia (finalista vencida de
2016) encabeça o Grupo A,
com as congéneres do Sene-
gal, Camarões, Costa do Mar-
fim e Argélia.
Teresa Almeida, Cristina
B ra n c a e He l e n a S o u sa
(guarda-redes), Albertina
Kassoma e Liliana Venâncio
(pivôs), Isabel Guialo, Vilma
Nenganga e Helena Paulo
(centrais), Claudete José e
Joana Costa (ponta direita),
Elizabeth Cailo e Janeth San-
tos (ponta esquerda), Wuta
Dombaxi e Aznaide Carlos
(laterais direita), Magda
Cazanga e Suzeth Cazanga
(laterais esquerda) são as
jogadoras que integram o
“sete” nacional.
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Chicola (ponta-direito) são
as novidades no “sete” nacio-
nal às ordens de Filipe Cruz.
Com 12 jogadores, o 1º de
Agosto domina a convocatória,
Desportivo da Marinha e Inter-
clube cederam cada (3) e (1)
do Smoua Club Alexandria.
Geovany Muachissengue,
Edmilson Gonçalves e Cus-
tódio Gouveia (guarda-redes),
Gabriel Teca, Aguinaldo Tati
e Ângelo Quitongo (pivôs),
Manuel Nascimento, Cláudio
Lopes e Romé Hebo (cen-
t ra i s ) , O t n i e l Pa s c o a l ,
Osvaldo Mulenessa e Cláudio
Chicola (pontas direito),
Elsemar Pedro e Adilson
Maneco (pontas esquerdo),
Francisco Almeida, Abiglei
Lourenço, Adelino Pestana
(laterais direito), Edvaldo
Ferreira e Declerck Sibo
(laterais esquerdo) são os
atletas convocados.
Filipe Cruz (selecciona-
dor), Manuel Caxito (téc-
nico-adjunto), João Chiloia
( m a n age r ) e Ago st i n h o
Nazaré (fisioterapeuta) com-
pletam o grupo.
DESPORTO
15 de Novembro de 2018
CAN’SUB-23
Namíbia desiste
do desafio
com Angola
O jogo entre as selecções de
Angola e da Namíbia em Sub-
23, já não acontece amanhã,
no Estádio Nacional 11 de
Novembro, em partida refe-
rente à primeira “mão” da
segunda eliminatória de
apuramento para o Cam-
peonato Africano das
Nações (CAN/2019), a dis-
putar-se no Egipto.
A Namíbia anunciou ontem
a sua desistência da prova
de apuramento, alegada-
mente por razões financeiras.
Contactado pelo Jornal de
Angola , Artur Almeida,
presidente da Federação
Angolana de Futebol (FAF),
lamentou o sucedido, depois
de ter recebido um telefo-
nema do secretário-geral
da Confederação Africana
de Futebol (CAF).
“A Namíbia desistiu do
jogo com Angola. Recebi a
comunicação hoje (ontem)
via telefone do secretário-
geral da CAF. A notícia deixa-
nos triste, porque tínhamos
tudo preparado para fazer o
jogo. Vamos passar a men-
sagem aos jogadores e equipa
técnica”, disse o dirigente
desportivo. Na terceira eli-
minatória, a Selecção Nacional
Olímpica enfrenta a África do
Sul, com a primeira mão a ser
disputada no dia 18 de Março,
em Luanda. O jogo de resposta
acontece a 23 do mesmo mês,
em Joanesburgo.
AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Instado a comentar sobre
o conjunto adversário, Artur
Almeida mostrou-se con-
fiante no apuramento da
Selecção Nacional, apesar
de o jogo afigurar-se difícil.
“Estou convencido de que
vamos conseguir a qualifi-
cação. Estamos com um
grupo forte. Penso que com
o trabalho que a equipa téc-
nica tem vindo a implemen-
tar, vamos seguramente
garantir o apuramento. Res-
peitámos a África do Sul,
mas não a tememos”.
O trio de arbitragem dos
Camarões, chefiado por Blai-
zeYuven Newa, bem como o
comissário ao jogo de
Moçambique, Carlos Fran-
cisco Come, desembarcam
esta manhã, em Luanda. “Os
árbitros e o comissário ao
jogo estão a caminho de
Luanda. Não tínhamos como
os avisar. É uma situação
lamentável”, referiu Artur
Almeida. Apesar do impre-
visto, Pedro Gonçalves e pupi-
los retomam a preparação
esta manhã, no Estádio Nacio-
nal da Cidadela Desportiva.
António de Brito
Quinta-feira
ANTEVISÃO
Atleta pretende ajudar a equipa a vencer o Burkina Faso
Avançado Geraldo
reparte favoritismo
António Cristóvão
O avançado Geraldo, do 1º de
Agosto, reconheceu ontem a
qualidade do plantel do Bur-
kina Faso e repartiu o favo-
ritismo no jogo decisivo para
os Palancas Negras, neste
domingo, às 16h00, no Estádio
Nacional 11 de Novembro, para
a quinta jornada do Grupo I
de qualificação para a Taça de
África das Nações (CAN), de
15 de Junho a 13 de Julho de
2019, nos Camarões.
“É uma selecção muito
forte com bons jogadores.
Temos de estar muito atentos,
porque têm um ataque muito
rápido e bom, mas é um jogo
que pode ser definido no deta-
lhe”, disse o atacante aos jor-
nalistas nacionais.
O dianteiro da Selecção
Nacional de Honras prometeu
uma excelente apresentação
para não defraudar o público
e os seus admiradores. “Sem-
pre que estou em campo pro-
c u ro d a r o m e l h o r , e n a
Selecção Nacional não vai ser
diferente. Se tiver a oportu-
nidade de jogar, vou procurar
SÁBADO NOS COQUEIROS
Antigos guarda-redes
são homenageados
Os guarda-redes que pres-
taram serviço à Selecção
Nacional e vários clubes do
país serão homenageados
neste sábado, no Estádio Muni-
c i p a l d o s C o q u e i ro s , e m
Luanda, apurou a Angop.
O evento denomina-se
“Luvas de Ouro” e contará
com um jogo entre a selecção
de jogadores que participou
no Campeonato do Mundo da
A lemanha , em 2 0 0 6 , e a
selecção campeã africana de
Sub-20.
A actividade, já na sua ter-
ceira edição, vai brindar os
nomeados com medalhas,
diplomas de mérito, um quadro
com a imagem de cada um
dos homenageados, assim
KIMDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
fazer uma boa exibição e aju-
dar o grupo a ganhar o jogo”,
sublinhou o futebolista, caso
mereça a confiança do selec-
cionador Srdan Vasiljevic.
Para o dianteiro do conjunto
do Rio Seco, os integrantes da
Selecção Nacional estão a trei-
nar desde segunda-feira com
o objectivo de ganhar o reen-
contro. “Estamos a trabalhar
focados na vitória. O grupo
está motivado e feliz para dis-
putar um óptimo encontro”,
disse, acrescentando que ape-
nas uma vitória interessa a
Angola, para decidir a quali-
ficação no dia 22 de Março de
2019, em Gaberone, Botswana.
Questionado sobre a con-
corrência na “equipa” nacio-
nal, Geraldo considerou ser
excelente para os futebolistas
e o corpo técnico.
“É saudável. O treinador
tem trabalhado com o grupo
para escolher os melhores que
devem jogar. Os jogadores
têm de dar dor de cabeça ao
técnico, dificultar ao máximo
a actividade do treinador, para
que os que ele escolher possam
dar o melhor em prol do
grupo”, finalizou o canhoto.
como um cheque para cada.
Entre os homenageados,
destaque recai para Napoleão
Brandão, Manecas Leitão,
C a r n ava l , Tozé , Ka p e l ó ,
Marito, João Ricardo e Lamá.
A Selecção Nacional de fute-
bol, que no domingo defronta
a similar do Burkina Faso,
na caminhada de apuramento
ao CAN'2019, a decorrer nos
Camarões, e a de futebol
para amputados, actual cam-
peã do mundo, vão participar
na homenagem.
No mês de Setembro, foram
homenageados Carlos Queirós
e Joca Santinho, dois antigos
treinadores de futebol, com
fortes ligações à formação de
talentos.
TREINO NO ESTÁDIO FRANÇA “NDALU”
Palancas afinam pontaria
para “domar” os Cavalos
Selecção Nacional realiza trabalho específico
para no domingo desfeitear a defensiva contrária
Jogadores mostram determinação e empenho durante as sessões de treino
António Cristóvão
O técnico dos Palancas Negras, Srdan
Vasiljevic, volta a “armar” hoje, às
16h00, os esquemas tácticos de jogo,
no Estádio António dos Santos França
“Ndalu”, no bairro Mártires de Kifan-
gondo, para vencer os Cavalos do Burkina
Faso neste domingo à tarde, em Luanda.
O desafio, que se disputa às 16h00,
no Estádio Nacional 11 de Novembro, é
pontuável para a quinta e penúltima
jornada do grupo I da campanha de
apuramento para a fase final da 32ª
edição da Taça de África das Nações
(CAN), a ser disputado de 15 de Junho
a 13 de Julho de 2019, nos Camarões.
No treino desta tarde, o corpo técnico
como tem sido hábito volta a colocar
os jogadores do sector defensivo de um
lado, os médios e os dianteiros do outro,
para ensaiar as variantes de jogo.
Durante as sessões de treino de
segunda e terça-feira, o corpo técnico
privilegiou na preparação as rectificações
da finalização, onde o conjunto nacional
demonstrou muitos problemas de con-
centração no momento do remate para
fazer o golo.
No estádio em construção do 1º de
Agosto, o corpo técnico tem agendado
mais duas sessões de treino vespertinas,
com presença da imprensa nacional.
Ontem à tarde, no palco do desafio
com os Cavalos, Srdan Vasiljevic exercitou
alguns esquemas do encontro com Landu
(Tony Cabaça), Tó Carneiro (Paizo),
Buatu Jonathan (Dany Massunguna),
Bastos Quissanga (Wilson) e Mingo Bile
(Isaac) no sector defensivo.
No meio-campo, a equipa técnica
utilizou Djalma Campos (Ary Papel),
Show, Herenilson (Paty) e Freddy (Wil-
son Eduardo), enquanto no ataque expe-
rimentou Mateus Galiano (Geraldo) e
Gelson Dala (Mabululu).
Entre a linha intermédia e o ataque,
Srdan Vasiljevic tem várias opções com
futebolistas que podem actuar nos dois
sectores, nomeadamente Wilson
Eduardo, Djalma Campos, Freddy, Mateus
Galiano, Ary Papel, Geraldo e Vá.
Na baliza, o guarda-redes Landu deve
ocupar a posição, enquanto no sector
31
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
defensivo Paizo, Dany Massunguna,
Bastos Quissanga e Mingo Bile são a pri-
meira aposta do treinador.
O subcapitão dos Palancas Negras
e avançado do Alanyaspor da Turquia,
Djalma Campos, o defesa central
Bastos Quissanga (Lazio da Itália) e
o médio Stélvio da Cruz (F91 Dude-
lange de Luxemburgo), que chegaram
ontem à noite a Luanda, completaram
o grupo de trabalho no Estádio Nacio-
nal 11 de Novembro.
Entre a linha intermédia e o
ataque, Srdan Vasiljevic tem
várias opções com
futebolistas que podem
actuar nos dois sectores,
nomeadamente Wilson
Eduardo, Djalma Campos,
Freddy, Mateus Galiano, Ary
Papel, Geraldo e Vá
Os Cavalos desembarcam esta manhã
no Aeroporto Internacional 4 de Feve-
reiro, em Luanda, provenientes de
Lisboa, onde cumpriram a preparação,
com uma delegação de 61 elementos
entre eles 30 jogadores, 17 membros da
equipa técnica e 14 dirigentes.
No período da tarde, os adversários
dos Palancas Negras realizam uma sessão
de treino no espaço anexo ao Estádio
Nacional 11 de Novembro, para o técnico
Paulo Duarte, de 49 anos, restaurar a
condição física dos seus pupilos.
O Burkina Faso realiza sábado, às
16h00, o treino de reconhecimento e
adaptação à relva do palco do encontro.
O árbitro Jean-Jacques Ndala, da
República Democrática do Congo (RDC),
indicado para apitar o desafio, é aguar-
dado amanhã ao princípio da tarde em
Luanda, em voo da companhia de ban-
deira sul-africana, acompanhado dos
assistentes Olivier Kabene (RDC) e
Yahaya Mahamadou (Níger), bem como
Malala Kabanga (RDC).
Hoje, no princípio da noite, desembarca
no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro
o comissário ao jogo, o são-tomense
Adalberto Luís Fonseca Catambi.

QUI15NOV
ISSN 0446-9518
9 770446 951006
ALTO
Governo de Luanda
Cartão de ambulante
O Governo da Província de
Luanda começou a legalizar
os vendedores de rua, no
âmbito da Operação Resga-
te, que visa combater as
transgressões administrati-
vas, a venda ambulante, a
imigração ilegal e ordenar
a circulação rodoviária, en-
tre outros objectivos. Está
assim dado um grande pas-
so para ordenar a venda em
espaços públicos, mas para
que isso aconteça é preciso
que a população, particu-
larmente os que exercem a
actividade, coopere com as
autoridades, respeitando os
horários e locais indicados.
As administrações munici-
pais e distritais devem ser
céleres para evitar aglome-
rações desnecessárias.
BAIXO
Lixo em Luanda
Fraca recolha
O lixo em Luanda continua
a ser uma preocupação cons-
tante e a maior prova à ca-
pacidade de gestão dos su-
cessivos governadores. De-
pois de alguns meses em
que não se viam amontoa-
dos de resíduos em quase
toda a dimensão da cidade,
eis que começam a surgir
novos focos, fruto da fraca
recolha. Em locais onde ha-
via contentores, estes desa-
pareceram e é nos bairros
suburbanos onde a situação
é mais crítica, pondo em cau-
sa a saúde ambiental. Os
constrangimentos resultan-
tes da deficiente gestão do
saneamento da cidade de
Luanda ultrapassam as ques-
tões de saúde pública e estão
a resvalar para outras dimen-
sões, cujos efeitos põem em
risco a vida da população.
EXPOSIÇÃO
Paulo Jazz vira “Anjo Colorido”
Vários trabalhos do artista
plástico Paulo Jazz são ex-
postos a partir de hoje, às
18h, na Galeria de Arte Hall
de Lima Pimentel, na rua Dr.
Américo Boavida.
A exposição, com o título
“Anjo Colorido” fica patente
até 2 de Dezembro. Trata-se
de uma mostra com mais de
BALANÇO DE CINQUENTA DIAS
Operação Transparência recupera
um milhão de dólares e vários meios
Garrido Fragoso
A OperaçãoTransparência,
que decorre desde 25
Setembro para combater e
desencorajar a imigração
ilegal e o garimpo de dia-
mantes permitiu a apreen-
são de 1.039. 856 dólares e
23.217,516 kwanzas nas
oito províncias abrangidas.
E m c o n f e rê n c i a d e
imprensa, em Malanje, o
porta-voz da operação indi-
cou que durante 50 dias do
processo foram também
recuperados 335 euros,
944.520 rands, 12.742.22
kilates de diamantes e 4.910
pedras de diamante ainda
por avaliar.
O comissário da Polícia
Nacional, António Ber-
nardo, sublinhou que
durante e ste p erío do
foram repatriados de
fo r m a ad m inistrativa
14.636 cidadãos de diversas
nacionalidades, enquanto
416.302, maioritaria-
mente da RDC, deixaram
o país voluntariamente.
A Operação Transparên-
cia decorre nas províncias
da Lunda-Norte, Lunda-
Sul, Uíge, Cuanza-Sul, Bié,
Cuando Cubango, Malanje
e Moxico. Foram encer-
radas 279 casas de compra
e venda de diamantes.
Assim, foram encer-
ra d a s e m Ma l a n j e 2 6
casas, na Lunda-Norte
19, Lunda-Sul 18, Uíge
quatro, Cuanza-Sul uma,
Bié 39 e igual número no
Cuando Cubango. Tam-
bém foram fechadas 122
cooperativas.
A operação permitiu
ainda a apreensão de 102
máquinas retro-escava-
doras, 18 pás-carregado-
ras, 28 buldozeres, 18
máquinas niveladoras,
nove tractores agrícolas,
224 viaturas ligeiras e
pesadas, 310 motorizadas
e 31 bicicletas . Em termos
cem obras do artista ao cui-
dado da galeria, cujo patrono
é o destacado mecenas Nuno
de Lima Pimentel.
A galeria informa que a
exposição “é composta por
intervenções formais e infor-
mais entre quadros em tela,
desenhos em carvão e acríli-
co, papelão e madeira. Todas
Polícia reafirma combate ao garimpo de diamantes
de instrumentos de apoio
ao garimpo, a Polícia
Nacional efectuou tam-
bém a apreensão de 98
dragas, 63 lavarias, 253
moto-bombas, 16 janga-
das, 65 boias pneumáticas
com motor, três detec-
tores de diamantes, uma
máquina de teste de dia-
mantes, 214 balanças, 97
lupas, 79 geradores, 38
cofres e 153 contentores
com diversos meios, além
de 108 armas de fogo.
Voto de confiança
O ministro do Interior rei-
terou o voto de confiança
às operações “Transparên-
cia” e “Resgate”.
Ângelo da Veiga Tava-
res, que falava no acto de
tomada de posse de novos
oficiais comissários da Polí-
cia Nacional, referiu que a
“Operação Transparência”
veio devolver aos ango-
lanos recursos que esta-
vam a ser delapidados.
Os comissários que
ontem tomaram posse
foram nomeados na terça-
feira pelo Presidente da
República, na qualidade
as peças foram adquiridas
em momentos de convívio
entre o artista e o coleccio-
nador no decorrer dos anos
1980, 90 e 2000.
A historiadora Isilda Hurts,
na condição de curadora da
exposição, refere que “o génio
criativo de Paulo Jazz faz dele
uma figura de destaque no pa-
norama das artes plásticas an-
golanas”.
Paulo Jazz é co-fundador
da União Nacional dos Artis-
tas Plásticos (UNAP). Desta-
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
de Comandante-em-Chefe
das Forças Armadas, depois
de ouvido o Conselho de
Segurança Nacional.
O Presidente João Lou-
renço nomeou o comis-
sário-chefe João Baptista
Martins Ginga de Almeida,
para o cargo de coman-
dante da Polícia de Guarda
Fro nte i ra s d a Po l í c i a
Nacional , comissário
Augusto Vasco Sandundo,
para o cargo de director de
Gabinete do comandante-
geral da Polícia Nacional,
e o comissário Sebastião
Cambinda, director de
Logística do Ministério do
Interior para, cumulativa-
mente, exercer o cargo de
director nacional de Logís-
tica da Polí-cia Nacional.
Foram ainda nomeados
o comissário Paulo André
Francisco, para o cargo
de conselheiro do coman-
dante-geral da Polícia
Nacional, e o subcomis-
sário Waldemar Paulo da
Silva José, para o cargo de
director do Gabinete de
Comunicação Institucio-
nal e Imprensa do Minis-
tério do Interior.
ca-se por ser detentor de
vários prémios, dentre os
quais o de artes plásticas
do Centro Internacional das
Civilizações Bantu (CICIBA),
em 1987. Em 1992, partici-
pou na Expo Universal de
Sevilha, em Espanha, com
grande destaque.
Seguiram-se outras expo-
sições internacionais, nomea-
damente no Museu das Artes
de Óbidos, Portugal, no Brasil
e no Museu Josef Broz Tito,
na Jugoslávia.
TRANSFUSÃO DE SANGUE CONTAMINADO
Ministério da Saúde assume
tratamento integral da criança
Edivaldo Cristóvão
O Ministério da Saúde
ga ra n t i u o n te m , e m
Luanda, que o quadro clí-
nico da criança que sofreu
uma transfusão de sangue
infectado com o Vírus de
Imunodeficiência Humana
(VIH), no Hospital Pediá-
trico David Bernardino é
estável e assegurou a con-
tinuidade do seu trata-
mento no exterior, cujo
país não revelou.
O secretário de Estado
da Saúde para a Área
Hospitalar, Leonardo
Inocêncio, prestou esta
informação durante uma
conferência de imprensa,
na presença do secretário
de Estado da Comu -
nicação Social, Celso
Malavoloneke.
Leonardo Inocêncio
disse que a menina e a
família estão a receber
apoio psicológico de
especialistas do Instituto
Nacional de Luta contra
a Sida (INLS), Instituto
Nacional de Sangue,
assistentes sociais, médi-
cos do Josina Machel, do
Hospital Pediátrico David
Bernardino e de outros
actores sociais.
O Ministério da Saúde,
segundo o responsável,
admitiu que “houve erro
humano” durante o pro-
cesso de transfusão de
sangue, e esclareceu que
existem mais de 90 por
cento de probabilidades
de a criança não estar
infectada com o vírus.
“Neste momento nin-
guém está em condições
de afirmar que a criança
é seropositiva, porque
foram feitos exames que
contrariam essa hipó-
tese”, disse o médico.
Está a ser feito um tra-
tamento no Hospital Pe-
diátrico, conhecido como
“Dot”, uma terapêutica
feita em várias partes do
mundo”, disse o secre-
tário de Estado da Saúde.
O responsável lamen-
tou o ocorrido e anunciou
que o Ministério da Saúde
desencadeou medidas
para que o tratamento
tenha sequência fora do
país, quando a docu-
mentação da mãe e da
paciente estiverem pron-
tas para a sua evacuação,
o que deve acontecer o
mais rápido possível.
Leonardo Inocêncio
frisou que as autorida-
des sanitárias não pres-
taram à comunicação
PUBLICIDADE
social informações pre-
cisas sobre o incidente
médico, por se tratar de
uma pandemia com ele-
vada carga de estigma-
tização, por parte da
sociedade, e por se tratar
de uma criança, cabia à
família fazê-lo.
O governante deu a
conhecer que a equipa
envolvida no processo
de transfusão naquele
fatídico dia foi afastada,
por uma medida cautelar,
para facilitar o trabalho
da comissão de inqué-
rito, realçando que todos
estão sujeitos de serem
responsabilizados. “Foi
instaurado um inquérito
junto da PGR para me-
lhor esclarecimento”.
O secretário de Estado
esclareceu que a trans-
fusão errada aconteceu
no dia 17 de Outubro, no
Hospital Pediátrico David
Bernardino, cujo dador
era portador de VIH. Face
a essa situação, a direcção
da unidade hospitalar
comunicou a ocorrência
ao Ministério da Saúde.
Depois foram efectua-
dos os procedimentos
seguindo as recomenda-
ções internacionais, que
estabelece, que antes de
72 horas de exposição,
deve-se começar com o
tratamento profiláctico, o
mesmo aplicado às mulhe-
res gestantes e infectadas
com VIH, baseada numa
terapêutica anti-retroviral,
para evitar que a criança
seja infectada.
Procedimentos
no Banco de Sangue
A Organização Mundial
da Saúde (OMS) orienta
que durante o processo
de transfusão de sangue,
não se deve fazer tria-
gem à porta do Banco
de Sangue, por ser uma
medida que desincentiva
os voluntários.
“A cartilha para ser
dador de sangue define
que o voluntário deve pesar
mais de 70 quilos, ter boa
hemoglobina, não ter
febres ou perdido noite
um dia antes”, esclareceu.
Leonardo Inocêncio
disse que na hemotera-
pia, normalmente é feita
a colheita na totalidade
para posteriormente se
fazer a tiragem do sangue.
Presume que “alguma
coisa aconteceu durante
o processo de separação
do produto adequado
para ser utilizado”.