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ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero — Kz: 340,00 Toa a corespondéncia, quer oficial, quer relativa © anno ¢ asinaunsdo Diario a Repiblicars, deve ser deigida & Imprensa | AEs = ALS sre Nacional — EP, em Luanda, Caixa Postal 1306] § 9s cone end Tele cmprens AR? sie “ASSINATURAS, ‘0 prego deca na publica nos Daron la Replica 762? sien de Kr 7500 21 sdtie Ka: 95,00, acrecido do. respectivo Ano ara Ke: 400 2750, Ke: 236 25000 Ke: 128 50000 Ke: 95 70000 imposto do selo, ependendo a publica da 23 shed dopssitoprévioaefienar na Tesoursi ‘dulmprensa Nasional — EP Assembleia Nacional Leta’ 1th De Bases do Regime Geraldo Sistema Nacional de Planeamento, — Revoga toa lepistato que canes o disposto na presen le eins 2 Rewoga a Len? 19196, 4627 de Lain 2 it: ‘Sobre os TratadosImemacionais. — Rovoga a Lei m* 6190, de 22 de ‘Malo toda leislagdo que contare a prese Resolugion. WI AAprva a designajo do Deputtdo Virgo Ferra de Fontes Pereira para excreta fangho de Presidente do Grupo Nacionl da Assen oa, em absauigio do Depatads Boro de Sousa Bal ar Diogo Resolugdo ms 21K: ‘Recomnda 20 Exocuio a alopar um procoulmento fomal de dieu ‘so prvi caboajo do Orzamento Geral do Esta, que orconir Um efeio ut ox hide gies levanten em tom do ‘ASSEMBLEIA NACIONAL wt e M de sanciro da Repiblica de Angola imprimiu uma nova realidade juridica, politica, econémica ¢ social no Pas. Ese rcunstancialismo abonow © imperativo de se pro- ceder a reforma do sistema nacional de planeamento, tor- nando este ¢ a administrago financcira mais eficiente, onde © planeamento seja um verdadeiro instrumento de gestio crientado para os resultados, com a consequent criagao das condigSes de melhoria do funcionamento do Estado, Sistema Nacional de Planeamento deve promover 0 desenvolvimento sustentado ¢ harmonioso do Pais, assegu- rando a justa repartiglo do rendimento ni jonal, a preser- vagiio do ambiente e a qualidade de vida dos cidadiios. ‘A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposigdes combinads da alineab) do artigo 161." daalinea ) do n? 1 do artigo 165. e da alinea c) don? 2do artigo 166.°,ambos da Constituiso da Repdblica de Angola, a seguinte: LEI DE BASES DO REGIME GERAL DO SISTEMA NACIONAL DE PLANEAMENTO, CAPITULO T jema Nacional de Planeamento Configurace do ambito de apieagion A presente lei estubelece as bases gerais do Sistema Nacional de Planeamento ¢ do planeamento nacional, com- preenidendo 0 mbito de apl \os, 0s principios, os instrumentos, os drgios integrantes, as 1 definig0, 0s objecti- normas ¢ os provedimentos necessitios 2 configuragio e 2 mnismos da gest publica, cfela desses met DIARIO _DA REPUBLICA €) coordenar a realizagio de consultas & sociedade civil equeridas para a elaboragio, 0 acompana- ‘mento ¢ a avaliagtio dos Planos Sectoriais ¢ Pro- respectivos: _P) manter sistema informtico integrado de informa «Bes, articulado ao sistema central de infor- ‘mages mantido pelo Departamento Ministerial ‘esponsivel pela programagio e gestio do desen- volvimento, sobre a evoluglo da realidade socio- econémica sectorial ¢ provincial, das metas isicas ¢ financeiras dos Planos Sectoriais ¢ Pro- cconforme 0 caso, ¢ dos Planos Anuais vinciais, dos Planos Anuais respectivos dos indicadores de desempento desses instrumentos: 4) fomecer a instituigbes e outras partes da sociedade civil nacional e intemacional, em articulagio com outros drgios integrantes do sistema, i {gbes sobre os resultados da execucio dos Planos Sectoriais e Provinciais, conforme © caso, dos Planos Anuais respectivos ¢ dos indicadoves de ‘desempenho desses instrumentos; 7) outras atribuig para a elaboragio, 0 acompanhamento e @ ava- liago dos Planos Sectors ¢ Provinciais, con- forme 0 caso, dos Planos Anuais respectivos s de natureza técnica requeridas 2.08 6rgios sectoriais e provineiais de planeamento so auxiliares dos Departamentos Ministeriais seetoriais e dos Governos Provinciais, respectivamente, no exercicio das competéncias definidas no niimero anterior, para o que sio assistidos ¢ orientados teenivamente pelo Departamento Ministerial responsdvel pela programago e gestio do desenvolvimento. CAPITULO IV Disposigfes Finais e Transitérias ARTIGO 26 (Dkpongeseamstérian) 1. Os planos nacionais, sectoriais e provinciais, 0 Pro- _grama de Investimento Piblico-e a programagio anual deste, {ue tenhiam sido aprovados, permanecem em vigor até o final dos periodos para 0s quais foram elaborados, desde que estes flo superem o periodo da presente legislatura 2. Caso 08 periods de vigéneia dos planos, mencionados ‘no niimero anterior, superem o perfodo da legislatura, esses instrumentos tém os seus prazos de vigéncia reduzidos para se comportarem dentro do periodo da legislatura. 3. Aexecugiio dos planos que permanecem vigentes, em funedo do disposto,nos ntimeros anteriores deve observar os prinejpios e procedimentos do Sistema Nacional de Planea- mento definidos na presente lei incluindo as normas para revisdo dos instrumentos de planeamento, que venbam a ser definidas na regulamentago da presente Ie 4.0 Bxecutivo fica autorizado a elaborar 0 Plano de Desenvolvimento Nacional para o biénio 2011-2012, inde- pendentemente da periodicidade que venha a ser defini para a elaborago do PDN, na regulamentagao da presente lei, de modo a completar-se 0 periodo da legistatura 2009- 2012. ARrIGO 27° (Norma revogatéeiay revogada toda a legislagdo que contrare o dsposto na presente lei ARTIGO 28 egulamentagao) |A presente lei deve ser regulamentada no prazo de 90) (noventa) dias, a contar® data da sua publieaco, ARTIGO 29° (Eateada er vigor) Apresente lei entra em vigor & data da sua publicagio. ARTIGO 20. (évidas eomissdes) AS dhividas e omissdes que surgi pretacZo da presente lei sfio resolv Nacional -m na aplicagio e inter las pela Assembleia ‘Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘08 18 de Novembro de 2010. © Presidente dai Assembleia Nacional, Ansénio Paulo Kassoma. Promulgada aos 20 de Dezembro de 2010. Publique. (0 Presidente da Repiiblica, Jost EousKno pos Saxtos, Lene 21 fe 14 de Sanciro (© Executive Angolano tem empreendide um giganteseo csforgo financeizo, traduzido na reabilitagio e na construgio de infra-esiruturas rodovirias,ferrovisrias, aeroportuatias, de abastecimento de fgua e energia eléctrica, de saneamento das cidades, de entre outras, com recursos priprios ou recor- rendo a0 endividamento, LSERIE_— N° 9 — DE 14 DE JANEIRO DE 2011 241 ‘Muitas das tarefas ats citadas podiam ser desenvolvidas pelo sector privado, em estreita coluboragio com 0 sector paiblico, sendo que o arranque e mesmo o desenvolvimento a conclusio dos projectos seriam financiados pelo sector privado © a recuperago dos investimentos por parte destes seria a posterior, através da exploragio, durante determinado tempo, em regime de concessio. estabelecimento dessa relagdo, entre 6 Estado ¢ parti- coulares, deve assumir @ forma de parceria pablico-privada e ‘como se sabe, fo um factor determinante de alavancagem do desenvolvimento de viios patses. No nosso ordenamento juridico existem algumas formas de relacionamento entre 0 Estado e os particulares que, podiam ou deveriam ser tratadas no Ambito duma parceria paiblico-privada, o que niio acontece por nio existir Iegisla- (Glo especifica sobre a matéria, Convindo aprovar as bases gerais do regime juridico das pparcerias pablico-privadas e potenciar o aproveitamento, pelo Estado, da capacidade de gestio do sector privado, melhorar 48 qualidade dos servigos piblicas prestados ¢ gerar poupan- ‘a8 considerdveis nos servigos piiblicos prestalos e gerar poupangas considerdveis na uilizagio de recursos pablicos, insttuindo principios gerais de ef nadamente através de uma mais cuidade avali ‘el repartigio do isco e da eriagio de incentivas a definicdo de parcerias financeiramente sustentiveis e bem geridas. ‘A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos ‘termos das disposigdes combinadas da alineab) do artigo 161° eda alinea d) don. 2 do artigo 166.°, ambos da Constituigao dda Repiiblica de Angola, a seguinte: LEI SOBRE AS PARCERIAS PUBLICO-PRIVADAS CAPITULO T Disposigies Gerais ARTIGO 1 (Object) A presente lei tem por objecto 2 definig gerais aplicdveis & intervengio do Estado na determinagio, concep so, preparagio, concurs, adjudicagio,alterago calizagio.e acompanhamento global das parcerias piblico- -privadas de normas ARTIGO 2. (Detiaigio de parcerta piblco-privada eGmbico de apleaeo) |. Para os efeitos da presente lei entende-se por parceria pAblico-privada, o contrato ou a unidi de contratos, por via dos quais entidades privadas, designadas por parceitos pri ‘vados, se obrigam, de forma duradoura, perante um parceiso pablico, a assegurar © desenvolvimento de uma actividade tendente 8 satisfugio de uma necessidade colectiva, ¢em que © financiamento e a responsabilidade pelo investimento pela exploragiio incubem, no todo ou em parte, ao parceiro privado. 2, Sao parceiros piblicos: 40 Estado e as Autarquias Locais: 'b) 0s Fundes e Servigos Auténomos ) as Bntdades Pablicas Empresariais 3. presente lel é igualmente aplicdvel a todas as parce- ras em que o equivalente ao parceizo nio pablico, seja uma ccooperativa ou uma instituigio privada sem fins lucrativos. 4, Constituem, entre outros, instrumentos de regulagio juridica das relagbes de colaborago entre entes piiblicos e entes privados: 4.0 conteato de concessio de obras puiblica +b) 0 contrato de concessao de servigo publi ©)0 contrato de fomecimento continuo: 4) 0 contrato de prestagio de servigos: 6) 0 contrato de gestio; ‘Ao contrato de colaborago, quando esteja em causa a.utilizagio de um estabelecimento ou uma -estrutura jf existente '5.s parcerias puiblico-privadas podem envolver: 4) as concess0es integralmente onerosas para o Estado: +b) as concess0es parcialmente onerosas: 6) as concessées ilo onerosis para o Estado. 6, Excluem:-se do ambito de aplicago da presente lei 4) as empreitadas de obras piblicas; +b) os contratos publicos de aprovisionamento: «) todas as parcerias piblico-privadas que envolvam ‘um investimento ou valor contratual inferior a Kz: 500.000.0000 (quinhentos milhoes de kwian- za): 4) todos 0s outros contratos de fornecimento de bens ‘ou de prestagdo de servigas, com prazo de dura- ‘go igual ou inferior @tr€s amos, que no envol- vam a assungdo automitica de obrigagdes para 0 pparceizo piblico no termo ou para aém do termo do contrat. 7..As parcetias piblico-privadas promovidas por enti dades piiblicas empresariais sob a forma societiria devem dobservar, com as devidas adapragbes, as exigéncias materiais cos prineipios constantes da presente lei, designadamente os resultantes dos artigos 4°, 5°,6.%, 7", 17.2 ¢ 20°, sendo 0 m2 DIARIO _DA REPUBLICA respectivo acompanhamento e controlo feito pelos respec- tivos departamentos ministeraise da tuela sectorial, exercidos através da fungo aceionista do Estado, ARTIGO 4 Prevalénda) 1.0 disposto na presente lei prevalece sobre quaisquer outras normas, relativas a parcerias pablico-privadas, tal como definidas no artigo 2." 2. Sem prejuizo do disposto no niimero anterior, quando «8 especificidade de determinado sector 0 justfique, podem ser criados, por lei, regimes sectoriais especiais, nos termos «dos quais so definidas as normas que se revelem necessérias ‘ou convenientes, em virtude das caracteristicas particulares do sector em causa, para assegurar a prossecuio dos fins © ‘© cumprimento dos pressupostos gerais da consttuigo de parcerias piblico-privadas, 3. Os regimes sectoriais especiais referidos no nfimero anterior podem compreender: 4) prineipios e regras econémicas, inanceiras e t6e- +b) normas procedimentais espectficas ©) atribuigSo,a uma entidade sobre tutela sectorial, das competéncias de identificagio, preparagio, avaliag3o prévia, acompanhamento ¢ avaliagai de constitigio de projectos de parcerias, ARTIGO 4° ins) Constitiem fins esses is das parcerias publico-priva- das melhorar a efici&neia na afectagio de recursos puiblicos, ‘© aumento da capacidade do Estado para realizar inves- ‘imentos e a melhoria qualitativa e quantitativa do servigo, induzida por meio de controlos efiewzes que permitam a sta avaliago permanente por paste dos potenciais utentes do parceito piblico, ARTIGO 5° 1 de responsabiidades) (epart No dmbito das parcerias publico-privadas incumbe ao, parceiro pablico 0 acompanhamento ¢ © controlo da exe- ccugiio do objecto da parceria, de forma a garantir que sejam aleangados 0s fins de interesse paiblico subjacentes e ao par- ceiro privade cabe, preferencialmente,o financiamento, bem jo ea gestio da actividade contratada, AKTIGO 6: (Presupasios) |. Para a constituigao de uma parceria piblico-privada deve observar-se o seguinte: 4) as parcerias piiblico-privadas a aprovar devem ‘constar do Plano Geral das Parcerias Pablico-Pri vvadas (PGPPP), documento plurianual e multis- sectorial, que define a estratégia em matéria de parcerias puiblico-privadas, elaborado com a colaboragio de todos os departamentos minis- tetiais, que deve ser aprovado pelo Executive, ‘Todavia, excepcionalmente ¢ mediante motivos devidamente fundamentados, podem ser aprova- das parcerias piblico-privadas que nflo constem «do Plano Geral das Parcerias Piblico-Privadas eGPPP); +) 0 cumprimento, quando seja o caso, das normas relativas & programagio financeira constante da Lei do Oryamento Geral do Estado; ‘)aclara enunciagao dos objectivos da parceria, defi niidos os resultados pretendidos e permitir uma adequada atribuigdo das responsabilidades das partes: 4) aconfiguragZo de um modelo de parceria que apre- sente, para 0 parceito plibico, vantagens relat vamente as formas allernativas de alear _mesmos fins, designadamente por via do modelo de contratagio pabliea tradicional, avaliadas nos ‘mesmos termos previstos na Lei do Orgamento Geral do Bstado ¢ que, simultaneamente, apre- sente, para os parceiros privados, uma expecta- tiva de obtengo de remuneragdo adequada a0s ‘montantes investidos ¢ ao grau de riseo em que incorrem € de igual modo, ao tempo estimado para a execugtio das mesmas empreitadas; ©) 4 prévia adequagao as normas legais e demais ins- ‘rumentos normatives, bem como a obtengo das autorizagies e dos pareceres administrativos exi- tides. tais como de, entre outros, os de natureza ambiental ¢ urbanisticos, dos quais depende 0 desenvolvimento do projecto, de modo a permi- tir que os risces possam ser convenientemente distribufdos entre os parceiros com melhores condigdes de suportilos: ‘A aconcepgio de modelos de parcerias que evitem ou. menorizem, sempre que possivel e salvo funda- ‘mentagdo adequada, a probabilidade da veri cago de modifieagies unilaterais dos contratos, determinadas pelo parceizo piblico ou quaisquer ‘outros factos ou circunstincias geradores ou potenciadores da obrigago de reposigo do equi librio financeiro, designadamente a indefinigo das prestages contratuais,a imprevisibilidade da ‘matéria, sextensio ou a incerteza quanto a dura- {20 do compromisso, bem como a assunca0 de terms ¢ condigdes de reposigdo desse equilfbrio ‘ou outros regimes indemnizatérios que sejam LSERIE_— N° 9 — DE 14 DE JANEIRO DE 2011 243 cexcessiva ou injustficadamente onerosos ou ina- dequados em face do perfil de riseo efectivo da parceri 18) @ adopgio, na fase prévia & contratagio, das di éncias e a consagragio das exigéncias que se revelem adequadas 2 obtengio de um resultado ‘negocial econsmica ou socialmente competitivo: -tificagio expressa da entidade pibliea que tem a responsabilidade de suportar os encargos decorrentes de pagamentos a realizar ao parcels privado, quando se preveja que os mesmos venham ‘ter lugar, bem como a identificagio da origem dos respectivos fundos, a 2. O estudo téenivo-econsmico-financeiro de propostas de parceria pablico-privada deve ter um grau de detalhe com- pativel com a dimensio finaneeira do contrato, eabendo a0 \departamento ministerial divulgar e normatizar os respectivos roleiros ou manuais para a elaboragio € apresentagio das referidas propostas de parceria, bem como at divulgagao dos parmetros macroeconsmicos a serem adoptades, 3. A erificagio da conformidade do projecto de parceria| ‘com os pressupostos referides non.® | deve ser realizada com ‘o maior grau de concretizagdo possivel em fang da fase em ue 0 projecto se encontre 4. No que respeita, em especial, no licenciamento ambi- ental, quando exigivel segundo a lei aplicével, deve o mesmo ser obtido previamente ao langamento da parceria, 5. Nos casos em que sejam apresentadas propostas com variants assentes em pressupostos diferentes daqucles que serviram de base go livenciamento ambiental, 0s riscos ine- rentes & variante correm, exclusivamente, por conta do pa ceito privado. ARTIGO 7° (Parta de rsces) A partitha de riscos entre as entidades publicas privadas deve estar claramente identificada contratualmente e obedeve 0 prinespio de os diferentes riscos inerentes parceria devem ser repartidos entre as partes, de avordo com a suit capacidade de gerir esses mesmos riseos aos menores Custos para os projectos, CAPITULO IL Avaliagiio das Parcerias aKTiGO 8 (Programe sctoriais de pareries) 1. De aeordo com as prioridades politicas ¢ de inves :mentos sectoriais podem ser desenvolvidos programas sec- toriais de parcerias, envolvendo um conjunto articulado de projectos com recurso & gestio e wo financiamento privado, ‘nos termos da Lei do Orcamento Geral do Estado. 2.A.coordenagiio¢ 0 apoio técnico & elaboragio dos pro- jectos inseridos ou a inserir em programas sectoriais podem ser atribuidos, pelo Ministro da Tutela Sectorial, a unidades ou a estruturas tenicas especializadas as quais cabe nomeadamente, apresentar o respective estudo prévio. 3.0 estudo previsto no nlimero anterior deve demonstrar 2 aptidao do projecto para atrair © sector privado, de prefe- ‘€ncia angolano, enquanto potenciais interessados, mas tam- bém as condigdes de mercado existentes, podendo © mesmo, ‘com a autorizagdo expressa do departamento ministerial de tutela, ser realizado pelo parceito privado. ARFIGO 9° Gries de suport as parcerias péblic-peivadan) 1.0s projectos de parceria piblico-privada, antes da sua emessa ao Titular do Poder Executivo, devem ser aprecindos pela Comissio Ministerial de Avaliago das Parcerias Pablico-Privadas (CMAPPP), com competéncia para: 4) apreciar ¢ deliberar sobre © manual de procedi- ‘mento para a selecgo e contratagdo relativa & participagiio do Estado nos investimentos e no capital social de empreendimentos conjuntos ‘com accionistas privados, a aprovar por despa cho do Ministro de Tutel; +) apreciar e deliberar sobre a proposta de Plano Geral ddas Parceria Publico-Privadas (PGPPP); ©) aprovar as propostas de projectos de parcerias pblico-privadas, apresentadas pelos sectores, ‘com parecer prévio do Ministétio de Tutela; 4) orientar 0 processo de contratagio, apss consulta ‘a9 Tribunal de Contas, sobre a eonformidade legal do provesso ¢ a aprovagio pelo Titular do Poder Executivo: ©) apreciar ¢ deliberar sobre os relatérios de execugio dos contratos, apresentados pelos departamentos rministeriais de tutela e elaborados pelos érgios de fiscalizagio. 2.A Comissio Ministerial de Avaliagio das Parcerias| Piblico-Privadas (CMAPPP) tem a seguinte composigio: 4@) Ministro da Economia — coordenador: >) Ministro das Finangas; ©) Ministro do Planeamento. 3. Das reunides da Con Parverias Pablico-Privadas (CMAPPP) para examinar pro- {ectos de parceria pblico-privadas, pode pastcipar © Minis- ‘10 de Tutela do Sector onde o projecto em anilise deve ser desenvolvido, de igual modo, Governador da circunscrigéo tersitorial dio Ministerial de Avaliaglo das m4 DIARIO _DA REPUBLICA 4. Para © desempenho das suas fungdes, a Comissiio Ministerial de Avaliagio das Parcerias Piblico-Privadas (CMAPPP) conta com o apoio do departamento ministerial de tutela, que pode solicitar apoio técnico especializado nos Ministérios ¢ nos demais Grgdos do Estado, bem como con- tratar consultores externos, 5.0 Ministério de (utela deve ser responsivel pela arti- culaea0, promocio e publicidade do Plano Geral das Parce- sias Pblico-Privadas (PGPPP), ARTIGO 10° (CPreparagio estudo de parceras) 1..Os Ministros de Tutelas Sectoriais, que pretendem ini- cia processos de parceria piblico-privadas, sendo que estes, preferencialmente, devem constar do Plano Geral das Parce- rigs PGblico-Privadas (PGPPP), devem notificar a Comissio Ministerial de Avaliagio das Parcerias Piblico-Privadas (CMAPPP), bem como informar a data na qual devem ser encaminhados os estudos ¢ a documentagiio dos projectos, segundo os manuals a serem estabelecidos pelo departamento ‘ministerial de tutela, elaborados conforme 0 n.°2 do artigo da presente lei 2. O estudo e a preparagio da parceria deve ter em con siderago a conveniéneia de averiguagio prévia do posicio- snamento do sector privado telativamente ao tipo de parceria, tendo em vista, designadamente, a identificagdo de potenciais interessados e a anilise das condigdes de mercado existen- tes, procedendo, quando aplicdvel, i actualizagio do estudo prévio a que se refere o1n.°2 do artigo 6.° da presente lei. 3. Compete ao departamento ministerial de tutela upre- ciar 0s pressupostos a que obedeceu 0 estudo apresentado, solicitar, aso necesstrio, esclarecimentos e anilises com- plementares, com vista 8 adequada inseryio da proposta de parceria aos objectivos do Executive maximizaro seu impacte positive na economia, bem como, especificadamente: 4) promover uma eficaz articulago entre as entidades, wolvidas, com vista a imprimir celeridade e efi- ceicia a respectiva aegho; +) propor, o Executivo, as solugies e as medidas que cconsidere mais consentaneos com a defesa do interesse piblico: ©) propor os instrumentos juriticos adequados ao lan- ‘gamento €& execugo do projecto de parveri; 4) apresentar, quando solicitado, uma justifieagio ‘quanto & motivago estratégica da parceria, ¢ do ‘modelo a adoptar, demonstranddo a inexisténcia, de alternativas equipariveis dotadas de maior efi- ica técnica e operacional ou de maior racio- nalidade £#)demonstzar a comportabildade orgamental da par- ‘) colaborar com as entidades incumbidas da fse zagio edo acompanhamento global das parcerias prblico-peivadas ARTIGO 11 1. Do dossier a remeter & Comissio Ministerial de Ava- Tiago das Parcerias PGblico-Privadas (CMAPPP) deve cons- tar os seguintes elementos: 4) 0 programa do procedimento adjudicatério apli- cavel ‘yo cademo de encargos: ©) a andlise das opgdes que determinaram a configu rugio do projecto; d) a descrigio do projecto e do seu modo de Financia ‘mento; 1) a demonstragiio do seu interesse pllblico: ‘A justificago do modelo de parceria escolhido; ) a demonstragao da comportabilidade dos custos © dos riscos decortentes da parceria, em funciio da programagio finaneeira plurianual do sector piblico-ndministrativo; 1) 0 licenciamento ambiental, quando exigivel, nos texmos da lei aplicavel: 1) minuta do contrato, 2, Aquando da recepedo, pela Comissio Ministerial de Avaliagio das Parcerias Publico-Privudas (CMAPPP), da proposta de parceria, nos termos do n.* 1 do artigo 10.° da presente Iei, esta deve seguir para a apreciagio do departa- ‘mento ministerial de utela, que deve informar a data para envio do seu relatério a CMAPPP, tendo-se em conta as ddimensies téenio-econsmicas do project. 3.0 relatério do Ministério de Tutela analisa, em espe- cial: 4@) se 0 modelo definitivo de parceria proposto pelo Ministério de Tutela sectorial esti em conformi= dade com o disposto no n.° I do artigo 6° € no artigo 7." da presente lei; 1b) se estiio adequadamente discriminadas as obriga- ‘gbes ¢0$ direitos, tanto do parceiro privado como do parceiro pilblico: ) se esto adequadamente quantificades e alocados 6 riscos da parceria (Matriz de Risco), bem como o impacto potencial destes ao parceiro pailico. LSERIE_— N° 9 — DE 14 DE JANEIRO DE 2011 24s, ARTIGO 12° (Cangamento do concurs pulico da parecria) 1. Cube & Comissiio Ministerial de Avaliagtio das Parce- sias PGblico-Privadas (CMAPPP) deliberar, definitivamente, {quanto ao langamento da parceria e respectivas condigbes, remetendo oseu parecer ao Ministério de tutela, a quem cabe cexecutar os procedimentos de seleegio ¢ de negociage dos termos da parceria 2. 0 langamento da parceria ¢ feito segundo o procedi ‘mento adjudicat6rio aplicdvel, ja previamente aprovado pelo ‘Tribunal de Contas, nos termos da legislagio relativa 8 con tratago pitbica, 3. A qualquer momento do processo de seleegtio do par- ceiro privado pode dar-se por interrompido ou anulado o processo em curso, mediante deliberagio da Comissio Ministerial de Avaliagio das Parcerias Piblico-Privadas (CMAPPP), sob proposta do Ministério de tutela sectorial, no havendo a atribuigdo de qualquer dreito de indemniza- io, sempre que, de acordo com a apreciagio dos objectivos «8 perseguir, os resullados das anslises e das avaliagSes reali- zadas até entdo e os resultados das negociagSes levadas a ceabo com os cundidatos nfo correspodam, em termos siti fat6rios, aos fins de intetesse piiblico subjacentes & consti tuigfio da parceria, incluindo a respectiva comportabilidade de encargos globais estimades. 4. A interupeiio do procedimento de constituigo da par- ceria é obrigatéria sempre que se apresente apenas um con- cortente no respectivo procedimento adjudicatsrio, salvo docisio expressa e fundamentada da Comissio Ministerial de Avaliagao das Parcerias Pablico-Privadas (CMAPPP), ARTIGO 13 (Da soiedade de tha expectice) |. Antes da celebragdo do contrato com 0 adjudicante, deve ser constituida a sociedade de fim especifico incumbida de implantar e gerir 0 objecto da parceria, podendo adoptar quaisquer formas societitias previstas na legistagdo em vigor, ressal¥vados 0s casos em que, a critério da Comissito Minis terial de Avaliagiio das Parcerias Piblico-Privadas (CMAPPP), devidamente fundamentado, ser permitidas outres formas de sociedades empresatiais 2. transfer@ncia do controlo da sociedad de fim espe- cifieo deve ser condicionada a autorizagdo expressa da Administragdo Péblica, nos termos do edital e do contrato, sob pena de vencimento do contrato de Parceria Piblico- -Privado, 3.Asociedade de fim especitico com receita anual acima do valor definido pela Comissio Ministerial de Avalingio das Parverias Publico-Privadas (CMAPPP) s6 pode assumir a forma de sociedale anénima, podendo emit valores mobi: lidrios admitidos a negociagio em mercado nacional ou internacional 4.A sociedade de fim espec'fico com receita anual acima do valor definido pela Comissio Ministerial de Avaliago das Parcerias Piblico-Privadas (CMAPPP), deve obedecer a padres consagrados internacionalmente de gestaio corpora tivae além da publicago das demonstragGes Financeiras peka legislagdo vigente em Angola, deve adoptar contabilidade © demonstragies financeiras padronizadas, conforme padrio intemacional «lnternational Finance Repost Standard (IFRS). 5. Fica vedado & Administragio Piblica ser titular da imaioria do capital votunte das sociedades de que trata este capitulo, 6.0 impedimento previsto no ntimero anterior niio se pica & eventual aquisigdo da maioria do capital votante da sociedade de fim especifico por instituigéo financeira con- trolada pelo Poder Piblico em caso de incumprimento de contratos de financiamento, ARTICO 149 (Aaprotagioe assinatura do contro) 1 Apis seleceionado o vencedor e aprovado 0 processo de contratagdo pelo Tribunal de Contas, a Comissio Ministe- ral de Avaliagio das Paroetias Piblico-Privadas (CMAPPP) encaminha o dossier do projecto de parceria,juntamente com ‘a minuta de contrato para @ aprovagio do Titular do Poder do Executive. 2. Ap6s a aprovagao referida no némero anterior, o con: trato deve ser assinado pelos departamentos ministeriais de Evonomia, das Finangas e de tutela sectorial, em represen- tagio do Estado, CAPITULO LL Fiscalizagio e Acompanhamento das Parcerias ARFIGO 15° (scallzagho das parcerlas) 0s poderes de fiscalizago e controlo da execugio das parcerias so exercidos por entidades ou servigos identiica- dos nos contrat, ARTIGO 168 (Acompanhamento da execute das parceris) 1 Incumbe & Comissiio Ministerial de Avaliagdo das Par cerias PUblico-Privadas (CMAPPP) ¢ ao Ministério de Tutels sectorial proceder ao acompanhamento das parcerias, tendo 6 DIARIO _DA REPUBLICA por objective avaliar os seus custos eriscos e melhoraro pro- ccesso de constituigio de novas parcerias. 2. O departamento ministerial de tutela presta apoio tée- nico & Comissio Ministerial de Avaliagio das Parcerias Pablico-Privadas (CMAPPP) na condugdo dos processos de Fiscalizaglo, de negociago e de execueto das parcerias, traduzido no seg 4a) emisso de pareceres,recolha e disponibilizagtio de informagZo relativa aos custos, aos riscos e a0 ‘impacto financeiro das parcerias; ‘b)recebimento, em nome da Comissio Ministerial de Avaliagdo das Parcerias Pablico-Privadas (CMAPPP), das comunicagées previstas na pre- sente lei ©) acompanhamento dos processos em curso nos tri ‘bunais arbitrais, prestando apoio técnica a0 pare ceiro puiblico quando tal Ihe seja determinado pela Comissio Ministerial de Avaliago das Par- ceria Piblico-Privadas (CMAPPP); <) arquivamento ¢ registos de clementes relacionados, {com as parcerias. 3. Os servigose organismos do Estado e as entidades indi- cadas no n.’ 2do artigo 2.° da presente lei devem prestar, a0 departamento ministerial de tutela,toda a colaborago que se revele necesséria, designadamente Fornecendo os elementos que Ibes sejam solicitados, relacionadas com provessos de parcerias. 4, Sem prejuizo do disposto nos mimeros anteriores, quando a complexidade, o valor ou © interesse piblico da parceria o jutifiquem, a Comissio Ministerial de Avaliag das Parcerias Péblico-Privadas (CMAPPP), juntamente com (8 departamentos ministeriais de tutela sectoriais, podem designar uma comissio extraordindria de acompanhamento da fase inicial da execugo do contrato em causa, mediante despacho conjunto, que fixa o &mbito da missao atribuida & respectiva comissao, 5.0 Titular do Poder Executivo remete 8 Assembleia ‘Nacional e ao Tribunal de Contas, com periodicidade anual, relatrios de desempenho dos contratos de parceria piblico- -privada que, ressalvadas as informagdes clasificadas como Sigilosas, devem ser disponibilizados ao pablieo, por meio de rede publica de transmissio de dados. ARTIGO 17° (Aterages das parcels) L. Ficam sujeitas a0 disposto no nimero seguinte qual- quer alteragdo que, ap6s a seleceo do parceiro privado ou 1a vig@ncia do respectivo contrato, por acordo dos dois par- ceitos ou por dde um deles, ao abrigo de qualquer isposigdo legal ou contratualmente aplicavel, se pretends introduzir nos termos da parceria ou nos compromissos & asstimir ou jf asstimidos pelas partes. 2. Quando um servigo ou organismo do Estado ou uma das entidades indicadas no n° 2do artigo 2.° da presente lei pretender dar inicio ao estudo e preparagdo de uma altera- io dos termos e condighes de um contrato de parceria jf celebrado,deve remeter o dossier ao departamento ministerial de tutela, que emite um parecer a ser apreciado na Comissio Ministerial de Avaliagio das Parcerias Piblico-Privadas (CMAPPP) conjuntamente com 0 dossier remetide pelo departamento ministerial de tutela sectorial ARTIGO 18 (Equilbrlyfimanceir e novus actividades) 1. Pode haver lugar & reposigio do equilibrio financeiro do respectivo contrato quando ocorre uma alteragao si cativa das condigGes financeiras de desenvolvimento da par- ceria, nomeadamente nos easos de modificago unilateral Jmposta pelo parceito pablico, do contedido das obrigagies contratuais do parceiro privade ou das condigdes essenciais de desenvolvimento da parceria 2.0 parceiro puiblico tem direito & partitha equitativa com 0 parceiro privado, dos beneficios financeiros que decorram, para este, do desenvolvimento da parceria, nomeadamente nos casos de melhoria das condigBes de Financiamento da parceira por via da renegociagao ou subs- tituigdo dos contratos de financiamento, 3, Devem constar expressamente das pegas do procedi- _mento adjudicatério aplicavel ou do titulo contratual, os pres- supostos em que hai lugar a repesigao do equilibro financeiro em favor do parveiro privado ou 2 partitha a favor do par- cxito pablico de beneticios financeiros do desenvolvimento «da parceria 4. Aaferigto do equilforio financeiro da parceria tem em conta 0 modelo financeiro que constitu’ o respective caso- -base, que deve ser anexo ao contrato de parceria ¢ ineluir todas as receitas do parceito privado que sejam obtidas em resultado do desenvolvimento da parceria, inluindo as rece- bidas de terceizos ao abrigo de contratas de subconcessio ou cedéncia onerosa de espagos ou de equipamentos par ins ‘5. reposigio do equilirio financeiro a favor do parceiro privado ou a partilha, a favor do parceino piblico, de benefi- ios financeiros slo efectuadas nas seguintes modalidades: LSERIE_— N° 9 — DE 14 DE JANEIRO DE 2011 247 4) alteragio do prazo da parceria; +) aumento ou redueao de obrigagdes de natureza pecunisria; ©) atribuigdo de compensagdo directa; 4) combinago das modalidades anteriores ou qual {quer outra forma que vena a ser acordada entre as partes. 6. Quando haja lugar reposigdo do equilibrio inanceiro do contrato ou 3 pastilha de beneficios entre © parceiro ‘iilicoe o parceiro privado, observa-se, com as necessérias adaptagdes, 0 procedimento de alteraco da parceria previsto 1 artigo 17." da presente lei. 7. Quando © parceiro privado pretende exercer aetivids- des nfo previstas expressamente no contrato de parceria a autorizagao das entidades que aprovaram a celebragio do contrato de parceria nlo pode, em caso algum, ser emitida quando as propostas niio contenham a respectiva projecgio econsmico-financeira e uma partilha da correspondente receita ARTIGO 19°) (herds de encerg0s) 1. Sem prejutzo da observancia do regime juridico rela- {Ivo a realizagio de despesas piblicas, carece de despacho conjnto prévio de concordancia des Ministros da Econom das Finangas e de tuela sectoral, a emit no prazo de ses- senta (60) dias, indo o qual se presume tacitamente emitido, a realizagdo, redugdo ou alteragdo de obras nao previstas ou {qualquer outra decisao susceptivel de, no émbito da execuga0 do respectivo contrato e das condigdies af fixadss, gerar um aeréscimo dos encargos previstos para o parceito pablico ou para o Estado, excepto se 0 respectivo valor nao exceder, em {ermos acumulados anuais, Kz: 200,000,000,00 (duzentos ‘milliies de Kwanzas) 2, Para efeitos do disposto no niimero anterior o pedido apresentado pelo servigo ou pela entidade que representa 0 parceito pablicona execugio do contrato em causa deve ser acompanhado da respectiva fundamentaglo, do orgamento apresentado pelo parceito privado e das condigées de exe- 1 € de pagamento. 3.No caso de os ministros a que se refere 0 .° 1 do pre- artigo ndo aceitarem 0 orgamento apresentado, bem ‘como as eventuaisalteragdes que ocorrem em func de um process negocial, obtido o despacho de indeferimento daqueles ministros 1 emitir no prazo de sessenta (60) dias, findo os quais se presume tacitamente emitido, pode © par- ceiro puiblico, unilateralmente e nos termos fixados no con- ‘rato ou na lei, tomar a decisio, que acautele, em melhores condigées, o interesse publico, 4. Quando o servigo ou entidade que represente o parceiro paiblico na execugio do contrato de parcerias tome conhe ‘mento das situagdes susceptiveis de gerarem encargos adicionais para o parceizo piiblico ou para o Estado, desig- nadamente 08 decortentes de atrasos imputiveis a entidades pAiblicas intervenientes no desenvolvimento do processo, devem, de imediato, comunicar tais factos & Comissfio Ministerial de Avali (CMAPPP) e wo Ministro de Tutela Sectorial, sempre que possivel com indicagées dos valores estimativos envolvides. das Parcerias Piblico-Privadas ARTIGO 20° (Procesos arbitra) 1. Os litigios emergentes das relagdes estabelecidas no Ambito das parcerias piblico-privadas, podem ser submetidos 2 arbitragem, nos termos da Lei Sobre a Arbitragem Volun- ria em vigor. 2, Quando, nos termos do contrato de parveria ji cele brado, seja requetida a constituigo de um tribunal arbitral para a resolugdo de ltigios entre as panes, o servigo ous enti- dade que representa o parceito pablico no contrato de par- ceria deve comunicar, imediatamente, aos titulares dos departamentos ministeriais da Economia e da tutela sectoral, cia desse facto, fornecendo todos os elementos que se revelem ites ao acompanhamento do processo. 3. Com vista ao acompanhamento do processo arbitral os titulares dos departamentes ministeriais da Economiae da {utela sectorial podem determinar, mediante despacho con junto, a constituigdo de uma comissdo de negociag® 4. Devem ser remetidas,periodicamente, entidade direc ‘tamente incumbida de proceder ao acompanhamento do. pective processo arbitral, edpias dos actos processuais praticados por qualquer das partes e pelo tribunal, bem como dos pareceres técnicos ¢ juridicos e quaisquer outros ele- _mentos relevantes para a compreensio, desenvolvimento ou desfecho da Tide. ARFIGO 21° (undo de garantia) 1, Aexecugdo Financeira das parcerias pablico-privadas é {garantida por um fundo pubblico especial, denominado Fundo ide Garantia das Parcerias Pablico-Privadas (GPPP), a ser criado pelo Executivo, que tem come finalidade prover as ceventuais obrigagbes pecuniirias contaidas pelo Estado no Ambito das parcerias pblico-privadas que, por questoes ou por fuctos de natureza econdmica extraordinsria, no possam ser providas pelos recursos espectticos alocados pelo Estado 1a implementagiio de determinada parceria piblico-privads, ms. DIARIO _DA REPUBLICA 2.0 processo de concepeo, de estruturagio e de imple- ‘mentagio do Fundo de Garantia para as Parcerias Publico- -Privadas (FGPPP) deve ser conduzido pelo Ministério das Finangas, 43. Apdsa eriagio do Fund de Garantia para as Parcerias Paiblico-Privadas (GPP) e estando esteem regular funcio- ‘namento, 0 Ministério das Finangas deve informar & Con io Ministerial de Avaliagio das Parcerias Publico-Privadas (CMAPPP) sobre as disponibilidades e desembolsos even- tuais feitos pelo mesmo. CAPITULO IV Disposigdes Finais ARTIGO 22: (Consuliores externos) 1 Sem prejuzo da observneia do regime juridico rela tivo a realizago de despesas piblicas a decisdo de contratar consultores para apoio no mbito de processos de parcerias paiblico-privadas deve identificar ou eonter: 4) as razies objectivas que justifiquem essa contrata- ‘glo e a correspondente detimitagiio, em termos laros ¢ precisos, do dmbito de intervenga0 do consultor externo; +b) os encargos para o parceiro piblico ou para o Estado previsivelmente decorrentes dessa contratago & ‘a sua cabimentagdo orcamental; ) 0 procedimento a adoptar na seleceo do consultor cextemo, nos termos da lei 2. O consultor externo que vem a prestar servigos de con- sultoria a0 parceiro pliblico na preparaao, avaliagdo, acom- panhamento, renegociagtio ou outra intervengio referente a ‘uma determinada parceria pablico-privada e que, deste modo, Ihe permite 0 acesso & informagao nao disponivel publica- mente, fica impedido de prestarassessoria ao parceito privado ‘ou a qualquer entidade que se apresente como concorrente no mbito dessa parceria 3.,Ainobservancia do disposto no mimero anterior € causa de exclusio do concorrente de qualquer procedimento ten dente adjudicagio da parceria ou de cessagZo antecipada da _mesma, por razbes imputveis ao parceiro privado, sem pre- juizo da indemnizagio a que 0 parceiro piblico possa ter direito, nos termos legais ou contratuais aplicdveis. ARTIGO 23 nctwatizagio dos valores monctirios) Salvo disposigdes em contrrio, todos os valores mone- trios expressos na moeda nacional, na presente lei, so actualizados, anualmente, de acordo com o valor da Unidade de Correegio Fiscal, aprovado pelo Ministro das Finangas, ARTIGO 24° A presente lei aplica-se: 4) atodas as parcerias pblico-privadas que, até pre- sente data, ainda ndo tenham sido objecto do despacho de autorizagao pelo Titular do Poder Executives +b) a renegociagées, contratualmente previstas ov acondadas pelas partes, das parcerias jé existent, ‘nos limites da disponibilidade negocial legal- ‘mente permitida ARTIGO 25° egulamentagao) |A presente lei deve ser regulamentada, no prazo de ses- sent (60) dias ARTIGO 25° (Eanteada em vigor) A presente lei entra em vigor s data da sua publicagao, ssenta (60) dias aps & ARriGo 27° (Davida eomissies) As dividas ¢ omissdes resultantes da aplic pretagdo da prevente lei sio resolvidas pela Assembleia Nacional 1 € aprovada pela Assembleia Nacional, em Luands, 408 18 de Novembro de 2010. © Presidente da Assembleia Nacional, Amsénio Paulo Kassoma. Promulgada aos 20 de Dezembro de 2010. Publique-se, (© Presidente da Repablica, José Epuaavo bos Saxtos. Laine 311 fe 14 de Sanciro A informagao estatistica oficial é fundamental para 0 reforgo da identidade nacional e cultural dos eidadios ¢ para 2 formago de uma opinido piblica informada numa s6lida base abjectiva, dando um contributo decisive para o reforeo do exercicio da cidadania e, consequentemente, do processo democritico.

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