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QUI22NOV
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
Ano 43 • N.º 15455

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR
www.jornaldeangola.co.ao

EDIÇÕES NOVEMBRO

NESTA EDIÇÃO

LUCIANO ROCHA
Angola sem cofres vazios
para as gerações futuras?
OPINIÃO • 7

CONFERÊNCIA EPISCOPAL

Igreja encoraja
reformas no país
ÚLTIMA • 32

ATENTADO AO PUDOR
Comandante da Polícia
condenado no Lobito
SOCIEDADE • 25

DESTINO PEDRO NSEVILU PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO INICIA VISITA DE ESTADO

Angola e Portugal
Angolano dirige
Interpol em África
POLÍTICA • 5

COMPROMISSO
Direitos humanos
estão protegidos
POLÍTICA • 5
CONGO DEMOCRÁTICO
Candidato da oposição
quer eleições adiadas
ÁFRICA • 8
elevam cooperação
Elevar a cooperação comercial e económica
entre Angola e Portugal a níveis tão “exce-
lentes” quanto a política e fazer com que
este intercâmbio tenha impacto na vida da
população dos dois países é o principal pro-
pósito da visita oficial que o Presidente João
SERVIÇOS DE SAÚDE VOLTAM À NORMALIDADE
Lourenço inicia hoje em Lisboa. O Presidente
da República chegou ao final da tarde de
ontem à capital portuguesa, a convite do
homólogo Marcelo Rebelo de Sousa, e segue
amanhã para a cidade do Porto, onde vai
participar na Conferência sob o tema “Angola:
que mudança”. O evento deve congregar-
dezenas de empresários dos dois países.
Admite-se que as propostas portuguesas
para o programa da conferência foram
feitas a pensar na vontade angolana de
diversificar a economia. DESTAQUE • 2

Médicos da rede pública retomam trabalho

ALI BONGO

SOCIDADE • 25

SONANGOL ABRE MERCADO PARLAMENTO

Distribuidoras podem Autorizado

Presidente do Gabão
convalesce em Londres
ÁFRICA • 8
importar combustível ocoercivo
confisco
A s o p e ra d o ra s q u e empresas vão poder
actuam no mercado de
distribuição e comer-
de bens importar o combustível
d i re c ta m e n te , s e m GIRABOLA
cialização de combus- depender da conces- O Parlamento aprovou
tíveis vão passar, em sionária Sonangol”, ontem a proposta de Lei
breve, a importar deri-
vados de petróleo, anun-
disse. As empresas que
actuam no mercado são
sobre o Repatriamento
Coercivo e Perda Alar-
ASA e
ciou ontem o secretário
de Estado dos Recursos
a Sonangol, Pumangol
e Sonagal. A única refi-
gada de Bens. O diploma
enquadra-se na Lei sobre 1º de Agosto
reeditam dérbi
Minerais e Petróleos, naria do país produz o Repatriamento de
Paulino Jerónimo. “Que- apenas 20 por cento Recursos Financeiros, que
remos abrir o mercado das necessidades do entra em vigor em Janeiro
DESPORTO • 31
a mais operadoras. Essas mercado. ÚLTIMA • 32 de 2019. POLÍTICA • 4
2 DESTAQUE Quinta-feira
22 de Novembro de 2018

PRESIDENTE DA REPÚBLICA CHEGOU ONTEM A LISBOA

João Lourenço em Portugal

para elevar a cooperação
A intervenção do Presidente angolano na Assembleia da República, o ponto alto da visita,
está a ser aguardada com grande expectativa pelos deputados e demais políticos portugueses
Cândido Bessa | Lisboa
Elevara cooperação comercial
e económica entre Angola e
Portugal a níveis “tão exce-
lentes” quanto a política e fazer
com que este intercâmbio tenha
impacto na vida da população
dos dois países é o principal
propósito da visita oficial que
o Presidente João Lourenço
inicia hoje, em Lisboa.
O Presidente da República
chegou ao final da tarde de
ontem à capital portuguesa, a
convite do homólogo, Marcelo
Rebelo de Sousa, e segue ama-
nhã para a cidade do Porto,
para participar na conferência
sob o tema “Angola: que
mudança”, onde são aguar-
dadas dezenas de empresários
dos dois países. Admite-se que
as propostas portuguesas para
o programa da conferência
foram feitas a pensar na vontade
angolana de diversificar a eco-
nomia.
Para hoje, o primeiro dia
da visita, o Presidente João
Lourenço tem encontro, no
período da manhã, com o Pre-
sidente Marcelo Rebelo de
Sousa, no Palácio de Belém.
Estão agendados encontros
entre as delegações dos dois
países e, no fim, os dois Chefes
de Estado falam aos jornalistas.
Antes, na Praça do Império,
depois das honras militares,
João Lourenço deposita uma
coroa de flores no túmulo de
Luís de Camões e assina o Livro
de Honra. À tarde, o Presidente
angolano vai à Assembleia da
República, onde faz uma inter-
venção na sessão solene ple-
nária, para depois ser recebido
pelo presidente da Câmara
Municipal de Lisboa.
De acordo com o ministro
das Relações Exteriores,
Manuel Augusto, a visita vai
confirmar as relações “his-
tóricas e excelentes” entre
os dois países e marcar os
passos necessários para
relançar a cooperação comer-
cial e económica. “Portugal
é para nós um país prioritário
e acreditamos que para Por-
tugal Angola também é prio-
ridade”, disse o ministro,
lembrando que durante a visita
do Primeiro-Ministro portu-
guês, António Costa, a Angola,
em Setembro último, foi esta-
belecido um cronograma de
tarefas que está a ser cumprido
pelas partes. “Já foi feito um
grande trabalho”, disse Manuel
Augusto aos jornalistas, na
manhã de ontem.
Opinião semelhante tem
o ministro dos Negócios
Estrangeiros de Portugal,
Augusto Santos Silva. Con-
sidera que as relações bila-
João Lourenço é recebido no Aeroporto pelo Ministro da Defesa de Portugal, João Cravinho
terais “estão no patamar mais
elevado possível”.
“Há uma dimensão exe-
cutiva e concreta que prolonga
o trabalho e os acordos feitos
há dois meses em Luanda”,
disse o chefe da diplomacia
portuguesa, sublinhando que
há um interesse mútuo.
“Portugal também quer
diversificar em Angola”, disse
o ministro, numa alusão à
necessidade de equilibrar o
peso das empresas de cons-
trução e os contratos com o
Estado. “Destes novos projectos,
deviam surgir sinais dessa
diversificação, tanto regional
como sectorial”, explicou,
citado pelo Jornal “o Público”.
Na Assembleia da República
A intervenção do Presidente
angolano na Assembleia da
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
República está a ser aguar-
dada com grande expectativa
pelos deputados e demais
políticos, ansiosos em saber
que rumo as relações entre
os dois países vão tomar,
encerrado que está o “irri-
tante” causado pelo caso que
envolveu o ex-Vice-Presi-
dente da República de Angola,
Manuel Vicente.
Pelo menos este é o enten-
dimento dos líderes parla-
m e n ta re s , c i ta d o s p e l a
imprensa portuguesa. Para
o deputado Carlos César, do
Partido Socialista (PS), a
visita constitui “um marco
histórico” e marca a “retoma
de cumplicidade que não
pode deixar de existir entre
dois países”.
O Partido Comunista Por-
tuguês (PCP) deseja que a
visita contribua para “o apro-
fundamento das relações de
amizade e cooperação entre
os dois países, no respeito
pela sua soberania”. Já o
Bloco de Esquerda fala em
cautelas. “Registamos que
há mudanças e, por isso,
estamos numa posição de
abertura para poder reavaliar
a n o s sa p o s i ç ã o ” s o b re
Angola, afirmou Pedro Filipe
Soares, à Lusa.
O Partido Social Demo-
crata (PSD) olha “com grande
optimismo” para o futuro
das relações entre Portugal
e Angola e considera que a
visita “traduz a importância
estrutural da relação entre
os dois países”.
O CDS também tem uma
“expectativa boa” para a “visita
de certa forma histórica” e
espera que seja “importante
e relevante” nas relações entre
os dois países.

Angola já pagou
metade da dívida
Dos 200 milhões de euros de dívida certificada
de Angola a Portugal, metade já está paga e
o restante deve ser liquidado até final do ano.
COMÉRCIO BILATERAL
Exportações angolanas crescem mas balança pende para Portugal
Cristóvão Neto | Lisboa
As exportações de Angola para Portugal cres- Exportações de Angola para Portugal
ceram 474 por cento, para 678 milhões de euros,

678
De acordo com o ministro das Relações Exte- de Janeiro a Agosto de 2018, comparados com
riores, Manuel Augusto, existe um cronograma os 118 milhões de euros do mesmo período de

474
que está a ser cumprido. 2017, de acordo com números fornecidos ontem
O governante afirmou, igualmente, que,
ao longo do trabalho técnico efectuado, cons-
tatou-se que algumas empresas portuguesas
pela representante Comercial em Lisboa.
Beatriz Costa, que anunciou ao Jornal de Angola
números da balança comercial entre os dois países,
MILHÕES DE EUROS
MILHÕES DE EUROS
91%
COMBUSTÍVEIS
também têm dívidas com o fisco em Angola, afirmou que o crescimento ficou-se a dever a um E MINERAIS
uma questão que também está a ser revista,
mas sem embaraçar ainda mais os empresários.
aumento das exportações de petróleo e derivados,
bem como de alguns produtos agrícolas.
118
2018

2018

Manuel Augusto sublinhou que o objectivo Estes últimos pesaram apenas 2,00 por cento
das autoridades angolanas é facilitar cada no volume das remessas de mercadorias ango- MILHÕES DE EUROS
vez mais os investimentos, através da melhoria lanas para Portugal em 2017, quando os com-
2017

do ambiente de negócios e não o contrário. bustíveis e minerais constituíram 91 por cento

“Estamos a honrar com os compromissos
assumidos e vamos aproveitar a visita para
estabelecer novas regras, adaptadas àquilo
que o futuro nos obriga”, disse Manuel Augusto.
Reconheceu o gesto do Estado português ao
elevar a linha de crédito para empresas por-
tuguesas que investem em Angola de mil
milhões para 1.500 milhões de euros.
“Vamos agora apresentar projectos para
beneficiar destas linhas”, disse.
Dados do ano passado indicam que 400
empresas portuguesas operam em Angola e
têm um investimento directo de 4 mil milhões
de euros aplicados no país. Além disso, há
quase seis mil empresas que exportam para
Angola. No ano passado, venderam bens no
valor de 1.789 milhões de euros.
das exportações para o país ibérico.
Naquele período, prosseguiu Beatriz Costa,
as exportações portuguesas para Angola situa-
ram-se em 1.007 milhões de euros, representando
um excedente de 329 milhões ou pouco mais
de 48 por cento a favor de Portugal.
Os dados da balança comercial bilateral dos
oito primeiros meses de 2018 já representam,
entretanto, uma recuperação do défice angolano
face a período homólogo de 2017, quando as
exportações portuguesas para o país foram 15
por cento mais elevadas.
Os números obtidos pela nossa reportagem
indicam que, de Janeiro a Agosto de 2017, as
vendas portuguesas a Angola cifraram-se em 1.187
milhões de euros, quando, no sentido inverso,
atingiram 118 milhões.
JANEIRO A AGOSTO
Angola compra a Portugal máquinas, aparelhos,
produtos agrícolas, veículos, peças e acessórios,
têxteis, pastas, plásticos e minerais, vendendo
àquele país petróleo e derivados.
No cômputo de 2017, afirmou Beatriz Costa,
Portugal vendeu a Angola mercadorias calculadas
em 1.787 milhões de euros e comprou petróleo
e derivados avaliados em 279 milhões de euros.
Em termos de investimento directo, os
números também são favoráveis a Portugal,
que conta com 400 empresas a operar em Angola
com quatro mil milhões de euros aplicados. Ao
mesmo tempo, quase seis mil empresas exportam
produtos que, no ano passado, atingiram um
volume de 1.787 milhões de Euros.
Angola, por sua vez, contava, até ao período
de Janeiro a Junho do ano em curso, 59 milhões
de euros em investimentos em Portugal, mais cen-
trados em bancos e na Efacec, uma empresa por-
tuguesa com tecnologia própria nas áreas de
produtos de energia, sistemas e mobilidade eléctrica,
detida pela empresária Isabel dos Santos.
DESTAQUE Quinta-feira
22 de Novembro de 2018 3
ANGOLANOS NO MOCHO EXPECTANTES COM VIAGEM DE JOÃO LOURENÇO
DR

Adriano Pedro (segundo a contar da direita para à esquerda), é coordenador de um projecto social que tem como objectivo envolver toda a comunidade angolana residente na Quinta do Mocho

Comunidade anseia a visita do Presidente

Rosalina Mateta | Lisboa
Adriano Pedro, coordenador
do projecto Comunidade
Activa e da União da Juven-
tude Angolana, acredita que
a vinda do Presidente da
República de Angola, João
Lourenço, a Portugal, poderá
ajudar em muita coisa na
vida da comunidade angolana
aqui residente, especialmente
a da Quinta do Mocho.
“Acredito que, como as
coisas estão a mudar em
Angola, aqui também vão
mudar. Nós temos muita
esperança na visita do nosso
Presidente. Acreditamos que
ele é uma pessoa diferente.
Que quer ser Presidente dos
angolanos, independente-
mente da sua cor política ou
partidária. Já percebemos
isto… Gostaríamos que viesse
visitar o nosso bairro, mas
não creio. Até hoje (ontem)
não nos comunicaram de
nada… ”, manifesta.
Na nova urbanização da
Quinta do Mocho, Adriano
Pedro coordena um projecto
social denominado “Comu-
nidade Activa”. A iniciativa
nasceu há um ano e meio,
com o objectivo de envolver
toda a comunidade angolana
e não só, residente naquele
bairro e conta com vários par-
ceiros, entre os quais, a Câmara
Municipal de Loures, a Junta
de Freguesia de Sacavém e de
todas as instituições que estão
localizadas em Sacavém,
incluindo as igrejas.
“Pretendemos dar outra
imagem da Quinta do Mocho,
porque durante anos ela esteve
conotada com um bairro pro-
blemático, onde tudo de mau
acontecia. Dai que a primeira
iniciativa do projecto foi a
publicação de uma revista
que fala do que se faz na nossa
comunidade”, argumenta
Adriano Pedro, que é também
o director da revista.
A publicação, que tem o
nome do projecto, é bimensal,
de distribuição gratuita e leva
quatro edições. É encami-
nhada, principalmente, às
penitenciárias de Lisboa,
onde muitos jovens membros
da comunidade do Mocho
cumprem penas diversas.
“A nossa preocupação é
fazer chegar a revista a todas
as cadeias, para que os jovens
percebam que a comunidade
mudou e que eles precisarão
de ser reintegrados”, explica.
O projecto Comunidade
Activa pretende, a médio
prazo, convencer jovens
angolanos formados em Por-
tugal e noutros pontos a tra-
balhar em Angola.
“Nos últimos tempos,
notamos que estes jovens,
muitos deles filhos de ango-
lanos, nascidos em Portugal,
perderam a ligação com
Angola e até com este país
que os acolheu. Falo, por
exemplo, dos meus filhos
que, nascidos aqui, estão for-
mados e a trabalhar em Lon-
dres e não pretendem voltar,
nem para Portugal… É outra
luta que teremos que travar
para resgatar estes jovens”,
apela Adriano Pedro.
Para este resgate, o coor-
denador da “Comunidade
Activa” quer engajar as ins-
tituições angolanas para que,
em conjunto, se encontre
uma forma de estimular os
jovens a regressar à pátria de
descendência. “Estamos em
sintonia com eles, mas o
que queremos mesmo é
fazer a ponte com Angola”,
exprime. O activista social
e a comunidade da Quinta
do Mocho animam-se com
esperança de dias melhores.
Os projectos comunitários
seguem o seu rumo, com a
perspectiva de expandi-los.
Adriano Pedro pretende
levar para outras partes da
Europa o projecto Comuni-
dade Activa e outros existentes
naquele bairro de africanos.
“As pessoas vão ficar a saber,
através da nossa revista, o
que estamos a fazer”, acredita
Adriano Pedro.

PELO MENOS 250 SÃO CONTROLADOS PELA ASSOCIAÇÃO DE APOIO DESEMPENHO DOS ESTUDANTES

Associação pede rigor nas bolsas

Pacientes enfrentam dificuldades
Estanislau Costa | Lisboa
Os 250 pacientes com insuficiência
renal e outros que convalescem do
transplante da medula e do coração
vivem em condições difíceis, numa
pensão arrendada, em Lisboa, há
mais de 20 anos, pela Junta Nacional
de Saúde.
O presidente da Associação de
Apoio aos Doentes Angolanos em Por-
tugal (ADAP), Gabriel Chimuco, em
entrevista ao Jornal de Angola, des-
creveu a situação como “grave e lamen-
tável”, pela “insistência do órgão
afecto ao Ministério da Saúde em
manter os doentes e famílias no local.
As infra-estruturas do imóvel, disse,
não beneficiam de obras de restauro
há mais de duas décadas, incluindo
o mobiliário e outros apetrechos.
“As camas, colchões e outros
mobiliários já não garantem uma
acomodação condigna para as pes-
soas que merecem cuidados espe-
ciais”, explicou.
Gabriel Chimuco referiu que a ali-
mentação também não é das melhores,
“por infringir as normas da dieta de
pessoas que fazem hemodiálise, pre-
param ou recuperam de intervenções
cirúrgicas”. Descreveu que as pessoas
“não passam do pão com margarina
e um copo de leite, no pequeno-
almoço, arroz branco com peixe, no
almoço, e, no jantar, sopa”.
Fez também saber que o mar de
dificuldades afecta igualmente outros
pacientes que residem em casas alu-
gadas, subsidiadas pelo Executivo
há mais de 20 anos, com um valor
de 150 Euros.
“Este valor há muito que está
desactualizado. Hoje, já não serve
pela razão de o aluguer rondar os
500 Euros”. Referiu que é também
exíguo o subsídio de alimentação
de 7 Euros por dia, para as pessoas
com casas alugadas. Este facto
repercute-se no aumento perma-
nente das dívidas das respectivas
famílias, acrescentou.
O responsável da associação con-
sidera ter chegada a altura para a cria-
ção de um regulamento estatutário
do doente angolano em Portugal,
para melhor se cuidar dos pacientes
provenientes do País. “Há pacientes
que ficam meses ou anos à espera que
sejam atendidos pelos hospitais públi-
cos, quando a alternativa podiam ser
as privadas”, disse.
Dos 250 pacientes controlados
pela Associação dos Doentes Ango-
lanos em Portugal, 150 fazem parte
da Junta Médica. Os restantes che-
garam a Lisboa por conta própria,
mas também são apoiados pela
instituição.
O presidente da Associação dos
Bolseiros Angolanos em Portugal
solicita ao Instituto Nacional de
Gestão de Bolsas (INAGBE) a cria-
ção de mecanismos para avaliar
o desempenho dos estudantes
angolanos nas diversas universi-
dades portuguesas. Luís Victorino
afirmou que esta seria uma forma
de conhecer melhor as dificul-
dades e reforçar a qualidade de
cada um.
“Em certos casos, são muito
exigidos, sem ter em conta o
leque de dificuldades que os têm
assolado, facto que prolonga o
período curricular para além dos
cinco anos ou leva a desistência
de vários”, disse, em entrevista
ao Jornal de Angola.
O responsável pediu ainda
urgência na solução de certas
situações, como a negociação
do pagamento das propinas com
as faculdades, legalização e supe-
ração do desempenho.
Luís Victorino explicou que
os maiores beneficiários dos pro-
gramas da associação são aqueles
que estudam por conta própria.
“Temos protocolos com várias
instituições, com a União Europeia,
por meio dos quais os bolseiros
beneficiam de estudos técnicos
ministrados por várias oficinas”.
Algumas dificuldades académicas,
como as de Língua Portuguesa,
são superadas nestas oficinas.
“Os protocolos com alguns
centros de formação ajudam os
estudantes a aperfeiçoarem os
conhecimentos técnicos, o que
facilita a inserção no mercado
de trabalho de imediato”, disse.
A associação, que está empe-
nhada para controlar mais de quatro
mil estudantes, entre bolseiros do
INAGBE e por conta própria, apela
à criação de mecanismos mais
céleres para que não haja mais
atrasos no processo de transfe-
rências do complemento da bolsa.
4 POLÍTICA
ASSEMBLEIA NACIONAL VOTA VÁRIOS DIPLOMAS
Consenso na aprovação da Lei
do Repatriamento Coercivo
Deputados querem que o Executivo apresente resultados da implementação do novo diploma, que obedeceu a procedimento
de urgência na Assembleia Nacional e foi aprovado ontem com 171 votos a favor, nenhum contra e cinco abstenções
Adelina Inácio
Os deputados querem que o
Executivo apresente os resul-
tados sobre a implementação
da Lei sobre o Repatriamento
Coercivo e Perda Alargada de
Bens, aprovada ontem com
171 votos a favor, nenhum
contra e cinco abstenções de
deputados da CASA-CE.
A Lei sobre o Repatria-
mento Coercivo e Perda Alar-
gada de Bens vai abranger
não só os bens colocados no
exterior, mas também os loca-
lizados em território nacional.
No processo de repatria-
mento de capitais, a lei pre-
tende dar maior ênfase à
perda alargada de bens a favor
do Estado. A lei em vigor,
aprovada em meados do ano,
não cobre todas as incidências
desse processo, e visa apenas
o repatriamento de dinheiro
transferido ilicitamente.
O novo diploma alarga o
seu âmbito para os bens
móveis e imóveis cuja perda
se vai dar a favor do Estado
através de uma sentença.
Adalberto Costa
Júnior entende ser
este o momento
de deixar de
proteger quem
praticou desvios,
independentemente
dos nomes,
dos cargos
que exerçam ou
tenham exercido
O presidente do grupo
parlamentar da UNITA, Adal-
berto Costa Júnior, que apre-
sentou as razões do voto
favorável, espera que com a
aprovação desta proposta, o
Executivo e o partido que o
suporta apliquem de facto
esta lei, “ pois muitas boas
leis têm sido aprovadas e não
têm sido aplicadas”, afirmou.
Adalberto Costa Júnior
entende ser este o momento
de deixar de proteger quem
praticou desvios, indepen-
dentemente dos seus nomes,
dos cargos que exerçam ou
tenham exercido, no sentido
de trazer credibilidade quando
se levantar a bandeira do
combate à corrupção.
O deputado anunciou que
o grupo parlamentar da
UNITA recebeu, na semana
passada, um “amplo dossier,
com nomes, contratos, fotos
de desvio e assaltos ao erá-
rio público”.
O presidente do grupo
parlamentar da CASA-CE,
André Mendes de Carvalho,
Deputados aprovaram também ontem, na generalidade, a proposta de Lei que aprova o novo Código de Processo Penal
disse que alguns deputados
da Coligação abstiveram-se
por entender não haver razão
para que duas leis distintas
e sobre a mesma matéria fos-
sem aprovadas na Assembleia
Nacional. A CASA-CE, referiu,
reconhece a existência de
algumas matérias novas na
lei aprovada , mas que “ há
muitas outras que já consta-
vam na lei anterior, havendo
Proposta de Código de Processo Penal vai à discussão na especialidade
Os deputados aprovaram
também ontem, na genera-
lidade, a proposta de Lei que
aprova o Código de Processo
Penal, que visa substituir o
diploma em vigor, de 1969.
O ministro da Justiça e
dos Direitos Humanos, Fran-
cisco Queiroz, disse que a
reforma do Código de Pro-
cesso Penal está em linha
com os princípios decorrentes
do quadro constitucional
vigente e do direito penal
substantivo.
A proposta de lei, adiantou,
supera a actual dispersão nor-
mativa da legislação processual
conflito sobre matéria finan-
ceira entre as duas leis”.
A bancada parlamentar
do MPLA não fez nenhuma
declaração de voto. Mas o
presidente do grupo parla-
mentar, Américo Cunonoca,
d i s s e , n a a p rova ç ã o d o
diploma na generalidade,
que apoia o Executivo na
aprovação da proposta como
forma de clarificar a con-
penal. “Os principais ganhos
desta reforma são a optimi-
zação da celeridade e eficácia
processual, definição clara
das competências dos
demais intervenientes pro-
cessuais, reformulação do
regime de prova, a admissi-
bilidade de novos meios de
prova e dos mecanismos da
sua obtenção”, disse.
Outros ganhos do novo
diploma, segundo o ministro,
são a definição rigorosa da
estrutura do processo penal,
a clarificação das fases pro-
cessual e princípios reitores
de cada uma delas.
cretização de um dos eixos
do seu programa de governo,
que se consubstancia no
combate ao crime económico
e à corrupção.
Liberdade religiosa
A proposta de Lei sobre a Liber-
dade de Religião, Crença e
Culto também foi aprovada
na generalidade , durante a
reunião plenária de ontem,
O ministro da Justiça e
dos Direitos Humanos espera
que o diploma aprovado por
unanimidade seja um docu-
mento em que todos os inter-
venientes da Justiça Penal
se revejam e responda efi-
cazmente aos anseios e
necessidade de tutela jurí-
dica, institucional, adminis-
trativa, operacional e prática.
Francisco Queiroz falou
da institucionalização da
figura do Juiz de garantia,
com a função de assegurar
a intervenção judicial (na
fase de instrução prepara-
tória) quando seja necessário
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO | ARQUIVO
orientada pelo Presidente da
Assembleia Nacional, Fer-
nando da Piedade Dias dos
Santos. O secretário de Estado
da Cultura, João Constantino,
afirmou que a lei vai clarificar
os princípios e actos inerentes
ao exercício da liberdade de
religião, culto e crença e defi-
nir, em concreto, o conteúdo
negativo e positivo da liber-
dade religiosa.
e aplicar medidas cautelares,
com destaque para as pri-
vativas de liberdades e
outras diligências suscep-
tíveis de afectar direitos e
liberdades fundamentais.
No plano das inovações,
Francisco Queiroz assinalou
a melhoria do regime das
garantias processuais de
defesa da liberdade indivi-
dual, com destaque para um
tratamento mais rigoroso da
providência de “habeas cor-
pus”, optimizando-a como
providência extraordinária
e expedita contra a privação
ilegal da liberdade.
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
A proposta de lei, que vai
agora à discussão na espe-
cialidade, define as regras
relativas à protecção de culto
dos fiéis e estabelece as nor-
mas a aplicar aos ministros
do culto, entre as quais a for-
mação e agregado civil.
A proposta de lei, segundo
o responsável do Ministério
da Cultura, define o regime
de constituição, modifica-
ção e extinção das confis-
sões religiosas.
Falando das inovações,
João Constantino adiantou
que a nova lei propõe a redu-
ção do número de assinaturas
a instruir no processo de cons-
tituição das confissões reli-
giosas, tendo como base o
princípio de que a constituição
de confissões religiosas é livre.
“ O reconhecimento exige
que o estatuto e doutrina
sejam harmonizados com a
Constituição. A Lei dá especial
atenção às práticas religiosas,
as quais devem ser conforme
a lei, constituindo o critério
determinante para o exercício
da prática religiosa”, disse.
O responsável assegurou
que a proposta, aprovada
com 170 votos a favor e seis
abstenções da CASA-CE, cla-
rifica o papel do Ministério
Público e dos Tribunais para
a verificação e garantia do
livre exercício e dos limites
a esse direito”
A deputada Luísa Damião,
do MPLA, afirmou que a pro-
posta de Lei traz conforto às
famílias angolanas, que acre-
ditam que a religião influencia
fortemente a vida das pessoas
e dita regras morais e sociais
e “não deve ser aproveitada
para atentar contra a digni-
dade humana”.
Para Luísa Damião, as
igrejas, para além de serem
locais de culto e oração,
devem constituir-se num
valioso instrumento de reforço
do amor ao próximo, paci-
ficação dos espíritos , da uni-
dade nacional e coesão social.
O deputado Alcides Sakala,
da UNITA, considerou opor-
tuna a discussão da proposta
de lei, mas pediu esclareci-
mentos sobre os aconteci-
mentos no Monte Sumi,
ocorridos na província do
Huambo, em 2015.
O deputado André Mendes
de Carvalho saudou a apre-
sentação da proposta, que
considerou “oportuna e bem
elaborada”, e que vem dar
solução a problemas que o
país enfrenta.
O deputado Benedito
Daniel, do PRS, disse que a
lei exige bastante nos pro-
cessos de inscrição e certi-
ficação da documentação.
POLÍTICA
22 de Novembro de 2018
DIREITOS HUMANOS
Executivo reafirma
compromisso
na protecção
dos migrantes
Gabriel Bunga
A secretária de Estado para
os Direitos Humanos e Cida-
dania, Ana Celeste Januário,
reafirmou ontem o compro-
misso do Executivo em con-
tinuar a promover os Direitos
Humanos em Angola. Ana
Celeste Januário falava na
sessão de abertura de um
seminário sobre “Direitos
Humanos, Migrações e Pessoas
em movimento”, em Luanda,
no âmbito das comemorações
do 70 º aniversário da Decla-
ração Universal dos Direitos
Humanos, que se assinala no
dia 10 de Dezembro.
O seminário foi uma rea-
lização do Ministério da Justiça
e dos Direitos Humanos e a
União Europeia, na base da
cooperação existente entre
Angola e União Europeia deno-
minada “Caminho Conjunto”.
EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Secretária de Estado
Ana Celeste Januário
A secretária de Estado
referiu que o Executivo está
empenhado em respeitar o
compromisso de proteger e
promover os Direitos Huma-
nos, de acordo com os prin-
cípios estabelecidos na
Declaração Universal dos
Direitos Humanos e das con-
venções internacionais de
que faz parte.
O cumprimento destes
compromissos, disse, tem
como linha orientadora a
promoção da dignidade
humana, igualdade, justiça
e a liberdade.
Com o cumprimento des-
tes compromissos, acres-
centou, o Estado consegue
prevenir a violência e manter
a paz, em prol de uma socie-
dade mais coesa, justa e com
um desenvolvimento sus-
tentável reflectido na qua-
lidade de vida dos cidadãos.
A secretária de Estado
salientou que com a realização
do seminário pretendeu-se
promover o diálogo aberto,
baseado nos valores e prin-
cípios da Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
Ana Celeste Januário refe-
riu que Angola já viveu
momentos em que a popu-
lação, devido ao conflito
armado, ia para o estrangeiro
em busca de refúgio e actual-
mente está a receber um
grande número de migrantes
à procura de refúgio. Citou
como exemplo a Lunda-
Norte, que alberga vários
refugiados da RDC.
Quinta-feira
EX-PR FALA DOS ÚLTIMOS DIAS DE GESTÃO
José Eduardo dos Santos leu uma declaração à imprensa
“Deixei mais de 15 mil
milhões de dólares no BNA”
Garrido Fragoso
O ex-Presidente da República,
José Eduardo dos Santos, decla-
rou ontem, em Luanda, que
quando em Setembro do ano
passado procedeu à entrega
das suas funções ao actual
Chefe de Estado, João Lourenço,
deixou nos cofres do Estado
mais de 15 mil milhões de dóla-
res nas contas do Banco Nacio-
nal de Angola (BNA).
“Não deixei os cofres do
Estado vazios, quando na
segunda quinzena de Setembro
de 2 0 1 7 fiz a entrega da s
minhas funções ao novo Pre-
sidente da República. O Estado
tinha nessa altura mais de 15
mil milhões de dólares nas
contas do BNA como reservas
internacionais líquidas”, afir-
mou José Eduardo dos Santos
numa declaração à imprensa,
na sede da sua fundação.
José Eduardo dos Santos
lembrou que o gestor das con-
tas na altura era o ex-gover-
nador do Banco Nacional de
Angola, Walter Filipe, sob
orientação do Governo.
O patrono da FESA lembrou
que o défice no OGE de 2017
era de cerca de 6 por cento e
a sua cobertura era feita com
a venda de Títulos do Tesouro
aos bancos comerciais. “O
dinheiro todo ficava deposi-
tado nas contas do Tesouro
Nacional, que era gerido pelo
actual ministro das Finanças,
Archer Mangueira.
O ex-Chefe de Estado acu-
SUBCOMISSÁRIO DESTINO PEDRO NSEVILU
Angolano eleito delegado
da Interpol para África
André da Costa
O subcomissário Destino
Pedro Nsevilu é o novo dele-
gado para África do Comité
Executivo da Interpol, eleito
ontem com maioria absoluta,
99,3%, no último dia da 87ª
reunião da sessão da Assem-
bleia Geral da Interpol, que
decorreu no Dubai.
Angola fica à frente dos
destinos da Delegação para
África da Interpol para um
mandato de três anos.
A delegação foi chefiada
pelo ministro do Interior,
Ângelo da Veiga Tavares.
MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
sou a nova equipa do Executivo
de atrasar o OGE para 2018,
por se recusar seguir a proposta
deixada pela antiga gestão.
A preparação do O GE ,
explicou, começa normal-
mente em Junho ou Julho.
“Em Setembro de 2017 dei-
xámos pronta uma proposta
do OGE para este ano. A nova
equipa não quis seguir a pro-
posta que deixamos e atrasou
assim a aprovação do Orça-
mento para 2018”, afirmou.
Apesar da crise provocada
pela redução do preço do
petróleo bruto no mercado
internacional (chegou até 38
dólares o barril), acrescentou,
o Executivo que liderava tinha
a economia sob controlo. “Não
desvalorizamos a moeda,
pagamos regularmente os
salários dos funcionários
públicos, incluindo o 13º mês,
mantivemos o poder de com-
pra dos salários fazendo actua-
lizações em função da taxa
de inflação e com a produção
nacional e a importação de
alguns produtos garantimos
a cesta básica”, afirmou.
Em entrevista recente ao
semanário português “Expresso”,
o Presidente João Lourenço
disse que encontrou os cofres
do Estado vazios e com a ten-
tativa de os esvaziarem ainda
mais. Um economista disse
ao Jornal de Angola que “os
15 mil milhões de dólares de
reservas líquidas internacio-
nais não podem ser usados
internamente, são para asse-
gurar as reservas”.
De acordo com uma nota
de imprensa do Ministério do
Interior, a eleição foi possível
graças a uma campanha mas-
siva de promoção da imagem
do delegado angolano, bem
como o estabelecimento de
vários encontros com dele-
gações de outros países, de
forma a conquistar a con-
fiança e, consequentemente,
os seus votos.
O subcomissário Destino
Pedro é o director do Gabinete
Nacional da Interpol de Angola
e já exerceu vários cargos de
chefia na Polícia Nacional.
Fala sete línguas.
JUSTIÇA MILITAR
Proposta de novo Código
Penal Militar concluída
Diploma é mais completo, traz novos tipos de crimes e
vai substituir a lei dos crimes militares, datada de 1994
Presidente do Supremo Tribunal Militar anuncia novos diplomas na Justiça Militar
Edna Dala
A justiça Penal Militar vai contar, nos
próximos tempos, com novos instru-
mentos legais, com destaque para um
novo Código Penal Militar, anunciou
ontem o juiz presidente do Supremo
Tribunal Militar.
António dos Santos Neto “Patónio”
explicou que a aplicação dos novos ins-
trumentos legais vai garantir a tipificação
e punição de novos tipos de crimes, de
modo a banir o vazio e a impunidade
que ainda se verifica no seio dos des-
tinatários da Justiça Militar.
O magistrado militar, que falava na
cerimónia de abertura da semana da
justiça militar, explicou que a proposta
do novo Código Penal Militar está prati-
camente pronta e será agora remetida ao
Ministério da Defesa Nacional, ao Conselho
de Segurança Nacional e posteriormente
ao Conselho de Ministros, que a remeterá
para a Assembleia Nacional.
Durante o encontro, que acontece
sob o lema “Órgãos de justiça militar,
40 anos como garante da disciplina,
hierarquia e coesão no seio das FAA,
Polícia Nacional e órgãos de segurança”,
o juiz presidente considerou o diploma
ainda em vigor, que é a Lei 4/94, como
um livro de catecismo com poucas con-
dutas tipificadas, ao contrário da pro-
posta, que considerou “um verdadeiro
código completo militar”.
Deserção nas FAA
António dos Santos Neto indicou que
até ao momento deram entrada no Tri-
bunal Supremo Militar cerca de três mil
processos, dos quais 2600 foram julgados.
Dos processos julgados, explicou, a
maior parte dos recursos foram por
deserção e outros por não compareci-
mento aos postos de trabalho.
“A nova geração sempre pensou que
as FAA fosse um local para brincar, mas
é um sítio sério onde as pessoas mudam
a sua forma de estar”, sublinhou.
5
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Questionado sobre crimes de natureza
hedionda, o general negou a ocorrência
desses crimes nas FAA, graças ao bom
desempenho dos comandantes e chefes
de educação patriótica.
Nos termos da legislação em vigor,
a jurisdição militar é encabeçada pelo
Supremo Tribunal Militar e integrada
por Tribunais militares de região, pre-
vendo igualmente órgãos judiciários
como a Procuradoria Militar e a Polícia
Judiciária Militar.
Até ao momento deram
entrada no Tribunal Supremo
Militar três mil processos de
recursos, a maioria dos quais
por crimes de deserção
O magistrado explicou ainda que a
justiça militar é chamada a fazer a sua
parte na construção da ordem social
democrática, através da sua missão,
que é processar e julgar os crimes mili-
tares no sentido de contribuir para a
promoção da justiça.
“Angola vive hoje momentos marcantes
na sua vida política, caracterizada pela
sua afirmação no combate à corrupção,
nepotismo, bajulação e outros males que
se instalaram no país, com consequências
muito devastadoras para a economia e
a imagem do país”, salientou.
Em declarações à imprensa, o magis-
trado lembrou que a Justiça Militar surgiu
com a independência nacional e durante
esse período evoluiu positivamente. Recor-
dou que a justiça militar tem contribuído
bastante para a disciplina no seio das FAA,
em colaboração com outros órgãos.
Estiveram presentes na abertura da
Semana da Justiça Militar o Procura-
dor- Geral da República jubilado, João
Maria de Sousa, a juíza conselheira pre-
sidente do Tribunal de Contas, Exalgina
Gamboa, o presidente do Tribunal Cons-
titucional, Manuel Aragão, oficiais gene-
rais das FAA e outras personalidades.
6 OPINIÃO Quinta-feira
22 de Novembro de 2018

EDITORIAL IMAGEM DO DIA

Angolanos e portugueses Dezenas de pessoas acompanham uma viatura que leva um familiar a enterrar, e ocupam
uma faixa de rodagem, causando transtornos ao trânsito na estrada da Samba

inauguram nova era VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Começa hoje a visita de Estado do Presidente da República,

João Lourenço, a Portugal a convite do Chefe de Estado da Re-
pública Portuguesa, aguardada com muita expectativa quer
em Angola, quer em Portugal. A nova fase que está a ser inau-
gurada pelas autoridades angolanas e lusas representa o
culminar da viragem de uma página menos boa a nível das re-
lações políticas, que felizmente passou a ser superada. Hoje,
ninguém pretende que se fale sobre o “irritante” na medida
em que, como aconselham todas as perspectivas de relança-
mento das relações bilaterais, todos pretendem olhar para
frente. Na verdade, Angola e Portugal têm muito a ganhar com
a necessidade de se ganhar mais tempo com assuntos a tratar
para melhorar o futuro das relações, em vez de se perder tempo
com aspectos do passado e situações pontuais, mas plenamente
superáveis. Não precisamos de esperar que as relações entre
os dois Estados sejam perfeitas ou livres das eventuais fricções,
próprias das relações que envolvem os seres humanos. O mais
importante é que as autoridades angolanas e lusas sejam
capazes de ultrapassar os imprevistos que tendem a atravessar
as relações, como tem sido ao longo de mais de 40 anos de
laços políticos, diplomáticos, económicos e culturais, na base
do respeito mútuo.
Durante três dias, o Chefe de Estado vai ter uma agenda bas-
tante preenchida, a julgar pelo programa que envolve, além da
audiência com o Presidente e o primeiro-ministro, em Lisboa,
a visita ao Porto e à Base Naval do Alfeite e encontros com go-
vernantes e com a comunidade angolana. Este último item, o
encontro com a comunidade angolana em Portugal, é também
aguardado com muita expectativa na medida em que vai ser
pela primeira vez que este importante segmento da diáspora
angolana vai encontrar-se com o Presidente João Lourenço.
Foi bom ouvir as declarações do primeiro-ministro português,
António Costa, na entrevista ontem à Rádio Nacional de Angola,
a partir de Lisboa, relativamente às expectativas a todos os
níveis ligadas à visita de Estado do Presidente. O reforço das re-
lações bilaterais em domínios que precisam de ser desenvolvidos,
no âmbito da diversificação da economia, continua como a
principal “raison d'être” da visita de Estado.
O Fórum Económico e Empresarial Portugal/Angola, em
que discursam o Presidente da República e o primeiro-ministro
português, vai ser uma oportunidade relevante para os empre-
sários e os empreendedores dos dois países. Esperamos que,
daqui para a frente, estejam a ser lançadas as sementes para
a construção de laços políticos, diplomáticos, económicos e
culturais que permitam “sepultar” para sempre o “irritante” e
inaugurar uma nova era.

CARTAS DOS LEITORES

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PROPRIEDADE
Víctor Silva (presidente) Edições Novembro, E.P.
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
Caetano Pedro da Conceição Júnior
Pequenas e médias empresas se sintam incentivadas a produ- muitos músicos angolanos eram
SEDE:
José Alberto Domingos
Rui André Marques Upalavela Rua Rainha Ginga, 12-26 Estão muitos empresários an- zir. Deve-se fazer um trabalho tratados, chegando a citar nomes.
Caixa Postal 1312 - Luanda
Luena Cassonde Ross Guinapo
Redacção: 222 020 174 golanos a pronunciar-se sobre enorme para se acabar com a Ele deu a entender que em certa
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS Telefone geral (PBX): 222 333 344
Filomeno Jorge Manaças Fax: 222 336 073 a necessidade de se criarem in- burocracia no processo de cria- altura havia músicos que eram
Mateus Francisco João dos Santos Júnior Telegramas: Proangola
centivos às pequenas e médias ção de empresas. filhos e outros que eram enteados.
empresas, para que Angola pos- Os empresários e os que querem Gostei do apelo que Waldemar
sa voltar a ter muitas unidades ser empresários devem ser bem Bastos fez aos angolanos no sen-
produtivas a funcionar. tratados. Muitos empresários são tido de os angolanos deixarem
DIRECTOR: Isaquiel Cori (editor) Partilho da opinião daqueles que pessoas sacrificadas que, nas de perseguir os seus compatriotas.
Víctor Silva Edna Cauxeiro (sub-editora),
DIRECTOR-ADJUNTO:
Ferraz Neto (sub-editor) e Pereira Dinis entendem que deve haver em- actuais condições do nosso país, O grande cantor Bonga falou,
Caetano Júnior
EDIÇÕES ESPECIAIS: presas a funcionar em todo o trabalham arduamente para po- também, recentemente a um
DIRECTOR EXECUTIVO: Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,
Guilhermino Alberto Leonel Kassana e Yara Simão território nacional, até para se derem manter as portas das suas jornal angolano sobre os males
EDITOR EXECUTIVO:
travar o êxodo de camponeses empresas abertas. da sociedade angolana, provo-
Diogo Paixão FOTOGRAFIA: para as grandes cidades. É, quan- Os empresários podem criar mui- cados por pessoas maldosas
Francisco Bernardo (editor-chefe),
SUB-EDITOR EXECUTIVO:
Cândido Bessa José Cola (editor), to a mim , urgente que se rea- tos empregos. Andamos no pas- que andam por aí. Uma per-
Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João Gomes, Maria
Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, Paulo Mulaza, Kindala Manuel, bilitem as estradas , a fim de os sado a dar dinheiro a pessoas que gunta que muitas vezes faço é
GRANDE REPÓRTER: Santos Pedro;
Luísa Rogério camponeses poderem escoar os diziam ser empresários disto e a seguinte: por que razão se fez
EDITORIAS: CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: seus produtos. daquilo, mas ninguém via o que tanto mal a pessoas que que-
Adão Diogo (Lunda Sul),
POLÍTICA:
Santos Vilola (editor-chefe), Alberto Coelho (Cabinda), Penso ainda que os camponeses realmente produziam. riam o bem do país?
Vladimir Prata (Namibe),
Fonseca Bengui (sub-editor) e Bernardino Manje (sub-editor)
Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala Isidoro Natalício (Cuanza-Norte), deviam, salvo melhor entendi- O que esses pseudo -empresários Muitos dos problemas de que
Jaime Azulay (Benguela),
e Garrido Fragoso
Jesus Silva (Lobito), mento, ter meios rolantes para faziam era ir buscar dinheiro a hoje se fala sem medo de repre-
OPINIÃO: Estanislau Costa (Huíla),
Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (sub-ditor) João Mavinga (Zaire), transportar os seus produtos bancos comerciais, para levarem sálias existem há muitos anos e
Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),
SOCIEDADE:
Nhuca Júnior (editor), Silvino Paulo (Uíge), para as cidades, a fim de se uma vida de muito luxo, pois não ninguém fazia nada para os su-
Lourenço Manuel (Cuando Cubango), Luís Pedro (Cuanza-Sul),
Alberto Pegado (editor),
José Meireles (editor), Noé Jamba (Bengo), gerar muita oferta para que os tinham vocação para mais nada. perar. Afinal muitos compatriotas
Quinito Kanhamei (Cunene),
Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes,
Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão, Carla Samuel António (Moxico), preços baixem no mercado. Te- Eram, como diz o povo, uns au- nossos que eram perseguidos e
Fernando Cunha (Huambo),
Bumba e Mazarino da Cunha
Francisco Curinhingana (Malanje) mos em Angola cooperativas e tênticos aldrabões. maltratados tinham razão e ti-
REGIÕES:
Sérgio Chivaca (editor-chefe), associações de camponeses, que ILDA AFONSO nham-se apercebido de que o país
Béu Pombal (sub-editor), PAGINAÇÃO E ARTE:
Filipe Eduardo Eugenia Victor, Adilson Santos, Augusta Lucéu, Tomás Cruz, Noé Pungue, Soares Neto, podem organizar o escoamento Samba ia de mal a pior.
Ana Dinamene, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Abreu, Maria Messele,
ECONOMIA:
Cristóvão Neto (editor-chefe),
Alberto Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, Saldanha Pedro de produtos agrícolas, com be- Presto aqui, neste espaço, a
CARTOON E ILUSTRAÇÃO:
Armando Estrela (sub-editor),
Graciete Mayer, Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e
Armando Pululo, Casemiro Pedro nefícios para todos, produtores minha homenagem a todos os
Victorino Joaquim
e Edna Mussalo
e consumidores. Músicos angolanos que tiveram a cora-
MUNDO:
Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa COPY DESK:
Muitos camponeses desistem de Ouvi há dias declarações do gem de denunciar casos de cor-
DESPORTO:
Rui Ramos, Paulo Pinha, Arlindo Soares, Esperança Vieira Dias, João Sá. produzir , porque o que produzem cantor angolano Waldemar Bas- rupção, desvios de fundo, tendo
Amândio Clemente (editor-chefe),
Anaximandro Magalhães (sub-editor), António Cristóvão, apodrece, o que faz com que tos, que vive actualmente nos mesmo sido vítimas de actos
Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo,
António de Brito e Honorato Silva
O Jornal de Angola
utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina
muitos trabalhadores do campo Estados Unidos, e fiquei como- de repressão. Que construamos
CULTURA: prefiram realizar outras activi- vido com as suas palavras re- definitivamente uma sociedade
António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (sub-editor),
Francisco Pedro (sub-editor), PUBLICIDADE: dades produtivas nas zonas ur- lativas à situação dos muitos justa, em que todos possam dar
Amilda dos Santos, Manuel Albano, Mário Cohen e Roque Silva (+244) 926 406 929
GENTE E FIM-DE-SEMANA: (+244) 923 402 700 banas. Temos um vasto território músicos angolanos. livremente as suas opiniões.
António Cruz (editor-chefe), e-mail: publicidade@jornaldeangola.com e é necessário que se criem as Fiquei com a impressão de que HERNANI PANZO
condições para que as pessoas ele não gostava da forma como Maculusso
OPINIÃO Quinta-feira
22 de Novembro de 2018 7
ESQUINA DO TEMPO ESTÓRIAS
DE ONTEM E HOJE
Filipe Zau |*
Luciano Rocha
CITAÇÕES

A experiência zambiana “O tráfico de seres

humanos é uma Angola sem cofres vazios
no verso e reverso das políticas realidade no país.
Não digo que
houve uma onda para as gerações futuras
linguísticas na educação
(...). Nos últimos
dias, tivemos um
caso em que A reconstrução total de Angola, não há quem com bom senso
cidadãos menores duvide, vai demorar muito mais tempo do que uns quantos
foram raptados querem fazer crer e outros dizem acreditar, tais as evidências
A história da política linguística educativa zam- de África, que muitos africanos adquiram um
da província do que nos entram pelos olhos.
biana pode ser dividida em três períodos: pré- conhecimento profundo de uma língua europeia Não há operação nenhuma, tenha ela o nome que lhe
independência, entre 1920 até Outubro de 1964; para obter livre acesso à fonte da vida e pensa- Uíge para o queiram dar, com o efeito de magia, por mais rezas que se
de 1964 até 1991, aquando do anúncio da Terceira mento ocidentais, mas este será melhor com- Cuanza-Norte” façam, bruxos a que se recorram. Mesmo que se evoquem os
República; e o período contemporâneo. preendido e apreciado pelo estudante se ele Eugénio Alexandre deuses todos. Os dos vivos, mortos, das profundezas da terra,
Quatro factores foram determinantes para aprendeu a pensar primeiro na sua própria língua Director-geral do Serviço de mares, rios, lagoas, céus. Os factos quanto às dificuldades, que
Investigação Criminal (SIC)
a adopção da política educativa do pré-inde- e a compreender a sua própria civilização.” apenas começámos a viver, são indesmentíveis. De uma ponta
pendência: a Comissão Phelps-Strokes; o Ins- Por sua vez, também as missões católicas a outra do país.
tituto Internacional Africano; a UNESCO; e o adoptaram as línguas africanas, tanto no campo “A Etiópia é um Preparemo-nos, pois, todos os interessados em deixar uma
factor Missionário. da educação religiosa, co- país que se situa Angola menos má às próximas gerações, para grandes sacrifícios
Do ponto de vista filosófico, mo no campo da educação e não corramos o risco de querer imitar a avestruz que enterra
numa zona
segundo Mubanga Kashoki em
«Utilização das Línguas Africa-
Os alunos deviam formal. Neste período, os
quatro ou cinco primeiros muito importante
a cabeça na areia. Desenganem-se os que julgam que podem
voltar a viver os tempos da bonança desregrada. Ilusoriamente
nas na Educação Básica: Lições iniciar a sua anos do ensino primário do nosso
continente e tem
destinada a todos, mas que mais não foram do que cortinas
da Experiência Zambiana», era eram feitos em línguas afri- de fumo estonteante que permitiram dividir a nossa sociedade
consenso geral que a língua escolarização através canas, destacando-se, nu- um papel em castas. Que se acentuam cada vez mais. Ao ponto de alguns,
materna (língua primeira ou
língua de casa) foi o veículo
do meio (de instrução) ma primeira fase: o Bemba,
o Lozi, o Nyanja, e o Ronga.
essencial na que, na altura, se deixaram arrastar pelo clima do facilitismo
que imperava, começarem agora a perceber que, afinal, o
estabilidade e
mais apropriado para ministrar constituído pela Posteriormente, o ensino paz de África” sonho que viveram, pintado com todas as cores bonitas do ar-
a educação (i.e., conhecimen-
tos e habilidades) aos povos
língua materna”, primário também se fez em
Kaonde, Lunda e Luvale. Manuel Augusto
co-íris, foi somente isso.
A Angola solidária, que a maioria dos seus filhos deseja, tem
submetidos à administração acrescentando, por Paralelamente, o Inglês era
Ministro das Relações
Exteriores agora a oportunidade de começar a surgir. Desde que não sejam
colonial. A Comissão Phelps- ensinado como disciplina, os mesmos de sempre, os menos bafejados pela sorte, a pagar
Stokes, por exemplo, opinava seu turno, que tal com vista à criação dos pré- o preço mais alto. Por isso mesmo, na hora de “ximbicar” o país
que “todos os povos têm um
direito inerente à sua própria
não implicava requisitos necessários à con-
tinuação dos estudos em
“Há uma grande
receptividade
para águas menos revoltas, que se pense neles em primeiro
lugar, criando-lhes condições que nunca tiveram, aligeirando-
língua” e desmerecia o facto na negação aos classes mais avançadas. No desta visita (de lhes a carga que todos, sem excepção, que amam esta terra
de que “no passado, pratica-
mente, todas as nações, que
africanos do acesso ensino secundário o Inglês
passava a ser o único meio
João Lourenço estão obrigados a carregar. Como? Cerrando fileiras no combate
ao nepotismo, peculato, corrupção, o tripé diabólico que trans-
a Portugal).
dominavam outras, forçaram às línguas europeias de comunicação.
Naturalmente, formou a nação nesta caldeira de maldade, egoísmo, petulância,
a sua língua aos povos nativos Contudo, ainda de acor- insensibilidade, cujos efeitos se fazem sentir a todo o instante.
e desencorajaram o uso das ou metropolitanas do com Mubanga Kashoki, o novo clima nas Nesta fase de voltar a ter esperança numa Angola nova, eter-
suas línguas nativas”. Acres- com a independência da relações e a namente adiada, é preciso
centa que, a época, essa Co- Zâmbia optou-se pelo In- dinâmica que o que percebamos todos
nosso processo que não basta ser portador
missão não deixou de constatar que “felizmente,
nos dias de hoje, as únicas nações que ainda
glês como único meio de instrução, logo a partir
da 1ª classe, seguindo as recomendações feitas, interno está a ter, Preparemo-nos, de um bilhete de “alguém
mantêm esta atitude nas suas possessões são em 1963, por uma Missão de Planeamento da que é apreciado, pois, todos bem colocado” ou perten-
os franceses e os portugueses – quaisquer que UNESCO. Até que, em 1992, a Zâmbia regressou cer a determinadas famí-
sejam os motivos – a política é insensata e injusta”. ao uso das línguas africanas como meios de
de um modo
geral, pela
os interessados lias para se arranjar “em-
Esta posição foi reforçada pelo Instituto In-
ternacional de Línguas e Culturas (mais tarde,
aprendizagem, depois dos professores, sobretudo,
das zonas rurais, entre 1974 e 1977, manifestarem sociedade em deixar prego” numa empresa,
que não se pode continuar
Instituto Internacional Africano) que, em 1930, esse desejo. Tal facto acabou por ser mais tarde portuguesa, vai uma Angola a pagar salários a quem
motivar mais as prima pelo absentismo no
emitiu a seguinte posição: “É um princípio uni-
versalmente reconhecido na educação moderna
entendido como resposta mais realista à situação
então prevalecente no terreno: “a prescrição do relações entre os menos má trabalho, que não se pode
que uma criança deve receber instrução através Inglês como único meio de instrução não se coa- dois países” às próximas gerações, nomear pessoas para car-
da sua língua materna e este privilégio não deve dunava muito com a prática corrente.” gos para os quais não estão
ser negado à criança africana”. No fundo, aqueles professores das áreas rurais
Carlos Fonseca
Embaixador de Angola em
para grandes minimamente preparadas.
Mais de duas décadas depois, a UNESCO re-
forçava a aprovação deste princípio num relatório
“consideravam impraticável usar, como único
meio de instrução ou comunicação entre pro-
Portugal
sacrifícios A alteração deste estado
de coisas pode ser o pri-
de 1951, intitulado . “O Uso das Línguas Verna- fessor e alunos, uma língua que as crianças, em
“Angola deveria
e não corramos o risco meiro passo para a norma-
lização da nossa sociedade,
culares na Educação”. Este relatório surge após
a realização de um encontro de especialistas
primeiro lugar, não trazem de suas casas para a
escola.” Com esta fundamentação de ordem prá- criar uma de querer imitar mas não é o único. Im-
que chegaram à conclusão que, do ponto de tica, os professores, em exercício de funções, secretaria dos a avestruz que enterra põem-se outros, para po-
vista psicológico e filosófico cardinal, “os alunos lançavam claros sinais para a priorização das direitos das dermos deixar às gerações
deviam iniciar a sua escolarização através do necessidades educativas dos alunos, face à po- pessoas com a cabeça na areia futuras um país onde não
meio (de instrução) constituído pela língua ma- lítica educativa que fora levada a cabo entre deficiência, um se vendam edifícios que
terna”, acrescentando, por seu turno, que tal 1964 a 1991. departamento são património nacional,
não implicava na negação aos africanos do Assim, o carácter endógeno da filosófica edu- que possa não haja artérias com no-
acesso às línguas europeias ou metropolitanas. cativa voltou a prevalecer naquele país africano. mes evocativos do regime que oprimiu o nosso povo, províncias
Num último ponto desse mesmo relatório, cons- trabalhar dentro onde grupos de malfeitores estrangeiros se instalem e pilhem
tava ainda o seguinte: “Nós reconhecemos que * Ph.D em Ciências da Educação e Mestre em do Governo” a bel-prazer nossas riquezas, prédios a taparem museus, cons-
é indubitavelmente necessário para o progresso Relações Interculturais Marcos Pellegrini truções de gosto duvidoso em cima de praças e jardins, pessoas
DR
Activista de defesa dos
direitos das pessoas com
a pagar com a vida por não terem dinheiro suficiente para
deficiência no Brasil, serem assistidos em unidades hospitalares, cartas de condução
durante uma visita a Angola
compradas, diplomas académicos obtidos da mesma forma.
O país que devemos deixar às gerações vindouras também
“Como chefe não pode ser aquele onde haja bancas públicas de venda ilegal
de moeda que falta nas casas de câmbio ou nos bancos comer-
do Governo, ciais, do qual saem para o estrangeiro, de forma ilícita, fortunas
decidirei o incalculáveis para o angolano comum, onde qualquer amigo
momento ou familiar “de alguém” viaja com passaporte diplomático, en-
de convocar quanto, por exemplo, o autor da letra do Hino Nacional - por-
eleições. Fá-lo-ei ventura, igualmente, o da melodia - um dos nossos símbolos
quando for sagrados, não tem!
do interesse geral O país que vamos deixar aos angolanos de amanhã não
do país” pode ter, como este onde vivemos, os cofres vazios. Se isso
suceder é a nossa falência como nação, que não fizemos
Pedro Sanchez por merecer.
Primeiro-ministro espanhol
8 ÁFRICA
48 HORAS ANTES DO INÍCIO DA CAMPANHA NA RDC
Candidato da oposição pede
adiamento das presidenciais
O inesperado aconteceu. A 48 horas do arranque da
campanha para as presidenciais na RDC, um dos 21
candidatos entregou um documento na Comissão Nacional
Eleitoral Independente a solicitar o adiamento do pleito
previsto para 23 de Dezembro, numa altura em que o
escolhido pela Maioria Presidencial apresentou ontem o
programa que se propõe aplicar caso vença o escrutínio
Victor Carvalho
A apenas 48 horas do início
da campanha eleitoral na
República Democrática do
Congo (RDC), o candidato
Seth Kikuni entregou na
Comissão Nacional Eleitoral
Independente (CENI) um
pedido de adiamento do
escrutínio previsto para 23
de Dezembro.
Seth Kikuni, o primeiro
dos 21 candidatos aceites a
depositar a sua candidatura
na CENI, alega para o pedido
de adiamento das eleições
três razões fundamentais e
que, segundo ele, são impres-
cindíveis para que o pleito
seja livre, justo e transparente.
Essas razões, de acordo
com um documento entre-
tanto divulgado pela imprensa
congolesa, prendem-se com
a falta de consenso sobre o
processo de votação electró-
nica, o ficheiro eleitoral e a
segurança dos candidatos.
No mesmo documento, o
candidato propõe a realização
de um novo processo de diá-
logo, de modo a que possam
ser encontradas soluções para
os problemas que agora levanta
e que, no seu entender, podem
comprometer todo o processo
eleitoral caso não sejam resol-
vidos atempadamente.
Seth Kikuni, o mais jovem
de todos os candidatos, com
apenas 36 anos de idade e
uma bem sucedida carreira
no mundo dos negócios, subli-
nha que se as eleições se rea-
lizarem no dia 23 de Dezembro
não serão credíveis e muito
menos transparentes.
Para encontrar uma solu-
ção, ele pede à CENI que
reúna todos os candidatos às
presidenciais para ser encon-
Seth Kikuni é um dos vinte e um candidatos da oposição aceites pela Comissão Eleitoral
trada uma nova data para a
realização das eleições para
que estas possam ser livres,
justas e transparentes.
Embora ainda não haja
uma posição oficial por parte
da CENI, uma fonte próxima
do seu presidente e citada
pela imprensa congolesa
refere que os preparativos
para as realização das elei-
ções decorrem normal-
mente, pelo que não existem
razões técnicas que justifi-
quem o seu adiamento.
Até ao momento, não exis-
tem reacções dos restantes
candidatos da oposição apro-
vados para participar nas elei-
ções presidenciais, mas
diferentes organizações inter-
nacionais – como as Nações
Unidas e a União Africana –
já disseram que elas se deve-
riam realizar na data prevista.
Um outro problema com
que a oposição se debate
prende-se com a questão do
seu candidato único, um pro-
cesso que ainda não está
fechado uma vez que se
admite a possibilidade de
existirem pelo menos dois
a disputar a corrida com
aquele que foi escolhido pela
Maioria Presidencial.
Esta semana, o antigo pri-
meiro-ministro e os principais
líderes da oposição, Adolphe
Muzito, disseram que Joseph
Kabila “tudo fará para que as
eleições não decorram na
data prevista se não tiver a
garantia de que o seu candi-
dato será o vencedor.”
“Ele não vai realizar elei-
ções se não tiver a certeza de
que continuará a mandar atra-
vés do triunfo do seu delfim.
Isso já sucedeu em 2016 e
voltará a suceder agora”, disse
em declarações à imprensa
congolesa. O seu candidato,
Emmanuel Ramazani Sha-
dary, apresentou, entretanto,
o programa que aplicará caso
vença as eleições que con-
tinuam marcadas para o dia
23 de Dezembro.
Nesse programa, ele prevê
uma reforma completa do
Estado, através de uma even-
tual revisão da Constituição.
Combate ao ébola
Entretanto, as autoridades
sanitárias enviaram já equipas
suplementares para o reforço
do combate ao ébola na cidade
de Butembo, no noroeste do
país. De acordo com o Minis-
tério da Saúde, numa nota
publicada no Twitter, as equi-
pas estão já nas zonas de
Katwa, Kalunguta e Lubero,
para apoiar o pessoal local.
Quanto à situação na
cidade de Beni, na província
do Kivu do Norte e onde a
assistência foi suspensa pela
OMS devido ao conflito mili-
tar com os rebeldes, o minis-
tro da Saúde, Oly Ilunga,
solicitou às equipas de tra-
balho para darem apoio téc-
nico e clínico substancial a
todos os centros de saúde da
zona para evitar a propagação
da epidemia, que já afectou
mais de 370 pessoas.
Não obstante a evacuação,
no final de semana, de uma
vintena de membros da Orga-
nização Mundial da Saúde
(OMS), o Ministério congolês
da Saúde conta com mais de
900 especialistas em Beni,
sendo que 85 por cento destes
são congoleses.Num resumo
publicado terça-feira, o Minis-
tério da Saúde dá conta de
que na semana de 12 a 18 deste
mês morreram 20 doentes
(sete dos quais prováveis) e
33 suspeitos foram confir-
mados com o vírus de ébola.
DR
Breves
CAMARÕES
EXÉRCITO LIBERTA
ESTUDANTES RAPTADOS
POR SEPARATISTAS
O Exército conseguiu
libertar ontem um grupo de
nove estudantes que havia
sido raptado na véspera,
numa escola do norte dos
Camarões, por um homem
armado. O incidente
decorreu na região de
Kumba, perto do local onde
no início deste mês outros
80 estudantes haviam sido
igualmente raptados e dois
dias depois libertados. As
escolas da região no
nordeste e sudoeste dos
Camarões, de expressão
anglófona, têm estado sob
a mira de grupos
separatistas que tentam
boicotar o ensino em língua
francesa (oficial no país)
reivindicando o aumento
de professores de
expressão inglesa.
De acordo com as
autoridades , um homem
armado entrou na terça-
feira à noite na Lords
Bilingual School, onde sob
a ameaça de tiros raptou os
nove estudantes e o reitor
do estabelecimento.
DR
GUINÉ-BISSAU
PRAZO
DO RECENSEAMENTO
PROLONGADO
POR 15 DIAS
O Governo da Guiné-Bissau
anunciou ontem ter
autorizado por mais 15
dias o prazo do
recenseamento para as
eleições legislativas que se
deveriam ter realizado no
passado dia 18 deste mês.
Este prolongamento era
inevitável e já havia sido
previsto pelo próprio
Presidente José Mário Vaz,
em encontros separados
com os partidos políticos,
mas só agora foi
oficializado. Até ao
momento, segundo dados
oficiais, mais de 70 por
cento dos eleitores já estão
devidamente recenseados,
o que justifica o adiamento
do fim do prazo para
que os outros 30 por cento
o possam também
fazer. Com o fim do
recenseamento agora
previsto para 5 de
Dezembro, resta saber qual
a data em que as eleições
se realizarão, sabendo-se
que existe uma forte
pressão internacional
para que elas ocorram
antes do final do ano.
Pelo meio, ainda terá
que decorrer a campanha
eleitoral, que deverá
durar apenas
uma semana.
GABÃO
Presidente gabonês recupera de um acidente vascular
Ali Bongo transferido
de Riade para Londres
O Presidente do Gabão, Ali
Bongo, vai ser transferido
de Riade para um hospital
de Londres onde prosseguirá
a recuperação de um acidente
vascular cerebral que o atin-
giu no passado dia 24 de
Outubro, disseram ontem
os seus médicos pessoais.
Após um mês internado
no Hospital Rei Faisal, em
Riade, Ali Bongo, que segundo
os seus médicos se encontra
a recuperar “satisfatoria-
mente”, vai prosseguir a sua
convalescença dentro de um
estabelecimento médico
especializado, localizado na
capital britânica.
A transferência do Pre-
sidente gabonês deve-se,
segundo os médicos, ao facto
de ter registado “melhorias
significativas” no seu estado
de saúde, que lhe permitem
viajar de avião sem correr
qualquer risco. “O Presidente
já está a falar normalmente
e vai viajar com a esposa,
que o acompanha desde a
QUÉNIA
Homens armados
raptam jovem italiana
Um grupo de homens arma-
dos raptou terça-feira à noite,
num centro comercial do
sudoeste do Quénia, uma
jovem italiana de 23 anos
que trabalha para uma orga-
nização que presta ajuda
humanitária. Segundo a Polí-
cia, que não divulgou a iden-
tidade da pessoa raptada
nem da organização para a
qual trabalha, o incidente
ocorreu em Kilify County e
foi protagonizado por um
grupo de homens armados
que disparou indiscrimina-
damente ferindo cinco pes-
soas, incluindo três crianças.
Ainda de acordo com a
Polícia, o grupo ainda não
reivindicou a autoria do ata-
que nem apresentou qual-
quer exigência para libertar
a jovem italiana que foi
levada para parte incerta.
Entretanto, as autorida-
des do Quénia proibiram
uma organização interna-
cional de funcionar no país
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
DR
primeira hora”, disseram
ainda os seus médicos citados
pela Jeune Afrique.
Inicialmente, estava pre-
visto que Ali Bongo fosse
transferido para Marrocos,
a pedido do próprio rei Moha-
med VI, amigo pessoal do
Presidente gabonês, mas a
opção final recaiu para a
capital britânica.
De recordar que Ali Bongo
se encontrava de visita oficial
à Arábia Saudita quando a
24 de Outubro sofreu um AVC
que forçou a sua hospitali-
zação de urgência.
Durante o tempo em que
esteve internado, Bongo sofreu
uma operação que, segundo
os médicos sauditas, correu
de modo “muito satisfatório.”
Na semana passada, o Tri-
bunal Constitucional auto-
rizou o Vice-Presidente do
Gabão a dirigir uma reunião
do Conselho de Ministros
onde foram tomadas decisões
importantes para o quoti-
diano do país.
acusando-a de oferecer ser-
viços de aborto. De acordo
com as autoridades, a orga-
nização “Marie Stopes”,
presente em 37 países espa-
lhados pelo mundo, oferecia
serviços gratuitos de aborto,
uma prática proibida pela
lei queniana que não per-
mite a interrupção volun-
tária da gravidez, mesmo
que a mãe esteja em perigo
de vida. A direcção local da
organização já reagiu a esta
decisão das autoridades,
dizendo que apenas se limi-
tava a oferecer serviços de
aconselhamento, que
incluíam tratamento clínico
de pós-parto e elaborou uma
lista de todas as consultas
dadas nos últimos dois meses
que já remeteu ao Governo.
O fim dos serviços pres-
tados pela “Marie Stopes”
foi recebido com um misto
de reacções. Enquanto uns
elogiaram a decisão, outros
consideram-na perigosa.
MUNDO Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
“BREXIT”
Chumbo
do acordo
põe saída
em risco
A primeira-ministra britâ-
nica alertou ontem o Parla-
mento que um voto contra
o acordo negociado com a
União Europeia para a saída
do Reino Unido resultará em
“mais incerteza e discórdia”
e porá em risco o “Brexit”.
“Se olharmos para a alter-
nativa a este acordo com a
UE, será ou mais incerteza,
mais discórdia, ou existe o
risco de não haver qualquer
‘Brexit’”, afirmou Theresa
May na sessão semanal de
perguntas dos deputados.
O líder da oposição, o tra-
balhista Jeremy Corbyn, ques-
tionou a possibilidade de ainda
serem feitos ajustes ao texto
esta semana, antes do Con-
selho Europeu de domingo,
mas May afirmou que o que
está a ser negociado é a decla-
ração sobre a relação futura.
DR
Primeira-ministra britânica,
Theresa May, no Parlamento
“A futura relação é o que
continua a ser negociado e
é um pacote. O acordo de
saída foi negociado em prin-
cípio e o pacote inteiro que
será apresentado ao Parla-
mento será o que vai ser
considerado no Conselho
Europeu”, vincou.
Theresa May viaja esta
tarde para Bruxelas para um
encontro com o presidente
da Comissão Europeia, Jean-
Claude Juncker, numa ten-
tativa de finalizar um acordo
para o 'Brexit' entre o Reino
Unido e a União Europeia.
As duas partes anunciaram
na semana passada terem
chegado a entendimento sobre
um documento que selou os
termos da saída do Reino
Unido da UE, mas continuam
a trabalhar numa declaração
sobre a futura relação.
Um Conselho Europeu
extraordinário foi convocado
para domingo em Bruxelas
para os líderes da UE vali-
darem o acordo, mas ainda
persistem alguns pontos de
desacordo com alguns países,
nomeadamente Espanha e
a questão de Gibraltar.
Theresa May está também
sob intensa pressão de um
grande número de deputados
britânicos pró-Brexit e pró-
UE que se opõem ao acordo
de divórcio e que ameaçam
chumbar o texto no voto a
que será sujeito após o Con-
selho Europeu.
Hoje, o ministro sombra
das Finanças, o trabalhista
John McDonnell, teve difi-
culdades em responder,
num evento em Londres, o
que vai acontecer se o acordo
for chumbado, incluindo a
possibilidade de um segundo
referendo.
9
INTENSIFICAÇÃO DA GUERRA
CALIFÓRNIA
Fome mata milhares
DR
de crianças no Iémen
O país está praticamente dividido em dois. As forças
governamentais controlam o sul e uma boa parte
do centro e os rebeldes huthis o norte e grande parte do oeste
DR
Os fogos deixaram centenas de desaparecidos
Incêndios“inflamam”
relações no Governo
As autoridades da Califórnia declararam ontem que
98 por cento dos incêndios na região estão controlados
ou extintos, mas politicamente o tema promete con-
tinuar a “inflamar” as relações entre o Governo federal
e o estadual.
Mais de duas semanas depois do início, os incêndios
na Califórnia já causaram 84 mortos, destruíram cerca
de 15 mil casas e deixaram quase 700 pessoas desapa-
recidas, tornando-se a situação mais destrutiva de
sempre na região.
Politicamente, a Administração Trump aponta o
dedo à má gestão das florestas, depois de ter ouvido o
governador da Califórnia, o democrata Jerry Brown,
dizer que são as alterações climáticas as principais res-
ponsáveis por uma situação que se deve repetir.
Na madrugada de ontem, as autoridades consideraram
que 98 por cento dos incêndios nas duas áreas que con-
tinuam em chamas (Camp e Woolsey) estavam con-
trolados ou extintos. As Nações Unidas continuam a exortar as partes envolvidas a assumir as negociações de paz
As preocupações viram-se agora para a possibilidade
de derrocadas de terra, provocadas pelas chuvas fortes,
que começaram a cair e que devem permanecer nos Cerca de 85 mil crianças a pior crise humanitária no o sul e uma boa parte do cen-
próximos dias. morreram de fome ou por mundo, com 14 milhões de tro e os rebeldes huthis Sanaa,
As chuvas estão igualmente a dificultar as buscas doença desde a intensifi- pessoas ameaçadas pela fome. assim como o norte e grande
pelas cerca de 700 pessoas que continuam desaparecidas, cação da guerra no Iémen, Entretanto, o emissário da parte do oeste.
tornando mais morosas as acções das dezenas de equipas segundo estimativas divul- ONU chegou ontem a Sanaa Em prol dos esforços de
de emergência destacadas para as zonas queimadas. gadas ontem pela organi- para relançar os esforços de paz, os huthis, ajudados pelo
zação Save The Children. paz no país, onde a batalha Irão, declararam-se dispostos
A organização não gover- pelo controlo da cidade por- a uma cessação das hostili-
namental afirmou, num tuária de Hodeida, crucial dades se a coligação inter-
MIGRAÇÃO c o mu n i cad o , te r u sad o para a ajuda humanitária, nacional que intervém em
dados das Nações Unidas pode causar “fome em massa”, apoio ao Governo do Presi-
EUA prometem rigor para avaliar a taxa de mor-
talidade provocada pelos
casos de má-nutrição severa
e de doenças em crianças
segundo especialistas. dente Abd Rabbo Mansur
Hadi acabar com os ataques.
O Governo de Hadi já
anunciou a sua participação
na outorga de asilo com menos de cinco anos.
Naquilo que considerou
“uma estimativa prudente”,
Desde 2014,
o conflito causou
mais de dez mil
mortos e provocou
nas consultas de paz, cuja
data não foi ainda marcada.
Enquanto isso, prossegue
A secretária da Segurança menos, 500 dos migrantes a ONG adianta que 84.701 a pior crise a batalha pelo controlo de
Interna dos Estados Unidos foram já identificados “como crianças morreram de fome humanitária Hodeida. A cidade junto ao
reiterou, durante a visita à criminosos”, mas escu- ou doença entre Abril de no mundo, com 14 Mar Vermelho está a ser asso-
fronteira entre San Diego e sou-se a avançar detalhes 2015 e Outubro de 2018, milhões de pessoas lada por intensos combates,
Tijuana (México), que o país sobre a natureza ou a ori- enquanto várias outras foram ameaçadas segundo um jornalista da AFP
vai ser muito rigoroso na ava- gem das acusações. mortas nos combates que pela fome e habitantes da região.
liação dos pedidos de asilo. “Quem entrar neste país assolam o país. O Centro de Reflexão Inter-
“A crise é real e está do sem autorização infringe a “Estamos horrorizados national Crisis Group (ICG),
outro lado deste muro”, afir- lei dos Estados Unidos, será pelo facto de cerca de 85 mil com sede em Bruxelas, con-
mou Kirstjen Nielsen, rosto detido, acusado e expulso”, crianças terem morrido de O enviado Martin Grif- sidera num estudo divulgado
da política de “tolerância zero” ameaçou Kisrtjen Nielsen. fome. Por cada criança morta fiths, que não fez declarações ontem que a comunidade
dos EUA, sublinhando que a Q u at ro c a rava n a s d e por bombas e balas, dezenas à chegada a Sanaa, segundo internacional se encontra
“Administração norte-ame- migrantes da América Cen- morrem de fome e de causas a agência de notícias France- perante um dilema em relação
ricana não vai tolerar qualquer tral, com cerca de dez mil evitáveis”, lamentou o direc- Press, deve reunir-se com a Hodeida.
pedido de asilo sem funda- pessoas, a maioria delas das tor da Save The Children para os dirigentes dos rebeldes “A escolha é difícil, mas
mento, ou qualquer entrada Honduras e El Salvador, estão o Iémen, Tamer Kirolos. que controlam a capital simples: impedir uma batalha
ilegal” no país. a percorrer o México com o A guerra do Iémen opõe iemenita, para analisar as destruidora para Hodeida ou
De acordo com a respon- objectivo de entrarem nos a s força s do Governo , negociações de paz que assumir uma parte da res-
sável, a caravana de migran- Estados Unidos. apoiadas por uma coligação espera organizar dentro de ponsabilidade, por inacção,
tes, que partiu das Honduras O Presidente norte-ame- internacional liderada pela “algumas semanas” na Sué- numa fome em massa” no
há mais de um mês, junta ricano, Donald Trump, desde Arábia Saudita, aos rebeldes cia. A ONU não divulgou o Iémen, indicam os autores
agora seis mil e 200 migran- logo, criticou estas caravanas huthis, que em 2014 e 2015 programa e a duração da visita do relatório.
tes na cidade mexicana de e decidiu enviar no final de tomaram conta de vastas nem indicou se o emissário Segundo o ICG, a comu-
Tijuana, fronteiriça com os Outubro tropas para os locais. regiões do país, incluindo se reunirá com representantes nidade internacional deveria
Estados Unidos, e outros As autoridades mexicanas a capital, Sanaa. do Governo iemenita. “não apenas escolher a pri-
três mil em Mexicali, mais anunciaram a detenção de Desde 2014, o conflito cau- O Iémen está praticamente meira (opção), mas também
para o interior. Kirstjen Niel- 34 pessoas que integravam sou mais de dez mil mortos dividido em dois: as forças agir rapidamente para acabar
sen afirmou ainda que, pelo as caravanas por delitos. e provocou, segundo a ONU, governamentais controlam com o cerco de Hodeida.”
10
A Direcção da Comissão de Economia e Finanças (5.ª Comissão) da Assembleia Nacional convida os Parceiros Sociais e Organizações Femininas Angolanas, conforme a lista em
anexo, a participarem nas discussões na especialidade do Orçamento Geral do Estado 2019, sexta-feira, dia 23 de Novembro de 2018, na sala Multiuso da casa das Leis, com o
seguinte horário:
9h00 - Encontro com parceiros Sociais e Deputados
9h00- Encontro com Organizações Femininas Angolanas
1. Aliança Evangélica Angolana – AEA
2. Acção Social para Apoio à Reintegração Social
3. Associação dos Economistas de Angola
4. Associação Fiscal Angolana
5. Associação de Defesa do Consumidor – ADCOR
6. Associação Industrial de Angola – AIA–
7. Associação Amigos do Coração
8. Associação Unidos de Caxinde
9. Associação Angolana dos Militares Mutilados de Guerra - AMMIGA -
10. Associação dos Doentes Renais - AIR
11. Associação dos Professores de Angola - APA –
12. Associação dos Antigos Combatentes - AAC -
13. Associação Angolana de Ensino Especial - AAEE
14. Associação dos Enfermeiros Angolanos – AEA–
15. Associação dos Farmacêuticos Angolanos - AFA
16. Associação dos Psicólogos Angolanos
17. Associação Juvenil para o Desenvolvimento Humano-
AJUDEH
18. Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente –
ADRA -
19. Associação Justiça, Paz e Democracia – AJPD
20. Associação dos Bancos de Angola – ABANC
21. Associação do Grupo dos 38
22. Associação do Processo dos 50
23. Associação Comité 4 de Fevereiro
24. Associação Nacional dos Deficientes Angolanos (ANDA)
25. Associação dos Combatentes da FNLA (AAC-FNLA)
925209756/923576419/936862045/923659683
26. Associação dos Antigos Combatentes pela
Independência total de Angola (ASACITA) – 923693796/943747494
27. Associação dos Antigos Guerrilheiros de Angola (AAGA) -924629952
28. Associação de Desmobilizados dos Acordos de Paz
(AACAP)
29. Associação Angolana de Cegos e Amblíopes de Guerra
30. Associação Nacional dos Deficientes Angolanos…
..923643882/921202181( AACAG)
31. Associação dos Empresários Antigos Combatentes
(AEAC) 925369810/925706086
32. Associação dos Amigos da 3.ª Idade
33. Associação dos Aposentados de Angola
34. Associação dos Antigos Combatentes e Veteranos da
Pátria (AACVP) -927701451/935308220
35. Associação dos Diabéticos de Angola
36. Associação dos Autistas
37. Associação Angolana para bem-estar da Família
38. (Angobefa, Bairro da Precol Bloco 12 Casa n.º 67
39. Associação de Estudantes das Universidades Privadas
40. Associações das Instituições do Ensino Superior Privada de Angola
(AIESPA) – 923292717
41. Associação Nacional do Ensino Privado – (AEUPA) –
914505416/921364931
42. Associação de Estudantes Universitários
43. Associação Walalepo
44. Associação de Apoio aos Antigos Combatentes das Ex-
FAPLA (ASCOFA) 912661880/925919692
Associação de Comandos de Angola
45. Associação Crianças Abandonadas (AACA)
46. Associação de Doadores de Sangue -
47. Associação dos Idosos (Vila Alice)
48. Acção Social Para Apoio à Reintegração
49. Associação das Mulheres Juristas
50. Associação das Mulheres Jornalistas -
51. Associação das Mulheres Psicólogas e Sociólogas
52. Associação das Mulheres Polícias -
53. Associação das Mulheres Enfermeiras
54. Associação das Mulheres Secretárias
55. Associação das Mulheres Empresárias -
56. Associação das Mulheres Sindicalistas
57. Associação das Mulheres de Luta Contra o Cancro
58. Associação das Mulheres Angolanas para o
Desenvolvimento
REPÚBLICA DE ANGOLA
ASSEMBLEIA NACIONAL
COMISSÃO DE ECONOMIA E FINANÇAS
PARCEIROS SOCIAIS
59. Associação da Mulher Angolana – AMA -FNLA
60. Associação das Viúvas e Órfãos de Guerra -
923533024/912351726/923626822
61.Associação das Viúvas e Órfãos de Combatentes 923533024
62. Heróicos de Angola – AVOCHA -
63. Associação Mulheres Cristãs
64. Associação dos Angolanos Ex-Emigrantes – AAEE
65. Câmara dos Despachantes Oficiais de Angola - CDOA
66. Câmara do Comércio e Indústria - CCI -
67. Conselho Nacional da Juventude – CNJ -
68. Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos-
CCDH
69. Conselho de Igrejas Cristãs de Angola - CICA - 923429493
70. Comité Olímpico Angolano - COA
71. Comité Paralímpico de Angola
72. Criança e Desenvolvimento Integral de Angola – SOS
73. Comité das Organizações Não-Governamentais -
CONGA
74. Conferência Eclesiástica de Angola e S. Tomé - CEAST
75. Cooperativa dos Produtores do Sul de Angola
76. Centro de Medicina Desportiva (CNMD)
77. Desporto Militar
78. Desporto Escolar
79. Fórum Angolano de Jovens Empreendedores - FAJE
80. Federação Angolana de Basquete – FAB – 926245847
– 81. Federação Angolana de Futebol - FAF -
82. Federação Angolana de Andebol - FAA
83. Federação Angolana de Ténis de Mesa - FATM
84. Federação Angolana de Xadrez - FAX
85. Federação Angolana de Patinagem - FAP
86. Federação Angolana de Ciclismo – FACI
87. Federação Angolana de Atletismo FAA
88. Federação Angolana de Boxe (FABOXE)
89. Federação Angolana de Equestre (Fed Equestre)
90. Federação Angolana de Ginástica (FAG)
91. Federação Angolana de Judo (FAJ)
92. Federação Angolana de Lutas (FAL)
93. Federação Angolana de Natação (FAN)
94. Federação Angolana de Desp. Náuticos (FADEN)
95. Federação Angolana de Taekwondo (FAT
96. Federação Angolana Tiro (FED TIRO)
97. Federação Angolana de Voleibol (FAV)
98. Federação Angolana de Karaté-Do (FAK)
99. Federação Angolana de Futebol Salão (FAFUSA)
100. Federação Angolana de Desporto Universitário
101. (FANDU)
102. Federação Angolana de Desporto P/ Trabalhadores
103. (UNTA)
104. Federação Angolana de Ju-Jitsu (Fed JU-JITSU)
105. Fundação Lwini
106. Fórum dos Combatentes de Heróica Batalha do Kuito
Kuanavale
107. Federação Angolana da Pessoa com Deficiência
(FAPED)
108. Federação das Mulheres Empresárias
109. Federação das Mulheres Empreendedoras de Angola –
110. FMEA
111. Fórum das Mulheres Jornalistas – FMJ
112. Federação Nacional de Indústria Alimentar Bebidas e
Tabaco
113. Federação dos Antigos Combatentes
114. Fundação Verde
115. Grémio do Ex. Guerrilheiros da 1ª Região - 923563054
116. Instituto Nacional de Defesa do Consumidor – INADEC
117. Instituto de Defesa dos Direitos dos Veteranos Militares de Guerra
118. Juventude Ecológica Angolana – JEA -
119. Liga de Jovens Empresários de Angola- PRESTIGIO
120. Liga dos Ex- Presos Políticos (LIANEXPO)
121. Movimento – LEV’ARTE
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
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122. Ordem dos Advogados de Angola – OAA -
AVOGA – 123. Ordem dos Médicos Angolanos - OMA
124. Ordem dos Engenheiros de Angola - OEA -
125. Ordem dos Arquitectos de Angola - OAA
126. Observatório Político Social de Angola - OPSA –
127. Ordem dos Contabilistas de Angola
128. Ordem dos Enfermeiros de Angola -
129. Ordem dos Médicos Veterinários de Angola
130. Rede Educação para todos REDE EPT - 924613895/9177678054
131. Sindicato Nacional dos Professores para o Ensino Superior
132. Sindicato dos Jornalistas de Angola
133. Sindicato Independente Livre de Angola – C.G.- SILA –
134. Sindicato dos Professores de Angola – SINPROF -
135.União Nacional do Ensino Superior de Angola – UNESA
136. União dos Estudantes do Ensino Superior –
137. União dos Estudantes do Ensino Superior (UEESA)- 932345229
138. União dos Escritores Angolanos – UEA
139. União dos Artistas Plásticos – UNAP -
140. União Nacional dos Artistas e Compositores – UNAC –
141. União dos Jornalistas de Angola - UJA
142. União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - UNTA /C. S.
143.União Nacional dos Camponeses – Angolanos - UNACA
144. Gremio do Ex-Guerrilheiros da 1ª Região
145. Instituto de Defesa dos Direitos dos Veteranos Militares de Guerra de
Libertação de Angola (IDDVMGLA)
146. Liga para o Desenvolvimento do Ex-Militares da Forças Armadas
147. Liga dos Militares na Reforma
148. Liga Angola dos Ex-Presos Políticos (LIANGEXPO)
149. Liga de Apoio à Reintegração dos Deficientes (LARDEF)
150. Liga Cultural dos Deficientes de Angola (LICULDA)
151. Liga dos Veteranos de Guerra de Libertação de Angola (LIVEGA
923907412/923935315
152. Liga da Mulher Angola - Lima
153. Organização da Mulher Angolana - OMA
154. Organização Feminina da CSA-CE
155. Organização Feminina do PRS
156. Plataforma de Acção Para Mulher
157. Rede Mulher Angola
158. Representante da Mulher Quitandeiras
159. Sociedade das Mulheres da Igreja Católica (Evangelização Fundamen-
tal, Legião de Maria, Promaica)
160. Sociedade das Mulheres da Igreja Metodista Unida
161. Sociedade das Mulheres da Igreja Evangélica em
Angola
162. Sociedade das Mulheres da Assembleia de Deus Pentecostal
163. Sociedade das Mulheres da Igreja Kimbanguista
164. Sociedade das Mulheres da Igreja Apostólica Africana
em Angola
165. Sociedade das Mulheres da IgrejaUniversal do Reino de Deus
166. Sociedade das Mulheres da Igreja Teosófica Espírita
167. Sociedade das Mulheres da Igreja Tocoista
168. Rede Ambiente
169. Sindicato da Administração Pública e Serviços
170. Sindicato Agro-Pecuária e Pescas
171. Sindicato dos Transportes e Comunicação
172. Sindicato da Construção e Habitação
173. Sindicato da Industria Transformadora
174. Sindicato da Metalurgia, Química, Electricidade Extractiva
175. Sindicato Nacional dos Enfermeiros
176. Sindicato Nacional dos Bancários
177. Sindicato Nacional das Bebidas e Similares de Angola
178. Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos – CCDH
179. Centro Nacional de Aconselhamento – NCC
180. HANDEKA – Associação Cívica
181. AHRA, ASSOCIAÇÃO DE HOTEIS E RESORTES DE ANGOLA
Luanda, 07 de Novembro de 2018
A PRESIDENTE DA COMISSÃO
RUTH ADRIANO MENDES
(19.245)
ECONOMIA Quinta-feira
22 de Novembro de 2018 11
SEGURO AUTOMÓVEL
FEIRA DECORRE ATÉ SÁBADO, EM BENGUELA Breves Associação tem ficheiro
ANGOLA ACOLHE

Municípios e Cidades ENCONTRO AFRICANO

SOBRE CONTEÚDO LOCAL
A segunda conferência
sobre conteúdo local na
de matrículas do país
André Sibi para a sua concretização. O

mostram potencialidades indústria de petróleo e gás

Com 253 expositores, dos quais 164 municípios, a Feira
visa, entre outros, a atracção de empresários
Produtos do campo estão em feiras para confirmar uma das potencialidades do país
O ministro de Estado e chefe da Casa
Civil do Presidente da República, Fre-
derico Cardoso, procedeu, ontem, a inau-
guração oficial da terceira edição da Feira
dos Municípios e Cidades de Angola,
realçando a capacidade de reinvenção
e reconfiguração do sector produtivo
nacional, refere a Angop.
Em discurso em representação do Pre-
sidente da República, João Lourenço, na
cerimónia inaugural do evento, que decorre
até sábado, em Benguela, o responsável
disse que a Indústria e a Agricultura estão
entre os sectores que passam por este
processo de reinvenção neste momento
crucial do país.
É nesse contexto que o ministro de Estado
avançou que, pela primeira vez, tem-se a
oportunidade de conhecer, num lugar tão
pequeno como o Estádio de Ombaka, o
potencial de criatividade, de empreende-
dorismo e imaginação dos 164 municípios
de Angola reunidos neste certame.
“Estamos todos ansiosos por ver a
capacidade de reinvenção e reconfiguração
da indústria nacional, da Agricultura,
dos sectores produtivos, da administração
e serviços, no momento crucial em que
vivemos”, afirmou, lembrando que “essa
DÍVIDA CORPORATIVA
do continente africano será
realizada, pela segunda vez,
em Luanda, nos dias 26 e 27
deste mês, segundo uma
nota de imprensa do
Ministério dos Recursos
DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO | ARQUIVO Minerais e Petróleos
enviada, ontem, ao Jornal
de Angola.
A conferência, promovida
pela Organização
dos Países Produtores
de Petróleo Africanos
(APPO) vai abordar
aspectos geopolíticos,
estratégicos, técnicos,
jurídicos e financeiros
inerentes à promoção
do conteúdo local na
indústria de petróleo
e gás em África e vai
contar com a participação
de Angola, Argélia, Benin,
Camões, Congo, RDC, Côte
d’Ivoire, Egipto, Guiné
Equatorial, Gabão, Ghana,
Líbia, Mauritânia, Níger,
Nigéria, África do Sul, Sudão
e Tchad, bem como de
empresas petrolíferas e
prestadoras de serviços ao
ansiedade nos obriga a sermos parcos sector de petróleo e gás.
nas palavras”. Angola, que produz
Frederico Cardoso augura que o petróleo desde 1955,
público, tanto de Benguela, quanto de está a implementar
outras províncias, visite os stands com o seu programa de
as exposições dos municípios, para conteúdo local e criou
constatarem a realidade de cada região. o fundo soberano com
Asseverou que o país jamais será ven- o propósito de assegurar
cido pelas adversidades, apesar da que as receitas petrolíferas
actual conjuntura. sejam encaminhadas
Com 253 expositores presentes, dos para desenvolver outros
quais 164 municípios, 18 governos pro- sectores da economia. A
vinciais, seis ministérios (Administração produção petrolífera
do Território e Reforma do Estado, do nacional contribui
Comércio, do Ambiente, das Finanças, com cerca de 38 por cento
da Administração Pública Trabalho e do produto interno
Segurança Social, da Indústria), 65 empre- bruto (PIB)
sas, numa área de 6.500 metros qua- e 93 das exportações.
drados, a FMCA visa, entre outros, Em 2016, Angola
promover a atracção de empresários acolheu a primeira
para investirem em diferentes municípios conferência e exposição
e cidades de Angola. sobre conteúdo
Divulgar as potencialidades para o local na indústria
desenvolvimento económico-social dos de petróleo e gás
municípios e cidades, dar a conhecer os em África,
principais aspectos culturais e criar um uma iniciativa que
espaço permanente de diálogo e debate pretende proporcionar
com os órgãos da administração local do o desenvolvimento local
Estado, são outros objectivos da FMCA. da indústria de petróleo
e gás em África.
mobiliário vai melhorar e BAD SATISFEITO COM
enriquecer o ambiente de PROGRAMAS NO HUAMBO
negócios, estimular a criati- O director executivo do
A Associação de Seguradoras
de Angola (ASAN) lançou
ontem, em Luanda, o ficheiro
nacional de matrículas,
sinistros e fraudes automó-
veis, que vai permitir um
“conhecimento total” de
viaturas seguradas em todo
o território nacional, assim
como as fraudes e sinistros.
Segundo o seu presidente,
Manuel Gonçalves, além das
s eguadora s , a Dire cção
Nacional de Viação e Trânsito
vai poder servir-se do sis-
tema e da base de dados
sempre que isso se revelar
necessário. Acrescentou que
os ficheiros estão orçados
em cerca de um milhão de
dólares, dez vezes menos
que a proposta apresentada
há dois anos.
Entre os benefícios do
ficheiro, o gestor apontou a
criação de uma base de dados
única para as seguradoras,
a redução do tempo de res-
posta aos sinistros e controlo
de fraudes.
O novo sistema vai per-
mitir que uma seguradora
pague imediatamente as
indemnizações aos clien-
tes, até que se apure os
prós e contras em relação
ao sinistro. Segundo
Manuel Gonçalves, o tempo
para o pagamento é cada vez
menor face à concorrência
no sector, que conta actual-
mente com 27 empresas.
Conclusão em dois anos
Este repositório central de
informação histórica rela-
cionada com o trânsito auto-
móvel estará totalmente
concluído dentro de dois anos,
revelou Manuel Gonçalves.
Na prática, trata-se de sis-
temas tecnológicos, projecto
de iniciativa da ASAN, rela-
cionados com o Seguro Obri-
gatório de Responsabilidade
Civil Automóvel, cujo acesso
será livre e permitirá fazer
uma contenção de custos.
Em 2011, um despacho
conjunto dos ministros do
Interior, Finanças e Trans-
portes criou a comissão con-
junta para implementação
deste centro de dados, um
projecto tutelado e coorde-
resultado pretendido seria
a construção de um ficheiro
nacional de condutores e
cartas de condução, ficheiro
nacional de matrículas e
um de sinistros e fraudes
automóveis, algo que não
chegou a acontecer no
tempo previsto.
Com a caducidade do
diploma, a ASAN decidiu
construir um ficheiro nacio-
nal para modernizar este
produto de seguros e procurar
por maior eficiência.
O administrador da Arseg,
Jesus Teixeira, revelou que
o organismo prevê lançar
nos próximos dias uma res-
seguradora para ajudar o
sector a cumprir com os
compromissos no mercado.
Decorre actualmente um tra-
balho para que esta instituição
seja colocada à disposição
do mercado e trabalhe para
dar resposta às necessidades
do sector.
Entre os projectos da
Arseg, destacou o lança-
mento de um projecto-piloto
de seguro agrícola, para o
qual foi criada uma comissão
técnica multissectorial, inte-
grada por representantes dos
Ministérios da Agricultura,
Economia, ENSA e a entidade
reguladora do sector.
Na primeira fase, a comis-
são vai seleccionar agricul-
tores e cooperativas agrícolas
para integrar essa experiência
inovadora, que pretende pre-
venir os agricultores das
intempéries, chuvas exces-
sivas e estiagens.
Enquanto se aguarda pelo
lançamento do projecto-
piloto, as seguradoras que
oferecem este serviço vão
continuar a desenvolver o
negócio, disse.
Facturação
Em 2017, o sector segurador
facturou 116 mil milhões de
kwanzas, dos quais cerca de
20 por cento pertencem ao
ramo automóvel, segundo
Jesus Teixeira, que explicou
que essa vertente não cons-
titui o principal negócio do
sector, apesar de ser o que
mais receitas dá às empresas
do sector.
Sgundo o técnico Fran-
cisco Guimarães, a meta é

Investidores colectivos vidade empresarial e o fomento

podem aumentar capital
Os Organismos de Investi-
mentos Colectivos (OIC),
com um valor líquido actual
de 50 mil milhões de Kwan-
zas, poderão aumentar a sua
participação no financia-
mento da economia nacio-
n a l , c o m a e n t ra d a e m
funcionamento da bolsa de
valores, no segmento da
dívida corporativa.
Com apenas 10 fundos e
duas sociedades de inves-
timentos, o aumento destas
iniciativas poderá aprofundar
a sua participação no mer-
cado de valor mobiliário e
na economia nacional,
segundo o director do gabi-
nete de estudos estatísticos
do Ministério das Finanças,
Osvaldo João.
O responsável, que falava
na abertura do segundo
fórum de Mercados de Capi-
tais, destacou que a capaci-
dade das sociedades de
investimentos vai contribuir
para dinamização da eco-
nomia real em função dos
fundos de investimentos
ligados ao arrendamento
habitacional, loteamento,
exploração agrícola, pecuá-
ria, rentabilidade urbana e
exploração industrial.
Explicou que o aprofun-
damento do mercado do valor
do empreendedorismo.
Em relação ao programa
de privatização, com início
previsto para 2019, referiu
que vão aumentar os recursos
financeiros do sector empre-
sarial, contribuir para o
desenvolvimento do mer-
cado de capitais e promover
a redução do peso da dívida
na economia nacional.
Acrescentou que o pro-
grama de privatizações em
bolsa visa promover a redução
de peso do Estado na economia,
impulsionar o fomento e o
reforço da actividade empre-
sarial, promover a concor-
rência e a competitividade,
assim como a eficiência da
economia nacional.
Sublinhou que o mercado
mobiliário vai relançar à eco-
nomia outra vertente.
Banco Africano de
Desenvolvimento (BAD),
Heinrich Mihe Gaomab II,
nado pelo Ministério do Inte-
rior através da Direcção
Nacional de Viação e Trânsito,
atingir até o final do ano o
registo de aproximadamente
200 mil apólices e 40 mil
mostrou-se, ontem,
na comuna da Calenga,
município da Caála,
com a comparticipação téc-
nica e financeira de entidades
públicas e privadas (as segu-
sinistros, que passarão a
constar na base de dados de
informações, que foi criada
satisfeito com a execução radoras), que teria 180 dias em Janeiro de 2014.
do projecto, MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO
noticia a Angop.
Falando no termo de uma
visita de constatação,
admitiu que a iniciativa,
inserida no programa de
combate à pobreza
e à miséria nas
comunidades rurais, está a
surtir efeitos positivos.
Cerca de 12 famílias
camponesas estão a
beneficiar do projecto,
financiado pelo BAD em
parceria com o Governo,
para melhorar as condições
de vida da população
do meio rural. Viaturas serão asseguradas em todo o território nacional
2 DESTAQUE Quinta-feira
22 de Novembro de 2018

PRESIDENTE DA REPÚBLICA CHEGOU ONTEM A LISBOA

João Lourenço em Portugal

para elevar a cooperação
A intervenção do Presidente angolano na Assembleia da República, o ponto alto da visita,
está a ser aguardada com grande expectativa pelos deputados e demais políticos portugueses
Cândido Bessa | Lisboa
Elevara cooperação comercial
e económica entre Angola e
Portugal a níveis “tão exce-
lentes” quanto a política e fazer
com que este intercâmbio tenha
impacto na vida da população
dos dois países é o principal
propósito da visita oficial que
o Presidente João Lourenço
inicia hoje, em Lisboa.
O Presidente da República
chegou ao final da tarde de
ontem à capital portuguesa, a
convite do homólogo, Marcelo
Rebelo de Sousa, e segue ama-
nhã para a cidade do Porto,
para participar na conferência
sob o tema “Angola: que
mudança”, onde são aguar-
dadas dezenas de empresários
dos dois países. Admite-se que
as propostas portuguesas para
o programa da conferência
foram feitas a pensar na vontade
angolana de diversificar a eco-
nomia.
Para hoje, o primeiro dia
da visita, o Presidente João
Lourenço tem encontro, no
período da manhã, com o Pre-
sidente Marcelo Rebelo de
Sousa, no Palácio de Belém.
Estão agendados encontros
entre as delegações dos dois
países e, no fim, os dois Chefes
de Estado falam aos jornalistas.
Antes, na Praça do Império,
depois das honras militares,
João Lourenço deposita uma
coroa de flores no túmulo de
Luís de Camões e assina o Livro
de Honra. À tarde, o Presidente
angolano vai à Assembleia da
República, onde faz uma inter-
venção na sessão solene ple-
nária, para depois ser recebido
pelo presidente da Câmara
Municipal de Lisboa.
De acordo com o ministro
das Relações Exteriores,
Manuel Augusto, a visita vai
confirmar as relações “his-
tóricas e excelentes” entre
os dois países e marcar os
passos necessários para
relançar a cooperação comer-
cial e económica. “Portugal
é para nós um país prioritário
e acreditamos que para Por-
tugal Angola também é prio-
ridade”, disse o ministro,
lembrando que durante a visita
do Primeiro-Ministro portu-
guês, António Costa, a Angola,
em Setembro último, foi esta-
belecido um cronograma de
tarefas que está a ser cumprido
pelas partes. “Já foi feito um
grande trabalho”, disse Manuel
Augusto aos jornalistas, na
manhã de ontem.
Opinião semelhante tem
o ministro dos Negócios
Estrangeiros de Portugal,
Augusto Santos Silva. Con-
sidera que as relações bila-
João Lourenço é recebido no Aeroporto pelo Ministro da Defesa de Portugal, João Cravinho
terais “estão no patamar mais
elevado possível”.
“Há uma dimensão exe-
cutiva e concreta que prolonga
o trabalho e os acordos feitos
há dois meses em Luanda”,
disse o chefe da diplomacia
portuguesa, sublinhando que
há um interesse mútuo.
“Portugal também quer
diversificar em Angola”, disse
o ministro, numa alusão à
necessidade de equilibrar o
peso das empresas de cons-
trução e os contratos com o
Estado. “Destes novos projectos,
deviam surgir sinais dessa
diversificação, tanto regional
como sectorial”, explicou,
citado pelo Jornal “o Público”.
Na Assembleia da República
A intervenção do Presidente
angolano na Assembleia da
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
República está a ser aguar-
dada com grande expectativa
pelos deputados e demais
políticos, ansiosos em saber
que rumo as relações entre
os dois países vão tomar,
encerrado que está o “irri-
tante” causado pelo caso que
envolveu o ex-Vice-Presi-
dente da República de Angola,
Manuel Vicente.
Pelo menos este é o enten-
dimento dos líderes parla-
m e n ta re s , c i ta d o s p e l a
imprensa portuguesa. Para
o deputado Carlos César, do
Partido Socialista (PS), a
visita constitui “um marco
histórico” e marca a “retoma
de cumplicidade que não
pode deixar de existir entre
dois países”.
O Partido Comunista Por-
tuguês (PCP) deseja que a
visita contribua para “o apro-
fundamento das relações de
amizade e cooperação entre
os dois países, no respeito
pela sua soberania”. Já o
Bloco de Esquerda fala em
cautelas. “Registamos que
há mudanças e, por isso,
estamos numa posição de
abertura para poder reavaliar
a n o s sa p o s i ç ã o ” s o b re
Angola, afirmou Pedro Filipe
Soares, à Lusa.
O Partido Social Demo-
crata (PSD) olha “com grande
optimismo” para o futuro
das relações entre Portugal
e Angola e considera que a
visita “traduz a importância
estrutural da relação entre
os dois países”.
O CDS também tem uma
“expectativa boa” para a “visita
de certa forma histórica” e
espera que seja “importante
e relevante” nas relações entre
os dois países.

Angola já pagou
metade da dívida
Dos 200 milhões de euros de dívida certificada
de Angola a Portugal, metade já está paga e
o restante deve ser liquidado até final do ano.
COMÉRCIO BILATERAL
Exportações angolanas crescem mas balança pende para Portugal
Cristóvão Neto | Lisboa
As exportações de Angola para Portugal cres- Exportações de Angola para Portugal
ceram 474 por cento, para 678 milhões de euros,

678
De acordo com o ministro das Relações Exte- de Janeiro a Agosto de 2018, comparados com
riores, Manuel Augusto, existe um cronograma os 118 milhões de euros do mesmo período de

474
que está a ser cumprido. 2017, de acordo com números fornecidos ontem
O governante afirmou, igualmente, que,
ao longo do trabalho técnico efectuado, cons-
tatou-se que algumas empresas portuguesas
pela representante Comercial em Lisboa.
Beatriz Costa, que anunciou ao Jornal de Angola
números da balança comercial entre os dois países,
MILHÕES DE EUROS
MILHÕES DE EUROS
91%
COMBUSTÍVEIS
também têm dívidas com o fisco em Angola, afirmou que o crescimento ficou-se a dever a um E MINERAIS
uma questão que também está a ser revista,
mas sem embaraçar ainda mais os empresários.
aumento das exportações de petróleo e derivados,
bem como de alguns produtos agrícolas.
118
2018

2018

Manuel Augusto sublinhou que o objectivo Estes últimos pesaram apenas 2,00 por cento
das autoridades angolanas é facilitar cada no volume das remessas de mercadorias ango- MILHÕES DE EUROS
vez mais os investimentos, através da melhoria lanas para Portugal em 2017, quando os com-
2017

do ambiente de negócios e não o contrário. bustíveis e minerais constituíram 91 por cento

“Estamos a honrar com os compromissos
assumidos e vamos aproveitar a visita para
estabelecer novas regras, adaptadas àquilo
que o futuro nos obriga”, disse Manuel Augusto.
Reconheceu o gesto do Estado português ao
elevar a linha de crédito para empresas por-
tuguesas que investem em Angola de mil
milhões para 1.500 milhões de euros.
“Vamos agora apresentar projectos para
beneficiar destas linhas”, disse.
Dados do ano passado indicam que 400
empresas portuguesas operam em Angola e
têm um investimento directo de 4 mil milhões
de euros aplicados no país. Além disso, há
quase seis mil empresas que exportam para
Angola. No ano passado, venderam bens no
valor de 1.789 milhões de euros.
das exportações para o país ibérico.
Naquele período, prosseguiu Beatriz Costa,
as exportações portuguesas para Angola situa-
ram-se em 1.007 milhões de euros, representando
um excedente de 329 milhões ou pouco mais
de 48 por cento a favor de Portugal.
Os dados da balança comercial bilateral dos
oito primeiros meses de 2018 já representam,
entretanto, uma recuperação do défice angolano
face a período homólogo de 2017, quando as
exportações portuguesas para o país foram 15
por cento mais elevadas.
Os números obtidos pela nossa reportagem
indicam que, de Janeiro a Agosto de 2017, as
vendas portuguesas a Angola cifraram-se em 1.187
milhões de euros, quando, no sentido inverso,
atingiram 118 milhões.
JANEIRO A AGOSTO
Angola compra a Portugal máquinas, aparelhos,
produtos agrícolas, veículos, peças e acessórios,
têxteis, pastas, plásticos e minerais, vendendo
àquele país petróleo e derivados.
No cômputo de 2017, afirmou Beatriz Costa,
Portugal vendeu a Angola mercadorias calculadas
em 1.787 milhões de euros e comprou petróleo
e derivados avaliados em 279 milhões de euros.
Em termos de investimento directo, os
números também são favoráveis a Portugal,
que conta com 400 empresas a operar em Angola
com quatro mil milhões de euros aplicados. Ao
mesmo tempo, quase seis mil empresas exportam
produtos que, no ano passado, atingiram um
volume de 1.787 milhões de Euros.
Angola, por sua vez, contava, até ao período
de Janeiro a Junho do ano em curso, 59 milhões
de euros em investimentos em Portugal, mais cen-
trados em bancos e na Efacec, uma empresa por-
tuguesa com tecnologia própria nas áreas de
produtos de energia, sistemas e mobilidade eléctrica,
detida pela empresária Isabel dos Santos.
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018 13
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ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS

A Eni Angola SpA, sucursal de Eni SpA, empresa Italiana que opera em Angola
na área de Exploração, Desenvolvimento e Produção de Produtos Petrolíferos,
vem por este meio anunciar a realização de concurso público com objectivo de
seleccionar empresas qualificadas para o Fornecimento de Cisco TLC, Equipa-
mentos Network & Suporte em Serviços Relacionados conforme a tabela abaixo:

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS REFERÊNCIA DO CONCURSO

Fornecimento de Cisco TLC Equipamentos 005-PRO-EOI-CN-18
Network & Suporte em Serviços Relacionados

As empresas interessadas em participar no concurso, deverão pronunciar-se dentro

de um prazo de 7 dias úteis a contar desde a data de publicação do presente anún- - Feito 100% de Polietileno virgem.
cio, enviando um email para o endereço electrónico citado abaixo, fazendo menção - Disponível em 120, 240, 1100 Lts de capacidade.
da referência do concurso e seguir as instruções posteriormente recebidas. - Forte, resistente e durável
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O endereço electrónico para o qual deve enviar a sua candidatura é o seguinte: Estrada de Catete, Km 22,PIV Viana Zona Industrial do PDIC, Phasse-I
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Lobito, Angola
Cell: +244 946 387 960/61 Cell: +244 946 387 963/64
Para ser avaliada, a empresa deve ter os seguintes requisitos mínimos e apresentar E-mail:salesflotek@gmail.com Website:www.flotekafrica.net E-mail: floteklobito@gmail.com
os comprovativos em anexo à proposta a ser submetida por e-mail:
• Experiência em Fornecimento de Cisco TLC Equipamentos Network & Suporte em
Serviços Relacionados RECRUTAMENTO
Além disso, o e-mail de resposta deverá conter os seguintes requisitos obrigatórios:
Precisa-se de um (a) Subdirector (a) Pedagógico (a)
• Nome da Empresa;
• Objecto social; Tempo de experiência: 5 anos / Preferência Género Feminino
• Endereço postal (incluindo NIF);
• Carta de apresentação da Empresa com descrição da equipe de trabalho e equi-
Idade de: 35 a 60 anos.
pamentos Email: recrutamento.colegio2019@gmail.com
• Estrutura accionista da empresa;
• Email e contacto telefónico da Empresa e da pessoa a ser contactada. Localização, Benfica - Telefone: 994358906
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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS
DIRECÇÃO NACIONAL DOS REGISTOS E DO NOTARIADO
TERCEIRA CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA

EDITAL
ALFREDO FERRAZ FIGUEIRA, Conservador da 3ª Conservatória da Registo Civil da Comarca de Luanda;
Faz saber, que por ela corre seus termos um processo de aquisição de nacionalidade angolana por NATURALI-
ZAÇÃO, registado sob o n.º 51/2018, respeitante à VISHNU VARDHAN KROVI, casado, nascido aos 13 de Março
de 1975, natural de Secunderabad, República da Índia, de nacionalidade Indiana, filho de Venkateswarlu Krovi e
de Padmavati Krovi, residente em Luanda, Distrito Urbano da Maianga, bairro Alvalade. Portador do passaporte
n.º Z4068130, valido até 31-10-2018, emitido pelas autoridades Indiana e do Cartão estrangeiro residente n.º
0004696AO3, emitido pelas autoridades Angolana, através dos Serviços de Migração e Estrangeiros, Luanda, vá-
lido até 21-6-2020, pelo que, nos termos do disposto no artº. 14º, da Lei n.º 2/16, de 15 de Abril, poderão os inte-
ressados deduzir a oposição que tiverem dentro do prazo de quinze dias a contar da data de afixação deste EDITAL.
E para constar, mandou lavrar o presente EDITAL, em triplicado que será afixada nos lugares designados por Lei.

TERCEIRA CONSERVATÁRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA, aos 30 de Outubro de 2018.

O CONSERVADOR
ALFREDO FERRAZ FIGUEIRA (19345)

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS
1ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA
EDITAL
ESTER DA SILVA SEBASTIÃO DOS SANTOS, Conservadora da Primeira Conservatória do Registo Civil de
Luanda.
Certifica que, corre seus termos nesta Conservatória do Registo Civil de Luanda, um processo de Aquisição de Na-
cionalidade Angolana por Naturalização, em que é requerente o senhor JOSÉ FERNANDO FARIA DE BASTOS,
casado de 62 anos de idade, nascido no dia 13 de Dezembro de mil novecentos e cinquenta e cinco, natural da fre-
guesia de Caldas de Vizelas - São João, de nacionalidade Portuguesa, filho de José Joaquim de Bastos e de Silva
Estêvão Ribeiro de Faria portador do Passaporte nº 957696, emitido pelo Consulado Geral de Portugal em Luanda
em 20 de Novembro de 2015 e do Cartão de Estrangeiro Residente nº 0001775B02, emitido pelo Serviço de Migra-
ção e Estrangeiro da República de Angola, em 21 Novembro de 2013, residente em Luanda na Rua dos Coqueiros
nº 41, 7º andar, apartamento 62. Distrito Urbano da Ingombota.
Nos termos do disposto na Lei nº 02/16, de 15 de Abril e por força do regulamento da Lei da Nacionalidade, são
convidados todas as pessoas incertas a deduzirem a oposição que julgarem existir contra a requerente no prazo de
quinze dias a começar da data da fixação do presente EDITAL.
E para constar, lavrou-se o presente EDITAL que será fixado nos lugares designados por Lei.

1ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA, 06 de Novembro de 2018.

CONSERVADORA
(400.059) ESTER DA SILVA SEBASTIÃO DOS SANTOS (19.352)
16 Quinta-feira
22 de Novembro de 2018

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(400.073d)

(300.056)
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018 17
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(100.842) (100.652)
18 NECROLOGIA
RECORDAÇÃO
MIRALDINA MARIA PEREIRA
DE SOUSA LÁ-VIETER
Fernando Alberto Guise Lá-Vieter, (esposo), Nuno Miguel de
Sousa Lá-Vieter, Décio Eduardo de Sousa Lá-Vieter (filhos),
vêm desta forma recordar que sua esposa e mãe, MIRALDINA
MARIA PEREIRA DE SOUSA LÁ-VIETER, celebraria no dia 23
de Novembro 2018, a bonita idade de 63 anos. Nunca te esque-
ceremos, e que a tua alma descanse em paz. (19.296)
RECORDAÇÃO
EDSON SILVA (Ery)
Ery, meu filho! 3 meses se passaram, continua um vazio que
jamais será preenchido, distâncias que jamais serão percorridas,
momentos que jamais serão vividos, palavras que nunca serão
ditas, silêncios que nunca serão quebrados.A saudade é grande
e profunda, o amor da família é grande e só este sentimento me
faz continuar, perpetuamos assim a tua eterna presença no nosso
seio. Saudades da tua mamã, irmãos, esposa, filhos e família.
Paz à tua alma e descança em paz. (19.341)
RECORDAÇÃO
BALTAZAR PIO DO AMARAL GOURGEL
A 22 de Novembro de 1944 nasceu BALTAZAR PIO DO AMARAL
GOURGEL, meu pai! Habitualmente tratado por Bibi, Bibila, nos
momentos de grandes ânimos e diversão. Tu foste pai, quando
devias ser pai, amigo dos amigos, competência e excelência era
o teu lema. Hoje tu já não estás aqui de forma física, porém espi-
ritualmente permaneces em nossos corações. Os nossos olhos
ainda derramam lágrimas, o coração aperta a boca, pede o teu
regresso e a memória traz-nos lembranças tuas. O ritual seria
uma Cabidela, comprar umas garrafas de Vinho e unir os tios
todos!.... (19.353)
FALECEU MISSA
MANUEL ANTÓNIO MIGUEL MARIA DE FÁTIMA COSTA
DOS SANTOS
Paulo, Mateus, Madalena, António, Os filhos: Gustavo, Luís(Lito) ausente,
Helena, Moisés, Juliana, Abel, Garcia, Alzira (Zizi) e Rui Costa agradecem aos
Isaac, Delfina, Marta, Pedro (filhos) e seus familiares e amigos, pelo apoio
demais familiares comunicam o faleci- prestado aquando do passamento físico
mento de MANUEL ANTÓNIO MIGUEL de sua querida mãe MARIA DE FÁTIMA
DOS SANTOS, ocorrido dia 19 /11/18. O COSTA. Comunicam que será rezada
funeral realiza-se na Funda Kilunda, às Missa do 1º Mês em sua memória, no
11h00. (19.338) próximo dia 24/11/18, às 6h30, na Igreja
de São Paulo. (19.340)
FALECEU FALECEU
MARTINHO DOMINGOS MARTINHO DOMINGOS
MARTINS (Pididi) MARTINS (Pididi)
Fula Martins e Marlene Bragança (pais), Lui- As famílias Fula Martins, Domingos
sinha, Vado, Nelinho, Dulene, Gegé, Ana, Pandas e Manuel Fula cumprem o dolo-
Juma, Fred, Loi, Nenfinda, Fanny, Tininho, roso dever de comunicar o falecimento
Vivi, Bebo, Weza, Evandro, Gia, Mano, Mbi- do seu ente querido MARTINHO DO-
nha, Vedú (irmãos) comunicam o faleci- MINGOS MARTINS (Pididi), ocorrido
mento de MARTINHO DOMINGOS dia 19/11/2018, no Hospital Josina Ma-
MARTINS, ocorrido dia 19 de Novembro de chel (Maria Pia), por doença. O funeral
2018, Hospital Josina Machel (Maria Pia), por realiza-se hoje, quinta-feira, dia
doença. O funeral realiza-se hoje, dia 22, no 22/11/2018, no cemitério do Camama, às
cemitério do Camama, às 10h00. (19.273) 10h00. (19.273 a)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
RECORDAÇÃO
JOAQUINA DA CONCEIÇÃO DOS
SANTOS VAN-DÚNEM (Dada)
Há seis anos que partiste, mas continuas
sempre nas nossas recordações. Que
Deus te guarde como te guardamos para
sempre nos nossos corações. Recordam-
te com saudades teu pai, irmãos e sobri-
nhos. Que a tua alma descanse em paz.
(19.284)
RECORDAÇÃO
BALTAZAR PIO
DO AMARAL GOURGEL
...Recordar os velhos tempos, na com-
panhia da família, infelizmente, dinheiro
nenhum te trará de volta meu pai e
palavra nenhuma será suficiente para
agradecermos tudo o que fizeste por nós,
mesmo no teu pior momento, amamos-
te. Descanse em paz nosso eterno. Recor-
dam-te Nelson Gourgel, Belizário Gourgel,
Alice, Cármen, Rosy, António e Rosa
Lunga. (19.353a)
RECORDAÇÃO
MARCELINA SEBASTIÃO
DAMIÃO (Lina)
Querida esposa e mãe! Completa hoje,
dia 22 de Novembro de 2018, seis meses
desde que partiste, prematuramente, do
nosso convívio. Não está ser fácil aceitar
tal condição, porém temos que aceitá-
la, pois, sabemos que onde estás tens a
protecção divina do Senhor! Recordam-
te com imensas saudades Elísio Airosa
"Miná" (esposo), Zizi, Zidane, Paizinho
e Cristal (filhos). (19.351)
FALECEU
DANIEL MANUEL CASTELO
Nelson Castelo, Yura, Márcio, Ana, Daniela,
Rui, Osvaldo, Daniel, Maya, Patrício, Mada-
lena, Pedro Castelo (filhos) e demais fami-
liares comunicam o falecimento de seu
ente querido DANIEL MANUEL CASTELO,
ocorrido no dia 16/11/2018. O funeral rea-
liza-se amanhã, sexta-feira, 23/11/2018,
partindo o préstito fúnebre do Quartel do
Exército (ex-R.I.20), às 10h00, para o
cemitério do Benfica. (19.355)
FALECEU
MARIA BEATRIZ
BARBOSA MALHEIRO
Alexandre,Rui,Óscar Sousa (filhos). Dina
(irmã), Joseth Sousa, Dúnia Lourenço,
(noras), netos e demais familiares comu-
nicam o falecimento de MARIA BEATRIZ
BARBOSA MALHEIRO, ocorrido no dia
20 /11/ 2018. As exéquias terão início às
9h00, hoje, 22/11/2018, em Lisboa, com
Missa de corpo presente na Igreja São
Miguel Queija , rumando para o crematório
de Bacarena . (19.321)
RECORDAÇÃO
SEVERINO PRATA DA ROSA
NETO (Cici)
Esposo, pai, filho, cunhado, irmão, avô
e amigo! Lembramo-nos hoje, 22/11/2018,
pois, completarias 60 anos de idade.
Ainda continuamos incrédulos, perante
o fardo pesado que carregamos nas
nossas vidas. Se o sofrimento pela morte
fosse o preço que devemos pagar, pre-
ferimos entregar a Deus, porque só Ele
é que nos conforta. Paz à sua alma.
(19.324)
FALECEU
JORGE CAPOM DUARTE
E SILVA
A família Santana cumpre o doloroso
dever de comunicar o falecimento do
seu ente querido JORGE CAPOM DUARTE
E SILVA, ocorrido dia 18/11/2018, em
Lisboa- Portugal. (19.228)
FALECEU
ROSA FRANCISCO
CÉSAR NETO
Domingos Damião Neto (esposo), Luísa
Alexandre César Neto, Abel do Rosário
César Neto, Miguel César Neto, Deolinda
dos Anjos César Neto (filhos), genros, noras,
netos e bisnetos comunicam o falecimento
de sua querida ROSA FRANCISCO CÉSAR
NETO. O funeral realiza-se hoje, dia 22/11/18,
partindo da Paróquia Santíssimo Redentor
na Centralidade do Kilamba, para o cemitério
do Benfica, às 11h00. (19.244R)
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
AGRADECIMENTO
MARIA DA CONCEIÇÃO
DE JESUS JAIME GODINHO
Maria da Conceição do Sacramento Neto
Jaime, Sílvio do S. Neto Jaime, Bruno Miguel
do Sacramento Neto Jaime, Rui Gabriel do
Sacramento Neto Jaime e Luís Jorge do
Sacramento Neto Jaime agradecem a todos
quantos se dignaram em confortar-lhes
no momento de dor, bem como os que os
acompanharam até à última morada da
sua querida MARIA DA CONCEIÇÃO DE
JESUS JAIME GODINHO. (19.271)
FALECEU
MARIA PAULO ANTÓNIO
DA COSTA (Tia)
Pedro da Costa Paulo (esposo), Wilson
Paulo, Joice Paulo, Yoná Paulo, Geisla
Paulo, Edna Paulo (filhos), sobrinhos,
genros, netos, vizinhos, amigos e demais
familiares comunicam o passamento
físico de MARIA PAULO ANTÓNIO DA
COSTA (Tia), ocorrido dia 21/11/2018,
por doença. O funeral realizar-se-á em
data a anunciar oportunamente. (19.337)
FALECEU
DANIEL MANUEL CASTELO
Daniela Castelo, Nelson Castelo, Joaquim
Castelo (filhos), Sónia Quaresma, Paulo
Saraiva e demais familiares comunicam
o falecimento de seu ente querido DANIEL
MANUEL CASTELO, ocorrido no dia
16/11/2018. O funeral realiza-se amanhã,
sexta-feira, 23/11/2018, partindo o préstito
fúnebre Quartel do Exército (ex-R.I.20),
às 10h00, para o cemitério do Benfica.
(19.355)
MISSA
MARIA INÁCIO MUXABATA
Moisés Muxabata (esposo), Inácio, Valen-
tim Moisés, Leopoldina Moisés, Nelson
Moisés, Marta Moisés e filhos comunicam
que é rezada Missa do 1º Ano, em memória
da sua esposa e mãe MARIA INÁCIO
MUXABATA, hoje, quinta-feira, dia
22/11/2018, às 6h00, na Paróquia João
Paulo II, junto à Mundial Seguro, em
Talatona. (19.234R)
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018 19
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TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

EDITAL N.º 34
A Terceira Região Tributária faz saber que, as mercadorias abaixo indicadas, se encontram abandonadas e sob controlo Aduaneiro há mais de 60 dias, pelo que
serão vendidas em hasta pública, conforme o preceituado na alínea a) do n.º 2 do artigo 462.º, da alínea a) do n.º 5 do artigo 480.º, do n.º 1 do artigo 483.º e do n.º
1 do artigo 488.º, todos do Código Aduaneiro em vigor, conjugados com os artigos 10.º e 11.º do Decreto Executivo Conjunto n.º 12/95, de 28 de Abril.

Nesta conformidade, o leilão realizar-se-á no Terminal de II Linha da Sogester no Panguila, às 9h00, dez (10) dias úteis após a publicação do presente Edital.

Proc. Lote Contentor Tipo Designação Importador BL Data de DU Valor de

da Mercadoria Chegada Licitação KZ

52/16 132/16 CLHU2797723 20 Mosaicos e azulejos Ultimate Overseas Corp 952178052 19/11/14 080415010139 462.403,00

Liberado

52/16 137/16 MSKU5771726 20 Pladur Diviminho 564350633 25/09/14 160915010183 700.000,00

Liberado

61/14 2124/10 MAEU4036890 40 Partes de nave N/identificado N/identificado 28/04/10 N/identificado 300.000,00

61/14 148/13 MAEU4040077 40 Isoladores térmicos Cruval 860143165 28/05/10 N/identificado 300.000,00

61/14 155/11 MAEU4031882 40 Material de construção Cival N/identificado 28/05/10 N/identificado 300.000,00

61/14 153/11 KNLU4604329 40 Material de construção Cival N/identificado 28/05/10 N/identificado 300.000,00

61/14 173/13 MAEU6774130 20 Material de caixilharia Angola Steel Corporation 557961077 06/09/12 N/identificado 300.000,00

54/17 138/17 TCLU5441727 40 Acessórios de beleza (Bandoletes, fios, Macotile Comércio Geral 768337220 01/05/16 S/DU 720.000,00

brincos e cintos)

39/17 78/17 MRKU9474343 20 Sanitas Ultimate Overseas Corp 953203215 23/04/15 270516010056 482.440,00

Liberado

Critério de acesso para o leilão

1. Ser possuidor de cartão de contribuinte;

2. Não constar da lista de importadores detentores de mercadorias que sejam consideradas demoradas nos termos da lei vigente e;
3. Não ser devedor do fisco.

Obrigações dos licitantes / arrematantes:

1. Pagar ou depositar no prazo de 10 dias úteis o preço de arrematação e o equivalente a 10% sobre o mesmo valor, conforme o disposto no n.º 2 do artigo 499.º
do Código Aduaneiro;
2. Pagar as despesas de armazenagem, transportes, taxas aeroportuárias e/ou portuárias.

E, para constar, se deu a este Edital a devida publicação legal.

Terceira Região Tributária, aos 13 de Novembro de 2018.

A DIRECTORA REGIONAL

EURÍDICE CRISTINA F. BÁRBER A. ALVES

(100.893 E)
20 Quinta-feira
22 de Novembro de 2018

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RePÚBLICA de AnGOLA
TRIBUnAL PROVInCIAL de LUAndA
ORdeM dOs COnTABILIsTAs e PeRITOs COnTABILIsTAs de AnGOLA 3.ᵃ seCÇÃO dA sALA dO CÍVeL e AdMInIsTRATIVO

2.ª Assembleia-Geral Ordinária 2018 AnÚnCIO 2ª Publicação

COMUnICAdO URGenTe
PROCESSO N.° 0774/017-F

===A exCeLenTÍssIMA senHORA dOUTORA dÁRCIA nATHALY de sÁ nOGUeIRA GOMes,

JUÍzA de dIReITO dA 3.ª seCÇÃO dA sALA dO CÍVeL e AdMInIsTRATIVO, dO TRIBUnAL
PROVInCIAL de LUAndA.
Caros Membros da OCPCA ===FAz sABeR qUe, PELA 3.ª Secção da Sala do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de

que é Autora: dHL GLOBAL FORWARdInG (AnGOLA) Comércio e Transitário, Lda., com melhor
Luanda, corre termos uns autos de Acção Declarativa de Condenação com Processo Ordinário, em

No seguimento da convocatória publicada no Jornal de Angola nos identificação nos autos e Ré AOC seRVIÇO e PROdUTOs de TeLeCOMUnICAÇÕes, LdA.,

dias 31 de Outubro e 1 de Novembro do corrente, para a 2.ª Assem-
bleia-Geral Ordinária 2018 comunico que, por razões de força maior
ligadas à acomodação do número elevado de participantes esta As-
sembleia, após consulta ao senhor Presidente da Mesa da Assem-
querendo, no prazo de 20 (vinte) dias, que começa a correr finda a dilação de 30 (trinta) dias, con-
com sede em Luanda na Rua Rei Katiavala n.º 96, actualmente em parte incerta, para contestar,
tados da data da primeira e última publicação do anúncio sob pena de considerar confessados os
factos articulados pelo autor.
===Ficam advertidos de que é obrigatório a constituição de um Advogado.
===Nesta Acção, a Autora pede que se procede à citação do réu, conforme tudo melhor consta do
duplicado que se encontra à disposição no Cartório deste Tribunal.

a data da mesma, que passa para o Centro de Conferências de

bleia-Geral, somos forçados a alterar o local e consequentemente ===Para constar, passou-se o presente ANÚNCIO e mais dois de igual teor que irão ser afixados
nos alugares determinados por Lei.

Belas, no Futungo de Belas, no dia 14 de dezembro, às 8h00. Luanda, 2 de Julho de 2018

A JUÍzA de dIReITO A esCRIVÃ de dIReITO

Outras informações relacionadas com a Assembleia tais como, o en- /dárjia nathaly de sá nogueira Gomes/ (19.235) /Adalgisa Pascoal/

dereço do local e condições de estacionamento serão enviadas por

eCOnOMIsTA
correio electrónico/newsletters e afixadas no site da Ordem.

JUnTOs sOMOs MAIs FORTes

dIsPOnIBILIdAde IMedIATA
Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola, em
Luanda, aos 19 de novembro de 2018.
Tendo finalizado o meu contributo em projecto rele-
O Presidente do Conselho directivo vante, estou aberto a novas oportunidades e desafios.
Fernando Jorge Teixeira Hermes
Forte experiência
Gestão Financeira, Contabilidade
(100.895)

Vende-se MORAdIA nOVA em VILAMOURA

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Procedimentos de Auditoria
elaboração de Planos de negócios
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Interessados contactar Tlm. +244 933 492 046 935 648 182
(19.045) (19262)

Vende-se
AnÚnCIO de eMPReGO
Ref.ª TVCabo/001/2018 ResTAURAnTe eM BenFICA
A TVCabo Angola, Limitada vem, por este meio, anunciar a aber-
R/CH e 1.º AndAR ABAndOnO de TRABALHO

A Empresa ABReU CARGA AnGOLA e TRÂn-

tura de 1 vaga para a função que se segue:

Técnico especialista de Gestão

NO R/CH COM 120 LUGARES SENTADOS, TODO EQUIPADO.

de Redes Informáticas (M/F)

NO 1.º ANDAR 80 LUGARES, TODO EQUIPADO, 4 SNOOKERS.
sITO, LdA, com sede em Luanda, município da In-
SALA VIP E OUTRAS SALAS.
Requisitos necessários: Esq., comunica ao funcionário sr . AUGUsTO MA-
gombota, na Avenida 4 de Fevereiro, n.º 31 – 1.º
TeLeFOne: 943 710 252
- Licenciatura em Engenharia Informática e Telecomunicações nUeL, que se encontra em situação de abandono
(19.071)

local de trabalho há mais de dez (10) dias conse-

(requisito obrigatório); de trabalho, pelo facto de estar ausente do seu
- Nacionalidade Angolana;
- Idade até 30 anos;
- Domínio das linguagens de programação:Java, C e C++ (requi- cutivos, sem justificar ao empregador do motivo da

verá apresentar-se nos próximos cinco (5) dias

sito obrigatório); ausência. Informa, igualmente, que o mesmo de-
- Domínio da plataforma U2000 para controlo de rede FTTH (re-
quisito obrigatório);
- Conhecimentos de Inglês (requisito obrigatório); úteis após esta publicação, para justificar docu-
- Domínio de programação para Internet: ASP.NET, HTML, mentalmente o motivo da mesma, sob pena de,
Dreamweaver;
- Experiência em criação de sites, gestão de domínios e conteúdos Web. nos termos do artigo 229.º, n.º 2, alínea c) da LGT,
efectivar-se o Abandono de Trabalho.
Data limite para a recepção de candidaturas: 15 dias após a data
de publicação
Luanda, aos 13 de Novembro de 2018.

O departamento de Recursos Humanos.

Enviar Curriculum Vitae, com a devida referência para:

Avenida Comandante Che Guevara, nº 87/89,

Bairro do Maculusso, Luanda Pedro Loureiro (19.058)
(19209) (18.761)
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018 21
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NOTA EDITAL

A Administração Geral Tributária, vem através deste comunicar que a funcionária ISABEL ISAURA SEBASTIÃO
MINGAS, encontra-se em situacão de abandono de lugar, pelo facto de estar ausente do local de trabalho, por um
periodo superior a 30 dias, sem qualquer justificação.

Após várias tentativas no sentido de contactá-la, e esgotadas todas as diligências e recursos para o efeito, comu-
nica-se que deve, no prazo de 5 dias úteis, a contar da data da publicação do presente Edital, apresentar-se para
justificar ou provar documentalmente as razões da sua ausência, nas horas normais do expediente, junto da Direcção
de Recursos Humanos, desta Administração Geral, sita na Rua Teresa Afonso n.º 2, Luanda/Angola.

Findo o prazo indicado, séra considerado auto de abandono de lugar, nos termos do artigo 46.º do Decreto n.º 33/91,
de 26 de Junho, que estabelece o regime disciplinar aplicável aos funcionários públicos e agentes administrativos.

ADMINISTRAÇÃO GERAL TRIBUTÁRIA, em Luanda, aos 16 Novembro de 2018.

A DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

(100.893 a)

COMUNICADO
A Administração Geral Tributária (AGT) comunica aos interessados e Público em geral, que estão abertas as inscrições para
Candidaturas a Agentes Autorizados de Selos da Taxa de Circulação de 2018.
Requisitos para admissão:

a) Certidão Comercial;
b) Número de Identificação Fiscal;
c) Comprovativo de Situação Fiscal Regularizada;
d) Fotocópia do Alvará Comercial;
e) Acesso a Internet (permanente);
f) Lista de Contactos actualizada;
g) Lista de pontos de venda;
h) Carta devidamente carimbada, endereçada à AGT a solicitar autorização para credenciamento acompanhada dos
documentos acima referidos.

As candidaturas devem ser apresentadas até ao dia 14 de Dezembro pelas 15h00.

Para mais informações, os interessados deverão contactar a AGT, através do correio electrónico: taxadecirculação@minfin.gv.ao
ou pelo contacto telefónico 222.016.661

Direcção de Cadastro e Arrecadação da AGT, em Luanda, aos 19 de Novembro de 2018

O DIRECTOR
SHINYA D.T. JORDÃO
(100.842) (100.893 b)
22 Quinta-feira
22 de Novembro de 2018

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PROCESSO DE SELECÇÃO PARA BOLSAS DE ESTUDO DE
MESTRADO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO NA NORUEGA
2019 / 2021
A Aker Solutions Enterprises, Lda.(AKSEL) e a Universidade Norueguesa de Ciência e Tecno-
logia (NTNU) em colaboração com a Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto
(UAN), informam que estão abertas as candidaturas a 5 (cinco) bolsas de estudo para Mestrado
em Engenharia de Petróleo através do Programa AKSEL Academy (Iniciativa Angolano-Norue-
guesa para o Ensino Superior).
O objectivo do Programa AKSEL Academy é contribuir para o fortalecimento do ambiente académico
da UAN e aumentar a oferta de Engenheiros qualificados para atender à demanda da indústria de
petróleo em Angola.
O curso de Mestrado em Engenharia de Petróleo terá duração de 24 (vinte e quatro) meses, será
leccionado por docentes da NTNU, ministrado integralmente na Língua Inglesa na Cidade de Trond-
heim, Noruega e terá início em Agosto de 2019.
Aos que concluírem o curso será concedido o título de MASTER OF SCIENCE IN PETROLEUM
ENGINEERING pela Norwegian University of Science and Technology e deverão comprometer-se a
retornar a Angola por pelo menos 2 (dois) anos a fim de integrar o corpo docente da Faculdade de
Engenharia da Universidade Agostinho Neto.
O presente programa de bolsas de estudo está destinado aos candidatos que atendam os pré-requi-
sitos relacionados abaixo:
 Ter Nacionalidade Angolana com residência permanente no País;
 Ter idade não superior a 35 (trinta e cinco) anos;
 Ser licenciado em Engenharia com grau outorgado em 2017 ou anos anteriores pela Universidade
Agostinho Neto;
 Proficiência na Língua Inglesa a nível intermediário (a ser avaliado por escola credenciada);
 Ter média igual ou superior a 14 valores nas disciplinas de Matemática (Cálculo I, II, III) e Estatística;
 Disponibilidade para frequentar o curso de Inglês preparatório obrigatório para o Exame
TOEFL (Test of English as a Foreign Language aplicado via internet) para os candidatos que forem
seleccionados na 3.ª fase do processo de selecção;
 Atingir a nota mínima de 90 pontos, exigida pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia
no exame TOEFL aplicado na 4.ª fase do processo de selecção.
Os formulários de inscrição com o Edital detalhado deverão ser retirados no Departamento de Inves-
tigação Científica e Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia da UAN, sito na Avenida 21 de
Janeiro, em Luanda, no período de 19 a 27 de Novembro de 2018 (segunda a sexta-feira) no ho-
rário das 10:00 às 17:00 horas.
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS
DIRECÇÃO NACIONAL DOS REGISTOS E NOTARIADO
LOJA DOS REGISTOS E NOTARIADO DO CASSENDA
CERTIFICADO
EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO
Eu, abaixo assinado, DORINA DO ROSÁRIO FERREIRA DA CONCEIÇÃO, no-
tária do Cartório Notarial da Loja de Registos do Cassenda, em Luanda, cer-
tifico narrativamente para efeito de publicação, que foi hoje lavrada no
Condomínio Alpha, Edifício 1, Piso 1, Talatona, Luanda, de folhas cinquenta e
um a folhas cinquenta e quatro, do livro de notas para escrituras diversas número
cinco - D, uma escritura de justificação, na qual a requerente:
LURDES DA CONCEIÇÃO MARTINS DA SILVA, NIF 10000003974A070, di-
vorciada, natural de Sertã, Portugal, de nacionalidade portuguesa, residente na
Rua da Liberdade, Bairro Vila Alice, Rangel, Luanda, que outorga, em repre-
sentação da sociedade comercial anónima com a firma “F. Ramada – Aços e
Indústrias, S. A.”, NIF 5401011040, com sede em Viana, Luanda, matriculada
na Conservatória do Registo Comercial de Luanda, com o número dois mil du-
zentos e trinta barra mil novecentos e cinquenta e sete.
Que a sociedade sua representada é dona e legítima possuidora, com exclusão
DECLAROU:
de outrem, de:
i) Um prédio urbano, composto por casa de rés-do-chão destinado a unidade fa-
bril e o primeiro andar destinado a habitação, com a
área de quatro mil e quatrocentos metros quadrados, sito em Viana, Luanda,
que confronta a norte com Estrada de Luanda - Catete; a sul com Rua do Co-
mércio, a Este com talhão n.º 493; e a Oeste com talhão n.º 491, que é o talhão
número quatrocentos e noventa e dois de que faz parte do prédio inscrito na res-
pectiva matriz predial urbana sob o artigo 044050417000519137.
Que o prédio ainda não está descrito na Conservatória do Registo Predial, pelo
que pretende proceder ao respectivo registo de aquisição a seu favor, mas não

Os formulários de inscrição preenchidos e os documentos exigidos deverão ser devolvidos no

Departamento de Investigação Científica e Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia da UAN nas o tem podido fazer em virtude de não possuir título suficiente para o efeito, nem
seguintes datas e horários: forma de o obter pelos meios extrajudiciais normais.
Que o prédio foi adquirido pela sociedade sua representada no ano de mil no-
vecentos e oitenta e oito, por compra verbal e da qual foi lavrado contrato de
29 de Novembro de 2018, das 09:00 às 11:00 horas

compra e venda que obteve parecer favorável do Departamento Nacional, do

30 de Novembro de 2018, das 09:00 às 11:00 horas

Ministério de Indústria e Energia, para a compra feita à EMPRESA METALO

03 de Dezembro de 2018, das 09:00 às 11:00 horas

Para efeitos de candidatura serão exigidos os seguintes documentos:

 Formulário de Inscrição preenchido; MECÂNICA LIGEIRA – U.E.E. – EPMEL, e que nunca foi possível a realização
 Cópia legível do diploma de licenciatura em Engenharia pela Universidade Agostinho Neto; da sua escritura pública ou de qualquer outro título de posse.
 Cópia legível do Certificado de Habilitações ou declaração com notas discriminadas do curso de
Engenharia emitido pela Direcção dos Assuntos Académicos da Universidade Agostinho Neto; Que, no entanto, desde a referida data da aquisição do prédio supra referido, a
 Cópia legível do Bilhete de Identidade de Cidadão Nacional; sociedade representada da primeira outorgante, ora justificante, tem vindo a
 Atestado de residência;
comportar-se em relação ao mesmo, como única proprietária e na convicção de
 Registo Criminal autenticado pelo MIREX;
 1 fotografia colorida recente em formato tipo passe (passaporte) 4,5cm x 3,5cm;
que assim era, exercendo todos os direitos inerentes a essa qualidade, zelando
 Cópia legível da 1.ª, 2.ª e 3.ª páginas do passaporte com validade mínima de 3 (três) anos; pela conservação e manutenção do prédio, praticando todos os actos inerentes
 2 Cartas de recomendação com informações de contacto da pessoa de referência; a essa qualidade, usufruindo do mesmo em toda a sua plenitude e sem quais-
 Cópia legível do Cartão de Vacinas Internacional. quer restrições, pagando os respectivos impostos e taxas devidos, pelo que ad-
A selecção dos candidatos que atendam os pré-requisitos e que apresentem toda a documentação quirira o referido prédio por usucapião.
exigida será realizada pela comissão de selecção composta por membros da AKSEL, da UAN e da Que, desde o referido ano da aquisição não titulada, tem vindo a exercer a posse
NTNU. efectiva do mencionado prédio, ainda não descrito na respectiva Conservatória
O processo de selecção será realizado em 4 fases, de carácter eliminatório e classificatório, que con- de Registo Predial, a qual já dura há mais de vinte anos, de forma pública, pa-
sistirá em:
cífica, contínua e de boa-fé, sem interrupção e sem oposição de ninguém, posse
1.ª Fase Análise dos Formulários de Inscrição e documentos 4 a 5 de Dezembro de 2018 essa traduzida na fruição e conservação do prédio, nos termos referidos.
Que, atendendo a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, se tem
Dezembro de 2018
2.ª Fase Teste de nível de proficiência em Inglês
(data a ser definida) mantido continuadamente, de forma ininterrupta, já adquiriu o prédio por USU-
Dezembro de 2018
CAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição do direito de
3.ª Fase Entrevistas individuais em Português e Inglês
(data a ser definida) propriedade, para todos os efeitos legais.
Maio de 2019 Que supre, desta forma, a inexistência de título para efeitos de registo, obtendo
4.ª Fase Exame TOEFL* (data a ser definida) assim título adequado para proceder ao registo do prédio na citada Conservató-
*O Programa AKSEL Academy oferecerá um curso intensivo de Inglês obrigatório de 14 de Janeiro ria do Registo Predial de Luanda, Segunda Secção, para primeira inscrição do
a 6 de Maio de 2019 aos candidatos que forem seleccionados na 3.ª Fase do processo de selecção. prédio após o cumprimento das demais formalidades legais.

O valor da Bolsa de Estudo de Mestrado inclui ajuda de custo para alimentação e acomodação.
Passagem aérea e seguro de viagem serão custeados pelo programa AKSEL Academy durante a
duração do Mestrado.
==========Está conforme o original, na parte a que me reporto.============

O resultado final do processo de selecção será publicado em Maio de 2019 no Jornal de Angola (data
Luanda, Cartório Notarial, quinze de Novembro de dois mil e dezoito.
a ser definida).

Contactos através do email: A NOTÁRIA

(19.008)
akselacademy@akersolutions.com
(19227)
DORINA DO ROSÁRIO FERREIRA DA CONCEIÇÃO
REGIÕES
22 de Novembro de 2018
CUANDO CUBANGO
Uma das escolas do projecto do Fundo de Apoio Social construída em Menongue com o financiamento do Banco Mundial
Banco Mundial disponibiliza
verbas para infra-estruturas
Projecto sob a égide do Fundo de Apoio Social contempla a construção de
estabelecimentos públicos em várias localidades de Menongue e do Cuchi
Lourenço Bule | Menongue
O Banco Mundial (BM) dis-
ponibilizou mais de 200
milhões de kwanzas para o
financiamento da construção
de oito infra-estruturas públi-
cas na província do Cuando
Cubango, implementados
pelo Fundo de Apoio Social
(FAS) durante o período de
2014 a 2018 nos municípios
de Menongue e Cuchi.
Esta informação foi avan-
çada, ontem, ao J ornal de
Angola, pelo director provin-
cial do FAS , Luís Faria, adian-
tando que já foram concluídos
cinco projectos, sendo um
posto de saúde no bairro Savi-
panda, uma escola de seis
salas na localidade de Kamun-
gamba, em Menongue, uma
residência do tipo T-3 para
professores na comuna do
Cutato, um posto de saúde e
uma escola de seis salas na
aldeia de Tchilanangombe,
no município do Cuchi.
Luís Faria informou que
os outros três projectos, que
são uma residência do tipo T-
3 para professores em Menon-
gue, uma escola de quatro
salas de aula e uma residência
para docentes no Cuchi, faltam
apenas os apetrechos.
“A construção destes esta-
belecimentos públicos que
visam a melhora das condições
Quinta-feira
de vida das populações, sobre-
tudo nas comunidades rurais
de Menongue e Cuchi, só está
a ser possível devido ao apoio
incondicional do Banco Mun-
dial e do Governo Provincial
do Cuando Cubango, admi-
nistrações municipais e comu-
nais”, disse Luís Faria.
Inclusão produtiva
O responsável do FAS no
Cuando Cubango avançou
que, no primeiro trimestre
do próximo ano, vai ser
implementado na província,
um projecto de inclusão pro-
dutiva, sob a égide da insti-
t u i ç ã o q u e d i r ig e , p a ra
famílias vulneráveis, parti-
cularmente os cidadãos das
comunidades khoisan, que
são nómadas. “É um projecto
que visa suprir as dificuldades
de alimentação e vestuário
que assolam muitas comu-
nidades”, disse.
Sem avançar o número
de famílias a beneficiar por
este projecto, Luís Faria
sublinhou que o mesmo será
igualmente financiado pelo
Banco Mundial (BM) e vai
comportar as áreas da agri-
cultura, pecuária, comércio
e da formação. Responsáveis
e técnicos das administra-
ções municipais vão bene-
ficiar, à luz deste projecto,
de diversas formações.
“Este projecto visa, essen-
NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO | CUANDO-CUBANGO
cialmente, aumentar o ren-
dimento diário das famílias
nas comunidades, de acordo
com a actividade que exer-
cem. No fundo, pretende-
m o s re d u z i r a p o b re z a
extrema que assola muita
gente”, disse.
“As regiões da orla
fronteiriça da
província,
concretamente no
Cuangar, Calai,
Dirico e Rivungo,
foram as primeiras
a serem
seleccionadas por
não possuírem um
sistema de saúde ”
Agentes comunitários
Luís Faria adiantou que o
Fundo de Apoio Social conta
com o suporte financeiro da
organização não governa-
mental americana “World
Vision”, para continuar a
formar agentes de desen-
volvimento comunitário e
sanitário (adecos), para o
combate e tratamento da
malária em vários municípios
do Cuando Cubango.
Esta acção formativa, que
começa no próximo ano, vai
ser ministrada por especia-
listas do Ministério da Saúde
que estão ao serviço do FAS.
Numa primeira fase, serão
formados 30, nos municípios
do Cuito Cuanavale e, pos-
teriormente, em Menongue,
Cuchi, Nancova e Mavinga.
“A ideia é ter 30 agentes
comunitários em cada muni-
cípio que vão essencialmente
dedicar-se ao processo de
sensibilização, prevenção e
combate a várias doenças,
com incidência para a malá-
ria. Portanto, cada técnico
vai controlar 50 famílias com
o intuito de se imprimir
maior dinâmica nas acções
do sector da Saúde e, con-
sequentemente, diminuir os
índices de mortalidade nestas
localidades”, disse.
Este ano, o FAS formou 150
agentes de desenvolvimento
comunitário e sanitário que
estão a trabalhar nos muni-
cípios do Cuangar, Calai, Dirico
e Rivungo, em medidas de
prevenção, tratamento e com-
bate à malária.
“As regiões da orla fron-
teiriça da província, concre-
tamente no Cuangar, Calai,
Dirico e Rivungo, foram as
primeiras a serem seleccio-
nadas por não possuírem um
sistema de saúde que lhes
permita responder com rapi-
dez aos casos graves de malá-
ria e paludismo, as doenças
m a i s f re q u e nte s n e sta s
regiões”, concluiu.
Uíge
REGISTADAS 25 MORTES POR AFOGAMENTOS
Um total de 25 pessoas morreu de afogamento em lagoas, rios e
poços , de Janeiro até ao passado dia 20 do corrente, na província
do Uíge, registando-se menos dois casos no período homólogo
em 2017. A informação foi avançada à Angop pelo chefe local de
Secção de Náufragos do Comando Provincial de Serviço de
Protecção Civil e Bombeiros, inspector bombeiro-chefe Francisco
Mateus. As ocorrências foram registadas nos municípios do Uíge,
Maquela do Zombo, Negage e Quitexe.
ZAIRE
REJEITADA ENTRADA
DE ESTRANGEIROS
O Serviço de Migração e
Estrangeiros (SME) na
província do Zaire rejeitou,
nos últimos sete dias, a
entrada no território
nacional, de 31 cidadãos da
República Democrática do
Congo (RDC), por falta de
documentos de viagem
válidos e meios de
subsistência. Segundo um
comunicado do SME que
Angop teve acesso, 20
estrangeiros foram
impedidos de entrar no país
a partir da fronteira do Luvo,
60 quilómetros a Norte da
cidade de Mbanza Kongo ,
10 no Nóqui e um na
comuna fronteiriça do
Buela, município do
Cuimba. No mesmo
período, de acordo com a
nota, o órgão afecto ao
Ministério do Interior emitiu
292 passes de travessia para
os cidadãos nacionais, que
se deslocaram para a RDC,
por diversas razões.
Quanto as acções de
controlo e fiscalização de
estrangeiros em situação
migratória ilegal, foram
interpelados e detidos nos
municípios do Soyo, Nzeto,
Tomboco e Nóqui, 15
congoleses democráticos e
um da indonésio , por
SECTOR DA SAÚDE EM MALANJE
Mais de 700 técnicos
disputam 111 vagas
Luísa Victorino | Malanje
Um total de 794 candidatos,
na sua maioria jovens, con-
correu segunda-feira, para
111 vagas na Saúde na pro-
víncia de Malanje, disse,
ontem, à imprensa o director
provincial do sector, Avan-
tino Sebastião.
Segundo o responsável,
as vagas disponíveis são para
Medicina, Enfermagem,
Diagnóstico e Terapia para
técnicos médios e superiores.
“Lamentamos a perda de
vagas para admissão de médi-
cos em vários municípios da
província. Não tivemos can-
didatos para preencherem
os 46 lugares disponibiliza-
dos em Malanje, Cacuso,
Mucari e Cangandala”, disse
Avantino Sebastião.
O director provincial asse-
gurou que as provas “decor-
rem sem sobressaltos”e já
foram encaminhadas ao
Ministério da Saúde, em urnas
lacradas para a correcção
electrónica, com barra de
código, com vista a se evitar
fraudes. “Os candidatos foram
23
diversas infracções
migratórias. De acordo
ainda com o documento,
neste intervalo, foram
expulsos 19 cidadãos da
RDC, sendo 15 por decisão
administrativa e três por
medidas judiciais.
HUAMBO
RECLUSOS CONCLUEM
CURSOS PROFISSIONAIS
Um total de 132 reclusos
concluíram ontem, na
província do Huambo, o
terceiro ciclo de formação
profissional, oferecido pelo
Instituto Nacional de
Emprego e Formação
Profissional (INEFOP), cujas
aulas aconteceram no
estabelecimento prisional.
Durante nove meses,
os reclusos frequentaram
aulas teóricas e práticas
de carpintaria, canalização,
serralharia, alvenaria
e electricidade
de baixa tensão.
Ao encerrar o ciclo
formativo, a responsável
do INEFOP na província,
Domingas Lourdes
Mundombe, afirmou
que o sucesso desta acção
resultou da competência e
da habilidade dos
professores, aliada ao
interesse dos reclusos que
beneficiaram da formação.
submetidos a provas perso-
nalizadas, elaboradas pelo
corpo de júri”, sublinhou.
Apesar de o número de
vagas disponibilizadas não
satisfazer as necessidades da
província, o sector da Saúde
vai ganhar alento, pois terá,
substancialmente, mais qua-
dros. “Temos de admitir que
o Executivo fez um grande
esforço para disponibilizar
verbas para abertura do con-
curso público e a consequente
admissão de mais técnicos
para a Saúde”, frisou.
EDIÇÕES NOVEMBRO
Hospitais em Malanje
têm défice de quadros
24 SOCIEDADE
EX-TRABALHADORES ANGOLANOS NA ANTIGA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA ALEMÃ
Executivo afirma ter saldado dívida
mas reclamantes dizem o contrário
Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social assegura que o pagamento das compensações já foi concluído,
posição contestada por um núcleo de ex-trabalhadores, que dizem estar o Governo a dever ainda a cada um deles 168 mil dólares
Edivaldo Cristóvão
Uma fonte ligada ao Minis-
té r i o d a Ad m i n i st ração
Pública, Trabalho e Segu-
rança Social garantiu, ontem,
em Luanda, que o processo
de pagamento das compen-
sações destinadas aos ex-
trabalhadores angolanos na
antiga RDA foi concluído em
2017, uma posição rejeitada
por um núcleo de ex-traba-
lhadores, que alega estar o
Executivo a dever ainda a
cada um dos 1.676 recla-
mantes 168 mil dólares, o
equivalente, actualmente, a
49 milhões de kwanzas.
As reclamações dos ex-
trabalhadores angolanos na
antiga República Democrá-
tica Alemã são resultantes
dos descontos que eram feitos
para a segurança social, cujo
valor era retirado dos seus
salários pelo Governo da ex-
R DA e c a n a l i z a d o p a ra
Angola, onde cada um deve-
ria receber 189 mil dólares
pelos quatro anos de trabalho
na antiga RDA, de 1985 a
1989, período em que vigorou
o acordo estabelecido com
Angola, que visava dar for-
mação profissional a ango-
lanos em fábricas alemãs.
Os reclamantes contabili-
zaram 189 mil dólares como
valor total que cada um deve
receber porque, do salário de
cinco mil marcos, o equivalente
naquela altura a 2.941 dólares,
que recebiam na ex-RDA,
eram retirados 25 por cento e
enviados para Angola pelo
Governo da desintegrada RDA.
Contactado pelo Jornal de
Angola, a fonte do departa-
mento ministerial acentuou
que o pagamento das com-
pensações começou em 2004
e foi feito em três fases, a
última das quais em 2011. Mas,
em 2017, o Ministério declarou
encerrado o processo de com-
pensações com a inserção no
Sistema de Segurança Social
dos que já tinham idade para
a reforma e a atribuição de
competências profissionais,
por via da frequência de cur-
SERVIÇO DE SAÚDE
Luanda com nova clínica
Mazarino da Cunha
A "Afrisaúde" é a mais
nova clínica da província
de Luanda, inaugurada
ontem pelo embaixador
da Índia em Angola, Sri-
kumar Menon.
sos, aos que estavam desem-
pregados para regressarem
ao mercado de trabalho.
No total, de acordo com
a fonte ministerial, foram
desembolsados mais de qua-
tro mil milhões de kwanzas
para o pagamento a mais de
dois mil ex-trabalhadores
na antiga RDA. Na primeira
fase, em 2004, foram bene-
ficiados 1.734 ex-trabalha-
dores, cada um dos quais
recebeu 552.799 kwanzas.
Na segunda fase, ocorrida
em 2006, foram beneficiados
1.509 ex-trabalhadores,
tendo cada um recebido 560
mil kwanzas.
Nesta fase, o Executivo
gastou 845.040.000 kwanzas.
Na última fase, decorrida em
Fevereiro de 2011, foram con-
templados 2.164 ex-traba-
lhadores, cada um dos quais
recebeu 1.278.000 kwanzas,
totalizando mais de três mil
milhões de kwanzas desem-
bolsados pelo Executivo.
A origem da reivindicação
dos ex-trabalhadores ango-
lanos na antiga RDA está nos
cálculos feitos pelo Ministério
da Administração Pública,
Trabalho e Segurança Social
que, no entender de Luís Sal-
vador, que falava ao Jornal
de Angola em nome dos
reclamantes, “não corres-
pondem ao valor real, con-
firmado pela Secretaria de
Estado do Trabalho e Assun-
tos Sociais da Alemanha”.
“A Secretaria de Estado do
Trabalho e Assuntos Sociais da
Alemanha comunicou-nos que
foram transferidos para Angola
todos os descontos”, explicou
Luís Salvador, que disse não
ser verdade a conclusão do pro-
cesso, contrariando assim a
posição do Ministério da Admi-
nistração Pública, Trabalho e
Segurança Social.
As declarações de Luís
Salvador, primeiro presi-
dente e fundador da Asso-
ciação dos Ex-trabalhadores
Angolanos na antiga RDA,
são opostas às emitidas pela
fonte ministerial que, na
conversa com o Jornal de
Angola, afirmou que o pro-
Na véspera da inaugura-
ção, o director clínico da
unidade sanitária, Onélio
Lopes, garantiu ao Jornal de
Angola que a clínica vai asso-
ciar-se às campanhas de
vacinação realizadas pelo
Gabinete Provincial da Saúde
Luís Salvador (primeiro à direita) falou em nome do núcleo dos ex-trabalhadores da antiga RDA
cesso negocial entre o Estado
e os ex-trabalhadores na
antiga RDA foi “demorado
e passou por várias fases
devido à insatisfação de
alguns ex-trabalhadores que
exigiam pagamentos de sub-
sídios que não estavam den-
tro do acordo”.
Os reclamantes reivindi-
cam o pagamento de 168 mil
dólares porque dizem ter cada
um recebido até hoje do Exe-
cutivo apenas 21 mil dólares,
o equivalente a dois milhões
de kwanzas, da dívida total
de 189 mil dólares.
Luís Salvador declarou que
não houve transparência no
processo de pagamento das
compensações a que têm
direito, razão pela qual espe-
ram que o processo negocial
seja retomado com o Minis-
té r i o d a Ad m i n i st ração
Pública, Trabalho e Segurança
Social, porque não se levou
em atenção à equivalência
real dos valores convertidos
em kwanza, correspondentes
de Luanda. Onélio Lopes
acrescentou que estão cria-
das as condições humanas,
técnicas e infra-estruturais
para a realização periódica
de vacinação a cidadãos que
acorrerem à clínica em épo-
cas de campanha.
Localizada na Avenida 21
a devoluções, indemnizações
e gratificações.
Além do valor exigido, os
ex-trabalhadores na antiga
RDA seriam também inscritos
no Instituto Nacional de Segu-
rança Social (INSS), para rece-
berem uma pensão mensal
de 320 mil kwanzas, valor
proposto pela associação.
Ao contrário do desejo
manifestado, de acordo com
Luís Salvador, a cada traba-
lhador foi atribuída uma pen-
são de 45 mil kwanzas, valor
que um número expressivo
de ex-trabalhadores decidiu
não receber por estar aquém
da quantia desejada.
No entender de Luís Sal-
vador, existe falta de trans-
parência, daí a necessidade
de serem retomadas as nego-
ciações com o Estado para a
conclusão do processo de
pagamento de compensações.
“O acordo foi violado, por
não ter sido cumprido aquilo
que os dois Estados acorda-
ram”, declarou o represen-
de Janeiro, a Afrisaúde pre-
tende contribuir para a
melhoria das condições de
vida da população da pro-
víncia de Luanda.
Além do serviço de vaci-
nação, a clínica Afrisaúde,
localizada no Morro Bento,
vai pôr à disposição da popu-
lação consultas de medicina
geral e interna, pediatria,
cardiologia, dermatologia,
oftalmologia, urologia, gine-
cologia, gastrenterologia,
endocrinologia, farmácia e
laboratórios.
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
tante do núcleo de ex-tra-
balhadores angolanos na ex-
RDA, que acrescentou ter
sido aberto, em 2015, um
processo junto da Sala do
Cível e Administrativo do
Tr i b u n a l P rov i n c i a l d e
Luanda, uma decisão tomada
porque o Ministério da Admi-
nistração Pública, Trabalho
e Segurança Social se recusa
a receber os representantes
dos ex-trabalhadores.
A fonte do Ministério da
Administração Pública, Tra-
balho e Segurança Social
confirmou que o Instituto
Nacional de Segurança Social
recebeu da Associação dos
Ex-trabalhadores Angolanos
na RDA 1.005 processos, dos
quais 670 já recebem pensão
de reforma, encontrando-
se neste grupo 170 indivíduos
em reforma antecipada.
Os restantes inscritos no
sistema de Segurança Social
não recebem ainda pensão
por não terem atingido a
idade para a reforma.
A nova clínica da capital tem condições para começar a funcionar
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
Manifestações infundadas
Depois da conclusão do pro-
cesso de pagamento, um
grupo de mais de 300 ex-
trabalhadores de Angola na
extinta RDA e actualmente
residentes na Alemanha,
liderado por David André,
Silvestre Domingos e Santos
Zeca, enviou uma carta à
Embaixada de Angola, na
qual pedia desculpas pelas
“manifestações infundadas”
realizadas por alguns ex-
trabalhadores em frente às
instalações da representação
diplomática devido ao atraso
no pagamento da dívida.
Na carta, o grupo de ex-
trabalhadores pede desculpas
pelas “manifestações infun-
dadas”, feitas, em Berlim, por
“elementos radicais devida-
mente identificados” junto à
Embaixada de Angola na Ale-
manha, e ao Consulado Geral,
na cidade de Frankfurt.
Ex-trabalhadores
angolanos na
antiga RDA
pedem o recomeço
das negociações
com o Ministério
da Administração
Pública, Trabalho
e Segurança Social
A versão apresentada por
Luís Salvador, em nome de
um núcleo de ex-trabalha-
dores na antiga RDA, foi con-
trariada pelo actual presidente
da Associação de Ex-traba-
lhadores na antiga RDA.
Santana Dias de Elvas
afirmou que, “por parte de
Angola, todo o processo de
pagamento das compensa-
ções já está resolvido, fal-
tando apenas a conclusão
do processo de enquadra-
mento no Instituto Nacional
d e S egu ra n ça S o c i a l d e
alguns que ainda não com-
pletaram 50 anos para pode-
rem ser inscritos no INSS a
fim de passarem a receber
as pensões, conforme está
acordado”.
EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
SOCIEDADE Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
DOENÇA DO SÉCULO
ANASO defende
a criminalização
por transmissão
dolosa do HIV
O secretário executivo da
Rede Angolana das Organi-
zações de Serviços de Sida
(ANASO) defendeu, terça-
feira, em Luanda, a crimi-
nalização de indivíduos que
t ra n s m i t e m o v í r u s d o
HIV/Sida de forma dolosa
ou consciente.
Falando à imprensa, por
ocasião do seminário de vali-
d a ç ã o d a ava l i a ç ã o d o
ambiente jurídico sobre
HIV/Sida em Angola, António
Coelho reconheceu que, por
parte de Angola, nunca houve
vontade política em rever a
lei sobre o HIV/Sida, que visa
dar corpo à protecção de pes-
soas infectadas e afectadas
pela doença.
O responsável lamentou
a não regulamentação da lei
desde 2004. “Não temos ins-
trumentos que nos possibi-
litam defender essas pessoas
e, por esta razão, decidiu-se
fazer uma avaliação do real
contexto jurídico das actuais
estimativas do HIV no país.
Concluímos que grande parte
destas pessoas está despro-
tegida”, salientou.
A Lei 8/04 prevê a crimi-
nalização das pessoas que
praticam a transmissão por
dolo ou por negligência, cuja
pena é igual à de envenena-
mento, que vai dos 20 aos
24 anos de prisão.
Segundo António Coelho,
a nível da Assembleia Nacio-
nal, prevê-se, do ponto de
vista de educação e reflexão,
uma abordagem em relação
à pena, no âmbito da trans-
missão dolosa.
“Por recomendação da
ONU/Sida e da SADC, temos
feito uma reflexão aturada
para avaliar se vale a pena
enveredarmos pela crimi-
nalização das pessoas que
praticam o dolo e a negligên-
cia. Também estão em vista
outras acções de prevenção,
como de consciencialização
e sensibilização das pessoas
para a mudança de compor-
tamento”, disse.
António Coelho menciou
o caso da menina de sete anos
infectada através de uma
transfusão sanguínea e que
chocou a sociedade.
Em relação à ocorrência,
disse que se está diante de
um incidente que pode ser
cometido de forma dolosa ou
por negligência.
“Vamos esperar pelos
resultados, mas, enquanto
organização da sociedade
civil, entendemos que as pes-
soas que praticam a trans-
missão dolosa devem ser
criminalizadas”, acentuou.
Actualmente, de acordo
com o secretário executivo
da ANASO, não existem esta-
tísticas por contaminação
dolosa, mas a organização
tem recebido, em média diá-
ria, 15 denúncias.
Associados a isso, conti-
nuou, estão os casos de vio-
lência sexual que têm
comprometido os esforços do
país, no âmbito da prevenção
do HIV. Manuela Gomes
MOVIMENTO SINDICAL
A UNTA -CS é a mais antiga organização sindical em Angola
UNTA-CS continua atenta
à estabilidade do emprego
Kilssia Ferreira
O secretário-geral da União
Nacional dos Trabalhadores
Angolanos - Confederação
Sindical (UNTA-CS), Manuel
Viage, declarou, ontem, em
Luanda, que a maior preo-
cupação da organização sin-
dical é manter a estabilidade
do emprego.
A preocupação do dirigente
sindical, manifestada à comu-
nicação social à margem de
um seminário, é resultante
da crise económica e finan-
ceira, que está a criar proble-
mas de tesouraria a muitas
empresas, tendo algumas já
dispensado trabalhadores.
Manuel Viage adiantou que
os trabalhadores estão a viver
PROVÍNCIA DE BENGUELA
Polícia foi condenado
por atentado ao pudor
Jesus Silva | Lobito
Ernesto Ferreira dos Santos,
antigo comandante da Uni-
dade de Trânsito do Lobito,
província de Benguela, foi
condenado pelo Tribunal Pro-
vincial do Lobito a dois anos
de prisão por atentado ao
pudor, mas com pena sus-
pensa durante cinco anos.
Ernesto dos Santos estava
indiciado pelo crime de vio-
lação, mas as provas recolhidas
pelo Serviço de Investigação
Criminal (SIC) não foram sufi-
cientes para ser responsabi-
lizado criminalmente pelo
ASSINALADO HOJE
Cidade do Luena acolhe
acto do Dia do Educador
A cidade do Luena, capital
da província do Moxico, aco-
lhe hoje o acto central do Dia
Nacional do Educador, com
a realização de várias acti-
vidades, segundo um pro-
grama a que a Angop teve
ontem acesso.
Do programa constam
uma homenagem aos pro-
fessores, exposição de mate-
rial escolar e visitas à escola
do ensino especial e aos cen-
tros de alfabetização Dom
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
uma situação social grave,
devido à crise económica. “É
necessário que os empreen-
dedores criem novas inicia-
tivas laborais para inverter
o quadro económico”, alertou
o dirigente sindical.
O seminário termina hoje
e visa a superação sindical
de líderes de federações sin-
dicais e de sindicatos nacionais
e provinciais. O objectivo da
formação é o reforço e a garan-
tia de maior conhecimento
em matéria de âmbito social
e sindical.
Promovido pela UNTA -
Confederação Sindical, o
seminário está a analisar téc-
nicas de sindicalização, chefia
e liderança e gestão financeira
e decorre nas instalações desta
organização sindical angolana.
crime de que estava a ser ini-
cialmente acusado.
O réu foi ainda condenado
na segunda-feira a pagar
uma indemnização à ofen-
dida de um milhão e 800 mil
kwanzas e taxa de justiça de
70 mil kwanzas.
O juiz da causa e presidente
do Tribunal Provincial do
Lobito, Bernardo Francisco,
recorreu ao artigo 88 do Código
Penal para explicar a decisão
de suspensão da pena por
cinco anos, durante o qual o
condenado não pode cometer
nenhum crime, sob pena de
cumprir a pena suspensa.
Bosco e infantil Sambuquila.
A visita é extensiva às ins-
talações onde vai funcionar
o Instituto Politécnico do Alto
Luena. No dia 22 de Novem-
bro de 1976, o primeiro Pre-
sidente de Angola, António
Agostinho Neto, lançou a
campanha de alfabetização,
numa visita à fábrica Textang
II, em Luanda. A data foi ins-
titucionalizada, dois anos
depois, como Dia Nacional
do Educador.
EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL
Ambiente nos hospitais
regressa à normalidade
Médicos avisam que, se das negociações com o Ministério não
sair um acordo, a próxima greve pode durar cinco ou dez dias
O sindicato garantiu os serviços mínimos durante a paralisação laboral que registou grande adesão
Edivaldo Cristóvão
O trabalho das unidades
sanitárias públicas regressou
à normalidade desde a meia-
noite de hoje, na sequência
do levantamento da greve
observada pelos médicos
que, em três dias, paralisaram
a maioria dos serviços clí-
nicos em todo o país.
Durante a observância da
greve estiveram salvaguar-
dados, por exemplo, os ser-
viços do Banco de Urgência,
cuidados intensivos, hemo-
terapia e radioterapia. Na
manhã de ontem, o presidente
do Sindicato Nacional dos
Médicos de Angola, Adriano
Manuel, garantiu que a adesão
à greve esteve na ordem dos
95 por cento em todo o país.
Adriano Manuel confirmou
ter havido “alguns percalços”
nas províncias de Benguela,
Cuando Cubango, Huambo
e Moxico, em cujas locali-
dades os governos provinciais
influenciaram negativamente
os médicos para não aderi-
rem à greve, sob pena de
sofrerem represálias.
“Até ao momento, não
fomos contactados pelo Minis-
tério da Saúde, mas continua-
mos abertos a negociações”,
acentuou o sindicalista, que
disse estar prevista, para os
próximos dias, a realização
do terceiro fórum de auscul-
tação para serem definidos os
próximos passos a dar.
O presidente do sindicato
dos médicos avisou que, se
das negociações com o
Ministério da Saúde não sair
um acordo, a próxima greve
pode ser observada durante
cinco ou dez dias, podendo
também ser diminuído o
número de médicos nos ban-
cos de urgência e nos cui-
dados intensivos.
No entender do sindica-
lista, no caderno reivindi-
cativo não há nada que não
possa ser cumprido pelo
Ministério da Saúde. Adriano
Manuel afirmou que a greve
“foi o único caminho para
persuadir o Ministério da
Saúde a melhorar a quali-
dade de vida e de trabalho
dos médicos”.
O sindicato, acrescentou
Adriano Manuel, decidiu
convocar a greve por ter rece-
bido uma resposta negativa
aos 15 pontos constantes do
caderno reivindicativo apre-
sentado ao Ministério da
Saúde. O sindicalista afirmou
que o Ministério da Saúde
“agiu de má-fé com o objec-
tivo de encurralar-nos”.
Afluência nos hospitais
O Jornal de Angola passou
pelos hospitais Josina Machel,
Américo Boavida e Hospital
Geral de Luanda, onde cons-
tatou enchente nos bancos
de urgência. Devido à greve,
as unidades sanitárias públi-
cas não estavam a funcionar
em pleno, porque muitos
médicos optaram por aderir
à greve.
No Hospital Josina Machel,
um médico em serviço no
Banco de Urgência disse que
a média de atendimento até
às 12h00 é habitualmente
de cerca de 30 doentes, mas,
nos três dias da paralisação
laboral, o número subiu para
25
ARIMATEIA BAPTISTA | EDIÇÕES NOVEMBRO
mais de 60 doentes, entre
adultos e crianças.
Serviços garantidos
O sindicato garantiu os serviços
mínimos nos três dias de greve.
Esteve garantida a prestação
dos cuidados intensivos, qui-
mioterapia, radioterapia, diá-
lise, urgência, internamento,
cuidados paliativos, hemo-
terapia com ligação a dadores
de sangue e outros serviços
indispensáveis à utilização de
medicamentos de uso exclu-
sivamente hospitalar.
No caderno reivindicativo,
os médicos pedem melhores
condições de trabalho, mate-
rial gastável, medicamentos,
pagamento de subsídios já
legislados, como o de chefia,
e novos subsídios, como o
de isolamento, para os que
prestam serviços em locali-
dades recônditas das capitais
e zonas de risco, seguro de
saúde e um novo horário para
o serviço de urgência, das
8h00 às 15h00.
Os médicos reivindicam
ainda a criação de condições
de habitabilidade para os
médicos colocados nos muni-
cípios e a garantia de trans-
porte colectivo ou individual.
Outras reivindicações têm
a ver com a melhoria do aten-
dimento nas unidades sani-
tárias de nível primário, com
o aumento dos recursos huma-
nos, boas condições de tra-
balho em todas as unidades
de nível secundário, equipa-
mento dos bancos de urgência
dos hospitais secundários e
terciários, com medicamentos
e material necessário para
assistência a doentes graves.
26 Quinta-feira
22 de Novembro de 2018

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(100.894a)
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018 27
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ENDIAMA MINING LDA, LUCAPA DIAMOND COMPANY LIMITED, ROSAS & PÉTALAS S.A.

ANÚNCIO DE VAGA
A Sociedade Mineira do Lulo, com sede em Luanda, na Rua 65, Casa n.º 151 – Urbanização Nova Vida, Município
de Belas, constituída pelas Associadas Endiama Mining Lda, Lucapa Diamond Company Limited, e Rosas & Pétalas
S.A., pretende recrutar com urgência, no âmbito do seu processo de expansão, o seguinte profissional:

GERENTE DE OFICINA (M/F)

PRINCIPAIS TAREFAS:
• Auxiliar o chefe do departamento de engenharia;
• Preparar orçamentos;
• Responsável pela manutenção de todas as máquinas;
• Gerir os programas de manutenção dos equipamentos de mineração;
• Gerir as reparações programadas;
• Gerir a troca das peças sobresselentes;
• Gerir a aquisição de peças, os níveis de óleo e estoque;
• Controlar a aquisição de peças e o seu despacho;
• Gerir todo o pessoal da oficina e as suas funções;
• Treinar os operadores e o pessoal da oficina;
• Coordenar, planear, controlar e implementar as políticas de gestão da oficina;
• Gerir o sistema de saúde e segurança no trabalho da área de oficina;

PERFIL EXIGIDO:
• Nacionalidade Angola;
• Escolaridade ao nível Superior;
• Qualificação comprovada de motores a diesel;
• Diploma de artesão;
• Mínimo de 4 anos de experiência profissional;
• Qualificação Cummins em ISX e motores do grupo ISM;
• Qualificação eléctrica geral da Cummins;
• Formação em escavadeiras, carregadores de rodas e camiões articulados;
• Bons conhecimentos de mecânica;
• Conhecimentos de informática na óptica do utilizador;
• Boa capacidade de comunicação oral e escrita em Língua Inglesa;
• Boa gestão de tempo;
• Capacidade de liderança;
• Capacidade de supervisão;
• Capacidade de resolução de conflitos;
• Pensamento estratégico e criativo;
• Forte sentido de responsabilidade e honestidade;
• Forte espírito de trabalho em equipa;
• Forte sentido de cumprimento dos regulamentos sobre saúde e segurança no trabalho;
• Boa relação interpessoal.

OFERECEMOS:
• Pacote salarial atractivo.

Os candidatos que reunirem os requisitos acima descritos, deverão enviar as suas candidaturas até ao dia 23 de
Novembro de 2018, para os seguintes endereços: nicolaucanhanga@hotmail.com ou vonwiellighp@gmail.com.

NICOLAU SIMÕES CANHANGA

(DIRECTOR DE RECURSOS HUMANOS)
(19.232)

OPORTUNIDADES DE CARREIRA

Anexo I
A CABGOC (Cabinda Gulf Oil Company) é uma subsidiária da Chevron Corporation, uma das maiores
companhias de energia a nível mundial, com actividades empresariais em cerca de 180 países vem,
por este meio, convidar todos os candidatos com qualificações e experiência, eventualmente interes-
sados na nossa empresa, a apresentar as suas candidaturas aos seguintes empregos:

Vagas disponíveis:

Consultor de Engenharia de Petróleo para Estrategia Block 0 (Ref:396529)

Local: Luanda
Qualificações: Licenciatura em Engenharia de Petróleo.
Experiência: Mínima de 10 (Dez) anos relevante na indústria Petrolífera com vasta experiência em
simulação

Líder do Grupo de Modelagem e Caracterização de Reservatórios (Ref: 396530)

Local: Luanda
Qualificações: Licenciatura em Ciências da Terra
Experiência: Mínima de 10 (Dez) anos relevante na indústria Petrolífera, com vasta experiência tur-
biditos em águas profundas e / ou reservatórios

Supervisor Geofísico de Tombua Landana (Ref: 396531)

Local: Luanda
Qualificações: Licenciatura em Ciências da Terra
Experiência: Mínima de 10 (Dez) anos relevante na indústria Petrolífera

Mentor de Maturação de Poços - Engenheiro de Petróleo (Ref: 396532)

Local: Luanda
Qualificações: Licenciatura em Engenharia de Petróleo
Experiência: Mínima de 15 (Quinze) anos relevante na indústria Petrolífera, em engenharia de , em
engenharia de reservatórios, engenharia de produção e desenvolvimento de reservatórios de hidro-
carbonetos

Nota: Para mais informações adicionais sobre os requisitos, por favor, aceder a página da Web
da Chevron http://chevroninangola.com

COMO APRESENTAR A CANDIDATURA:

Os interessados deverão candidatar-se através do website da Chevron:

www.chevroninangola.com

As candidaturas deverão ser entregues em Inglês e Português, até ao dia 5 de Dezembro de 2018.
(100.842) (19243) (100.894)
28 Quinta-feira
22 de Novembro de 2018

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(100.894b)
CULTURA
22 de Novembro de 2018
CINEASTA ITALIANO DÁ FORMAÇÃO
Aposta no cinema garante Ngonguita Diogo
divulgação real da nação no Conexão Poética
Andrea Barzini passa experiência cinematográfica durante
dois dias em Luanda a realizadores e estudantes de cinema
Realizador italiano (à esquerda) com o embaixador Cláudio Miscia no primeiro dia da formação
Roque Silva
O realizador italiano Andrea
Barzini defendeu uma maior
aposta no cinema pelas ins-
tituições públicas e privadas
angolanas por forma a se
garantir que o Estado divulgue
as potencialidades do país em
todos os domínios, quer cul-
tural, turístico, quer desportivo
e paisagens naturais.
Andrea Barzini falava na
primeira sessão de um semi-
nário organizado pela Embai-
xada da Itália, que decorreu
no Centro Cultural Brasil-
Angola. No primeiro dia, o
realizador dissertou sobre “O
cinema italiano em África”,
durante o qual referiu que,
para se fazer cinema, é neces-
sário investir na formação e
numa indústria que sustente
a produção, divulgação e cir-
culação dos filmes, propor-
cionando postos de trabalho
para os profissionais e não só.
O surgimento de uma
indústria cinematográfica,
segundo o cineasta, permite
divulgar melhor a história e
as potencialidades de Angola.
“Todo o país com uma indús-
tria cinematográfica normal
e organizada vende melhor
SÉTIMA ARTE
Secretário de Estado assegura apoio
O secretário de Estado para
as Indústrias Culturais e Cria-
tivas, João Constantino, rei-
terou, terça-feira, em Luanda,
a disponibilidade do Execu-
tivo em potenciar o fomento
de uma indústria cinemato-
gráfica sã que atenda à cria-
tividade dos jovens que
seguem a sétima arte.
Segundo o responsável,
pretende-se criar condições
para que o cinema e o audio-
visual constituam uma opor-
Quinta-feira
a sua imagem ao exterior”,
afirmou, tendo apelado para
a necessidade de uma aposta
urgente.
Na sua óptica, os realiza-
dores angolanos dispõem da
condição primária para apos-
tarem na produção de docu-
mentários, desde que tenham
formação adequada.
Segundo o cineasta, as
potencialidades naturais, no
caso de paisagens, a cultura
e a realidade diária das pessoas
são motivos excelentes para
serem explorados na sétima
arte, “mas, para entrar em
acção, é necessário conhe-
cimento no sentido de se ultra-
passar quaisquer questões de
ordem técnica.”
Para que haja qualidade,
“não se deve acomodar diante
de uma produção excessiva
de filmes baseada no conhe-
cimento empírico”, afirmou
Andrea Barzini, tendo con-
siderado que a inexistência
de fortes empresas de dis-
tribuição compromete a cir-
culação de filmes africanos
na Europa e noutras partes
do Mundo.
O realizador comentou 11
dos filmes italianos, seleccio-
nados por ele, que considerou
como mais representativos da
tunidade de negócios, resul-
tando na criação de novos
conteúdos de matriz cultural
e num instrumento de
expressão da diversidade
cultural e da afirmação da
identidade nacional.
Falando na sessão de lan-
çamento do filme de animação
sobre a guerra civil angolana,
“Mais um dia de vida”, numa
parceira entre o Ministério
da Cultura e o Cinemax, João
Constantino considerou tra-
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
história do cinema italiano,
produzidos entre as décadas
de 60 e 80. O embaixador ita-
liano acreditado em Angola,
Cláudio Miscia, mostrou-se
disponível para apoiar os
realizadores angolanos inte-
ressados em conhecer a fil-
mografia italiana, partilhando
as obras disponíveis na
videoteca da embaixada.
Segundo o diplomata, esses
filmes podem estar disponí-
veis através da Aprocima -
Associaçao Angolana de Pro-
fissionais de Cinema e Audio-
visuais, desde que forneça
uma lista para que os seus
associados tenham a possi-
bilidade de assistir e conhecer
um pouco da história do
cinema italiano.
O realizador Óscar Gil
lamentou o facto de o cinema
angolano ser feito ainda por
autodidactas, muitos deles
com conhecimentos empí-
rico. “Pertencemos a uma
classe que pode contribuir
para o crescimento deste
país, mas infelizmente com
muitos anos de cinema con-
tinuamos a ver a luz no fundo
do túnel. Foi um encontro
proveitoso, pena é que par-
ticiparam muitos poucos
estudantes e realizadores.”
tar-se de um desafio de
desenvolvimento, “e é nesta
perspectiva que se deve
encarar a exibição da obra
c i n e m atog rá f i ca , p o i s
a c ç õ e s c o m o e s ta s n ã o
devem ser descuradas, uma
vez que se consideram tam-
bém aspectos de natureza
espiritual aqueles que tan-
gem a satisfação espontânea
das pessoas, provocando
uma melhor disposição para
a vida.”
CIDADE DE SÃO PAULO
A escritora e poeta Ngonguita
D i o g o re p re s e n t a h o j e
Angola, no projecto literário
Conexão Poética, a realizar-
se na cidade de São Paulo,
Brasil.
O acto sob a égide da SESC
- plataforma de promoção
da cultura africana na diáspora
brasileira -, tem como pro-
pósito congregar artistas afri-
canos residentes no Brasil e
os que vêm de outros países
de África, a fim de massificar
e resgatar a cultura da ances-
tralidade afro-brasileira, assim
como também a afirmação
da produção da arte negra.
A Conexão Poética está
inserida nas actividades da
Semana Afrikanse, que junta
diversos artistas que usam o
palco para revelarem o que
d e m e l h o r sab e m fa ze r
quando o assunto é arte.
Segundo Conceição Culeca,
Escritora representa hoje Angola, num evento em São Paulo
ESPAÇO CULTURAL “KOREA CORNER”
Literatura e arte coreana
já disponível em Luanda
Mário Cohen
Centenas de obras literárias
e científicas, peças de arte-
sanato, filmes em DVD e
música em CD, sobre a cultura
da Coreia do Sul estão mais
próximo de Angola com a
abertura, ontem, de um espaço
cultural coreano denominado
“Korea Corner”.
O espaço foi inaugurado
na biblioteca da Universidade
Católica de Angola (UCA),
com a finalidade de promover
a diversidade cultural coreana
no país. A sessão de inaugu-
ração coube ao reitor da UCA,
Vicente Cacuchi, e ao embai-
xador da Coreia do Sul em
Angola, Dongchan Kim.
O diplomata disse que o
espaço serve para elevar o
interesse dos angolanos pela
República da Coreia do Sul,
que dispõe de “uma rica
cultura asiática.”
Para o diplomata, o Korea
Corner é um lugar onde os
estudantes universitários e
não só podem estudar e
aprender muito sobre a vida
da Coreia, nos domínios da
cultura, economia, política
e história, por meio do acervo
que a Universidade Católica
acaba de ganhar.
assessor de imprensa da escri-
tora, “é um privilégio para a
Ngonguita Diogo, representar
Angola neste evento, pelo
facto de a trajectória cultural
ser reconhecida pela Acade-
mia de Letras do Brasil, da
qual faz parte, ostentando
um diploma Honores Causa
desde Agosto de 2016. Acre-
ditamos que o país será bem
representado neste evento,
por sinal, organizado pela
maior plataforma cultural do
Brasil”, concluiu.
Ao palco da Conexão Poé-
tica, vão subir os artistas
Ermi Panzo, Thata Alves,
Deusa Poetisa, Lews Barbosa
e Ngonguita Diogo.
Ngonguita Diogo é o pseu-
dónimo literário de Etelvina
da Conceição Alfredo Diogo,
natural do Cuanza-Norte. Tem
seis livros publicados e um
CD de poemas musicalizados.
EDIÇÕES NOVEMBRO
D o ngc h a n K i m d e u a
conhecer que há um ditado
que diz: “o começo é fraco,
mas o fim será óptimo”.
“Embora o projecto tenha
começado na Universidade
Católica, espero que os estu-
dantes angolanos se inte-
ressem pela Coreia através
deste projecto, assim como
esperamos contribuir para
o desenvolvimento de rela-
ções bilaterais entre os dois
países no futuro, como espe-
ramos, também, que se abra
um curso de língua coreana
na Universidade Católica, se
for possível”, salientou.
O reitor da Universidade
Católica de Angola disse ser
o momento de resgatar-se
Embaixador coreano (ao centro) no acto de corte da fita
29
SÃO PETERSBURGO
Delegação nacional
presente no fórum
cultural na Rússia
Angola participou de 15 a 17
deste mês no sétimo Fórum
Cultural Internacional de São
Petersburgo, na Rússia, com
uma delegação de quadros
do Ministério da Cultura.
Trata-se de uma inciativa
internacional que visa pre-
servar e desenvolver a cultura
russa, apoiando iniciativas
culturais a nível regional,
federal e internacional, bem
como promover a cooperação
cultural internacional.
O programa de actividades
incluiu a exibição de obras-
primas musicais realizadas
por estrelas mundiais e talen-
tos da nova vaga. O fórum
tem periodicidade anual e a
sua primeira edição acon-
teceu em 2012.
A delegação angolana foi
composta por Luzala Bibita,
chefe de Departamento do
Gabinete de Estudos, Pla-
n e a m e n to e E s tat í s t i c a
(GEPE), e Paulo Kussy, direc-
tor nacional de formação
artística (DINFA).
Durante a sua estada, a
delegação manteve encontros
de trabalho com Semyon
Mikhailovsky, director da
secção de Belas Artes do
sétimo Fórum Cultural, e
com o reitor do Instituto Aca-
démico Estatal de São Peters-
burgo de Pintura, Escultura
e Arquitectura, bem como
o comissário do pavilhão da
Rússia na Bienal de Veneza,
edição 2017.
o saber da ciência. Acres-
centou que a cultura é uma
espécie de desenvolvimento,
que nos permite conhe-
cermo-nos uns aos outros.
“Isto é cultura, porque apren-
demos o uso e costumes de
outras nações.”
Para o representante do
Ministério da Cultura e director
da Biblioteca Nacional louva-
se a iniciativa da Coreia do
Sul, como felicita a Univer-
sidade Católica de Angola, que
vê enriquecida a sua biblioteca
com material de leitura que
espelha a vida social e cultural
daquele país asiático.
João Pedro Lourenço reve-
lou que o Korea Corner vai
servir, também, de estudo
por parte do órgão que dirige,
por ser a instituição que
regula todas as bibliotecas
no país. Para ele, o Korea
Corner vai contribuir muito
para a Biblioteca Nacional
munir-se de conhecimentos
cultural, económico e político
sobre a Coreia.
MÁRIO COHEN | EDIÇÕES NOVEMBRO
30 DESPORTO
TORNEIO AFRICANO DE BASQUETEBOL
Organização da Quinta Janela
custa quase duzentos milhões
Bilhetes para a bancada geral são comercializados a mil
kwanzas, e para a central dois. Vendas começam brevemente
Armindo Pereira
Duzentos milhões de kwan-
zas é o valor estimado para
a quinta e última janela do
Torneio Africano de Quali-
fi c a ç ã o , a d e c o r re r e m
Luanda, de 30 deste mês a 2
de Dezembro, prova selectiva
p a ra o C a m p e o n a t o d o
Mundo, China´2019.
A informação foi avançada
ontem, por Tony Sofrimento,
director executivo da prova,
durante uma conferência de
imprensa que decorreu no
Pavilhão Multiusos do Kilamba.
Na ocasião, Sofrimento fez
um rescaldo do que está a ser
feito administrativamente de
acordo o caderno de encar-
gos.Nesta altura, segundo
aquele dirigente, os prepa-
rativos do evento encontram-
se na recta final.
“A ideia é realizar uma
prova com o nível solicitado
pela FIBA”. Preocupada em
fazer o melhor, a FAB tomou
várias medidas para fazer
desta janela uma realização
exemplar, a par de outras,
segundo o secretário-geral,
Nelson Sardinha.
A primeira delegação a
escalar a capital angolana,
segunda-feira, às 12h00, é
a do Egipto. As selecções do
Chade, Tunísia, Camarões e
Marrocos chegam dois dias
depois. As mesmas ficam ins-
taladas no UI Hotel, em Tala-
tona e Cacuaco. A Selecção
Nacional está alojada desde
ontem no HCTA.
Os bilhetes serão comer-
cializados no valor de dois
Tony Sofrimento, director de prova, à esquerda, explicou algumas das exigências da FIBA
Para o serviço de gestão
da bilhética e controle de
pessoas, foram criadas comis-
QUINTA JANELA sões técnicas e desportivas,
DE QUALIFICAÇÃO um consórcio das empresas
Selecções disputam Torcida e Mark Sport.
acesso ao Mundial da As listas de pré-acredi-
China tação, para os órgãos de
comunicação social, podem
6 começar a ser entregues hoje,
países discutem
o apuramento
na recepção do órgão reitor.
Por outro lado, o director de
no Grupo E prova esclareceu que os jor-
nalistas podem, opcional-
200 mente, fazer a acreditação
milhões é o valor no site da FIBA.
aproximado Serão três partidas por dia.
do custo do evento A primeira está agendada para
as 15h00, a segunda às 17h30
3 e a última às 20h00, horário
hotéis hospedam reservado à disputa dos jogos
as delegações da selecção angolana, durante
toda a competição.
1 “Existe um caderno de
pavilhão encargos a cumprir , desde
alberga o evento o nível de hotéis, pavilhão,
segurança e internet. Deve-
15 mos nos sentir orgulhosos
são os pontos por isto. Reunimos todas as
de Angola condições exigidas pela FIBA”,
ressaltou Tony Sofrimento.
3 Foram feitos contactos com
número de as embaixadas de Angola de
partidas modo a facilitar os vistos de
por dia entrada das respectivas dele-
gações ao nosso país. De igual
modo, o Serviço de Emigração
e Estrangeiros (SME) está a
mil kwanzas para a bancada trabalhar em parceria com a
central e mil para a bancada FAB, no sentido de emitir os
geral. Os mesmos serão vistos de fronteira para aqueles
adquiridos na sede da FAB, países onde não há represen-
na Cidadela Desportiva, e tação diplomática.
no Multiusos do Kilamba. O Angola ocupa a segunda
início das vendas e os outros posição do Grupo E, com 15
pontos para a comercializa- pontos, atrás da Tunísia (já
ção dos ingressos, serão qualificada), que comanda o
anunciados oportunamente. grupo, com 18 pontos.
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Breves
GUERREIROS QUEREM
MELHORAR ÚLTIMO
LUGAR NO MUNDIAL
Melhorar a vigésima quarta
posição, classificação
alcançada no último
mundial, é o objectivo da
Selecção Nacional sénior
masculina de andebol, que
projecta no Pavilhão da
Cidadela a 26ª edição do
Campeonato do Mundo, a
disputar-se de 12 a 27 de
Janeiro de 2019, co-
organizado pela Dinamarca
e a Alemanha.
Em declarações à Angop, o
seleccionador Filipe Cruz
afirmou: “queremos
melhorar a prestação e
tudo faremos para que isso
aconteça. Qualquer um dos
integrantes da nossa
equipa está informado.”
Os trabalhos de campo
arrancaram na segunda-
feira. No cômputo geral,
serão realizados 58 treinos.
A seguir, os comandados de
Filipe Cruz cumprem um
estágio na Polónia, onde
têm cinco jogos amistosos,
entre os quais um já
confirmado diante
da Coreia do Sul.
Inserida no Grupo D, na fase
preliminar, Angola disputa o
mundial ao lado das
similares da Argentina,
Hungria, Suécia, Egipto e
Qatar. Eis a lista dos
convocados: Geovani
Muachissengue, Edmilson
Gonçalves e Custódio
Gouveia (guarda-redes),
Francisco Almeida,
Abigueilei Lourenço,
Edvaldo Ferreira e Declerck
Sibo (laterais), Otoniel
Pascoal, Osvaldo
Mulenessa, Claúdio
Chicola, Elsemar Santos e
Adilson Maneco (pontas),
Manuel Nascimento,
Cláudio Lopes e Romé
Hebo (centrais), Gabriel
Teca, Aguinaldo Tati e
Agnelo Quitongo (pivô).
KEVIN DURANT MULTADO
EM 25 MIL DÓLARES POR
OFENDER ESPECTADOR
O frustrante início de
temporada dos campeões
Golden State Warriors
começa a fazer mossa e
Kevin Durant tem sentido
particularmente a má fase,
tendo mesmo discutido
com o colega Draymond
Green em campo.
Uma resposta considerada
ofensiva a um espectador
num jogo de sábado frente
aos Dallas Mavericks valeu-
lhe uma multa de 25 mil
dólares (cerca de 22 mil
euros). O momento foi
apanhado em vídeo, sendo
possível ver que o
espectador estava a
incomodá-lo e a sua
resposta: “vê a m... do jogo
e cala-te”. Os comandados
de Steve Kerr ocupam a
quinta colocação da
Conferência Oeste. Em 18
jogos conquistaram 12
vitórias e seis derrotas. O
líder é o Trail Blazzers, que
soma 11 triunfos e cinco
percalços. Anteriormente,
Josh Richardson, do Miami
Heat havia sido punido da
mesma forma, por atirar
um ténis aos espectadores.
EM PARTIDA AMISTOSA
Torneio Internacional Taça Lwini arranca a 29 deste mês
Selecção de Honras
vence a de Esperanças
António Cristóvão
A Selecção Nacional de Hon-
ras de basquetebol em cadei-
ras de rodas venceu ontem
com imensas dificuldades a
similar de Esperanças, por
29-26, no Pavilhão Anexo I
da Cidadela, no quadro da
preparação de ambas para a
disputa da Iª edição do torneio
internacional Taça Lwini, a
decorrer de 29 do corrente a
1 de Dezembro, em Luanda.
O jogo foi disputado em
três períodos de dez minutos
cada. O encontro serviu para
os técnicos avaliarem a con-
dição física bem como os
erros tácticos cometidos pelos
seus pupilos.
As duas selecções come-
teram excessivos erros para
finalizar debaixo da tabela,
devido à falta de discerni-
mento dos postes e extremos
principalmente nos movi-
mentos das acções rápidas
de contra-ataque. No período
da tarde, no campo defronte
GUARDA-REDES DE ANDEBOL
Estreante Helena Sousa
quer ser titular no CAN
Teresa Luís
Conquistar a titularidade,
na baliza da Selecção Nacio-
nal é o objectivo de Helena
Sousa, guarda-redes, de 24
anos, 1,96 de altura e 88 qui-
los, que disputa pela primeira
vez o Campeonato Africano
das Nações (CAN), em ande-
bol sénior feminino, a decor-
rer de 2 a 12 de Dezembro,
no Congo Brazzaville.
Em declarações ao Jornal
de Angola, a atleta com qua-
tro internacionalizações pelo
“sete” nacional, admitiu que
o posto é muito concorrido,
por estarem convocadas três
guarda-redes, entre as quais
duas do topo.
“Teresa Almeida e Cristina
Branca são experientes nesta
posição, e com créditos fir-
mados. Mas com muito tra-
balho e empenho da minha
parte também posso assumir
a titularidade. Estou a treinar
para isso”,destacou.
Em relação às expectativas
no CAN, Helena Sousa fez
Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
ao INE-Marista (Avenida
Deolinda Rodrigues), no
bairro da Madeira, o treinador
Moniz Marques, da Selecção
Nacional de Honras, e Miguel
Vemba (técnico do “Cinco”
de Esperanças) orientam os
trabalhos para as correcções
de pormenores de jogo.
As selecções voltam a dis-
putar novo jogo amistoso no
final de semana.
Os atletas Alcides Manuel,
do Huambo, e Lussacalalo
Jeremias (Uíge) são espe-
rados hoje para completa-
rem a equipa de Honras, ao
passo que Tando Afonso
(Uíge) e João António (Ben-
guela) vão integrar a Selec-
ção de Esperanças.
Na primeira jornada da
Taça Lwini, a Selecção de
Esperança joga com a África
do Sul, no dia 29, às 9h00,
no Pavilhão Principal da Cida-
dela, enquanto no mesmo
recinto, às 16h00, o “Cinco”
Nacional de Honras enfrenta
a congénere da Suíça.
saber que o mais importante
é ajudar o grupo na conquista
do 13º título africano: “e
assegurar o meu lugar, de
modo a ser convocada nas
próximas empreitadas”.
Quanto à preparação em
Luanda e o estágio na Holanda,
a guarda-redes realçou que
na capital angolana os treinos
decorreram sem sobressaltos,
mas em solo holandês a prin-
cipal dificuldade está rela-
cionada com o clima.
“Trabalhámos muito na
Cidadela, com maior inci-
dência sobre a defesa. Segu-
ramente as outras selecções
também estão a preparar-se.
A nossa determinação e atitude
será fundamental no palco da
prova, com vista a revalidação.
Tenho total confiança nas
minhas colegas, estamos
entrosadas. Na Holanda serão
criadas as condições para
suportar o frio”, concluiu.
A jogadora revelou ter
recebido muitas felicitações
da família e amigos, por inte-
grar o combinado angolano.
DESPORTO Quinta-feira
22 de Novembro de 2018
PARA A TAÇA COSAFA
Sub-20 voltam a treinar
apenas a próxima semana
António Cristóvão
Os Palanquinhas regressam
aos trabalhos de preparação
na próxima segunda-feira,
às 7h30, no Estádio Nacional
da Cidadela, em Luanda,
visando a disputa da Taça
Cosafa, de 2 a 14 de Dezembro
na cidade de Kitwe, Zâmbia.
Esta semana, devido à dis-
pensa de boa parte dos joga-
dores, para a realização de
exames escolares, o grupo às
ordens de José Silvestre “Pelé”,
trabalhou apenas segunda e
terça-feira, na Cidadela.
Os futebolistas dispen-
sados pela equipa técnica
apresentam-se na segunda-
feira, no local da preparação,
para a viagem ao palco do
torneio internacional na pró-
xima quarta ou quinta-feira.
O treinador ensaiou com
os futebolistas Moisés Amor,
Soares, Zito, Yuri, Rosário,
Braúlio, Fernando Duarte,
Calebi, Tombé e Julinho,
Na sessão de segunda e
terça-feira, José Silvestre
“Pelé” orientou um treino
voltado para a recuperação
dos jogadores e exercitou
também a finalização.
Jogadores foram dispensados para exames escolares
ÁRBITRO ZAMBIANO ESTÁ SUSPENSO
1º de Agosto apresenta
recurso por Sikazwe
António Cristóvão
O 1º de Agosto apresenta,
antes do final de semana,
um novo recurso à Confe-
deração Africana de Futebol
(CAF), contra a suspensão,
cujo tempo não foi tornado
público, aplicada ao árbitro
zambiano, Janny Sikazwe,
apurou ontem o Jornal de
Angola junto do director-
geral daquele clube, Fer-
nando Barbosa “Barbosinha”.
“Vamos apresentar um
novo recurso contra o árbitro
zambiano à CAF. Estamos a
tratar o assunto internamente
com os nossos advogados”,
garantiu o dirigente que reagia
a suspensão do juiz zambiano
do jogo das meias-finais da
22ª edição da Liga dos Clubes
Campeões Africanos.
Para Fernando Barbosa,
foi Janny Sikazwe que retirou
os rubros e negros da final
da Liga dos Clubes Campeões.
Para a cidade de Kitwe, a
Selecção Nacional segue com
uma delegação de 25 pessoas,
sendo 20 jogadores e os res-
tantes oficiais.
Na primeira jornada do
grupo, a Selecção Nacional
mede forças com o Lesotho,
a 2 de Dezembro, às 13h00,
(12h00, em Angola), no
Estádio de Shinde, no muni-
cípio de Mufulina, cidade
de Kitwe.
Os Sub-20 voltam a jogar
no dia 6 de Dezembro, às
13h00, diante do Botswana
no Estádio de Nkana, para a
segunda jornada do torneio.
Angola encerra a primeira
fase da competição frente
ao Zimbabwe no dia 9, às
15h30, no Estádio de Nkana,
a contar para a terceira e
última jornada.
Na edição anterior, dis-
putada também em Kitwe,
a Selecção Sub-20 ocupou
a quarta e última posição do
Grupo C, com um ponto.
Além da Selecção Nacio-
nal, segue igualmente para
a Zâmbia na próxima terça-
feira o árbitro do quadro da
FIFA, António Dungula, via
Joanesburgo, África do Sul,
para apitar no torneio.
M MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO
“Foi o árbitro zambiano
que impediu o 1º de Agosto
de atingir a final da prova.
Feriu a verdade desportiva
e prejudicou o nosso clube.
Teve um comportamento
negativo depois ter feito
um bom trabalho no mun-
dial”, lembrou.
O 1º de Agosto foi afastado
no dia 23 de Outubro pelo
Esperance, ao perder por 2-
4, no Estádio Olímpico de
Rades, na cidade de Tunis,
e m d e s a fi o re f e re n t e à
segunda mão das meias-
finais da Liga dos Campeões,
depois de ter ganho na pri-
meira (1-0), em Luanda.
Janny Sikazwe, que foi
chefe de equipa do assistente
angolano Jerson Emiliano
nas provas oficiais, na época
do continente africano e
mundial pertenceu a Elite A
da CAF e teve uma excelente
actuação na 21ª edição do
mundial da Rússia.
31
ANTECIPAÇÃO DA 4ª JORNADA DO GIRABOLA
Breves
IVO TRAÇA ASSUME
FAVORITISMO MILITAR
Tricampeão e aviadores
reeditam velho “dérbi”
NO JOGO FRENTE AO ASA
O treinador adjunto do 1º
de Agosto, Ivo Traça,
assume total favoritismo
à vitória e,
consequentemente, na Líder Petro de Luanda recebe também hoje, às 16h00, a
conquista dos três pontos, formação “caloira” do Saurimo FC, no 11 de Novembro
no jogo de hoje às 18h00,
diante do ASA. Embora o M MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO
anteveja difícil, Ivo assume
a pretensão do corpo
técnico e dos jogadores.
Na conferência de imprensa
de ontem, após o penúltimo
treino do tricampeão
nacional, o técnico-adjunto
de Dragan Jovic realçou
o espírito que norteia
a equipa.
“Os níveis de confiança são
elevados. Não nos passa
pela cabeça um outro
resultado a não ser o triunfo.
Trabalhámos sempre com o
pensamento na vitória, com
base na humildade
e no respeito pelos
adversários”, disse.
O grupo tem vindo a
trabalhar bem. Eles
interiorizam, com facilidade,
as directrizes do corpo
técnico. Quando assim é,
temos de enaltecer o
empenho dos jogadores no
decorrer dos trabalhos”,
salientou o técnico
assistente do 1º de Agosto.
Relativamente ao conjunto
adversário, Ivo Traça disse Equipa rubro e negra ambiciona a conquista dos três pontos na estreia de Dragan Jovic
que o detentor do título do
Girabola tem de abordar
com cautela o jogo, visto que
o ASA se transcende quando António de Brito d i re c ç ã o p re s i d i d a p o r bósnio regressa para con-
enfrenta o 1º de Agosto. Adriano Diogo Agostinho. quistar o terceiro título do
“Vamos encontrar um ASA Hoje, frente ao campeão Girabola, ao comando técnico
aguerrido e bem arrumado. Por força do envolvimento do Girabola, os pupilos de do 1º de Agosto, depois dos
José Dinis é um técnico do campeão em título e do José Dinis jogam uma cartada feitos alcançados, em 2016
estudioso e conhecedor do vice-campeão nas Afrotaças, importante, na ânsia de ven- e 2017, respectivamente.
futebol angolano. Por isso, a disputa da terceira jornada cer pela primeira vez na com- Além do campeonato,
temos de ser inteligentes a do Girabola abre hoje, com petição, embora o encontro Dragan Jovic tem ainda pela
jogar, para no final da realce para o “dérbi” entre se afigure bastante difícil. frente o desafio de levar o
partida festejarmos os três o ASA e o 1º de Agosto, às Atendendo ao poderio do conjunto militar à fase de
pontos, mas não vai ser, 18h00, no Estádio Municipal adversário, o técnico por- grupos da Liga dos Clubes
seguramente, um encontro dos Coqueiros, enquanto o tuguês vai seguramente abor- Campeões Africanos de fute-
fácil”, reconheceu. Petro de Luanda defronta o dar o jogo com cautela bol depois de, no presente
Em relação ao boletim Saurimo FC, às 16h00, no 11 redobrada e procurar não ano, ter sido eliminado nas
clínico da equipa, Ivo Traça de Novembro. consentir golos nos minutos meias-finais diante do Espe-
adiantou que Ibukun e Longe dos “velhos clás- iniciais do desafio. rance de Tunis da Tunísia,
Natael são as únicas sicos” do futebol angolano, Por seu turno, o 1º de numa partida em que o árbi-
preocupações. O médio ASA - 1º de Agosto é sempre Agosto tem que abordar a tro zambiano Janny Sikazwe
nigeriano está com
limitações físicas, ao passo
um jogo agradável de se ver
e de elevado grau de dificul-
partida de forma inteligente,
para não ser surpreendido,
foi o principal protagonista.
Nas hostes militares, o
que o internacional dades, apesar da desvanta- visto que o ASA é uma equipa médio nigeriano Ibukun
angolano padece de uma
lesão no tornozelo do pé
gem dos aviadores, diante
do plantel adversário, mais
que oferece a iniciativa de
jogo aos adversários para,
volta a ficar fora das opções
da equipa técnica, por limi-
esquerdo. estruturado e com várias de seguida, dar o golpe da tações físicas.
António de Brito opções de qualidade em cada “misericórdia.”.
sector da equipa. Na recepção aos agostinos, Tarefa facilitada
De regresso ao Girabola o treinador aviador apresenta Com um jogo aparente-
TÉCNICO AVIADOR na presente época, depois uma equipa ousada no capí- m e n te fá c i l , o Pe t ro d e
JOSÉ DINIS ANTEVÊ dos empates diante do Sau- tulo ofensivo, mas com cau- Luanda recebe o “caloiro”
MUITAS DIFICULDADES rimo FC e FC Bravo s do telas defensivas para não deitar Saurimo FC, com ambição
José Dinis, treinador do Maquis, a formação do aero- por terra o desejo de vitória. de vencer e reforçar a lide-
ASA, antevê um jogo de porto procura a sua primeira Emprestados ao ASA, Fofó, rança no campeonato, com
elevado grau de vitória diante da equipa rubra Gogoró, Medá e Catraio reen- oito pontos.
dificuldades diante do 1º e negra, já que desperdiçou contram antigos companhei- Frente à formação da
de Agosto, mas prometeu quatro dos seis pontos pos- ros no 1º de Agosto. O técnico Lunda-Sul, o vice-campeão
uma equipa combativa síveis, estando na nona posi- José Dinis deve colocar de não entra às escuras, já que
para conseguir um ção da classificação, com início os quatro jogadores. a e q u i p a o r i e n ta d a p o r
resultado animador. dois pontos. Os militares ocu- Do ponto de vista clínico, Roberto Bianchi documen-
“Temos de fazer um jogo pam a segunda posição, com o plantel do ASA não regista tou-se, para procurar con-
inteligente, porque vamos quatro pontos, após o empate nenhuma preocupação, pelo trariar as intenções dos
enfrentar o campeão em sem golos com o Interclube que o treinador luso tem todos comandados de Kito Ribeiro.
título do Girabola. e a vitória por 2-0, frente ao os jogadores à sua disposição Depois do empate (1-1)
Sabemos das dificuldades Desportivo da Huíla. para o “dérbi” da capital. diante do Sporting de
a encontrar, mas somos Para manter o sonho de Cabinda, o Petro de Luanda
obrigados a vencer o permanência no escalão Estreia de Dragan Jovic aposta todas as fichas nesta
desafio. Andamos à maior do futebol nacional, A partida tem ainda a par- partida, para regressar às
procura da primeira vitória o ASA é obrigado a vencer ticularidade de marcar a vitórias no campeonato. Dos
no campeonato”, garantiu o o s j ogo s ca s e i ro s o u n o estreia do técnico Dragan três jogos já disputados, a
técnico português. mínimo procurar empatar Jovic no comando do cam- formação petrolífera tem um
Do ponto de vista anímico, fora de portas. A disputa do peão angolano, com o objec- registo de dois empates e
José Dinis diz que o grupo sexto ao oitavo lugar é o tivo assumido de vencer o uma vitória, somando apenas
está confiante. objectivo estabelecido, pela desafio. Um ano depois, o 5 pontos dos nove possíveis.

QUI22NOV
ISSN 0446-9518
9 770446 951006
ALTO
Saúde
Secretário de Estado
Ao aparecer em público a
pedir desculpas aos candi-
datos que na terça-feira fi-
caram de fora dos exames
de admissão, em Luanda,
devido aos atrasos regista-
dos por “problemas de im-
pressão”, o secretário de Es-
tado da Saúde, Leonardo
Europeu Inocêncio, demos-
trou humildade. Indepen-
dentemente dos constran-
gimentos causados, já que
muitos candidatos perma-
neceram todo o dia nos lo-
cais indicados sem fazer a
prova, o gesto do secretário
de Estado deve ser ressal-
tado, já que não é comum
entre os governantes um
acto idêntico.
BAIXO
Kilamba
Iluminação pública
A falta de iluminação pú-
blica em algumas ruas da
Centralidade do Kilamba
já começa a ser um pro-
blema crónico. Muito já
se falou sobre o assunto,
mas pouco ou nada foi fei-
to até ao momento. Se ca-
lhar, a administração des-
conhece que os acidentes
de viação e os assaltos
que frequentemente ocor-
rem na centralidade, no
período nocturno, devem-
se, em parte, à esta situa-
ção. Costuma-se dizer que
de noite todos os gatos
são pardos e a escuridão
propicia os roubos e as-
saltos. Seria bom que a
administração se preocu-
passe com esta situação.
UGANDA
Angola participa na reunião dos ministros do género
A ministra da Acção Social, Fa-
mília e Promoção da Mulher, Vic-
tória da Conceição, representa
Angola na reunião dos ministros
de género, a decorrer até ama-
nhã, em Kampala, Uganda.
A reunião enquadra-se no
programa de acompanhamen-
to das decisões dos líderes dos
países da região e das reco-
mendações da 9ª reunião do
Conselho Consultivo da Plata-
ABERTURA NO MERCADO PETROLÍFERO
Distribuidoras passam
a importar combustíveis
Graciete Mayer
As operadoras angolanas
que actuam no mercado
de distribuição e comer-
cialização de combustíveis
vão passar, em breve, a
importar derivados de
petróleo, anunciou o secre-
tário de Estado dos Recur-
sos Minerais e Petróleo,
Paulino Jerónimo.
O governante, que falava,
em Luanda, na abertura
da I Conferência Interna-
cional sobre Petróleo pro-
movida pela Universidade
Católica de Angola, disse
que, actualmente, está a
ser elaborada a legislação
específica que deve ser
submetida, até ao final do
ano, ao Titular do Poder
Executivo.
“Queremos abrir o mer-
cado mais operadoras para
essas empresas poderem
importar o combustível
directamente, sem no
entanto depender da con-
cessionaria Sonangol”, disse.
Paulino Jerónimo acres-
centou que actuam no
mercado a Sonangol (a
grande distribuidora de
derivados de petróleo), a
Pumangol e a Sonagalp.
O secretário de Estado
lembrou que o país tem
apenas uma refinaria com
capacidade de produção
de 20 por cento das neces-
sidades. “O restante é
importado”, referiu. “A
estratégia adoptada pelo
Executivo foi o retorno da
construção de uma refinaria
no Lobito com capacidade
para 200 mil barris de petró-
leo por dia, e outra em
Cabinda com a capacidade
de 50 a 60 mil barris/dia”.
Estas medidas fazem
parte de um rol de projec-
tos do Executivo sobre o
novo modelo de funcio-
forma das Mulheres realizada
em Fevereiro de 2018, refere
uma nota do Ministério da Ac-
ção Social, Família e Promoção
da Mulher (Masfamu), citada
pela Angop.
O encontro vai, entre outros
assuntos, avaliar o grau de im-
plementação do plano de acção
nacional, da Resolução 1.325
(2000), examinar e validar o res-
pectivo plano de acção regional.
Secretário de Estado na Conferência sobre Petróleos
namento da indústria
petrolífera em Angola,
que passa pela criação da
Agência Nacional de Petró-
leos e Gás (ANPG), que
assumirá a função de con-
cessionária nacional, bem
como da reestruturação
da Sonangol, com foco no
seu negócio nuclear da
cadeia de valor do petróleo
e gás natural.
“Um dos objectivos do
modelo proposto é a cria-
ção da ANPG, que terá
como finalidade a promo-
ção de novas áreas, gestão
dos contratos de partilha
de produção, bem como
representar o Estado na
partilha do petróleo lucro
das concessões petrolífe-
ras, permitindo, assim,
que todos os recursos
humanos, financeiros e
materiais sejam direccio-
nados para estes objecti-
vos”, declarou.
A Sonangol E.P apre-
sentou a 16 de Novembro
o programa de Regene-
ração, que incluiu, entre
outros objectivos, a desis-
tência da participação
A participação significativa
das mulheres nos processos po-
líticos e de paz, bem como o for-
talecimento económico e pro-
tecção dentro da estrutura da
agenda de paz e segurança de-
verão igualmente merecer a aten-
ção dos participantes à reunião.
O Executivo aprovou o Pla-
no de Acção para a Implemen-
tação da Resolução 1.325 do
Conselho de Segurança das
MIQUEIAS MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO
nos sectores das teleco-
municações, banca e pres-
tação de serviços à
indústria petrolífera.
São participações em
empresas como MSTelcom
(uma empresa de teleco-
municações), os bancos
Angolano de Investimen-
tos (BAI), Caixa Angola,
Fomento Angola (BFA),
Económico e de Comércio
e Indústria (BCI).
O presidente do Con-
selho de Administração,
Carlos Sartunino, avançou
ainda as participações no
Porto Amboim Estaleiros
Navais (Paenal), Sonamet
(de prestação de serviços
de fabricação de estruturas
metálicas para suporte à
indústria petrolífera) e a
Sonils (base logística de
apoio às operações do sec-
tor petrolífero).
A lista inclui a Petromar
(empresa de instalação
de plataformas e estrutu-
ras submarinas) e a Ango-
flex (de construção de
umbilicais e produtos asso-
ciados para a indústria de
petróleo e gás).
Nações Unidas sobre mulheres,
paz e segurança, através do De-
creto Presidencial nº 143/17
de 26 de Junho.
Entre os principais objecti-
vos do Decreto Presidencial,
está o aumento da participação
das mulheres e integração para
igualdade de género em todas
as fases dos processos de cons-
trução da paz e de decisão aos
vários níveis.
CONFERÊNCIA EPISCOPAL APOIA ACÇÕES EM CURSO
Igreja Católica encoraja
reformas políticas no país
A Igreja Católica encoraja
o novo ciclo político no
país e a reforma do Estado
em curso, que “determi-
nou um novo paradigma
de governação e de enca-
rar os problemas”.
O Presidente de Angola,
João Lourenço, no cargo
desde Setembro de 2017,
“abriu um ciclo que aponta
para um desenvolvimento
sustentável”, considerou
o vice-presidente da Con-
ferência Episcopal de
Angola e São Tomé (CEAST),
D. José Manuel Imbamba,
em entrevista à Ecclesia.
“Antes, tínhamos um
ciclo político que era
senhor de si, muito altivo,
desatento aos apelos que
as outras forças da socie-
dade faziam. Hoje, pelo
menos, já estamos a ter
um ciclo político mais dis-
ponível para escutar, reco-
nhecer os erros, dialogar
e trabalhar em prol do bem
comum, das pessoas e do
desenvolvimento susten-
tável”, afirmou o prelado.
“Abraçamos a reforma
do Estado que hoje está
em curso com todas as
forças, auguramos que
esse esforço se mantenha
e as consciências se desar-
mem de todo o tipo de
preconceitos que ao longo
INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS
Obras públicas exigem
uma avaliação criteriosa
César André
É chegado o momento de
a comunidade técnica do
país, fazer um trabalho de
melhor qualidade no domí-
nio da construção de infra-
estruturas rodoviárias,
enquanto que o Ministério
das Obras Públicas vai cen-
trar a sua atenção na ava-
liação criteriosa das obras
que estão a ser erguidas.
O repto foi lançado
ontem, em Luanda, pelo
secretário de Estado das
Obras Públicas, Molares
D'Abril, na abertura do
segundo seminário inter-
nacional de estradas, pro-
movido pelo Instituto
Nacional de Estradas de
Angola (INEA).
O secretário de Estado
das Obras Pública solicitou
ao Laboratório de Engenha-
ria de Angola e ao INEA a
efectuar, com o envolvi-
mento de outros parceiros,
PUBLICIDADE
dos anos fomos acumu-
lando, para que os ango-
lanos se sintam angolanos
e todos gozem e benefi-
ciem das mesmas opor-
tunidades”, acrescentou
D. Imbamba, que é tam-
bém arcebispo metropo-
litano de Saurimo.
Sobre o contributo da
Igreja Católica no actual
momento da História de
Angola, o vice-presidente
da CEAST sustenta que “a
construção da paz, da
reconciliação e da unidade
é uma tarefa que vai con-
tinuar sempre”.
“A CEAST propõe-se a
ser um veículo de evan-
gelização, de promoção
da pessoa humana, aju-
dando a formar consciên-
cias e consensos”, disse
D. Imbamba, acrescen-
tando que “a luta pela jus-
tiça, pela igualdade, pelos
direitos, pelo emprego,
pelo trabalho, pela pro-
moção da cultura, são
questões que vão estar
sempre na agenda do dia”.
O presidente da CEAST,
D. Filomeno Vieira Dias, sus-
tenta, por sua vez, que “há
uma consciência cada vez
maior do sentido da justiça,
da equidade, onde aquilo
que diz respeito a todos deve
beneficiar a todos”.
uma avaliação da capacidade
de carga dos pavimentos,
bem como das estimativas
de tempo de vida útil dessas
infra-estruturas.
Molares D'Abril disse
que se pretende concentrar
mais tempo na elaboração
de projectos, estudos dos
materiais de construção,
para se ter menos tempo
na execução das obras e
garantir maior durabili-
dades das mesmas.
“O país tem instituições,
consultoria técnica e espe-
cialistas nas aéreas de
estradas que devem estu-
dar melhor os materiais
de construção e apresentar
soluções que permitem
fazer um trabalho com
melhor qualidade”, disse.
O secretário de Estado
reconheceu que os resul-
tados dos trabalhos reali-
zados à data, no domínio
da construção de estradas
não são dos melhores.