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SEX16FEV
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
Ano 42 • N.º 15176

Kz 45,00
Director: VICTOR SILVA
Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR
www.jornaldeangola.co.ao

JOSÉ COLA| EDIÇÕES NOVEMBRO

MINISTRO DAS FINANÇAS

NESTA EDIÇÃO

OSVALDO GONÇALVES
Quem desamarrou
a chuva?
OPINIÃO • 7
É falso que o OGE
VOOS DOMÉSTICOS
TAAG precisa
de novos aviões
ÚLTIMA • 32
pague canais
de corrupção
DESIGNAÇÃO

ENTREVISTA • 4 | 5

Jornalista Ismael Mateus

no Conselho da República
POLÍTICA • 3

RELAÇÕES JOÃO LOURENÇO E ALI BONGO ESTIVERAM REUNIDOS NA CIDADE ALTA AGENDA
Parlamento e imprensa
querem fim de equívocos
POLÍTICA • 3

CYRIL RAMAPHOSA Estabilidade na região Deputados

concertam
o retorno
discutida em Luanda
Os Presidentes angolano, João Lourenço, e do Gabão, Ali Bongo Ondimba,
de capitais
A Assembleia Nacional
discute na próxima
semana as propostas do
analisaram ontem, em Luanda, a situação de segurança nas Repúblicas Executivo e da UNITA
Democrática do Congo (RDC) e Centro Africana (RCA) sobre o repatriamento de
capitais para que se aprove
A situação na República Demo- abordagem ontem, em Luanda, 24 horas após uma cimeira tri- um documento único. O
África do Sul crática do Congo (RDC), a segu- no encontro entre os Presidentes partida em Kinshasa, que juntou presidente da Assembleia
tem novo Presidente rança na região central e austral de Angola, João Lourenço, e do os Presidentes de Angola, do Nacional reúne-se hoje
ÁFRICA • 8 de África e os projectos de inte- Gabão, Ali Bongo Ondimba. Congo e da República Democrá- com os líderes dos grupos
gração regional estiveram em O encontro de Luanda ocorreu tica do Congo. POLÍTICA • 2 parlamentares. POLÍTICA • 3
PRIVAÇÕES
Empresa de Pontes deve
51 meses de salários GRUPO DO RANGEL ALVES DA ROCHA BALANÇO PROVISÓRIO
SOCIEDADE • 24 CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

PANGUILA
Família vive
União Kilamba Académico
defende
três horas de terror
SOCIEDADE • 25 vence Carnaval DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO impostos
CRISE NO FUTEBOL
para fortunas
O economista Alves da
Rocha defende um
imposto para as fortunas
construídas com recurso
ao dinheiro público, para
atacar as desigualdades
criadas pelo “acintoso
acesso” ao OGE. “Temos
aqui imensas fortunas,
algumas das quais criadas
Com um total de 842 2018 do Carnaval de à sombra do Orçamento
pontos, o grupo União Luanda na classe A de Geral do Estado, e ainda
Chuva mata e deixa
Federação perde apoio
dos grandes clubes
DESPORTO • 31
Recreativo Kilamba, do adultos, a principal cate- não vi nenhuma proposta
distrito urbano do Ran- goria e cujo desfile acon- pa ra a c r i ação d e u m
gel, foi ontem declarado teceu na terça-feira, na imposto sobre as grandes
ruas intransitáveis SOCIEDADE • 24
vencedor da edição de Praia do Bispo. CULTURA • 29 fortunas”, disse. ECONOMIA • 11
2 POLÍTICA
PRESIDENTE DO GABÃO RECEBIDO NA CIDADE ALTA
João Lourenço e Ali Bongo
em consultas sobre a RDC
Chefes de Estado concertaram ideias sobre a situação na África Central e a integração regional, um dia após a reunião
tripartida realizada em Kinshasa e que juntou Angola, Congo e República Democrática do Congo
Cândido Bessa e João Dias
A situação na República
D e m o c rá t i c a d o C o n g o
(RDC), a segurança na região
central e austral de África e
os projectos de integração
regional estiveram em abor-
dagem ontem, em Luanda,
no encontro entre os Presi-
dentes de Angola e do Gabão.
O encontro, que ocorreu
24 horas após uma reunião
tripartida que juntou, em
Kinshasa, os Presidentes
João Lourenço, de Angola,
Denis Sassou Nguesso, do
Congo, e Joseph Kabila, da
República Democrática do
Congo (RDC).
Situação na
RDC vai dominar
a cimeira dos
Chefes de Estado e
de Governo da
Comunidade
Económica dos
Estados da África
Central a decorrer
no próximo mês em
Libreville
O cenário político conti-
nua complicado na RDC,
agravada pela crise econó-
mica, social, instabilidade
e insegurança.
A oposição pede que
sejam respeitados os acordos
de São Silvestre, que prevê
a organização das eleições
presidenciais, legislativas e
provinciais no mesmo dia.
As autoridades decidiram
remarcar as eleições gerais,
CRIADA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Comissão trata reforma do Estado
O Presidente da República
criou ontem a Comissão Inter-
ministerial para a Reforma
do Estado, com a finalidade
de criar as premissas para a
materialização de um dos
eixos fundamentais do Pro-
grama de Governo para o
quinquénio.
A criação da comissão é
justificada com a necessidade
de existir um espaço de con-
certação e monitorização mul-
tilateral das reformas a realizar
em cada sector da governação,
durante a presente legislatura.
Coordenada pelo Presidente
da República, a mesma tem
como coordenador adjunto o
Vice-presidente da República
Os dois Presidentes mantiveram ontem um encontro em privado no Palácio Presidencial da Cidade Alta
que passaram de 31 de De-
zembro de 2017 para 23 de
Dezembro de 2018, facto que
desagrada a oposição.
Ali Bongo, que é também
o Presidente em exercício
da Comunidade Económica
dos Estados da África Central
(CEEAC), afirmou à imprensa
que o encontro com João
Lourenço esteve enquadrado
na série de consultas aos
seus pares. O Presidente
angolano é, também, o líder
e integra o ministro de Estado
para o Desenvolvimento Eco-
nómico e Social, o ministro
de Estado e Chefe da Casa de
Segurança do Presidente da
República, o ministro de
Estado e Chefe da Casa Civil
do Presidente da República e
os ministros da Administração
do Território e Reforma do
Estado, da Administração
Pública, Trabalho e Segurança
Social, das Finanças, da Eco-
nomia e Planeamento, da Jus-
tiça e dos Direitos Humanos,
do Ordenamento do Território
e Habitação e das Telecomu-
nicações e Tecnologias de
Informação. Fazem também
parte da comissão os secre-
do Órgão de Política, Defesa
e Segurança da Comunidade
de Desenvolvimento da
África Austral (SADC).
O assunto vai dominar,
também, a próxima cimeira
dos Chefes de Estado e de
Governo da Comunidade
Económica dos Estados da
África Central a decorrer no
próximo mês em Libreville,
Gabão. “Tivemos essa opor-
tunidade de fazermos, de
facto, uma incursão sobre
tários para os Assuntos Polí-
ticos, Constitucionais e Par-
lamentares do Presidente da
República, para os Assuntos
Judiciais e Jurídicos do Pre-
sidente da República e para
os Assuntos Locais e Regionais
do Presidente da República,
o director do Gabinete de
Quadros do Presidente da
República, o assessor Jurídico,
de Modernização Adminis-
trativa e Intercâmbio do Vice-
presidente da República e o
assessor para Governação
Local e Autárquica do Vice-
presidente da República.
Num outro despacho, o
Presidente João Lourenço criou
uma comissão interministerial
os problemas que a região
está a viver, relativamente
à segurança e às questões
de instabilidade”, disse o
Presidente gabonês, subli-
nhando que a reunião per-
mitiu falar de tudo que pre-
ocupa a região.
“Consegui perceber que
estamos com as mesmas
ideias e aproveitando isso,
vi que podemos entrelaçar
ideias conjuntas, sobretudo
para fazer avançar a inte-
de registo de terrenos rurais
a favor das comunidades locais.
A equipa terá como tarefas
fazer o levantamento dos ter-
renos rurais ou comunitários
existentes nas comunidades
rurais e analisar o grau de
aproveitamento útil e efectivo
de tais terrenos, além de pro-
mover o reconhecimento e
registo célere de prédios e ter-
renos rústicos comunitários
em regime do domínio útil
consuetudinário, assim como
a atribuição de direitos fun-
diários aos detentores de par-
celas de terrenos que reúnam
os requisitos legais.
Outras tarefas que vierem
a ser determinadas pelo Pre-
sidente da República, no
mesmo plano de atribuições,
serão igualmente executadas
pela Comissão, que tem um
prazo de dois anos para a
conclusão dos trabalhos e
FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
gração económica”, avaliou
o Presidente Ali Bongo, aos
jornalistas, no Aeroporto
Internacional 4 de Fevereiro.
Criada em Libreville,
Gabão, em Dezembro de 1981,
a CEEAC tornou-se opera-
cional em 1985 com o objectivo
de promover a cooperação e
o desenvolvimento auto-sus-
tentável, com ênfase na esta-
bilidade económica e melhoria
da qualidade de vida.
Os onze países membros
será apoiada por um grupo
técnico, integrado funda-
mentalmente por secretários
de Estado. A comissão é coor-
denada pelo ministro de
Estado e chefe da Casa Civil
e integra os ministros da
Administração do Território
e Reforma do Estado, das
Finanças, da Justiça e dos
Direitos Humanos, do Orde-
namento do Território e
Habitação e da Agricultura
e Florestas, grupo a que se
junta o secretário para os
Assuntos Regionais e Locais
do Presidente da República.
Regime de estrangeiros
O Presidente da República
criou ainda ontem uma
comissão multissectorial para
a elaboração do projecto do
Novo Regime Jurídico de
Cidadãos Estrangeiros.
O estabelecimento da
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
são Burundi, Camarões, Repú-
blica Centro-Africana (RCA),
Chade, Congo, Guiné Equa-
torial, Gabão, São Tomé e Prín-
cipe, RDC e Angola. “Tenho
de reconhecer, em primeiro
lugar, que na África Central,
a nossa sub-região, se apre-
senta como a região com maior
potencialidade, com realce
para o potencial petrolífero e
minério de que os dois países
são portadores”, disse o Pre-
sidente Ali Bongo, sublinhando
que, além das potencialidades,
os países têm os mesmos pro-
blemas, como a necessidade
de diversificação económica,
para criar mais empregos. “Há
necessidade, neste sentido,
de juntarmos sinergias entre
as duas nações", acrescentou
o Presidente. “Penso que,
invés de vermos os nossos
países como concorrentes,
vamos assumir uma perspec-
tiva em que sejamos grandes
parceiros”, sublinhou.
Intercâmbio baixo
Apesar dos sete instrumentos
jurídicos assinados, o inter-
câmbio entre Angola e o Ga-
bão está longe do pretendi-
do, segundo o director para
África e Médio Oriente do
Ministério das Relações Exte-
riores, Joaquim do Espírito
Santo. O diplomata afirma
que é preciso dinamizar as
relações, para que os dois
países aproveitem as van-
tage n s d o i nte rcâ mb i o .
“Temos um acordo geral de
cooperação, outro que cria
a comissão mista bilateral e
vários outros nos domínios
da agricultura, pescas, entre
outros”, disse Joaquim do
Espírito Santo.
comissão responde à neces-
sidade de adopção de uma
nova política migratória e de
um novo regime de concessão
de vistos. Em causa, de acordo
com a nota, está a maximi-
zação dos benefícios que
decorrem da imigração e a
diminuição dos seus efeitos
corrosivos.
Coordenada pelo ministro
do Interior, a comissão tem
90 dias para apresentar ao
Titular do Poder Executivo o
relatório final da sua actividade,
isto é, o seu entendimento
referente ao conjunto de cinco
tarefas. Fazem parte das tarefas
a elaboração e apresentação
do projecto do novo regime
jurídico de cidadãos estran-
geiros e respectivo regula-
mento, bem como realizar um
estudo comparado sobre a
matéria com outras realidades
a nível da região e do mundo.
POLÍTICA Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
COOPERAÇÃO
Reino Unido
quer ampliar
bolsas de estudo
O Reino Unido está a refor-
mular as bolsas de estudo
que atribui todos os anos a
estudantes angolanos, adap-
tando-as às necessidades
formativas de Angola, anun-
ciou ontem o embaixador
cessante, John Dennis.
Em declarações à saída
da audiência que lhe foi con-
cedida pelo Presidente da
República, o diplomata falou
dos quatro anos em que
esteve em Angola e destacou
a cooperação nos domínios
do comércio, agricultura,
energia, troca de conheci-
mento na área financeira e
formação de quadros.
John Dennis afirmou que
a intenção é estender as bol-
sas para licenciatura ou
ensino médio. Actualmente,
as bolsas estão viradas para
o g ra u d e m e s t ra d o e m
Direito, Direitos Humanos,
Democracia e Boa Gover-
nação, Economia e Gestão
Financeira, Recursos Huma-
nos, Saúde, Ambiente e Ener-
gia, Administração Pública
e Desenvolvimento Social.
FRANCISCO BERNARDO
Embaixador cessante
do Reino Unido em Angola
O programa académico
começou em 1983 e alcançou
prestígio internacional, uma
vez que está presente em 160
países do mundo, onde oferece
oportunidades para que futu-
ros líderes desenvolvam as
suas capacidades, criem novas
redes de fortalecimento e
ampliem os seus horizontes.
Estudantes angolanos,
c o m d o m í n i o d a l í ngu a
inglesa, podem concorrer,
anualmente, para formação
ao grau de mestrado no Reino
Unido. O período de inscri-
ções para o ano académico
2017/2018 decorreu entre
Agosto e Novembro e esti-
veram disponíveis 13 bolsas
de estudo.
O diplomata britânico
afirmou que as relações evo-
luíram satisfatoriamente nos
últimos quatro anos, em que
procurou aproximar as ins-
tituições dos dois países
vocacionadas à agricultura,
investigação científica e de
financiamento.
Com o Presidente João
Lourenço, o diplomata bri-
tânico disse ter também
abordado as relações polí-
ticas, principalmente as con-
sultas permanentes sobre
questões globais e regionais,
com destaque para a Repú-
blica Democrática do Congo.
Cândido Bessa
CONSELHO DA REPÚBLICA
Novos membros
foram nomeados
O Presidente da República
indicou, ontem, dez entida-
des para integrarem o Con-
selho da República, órgão
de natureza consultiva do
Chefe de Estado.
A lista é constituida por
Bornito de Sousa (Vice-Pre-
sidente da República), Fer-
nando da Piedade Dias dos
Santos (Presidente da Assem-
bleia Nacional), Manuel Miguel
da Costa Aragão (Juiz Conse-
lheiro Presidente do Tribunal
Constitucional), Hélder Fer-
nando Pitta Groz (Procurador
Geral da República), José
Eduardo dos Santos (Antigo
Presidente da República),
António Paulo Kassoma (Re-
presentante do MPLA), Isaías
Samakuva (Presidente da
UNITA), Abel Chivukuvuku
(Presidente CASA – CE), Bene-
dito Daniel (Presidente do
PRS) e Lucas Ngonda (Presi-
dente da FNLA).
Por outro lado, o Chefe do
Estado designou, também,
RELACIONAMENTO COM A IMPRENSA
Fernando da Piedade
quer fim de equívocos
O Parlamento quer ultra-
passar os equívocos que têm
surgido entre este poder e
os órgãos de comunicação
social, declarou ontem, em
Luanda, o presidente da
Assembleia Nacional. Fer-
nando da Piedade Dias dos
Santos falava durante a aber-
tura de um encontro entre
a Assembleia Nacional e
representantes dos órgãos
de comunicação social para
a troca de experiências e
estreitamento das relações.
O líder do Parlamento
angolano disse ser urgente e
possível ultrapassarem-se
tais equívocos, através de
uma abordagem franca, aberta
e sem ideias pré-concebidas
nem preconceitos, cientes de
que ninguém é detentor de
toda a verdade. Os deputados
e os jornalistas, referiu, têm
missões diferentes, mas per-
seguem os mesmos objectivos
estratégicos, que passam pela
construção de um Estado
democrático e de direito, res-
peito à lei e defesa dos direitos
fundamentais dos cidadãos.
Fernando da Piedade Dias
dos Santos sublinhou, no
entanto, que a Assembleia
Nacional tem consciência que
o seu trabalho, a sua mensa-
gem e os anseios dos seus
representados não fluirá sem
o contributo e intermediação
da comunicação social.
O secretário de Estado da
Comunicação Social, Celso
Malavoloneke, que falou sobre
a Visão Jornalística sobre o
Poder Legislativo versus Ética
e Deontologia Profissional,
defendeu que relação entre
os jornalistas e os deputados
deve ser de solidariedade,
pela relevância que os dois
para integrarem o mesmo
órgão, Adriano Botelho de
Va s concelo s , Fernando
Pacheco Augusto dos Santos,
Francisco Magalhães Paiva,
Ismael Mateus, Luís Manuel
da Fonseca Nunes, Manuel
António Monteiro, Rei dos
Baiacas, António Charles Mua-
naura Cabamba, Reverendo
Luís Nguimbi, Rosa Maria
Martins da Cruz e Silva Sérgio
Luther Rescova Joaquim.
A indicação surge da neces-
sidade de adequar a organi-
zação e o funcionamento do
Conselho da República, na
sequência das eleições gerais
e da tomada de posse do Pre-
sidente da República, do Vice-
Presidente da República, bem
como a investidura da Assem-
bleia Nacional.
O anterior Conselho da Re-
pública havia tomado posse
no dia 10 de Fevereiro de 2015,
em cerimónia orientada pelo
então Presidente da República,
José Eduardo dos Santos.
DR
Presidente da Assembleia
Nacional
“poderes” desempenham.
“Os dois papéis são essenciais
para a vida da sociedade”,
disse. or isso, têm a obrigação
de coexistir de forma mais
harmoniosa para o bem e
em nome do cidadão que
tanto os deputados e os jor-
nalistas servem”, disse.
Celso Malavoloneke falou
dos perigos da internet e das
redes sociais e salientou que
as mesmas criaram um fenó-
menos curioso e quase
devastador para os jornalistas.
“As redes sociais ameaçam
tornar o papel dos jornalistas
irrelevante. Antes os órgãos
de comunicação social e os
jornalistas que trabalham
neles, decidiam o que falar
e como falar e o assunto não
chegava à opinião pública”,
disse, acrescentando que
essa intermediação social
tende a desaparecer com a
internet e as redes sociais,
“porque agora cada pessoa
é também disseminador de
informação e intervém no
espectro mediático de forma
que só os jornalistas inter-
vinham antes”.
Adelina Inácio
REPATRIAMENTO DE CAPITAIS
Propostas do Executivo
e UNITA no Parlamento
Presidente da Assembleia Nacional reúne hoje com os
líderes dos grupos para acertar a agenda das discussões
Deputados avaliam na próxima semana os dois documentos para aprovar apenas um
delina Inácio
A Assembleia Nacionaldiscute na próxima
semana as propostas do Executivo e da
UNITA sobre o repatriamento de capitais
para que se aprove apenas um documento.
O presidente da Assembleia Nacional
reúne hoje com os presidentes dos grupos
parlamentares do MPLA, UNITA, CASA-
CE e os deputados do PRS e FNLA para
concertação da agenda.
O Executivo propôs ao Parlamento
o Repatriamento de Capitais Retidos no
Exterior, enquanto o maior partido na
oposição apresentou como proposta
para a discussão o Regime Extraordinário
de Regulação Patrimonial (RERP).
O Conselho de Ministros apreciou,
na semana passada, a Proposta de Lei
sobre o Repatriamento de Recursos
Financeiros Domiciliados no Exterior
do País. Após a sua aprovação pelo Par-
lamento e posterior publicação no Diário
da República, a referida Lei, de acordo
com o projecto, concede um período
de graça de 180 dias, aos cidadãos deten-
tores de recursos financeiros ilicitamente
domiciliados no estrangeiro, para trazê-
los, voluntariamente, ao país. O gover-
nador do Banco Nacional de Angola
(BNA), José de Lima Massano, explicou
que a moratória é aplicada ao capital
que tenha saído do país sem respeitar
as normas e regras vigentes.
Neste caso, já que a ideia é apoiar os
esforços de desenvolvimento do país,
os cidadãos não terão qualquer tipo de
penalização de natureza cambial ou
fiscal. O documento dota, no entanto,
o Estado de instrumentos complemen-
tares para investigar e cooperar com as
entidades internacionais, com vista ao
repatriamento coercivo de recursos
financeiros não declarados e de origem
ilícita, findo o prazo estabelecido.
A criação da lei foi anunciada em
Dezembro pelo Presidente João Lou-
renço, enquanto vice-presidente do
MPLA, quando discursava num semi-
nário de capacitação dos seus quadros
3
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
sobre “Os tipos de crimes a que estão
sujeitos os titulares de cargos públicos”,
promovido pelo grupo parlamentar do
partido no poder.
Na sua proposta, que o Jornal de
Angola teve acesso, a UNITA esclarece
que o diploma visa trazer de volta o patri-
mónio com origem em território nacional.
A proposta de lei dispõe que os recursos
patrimoniais transferidos ou mantidos
no exterior ou interior do país não decla-
rados, cuja a origem é o território nacional,
deverão ser devidamente declarados aos
órgãos do Estado angolano.
O Conselho de Ministros
apreciou, na semana passada,
a Proposta de Lei sobre o
Repatriamento de Recursos
Financeiros Domiciliados no
Exterior do País
Os recursos que tenham origem no
tráfico ilícito de substâncias entorpe-
centes ou drogas afins, terrorismo ou
seu financiamento, contrabando ou
tráfico de armas, extorsão mediante
sequestro e organização criminosa têm
tratamento regular.
Na sua proposta, a UNITA defende
que as receitas provenientes do Regime
Extraordinário de Regularização Patri-
monial alimentem o Fundo de Erradicação
da Pobreza (FEP), uma entidade também
sugerida por aquele partido e que deve
ser uma entidade autónoma a ser cons-
tituída pelo Titular do Poder Executivo.
As receitas do FEP, de acordo com a
UNITA, devem ser inscritas no Orçamento
Geral do Estado (OGE) como receitas
extraordinárias. “O FEP é utilizado para
financiar projectos de investimento no
capital humano e na economia primária
e secundária, de iniciativa privada, desig-
nadamente projectos na educação, for-
mação e especialização, agricultura,
aquacultura, pecuária e indústria agro-
alimentar”, lê-se na proposta.
4 ENTREVISTA Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018

JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO

ARCHER MANGUEIRA, MINISTRO DAS FINANÇAS AO JORNAL DE ANGOLA

“As dívidas contraídas hoje

são impostos a pagar no futuro”
O Ministro das Finanças, Archer Mangueira,
aborda, em entrevista, aspectos ligados ao
sector, sobretudo, particularidades inerentes
ao Orçamento Geral do Estado, que, na
última quarta-feira, foi aprovado para exe-
cução. Numa das alusões que faz, o gover-
nante considera que as “dívidas contraídas
hoje são impostos que iremos pagar no
futuro” e que, “se formos totalmente efi-
cientes e justos na cobrança dos impostos,
que são devidos pelas empresas e pelas
famílias, certamente, isso nos dará margem
para gerir melhor a carteira da dívida”. À
luz dessa perspectiva, remata que “tudo
está a ser feito nesse sentido”.

Sr. Ministro, o Orçamento Geral
do Estado para 2018 acaba de
ser aprovado pelos deputados.
Tem sido dito que é o Orça-
mento possível. O que significa
isso para os cidadãos?
Eu não diria um Orçamento
possível, porque em política
– sobretudo numa democra-
cia cada vez mais consolidada
como é a nossa – há sempre
alternativa. E o Orçamento
Geral de Estado é, no seu todo,
a melhor alternativa para
serem aplicados os recursos
de que o País dispõe. O OGE
de 2018, de resto, foi um dos
que mais transformações
registou entre a proposta ini-
cial do Executivo e a votação
final global, fruto das inú-
meras contribuições dos par-
ceiros sociais e de todos os
partidos – insisto: todos os
partidos – com assento par-
lamentar. Pergunta-me: o
que significa para os cidadãos
este Orçamento? Significa
em primeiro lugar que o
Estado tem já à sua disposição
o instrumento financeiro para
executar os seus Programas
que passo a destacar:
-Programa de Estabilização
Macroeconómica;
-Programa da Reforma do
Estado e do Reforço da Capa-
citação Institucional;
-Programa de Desenvolvi-
mento Local e de Combate das Exportações e Substituição para todos os angolanos. e disciplina e é aquele de 4,9%, contra todas as projec-
à Pobreza; das Importações. Significa, em terceiro lugar, que o País mais precisa para ções de outros economistas
-Programa de Melhoria da Significa, em segundo lugar, que o Estado precisa de se aumentar a produção nacio- e instituições internacionais,
Qualidade de Serviço no que o Estado vai conseguir endividar menos do que no nal e o emprego. como o FMI, que apontam para
Domínio da Educação e Saúde; dar resposta positiva a todos passado, facto que inverte menos de metade do valor.
-Programa de Combate às os compromissos assumidos um ciclo de dependência A p r o p o sta d e O G E 2 0 1 8 Como será possível crescermos
Assimetrias e à Fome; e tem margem para melhorar face ao exterior. Significa baseia-se num crescimento a este nível?
-Programa de Construção e o acesso à saúde e à educação ainda que o investimento do Produto Interno Bruto (a A previsão de crescimento
Reabilitação das Infra-estru- e a qualidade destes serviços, previsto será executado com riqueza nacional produzida económico em que o OGE
turas e Programa de Promoção que deverão ser melhores todo o rigor, transparência durante o ano) na ordem dos se baseia, de 4,9%, eu diria
“Só faz sentido atribuir verbas às autarquias quando existirem de facto”
Qual o grau de prioridade que das claras de que o País vai rea- Ministérios executam despesas no OGE se acreditássemos que pública, a quem cabe gerir os
é dado ao investimento fora lizar as autarquias a médio prazo. para todo o país. As estradas o preço vai superar em média, recursos previstos pelo OGE.
da província de Luanda, tendo Só faz sentido atribuir verbas feitas pelo MINCONS são nacio- ao longo do ano, os 50 dólares. Um Kwanza que não seja gasto
em conta o objectivo estra- às autarquias quando essas nais e por isso transversais às Esse mercado continua muito em benefício das pessoas e do
tégico da coesão territorial e autarquias existirem de facto. províncias – aquela referência volátil – basta ver a queda de Estado é um Kwanza mais a
do desenvolvimento harmo- De resto, o OGE faz uma distri- que fazemos é apenas para dis- 10 por cento registada agora agravar a dívida e os impostos
nioso em todo o território? buição geográfica do esforço tinguir quem gere o Orçamento em apenas alguns dias. que todos teremos de pagar.
Estamos a dar passos concretos de investimento previsto, pro- e não exactamente para a inci- Se, no entanto, ocorrer uma Aos cidadãos em geral, a garan-
para a desconcentração admi- curando ser de facto um instru- dência territorial da despesa. variação positiva do preço do tia de que seremos justos, equi-
nistrativa e financeira. Neste mento para o desenvolvimento petróleo, isso significa que tere- tativos e transparentes na
âmbito o Executivo aprovou harmonioso do território e para O OGE2018 está baseado numa mos menor pressão do lado da administração dos impostos.
recentemente o Regime Finan- a fixação das populações nas previsão do preço do petróleo dívida pública. Aos investidores privados, a
ceiro Local que cria o Fundo de províncias do interior. Eu destaco de 50 dólares por barril, sendo garantia de que o Estado fará
Equilíbrio Nacional e o Fundo fundamentalmente projectos certo que o preço tem estado Este é um ano muito desa- pelo seu lado o esforço neces-
de Equilíbrio Municipal. Mas dos sectores da Energia e Águas, acima dos 60 dólares tendo fiante para a economia e as sário para alavancar o cresci-
não faria sentido incluir neste Transportes e Construção, com em Janeiro ultrapassado os finanças dos angolanos. Que mento económico, executando
OGE uma atribuição de verbas uma forte incidência local. 70 USD. Como prevê utilizar mensagem deixaria aos cida- os investimentos que estão
para uma realidade adminis- Por outro lado, é preciso escla- a folga que possa advir dessa dãos, às empresas e gestores previstos nas infra-estruturas
trativa que ainda não existe – recer que a leitura vulgar que se subida do preço? orçamentais? e nos sectores que são críticos.
ao contrário do que diz o líder faz entre o orçamento central- Não estamos a contar com uma A primeira palavra é de exigência, Aos nossos credores, a certeza
parlamentar da UNITA, deputado mente gerido (a partir de Luanda) margem significativa no preço disciplina e rigor para todos os de que vamos continuar – como
Adalberto da Costa Júnior, que e o das outras províncias não médio do petróleo. gestores orçamentais, em todos temos sempre feito – a honrar
queria ver no documento medi- está de todo correcta, já que os Teríamos incluído essa margem os níveis da administração os nossos compromissos.
ENTREVISTA Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
que é ambiciosa, mais do
que optimista. Essa previsão
baseia-se num crescimento
do sector do petróleo e do
gás de 6,1% e num cresci-
mento do sector não petro-
lífero de 4,4%.
Essas estimativas estão fun-
damentadas nos projectos
sectoriais. Por exemplo, no
sector petrolífero – que esteve
em retracção nos últimos
anos – há projectos que estão
em fase de arranque e medi-
das tomadas para a recupe-
ração da produção. O gás
natural é outro subsector que
esteve parado e o seu arran-
que há-de justificar igual-
mente a retoma do sector
com grandes contributos para
o crescimento económico.
No sector não-petrolífero,
há pelo menos quatro domí-
nios projectados para supor-
tar o crescimento:
• Na energia, com o arranque
de duas turbinas do Apro-
veitamento Hidroeléctrico
de Laúca;
• Na construção e Obras
Públicas, com a prossecução
da reabilitação de estradas
iniciadas em meados do ano
passado.
•E nos sectores da agro-pecuá-
ria e da indústria mineira,
com projectos que estão ins-
critos [no OGE] e que vão ser
desenvolvidos. Exemplos:
Cadeias de Valor da Província
de Cabinda, mais de USD 100
milhões (Financiado pelo
BAD); Projecto de Agricultura
Comercial (Financiado pelo
Banco Mundial); Projectos
menores, como a resiliência
do sector agrícola e outros
com o FIDA –e muitos mais
exemplos haveria.
Ainda assim são estimativas,
que podem ser ajustadas no
âmbito da Programação
Macroeconómica Executiva.
As discussões na especialidade
na Assembleia Nacional deter-
minaram aumentos visíveis
da despesa em vários sectores
com destaque para a Educação
e Saúde. Qual é a origem das
verbas que permitirão atender
a tais despesas? Teremos
aumento do défice proposto?
O OGE de 2018 entrou no Par-
lamento com uma proposta
de défice de 2,9% e a proposta
aprovada consagra um défice
de 3,5%. Esse aumento do
défice será financiado com
uma redução das margens
da concessionária petrolífera
nacional, Sonangol, e ainda
com algum acréscimo do
endividamento. 2018 será o
primeiro ano em que se prevê
um saldo primário positivo,
desde a última crise. O Orça-
mento que foi entregue à
Assembleia Nacional previa
um superávit superior a 1%,
o primeiro desde 2015.
É recorrente dizer-se que o
principal problema da execu-
ção orçamental tem a ver com
a fraca qualidade da despesa
pública. Como melhorar e dis-
ciplinar a execução do OGE?
O OGE prevê uma despesa
total de Nove Biliões e Seis-
centos e Oitenta e Cinco Mil
Milhões de Kwanzas. Uma
parte muito significativa
dessa despesa destina-se a
fins sociais – e não é apenas
nas rubricas tradicionais de
Saúde e Educação . Por
exemplo, a maior parte da
despesa do sector da Defesa
tem uma componente social
muito relevante, na medida
em que cerca de 59% da
dotação orçamental do MIN-
DEF é para salários e outros
23% correspondem a sub-
sídios para apoio à velhice.
Este é um facto incontorná-
vel, que decorre de o actual
número de efectivos e refor-
mados ser consequência de
mais de 40 anos de guerra.
Esta é uma matéria com pen-
dor social muito forte. O
me smo aconte ce com o
Ministério do Interior, onde
mais de 70% das dotações
orçamentais são destinados
a salários. Estamos a pros-
seguir o recadastramento de
todos os quadros da função
pública, para que essa des-
pesa seja executada com o
máximo rigor. Mas estamos
também a trabalhar – o Exe-
cutivo no seu todo – para
encontrar soluções criativas
na dinamização desta força
de trabalho, particularmente
do MINDEF. Tão importantes
como estas acções para
melhorar a qualidade da des-
pesa, temos as melhorias
que já estão a ser praticadas
em matéria de contratos
públicos, especialmente atra-
vés da Contratação Pública
Electrónica.
Cabe aqui um desmentido
categórico ao líder da bancada
parlamentar da UNITA, que
acusa este Orçamento de
“pagar canais de corrupção”.
Isso é completamente falso.
A execução do OGE 2018
usará de todos os mecanis-
mos administrativos, legais
e – se necessário – judiciais
para reprimir todas práticas
que lesem o interesse dos
cidadãos e do Estado, sejam
elas o peculato, a corrupção
ou quaisquer outras.Adicio-
nalmente, o Ministério das
Finanças vai adoptar um
conjunto de medidas que
visam a melhoria da quali-
dade da despesa, das quais
destaco o reforço do controlo
interno da execução da des-
pesa, para evitar que des-
pesas sejam comprometidas
fora do Orçamento.
A exemplo disso, vamos
introduzir a figura do Con-
trolador Financeiro e esta-
mos a preparar projectos de
elevado alcance, como é o
caso da base de dados de
contratos públicos, a Con-
tratação Pública Electrónica
e a obrigatoriedade de sujei-
tar a generalidade dos pro-
j e c to s d e i nve s t i m e n to
público ao Regime dos Con-
tratos Públicos.
Também estamos a intro-
duzir alterações profundas
na governação e gestão do
tema da dívida dos atrasados
do Estado com fornecedores
de bens e serviços. Criamos
um grupo com quadros do
Ministério e apoiado por
empresas especializadas,
para gerir a regularização
dos pagamentos em atraso
e aplicar as medidas para
sanar de uma vez este mal
das finanças públicas em
Angola. Por outro lado, o
anúncio feito pelo Senhor
Presidente da República
sobre a eliminação dos sub-
sídios a preços nos sectores
de energia e águas e trans-
portes vai permitir uma ges-
tão mais racional destes
recursos e uma redistribui-
ção mais equilibrada do ren-
dimento nacional, elimi-
nando factores de ineficiên-
cias das empresas públicas,
“Não estamos reduzindo a pressão sobre
a tesouraria do Estado e
a contar com revertendo tais recursos
uma margem para os sectores sociais.
significativa O OGE 2018 prevê encargos
no preço médio elevados com a dívida pública.
Não teremos já atingido um
do petróleo. nível de asfixia face aos recur-
Teríamos incluído sos absorvidos pelo serviço
da dívida?
essa margem O serviço da nossa dívida
no OGE se pública – que inclui o paga-
mento de juros e os reem-
acreditássemos que bolsos nas maturidades que
o preço vai superar terminam ao longo deste ano
– requer um esforço e uma
em média, ao longo disciplina financeira muito
do ano, os 50 grande. Esse facto condiciona
a nossa actuação, enquanto
dólares.” governantes, porque impõe
um conjunto de obrigações,
mas não nos assusta e muito
menos nos paralisa.
Essa cifra de 52% para o ser-
viço da dívida é reveladora
da dimensão das responsa-
De acordo com o bilidades que pesam sobre
ministro, a execução nós. Mas é preciso clarificar
do OGE 2018 usará de que os juros – o custo efectivo
todos os mecanismos da dívida – são 10% do OGE.
administrativos Estamos a trabalhar para
legais e judiciais para reorganizar a nossa carteira
reprimir práticas
que lesem o cidadão
de dívida, de tal modo que
seja possível ter prazos mais
longos de reembolso e taxas
de juro mais baixas. A inten-
ção do Executivo é alterar o
actual perfil da dívida. A sua
trajectória terá certamente
uma curva descendente nos
próximos anos.
Por outro lado, há que notar
que o aumento do serviço
da dívida está igualmente
ligado ao facto de termos
verificado, no período de
2015 a Janeiro de 2018, um
nível acumulado de desva-
lorização de cerca de 100%,
facto que aumentou as nossas
responsabilidades em Kwan-
zas, quando convertida a
dívida externa e a dívida em
moeda nacional indexada à
moeda externa.
Por isso, em 2018 vamos des-
continuar a emissão de dívida
interna indexada.
Outro factor de crescimento
da dívida como um todo e do
seu serviço está relacionado
com a inclusão e reconheci-
mento de atrasados, para
benefício dos fornecedores
do Estado. Por último o registo
de défices sucessivos nos últi-
mos 3 anos, que afectaram o
actual serviço da dívida.
JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO
5
De acordo com a lei, quando
a dívida governamental ultra-
passa 60% do PIB, o governo
deve apresentar um programa
de redução da dívida pública.
O Governo tem ou pensa apre-
sentar esse plano de redução
da dívida?
Essa trajectória da redução
do peso da dívida já está tra-
çada, particularmente no
Programa de Estabilização
Macroeconómica.
Prevê-se que – com a exe-
cução do OGE de 2018 e
seguintes – a dívida interna
e externa já esteja acomo-
dada, em 2020, dentro desse
intervalo de segurança que
é o limite de 60% do PIB. O
factor que mais contribuiu
nestes últimos anos para
agravar a dívida pública foi
a deterioração das receitas
petrolíferas e o facto de o
Estado ter feito a opção – e
bem – de não repassar na
íntegra o impacto dessas per-
das para as famílias e as
empresas, através de um
agravamento fiscal.
O Estado não fez esse agra-
vamento fiscal, porque teria
externalidades negativas
para a sociedade e para a
economia. Pelo contrário,
tratou de apetrechar a sua
administração tributária com
os meios humanos e tecno-
lógicos necessários para uma
cobrança fiscal que seja total-
mente eficiente e justa.
As dívidas contraídas hoje
são impostos que iremos
pagar no futuro. Portanto, se
formos totalmente eficientes
e justos na cobrança dos
impostos que são devidos
pelas empresas e pelas famí-
lias, certamente isso nos dará
margem para gerir melhor
a carteira de dívida. E tudo
está a ser feito nesse sentido.
Por outro lado, neste âmbito
o Governo está a preparar
um conjunto de instrumentos
que ajudarão a estabilizar o
ciclo económico, com uma
previsão de médio prazo:
- Plano Nacional de Desen-
volvimento; Quadro Fiscal
de Médio Prazo; Quadro de
Despesas de Médio Prazo;
Análise de Sustentabilidade
da dívida associada aos ins-
trumentos anteriores. Aqui,
o objectivo será sempre ter
níveis de dívida de acordo
com o que recomenda a Lei.
Alguns dos instrumentos
acima serão apresentados
em Março do corrente ano.
Terá o Executivo medidas para
conter a inflação ou vamos
continuar a assistir o agrava-
mento das condições de vida
em face do aumento de preços?
O Governo continua parti-
cularmente atento à inflação,
especialmente a que incide
nos produtos da cesta básica.
Há um certo nível de inflação
necessário para gerar cres-
cimento económico. Mas o
excesso de inflação que
incide sobre as famílias com
menos rendimentos é muito
pernicioso e o Governo está
a combater esse flagelo na
origem – com acções con-
cretas dirigidas pela autori-
dade monetária, pelas auto-
ridades de concorrência e
preços e pelo Ministério do
Comércio.
A nível de coordenação existe
um Comité de Liquidez, em
que o MINFIN está represen-
tado, que faz esta gestão.
6 OPINIÃO Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018

Rua Rainha Ginga, 12-26

Caixa Postal 1312 - Luanda
Redacção: 222 020 174
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EDITORIAL Fax: 222 336 073

Telegramas: Proangola
E-mail: ednovembro.dg@nexus.ao

DIRECTOR:
Víctor Silva
DIRECTOR-ADJUNTO:

Os professores
Caetano Júnior
DIRECTORES EXECUTIVOS:
Manuel Feio, Guilhermino Alberto

EDITOR EXECUTIVO:
Diogo Paixão

e os técnicos
SUB-EDITOR EXECUTIVO:
Cândido Bessa

GRANDE REPÓRTER:
Luísa Rogério

EDITORIAS:

angolanos
POLÍTICA:
Santos Vilola (editor-chefe),
Fonseca Bengui (sub-editor) e
Bernardino Manje (sub-editor)
Adelina Inácio, João Dias, César André,
Edna Dala, José Garrido e Josina de
Carvalho
OPINIÃO:
Ambrósio Clemente (editor-chefe),
Faustino Henrique (sub-ditor)
A educação, sendo um dos mais problemáticos sectores do
SOCIEDADE:
país, tem suscitado a atenção dos governantes, que estão Nhuca Júnior (editor),
Alberto Pegado (editor),
dispostos a empenhar-se na concretização dos programas José Meireles (editor),
Rodrigues Cambala, André da Costa,
que visem a melhoria da qualidade do ensino, por via do au- Kilssia Ferreira, Manuela Gomes,
Augusto Cuteta e Alexa Sonhi
mento das competências dos professores. REGIÕES: © Jornal de Angola/Ilustração de Armando Pululu
É verdade que há uma enorme falta de docentes nos Sérgio Chivaca (editor-chefe),
Béu Pombal (sub-editor),
nossos estabelecimentos de ensino públicos. Mas, também, Filipe Eduardo
ECONOMIA:
é verdade que há docentes ou candidatos a professores que Cristóvão Neto (editor-chefe),
Armando Estrela, (sub-editor),
precisam de fazer formações suplementares, para que Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena
José, Natacha Roberto e Victorino
possam estar em condições de contribuir para que os alunos Joaquim
tenham um bom desempenho escolar. MUNDO:
Bernardino Fançony (editor-chefe),
Importa realçar o facto de hoje o professor estar a ser Altino Matos (sub-editor),

visto como um elemento que é essencial para se mudar DESPORTO:

muita coisa que anda mal no sistema de educação. É impor-

Honorato Silva (editor-chefe),
Amândio Clemente (sub-editor),
António Cristóvão, Anaximandro
CARTAS DOS LEITORES
tante que o professor seja considerado parte da solução Magalhães, Armindo Pereira,
Teresa Luís, Vivaldo Eduardo,
dos problemas que enfrentamos na educação. António de Brito
CULTURA:
Muitos diagnósticos foram feitos sobre o que se passa António Bequengue (editor-chefe), Lixo no Rio Seco nuarem a dançar e a cantar nos Livrarias e espaços vedados
Adriano Melo (sub-editor),
no sistema de ensino, restando às entidades competentes Francisco Pedro (sub-editor), O chamado rio seco, a vala de dre- musseques, mesmo que tenham de Gostava que houvesse muitas li-
Amilda dos Santos, Manuel Albano,
optarem pelas melhores soluções para os problemas. Mário Cohen e Roque Silva nagem que sai da Avenida em que recorrer ao apoio da Polícia, para a vrarias no país, tendo em atenção
Os problemas são muitos, mas temos de começar a re- GENTE E FIM-DE-SEMANA:
António Cruz (editor-chefe),
se situa a sede do 1º de Agosto até à sua segurança. O Carnaval não deve o aumento constante do número
solvê-los de algum modo. É necessário indicar as pessoas Isaquiel Cori (editor)
Edna Cauxeiro (sub-editora),
Samba, anda novamente cheio de ser só aquele que vemos na Nova de alunos nos diferentes níveis de
certas para estarem à frente dos processos de reforma no Ferraz Neto (sub-editor)
e César Esteves
lixo. Estamos em tempo de chuvas e Marginal. Não deixem morrer o Car- ensino. Penso que os municípios
ensino, a fim de se conseguirem bons resultados. Os critérios EDIÇÕES ESPECIAIS:
é necessário que as águas das chuvas naval nos bairros de Luanda. devem ter livrarias para que os
de selecção dos quadros para ajudarem no processo de me- Adalberto Ceita, André dos Anjos,
Domingos dos Santos, Edivaldo
fluam nas valas de drenagem sem FERNANDO AFONSO estudantes possam comprar os
lhoramento do nosso ensino devem ser exclusivamente os Cristóvão, Leonel Kassana dificuldades. É preciso explicar às Ilha de Luanda livros que precisam.
e Yara Simão
da competência técnica e profissional. Há no pais e no es- pessoas que vivem próximo de valas Até hoje não consigo perceber
FOTOGRAFIA:
trangeiro angolanos de grande valia que podem ajudar a re- Francisco Bernardo (editor-chefe), de drenagem para não transformá- por que se acabou com a presti-
solver muitos problemas do nosso ensino. José Cola (editor),
Rogério Tuti (sub-editor), las em depósitos de lixo. Até Abril Competições africanas giada livraria Lello. Dizem que fe-
Adérito Cortez, Dombele Bernardo,
Temos que nos habituar a saber quem são os angolanos Domingos Cadência, Eduardo Pedro, deste ano pode chover torrencialmente Desejo que o Petro de Luanda e o 1º charam a Lello, porque alguém
João Gomes, José Soares, Maria
que fora do país estão em condições de, com a sua experiência Augusta, Miqueias Machangongo, Mota em Luanda e convém que os habi- de Agosto tenham uma boa presta- quer lá fazer obras.
Ambrósio, Nuno Flash, Paulo Mulaza,
e formação, contribuir para o desenvolvimento da educação Kindala Manuel, Santos Pedro; tantes da capital não coloquem resí- ção nas competições africanas. Am- Já se passaram alguns anos e nada
em Angola. Temos de ver o sector da Educação como um SECRETARIA DE REDACÇÃO:
Ana Inês (chefe), Job Maza Franco
duos sólidos nas valas de drenagem, bas equipas deram boas indicações é evidenciado. No nosso país des-
sector estratégico para o desen- CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: para que não hajam problemas de de que podem eliminar facilmente troem-se coisas, colocam-se cha-
volvimento económico e social Adão Diogo (Lunda Sul),
Alberto Coelho (Cabinda), inundações, que podem causar mui- os seus adversários e seguir em frente pas para vedar espaços em que
Temos que nos do país, para o que temos de Vladimir Prata (Namibe),
Silvino Paulo (Cuanza Norte), tos prejuízos. Os habitantes devem até à fase de grupos. Sei que as equi- existiam, por exemplo, estabeleci-
contar com os nossos melhores Jaime Azulay (Benguela),
Jesus Silva (Lobito), respeitar o esforço que as operadoras pas angolanas , para chegarem à mentos comerciais.
habituar a saber quadros, vivam eles em Angola Estanislau Costa (Huíla),
João Mavinga (Zaire), de limpeza fazem para retirar o lixo fase de grupos , hão-de ter de superar Quem manda destruir esses estabe-
ou no estrangeiro. Joaquim Aguiar (Lunda Norte),
das valas de drenagem. fortes adversários, mas tenho fé na lecimentos que davam empregos à
quem são os Há países que não hesitam em
José Bule (Uíge),
Lourenço Manuel (Cuando Cubango),
Luís Pedro (Cuanza Sul), HERMÍNIA NARCISO capacidade do Petro de Luanda e muita gente e nada fazem neles?
angolanos que chamar os seus melhores quadros
formados em prestigiadas univer-
Sérgio Vieira Dias (Bié),
Noé Jamba (Bengo),
Quinito Kanhamei (Cunene),
Maculusso do 1º de Agosto. Estas equipas mos-
traram que estão em boa forma,
LAURA SUMBO
Maianga
fora do país sidades para ocupar cargos ou
Samuel António (Moxico),
Fernando Cunha (Huambo),
Francisco Curinhingana (Malanje) apesar de terem disputado poucas
O Carnaval
estão em para resolver problemas pontuais
e de elevada complexidade. Que
ARTE:
Valter Vunge (editor),
A cada ano que passa , participa ,
partidas. Oxalá continuem a jogar
como têm jogado , para que possa- Girabola
condições de, se estabeleça uma ligação estreita
PAGINADORES:
Eugenia Victor, Adilson Santos, Simão
José, Augusta Lucéu, Tomás Cruz, Noé
em minha opinião ,menos gente no mos ir muito longe nas competições Espero que no Girabola de 2018
com os quadros angolanos que Carnaval. Refiro-me às manifesta- africanas. não haja desistências de clubes
com a sua vivem e trabalham no exterior do
Pungue, Soares Neto, Ana Dinamene,
Evaristo Sacupalica, João Augusto,
Josefa Carvalho, Maria Messele, Alberto ções nos bairros e que animavam LUÍS DA RESSURREIÇÃO a meio ou no fim da competição
experiência
Bumba, Inês Quingando, Margarida
país, em particular os que estão Zilungo, Maria da Silva, Saldanha Pedro várias zonas de Luanda, nomeada- Marçal para não se estragar a maior festa
CARTOON E ILUSTRAÇÃO:
ligados à actividade docente. Não mente os musseques. Dancei ao car- do futebol nacional. Era bom que
e formação,
Armando Pululo, Casemiro Pedro
e Edna Mussalo
tenhamos dúvida: só o conheci- COPY DESK:
naval nos anos 70 e 80 do século as direcções das equipas cuidas-
contribuir para o mento nos levará ao progresso.
E o país deve tirar partido das
Rui Ramos, Paulo Pinha, Arlindo
Soares, Esperança Vieira Dias, João Sá.
passado e o Carnaval era uma gran-
de festa nos Bairros suburbanos.
ESCREVA-NOS
sem bem da gestão dos dinheiros
para poderem chegar ao fim da
desenvolvimento competências de que dispõem O Jornal de Angola
utiliza os serviços da ANGOP, AFP,
Reuters, EFE e Prensa Latina
Não sei por que razão não se dança
Cartas recebidas na
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Caixa Postal 1312 - Luanda
competição, que é acompanhada
os seus filhos, que, por razões di- ao carnaval nos bairros suburbanos, por milhões de angolanos.
da educação em versas, se viram obrigados a viver PUBLICIDADE: pelo menos em Luanda. Apelo aos ou por e-mail:
ednovembro.dg@nexus.ao
LAURINDO JOÃO
Angola noutras partes do mundo.
Muitos quadros africanos pre-
(+244) 926 406 929
(+244) 923 402 700
e-mail:
grupos carnavalescos para conti- Samba

publicidade@jornaldeangola.com
ferem viver e trabalhar noutros
continentes, porque os seus paí-
ses não lhes dão as condições necessárias para desenvolverem

16 Fevereiro
as suas capacidades técnicas e científicas e aplicar os seus O Protocolo de Quioto é um ções Unidas sobre a Mudança
conhecimentos. Temos de passar a valorizar os técnicos do tratado internacional com com- Climática (CQNUMC, ou UNFCCC
país, que, não raras vezes, têm as mesmas competências promissos mais rígidos para a em inglês) na ECO-92 no Rio de
que quadros estrangeiros. Muitas vezes só valorizamos os PROPRIEDADE redução da emissão dos gases Janeiro, Brasil (Junho de 1992).
nossos quadros depois dos países estrangeiros de asilo dos
Edições Novembro, E.P.
NESTA DATA que agravam o efeito estufa, con- Também reforça secções da
nossos compatriotas dizerem que eles são bons técnicos. Há siderados, de acordo com a CQNUMC. Discutido e negociado
mesmo países doutros continentes que optaram pela chamada SEDE:
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maioria das investigações cien- em Quioto no Japão em 1997,
imigração selectiva, para incentivar a fuga de "cérebros" afri- Caixa Postal 1312 - Luanda
Redacção: 222 020 174
tíficas, como causas antropogé- foi aberto para assinaturas em
canos que tenham elevadas competências. Telefone geral (PBX): 222 333 344
Fax: 222 336 073
nicas do aquecimento global. O 11 de Dezembro de 1997 e rati-
Tem de se acabar no nosso país com a contratação de Telegramas: Proangola
e-mail: ednovembro.dg@nexus.ao
acordo é consequência de uma ficado em 15 de Março de 1999.
quadros estrangeiros, nos casos em que temos técnicos an- série de eventos iniciados com Sendo que para este entrar em
golanos que podem fazer a mesma coisa que os expatriados. a Toronto Conference on the vigor precisou que 55 países,
A cooperação vai ser sempre necessária. Não temos conhe- CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Víctor Silva (presidente)
Changing Atmosphere, no Ca- que juntos, produzem 55 por
cimento suficiente para resolvermos problemas em todos ADMINISTRADORES EXECUTIVOS nadá (Outubro de 1988), seguida cento das emissões, o ratificas-
Caetano Pedro da Conceição Júnior
os domínios da nossa vida nacional. Mas não se deve pensar José Alberto Domingos pelo IPCC's First Assessment Re- sem e assim entrou em vigor
Carlos Alberto da Costa Faro Molares D’Abril
que os angolanos não sabem fazer absolutamente nada e Mateus Francisco João dos Santos Júnior port em Sundsvall, Suécia (Agos- em 16 de Fevereiro de 2005, de-
que só os estrangeiros são a solução para todos os nossos ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
Olímpio de Sousa e Silva
to de 1990) e que culminou com pois que a Rússia o ratificou em
problemas. Catarina Vieira Dias da Cunha a Convenção-Quadro das Na- Novembro de 2004.
OPINIÃO Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
CRÓNICAS DA LAMBULA
Quem desamarrou a chuva?
Fica por se saber quem desamarrou a chuva e quem
lá esteve diz que a interrupção do desfile central do
Carnaval na Nova Marginal teve razão de ser, tão
forte o lençol de água que bem se poderá dizer que
o céu resolveu desabar sobre a cabeça dos foliões.
Poderíamos recorrer à mitologia
asteca, desconfiados de que nin-
guém reparou na nossa presença
quando passámos diante da tribu-
na principal misturados numa qual-
quer ala de gentios. É certo que
nos disfarçámos o melhor que pu-
demos, primeiro, empunhando
uma lança, depois, arco e flecha,
mas éramos nós mesmos, Tlaloc,
o Deus da chuva, o senhor do raio,
do trovão, do relâmpago, senhor
do inferno.
Poderíamos ainda evocar a mi-
tologia grega, mas temíamos que
depois a Polícia andasse por aí à
procura de algum Nereu dos tem-
pos modernos. Tal seria exigir
demais, quando é muito mais
fácil atribuir tudo aos escritos da
Bíblia e ficar por aí, descansados,
porque, se as escrituras sagradas
falam em chuva em Luanda, por
altura do Carnaval, não seremos
nós a duvidar. Mais complicado
será explicar como, mais uma vez,
a chuva só choveu mesmo depois
de o União Mundo da Ilha desfilar.
Nessa maka do desamarrar da chuva no Dia
de Carnaval não metemos a nossa colher, mesmo
porque não faz muzongué com lambula e faltou-
nos farinha musseque para a pura farofa – só
7
LUNGWILA
Osvaldo Gonçalves
CITAÇÕES Santos Vilola
ANGOP
“A abstenção é
um sinal de boa
vontade de
Abstenção
reconhecer as
melhorias na consensual inédita
governação do
país. Já não Pela primeira vez na história da “nossa” democracia, dois
sucedeu o que partidos da oposição e uma coligação de partidos estiveram
alinhados em reconhecer que o governo do partido da
vinha sucedendo maioria parlamentar fez progressos na proposta do Orça-
no passado, mento Geral do Estado que justificava ponderação na hora
quando o OGE da aprovação daquele que é o principal instrumento fi-
vinha para a nanceiro para a execução do programa do MPLA.
CASA-CE, PRS e FNLA optaram pela abstenção na votação
Assembleia final global da proposta do Executivo para o OGE deste
Nacional e saía ano. Só a UNITA, sem ser obrigada a fazê-lo por ser oposição
como entrava” a um partido com quem tem uma rivalidade histórica,
votou contra um OGE também ele inédito no MPLA.
André Mendes de A CASA-CE, para não votar contra “por não ser o seu or-
Carvalho çamento”, segundo o presidente do seu grupo parlamentar,
Presidente do Grupo
Parlamentar da CASA-CE André Mendes de Carvalho “Miau”, optou pela abstenção,
é a CASA-CE. A coligação até é ideologicamente mais
próxima da UNITA nos “esforços” de oposição ao MPLA.
“Reconhecemos Mas desta vez fez o que considerou coerente. “A abstenção
que o nosso da CASA-CE é um sinal de boa vontade em reconhecer a
Ministério ainda melhoria na governação do país”, justificou “Miau” na de-
claração de voto que fez.
oferece condições Os votos pela abstenção dos
pouco atraentes. três partidos não decidiu a apro-
vação do OGE, pelo facto de o
Isso faz com que É o primeiro MPLA ter maioria qualificada (163
tenhamos
dificuldades de sinal de que assentos), mas a posição da CA-
SA-CE, PRS e FNLA fez história.
encontrar os nesta legislatura Em sentido contrário, a UNI-
TA decidiu caminhar sozinha,
quadros certos
para leccionarem
a CASA-CE, optando pelo voto contra ao
OGE. Adalberto da Costa Júnior,
nas nossas o PRS e a FNLA contrariando todos os partidos,
disse que o OGE entrou no Par-
escolas” amadureceram lamento com o “mesmo forma-
Maria Cândida
Teixeira na oposição tos dos anos anteriores e sem
soluções para a profunda crise
Ministra da Educação
ao governo, económica e social do país”.
Mas sem ser específico.
“O pescado é um e não estão no O gancho da UNITA foi esco-
lher o dossier dívida pública,
produto perecível. Parlamento para que considerou que influencia
Logo, para não
negativamente as diversas va-
haver perdas, é seguir a UNITA. riáveis macroeconómica. O par-
necessário ter Acabou-se tido pode pautar a discussão
do assunto no debate mensal.
infra-estruturas
havia farinha Malanje e dessa não gostamos, não completas, como
a “fraternidade Agora, dizer que o aumento de
96 mil milhões de kwanzas para
senhor, porque é torrada demais e lhe falta aquele fábricas de gelo, militante” reforçar a contratação de pro-
tom azedo que só as larvas são capazes de lhe fessores e médicos não resol-
acrescentar. câmaras de na oposição vem o problema parece ridículo.
Por mais avisos do INAMET e mais ameaços do conservação e É óbvio que não vamos ter todos
céu, juramos a pés juntos a nossa outros ao MPLA os hospitais a funcionar em ple-
total inocência, mesmo porque se al- nas condições no dia a seguir
Se as escrituras gum pedido fizemos à Kianda foi ape- equipamentos ao início da execução do OGE,
nas que chovesse de mansinho, para piscatórios” mas é um bom começo.
sagradas falam enverdejar a nossa hortinha, não que Nicossi Luyeye Na verdade, o que se passou naquela sessão foi um
em chuva em diluviasse como diluviou, ao ponto
de afogar todas as cabuenhas que
Director -geral do Instituto de
Pesca Artesanal e Aquicultura
voto “contra” do resto da oposição à habitual tendência
do seu parceiro, a UNITA. É o primeiro sinal de que nesta
Luanda, por altura estavam a secar na tarimba, ainda
tudo em meia-cura.
legislatura a CASA-CE, o PRS e a FNLA amadureceram na
oposição ao governo, e não estão no Parlamento para
do Carnaval, O que sobra vai no Mar, dizem os “Posso garantir: seguir a UNITA onde quer que ela vá. Acabou-se a “frater-
a coligação
não seremos nós nossos kotas e nós respeitamos, por
saber que em boca de mais-velho só (israelita) está
nidade militante” na oposição ao MPLA.
Os dois partidos e a coligação mostraram uma deter-
a duvidar. Mais saem dentes podres, nunca as pala-
vras, mas desconseguimos conter a
estável e nem eu minação inabalável, e não tarde a maioria deve reconhecer,
com concessões na hora de discutir outros diplomas, às
complicado será revolta diante de tanto prejuízo. nem ninguém propostas que futuramente estes partidos fizerem. O
O peixe tinha passado duas noites tem qualquer debate promete!
explicar como, na salmoura antes de ser estendido projecto de
mais uma vez, nas tarimbas feitas de ramas de co-
queiro uma parte, a maioria mesmo eleições
a chuva só choveu ramas de palmeira que um parente antecipadas.
trouxe para nos boamuximar – ele Vamos continuar
mesmo depois tem casa lá na Boa Esperança e nunca
a trabalhar em
de o União Mundo que nos ofereceu um kacoxito de ma-
ruvo, mas pronto! A vida é mesmo conjunto para o
da Ilha desfilar assim, vamos fazer mais como?
Mas, como não há dor sem ferida,
bem dos cidadãos
adiantamos de manifestar a nossa
israelitas até ao
desconfiança nesse tal de S. Valentim e nos mais jo- final do nosso
vens, miúdos descuidados com o futuro, convencidos mandato”
de que mais vale um hambuguer que uma lambula.
Benjamin Netanyahu
Afinal, como pode alguém querer comer carne em Primeiro-ministro de Israel
plena Quarta-feira das Mabangas?
8 ÁFRICA Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018

ASSEMBLEIA NACIONAL CONFIRMA SAÍDA DE ZUMA

Cyril Ramaphosa é o novo

Presidente da África do Sul
O Parlamento da África do Sul confirmou ontem ao início da tarde a saída de Jacob Zuma do cargo de Chefe de Estado
e, ao mesmo tempo, anunciou que o líder do ANC Cyril Ramaphosa assumia a responsabilidade de Presidente da República
MIKE HUTCHINGS | AFP
Victor Carvalho

Sem qualquer tipo de sur-

presa e sob um coro musical
protagonizado pelos depu-
tados que entoavam cantigas
populares, a Assembleia
Nacional da África do Sul
anunciou ontem à tarde que
Cyril Ramaphosa é, oficial-
mente, o novo presidente do
país e que o pedido de demis-
são entregue nesse mesmo
dia por Jacob Zuma havia
sido aceite.
Deste modo é colocado
um ponto final na “novela”
em que se estava a transfor-
mar o braço de ferro entre
Jacob Zuma e o ANC, que
durante os últimos dias con-
centrava as atenções nacio-
nais e internacionais no que
se estava a passar no país.
O suspense quanto à defi-
nição desse braço de ferro
arrastou-se até às últimas
horas de quarta-feira, pois
só nessa altura é que Jacob
Zuma decidiu enfrentar a
realidade e reconhecer, impli-
citamente, que já não tinha
os apoios suficientes para
continuar a dirigir os destinos
da nação sul-africana.

Justiça sul-africana
ainda não se
pronunciou sobre
o que pode vir
acontecer a Jacob
Zuma, o que está a
levantar grande
expectativa
em relação
ao seu futuro
Horas antes de aparecer
perante os seus concidadãos
a anunciar que tinha acabado
de assinar o seu pedido de
resignação, embora não con-
cordasse com quem exigia a
sua saída, Jacob Zuma tinha
dado uma entrevista à cadeia
SABC a garantir que iria con-
tinuar até ao fim do seu man-
dato. Mas, terá sido a decisão
do ANC avançar com a apre-
sentação de uma moção de
censura para o derrubar, caso
não aceitasse demitir-se, que
terá feito Jacob Zuma perceber
que se encontrava num beco
cuja única saída apontava para
a porta das traseiras, onde do
lado de lá o espreitava (e ainda
espreita) a justiça pronta a ajus-
tar com ele as contas que con-
sidera estarem pendentes.
Uma sucessão natural
Face à resignação de Jacob
Zuma, não restava outra alter-
nativa legal ao ANC que não
fosse a de indicar o nome do
Sul-africanos depositam grande esperança no novo Chefe de Estado Cyril Ramaphosa que dias antes prometeu cortar o espaço aos dirigentes corruptos
seu presidente, Cyril Rama-
phosa, para acumular esse
cargo com o de Presidente
da República. Porém, até à
última da hora surgiu a pos-
sibilidade de Ramaphosa ir
ontem a votos no parlamento
com um outro candidato
apresentado pela oposição,
mas que nunca foi sequer
identificado.
Essa possibilidade gorou-
se pois a interpretação que foi
feita da constituição apontava
no sentido de ser o vice-pre-
sidente da República, neste
caso Cyril Ramaphosa, o único
candidato que os deputados
teriam que ratificar num gesto
meramente simbólico, mas
constitucionalmente impres-
cindível. Alguns observadores
Primeiro-ministro da Etiópia apresenta demissão
O primeiro-ministro da
Etiópia, Hailemariam Desa-
legn, apresentou ontem o
seu pedido de demissão sem
apresentar qualquer tipo de
justificação.
A informação desta decisão
foi avançada pela televisão
etíope, que referiu que Desa-
legn também abandona a
presidência de uma coligação
de partidos que governa os
destinos da Etiópia. A saída
referem que Cyril Ramaphosa
está com um olho na presi-
dência da República pratica-
mente desde que o ANC che-
gou ao poder em 1994.
Essa percepção é atribuída
ao facto de em 1994 Rama-
phosa não ter conseguido dis-
farçar alguma mágoa pelo facto
de Nelson Mandela não o ter
escolhido como seu sucessor.
Terá sido, aliás, essa decepção
que o empurrou para o mundo
dos negócios e para os sindi-
catos, interrompendo uma
carreira política que ele pró-
prio já nessa altura tinha a
certeza de estar condenada
ao sucesso. Finalmente, Cyril
Ramaphosa tem a oportuni-
dade de concretizar o sonho
de ser presidente da Repú-
de Hailemariam Desalegn
acontece num momento em
que têm aumentado os pro-
testos anti-governamen-
tais nas regiões de Oromia
e Amhara, dos quais já resul-
taram dez mortos e centenas
de feridos.
Há um mês, as autorida-
des etíopes libertaram cen-
tenas de prisioneiros, não
tendo mesmo assim conse-
guido travar a realização
blica, eventualmente muito
melhor preparado do que
estava em 1994. Essa prepa-
ração, sobretudo a sua pas-
sagem pelos sindicatos e a
experiência que tem do mundo
dos negócios será fundamental
para vencer a sua primeira
grande batalha e relançar a
economia sul-africana.
Trata-se de uma batalha
que não será fácil de vencer,
numa altura em que o desem-
prego atingiu uma taxa de 30
por cento e quase metade dos
jovens andam à procura do
seu primeiro emprego.
Ontem, o mercado finan-
ceiro parece ter apreciado e
agradecido a demissão apre-
sentada por Jacob Zuma, com
o rand a atingir a maior valo-
dos protestos. Desde 2015
que a Etiópia é palco de repe-
tidas manifestações violen-
tas com apelos por parte
dos protestantes à aplicação
de reformas políticas e eco-
nómicas e à exigência do
fim da corrupção.
Estes distúrbios estavam
a provocar profundas divi-
sões no seio da coligação
que governa o país, com as
elites a acusarem o primeiro-
rização dos últimos três anos
face ao euro e ao dólar norte-
americano.
O futuro de Jacob Zuma
Mas, enquanto Cyril Rama-
phosa começa a dar os pri-
meiros passos para impor o
seu programa e o seu estilo de
governação, a grande pergunta
que agora se coloca relaciona-
se com o futuro que está reser-
vado a Jacob Zuma. Para já
não se sabe se ele conseguiu,
nas reuniões privadas que teve
com Cyril Ramaphosa, garantir
algum tipo de acordo que lhe
permita ter como garantido o
apoio político do ANC.
Embora se saiba que o poder
judicial é independente do
poder político, seria recon-
ministro de falta de pulso
para resolver o problema
causado pelas constantes
manifestações.
Alguns observadores con-
sideram que a turbulência
que agora afecta a Etiópia
pode estender-se a toda a
região do Corno de África,
afectando alguns países que
até agora têm gozado de
grande estabilidade política
e militar.
fortante para Jacob Zuma ter
a certeza de que poderia contar
com uma “rectaguarda segura”
e, sobretudo, “solidária” para
enfrentar as malhas que a jus-
tiça tece para enredar aqueles
que têm contas para ajustar
com ela, como é inegavel-
mente o seu caso.
A última informação dis-
ponível, tornada pública no
calor dos esforços para levar
Zuma a demitir-se, refere
que Cyril Ramaphosa não
garantiu qualquer tipo de
imunidade para proteger o
antigo presidente das garras
da justiça. Mas isso foi no
início deste mês.
Daí para cá ocorreram di-
versas reuniões entre os dois,
durante as quais alguma coisa
pode ter ficado acordada no
segredo das quatro paredes
sem que disso fosse dado
conhecimento à opinião
pública. Tratando-se de um
assunto extremamente sen-
sível, por envolver um ex-
Presidente da República, é
natural que a própria justiça
tenha, também, um especial
cuidado para não dar passos
em falso. Por isso, aconselha
a experiência de casos recen-
tes, que se espere para ver o
que se passará nos próximos
dias e então se poder ajuizar,
com mais rigor, o que pode
estar reservado para Zuma.
MUNDO Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
ZIMBABWE
Tsvangirai
morreu
na cidade
de Joanesburgo
O líder do principal partido
da oposição no Zimbabwe,
Morgan Tsvangirai, morreu
na sequência de um cancro
do cólon, anunciou ontem
Elias Mudzuri, um dos vice-
presidentes do partido.
“Como sabem, o presidente
do nosso MDC (Movimento
para a Mudança Democrática)
Morgan Tsvangirai não estava
bem desde há um certo tempo.
É com tristeza que anuncio
que perdemos o nosso ícone
e o nosso combatente pela
democracia”, anunciou Elias
Mudzuri na sua conta na rede
social Twitter.
Um outro alto responsável
do partido também confir-
mou a informação à agência
noticiosa France-Press, sob
anonimato.
Tsvangirai foi um político
de grande admiração entre os
zimbabweanos, graças à luta
que deu ao antigo Presidente
Robert Mugabe. Morgan Tsvan-
girai chegou a desempenhar
funções no Governo de Robert
Mugabe, como primeiro-
ministro, mas nunca perdeu
o sentido da sua luta nem o
ideal pela democracia.
JEKESAI NJIKIZANA | AFP
Político Morgan Tsvangirai
enfrentou Robert Mugabe
Nos últimos anos, o político
passou mais tempo na África
do Sul para tratamento ao
cancro num hospital de Joa-
nesburgo, onde acabou por
morrer. Tsvangirai ajudou a
desenhar o novo rumo político
do Zimbabwe, agora sob con-
dução de Emmerson Mnan-
gagwa, que assumiu o poder
depois da renúncia de Robert
Mugabe, alvo de grandes con-
testações que deram na sua
perda de confiança.
A doença do líder do MDC
foi tornada pública em 2016
e dividiu desde aí o partido.
Agora, a principal força da
oposição vai ter de escolher
um novo presidente e relançar
a campanha contra o Zanu-
PF, que agora é liderado por
Emmerson Mnangagwa, o
sucessor de Robert Mugabe.
Ele era um dos fundadores
do Movimento para a Mudança
Democrática e o seu desapa-
recimento pode ter implica-
ções imediatas, uma vez que
a aliança de sete partidos,
formada com o propósito de
derrubar o Zanu-PF pode
ficar fragilizada.
9
CRISE NA GUINÉ-BISSAU
PROTECÇÃO À CRIANÇA
STEFANIE GLINSKI | AFP
Droga
ACORDO DE COMBATE
MARCELO NA RITCHE | AFP
AO TRÁFICO
O Governo
moçambicano anunciou
ontem o adiamento, por
questões de agenda, do
acordo a celebrar com as
Nações Unidas para
combate ao tráfico de
droga e de outros
Relatório refere também países da região da Ásia produtos ilícitos.
A cerimónia de
assinatura estava
Países africanos marcada para ontem,
mas terá nova data, a
designar, anunciou o
na lista de risco Ministério dos Negócios
Estrangeiros e
Cooperação.
Pelo menos seis países africanos estão entre as O acordo faz parte de
dez piores do mundo para se ser uma criança um programa de reforço
numa zona de guerra, segundo dados do relatório da capacidade dos
do Instituto Internacional para a Investigação da aeroportos
Paz de Estocolmo, citado pela Save the Children. internacionais em África,
A Síria encabeça a lista, seguida do Afega- na América Latina e
nistão, Somália, Iémen, Nigéria, Sudão do Sul, Caraíbas, desenvolvido
Iraque, República Democrática do Congo, Sudão pelo Escritório das
e República Centro Africana. Nações Unidas contra a
O relatório analisa factores como ataques contra Droga e o Crime
escolas, o recrutamento de crianças soldados, Organizado (UNODC).
violações, assassínios e falta de acesso humanitário. Na prática, prevê que O actual chefe do governo Artur Silva enfrenta dificuldades
Perto de 360 milhões de crianças em todo o haja mais equipas
mundo, ou seja, uma em seis, vivem em zonas treinadas e
afectadas por conflitos, segundo o relatório
divulgado na véspera da Conferência de Segurança
de Munique, no âmbito da qual líderes globais
equipamentos para
detenção de suspeitos e
apreensão de produtos
Primeiro-ministro
vão discutir políticas de segurança até domingo.
A Save the Children apela aos dirigentes mundiais
para fazerem mais no sentido de responsabilizar
os autores dos crimes contra as crianças. "Crimes
ilícitos, tanto no ponto
de origem, como nos
países de trânsito.
sem apoio político
como estes contra crianças são o pior tipo de Parceiros internacionais pedem maior
abuso imaginável e são uma violação flagrante
do direito internacional", disse Miles, presidente VATICANO empenho à classe política guineense
da Save the Children.
O actual primeiro-ministro
Papa Francisco da Guiné-Bissau, Artur Silva,
de 2016), reiterando para-
lelamente que está ao lado
não goza de apoio suficiente dos esforços de mediação da
ignora textos para desempenhar as suas Comunidade Económica dos
MANIFESTAÇÕES NO TOGO funções, o que afecta sobre- Estados da África Ocidental
sobre heresia maneira a sua principal tarefa, (CEDEAO).
organizar o país para eleições, Entre outros pontos, o Acor-
Centenas de mortos O Papa Francisco explicou a
membros da Companhia de
Jesus que, para preservar a
segundo estima o represen-
tante do Secretário-Geral das
Nações Unidas para o país.
do de Conacri prevê a nomea-
ção de um primeiro-ministro
“consensual”, algo que não
e dezenas de feridos sua “saúde mental”, “conhece
mas não lê” as acusações de
heresia formuladas pelos gru-
Artur Silva foi nomeado
pelo Presidente José Mário
Vaz, mas fora do compromisso
acontece com Artur Silva, o
antigo responsável da diplo-
macia guineense que se tor-
Mais de 100 pessoas morreram YANICK FOLLY| AFP pos opositores católicos. do Acordo de Conacry, que nou o mais recente chefe do
durante manifestações políticas A revelação do chefe da atribui esta responsabilidade Governo, escolhido pelo Pre-
organizadas no Togo pela opo- igreja foi transmitida ao grupo aos partidos. Esta situação sidente José Mário Vaz, e que
sição para reclamar por refor- de jesuítas com quem se mantém o clima austero e não é aceite no país.
mas, ocorridas entre 17 de encontrou no Chile, durante agrava a crise política gui-
Agosto de 2017 e 20 de Janeiro a deslocação oficial que rea- neense, o que requer a pre-
de 2018, segundo os resultados lizou no passado mês de sença contínua da ONU na
dum inquérito oficial. Janeiro. Guiné-Bissau, defendeu ontem Representante do
O inquérito, apresentado “Por saúde mental eu não o representante especial do Secretário-Geral da
ontem, foi realizado pelo leio as páginas da internet Secretário-Geral da organi- ONU para a Guiné-
Agrupamento dos Jovens da chamada 'resistência'. zação para o país lusófono no Bissau disse que a
Africanos para a Democracia Sei quem são, conheço os Conselho de Segurança. situação no país
e Desenvolvimento, Secção- grupos, mas não os leio, sim- Citado pela UN News, precisa de uma
Togo (REJADD-Togo) e pela plesmente para preservar a Modibo Touré sustentou que, presença mais
Rede Africana para as Ini- minha saúde mental. Quando face à continuação da crise, viva para ajudar
ciativas de Direitos Humanos há alguma coisa séria infor- a ONU tem de manter o foco os partidos a
e Solidariedade (RAIDHS), mam-me para que tome no apoio aos esforços dos ultrapassarem
com o apoio do Grupo de Movimento popular a favor conhecimento. É um desgosto, líderes guineenses para a a crise
Apoio aos Direitos Humanos de reformas sobre violência mas é preciso seguir em nomeação de um primeiro-
no Togo (GSDH-Togo), indica frente”, disse Francisco aos ministro "aceitável", na cria-
um comunicado publicado exiladas nos países vizinhos”. jesuítas de Santiago do Chile. ção de um Governo inclusivo,
ontem em Lomé. Os autores do documento A conversa com os jesuítas na organização de eleições Segundo o Departamento
“O pesado balanço pro- pedem à comunidade inter- vai ser publicada na próxima e na implementação das para as Questões Políticas
visório da repressão avalia- nacional para reagir viva- edição da revista da Com- reformas prioritárias. da ONU, a Guiné-Bissau tem
se em mais de 100 mortos, mente às questões dos direitos panhia de Jesus, Civilta Ca- "Após vários anos de um sido assolada pela crónica
geralmente a tiro ou por exe- fundamentais no Togo, face tólica, sendo que alguns ex- investimento de longo prazo instabilidade política, sobre-
cuções extrajudiciais. Entre à repressão do governo no tractos foram editados ontem na estabilidade na Guiné- tudo depois da abertura ao
as vítimas figuram várias local cuja única ambição é no jornal italiano “Corriere Bissau, é chegada a hora de pluralismo democrático, em
crianças, vários milhares de conservar o poder. della Sera”. consolidar e recolher os divi- 1991, e, mais especifica-
feridos a tiros ou vítimas de Este relatório, publicado O Papa Francisco acrescenta dendos dos nossos esforços. mente, depois do conflito
selvagens agressões que fize- na véspera do diálogo entre que é normal que exista opo- É vital que acompanhemos político-militar de 1998/99.
ram alguns deles deficientes o governo e a oposição sobre sição quando se levam a cabo este processo até ao fim", Este departamento da
físicos para sempre”. as questões das reformas mudanças e destaca que sublinhou. Modibo Touré Organização das Nações Uni-
De acordo com o docu- institucionais e constitucio- quando sente que existe resis- destacou a importância de das apoia e fiscaliza a missão
mento, “houve vários milha- nais, é vivamente contestado tência tenta dialogar mesmo o Conselho de Segurança da da ONU na Guiné-Bissau, a
res de detenções, vários pelas autoridades. Desde que as críticas tenham origem ONU continuar a reafirmar UNIOGBIS, no país desde
milhares de deslocados no Agosto, a oposição togolesa em pessoas que acreditam na o apoio ao Acordo de Conacri 1999, e liderada por Touré
interior do país e pessoas reclama por reformas. verdadeira doutrina. (assinado a 14 de Outubro desde 2016.
10 ECONOMIA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
Nova emissão de “eurobonds”
é lançada nos próximos dias
O ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social prevê crescimento económico de 4,9 por cento em 2018.
Archer Mangueira quer aconselhamento sobre a adequação ou conformidade das várias iniciativas de política tributária
Bolsa de
Valores de
Frankfurt,
Alemanha,
das mais
importantes
do mundo
Angola prevê lançar ainda
este mês a segunda emissão
de “eurobonds” (euro-obri-
gações), à volta de dois mil
milhões de dólares, confirmou
o ministro das Finanças,
Archer Mangueira, em decla-
rações proferidas na quarta-
feira na Assembleia Nacional.
Esta emissão surge numa
altura em que a dívida pública
governamental, que exclui
a contraída pelas empresas
públicas angolanas, ultra-
passou já 67 por cento do
Produto Interno Bruto (PIB)
do país, de acordo com dados
relativos a Janeiro do Minis-
tério das Finanças.
A despesa inscrita no Orça-
mento Geral do Estado (OGE)
para 2018 com a dívida pú-
blica é uma das maiores preo-
cupações admitidas pelo
Governo, que assume o objec-
tivo, segundo o ministro das
Finanças, Archer Mangueira,
de “alterar a actual trajectó-
ria”, através de um “exercício
de consolidação fiscal”.
O ministro prestou essa
informação aos jornalistas,
após a aprovação final da
proposta de lei do Orçamento
Geral do Estado (OGE) para
2018, e adiantou haver um
conjunto de bancos a tra-
balhar com o Ministério das
Finanças na preparação
dessa emissão de dívida
soberana em moeda estran-
geira, entre os quais o Gold-
man Sachs, Deutsche Bank
e o ICBC da China).
“O processo de emissão
de ‘eurobonds’ está previsto
para o mês de Fevereiro. Há
um conjunto de bancos que
estão a trabalhar com o Minis-
tério das Finanças na pre-
paração dessa emissão”, disse
o ministro.
A 18 de Janeiro, o ministro
das Finanças explicou que
o Estado vai contrair este ano
1,128 biliões de kwanzas de
dívida, quase 4.370 milhões
de euros, enquanto neces-
sidades líquidas, acrescido
de 4,153 biliões de kwanzas
(16 mil milhões de euros)
para pagar o serviço da dívida
actual respeitante a este ano.
Ministro das
Finanças cria
grupo de trabalho,
reunindo
especialistas,
empresários e
advogados,
incumbido de
aconselhar
em matérias de
fiscalidade, direito
fiscal e direito
aduaneiro
Angola estreou-se na
emissão de “eurobonds” em
Novembro de 2015, anga-
riando no mercado externo
cerca de 1.500 milhões de
dólares, através de um sin-
dicato de bancos liderado
pelo norte-americano Gold-
man Sachs International e
que incluiu o alemão Deuts-
che Bank e os chineses da
ICBC International.
Os juros da primeira emis-
são angolana de “eurobonds”
foram confirmados em 9,5
por cento, a liquidar aos dias
12 de Maio e 12 de Novembro
de cada ano, a partir de 2016,
com uma maturidade a 10
anos. Além de cobrir as neces-
sidades de financiamento do
Estado, colmatando a quebra
nas receitas fiscais decorrentes
da exportação de petróleo,
esta operação permite igual-
mente o acesso a divisas que
o país necessita para garantir
as importações de alimentos
e matérias-primas.
Crescimento de 4,9 por cento
O Governo está convicto
quanto à previsão de o país
alcançar uma taxa de cres-
cimento do Produto Interno
Chuva ameaça produção de café em Amboim
A irregularidade de chuvas
que se regista no município
do Amboim, província do
Cuanza Sul, pode afectar
negativamente a produção
do café, afirmou ontem o
chefe da Repartição da Agri-
cultura, Pascoal Miranda.
Em declarações à imprensa,
Pascoal Miranda adiantou
que a escassez de chuva vai
provocar a redução de pro-
dução do café, já que muitos
cafezais que estavam a florir
murcharam por falta de água.
Pascoal Miranda referiu
que a nível do município do
Bruto (PIB) de 4,9 por cento
em 2018, disse o ministro de
Estado e do Desenvolvimento
Económico e Social, Manuel
Nunes Júnior.
Ao falar na quarta-feira
na Assembleia Nacional sobre
o crescimento do PIB, Manuel
Nunes Júnior admitiu que o
Orçamento Geral do Estado
(OGE) contém uma previsão
que “foi feita com base em
fundamentos considerados
importantes e credíveis”,
acrescentado que à medida
que o ano avançar vai ser pos-
sível perceber “se essa pre-
visão se mantém ou não”.
“Mesmo nas economias
mais avançadas há sempre
revisões da previsão de cres-
cimento e vamos trabalhar
para que aquela que temos
Amboim as chuvas iniciaram
em Outubro de 2017, mas a
irregularidade registada desde
Dezembro está a pôr em causa
a produção, cuja meta anual
prevista para 2018 é de cerca
de três mil toneladas. Para
a província está prevista uma
colheita de cerca de cinco
mil toneladas.
“As zonas de produção
estão a ser afectadas pelas
irregularidades das chuvas.
Por isso, estamos preocu-
pados em como mitigar este
problema, para que as zonas
produtivas não sejam abran-
se mantenha, mas, se houver
necessidade de revisão, fá-
la-emos”, acrescentou o
ministro Manuel Nunes
Júnior. Na versão do OGE de
2018 inicialmente entregue
à Assembleia Nacional pre-
via-se um défice de 697,4
mil milhões de kwanzas,
equivalente a 2,9 por cento
do PIB, traduzindo-se no
quinto ano consecutivo de
saldo negativo.
Reforma tributária
O Ministério das Finanças
criou um grupo de trabalho,
reunindo especialistas,
empresários e advogados,
para aconselhamento em
matérias relacionadas com
fiscalidade, direito fiscal,
direito aduaneiro e matérias
gidas”, frisou o responsável.
Pascoal Miranda aconselhou
os cafeicultores a plantarem
árvores de sombra, para
permitir que as plantas este-
jam protegidas contra o sol.
O cafeicultor José Alberto
disse que há a necessidade
de as estruturas do Estado
trabalharem com os produ-
tores para se encontrar uma
solução. “Estamos cientes
que as situações climatéricas
muitas vezes não se prevêem,
o que tem provocado gran-
des transtornos aos produ-
tores”, sublinhou.
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
DANIEL ROLAND | AFP
relacionadas, de acordo com
um comunicado publicado
na quarta-feira em Luanda.
O Ministério refere que
caberá ao grupo pronun-
ciar-se sobre a adequação
ou conformidade das várias
iniciativas de política tribu-
tária, tendo em conta a rea-
lidade social, económica e
política do país, bem como
pronunciar-se, em especial,
sobre as iniciativas legisla-
tivas relativas ao processo
da reforma estrutural do sis-
tema tributário.
Presidido pelo ministro
das Finanças, o grupo de tra-
balho para as questões tri-
butárias é integrado pelo
secretário de Estado das
Finanças e Tesouro, pelo pre-
sidente do Conselho de
Administração e directores
da AGT (Administração Geral
Tributária) e por outros qua-
dros seniores das Finanças.
Associações e ordens pro-
fissionais também vão estar
representadas no grupo de
trabalho, como a Ordem dos
Advogados, a Confederação
Empresarial de Angola, a Asso-
ciação Industrial de Angola,
a Ordem dos Contabilistas e
Peritos Contabilistas de Angola,
a Câmara dos Despachantes
Oficiais de Angola e Associa-
ção das Seguradoras. Podem,
igualmente, integrar o Grupo
de Trabalho, mediante convite
do ministro das Finanças,
outras entidades ou indivi-
dualidades especializadas ou
interessadas em matéria tri-
butária e conexas.
ECONOMIA Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
EXPANSÃO DAS CADEIAS DE VALOR
Banco incentiva África Mercados
Académico propõe adopção
a utilizar o “factoring”
Os países africanos devem
aproveitar o “factoring” para
aproveitar as oportunidades
de expansão das cadeias de
valor regionais do continente,
concluíram os participantes
de uma conferência regional
sobre o tema, realizada esta
semana em Dakar.
A directora da Iniciativa
de Comércio Intra-Africano
no Banco Africano de Expor-
tação e Importação (Afre-
ximbank), Kanayo Awani,
disse na conferência que,
apesar da potencial vantagem
das pequenas e médias em-
presas africanas, as pequenas
empresas (PME) continuam
a enfrentar dificuldades no
acesso a finanças.
Kanayo Awani, que tam-
bém é presidente do conclave
africano da FCI, observou que
em outras regiões essas em-
presas representam a maior
parte das operações de finan-
ciamento comercial, concluí-
das através do “factoring”,
observando que na Europa,
por exemplo, essa actividade
representa 10,4 por cento do
PIB (Produto Interno Bruto),
em 1,5 bilhões de euros.
A África representa apenas
um por cento das transacções
globais de “factoring”, afirmou
Kanayo Awani, que explicou
que os baixos volumes em
África foram, em grande parte,
atribuídos à falta de infor-
mação e consciencialização.
A directora disse que a
conferência, co-organizada
pela Afreximbank e pela FCI,
o órgão representativo global
para o sector financeiro de
receptíveis, procurou munir
os participantes com “fer-
ramentas” relevantes para
aproveitar as oportunidades
CONTRABANDO
SIC apreende marfim
Um total de 21 quilogramas
de marfim, avaliado em 74
mil dólares, foram apreen-
didos pelo Serviço de Inves-
tigação Criminal (SIC) em
Luanda, entre os meses de
Agosto e Outubro de 2017.
Segundo uma nota de
imprensa do Gabinete de
Comunicação Institucional e
Imprensa do Ministério do
Ambiente, a que a Angop teve
ontem acesso, a apreensão
do referido marfim, entre tra-
balhado e não trabalhado,
resultou também na detenção
de dois cidadãos de naciona-
lidade chinesa e um angolano.
Os detidos são acusados de
associação criminosa, agressão
ao ambiente e contrabando.
O caso que envolve o cida-
dão angolano, identificado
por Marcelo Firmino, de 42
anos de idade, envolve 13,25
quilogramas de marfim. O
outro envolve chineses que
tentaram exportar, a partir
do Porto de Luanda, 5,45
quilogramas de marfim não
trabalhado e 2,58 quilogra-
mas de marfim trabalhado
disponíveis de aumentar o
“factoring” no continente
africano, especialmente no
contexto do comércio intra-
regional. Kanayo Awani
acrescentou que o evento
proporcionou uma visão
regional sobre o “factoring”
e ofereceu aos participantes
oportunidades para discus-
sões sobre o estado actual da
indústria, novos desafios,
desenvolvimento de produ-
tos e mercados. A iniciativa
criou também novas habi-
lidades e oportunidades de
“networking” para os parti-
cipantes e forneceu informa-
ções práticas sobre a criação
de empresas de “factoring”
com sucesso.
Anteriormente, Peter Mul-
roy, secretário-geral da FCI,
indicou que, apesar do baixo
nível de “factoring” em África,
o continente alcançou marcos
importantes, que podem aju-
dar a desenvolvê-lo ainda
mais nos próximos anos.
A coordenadora da direcção
de Sector Financeiro e Com-
petitividade do Ministério da
Economia e Planeamento do
Senegal, Ismaila Gueye, disse
que os exportadores africanos
estavam com uma perda de
competitividade devido ao
facto de que o “factoring” e o
comércio de contas abertas
não eram comummente usa-
dos em África, como era o
caso em todas as outras regiões
do Mundo. Ismaila Gueye elo-
giou o Afreximbank e a FCI
pela promoção de tais práticas
financeiras, dizendo que isso
ajudaria a colocar as Peque-
nas e Médias Empresas (PME)
locais em condições equi-
tativas com os seus concor-
rentes globais.
em escultura. De referir que
um quilograma de marfim
é comercializado na China
e no Vietname por 3.500
dólares. Em posse dos chi-
neses foram também apreen-
didos 0,73 quilogramas de
escama de Pangolim, o único
animal mamífero totalmente
coberto de escamas.
Aos cidadãos chineses
foram também apreendidos
9,98 quilogramas de Pau-
de-Cabinda, um estimulante
cujo valor económico não foi
estimado. Pesquisas realiza-
das indicam que, na China,
o Pau-de-Cabinda é trans-
formado em medicamento
em pó e em chá, que poste-
riormente são reexportados
para Angola e exportados
para outros países.
O inventário dos meios
apreendidos foi coordenado
pelo grupo de autoridades
d a C o nve n ç ã o s o b re o
Comércio Internacional,
Espécies Ameaçadas da
Fauna e Flora Selvagens
(CITES) do Ministério do
Ambiente.
KWANZA DEPRECIA 0,825
PONTOS PERCENTUAIS
O Banco Nacional de
Angola efectuou quarta-
feira um leilão de venda de
divisas, colocando no
mercado primário 55
milhões de euros, informou
a instituição em
comunicado.
Da sessão foi apurada a
taxa de câmbio média
ponderada de 260,167
kwanzas por euro, com
depreciação de 0,825
pontos percentuais,
passando a vigorar nova
tabela de câmbio.
Contribuíram para o
apuramento da taxa de
câmbio de referência 11 dos
14 bancos participantes,
tendo a taxa mais alta sido
de 261,83 kwanzas por euro
e a mais baixa de 258,070
kwanzas por euro. As divisas
vendidas destinam-se a
diversos sectores. O BNA
informa que disponibilizou
divisas na totalidade da
procura reportada pelos
bancos, para cobertura de
operações relacionadas com
pagamento de propinas
escolares e despesas
hospitalares.
PETRÓLEO FECHA
EM ALTA APÓS DADOS
SOBRE STOCKS NOS EUA
Os contratos futuros
do petróleo registaram
forte alta, ainda em
recuperação dos fortes
tombos da semana
passada, após a divulgação
de dados que mostram um
aumento dos stocks nos
Estados Unidos menor que
o esperado.
Os contratos da matéria-
prima sofreram duras
perdas nas últimas
semanas, diante do
aumento da produção, dos
stocks e das plataformas
em actividade nos Estados
Unidos.
Com os americanos a
inundar os mercados, os
esforços da Organização
dos Países Exportadores de
Petróleo (OPEP) para
reduzir a oferta, a fim de
elevar os preços têm
pedido o apelo junto a
investidores preocupados
com os excedentes globais.
DR
Quarta-feira, o
Departamento de Energia
(DoE) dos EUA informou
que os stocks do país
aumentaram em 1,8
milhões de barris na
semana passada. Analistas
consultados pelo “Wall
Street Journal” esperavam
avanço menor, de 2,6
milhões de barris no
mesmo período.
ALVES DA ROCHA
de imposto sobre a fortuna
Economista afirma que a medida ajuda a corrigir as
injustiças criadas com o desvio de fundos públicos
Alves da Rocha reconhece que tal como repatriar capitais, taxar as fortunas não será tarefa fácil
André dos Anjos
O economista Alves da Rocha
defendeu na terça-feira em
Luanda a criação de um im-
posto específico para as for-
tunas construídas com recurso
ao dinheiro público, “por
forma a atacar as desigual-
dades criadas pelo acintoso
acesso ao Orçamento Geral
do Estado”.
“Temos aqui imensas for-
tunas, algumas das quais cria-
das à sombra do Orçamento
Geral do Estado, e ainda não
vi nenhuma proposta para a
criação de um imposto sobre
as grandes fortunas”, disse
Alves da Rocha, em decla-
rações à Rádio Nacional de
Angola (RNA).
“Uma das formas de ‘ata-
car’ essas desigualdades cria-
das pelo acintoso acesso ao
Orçamento Geral do Estado
é a criação de um imposto
sobre as fortunas criadas à
sombra do Orçamento Geral
do Estado”, sublinhou.
Numa altura em que o país
prepara um pacote legislativo
para o repatriamento de capi-
tais, o economista interroga-
se se ficam de fora do processo
de esclarecimento da origem
das fortunas aquelas trans-
formadas em investimentos
e empreendimentos em ter-
ritório nacional.
Alves da Rocha reconhece
que, tal como repatriar capi-
tais, taxar as fortunas não
será, uma tarefa fácil. “É difí-
cil, sim, como vai ser difícil
repatriar dinheiro”, disse,
insistindo na necessidade
de o Estado não “abrir mão”
desse que pode ser mais um
instrumento de redução das
assimetrias sociais.
O Conselho de Ministros
aprovou há uma semana a
proposta de lei para o repa-
triamento de capitais ilícitos
domiciliados no exterior do
país, que concede 180 dias
para esse processo, sem
qualquer procedimento cri-
minal ou judicial por parte
do Estado.
Aquando da sua aprovação
pelo Conselho de Ministros,
a 7 de Fevereiro, o governador
do Banco Nacional de Angola,
José de Lima Massano, disse
à imprensa que a proposta
de lei cria um conjunto de
incentivos para que esses
recursos possam ser livre-
mente repatriados.
Proposta de lei
A proposta de lei, prosseguiu
José de Lima Massano, cria
também instrumentos para,
no caso de recursos ilícitos
estarem retidos no exterior
do país, esses possam ser
igualmente repatriados,
sendo concedida “uma janela
(prazo) de 180 dias para que
esse processo aconteça, sem
que, por parte das autori-
dades, seja exercido qualquer
poder criminal, judicial ou
de qualquer outra natureza”.
“Temos aqui
imensas fortunas,
algumas das quais
criadas à sombra do
Orçamento Geral do
Estado, e ainda não
vi nenhuma
proposta para a
criação de um
imposto sobre as
grandes fortunas”
“Concluído o período de
180 dias, e naqueles casos
de recursos ilícitos se man-
tiverem no exterior do país,
as autoridades vão então
fazer recurso de todos os
meios que têm à sua dispo-
sição para, nos termos da
lei, assegurar o seu repatria-
mento para o território nacio-
nal e serem integrados na
nossa economia e apoiarem
11
DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
o esforço de desenvolvi-
mento”, referiu. O gover-
nador do banco central frisou
ainda que “o processo é
voluntário” e quem tem
recurso no exterior do país
e quer trazer, pode fazê-lo
livremente. “Durante os pri-
meiros 180 dias de vigência
da lei, quer sejam os recursos
de forma lícita como de
forma ilícita, não será feito
qualquer questionamento.
Posteriormente, volta-se ao
quadro de normalidade, no
âmbito das regras de ‘com-
pliance’ que serão aplica-
das”, observou.
“No caso de recursos obti-
dos de forma ilícita, aí, então,
há um processo de recupe-
ração coerciva”, advertiu o
governador do Banco Nacio-
nal de Angola.
A ideia do repatriamento
de capitais e da sua confor-
mação a um quadro legal foi
inicialmente apresentada
pelo Presidente da República,
João Lourenço, que, pela pri-
meira vez, se pronunciou a
respeito num seminário do
MPLA consagrado ao com-
bate à corrupção realizado
em meados de Dezembro.
A partir do início do ano,
avisou naquela ocasião o Pre-
sidente, “vai estabelecer-se
um período de graça durante
o qual todos os cidadãos ango-
lanos que repatriarem capitais
do estrangeiro para Angola
e os investirem na economia
e empresas geradoras de bens,
de serviços e de emprego
não vão ser molestados, não
vão ser interrogados das
razões de terem dinheiro lá
fora, não vão ser processados
judicialmente”.
No final desse prazo, pros-
seguiu, “o Estado de Angola
sente-se no direito de o con-
siderar dinheiro de Angola e
dos angolanos e, como tal,
vai agir junto das autoridades
dos países de domicílio para
tê-lo de volta e em sua posse”.
12 Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018

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REPÚBLICA DE ANGOLA
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
SALA DO CONTENCIOSO FISCAL E ADUANEIRO

Proc. n.º 253/014 - B

ANÚNCIO
1ª PUBLICAÇÃO

FAZ-SE SABER QUE, na acção com Processo de Execução para Pa-

gamento de quantia certa, que corre termos pela Sala do Contencioso
Fiscal e Aduaneiro deste Tribunal em que é Exequente ADMINISTRA-
ÇÃO GERAL TRIBUTÁRIA, com sede na Rua Teresa Afonso, nº 2,
em Luanda, é citado o Executado Senhor MARTIN HUGH TALBOT,
casado, residente na Rua Manuel Bernardo, n.º 34/ 5º e 6º andares,
Distrito Urbano da Ingombota, Administrador da Executada, e actual-
mente em parte incerta, deduzir oposição, no prazo de 10 (Dez) dias
que começa a correr depois de finda a dilação de 10 (Dez) dias, con-
tada da data da segunda e última publicações do edital.

Nesta acção o Exequente pede o pagamento da dívida ou nomear

bens à penhora, conforme tudo melhor consta do duplicado que se
encontra à sua disposição, no Cartório deste Tribunal.

Luanda, 16 de Janeiro de 2018

A JUÍZA DE DIREITO
ANABELA MENDES VIDINHAS
O ESCRIVÃO DE DIREITO
OSVALDO RUFINO
(100.107b) (2243)

FUNDO DE APOIO SOCIAL

PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL

ANÚNCIO
CONCURSO PÚBLICO PARA CONSULTORIA
DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DA FASE PILOTO DO
PROGRAMA DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO E SANITÁRIO - ADECOS

Dnt. N.º FED/2012/021-647-UE

Referência N.º 001-C/FAS-PDL-BGO/18-UE

O Governo da República de Angola recebeu uma doação da União Europeia para custear o Projecto de Desen-
volvimento Local – PDL, a ser implementado pelo Fundo de Apoio Social (FAS) no período de 2011 a 2018 que
tem como finalidade melhorar o acesso das populações a serviços sociais básicos e oportunidades económicas,
bem como aumentar as capacidades de planeamento e gestão do desenvolvimento local dos Municípios alvo.
O referido projecto compreende três componentes, de entre as quais o ciclo de investimento participativo e de
desenvolvimento local, com os ADECOS (Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário) como parte in-
tegrante.

O Fundo de Apoio Social convida às empresas ou organizações elegíveis a apresentarem uma manifestação
de interesse para o "desenvolvimento do estudo de avaliação da fase piloto do programa de Agentes de
Desenvolvimento Comunitário e Sanitário" (ADECOS).

As empresas ou organizações serão seleccionadas de acordo com os procedimentos contidos nas Directrizes
do Banco Mundial: Selecção e Contratação de Consultores [em Empréstimos BIRD e Créditos AID & Garantias]
pelos Mutuários do Banco Mundial (publicado em Maio de 2004, revistas em 1 de Outubro de 2006, e Maio de
2010).
As empresas/organizações interessadas poderão obter os termos de referência no endereço abaixo indicado
das 8h00 às 15h30 e as manifestações de interesse deverão ser entregues no mesmo endereço até ao dia 3
de Março de 2018.
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16 de Fevereiro de 2018 13
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923783424, 925210882.
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28 anos. Tlfs: 926573460,
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noções de Contabilidade.
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Informática e atendedor
de abastecimento. Tele-
fone: 921520383 (2719)
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no Lubango. Tlfs: 923407308,
923407309. (2342)
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS
A Cabinda Gulf Oil Company Ltd (CABGOC), subsidiária da Chevron, figura entre as principais
empresas petrolíferas de Angola, e vem por este meio anunciar um concurso público para o forne-
cimento do seguinte material:
Concurso Público Número: RFBA-003-SS-2018
A contratada deverá prestar os serviços infra-mencionados nas instalações da Companhia:
• Eléctricos (Ex: Motores, Geradores, Caldeiras, Painéis de Controlo)
• Detectores de Fumo
• Instrumentação (Ex: Pressão, Sensores de Nível)
• Controlo & Automatização (Ex: Software personalizado)
• Canalização (Ex: Poços de água, Filtros, Saneamento)
• Mecânica (Ex: Compressores, Bombas, Ventiladores)
Estes serviços serão prestados nas instalações da Companhia no Malongo e na Cidade de
Cabinda.
O pessoal da Contratada deverá ter no mínimo cinco (5) anos de experiência na prestação dos ser-
viços de manutenção acima referidos. A Contratada deverá ser certificada e deverá ter as ferramen-
tas necessárias e equipamento para desempenhar o trabalho solicitado pela Companhia.
1.1 - A Contratada deverá fornecer pessoal qualificado para a prestação destes serviços. O pessoal
deverá trabalhar num regime de 5/2 e em turnos rotativos e comprometer-se em cumprir o prazo do
contrato na totalidade.
1.2 - A Companhia irá disponibilizar acomodação para duas posições que serão residentes no campo
para emergências.
1.3 - Será da responsabilidade da Contratada disponibilizar e assumir os custos inerentes de todo
o Equipamento de Proteção Pessoal (PPE) e substituí-los sempre que ocorram mudanças ou seja
necessário.
1.4 - Em virtude da continuidade do negócio a companhia irá fornecer certas ferramentas específicas
e máquinas de modo a permitir à contratada executar o trabalho de forma segura.
As empresas qualificadas que estejam interessadas em serem consideradas para o concurso acima
descrito poderão accessar a página www.chevroninangola.com, na secção de Fornecedores,
Concurso Público; preencher o formulário informativo do fornecedor e remeter para o endereço elec-
trónico concurso@chevron.com no prazo definido na página da internet.
Cabinda Gulf Oil Company Limited
Edifício da Chevron – Chicala
Nova Marginal
Caixa Postal 2950, Luanda,
República de Angola
(100.106)
ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS
A Cabinda Gulf Oil Company Ltd (CABGOC), subsidiária da
Chevron, figura entre as principais empresas petrolíferas de
Angola, e vem por este meio anunciar um concurso público
para o fornecimento do seguinte material:
Concurso Público Número: RFBA-006-PROC-2018
CABGOC – Cabinda Gulf Oil Company, procura através
deste anúncio potenciais fornecedores para fornecimento de
placas de aço pré-cortadas in varias dimensões.
A especificação do material e o respetivo desenho técnico,
será providenciado a todas as partes que responderem a este
anúncio.
As empresas qualificadas que estejam interessadas em
serem consideradas para o concurso acima descrito poderão
accessar a página www.chevroninangola.com, na secção de
Fornecedores, Concurso Público; preencher o formulário in-
formativo do fornecedor e remeter para o endereço electró-
nico concurso@chevron.com no prazo definido na página
da internet.
Cabinda Gulf Oil Company Limited
Edifício da Chevron – Chicala
Nova Marginal
Caixa Postal 2950, Luanda,
República de Angola
(100.106b)
15
PUBLICIDADE
ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS
A Cabinda Gulf Oil Company Ltd (CABGOC), subsidiária da Chevron, figura
entre as principais empresas petrolíferas de Angola, e vem por este meio anun-
ciar um concurso público para o fornecimento do seguinte material:
Concurso Público Número: RFBA-005-SS-2018
Fornecimento de Extintores de Fogo e Serviços de Manutenção:
Esta Contratada fornecerá extintores de incêndio e realizará serviços de manu-
tenção visitando escritórios, residências e outras instalações da Companhia em
Luanda, que inclui o seguinte:
• Responsável pela inspeção completa dos extintores de incêndio, conforme ne-
cessário e conforme solicitado pela Companhia
• A Contratada fornecerá documentação de apoio para cada inspeção exigida,
confirmada pela assinatura do representante da Companhia no local.
A Contratada deverá cumprir e trabalhar em estreita colaboração e de acordo
com os requisitos do nosso de departamento de HES (Saúde, Meio Ambiente e
Segurança).
As empresas qualificadas que estejam interessadas em serem consideradas
para o concurso acima descrito poderão accessar a página www.chevroninan-
gola.com, na secção de Fornecedores, Concurso Público; preencher o formu-
lário informativo do fornecedor e remeter para o endereço electrónico
concurso@chevron.com no prazo definido na página da internet.
Cabinda Gulf Oil Company Limited
Edifício da Chevron – Chicala
Nova Marginal
Caixa Postal 2950, Luanda,
República de Angola
(100.106a)
ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS
A Cabinda Gulf Oil Company Ltd (CABGOC), subsidiária da Chevron, figura entre as
principais empresas petrolíferas de Angola, e vem por este meio anunciar um concurso
público para o fornecimento do seguinte material:
Concurso Público Número: RFBA-004-SS-2018
A contratada deverá prestar os serviços inframencionados nas instalações da
Companhia:
• Carpintaria -Teto, Foro, Janelas, Portas, Fechaduras para portas, Mobília de Madeira,
Calhas, Portas de Correr, Portas para Chuveiro e Fechaduras Eletrónicas.
• Estação de Preparação de Cimento - Betão Misto
• Pedreiros - Pavimentos, Paredes e Telhas Cerâmicas.
Estes serviços serão prestados nas instalações da Companhia no Malongo e na Cidade
de Cabinda.
O pessoal da Contratada deverá ter no mínimo cinco (5) anos de experiência na presta-
ção dos serviços de manutenção acima referidos. A Contratada deverá ser certificada e
deverá ter as ferramentas necessárias e equipamento para desempenhar o trabalho so-
licitado pela Companhia.
1.1 - A Contratada deverá fornecer pessoal qualificado para a prestação destes serviços.
O pessoal deverá trabalhar num regime de 5/2 e em turnos rotativos e comprometer-se
em cumprir o prazo do contrato na totalidade. A Companhia não irá providenciar acomo-
dação no campo para o pessoal da Contratada.
1.2 - Será da responsabilidade da Contratada disponibilizar e assumir os custos inerentes
de todo o Equipamento de Proteção Pessoal (PPE) e substituí-los sempre que ocorram
mudanças ou seja necessário.
As empresas qualificadas que estejam interessadas em serem consideradas para o con-
curso acima descrito poderão accessar a página www.chevroninangola.com, na secção
de Fornecedores, Concurso Público; preencher o formulário informativo do fornecedor e
remeter para o endereço electrónico concurso@chevron.com no prazo definido na pá-
gina da internet.
Cabinda Gulf Oil Company Limited
Edifício da Chevron – Chicala
Nova Marginal
Caixa Postal 2950, Luanda,
República de Angola
(100.106c)
16 Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018

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(100.088)

“O RECENSEAMENTO MILITAR
(400030)

JÁ COMEÇOU”
UNIVERSIDADE

2018
METODISTA

DE 4 DE JANEIRO
DE ANGOLA

A 28 DE FEVEREIRO
................................................................................................................................... ANÚNCIO DE VAGA
A Universidade Metodista de Angola tem aberto concurso público para o
preenchimento do seu quadro docente, nas seguintes áreas ciêntíficas:
 Engenharias (Informática, Civil, Mecatrónica, Industrial e Sistemas
Eléctricos);

 Saúde (Fisioterapia, Cardiopneumologia, Enfermagem);

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL
 Ciências do Desporto;
O Processo do Recenseamento Militar já começou em
todo o País.  Biologia.

Requisitos Necessários:
Se é Angolano do sexo masculino, nascido no ano 2000,
Preferencialmente candidatos com o grau de Doutoramento, Mestrado
faça já o seu Registo Militar obrigatório, na Administração ou Especialização na área ciêntífica a que se candidata.
Municipal ou Comunal da sua área de residência.
Documentos Necessários:
Se reside no Estrangeiro, dirija-se ao Posto Consular. 1. Diplomas (devidamente reconhecidos pelo INAAREES);

Ingressar nas Forças Armadas é cumprir o nosso dever 2. Fotocópia do B.I ou Cartão de Residente (se for estrangeiro)
para com a Pátria. 3. Carta de apresentação e CV;
As candidaturas deverão ser enviadas pelo endereço electrónico:
candidatura.docente@uma.co.ao até ao dia 15 de Fevereiro de 2018.

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL Os Recursos Humanos

(1479) (2668)
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018 17
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(100.097)
18 NECROLOGIA Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018

RECORDAÇÃO RECORDAÇÃO RECORDAÇÃO MISSA

PALMIRA MARIA DA SILVA NETO

(Mãe Palmira)

Francisco Luís Neto (esposo), Alexandre Martins, Domingas

PEDRO HELENO
PEREIRA DUARTE
Já se passaram 4 anos, habituaste-nos
a ouvir que viverás mais de 100 anos,
afinal enganaste a todos . Hoje sabemos
que isso foi uma maneira que arranjaste
para não nos ver sofrer e termos a espe-
rança que tudo iria melhorar, mas tu
sempre soubeste que não seria assim.
Só Deus para acalentar os nossos corações.
Recordação da tua família com muitas
saudades. (2722)
FALECEU
GARCIA DE OLIVEIRA
DOMINGOS (Cristo)
Hoje lembramos com muita dor a tua
partida prematura, mas consola-nos
saber que estás em paz, num lugar cheio
de luz. Em tua memória rezaremos Missa,
amanhã, sábado, dia 17 de Fevereiro de
2018, pelas 6h30, na Igreja São Francisco
de Assis, em Viana .Que a tua alma des-
canse em paz. (2725)
FALECEU
POMPEU FERREIRA
DE ALMEIDA
Que dia tão triste o 17 de Fevereiro de
2017. Nunca será o mesmo sem ti meu
amado pai. Sinto muito a tua falta em tudo.
Hoje eu sei o verdadeiro sentido da saudade
e a falta que me fazes. Saudades eternas
hoje e sempre da tua filha querida que
muito te ama. Serás sempre vivo meu papá.
Lembra-te Wilma dos Santos F. de Almeida
Manuel. (2592)
FALECEU
Martins, Pascoal Martins Neto, Felizardo Martins, Venância Neto,
Francisco Luís, Silva Martins, Maria Francisco Neto Neves, Palmira
Mariana Martins, Felicidade de Jesus Martins (filhos), netos,
sobrinhos e demais familiares comunicam a todas as pessoas da
sua relação que é rezada a Missa do 30º Mês, em memória de
PALMIRA MARIA DA SILVA NETO (Mãe Palmira), hoje, terça-
feira, 16/2/2018, às 18h30, na Igreja da Sagrada Família. Desde
já, agradecem a vossa comparência a este piedoso acto. (2728)
RECORDAÇÃO
JOSÉ FRANCISCO CORREIA
Querido pai! Mesmo sabendo que um dia a vida termina, custa-
nos acreditar que já não estás entre nós. passado um ano, os
nossos corações continuam dilacerados. Resta-nos rezar Missa
em tua memória, no sábado, dia 17/2/2018, na Igreja Santíssimo
Redentor (Centralidade do Kilamba), às 6h30. Recordam-te
teus filhos, irmãos e demais familiares. Que a tua alma repouse
em paz. (2795)

FALECEU

EDUARDO CÂNDIDO
DA SILVA LIUNTO
A STAR VISA - Transporte e Serviços,
Lda. cumpre o doloroso dever de comu-
nicar o falecimento do seu trabalhador
EDUARDO CÂNDIDO DA SILVA LIUNTO,
ocorrido no passado domingo. O funeral
realiza-se amanhã, sábado, dia 17 de
Fevereiro de 2018, no cemitério de
Sant'Ana, pelas 10h00. (2724)
BEATRIZ BERNARDO
CHIVINDA
Emília Chivinda, Orlando Chivinda,
António Chivinda, Abreu Chivinda
(irmãos), filhos, sobrinhos, tios, primos
e demais familiares comunicam o fale-
cimento de sua querida BEATRIZ BER-
NARDO CHIVINDA, ocorrido no dia 12
de Fevereiro de 2018, por doença.
O funeral realiza-se hoje, sexta-feira,
dia 16/2/18, no cemitério de Sant´Ana,
pelas 11h00. (2702)
JOÃO MACEDO GREGÓRIO
Luís Gregório Neto e Antónia Henriques
Macedo Gregório (pais), Kátia Gregório
(esposa), Nelson Gregório, Sula Gregório,
Edna Gregório(irmãos),Jessica Gregório,
Josemar Gregório, Daliano Gregório (filhos)
e demais familiares comunicam o falecimento
de JOÃO MACEDO GREGÓRIO, ocorrido
no dia 12/2/2018. O óbito decorre no B. da
Fubu. O funeral realiza-se sexta-feira, às
10h00, no cemitério do Benfica. (2713)
PAULO FRANCISCO GONÇALVES
Zeferino B. Gonçalves e Nazaré Domingos Francisco(pais),
Manuela Gonçalves, Ericson Gonçalves, Érica Gonçalves (filhos),
Bernardino Neto, Mateus Francisco(tios) e demais familiares
comunicam o falecimento de seu ente querido PAULO FRANCISCO
GONÇALVES, ocorrido dia 12/2/18. Óbito decorre na C9 de baixo.
O funeral realiza-se hoje, dia 16/2/18, no cemitério do Benfica,
às 10h00. (2790)

RECORDAÇÃO FALECEU FALECEU FALECEU RECORDAÇÃO

LOPES KUMPOVISI
Os descendentes Kumpovisi (Lopes
Kumpovisi) felicitam o seu octogésimo
sexto aniversário efectuado aos 15 de
Fevereiro de 2018, quinta-feira, se em
vida estivesse. Recordam-te com carinho
e memória. (2726)
EDUARDO CÂNDIDO
DA SILVA LIUNTO
As famílias Liunto e Pereira da Silva
cumprem o doloroso dever de comunicar
o falecimento do seu ente querido
EDUARDO CÂNDIDO DA SILVA LIUNTO,
ocorrido no dia 11/2/2018, por doença,
O funeral realiza-se amanhã, sábado,
dia 17/2/2018, no cemitério de Sant´Ana,
às 10h00. (2776)
EDUARDO CÂNDIDO
DA SILVA LIUNTO
Elsa Liunto Costa e Carlos Heyta Liunto
(irmãos), Nicola Liunto e Marco Liunto
(filhos) e demais familiares cumprem o
doloroso dever de comunicar o falecimento
do seu ente querido EDUARDO CÂNDIDO
DA SILVA LIUNTO, ocorrido no dia
11/2/2018, por doença. O funeral rea-
liza-se amanhã, sábado, dia 17/2/2018,
no cemitério de Sant'Ana, às 10h00.
(2774)
ISABEL DA CONCEIÇÃO
MARTINS
António Afonso (esposo), Mariana Fer-
nandes, Acácia Afonso, Joana José (filhos),
Luzia Martins, João Gomes (irmãos) e
demais familiares comunicam o faleci-
mento de sua querida ISABEL DA CON-
CEIÇÃO MARTINS , ocorrido dia 14/2/2018
por doença. O funeral realizar-se-á em
data a anunciar oportunamente. (2764)
HÉRICLES DILANE
DO VALE E SILVA
Querido Hery: as lágrimas que teimo-
samente correm nos nossos rostos são
apenas a expressão da nossa fraqueza
humana, de resto, temos a real certeza
de que te encontras no Reino Celestial.
Recorda-te a tua família. (2799)

MISSA MISSA MISSA MISSA FALECEU

ELVIRA DAS DORES DE AMORIM
ASSUNÇÃO NELUMBA (Vivi)
Dino Nelumba (esposo), Dário Miguel,
Gizela Nelumba, Ezio Nelumba e Joel
Nelumba (filhos) comunicam que será
rezada Missa do 30º Dia, em memória
de sua querida ELVIRA DAS DORES DE
AMORIM ASSUNÇÃO NELUMBA (Vivi),
segunda-feira, 19/2/2018, às 18h00, na
Casa dos Frei Dominicanos, Capela de
São Tomás de Aquino (Nova Vida). (2765)
ELVIRA DAS DORES DE AMORIM
ASSUNÇÃO NELUMBA (Vivi)
Natália Borges da Cunha e filhos comu-
nicam que será rezada Missa do 30º Dia,
em memória de sua querida ELVIRA
DAS DORES DE AMORIM ASSUNÇÃO
NELUM BA (Viv i), segunda-feira,
19/2/2018, às 18h00, na Casa dos Frei
Dominicanos, Capela de São Tomás de
Aquino (Nova Vida). (2766)
ELVIRA DAS DORES DE AMORIM
ASSUNÇÃO NELUMBA (Vivi)
A família Nelumba comunica que será
rezada Missa do 30º Dia, em memória
de sua querida ELVIRA DAS DORES DE
AMORIM ASSUNÇÃO NELUMBA (Vivi),
segunda-feira, 19/2/2018, às 18h00, na
Casa dos Frei Dominicanos, Capela de
São Tomás de Aquino (Nova Vida). (2767)
ESPERANÇA VIEIRA DO
NASCIMENTO (Panchita)
Jacinta Narciso, Júlia Narciso Pegado
(filhas), genros, netos, bisnetos e demais
familiares comunicam que será rezada
Missa do 30º Dia, em memória de sua
querida ESPERANÇA VIEIRA DO NAS-
CIMENTO (Panchita), hoje, sexta-feira,
16/2/2018, às 18h00, na Igreja da Sagrada
família. Que a sua alma descanse em paz.
(2734)
PAULO FRANCISCO
GONÇALVES
Nelson Francisco Gonçalves, António
Francisco (irmão Tony), Mateus Francisco,
Ana, Bela, Irene (irmãos) e demais fami-
liares comunicam o falecimento de seu
ente querido PAULO FRANCISCO GON-
ÇALVES( Palucho), ocorrido dia 12/2/18.
O óbito decorre na C9 de baixo. O funeral
realiza-se hoje, sexta-feira, dia 16/2/18,
no cemitério do Benfica, às 10h00. (2791)

SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018 19
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QUARTA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Benguela, Bié, Cuanza-Sul e Huambo)

EDITAL Nº 8

Nara Djamila Bernardo Júnior, do Quadro Técnico da Administração Geral Tributária e Directora Regional Tributária da 4.ª Região, faço saber que a
mercadoria abaixo indicada, encontra-se no Porto Comercial do Lobito,há mais de sessenta (60) dias sob controlo aduaneiro, pelo que será vendidas
em hasta pública dez dias úteis após a publicação do Edital, conforme o preceituado na alínea a) do n.º 1 do art.º 462, da alínea a) do n.º 5 do
artigo 480.º, do n.º 1 do artigo 483.º e do n.º 1 do artigo 488.º todos do Código Aduaneiro em vigor, conjugado com o artigo 10.º do Decreto Executivo
Conjunto n.º 12/95, de 28 de Abril.

O leilão será realizado no Recinto Portuário do Lobito, na área adjacente ao Scanner, às 9 horas.
Lote n.º Qtd Qld Marcas/Nrs Designação da Mercadoria Valor /licitação Meio de Data de Agência Conhecimento Importador
Modelo em Kzs Transporte chegada c/mª de Embarque

PONU4986329 Carne de Búfalo – Origem:

01 2.850 Cartões PONU4502403 India – Produção: 5/2017 21.830.887,00 SAFMARINE 2017/123 MAERSK 961220851 LEONOR CARRINHO &
Caducidade: 10/2018. V.1709 09.08.17 FILHOS, LDA

E, para constar, se deu a este edital a devida publicação legal.

Quarta região tributária aos,9 de Fevereiro de 2018.

A DIRECTORA REGIONAL

Nara Djamila Bernardo Júnior

(100.110b)

NECROLOGIA

FALECEU FALECEU RECORDAÇÃO FALECEU

SIMÃO DA VEIGA

SIMÃO DA VEIGA
Margareth, Yuri, Cláudia, Albertina, Neusa,
Nadia, Rute, Bino, Majó, Marco, Vânia, Iria,
Etelvina, Vanessa, Popas, Edson, Fofo, Ema,
Monica, Ary, Walter, Malene, Carlinhos,
Dário, Fabio (netos); Comunicam o falecimento
do seu ente querido SIMÃO DA VEIGA. O
funeral realiza-se hoje, sexta-feira, dia 16
de Fevereiro de 2018, às 15h00, no cemitério
de Caneças, Lisboa-Portugal. (2712)
SIMÃO DA VEIGA
Yura, Fifo, Daniel, Danna, Kimmy, Yolaine,
Beatriz, Marina, Luna, Lara, Yasmin, Júnior,
Stephan, Mya, Paloma, Stelvio, Marcelo,
Larissa, Vanessa, Ruben, Eloá, Kelvin, Paulo
(Bisnetos), Comunicam o falecimento do
seu ente querido SIMÃO DA VEIGA. O funeral
realiza-se hoje 16/2/2018, às 15h00, no
cemitério de Caneças, Lisboa-Portugal.
(2637)
CARLOS MANUEL DA SILVA
Esta é a recordação de aniversário mais
triste. Não há festa e no lugar de risos
regressam as lágrimas de saudade e tristeza.
A sua ausência ainda dói e doerá para
sempre. Sinto tanto a tua falta, meu pai.
Passe o tempo que passar, esta data sempre
será lembrada com dor. Recordam-te
com muita saudades os teus filhos Arnaldo
Silva e Ana Maria da Silva. (2813)
Margarida da Luz Pinto Veiga (esposa), José Rui Pinto Veiga (Rui),
José Pedro Pinto Veiga (Zé Pedro), Maria de Lurdes Veiga da Silva
(Milú), Maria Filomena da Veiga Cardoso (Memena), Maria de
Fátima Veiga Vilela (Fatinha), Marie Madeleine Pinto Veiga (Lena)
e Emmanuel da Veiga (Manú) filhos; genros e noras, comunicam
o falecimento do seu ente querido SIMÃO DA VEIGA. O funeral
realiza-se hoje 16 de fevereiro de 2018, às 15h00, no cemitério
de Caneças, Lisboa-Portugal.
(2622R)
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MISSA FALECEU CONDOLÊNCIAS

FILOMENA BENTO FELISBELA DE FÁTIMA DA FELISBELA DE FÁTIMA DA

FRANCISCO
Ernesto António, Isabel António, Rosalva
António Leize António, Beatriz António,
Geovânia António, José Lourenço, Lisdália
Lourenço e Aurélio Lourenço (filhos),
genros e noras comunicam que será
rezada Missa do 30º Dia, em memória
de FILOMENA BENTO FRANCISCO, na
Igreja Santíssimo Nome do Senhor, na
Tourada, amanhã, sábado, dia 17/2/18,
às 7h00. (2808)
CONCEIÇÃO WEDEINGUE (Fató)
A família Wedeingue comunica o fale-
cimento da sua querida FELISBELA DE
FÁTIMA DA CONCEIÇÃO WEDEINGUE
(Fató), ocorrido no dia 12/2/2018, em
Luanda. O funeral realiza-se amanhã,
sábado, 17/2/2018, partindo o préstito
fúnebre do Bairro Cassenda, Rua 8, Bloco
90, onde decorre o óbito, às 11h00, para
o Cemitério do Benfica. (2803)
CONCEIÇÃO WEDEINGUE ( Fató)
Foi com profunda dor e consternação, que
a Direcção do Grupo Farmaluanda "Farmácia
Alvalade Gika Ultramar" tomou conhe-
cimento do passamento físico da senhora
FELISBELA DE FÁTIMA DA CONCEIÇÃO
WEDEINGUE (Fató). Neste momento de
dor e luto, inclina-se perante a memória
da finada e apresenta à família enlutada
os profundos sentimentos de pesar. (2804)
20 Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018

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TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

DIRECÇÃO TÉCNICA
PRIMEIRA REPARTIÇÃO FISCAL DE LUANDA

NOTIFICAÇÃO
Notificam-se os contribuintes constantes da presente lista que, deverão comparecer na Repartição Fiscal acima referida, sita na rua Rainha
Ginga número 83 R/C, com efeito imediato à presente publicação, a fim de tratarem de assuntos relacionados com a vossa situação fiscal,
nomeadamente a entrega da Declaração Modelo N.º 1 do Imposto Industrial relativo ao exercício fiscal de 2016 em falta.

Para efeitos da presente, consideram-se notificados os seguintes contribuintes:

N.º CONTRIBUINTE NIF N.º CONTRIBUINTE NIF N.º CONTRIBUINTE NIF

6070 Pilares Angola, Lda 5417115177 6163 Visão Inteligente, Lda 5417072010 6256 Cupemba - Txifutxi, Lda 5417343579
6071 Duc Giang Angola, da 5417115193 6164 Masonama Comercial, Lda 5484020689 6257 Coimpre, Lda 5417343633
6072 Kat - Angola, Lda 5417115207 6165 Robsam Promoções (Su), Lda. 5484020743 6258 Centro Infantil Pedacinho do Céu (Su), Lda 5417343692
6073 Logserv,Lda 5417115215 6166 Gira Liga Holdings, Lda 5417383031 6259 Consultoria Org. e Reestruração Emp., Lda 5417343706
6074 Qi Avançado, Lda 5417115274 6167 Daris Angola-Consult. e Pres. de Serviços (Su),Lda 5417383082 6260 Socultura, Lda 5417343790
6075 Findmore- Consultores It, Limitada 5417115312 6168 Saecites,Lda 5417004650 6261 Grupo Grande Império, Lda 5417343978
6076 Valau-Tecnologia de Informação de Angola, Lda 5417115320 6169 Kinar - Soc. de Ges. de Neg. e Investimentos, Lda 5417383449 6262 Ayle, Lda 5417344168
6077 Edalpnu, Lda 5417115550 6170 Olunjinji, Lda 5417190845 6263 Sky Building-Group,Lda 5484007720
6078 Margy Empreendimentos, Lda 5417120383 6171 Geo - Ambiens, Lda 5417188859 6264 Jorge Catundo - Com. e P. de Serviços (Su), Lda 5417344885
6079 Ponto de Água Sistema de Tratamento de Água, Lda 5417120391 6172 By Pass Investiment, Lda 5417186953 6265 Hosters- Angola, Lda 5417357588
6080 Cowiltech, Lda 5417120421 6173 Helcias Investment, Lda 5417188506 6266 Organizações Adc Carila (Su) , Lda 5417357693
6081 Angobay, Lda 5417120430 6174 Nokil Travel, Lda 5417170887 6267 Grupo Armenio Alexandre Lopes 5401183666
6082 Organizaões Camatunga, Lda 5417120456 6175 Sagepa -Construção C.R.e M.de O.P.e Privadas,S.A 5417175161 6268 W.J.I.S., Lda 5417262080
6083 Cmgm Investiment,Lda 5417099198 6176 Cagesp - Consultoria, Lda 5417186929 6269 Pagisoft-Engenharia & Eng. & Informática, Lda 5417025135
6084 Sicass- Angola Limitada 5401177615 6177 O.e - Obras e Energia, Lda 5417008613 6270 Globalgrupo-Sociedade Imobiliária , S.A 5417025151
6085 Refresh-Consultoria Com,P e P de Serviços,Lda 5417098108 6178 Transtir- Transportes Terrestres, Limitada 5401162812 6271 A.J.Silva Comercial, Lda 5417025178
6086 Luz da Tarde Business,Lda 5417098132 6179 Griangol- Com. Ger. Agro-Pec. Imp.Exp., Lda 5410001443 6272 Leadership & Management Center, Lda 5417025186
6087 Francisco Cunha Comercial, Limitada 5484018773 6180 Double Energy- Angola Investments, Lda 5417158763 6273 Drina - Construções, Lda 5417025194
6088 Ascucu -Comércio Geral, Lda 5417073628 6181 Egeon Service ,Lda 5417158801 6274 Vissupe (Su), Lda 5417415421
6089 Castro & Kassaquela ,Lda 5417073644 6182 Jusimed ,Lda 5417158860 6275 Kanda Kasobwa (Su), Lda 5417357561
6090 Inipress,Lda 5417073687 6183 Aeg-Project & Investiment ,Lda 5417158879 6276 M.L.A.D., Lda 5417382507
6091 Sshs-Sociedade de Serviços H. e Similares, Lda 5417071773 6184 Grapa - Prestação de Serviços, Lda 5417160555 6277 Plan B Logistics, Lda 5417382590
6092 Wsm Group- Comércio Geral Import. e Export. Lda 5417071889 6185 W.e.N.T.e.R. Investimentos, Lda 5417160610 6278 3r -Recolher ,Reciclar e Reutilizar ,Lda 5417382663
6093 Gsdx-Transportes Rodoviarios e Abastecimentos, Lda 5417071935 6186 Plusinvest, Lda 5417160636 6279 Suaveclima ,Lda 5417382671
6094 Bem Estar Construtora ,Lda 5417071943 6187 Telescan Internacional- Telec. e Sistemas,Lda 5417160652 6280 Damoi, Lda 5417144398
6095 Auto-de Miranda & Anita, Lda 5417071358 6188 Mazobel, Lda 5417160695 6281 Obrafrica Trading, Limitada 5401167407
6096 Jfpi Corporation, Lda 5417071382 6189 Mebon Capital -Comércio e Investimentos,Lda 5417161594 6282 Odsa - Soc.de Empreendimentos e Participações, Lda 5401167415
6097 Forefront Investimentos (Angola),S.A 5417026328 6190 Stock Cargo, Lda 5417162116 6283 Kulurica, S.A. 5401167431
6098 Firstech - Informática Serviços e Tecnologia ,Lda 5417026417 6191 Grupo 3 Perólas, Lda 5417162124 6284 Galucar, Limitada 5401167458
6099 Bicho Comeu, Lda 5417078719 6192 Investcorp, Lda 5417162140 6285 Empresas de Aguas Natural Welwistcha, Lda. 5401167474
6100 Baerijaan-Comércio Geral, Lda 5419000601 6193 Franc Hurst- Group, Lda 5417162183 6286 D´Paula & Silva - Pura Intimidade Lda 5417026557
6101 e.F.R. Comercial-Comércio Geral, Lda 5417071447 6194 Ioluana, Lda 5417162221 6287 Academia Didactica, Lda 5417386065
6102 Kuburnel Construções, Lda 5417071455 6195 Amuni - Consultoria, Lda 5417132225 6288 Seis & Oito (Su), Lda 5417386081
6103 Vida Facil, Lda 5417071471 6196 Melsem, Lda 5417132241 6289 Lucosantos-Comércio G.e Pres.de Serviços (Su),Lda 5417475874
6104 Mg & Fm- Construção e Prestação de Serviços, Lda 5417071498 6197 Decathlon Marketing And Sports, Lda 5417132349 6290 Kilhofas & Filhos, Limitada 5151010565A
6105 Sonarse Comércio Geral Lda 5417130214 6198 Odiluz, Lda 5417427497 6291 Silvio & Teresa, Limitada 5401167628
6106 Todoil ,Lda 5417130222 6199 Cozinha do Planalto, Lda 5417132357 6292 Nonius, Lda 5417012696
6107 Juliana & Sandra Lda 5417130249 6200 Isamat & Filhos, Lda 5417132365 6293 M.F.J.K-Empreendimentos, Lda. 5417475971
6108 Grupo H.A.N- Empreendimentos, Lda 5417130290 6201 Marcadex Angola, Lda 5417132373 6294 Mama Dois-Comércio Geral (Su), Lda. 5417476030
6109 Livala, Lda 5417130460 6202 Dixita - Emp. de Saneam. Bas. e Limp. Urbana, Lda 5417132381 6295 Aragon, Lda 5417027685
6110 Organizações Francisco Lunga & Filhos Limitada 5419007134 6203 Jjag-Global Vision, Lda 5417132390 6296 Aneco Oil & Gás - Prestação de Serviços, Lda 5417477079
6111 Kissubo Com. Agro-Pec. Com. Ger e Prest de Ser.Lda 5419009293 6204 Epfoc, Lda 5417132403 6297 Equestre Ledhorses And Lounge- P. de Serviços, Lda 5417477133
6112 Nelanday, Limitada 5419009331 6205 Grupo Seneuswil & Filhos S.A 5417132420 6298 Smpp- Trading, S.A 5417477150
6113 Hotel Barra do Kwanza, Lda 5419009722 6206 Vise & Amiss, Lda 5417132438 6299 R.G.Art.T 94 - Consultoria e Imagem (Su), Lda 5417478237
6114 Manadel (Su), Lda 5417343854 6207 Costura Certa - Produções, Lda 5417142778 6300 Locksmith - Comércio A Grosso e A Retalho, Lda 5417478288
6115 U.L.A. - Union Logistics Angola, Lda 5417343862 6208 Organizações Longabica, Lda 5417142824 6301 Ritef - Comercial, Limitada 5419015340
6116 Glória Vitória (Su), Lda 5417343897 6209 Grupo Elengi Eyee- Com.Ger.Import.Export.,Limitada 5401147007 6302 Golfe Ventures - Comércio e Serviços, Lda 5480036530
6117 Avelino Acçoes (Su) , Lda 5417356638 6210 Scc - Sociedade Comercial Camara, Lda 5401147074 6303 Casaba - Comércio e Serviços, Lda. 5480037030
6118 Happy Palce - Creche Atl e S.de Assis. Social,Lda 5417356670 6211 Marcfarmaceutica, Lda 5417129941 6304 Ubika- Investim.Partic.e Empreendimentos, Limitada 5401150016
6119 Kimagest - Hotelaria e Restauraçao, Lda 5417356689 6212 Soninvest, Lda 5417129984 6305 Equitrade- Comércio Geral, Import.Export, Limitada 5401150059
6120 M.M.F.L- Turismo, Prestação de Serv. Com.Geral,Lda 5417356727 6213 Cijolber (Angola), S.A 5417130010 6306 Crmr - Comércio Geral e Construção Civil, Limitada 5401164955
6121 Bito Jeronimo (Su) ,Lda 5417356816 6214 Aluminos Glass Serviços Lda 5417130150 6307 Se - Frente - Comércio e Indústria (Su), Lda 5417486361
6122 Afg-Inspecção Industrial, Lda 5417061662 6215 Grupo Vanoldi- Gest.de Empr.e Part.Financeira, Sa 5401147350 6308 Camuflage - Comerio e Serviços, Lda 5417486388
6123 Elekobe,Lda 5417356891 6216 Tchiesso- Soc.Gestão e Empreendimentos, Limitada 5401147376 6309 Companhia Secos da Ana-P.C. P. A.e P.Serviços, Lda 5417486418
6124 Irmãs Martins,Lda 5417356956 6217 Zosklay, Lda 5484014050 6310 Kacuala - Agro-Pecuária e Comércio, Lda 5417486450
6125 Aleks & K- Com.Ger.Constr.Civ.Transportes,Limitada 5401133120 6218 Rolisancha- Comércio Geral, Import. e Export., Lda 5401147503 6311 M.I.C.e.M.-Mwangole Imóveis-P. de Serviços(Su),Lda 5417486469
6126 Ladisfal, Lda 5417186392 6219 Loide - Comércio e Indústria, S.A.R.L. 5401147554 6312 Jameg, Lda 5417147702
6127 Vng - Business Mangement, Lda 5417356999 6220 Cgc-Sage - Consult.Gestão e Comércio, Limitada 5401147600 6313 Ssp- One-Soluções Services Provide,Lda 5417222909
6128 Queiros Ribeiro, Limitada/Filial 5417011363A 6221 Bgp Geophysical, Limitada 5401147619 6314 Grupo A.M-F.A. - Comércio G. Prest. Serviços, Lda 5417223077
6129 Dima - Comércio Geral, Import.Export., Limitada 5401173784 6222 Crigo Comércio G. e Prest. de Serviços, Lda 5417188875 6315 Etu,Kubanga ,Lda 5417146765
6130 Paviflex - Construção Imobiliária,S.A 5417056430 6223 Nf & Rf,Lda 5417179590 6316 Alonsa Grupo Electrónico-P. de Serviços, Lda 5417146854
6131 Mendos -Gestão e Serviços ,Lda 5417063665 6224 Regenera ,Lda 5417161241 6317 Sandson, Lda 5417146927
6132 Ambisan-Ambiente e Saneamento , Lda 5417063673 6225 Socilava-Indústria de Lavagem de Roupa, Lda 5417261548 6318 Kashivinguina & Filhos, Lda 5417146951
6133 Wanda Investimentos, Lda 5417063681 6226 Golfrate Holdings (Angola), Limitada 5410001435 6319 Grand Design Construção, Lda 5417147028
6134 Srh-Construction Group (Angola), Lda 5417063690 6227 Ckz - Construção e Indústria, Lda. 5401161263 6320 Uranus Management ,Lda 5417147036
6135 Essencial ,Lda 5417063738 6228 Tur Mundo - Hotelaria e Turismo, Limitada 5401161271 6321 Miguel A. da Silva Grupo, Lda 5417147060
6136 Eehlc-Projectos e Fiscalização,Lda 5417229300 6229 Ris Trading, Limitada 5401162839 6322 Gafra & Kj , Lda 5417147079
6137 Socinger- Sociedade de Investimentos, Lda. 5401144890A 6230 Constir Serviços, Lda 5417008664 6323 Songa Offshore Angola, S.A 5417147125
6138 Petrocan,Lda 5417229326 6231 Escola de Futebol Adao Costa, Lda 5417130850 6324 Ademan - Comércio Geral, Imp e Export, Lda 5417147150
6139 Irme,Pesca,Lda 5417229342 6232 Barmm Serviços Consultoria e Gestão Lda 5417130877 6325 Frangec , Lda 5417147168
6140 Catbro -Investimentos ,Lda 5417188514 6233 M2a Lda 5417130893 6326 Petroelavoko , S.A 5417147176
6141 Alfredofecas, Lda 5417190411 6234 Maxpro Angola-Consultoris P. e Sistemas, S.A 5417072036 6327 Calomboloca , Lda 5417147192
6142 Shoham, Limitada 5417190462 6235 Oikos Construções, S.A 5417072079 6328 Namona, Lda 5417145459
6143 Jocagest (Su), Lda 5417357294 6236 Space Creating, Lda 5417072087 6329 Mifi-Comércio Geral, Lda 5417145475
6144 Dirigatur Dei ,L da 5417357375 6237 Novbel Grupo, Lda 5417072095 6330 Terrinveste, Lda 5417145483
6145 Hubglobal Angola-Gest. Int.de Infra-Estruturas,Lda 5417357928 6238 Gestoequipo-Contr.Gest.Equip.Engenh.,Lda 5401072848 6331 Sf.Archistudio. Com, Lda 5417145491
6146 Noqui Petrol,Lda 5417357979 6239 Seas -Gestão e Exp. de Aterros Sanitarios ,Lda 5417007269 6332 I.&I.T.- Investigação e Inovação Tecnologica, Lda 5417145513
6147 Stana & Manga,Lda 5417358029 6240 Cestraver,Lda 5417007285 6333 Organizações Tchata-Comércio Geral, Lda 5401017910
6148 Aleocosm-Empreendimentos,Lda 5417357456 6241 Hedmalt,Lda ,Lda 5417007293 6334 Dora dos Sabores, Lda 5484010705
6149 Onsports, Lda 5417285064 6242 Genus Vitae-Gestão e Adm. de Condominios,Lda 5417007315 6335 Hf Pro -Solution, Lda 5480010069
6150 C.N.B.A - Comp. Nacional de Bebidas de Angola,Lda 5417357740 6243 Jotonita, Lda 5417289019 6336 R. Sakutambuca, (Su), Lda 5484015006
6151 Viana Barro- Imob.Constr.Obras Publicas, Limitada 5401149735 6244 Laranja-H.J. (Su), Lda. 5480012207 6337 Fisotelca-Comércio & Indústria, Limitada 5401167130
6152 Lakewood Expert - Consultoria e Gestão,Lda. 5417298565 6245 Kiana-Comércio e Prestação de Serviços, Lda. 5480003810 6338 Hidrageo, S.A 5417076058
6153 Namservices, Lda 5417302724 6246 Sossfrio,Lda 5484016363 6339 Marami-Comércio e Serviços, Lda 5417275255
6154 Rita Pinto Leite (Su),Lda 5417304310 6247 Think Link Smart , Lda 5484006341 6340 Carlymar , Lda 5417282790
6155 Mcss - Comércio Geral (Su), Lda 5417362727 6248 Mesa Cheia, Lda 5484006406 6341 Gil - Food- Prestação de Serviços, Lda 5484014085
6156 Soso/Lax Arte Contemporanea e Design, Limitada 5401143745 6249 Peuriques Kiala (Su) , Lda 5484006538 6342 Inbarry Comercial, Lda 5484014158
6157 Soloca-Soc. Aluguer e Repre. de Equipamentos, Lda 5419000482 6250 Nicolau António- Comercial (Su), Lda 5484009391 6343 Sodicor, Limitada 5401179456
6158 My Lady - Pronoiva Noivissima, Lda 5417161179 6251 Cavaki - Construção Civil e Obr. P, Lda 5484009413 6344 One-Select, Lda 5484017092
6159 J & Gilmar, Lda 5484014565 6252 Casa das Ideias, Lda. 5401144083 6345 4 Ceet- Four Cee Trading ,Lda 5417098833
6160 Medicenter - Serviços Medicos, Sarl 5401138822 6253 Minosoz - Serviços, Limitada 5401164947 6346 Angoprojectai-Comércio Geral,Import. e Export,S.A 5417098850
6161 Associacao Pesqueira Mupindao Rodriguez 5401138857 6254 Atelier do Lixo Ao Luxo Grupo, Lda 5417343390 6347 Apavi, Lda 5417100188
6162 Ngida & Filhos, Lda 5417071706 6255 Ferju Monteiro (Su) , Lda 5417343536 6348 Five Estatuto Road - Investimentos, Lda 5417100226

Devem no prazo de 30 (Trinta) dias, a contar da data da presente publicação, comparecer junto desta Repartição Fiscal para regularização das suas obrigações tributárias.
A não regularização no prazo definido levará as medidas legais adequadas, incluindo a suspensão do NIF (Decreto Presidencial N.º 66/11, de 18 de Abril).
(100.083)

O CHEFE DA REPARTIÇÃO
AFONSO EDUARDO DOS SANTOS (Continua na próxima edição)
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018 21
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(100.111)
22 Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018

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(100.103)
REGIÕES
16 de Fevereiro de 2018
MALANJE
Saúde pública
foi abordada
em palestra
A participação dos cidadãos
na resolução dos problemas
de saúde pública melhora o
estilo de vida dos mesmos,
pois conseguem estar mais
informados a respeito das
formas de transmissão e pre-
venção das várias doenças,
segundo a chefe do depar-
tamento de Saúde Pública
da Direcção Provincial da
Saúde, Yolanda Mote.
A responsável, que falava
durante uma palestra sobre
saúde pública e a participação
do cidadão, inserida nas fes-
tividades do 86º aniversário
da cidade de Malanje, assi-
nalado dia 13, sublinhou que
a saúde pública constitui a
arte de prevenir, promover
e prolongar a vida e que as
suas acções são reflectidas
a nível da comunidade, com
o envolvimento directo do
indivíduo.
EDUARDO CUNHA |EDIÇÕES NOVEMBRO
Prevenção de doenças está
entre as prioridades locais
Yolanda Mote disse tam-
bém que as medidas pre-
ventivas de certas patologias
ajudam a eliminar o fluxo
de doentes nas unidades hos-
pitalares, sendo por isso
necessário que os cidadãos
estejam, cada vez mais, aten-
tos às acções de prevenção,
por forma a contribuir para
a melhoria da saúde pública.
A prelectora referiu-se ain-
da à questão dos maus hábi-
tos alimentares dos cidadãos,
que, na sua opinião, têm con-
dicionado a melhoria da qua-
lidade e estilo de vida dos
mesmos.
O jurista Neves Moxi, que
dissertou sobre a descentra-
lização administrativa e o
poder local, apontou as ques-
tões ligadas ao aumento da
eficiência dos serviços públi-
cos, a melhoria da qualidade
dos serviços, responsabilidade
dos gestores da coisa pública
como as principais vantagens
da desconcentração.
Fez saber que a diferença
entre o poder local e a admi-
nistração local reside no facto
do primeiro ser exercido de
forma autónoma, como é o
caso das autarquias locais,
autoridades tradicionais e
outras associações. Já a admi-
nistração local, disse o pales-
traste, é uma extensão do
poder central ou a presença
objectiva do Presidente da
República nos municípios e
comunas. Malanje celebrou
86 anos desde que ascendeu
à categoria de cidade.
Osvaldo Ferraz
Sexta-feira
CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA
Deslocações da população à sede provincial está facilitada
Nova ponte melhora
acesso à Ngola Luíge
A circulação pela estrada
que liga a sede da província
à comuna do Ngola Luíge,
37 quilómetros a nordeste
de Malanje, está facilitada
com a inauguração, terça-
feira, de uma ponte metálica
com capacidade para supor-
tar 40 toneladas.
Com 12 metros de com-
primento e quatro de largura,
a ponte foi instalada por téc-
nicos locais do Instituto
Nacional de Estradas de
Angola (INEA), que garan-
tiram a circulação segura dos
automobilistas que frequen-
tam aquela via terciária, que
liga uma das importantes
comunas do município de
Malanje e o município de
Kiwaba Nzoge.
O director provincial de
Malanje do INEA, Eliseu
Cachimbombo, disse que a
ponte inaugurada vem subs-
tituir um ponteco instalado
de forma provisória, que ser-
via para a circulação de pes-
soas e bens. Garantiu que a
ponte, apesar de ser metálica,
pode ser considerada defi-
nitiva, pois tem boa garantia
de durabilidade.
COMBATE À RAIVA NO CUANZA-NORTE
Animais de estimação
vacinados na região
Um total de 2.455 caninos,
27 felinos e sete símios foram
vacinados durante o ano de
2017 em todos os municípios
da província do Cuanza-
Norte, pelo Departamento
Provincial de Veterinária, no
quadro da campanha anti-
rábica, anunciou ontem, em
Ndalatando, o chefe do Depar-
tamento de Veterinária da
direcção local da Agricultura
e Florestas.
João António Alfredo disse
que vacinar é uma neces-
sidade que se impõe, como
uma medida de prevenir e
controlar as doenças e evi-
tar grandes perdas econó-
micas em medicamentos e
tratamento.
O também engenheiro
zootécnico disse que na cam-
panha foram imunizados
contra a raiva o maior número
possível de animais de esti-
EDUARDO CUNHA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Eliseu Cachimbombo ape-
lou aos utilizadores a terem
em consideração a capaci-
dade de suporte da referida
ponte, para não danificá-la
em pouco tempo de uso, pois
o Estado gasta enormes
recursos financeiros para
repor muitas infra-estruturas
destruídas ao longo da guerra
que o país viveu.
No que toca à recuperação
da estrada, o responsável
considerou que as chuvas
que se abatem incessante-
mente na região inviabilizam
as acções programadas.
A administradora comu-
nal do Ngola Luíge, Filomena
Pedro, disse que com a inau-
guração da ponte ficam ultra-
passadas as dificuldades que
a população enfrentava ao
atravessar o rio.
Adão Alcides, um dos mora-
dores da comuna, disse que a
passagem de viaturas e outros
meios na anterior ponte, feita
provisoriamente de madeira,
criava enormes constrangi-
mentos aos seus utentes, pois
quando chovia as águas trans-
bordavam e a ponte era engolida.
Eduardo Cunha
mação, mas a insuficiência
de pessoal técnico, assim
como a inexistência de meios
rolantes de apoio, para res-
ponder e dar maior cober-
tura em todos os municípios
do Cuanza-Norte, foram os
maiores constrangimentos
registados.
Segundo João António
Alfredo, a situação agravou-
se ainda mais com o péssimo
estado das vias de acesso
para os municípios de Ngon-
guembo, Bolongongo, Qui-
culungo e Banga.
Apesar das dificuldades,
disse, foi possível imunizar
contra a raiva mais de 60%
dos animais de estimação
(cães, gatos e macacos) nas
áreas urbanas e rurais, sal-
vaguardando a saúde pública
animal, num balanço con-
siderado positivo.
Manuel Fontoura
EDUCAÇÃO NO CUNENE
Milhares de crianças
estão fora das escolas
Província necessita de mais salas de aula e professores
para inserir 30.599 alunos no sistema normal de ensino
No presente ano lectivo foram matriculados 243.353 alunos na província do Cunene
Elautério Silipuleni | Ondjiva
Um total de 30.599 crianças em idade
escolar vão ficar este ano lectivo fora
do sistema de ensino na província do
Cunene, devido à insuficiência de salas
de aula e de professores.
A directora provincial da Educação,
Ciência e Tecnologia no Cunene, Soraya
de Jesus Kalongela, disse ao Jornal de
Angola que a província tem um défice
de 1.500 professores e de salas de aula.
Salientou que para o presente ano
lectivo, a província vai contar com 6.336
professores em todos os subsistemas de
ensino, para atender um universo de
cerca de 243.353 alunos matriculados.
Mesmo sem apontar números, a
responsável da Educação no Cunene
disse que em relação ao ano anterior
houve uma diminuição considerável
de alunos fora do sistema de ensino. “Na
medida em que vão sendo construídas
mais escolas e o recrutamento de mais
professores, também se vai reforçando
o programa de alfabetização e aceleração
escolar que vai reduzindo o número
de crianças e adolescentes fora do sis-
tema normal de ensino e aprendiza-
gem”, acrescentou.
Disse que este ano lectivo, a cifra
de crianças fora do sistema de ensino
é superior a 30 mil crianças e temos
algumas escolas com turmas superlo-
tadas. “O normal era termos 35 alunos
dentro da sala de aula, mas há escolas
em que temos 40 e 45 alunos, isto porque
estamos a fazer tudo para diminuir o
número de crianças fora do sistema de
ensino”, disse a directora provincial da
Educação, para quem há mais crianças
a ingressar no sistema.
A responsável da Educação lembrou
que as escolas na província do Cunene
estão distribuídas em 792 para o ensino
primário, 56 para o I ciclo do ensino
secundário, 20 para o II ciclo do ensino
secundário. Soraya Kalongela afirmou
que do universo de escolas constam
quatro novas escolas, sendo três para
ensino primário, que perfazem 21 novas
salas de aula, e uma do I ciclo do ensino
secundário, com 24 salas de aula.
A directora da Educação recordou
que o Ministério propõe como desafios
para o período 2018-2022 o fomento
23
MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO
da educação pré-escolar, do ensino pri-
mário, secundário, técnico-profissional,
formação de professores e a intensificação
de acções de alfabetização.
Disse haver ainda dificuldades “mas
não estamos muito mal, todos os sub-
sistemas do ensino na província fun-
cionam. Oferecemos às crianças e aos
jovens escolas desde o ensino primário
até ao II ciclo do ensino secundário e
isso já é bastante positivo”.
O Governo provincial, acrescentou,
está a construir mais escolas. “Vamos
dando respostas para diminuirmos o
número de crianças fora do sistema de
ensino. Fazemos a distribuição gratuita
dos manuais fornecidos pelo Ministério
da Educação”.
O normal era termos 35
alunos nas salas, mas há
escolas em que temos 40 e 45,
porque queremos diminuir o
número de crianças fora do
sistema de ensino
Soraya Kalongela disse que os que
fiscalizam os serviços da Educação e
também aqueles que os acompanham
devem fazer tudo para se atingir um
nível de organização aceitável.
Para isso, salientou ser preciso agir
com rigor a nível de todos os estabele-
cimentos de ensino. “É isso que vamos
fazer, porque afinal de contas a avaliação
do desempenho do professor não sig-
nifica castigo, mas sim animar as pessoas
a trabalhar com prontidão. Significa
sobretudo que os professores devem
trabalhar com mais empenho, com mais
eficiência para que de facto os nossos
alunos aprendam”.
Soraya Kalongela disse que a direcção
provincial da Educação, Ciência e Tec-
nologia no Cunene está preocupada
com os níveis de abandono escolar que
se verificam na província, principal-
mente em zonas rurais.
Só no ano passado, acrescentou,
63.087 alunos abandonaram as escolas.
“Estamos a trabalhar na sensibilização
das comunidades para que casos do
género não venham a acontecer nos
próximos tempos na província”.
24 SOCIEDADE
FUNCIONÁRIOS AMEAÇAM ESCREVER PARA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Uma empresa útil à reconstrução nacional continua sem obras que são inexplicavelmente adjudicadas a empreiteiras privadas
Empresa de Pontes alarga
dívida com os trabalhadores
Uma lista com os nomes dos trabalhadores abrangidos à reforma é publicada hoje.
Já na Casa da Juventude de Viana, formadores têm 12 meses de atraso salarial
Rodrigues Cambala
Os funcionários da Empresa
Nacional de Pontes (ENP)
prometem escrever, em breve,
para o Presidente da República
no sentido de verem resolvida
a situação do atraso salarial
de 51 meses e da não adjudi-
cação de obras à empreiteira.
Ao Jornal de Angola, Ga-
briel Magalhães, membro de
direcção da Comissão Sin-
dical, disse que, até agora,
não existe um horizonte tem-
poral para o pagamento dos
salários, estando a decorrer
um processo de registo interno
dos trabalhadores nas pro-
víncias do Huambo, Moxico,
Huíla, Benguela e Luanda.
O sindicalista admitiu que
este registo visa efectuar um
novo controlo de trabalha-
dores com capacidade física
e mental para trabalhar, em
função de uma nova parceria
prevista para retirar a empresa
da estagnação.
“Se o pessoal em idade de
reforma vai para casa, que-
remos que a direcção indem-
nize estas pessoas e, por con-
seguinte, pague todos os salá-
rios em atraso”, advogou. Ga-
briel Magalhães revelou que
a direcção da empresa tenciona
publicar a lista de trabalha-
dores excedentários, sem antes
informar à comissão sindical
sobre os ordenados em atraso
e o pagamento da dívida da
Segurança Social”.
“Estamos a ser submetidos
a um violento sofrimento,
impossível de uma pessoa
resistir. Muitos já morreram
e, se a situação prevalecer,
vamos morrer todos, sem que
os culpados sejam responsa-
bilizados”, acentuou numa
voz carregada de angústia.
“Estamos
a ser submetidos
a um violento
sofrimento ,
impossível
de uma pessoa
resistir. Muitos
já morreram
e, se a situação
prevalecer, vamos
morrer todos”
Salário em atraso
A Casa da Juventude de Viana
mantém em atraso os salários
de oito meses dos formadores
e de 12 meses dos trabalhadores
de limpeza e de segurança.
O formador Maurício Ro-
drigues, integrante do grupo
de formadores desprovidos
de salário, contou que, depois
de o Jornal de Angola ter feito
a publicação, numa das suas
edições, sobre o problema,
a ministra da Juventude e
Desportos mandou instaurar
uma auditoria na Casa da
Juventude de Viana.
Por desconhecer os resul-
tados da auditoria, Maurício
Rodrigues disse que o salário
do mês de Fevereiro deste
ano está salvaguardado, uma
vez que uma equipa de admi-
nistração está orientada a
organizar às cobranças dos
formandos e, de seguida, pro-
cessar os salários dos traba-
lhadores em tempo útil.
Quanto aos salários em
atraso, explicou que aguardam
esperançosos pelos resultados
da auditoria que, até ao mo-
mento, se desconhece a data
para a sua divulgação.
“Temos muito a agradecer
o Jornal de Angola, pois, o
contrário, o grupo teria muita
dificuldade de ver resolvido
um problema que levou alguns
formadores a não terem hoje
capacidade de sustentar a
família, pagar a escola dos
filhos e a universidade”.
Subsídio de natal em falta
O secretário da Comissão
Sindical dos Trabalhadores
da TCUL, Octávio Francisco,
revelou que a empresa deve,
DOMIANO FERNANDES | EDIÇÕES NOVEMBRO
até ao momento, o subsídio
de Natal e o salário do mês
de Janeiro.
Octávio Francisco afirmou,
ainda, que a TCUL deve sub-
sídios de 12 meses de diutur-
nidade, implementado por
ausência de um qualificador.
O sindicalista avançou que
os salários dos trabalhadores
são ainda baixos, sendo que
a Comissão Sindical está a
discutir para ver aumento e,
por conseguinte, melhoria
da condição social. “Achamos
haver uma discrepância muito
grande nos salários, uma vez
que o mais baixo está fixado
em 35 mil Kwanzas e o mais
alto acima de um milhão de
Kwanzas”, apontou.
A comissão Sindical dos
Trabalhadores da TCUL pede
que a direcção da empresa
faça um amplo trabalho de
sensibilização aos passageiros
para que paguem e conservem
os bilhetes.
“Os cobradores sofrem
com esta situação, pois são
despedidos quando o fiscal
encontra algum passageiro
sem bilhete, o que achamos
injusto”, disse, informando
que alguns passageiros dis-
persam os bilhetes e outros
entram pela porta de trás,
sem dar margem ao cobrador,
sobretudo quando o autocarro
está abarrotado.
BALANÇO AINDA PROVISÓRIO
Protecção Civil continua a avaliar os danos da última chuva
Chuva matou duas
pessoas em Luanda
Duas pessoas mortas, duas
feridas e uma desaparecida
estão entre os danos causados
pela chuva torrencial que
caiu em Luanda na noite de
terça-feira, de acordo com
o balanço ainda provisório
do Serviço Nacional de Pro-
tecção Civil e Bombeiros.
O balanço já incluiu tam-
bém a inundação de três mil
moradias, o desabamento
de quatro outras e o desalo-
jamento de 300 famílias, em
quase todos os municípios
da província de Luanda.
O porta-voz em Luanda
do Serviço de Protecção Civil
e Bombeiros, Faustino Min-
guês, informou que as víti-
mas mortais viviam nos
municípios do Kilamba Kiaxi
e Cazenga e perderam a vida
na sequência do desaba-
mento das moradias em que
viviam, levadas pela cor-
HUAMBO ACOLHE SIMPÓSIO
Fisioterapeutas querem
criar ordem profissional
A Associação Nacional dos
Fisioterapeutas de Angola
(ANFA) realiza, de 5 a 8 de
Março, no Instituto Superior
Politécnico da Universidade
José Eduardo dos Santos, na
província do Huambo, o pri-
meiro simpósio de fisiote-
rapia, sob o lema "Por uma
fisioterapia no contexto mul-
tidisciplinar".
Durante o simpósio são
ministrados cursos de mas-
soterapia, de mobilização
acessória e fisiológica das
articulações, de fisioterapia
ao domicilio e de hidroterapia.
Em declarações, ontem,
ao Jornal de Angola, a vice-
presidente da Associação
Nacional dos Fisioterapeutas
de Angola, Victória Fortu-
nato, disse que o objectivo
do simpósio é integrar todos
os profissionais de fisiote-
rapia, organizar e defender
a profissão e contribuir para
o desenvolvimento da inves-
tigação científica e tecnoló-
gica de Angola.
Victória Fortunato acen-
tuou que os grandes desafios
da associação são a valorização
dos serviços dos fisiotera-
peutas no país e a constituição
da Ordem dos Fisioterapeutas
de Angola.
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
renteza. A inundação de
escolas, de sete centros de
saúde e de uma igreja, nos
municípios do Cazenga,
Cacuaco e Viana, e a queda
de árvores nos distritos urba-
nos da Maianga, Sambizanga
e Ingombota, constam tam-
bém do balanço provisório.
Faustino Minguês alertou
para a possibilidade de enchi-
mento e transbordo de bacias
de retenção de águas das
chuvas e o alagamento da
maior parte das ruas secun-
dárias e terciárias dos bairros
periféricos, podendo a situa-
ção criar grandes dificuldades
ao trânsito automóvel.
A Protecção Civil e as uni-
dades técnicas municipais
trabalham na abertura de
valas, para a rápida evacua-
ção das águas, e na limpeza
de sarjetas, colectores e valas
de drenagem.
A associação está repre-
sentada em todo o país, estando
actualmente registados 140
membros, a maioria dos quais
radicada em Luanda.
Victória Fortunato disse
ser importante que a socie-
dade tenha conhecimento
de que o fisioterapeuta “não
é aquele que faz massagem,
mas sim um profissional de
saúde qualificado para a rea-
lização e avaliação completa
do paciente”, para acrescentar
que a avaliação deve ser fo-
cada, no seu todo, na pessoa,
devendo o profissional con-
siderar não só o bem-estar
físico como também o psi-
cológico e emocional.
A fisioterapia, explicou
Victória Fortunato, é consi-
derada tratamento chave na
reabilitação de pacientes víti-
mas de acidentes ou de doen-
ças debilitantes. A Associação
Nacional dos Fisioterapeutas,
criada em 2016, é uma orga-
nização não-governamental,
filantrópica, apartidária e de
carácter social, científico-
tecnológico e educacional.
Os membros da associa-
ção pertencem à classe dos
Técnicos de Diagnóstico e
Terapêutica.
Kilssia Ferreira
SOCIEDADE Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
ALDEIA DE NTAYA MOVIMENTADA
Começa segunda-feira a romaria tocoísta
São esperados na terra natal de Simão Toco mais de um milhão de pessoas, muitas das quais oriundas do estrangeiro,
para celebrar o centenário do nascimento do fundador da Igreja Tocoísta, em cujo programa constam palestras sobre a sua obra
Joaquim Júnior
Junior e António
eCapitão|
AntónioUíge
Capitão / Uíge
Mais de um milhão de pere-
grinos tocoístas são aguardados
na aldeia de Ntaya, município
de Maquela do Zombo, pro-
víncia do Uíge, para a come-
moração do centenário do
nascimento do fundador da
instituição religiosa.
Os fiéis são oriundos de
várias províncias e de países
da Europa, Ásia, América e
de África e vão concentrar-
se, a partir de segunda-feira
até ao dia 25, na localidade
considerada a sede interna-
cional espiritual dos tocoístas,
terra natal de Simão Gonçalves
Toco e onde estão enterrados
os seus restos mortais.
A concentração em Ntaya
termina a 25 deste mês por
ser nesse dia em que se assi-
nala o centenário do nasci-
mento de Simão Gonçalves
Toco, cujo percurso religioso
e como nacionalista é alvo,
no dia 22, também na aldeia
de Ntaya, de uma conferência
internacional.
O representante da Igreja
Tocoísta na província do Uíge,
reverendo-pastor David Bon-
go, assegurou ao Jornal de An-
gola que estão criadas as con-
dições técnicas e logísticas
para acolher os peregrinos.
David Bongo disse terem
sido criadas comissões que
se engajaram em trabalhar na
organização dos festejos do
centenário natalício de Simão
PROVÍNCIA DO BENGO
Uma família do Panguila
sofre três horas de terror
Madrugada de terça-feira,
uma hora da manhã. Numa
das residências do Panguila,
na província do Bengo, sete
indivíduos armados saltam
o muro do quintal. Destroem
o gradeamento que dá acesso
à marquise e partem os vidros
das janelas.
Com pontapés e fortes
pancadas com as coronhas
das armas de fogo, os ban-
didos tentam arrombar a
porta de madeira da casa da
senhora Maria do Carmo
(nome fictício). Também
usam facas enormes e afiadas
para destruir a fechadura.
Produzem muito baralho.
Falam em viva voz.
No interior da moradia,
o pânico instala-se no seio
da família. O casal Do Carmo,
filhos e sobrinhos acordam
assustados. Demora alguns
segundos para perceberem
o que se passa. Não sabem
o que fazer.
"Quem são vocês? O que
pretendem de nós?", per-
Todas as condições estão criadas para a recepção de mais de um milhão de fiéis na sede espiritual dos tocoístas
Gonçalves Toco. O dirigente
tocoísta destacou o apoio do
governo da província do Uíge,
que disponibilizou máquinas
para a limpeza do espaço onde
vão acampar os fiéis.
“Os preparativos do cen-
tenário decorrem a bom
ritmo”, garantiu David Bongo,
que deu ênfase ao facto de
os membros da região ecle-
siástica do Uíge, com 62 paró-
quias, estarem empenhados
em diferentes actividades,
como a limpeza da aldeia de
Ntaya, com recurso a máqui-
gunta a filha mais velha,
Célia do Carmo (nome fic-
tício). Os assaltantes res-
pondem com dois tiros no
ar que ajudam a despertar a
vizinhança. Alguns tentam
sair de casa para ajudar. É
impossível.
A rua está cercada. Há mais
três elementos armados que
vigiam a rua de ponta a pon-
ta. Os vizinhos ligam à Polí-
cia. Está difícil o contacto
com as forças da ordem.
“Abram a porta ou morrem
todos aí dentro”, ordenam
os assaltantes.
Célia do Carmo está cheia
de medo. Tem os braços e
pernas trémulas. Abre a
porta. Não tem outra alter-
nativa. Os meliantes agra-
decem-na com uma bofetada
no rosto e puxam-na para
fora. O tio Domingos Fran-
cisco (nome fictício) leva
um safanão.
O pai e a mãe, quatro
irmãos (duas meninas e dois
rapazes) e as duas primas,
nas para desmatar a área onde
os fiéis vão ficar acampados.
No âmbito do programa
comemorativo do centenário
do nascimento de Simão Toco,
vão ser inaugurados novos
templos, nos municípios do
Negage, Bungo, Mucaba e em
Maquela do Zombo, e uma
escola, com 12 salas, na aldeia
de Ntaya.
A conferência internacio-
nal, cujos prelectores são
nacionais e estrangeiros, vai
levar à discussão os temas
“O nascimento do profeta
mais o tio, saem dos quartos
apenas de calções, vestido
de noite, blusas e cuecas.
"Na hora que os bandidos
chegaram, uma da madru-
gada, não havia energia no
Panguila. Estávamos todos
a dormir. Eram sete indiví-
duos que batiam à porta e
às janelas com muita força",
contou Célia do Carmo.
"Ficámos todos cheios de
medo. Não sabíamos o que
fazer", afirmou. No assalto,
os bandidos não usam más-
caras. Estão arrogantes.
Ameaçam as vítimas. Cha-
mam o tio, a filha mais velha
do casal e a irmã através dos
seus respectivos nomes e
alcunhas. Contam vários epi-
sódios para demonstrar que
os conhecem bem.
"Alguém nos mandou aqui
para vos matar. Quem é a
dona de casa?", questiona o
chefe do grupo. Assustados
com a pergunta feita pelos
assaltantes, os mais velhos
mantêm-se em silêncio. Os
Simão Gonçalves Toco”,
“Vida e obras”, “O regresso
de Simão Toco a Angola”,
“Os complexos momentos
vividos de 1974 a 1983, fora
e dentro da igreja”.
Percurso de Simão Toco
Simão Gonçalves Toco nas-
ceu em 1918 na localidade
de Nsadi-Zulumongo, em
Ntaya, tendo recebido o nome
kikongo de Mayamona .
Depois de frequentar o ensino
primário na Missão Baptista
de Kibokolo, concluiu os
mais novos começam a solu-
çar. Escorrem lágrimas dos
seus olhos.
Célia do Carmo dá exemplo
de coragem. Analisa a per-
gunta e conclui que os melian-
tes não conhecem a mãe. "Ela
não está em casa, foi dormir
num óbito", respondeu.
Maria do Carmo está per-
plexa a ouvir a filha responder
sem pestanejar. O pai é hiper-
tenso e tem uma recaída. Chora
em silêncio. Perde a esperança
de vida. Tem a camisola
molhada com as lágrimas
que lhe caem intensamente
dos olhos.
Aflita, Célia olha para o
pai e pede permissão para
medir a pressão arterial do
seu progenitor. A maioria
dos assaltantes finge não
ouvir o que ela diz. Dois deles
solidarizam-se com a jovem
e convencem o grupo a deixá-
la prestar a devida assistência
ao senhor João do Carmo
(nome fictício).
A Polícia nunca mais apa-
rece. Os vizinhos não param
de ligar. Enquanto isso, no
interior da residência assal-
tada, a família Do Carmo sofre
mais algumas horas de terror.
Todos eles, com excepção de
João do Carmo, apanham
muita porrada.
“Bateram-nos muito na-
quela madrugada. Eles entra-
EUNICE SUZANA | EDIÇÕES NOVEMBRO
estudos liceais no Liceu Sal-
vador Correia, em Luanda.
Simão Gonçalves Toco
regressou ao Uíge para tra-
balhar nas missões baptistas
de Kibokolo e Bembe. Em
1942, decidiu partir para Leo-
poldville, actual Kinshasa, na
República Democrática do
Congo, para colaborar com a
missão local e dirigir um coro
musical com cantores zombos,
oriundos da mesma região
que ele, Maquela do Zombo,
passando o grupo a ser cha-
mado de “Coro de Kibokolo”.
Quando os bandidos chegaram não havia energia no Panguila
ram em nossa casa a uma hora
da madrugada e só saíram
depois das três”, lembrou
Célia do Carmo.
“Eles queriam mesmo nos
matar. Mas eu depois pensei
que era possível negociar.
Pedi-lhes que levassem o
dinheiro e alguns bens que
tínhamos em casa”, disse,
para acrescentar que, além
do dinheiro, os bandidos leva-
ram alguns móveis, toda a
roupa, telemóveis, tabletes,
calçados, brincos e fios de
ouro. Visivelmente amargu-
rada com a ocorrência, Célia
do Carmo informou ao Jornal
25
Em 1946, com o reconhe-
cimento do seu trabalho no
âmbito da missão baptista e
do coro, foi convidado, com
Gaspar de Almeida e Jessé
Chipenda Chiúla, para intervir
nos trabalhos da Conferên-
cia Missionária Internacio-
nal Protestante, realizada
de 15 a 21 de Julho de 1946,
na localidade de Kaliná, em
Leopoldville.
No âmbito
do centenário
do nascimento
de Simão Toco
vão ser inaugurados
novos templos,
em vários
municípios
do Uíge,
e inaugurada
uma escola
Em Kaliná, Simão Gon-
çalves Toco dirigiu uma
prece, na qual pediu para o
Espírito Santo descer em
África, pedido que, de acordo
com fontes orais, foi aten-
dido em 25 de Julho de 1949
quando, depois de desen-
tendimento com a Missão
Baptista de Leopoldville,
decidiu convocar uma vigília
de oração na sua residência,
na rua de Mayenge, número
159. O dia 25 de Julho de
1949 é considerada a data
de fundação do movimento
tocoísta.
M. MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO
de Angola que as roupas que
usava no momento da entre-
vista eram de uma vizinha/-
amiga. “Eu fiquei apenas com
a roupa que tinha no corpo.
Nos deixaram mesmo sem
nada”, lamentou.
A Polícia chegou tarde ao
local. No comando local,
cada um dos membros da
família Carmo foi ouvido na
manhã de terça-feira. "Apre-
sentaram-nos quatro indi-
víduos capturados naquela
madrugada. Mas não reco-
nhecemos nenhum deles",
concluiu a vítima.
José Bule
26 LAZER
CARTOON por Armando Pululo
DESCUBRA AS SETE DIFERENÇAS
CURIOSIDADES
Carnaval a grande festa de rua
Carnaval é um festival do
cristianismo ocidental que
ocorre antes da estação
litúrgica da Quaresma. Os
principais eventos ocor-
rem durante Fevereiro ou
início de Março, durante
o período historicamente
conhecido como Tempo
da Septuagésima (ou pré-
quaresma). O Carnaval
normalmente envolve
uma festa pública e/ou
desfile combinando alguns
elementos circenses, más-
caras e uma festa de rua.
As pessoas usam trajes
durante muitas dessas
celebrações, permitindo-
lhes perder a sua indi-
vidualidade quotidiana
e experimentar um sen-
tido elevado de unidade
social.
O consumo excessivo
de álcool, de carne e
outros alimentos pros-
critos durante a Qua-
resma é extremamente
comum. Outras caracte-
rísticas comuns do car-
naval incluem batalhas
simuladas, como lutas
de alimentos; sátira social
e zombaria das autori-
dades e uma inversão
geral das regras e normas
do dia-a-dia.
por Casimiro Pedro
O termo Carnaval é
tradicionalmente usado
em áreas com uma gran-
de presença católica. No
entanto, as Filipinas, um
país predominantemente
católico romano, não
comemora o Carnaval
desde a dissolução da
festa de Manila em 1939,
o último carnaval no país.
Nos países historica-
mente luteranos, a cele-
bração é conhecida como
Fastelavn e em áreas com
uma alta concentração
de anglicanos e meto-
distas, as celebrações pré-
quaresmais, juntamente
com observâncias peni-
tenciais, ocorrem na ter-
ça-feira de carnaval. Nas
nações eslavas ortodoxas
orientais, o Maslenitsa é
celebrado durante a última
semana antes da Grande
Quaresma.
O Carnaval moderno,
feito de desfiles e fantasias,
é produto da sociedade
vitoriana do século XX.
A cidade de Paris foi o
principal modelo expor-
tador da festa carnavalesca
para o mundo. Cidades
como Nice, Santa Cruz de
Tenerife, Nova Orleans,
Toronto e Rio de Janeiro
se inspiraram no Carna-
val parisiense para im-
plantar as suas novas
festas carnavalescas. Já
o Rio de Janeiro criou e
exportou o estilo de fazer
carnaval com desfiles de
escolas de samba para
outras cidades do mundo,
como São Paulo, Tóquio
e Helsínquia.
As etimologias popu-
lares afirmam que a pala-
vra vem da expressão do
latim tardio carne vale,
que significa “adeus à
carne”, significando o
período de jejum que se
aproxima. No entanto, esta
interpretação não é apoiada
por provas filológicas. A
expressão carne levare do
italiano é uma possível
origem, que significa
“remover a carne”, uma
vez que a carne é proibida
durante a Quaresma.
O Carnaval ocorre 47
dias antes da Páscoa, em
Fevereiro, geralmente,
ou em Março. Conforme
o Cálculo da Páscoa,
ocorre próximo do dia de
Lua Nova. Assim, poderá
calhar próximo do ano
novo chinês, se calhar
antes ou próximo de 19
de Fevereiro.
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
PALAVRAS CRUZADAS por Paulo Freixinho
HORIZONTAIS VERTICAIS
1 - Município da província 1 - Geração. 2- Aguentar.
da Lunda Norte. 3 - Lindo. 4- Utiliza. 5- Long
7 - Hectograma Play (disco de vinil que
(abreviatura). 9- Grande roda a 33.3 rotações por
massa de água salgada. minuto). 6- Sete mais
10 - Criar espiga ou espigo. um. 7- Parte do palácio
12 - Estabelecimento onde do sultão destinado às
se ministra o ensino. suas odaliscas.
14 - Filete. 15- Apertado com 8 - Milésima parte do
fio, fita ou corda. quilograma. 9- Dividir ao
ANEDOTAS 16 - Todavia. 17- Pouco
frequente. 18- Terceira
meio. 11- Anda à roda.
13 - Cheiro. 16- Dá pios.
nota musical. 19- Gosta 18 - Voz do gato. 21- Espaço
muito. 20- Óculos. de 12 meses. 22- Passar
O homem está 23 - Preposição que indica de dentro para fora.
a beber uma companhia. 23 - Município da província
cerveja num bar, 26 - Redução das formas do Cuando Cubango.
quando chega um linguísticas “em” e “o” 24 - Figura distintiva do
sujeito e numa só. 27- Em forma estilo gótico. 25- Roupa
intercepta-o: de asa. 31- Que termina para substituir outra.
— O senhor esteve em ponta, afiado. 28 - Lagarta. 29- Protelar.
aqui há três meses! 33 - Chalaça (popular). 30 - Modalidade de desporto
— Pode ser, mas 34 - Azáfama. 35- Pequena automobilístico. 32- Um
como tem tanta vasilha feita de aduelas. dos quatro municípios
certeza disso? – 36 - Apreciar o merecimento da província da Lunda
Pergunta intrigado de. 38- Caminha para lá. Sul. 33- Preposição que
o homem. 39 - Avançava. 40- Destruir. indica destino, fim.
Explica o primeiro: 35 - Botequim. 37- Caminhar
— Reconheci o seu para lá.
guarda-chuva!
Responde o segundo:
— Ah, mas há três
meses eu nem
tinha este guarda-
chuva… SUDOKU
E diz o primeiro:
— Claro que não,
tinha-o eu!
Uma senhora andava
na rua a oferecer
maçãs. O
Joãozinho passa
perto da senhora Preencha toda
com a mãe e a a grelha com
senhora oferece a números de 1 a 9.
fruta ao menino. Cada número
não deverá ser
Agradecida, a mãe utilizado mais do
vira-se para o filho que uma vez por
e diz: linha, por coluna
— O que é que se diz? e por quadrado
de nove casas.
E responde o
Joãozinho:
— Pode descascá-la?
SOLUÇÕES dos problemas do dia 16 de Fevereiro de 2018
No bar, o freguês PALAVRAS CRUZADAS SUDOKU SETE
ao ver o empregado HORIZONTAIS DIFERENÇAS
1 - CAMBULO. 7- HG. 9- MAR. 10- ESPIGAR.
a lavar os copos 12- ESCOLA. 14- TIRA. 15- ATADO.
16- PORÉM. 17- RARO. 18- MI. 19- AMA.
• A camisola,
numa água suja, diz: 20- RAIAS. 23- COM. 26- NO. 27- ALAR.
31- AGUDO. 33- PIADA. 34- LIDA. 35- BARRIL.
• Os calções,
— Oiça, essa água 36- AVALIAR. 38- VAI. 39- IA. 40- ARRASAR. • A mão,
está muito suja! VERTICAIS • Os calçados,
1- CASTA. 2- ARCAR. 3- BELO. 4- USA. 5- LP.
Responde o 6- OITO. 7- HARÉM. 8- GRAMA. 9- MEAR. • A tabela,
11- GIRA. 13- ODOR. 16- PIA. 18- MIO.
empregado do bar: 21- ANO. 22- SAIR. 23- CALAI. 24- OGIVA. • A bola,
— E o que quer que 25- MUDA. 28- LARVA. 29- ADIAR. 30- RALI.
32- DALA. 33- PARA. 35- BAR. 37- IR. • A orelha.
faça? Que a lave
também?
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018 27
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993 248 507- 946 830 844 • Benguela e Luanda
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28 Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018

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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS
DIRECÇÃO NACIONAL DOS REGISTOS E DO NOTARIADO
TERCEIRA CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA
ABANDONO DE TRABALHO
EDITAL
ALFREDO FERRAZ FIGUEIRA, Conservador desta Conservatória do Registo Civil da Comarca de A Agência Angola Press, ANGOP E.P, vem por este meio, informar
Luanda;
FAÇO SABER que, por esta Conservatória corre seus termos, um processo de aquisição de naciona-
ao Sr. PAULO DE JESUS, que se encontra em situação de Aban-
lidade angolana por casamento, registado sob o n.º 17/2016, respeitante ao Senhor WILZÉ NETO dono de Trabalho, por estar ausente da empresa, por um período
CRAVID, nascido aos 19 de Agosto de 1978, de 39 anos de idade, natural de Conceição, Água Grande,
República Democrática de São Tomé e Príncipe, de nacionalidade Santomense, filho de Fernando
superior há trinta dias (30), sem qualquer justificação para o efeito.
Bragança Gomes Cravid e de Manuela Domingos Neto, casado com, Luzia Vanessa Correia da Costa
Cravid, residente em Luanda, Distrito Urbano da Maianga, Bairro Maianga, Rua Amilcar Cabral, n.º
32, portador do Passaporte n.º T016513, válido até 7/11/2018, emitido pelas autoridades Santo-
Mais informa, que deverá comparecer nas instalações da empresa
menses, portador do Cartão de Estrangeiro Residente n.º 0009568T02, emitido pelos Serviços nos próximos cinco (5) dias úteis, a contar da presente data, a fim
de Migração e Estrangeiros de Angola, em 10/12/2014, pelo que nos termos do disposto do Artº.
13º, da Lei n.º 2/16, de 15 de Abril, poderão os interessados deduzir a oposição que tiverem dentro do
de justificar documentalmente a razão da ausência. Caso não jus-
prazo de quinze dias, a contar da data de afixação deste EDITAL.=========================== tifique, considerar-se-á de acordo no artigo 229º na sua alínea a)
=============================================================================
E, para constar, mandou lavrar o presente EDITAL,em triplicado que será afixado nos lugares desig-
da (LGT), o efectivo Abandono de Trabalho.
nados por Lei.==================================================================
============================================================================= Luanda, aos 14 de Fevereiro de 2018
3.ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA, aos 27de Novembro de 2017.===========

O CONSERVADOR, A ADMINISTRAÇÃO
ALFREDO FERRAZ FIGUEIRA
(2707) (2797)

RECRUTAMENTO ANÚNCIO DE VAGAS

Função: Assistente de Marketing
REPÚBLICA DE ANGOLA
Pretende recrutar para a sua equipa, Uma (1) Assistente MINlSTÉRIO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRlO E HABITAÇÃO
de Marketing. INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA
SERVIÇOS PROVINCIAS DO UÍGE
Principais Responsabilidades:
• Criação e participação em campanhas promocionais; EDITAL N.º 08/018
• Coordenar a criação e lançamento de produtos e servi- PROCESSO N.º 03-UE-018
ços; Tendo a EMPRESA CAMPEÃO EMPRESARIAL DE ANGOLA, LIMI-
• Planear, criar e executar as estratégias de Marketing da TADA, representada neste acta pelo senhor LOURENÇO JOAQUIM
empresa. FRANCISCO LUHANGO, requerido a Concessão, por Direito de Su-
perficie de uma parcela de Terreno Rural com área de 700 hectares
Perfil e Requisitos: (setecentos hectares) para Implementação de Projecto Agro-Pecuário,
sito na área da Regedoria Pombo, Município do Songo, Província de
• Recém Licenciatura nas áreas de Marketing, Comunica- Uíge, feita a Demarcação Provisória, a mesma ficou com as seguintes
ção ou Comercial;
confrontações: Norte: Com Terrenos de Terceiros não Cadastrados e
• Domínio MS Office, com focus nas ferramentas um Riacho não denominado; Sul: Com um Riacho não denominado;
Excel,Word e PowerPoint; Este: Com Terrenos de Terceiros não Cadastrados, Oeste: Com o Rio
• Espírito de equipa, iniciativa, responsabilidade e dina- Luhombo.
mismo; São por este meio convocadas todas as pessoas que se julgarem com
• Habilidade na comunicação verbal; direitos sobre o mesmo terreno, a virem comprová-lo nestes Serviços
• Honestidade, confidencialidade e disponibilidade; Provinciais do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola, no prazo de
Trinta (30) dias a contar da data da publicação deste Edital.
• Disponibilidade de viajar para o interior do país.
SERVIÇOS PROVINCIAS DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADAS-
Respostas: TRAL DE ANGOLA, NO UÍGE, AOS 12 DE FEVEREIRO DE 2018.
Se preenche os requisitos enunciados, envie o seu CV
actualizado e uma fotografia até 20 de Fevereiro de 2018 O CHEFE DOS SERVIÇOS PROVINCIAIS
para o e-mail supinese@hotmail.com JUSTINO LOURENÇO KUIASSANA
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sionais para completar o seu quadro de pessoal, nomeadamente:
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tes requisitos: 1. Proceder à abertura e encerramento do Exercício e de (todos
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lanço, a demonstração dos resultados, a demonstração dos fluxos
a) Licenciatura em Geologia ou Geofísica de caixa, o mapa das amortizações e reavaliações, bem como as
b) No mínimo, 10 anos de experiência na interpretação respectivas notas as contas; e
de dados sísmicos a nível mundial
2. Apresentar minuta da declaração do Imposto Industrial, com base
c) Experiência comprovada na elaboração de programas
no relatório de contas devidamente aprovado em acta da socie-
de desenvolvimento na área de interpretação sísmica dade.
d) Conhecimentos de HSE
e) Elevada capacidade de trabalhar em equipa e em II - FISCALIDADE:
stress 3. Cálculo e determinação de impostos;
4. Prestamos consultoria para usufruir de todos os benefícios fiscais
f) Excelente capacidade de comunicação (escrita e a que as MPME têm direito e que desconhecem a sua existência;
falada), em inglês e português. 5. Prestamos consultoria na negociação para regularização dos im-
postos, de forma a obter legalmente as melhores e mais suaves
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Luanda, 15 de Fevereiro de 2018 Telefone: 222 770 078 / 935 938 075 / 998 938 075
(2700) (2673)
CULTURA
16 de Fevereiro de 2018
NJINGA CENTER
Lulas da Paixão
anima concerto
do aniversário
de Malanje
O músico e compositor Lulas
da Paixão, autor de vários
sucessos, foi a estrela da gala
realizada na terça-feira, no
restaurante Njinga Center,
que marcou os 86 anos da
cidade de Malanje.
O mú sico deliciou o s
espectadores com um repor-
tório de temas como Pepé,
Nguami Maka e Garan, que
levou o governador provincial,
Norberto dos Santos, a dar
um pé de dança com “pas-
sadas” de tirar o chapéu.
Em declarações à imprensa,
Lulas da Paixão manifestou
a vontade de participar em
mais espectáculos na terra da
Palanca Negra, visando dar a
conhecer a sua discografia.
O músico considerou que
Malanje já é sua “casa” e não
descura o facto da província
ser “muito linda”, tendo
acrescentado que deveriam
ser envidados esforços no
sentido de tornar a gala mais
abrangente, calorosa e com
presença de mais artistas,
de forma a saudar condig-
namente a data.
EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Autor de “Garan” cantou
na cidade de Malanje
Lulas da Paixão apelou
aos habitantes a tornarem
Malanje naquilo que já foi,
com mais vida e alegria, sob
pena de verem a cidade a
perder qualidade de vida.
Um dos compositores
mais conhecidos do país,
Lulas da Paixão nasceu em
1946, em Luanda, e começou
a sua carreira como vocalista
do grupo A Caravana em
1957. Onze anos mais tarde
integrou a famosa banda
Musangola, onde o seu nome
se tornou conhecido.
As músicas de Lulas da Pai-
xão são hoje interpretadas por
Carlos Burity, Pedrito, e Antó-
nio Paulino, entre outros.
O administrador de Malan-
je, João de Assunção, felicitou
todos os citadinos e reiterou
o compromisso de continuar
a trabalhar para responder
progressivamente aos anseios
dos habitantes de Malanje.
Em simultâneo com a gala
da cidade de Malanje, foi rea-
lizado na terça-feira um espec-
táculo com a presença de Puto
Lilas, os Namayer, Samara,
Pedro Cabenha e os Fofoquei-
ros do Kuduro.
Osvaldo Ferraz | Malanje
Sexta-feira
PRAÇA JOÃO PAULO II
Grupo da Tundavala conquista Carnaval 2018 no Lubango
Grupo Ouro Negro
vence no Lubango
Pelo terceiro ano consecu-
tivo, a província da Huíla não
realizou o desfile oficial do
Carnaval por escassez de
recursos financeiros para reu-
nir e atribuir prémios con-
dignos aos grupos.
O desfile informal do Lu-
bango, promovido pela admi-
nistração municipal, tem sido
desde 2016 a alternativa para
os grupos, os foliões e os
amantes do Entrudo feste-
jarem o Carnaval na praça
João Paulo II.
A edição do Entrudo de
2018 foi salva pelo empenho
na apresentação de danças
tradicionais. Os concor-
rentes investiram fundos
próprios para participar no
desfile provincial.
O grup o Ouro Negro ,
apoiado pela administração
do Bairro Comercial, venceu
a presente edição na cate-
goria de adultos, à frente
do Esperança da comuna
do Hoque, seguido pela
União Filhos da Huíla.
A vitória do Ouro Negro
foi reclamada por falhas na
cronometragem do tempo
de exibição e desconten-
tamento pelo facto de par-
DOMÍNIO TOTAL
“A Voz do Povo Angolano”
convence em Benguela
O grupo A Voz do Povo Ango-
lano, da Zona B do município
de Benguela, sagrou-se ven-
cedor do desfile municipal
do Carnaval benguelense,
com 312 pontos.
Em segundo lugar, posi-
cionou-se o grupo 4 de Abril
da Zona A, com 205 pontos,
seguido do Cavaco Verde
Zona F, com 199 pontos.
O grupo A Voz do Povo
Angolano obteve igualmente
as classificações de melhores
rei, rainha e comandante,
arrecadando em cada uma
dessas categorias um prémio
no valor de 25.000 kwanzas.
O primeiro classificado
da classe de adultos recebeu
400.000 kwanzas, enquanto
o segundo e terceiro lugares
obtiveram 300.000 e 200.000
kwanzas, respectivamente.
No desfile infantil reali-
zado na segunda-feira, o
grupo União Mundo do Cas-
seque sagrou-se em primeiro
ARIMATEIA BAPTISTA | HUÍLA | EDIÇÕES NOVEMBRO
ticiparem sem o conheci-
mento dos prémios para os
primeiros classificados.
O Ouro Negro revalidou
o título pela terceira vez con-
secutiva, fruto da organização,
liderança, garra, indumen-
tária, alegoria, harmonia e
dança dos integrantes.
O comandante do grupo
fundado em 2013, António
de Brito, disse que participou
com 180 foliões como resul-
tado de um investimento de
cerca de 180 mil kwanzas,
contra os 20 mil dados pela
comissão organizadora.
O grupo infantil Ndjina
Elao-8 de Março, do Bairro
da Chavola, venceu o desfile
da categoria, seguido pelo
Samora Machel, do Bairro
Sofrio, que ficou com o pré-
mio da melhor rainha, à frente
dos Unidos Kandengues da
Paz do Bairro Hélder Neto.
O Jornal de Angola apurou
da comissão organizadora
do Carnaval do Lubango que
os prémios variam entre os
50 mil kwanzas para o pri-
meiro classificado da classe
infantil e 300 mil kwanzas
para a categoria de adultos.
Domingos Mucuta| Lubango
lugar e recebeu como prémio
o valor de 300.000 kwanzas,
enquanto os Candengues dos
Malambas da Zona C e Petizes
do Interactivos ficaram na
segunda e terceira posições
e tiveram direito a 200.000
e 100.000 kwanzas. Parti-
ciparam no Carnaval muni-
cipal de Benguela oito grupos,
sendo quatro de adultos e
igual número de infantis.
Teresa Emília, comandante
do grupo A Voz do Povo
Angolano disse a reportagem
do Jornal de Angola que a
mensagem transmitida na
canção durante o desfile des-
taca o papel do pescador vito-
rioso, uma vez que o grupo
está implantado no bairro do
Casseque, na zona pesqueira
de Benguela. “Apresentamos
o pescador que vai ao mar e
pesca uma garoupa e quando
chega a casa partilha uma
refeição com toda a família.”
António Gonçalves | Benguela
CARNAVAL DE LUANDA 2018
Recreativo Kilamba
supera Mundo da Ilha
O grupo União Recreativo Kilamba é o grande
vencedor da edição 2018 do Carnaval de Luanda
Comandante Poly Rocha orienta o desfile do Recreativo Kilamba vencedor do Carnaval
Mário Cohen
O grupo carnavalesco Recreativo
Kilamba, do distrito urbano do Rangel,
oitavo a desfilar na competição do Car-
naval de Luanda, da classe A, realizada
na última terça-feira, na Marginal da
Praia do Bispo, foi o grande vencedor
desta edição do Entrudo na capital ango-
lana, ao totalizar 842 votos.
Fundado a 27 de Julho de 2015 e sob
orientação do comandante Poly Rocha,
o grupo apresentou no desfile central
uma coreografia do estilo semba ao
ritmo do tema “Mesene ya Ufunu” (Mes-
tre) da autoria e interpretação do músico
Dom Caetano.
O segundo lugar ficou atribuído ao
União Mundo da Ilha, vencedor da
edição de 2017, com 840 votos . O terceiro
lugar foi conquistado pelo União Njinga
Mbande, com 804 votos que teve a sua
exibição interrompida devido à inten-
sidade da chuva que se abateu por Luanda
no dia do desfile central do carnaval.
Durante o anúncio dos vencedores
ontem na Liga Africana pelo presidente
do júri, Jomo Fortunato, os responsáveis
dos demais grupos da classe A mostra-
ram-se insatisfeitos com a classificação
do União Njinga Mbande que não ter-
minou a sua exibição devido à chuva.
Na quarta posição ficou o União Kiela
do Sambizanga com 796 votos, seguido
do União Operário Kabocomeu, também
do Sambizanga, com 714 votos. Por força
do entendimento a que a comissão do
Carnaval de Luanda chegou com os res-
ponsáveis dos grupos carnavalescos,
este ano, nenhum grupo da classe A
desce para o escalão seguinte.
De acordo com o regulamento do
Carnaval de Luanda ascendem à classe
A na próxima edição do Entrudo da
capital os grupos União Povo da Semba,
vencedor da classe B deste ano com 720
votos, seguido do Sagrada Esperança
(725 votos), União Etu Mudietu (694
votos), União Twabixila (684 votos) e
União Giza (648 votos).
Na classe infantil o troféu foi con-
quistado pelo União Cassules Jovens da
Cacimba, com 779 votos, seguido pelo
União Cassules Mundo da Ilha (725 votos),
29
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
Cassules Amazonas do Prenda (719 votos)
e Cassules 10 de Dezembro (711 votos).
Poly Rocha, comandante do Recrea-
tivo Kilamba, vencedor da classe A da
presente edição do Carnaval de Luanda,
disse à imprensa, após o anúncio dos
resultados, que em Angola ainda não
se dança o Carnaval porque os grupos
vencedores investem muito dinheiro e
o valor do prémio não compensa.
Apesar do União Recreativo Kilamba
ter vencido essa edição do Carnaval, Poly
Rocha reconheceu a qualidade e criati-
vidade dos outros grupos carnavalescos
que prestigiaram a sua prestação no desfile
central presenciado pelo casal presidencial,
João Lourenço e Ana Dias Lourenço.
O grupo apresentou no desfile
central uma coreografia do
estilo semba ao ritmo do tema
“Mesene ya Ufunu” (Mestre)
da autoria e interpretação do
músico Dom Caetano
O comandante do Recreativo Kilamba,
que tem como rei Domingos Manuel e
rainha Lucinda dos Santos, confessou
que o segredo para a conquista do primeiro
título teve como base o trabalho anteci-
pado, razão pela qual vão começar a pre-
parar a edição 2019 nos próximos tempos.
Quanto à indemnização dos grupos
que não desfilaram no sábado na Mar-
ginal da Praia do Bispo (Juventude do
Kapalanga e o União 54) e os prejudicados
pela chuva,União 10 de Dezembro e
Njinga Mbande, Manuel Gonçalves disse
que o valor vai ser acertado entre os
referidos grupos e a comissão organi-
zadora do Carnaval de Luanda.
A cerimónia de entrega dos prémios
realiza-se amanhã, a partir das 15h00,
na Liga Africana, na qual vão desfilar,
de forma simbólica, os vencedores das
três categorias e os grupos Juventude
do Kapalanga, União 10 de Dezembro
e o União 54, que não se exibiram devido
à forte chuva. Para o próximo ano, a
classe A do desfile central do Carnaval
de Luanda (adultos) vai contar com a
participação de 18 grupos, com a subida
dos cinco primeiros da classe B.
30 DESPORTO
LIGA NORTE-AMERICANA
Bom desempenho dos jogadores dos Portland Trail Blazers condicionou a acção dos Golden
Campeões saem do topo
na Conferência Oeste
Portland impõem décima quarta derrota aos Warriors
e ajudam Rockets a assumir o contolo da primeira posição
Armindo Pereira
Os Golden State Warriors,
campeões em título da Liga
Norte-americana de Bas-
quetebol (NBA), perderam
a liderança da Conferência
Oeste, depois da derrota fora
de portas, diante do sexto
classificado, Portland Trail
Blazers por, 117-123, desaire
que não periga a presença
da equipa orientada por Steve
Kerr nos "play-off".
A inspiração do extremo
Kevin Durant, MVP da jor-
nada, com 50 pontos, foi
insuficiente para travar os
Blazers, que com a vitória
subiram duas posições,
aumentando o seu saldo para
32 vitórias em 58 partidas.
Os Warriors têm as mes-
mas 44 vitórias dos Rockets,
que somam uma derrota a
menos (13). A equipa de
James Harden “Barbas”
lidera a conferência, apesar
de ter uma média de pontos
por jogo abaixo do seu prin-
cipal opositor (114.1-115.8),
mas leva já dez vitórias
consecutivas.
Na luta pelos oito lugares
que garantem a presença nos
“play-ff”, a formação do San
Antonio Spurs surge no ter-
ceiro posto, com 35 vitórias
e 25 derrotas. Seguem-se o
Minnesota Timberwolves,
Oklahoma City Thunder,
Portland Trail Blazers, Den-
ver Nuggets e New Orleans
Pelicans.
Os Los Angeles Lakers,
equipa que já fez furor na
NBA, está na 11ª posição da
conferência, com apenas 23
vitórias e uma cifra de 33 der-
rotas. Na Conferência Este,
os vice-compões Cleveland
Cavaliers, terceiros classifi-
cados, aos poucos têm pro-
curado sacudir a crise de
resultados. Na última jor-
nada, com o triunfo por 120-
112 sobre o Oklahoma City
Thunder, tornaram-se na
primeira equipa da história
da NBA a marcarem 120 ou
mais pontos em quatro jogos
consecutivos.
A conferência tem à testa
os Toronto Raptors, com o
registo de 41 vitórias, 16 der-
rotas e uma média de 111,9
pontos por jogo, seguidos
pelo Boston Celtics, 40 triun-
fos e 19 desaires. Estão igual-
mente dentro da zona de
qualificação o Whashington
Wizards, Milawaukee Bucks,
Indiana Pacers, Philadelphia
76ers e Miami Heat.
Destaque para o
reencontro de
LeBron James com
Kyrie Irving,
antigos colegas nos
Cleveland Cavaliers.
O "King" vai ainda
jogar ao lado de
Kevin Durant, uma
das estrelas dos
Warriors
Entre as equipas que ain-
da perseguem “um lugar ao
sol” encontra-se os Chicago
Bulls, onde actuou o lendário
Michael Jordan, na 12ª posi-
ção com 37 derrotas aver-
badas. No ano passado a
equipa conseguiu a quali-
ficação para os play-off, mas
acabou afastada pelo Boston
Celtics.
LeBron e Curry
Neste final de semana vai
ser de festa e celebração,
SAM FORENCICH | AFP
entre as grandes estrelas. O
"All-Star Game 2018" pro-
mete levar ao rubro a costa
Oeste dos Estados Unidos,
com momentos de entrete-
nimento e lances de efeito.
Por terem sido os mais
votados pelos adeptos da
NBA, LeBron James e Ste-
phen Curry tiveram direito
a escolher quais os colegas
de equipa nesse jogo, dentro
de um leque de atletas pré-
seleccionados igualmente
pelos adeptos.
Destaque para o reencon-
tro de LeBron James com
Kyrie Irving, antigos colegas
nos Cleveland Cavaliers. O
"King" vai ainda jogar ao
lado de Kevin Durant, uma
das estrelas dos Golden State
Warriors, que bateram os
Cavs na final da época tran-
sacta, conquistando o título.
Já Stephen Curry estará
acompanhado de James Har-
den e do grego Giannis Ante-
tokounmp o , e strela em
ascensão na NBA. Este All
Star Game fica marcado pelo
facto de ter sido antecedido
pelo primeiro “draft” da his-
tória do evento. Equipa
LeBron James: Kyrie Irving,
Kevin Durant, Anthony
Davis, DeMarcus Cousins,
Russell Westbrook, Kevin
Love, John Wall, Bradley
Beal, LaMarcus Aldridge,
Victor Oladipo e Kristaps
Porzingis. Na de Stephen
Curry estão James Harden,
Giannis Antetokounmpo,
Klay Thompson, Draymond
Green, Joel Embiid, DeMar
DeRozan, Jimmy Butler,
Karl-Anthony Towns, Kyle
Lowry, Damian Lillard e Al
Horford. O All Star Game da
NBA realiza-se domingo, em
Los Angeles.
Breves
CHRIS FROOME
EM BOM PLANO
NA ANDALUZIA
Chris Froome (Sky) e o
português Amaro Antunes
(CCC) estiveram em bom
plano na etapa rainha da
Volta à Andaluzia, ao
cortarem a meta em sétimo
e nono, respectivamente a
27 e 38 segundos do
vencedor, Wout Poels,
colega de Froome.
Já José Mendes, da Burgos,
cortou a meta em 24º, a
1.14 minutos. Na
classificação geral, Froome
ocupa a mesma posição, a
27 segundos, e Antunes a
nona, a 38 segundos.
O britânico, recorde-se, faz
a sua estreia na temporada
de 2018 na corrida
espanhola e envolto em
polémica, depois de estar a
ser investigado pelo
controlo positivo na Volta a
Espanha de 2017, prova
que ganhou.
Pelos regulamentos,
Froome pode competir,
uma vez que não foi
suspenso, nem pela
equipa, nem pela UCI.
NORUEGA CONQUISTA
PRIMEIRA MEDALHA
DE OURO OLÍMPICA
O esquiador Aksel Lund
Svindal entrou ontem para
a história, ao tornar-se o
primeiro norueguês a
conquistar o título olímpico
na prova de descida dos
Jogos Olímpicos de
Inverno, na qual o seu
compatriota Kletil Jansrud
arrecadou a prata.
Em PyeongChang, aos 35
anos, Svindal superou a
prata conseguida em
Vancouver’2010 na prova
rainha do esqui alpino, na
qual o actual campeão do
Mundo, o suíço Beat Feuz,
ficou com o bronze.
No slalom gigante
feminino, a norte-
americana Mikaele Shiffrin
revalidou o título
conquistado há quatro
anos em Sochi, quando,
aos 18 anos, se tornou na
mais jovem esquiadora a
consegui-lo.
DIMITAR DILKOFF | AFP
Atrás de Shiffrin, de 22
anos, terminaram a
norueguesa Ragnhilde
Mowinckel e a italiana
Federica Brignone, prata e
bronze, respectivamente.
O dia de ontem ficou
também marcada na
história do desporto
olímpico de inverno de
Espanha, com o bronze de
Regino Hernandez na prova
de snowboardcross.
ANDEBOL
Rivais decidem hoje
título da Supertaça
As equipas sénior feminina
de andebol do Petro de Luanda
e 1º de Agosto centralizam
hoje as atenções dos aficio-
nados da modalidade, quando
se defrontarem às 19h00, no
Pavilhão Gimnodesportivo
da Cidadela, em partida refe-
rente à Supertaça “Francisco
de Almeida”.
O desafio entre as rivais
marca a abertura da época
2018 e coloca em campo onze
títulos, sendo dez das petro-
líferas e um das militares. As
tricolores às ordens de Vivaldo
Eduardo, com um conjunto
teoricamente inferior, con-
quistaram no ano passado a
Supertaça e a Taça de Angola.
As rubras e negras com um
grupo mais equilibrado nos
diferentes sectores, venceram
o provincial de Luan-da e o
Campeonato Nacional. Dos
quatro troféus em disputa, 1º
de Agosto e Petro repartiram
as conquistas por igual.
Na presente temporada,
Vivaldo Eduardo deixa de
contar com os préstimos da
meia-distância Manuela
Paulino (por opção própria)
e da ponta Natália Kama-
landua (devido à materni-
dade). Hoje, merecem a
confiança do treinador as
juniores Ilódia Joaquim e
Emingarda Ferreira. O técnico
tem ainda à disposição a
meia-distância Lurdes Mon-
teiro (ex-1º de Agosto).
Regresso de Wuta
À par do regresso da poliva-
lente Wuta Dombaxi, o téc-
nico do 1º de Agosto Morten
Soubak conta com as meia-
distâncias Helena Paulo e
Vivalda da Silva (ex-Marinha
Guerra). Na última convo-
catória da Selecção Nacional,
que disputou o Mundial da
Alemanha, do conjunto do
SELECÇÃO DE FUTSAL
Técnico Rui Sampaio
quer abandonar cargo
Rui Sampaio, treinador da
Selecção Nacional Sub-18 de
Futsal, pretende demitir-se
das suas funções, devido ao
relacionamento com alguns
membros da Federação Ango-
lana de Futebol de Salão (FA-
FUSA) na ausência do presi-
dente do organismo reitor da
modalidade.
"Estou muito desiludido.
Não sei se vou continuar à
frente da Selecção Nacional.
Vou trabalhar até aonde der,
mas se as coisas não funcio-
narem coloco o meu lugar à
disposição", disse ontem à
imprensa no final do treino
realizado no Pavilhão Prin-
cipal da Cidadela.
“Continuamos a traba-
lhar porque temos respon-
sabilidades com os garotos e
os seus familiares. Não tenho
tido vontade de dar treino,
porque não sentimos a parte
Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
Eixo Viário foram convocadas
seis executantes (Natália Ka-
lamandua, Magda Cazan-
ga, Manuela Paulino, Ríssia
Oliveira e Aznaide Carlos
e Vilma Neganga), tendo a
formação do Rio Seco dis-
pensado oito (Cristina Bran-
co, Marta Alberto, Janeth
Santos, Iracelma Silva, Al-
bertina Kassoma, Juliana
Machado, Isabel Guialo e
Dalva Perez).
À julgar pelo histórico dos
jogos entre si e a ambição
dos respectivos plantéis, o
equilíbrio vai ser a tónica do
encontro, cujo desfecho é
imprevisível. Em masculinos,
o jogo marcado para as 17h00,
vai opor o Interclube ao 1º
de Agosto.
Dez troféus entram para
a quadra, sendo cinco para
cada equipa. Os militares
orientados por Filipe Cruz,
no ano passado venceram o
provincial de Luanda, Cam-
peonato Nacional e Taça de
Angola, ao passo que os polí-
cias sob o comando técnico
de Viktor Tchikoulaév con-
quistaram a Supertaça.
Teresa Luís
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
Cidadela volta a fervilhar
administrativa a funcionar”,
destacou visivelmente triste
com as condições de trabalho.
O seleccionador garantiu
à imprensa que desconhece
a data da viagem para a capi-
tal marroquina, Rabat, palco
do jogo com o Marrocos.
Rui Sampaio orienta o
“Cinco” Nacional, que se
prepara para o desafio do
próximo dia 25, às 16h00, no
pavilhão da cidade de Rabat.
Para hoje às 16h00, no
Pavilhão Anexo I da Cidadela,
a Selecção Nacional mede
forças com o Kambas FC,
também virado na observa-
ção da condição física e das
situações de jogo.
Na quarta-feira, o “Cinco”
Nacional perdeu com a equipa
sénior do Clínica Sagrada
Esperança, por 2-4, no campo
do Gama, no Bairro Miramar.
António Cristóvão
DESPORTO Sexta-feira
16 de Fevereiro de 2018
PRELIMINAR DA LIGA DOS CAMPEÕES
Militares realizam
estágio em Harare
Com o objectivo de adapa-
tar-se ao clima do Zimbabwe,
a rondar os 23 graus, o 1º de
Agosto cumpre hoje o segundo
dia de preparação, na cidade
de Harare, tendo em vista o
jogo da próxima quarta-feira,
frente ao FC Platinum, relativo
à segunda “mão” da preli-
minar de apuramento para
fase de grupos da Liga dos
Campeões.
De acordo com o pro-
grama de preparação do téc-
nico Zoran Maki, os trabalhos
vão incidir no aprumo físico
e na melhoria dos funda-
mentos técnicos. O sérvio
esconde a táctica a adoptar
diante da equipa de Norman
Mapeza, com o objectivo de
garantir a qualificação.
Apesar do desempenho
aceitável, após utilização
do esquema táctico 4-3-2-
1, que resultou na brilhante
vitória, por 3-0, Zoran Maki
rejeita aparecer na casa do
opositor com o mesmo fio
de jogo. “Nem pensar e seria
um suicídio.Vamos jogar
com uma equipa bastante
experiente e temos de alterar
a estratégia de jogo.Traba-
lhámos várias situações de
jogo e encontrámos a melhor
fórmula capaz para garantir
o apuramento”, disse ao Jor-
nal de Angola o técnico
Zoran Maki.
Quanto ao campeão zim-
babweano, o treinador do
campeão nacional reco-
nheceu qualidades no con-
junto adversário.
“Apesar de termos ganho
o jogo, o Platinum demonstrou
ser uma equipa organizada e
pratica um bom futebol.Temos
de ser cautelosos na aborda-
gem do jogo”.
AFROTAÇAS
Tricolores preparam
jogo com os Masters
A equipa principal de futebol
do Petro de Luanda retoma
hoje, às 9h00, as sessões de
treinos de preparação no
campo do Catetão, em Lu-
anda, visando o jogo na pró-
xima terça-feira, 20, às 15h30,
diante do Masters Security
Services FC (Malawi), no está-
dio de Dedza, na cidade de
Lilongwe, referente à segun-
da “mão” da preliminar de
apuramento para a fase de
grupos da 15ª edição da Taça
Nelson Mandela.
Depois da folga de ontem
devido ao encontro com o
Cuando Cubango FC, para a
primeira jornada do Girabola
Zap, o treinador Roberto Bian-
chi vai tentar recuperar os
índices da manutenção da
condição física do grupo.
Na segunda parte do treino,
Roberto Bianchi vai distribuir
os atletas em dois grupos,
para ensaiar os esquemas das
situações de jogo, fundamen-
Para a “operação” Zvisha-
vane, cidade onde vai decor-
rer o jogo, o técnico Zoran
Maki conta com 20 jogado-
res, com o central nigeriano
Yisa a ser a novidade entre os
eleitos. “O Yisa tem vindo a
trabalhar bem e pouco a pouco
ganha espaço na equipa. É
um excelente jogador”, rema-
tou o treinador.
Comparativamente à época
passada, o detentor do título
do Girabola Zap está mais
forte em quase todos os sec-
tores da equipa. Zoran Maki
reforçou a equipa da baliza
até ao ataque, para suportar
a competição interna e ex-
terna. “Quem pretende ser
campeão e garantir um lugar
na fase de grupos tem de estar
forte. O 1º de Agosto ambi-
ciona altos voos”.
Confiança na qualificação
Nos treinos em Luanda, Car-
los Hendrick acompanhou
a equipa, durante a sessão
de manutenção condição
física. Abordado pelo nosso
jornal, o dirigente mostrou-
se esperançado no apura-
mento. “A equipa está a
trabalhar bem e com o pen-
samento na vitória. Estou
convencido de que vamos
garantir a qualificação”.
Em Harare, o técnico Zoran
Maki treina com 20 jogadores,
nomeadamente Neblú e
Tony Cabaça (guarda-redes)
Dani Massunguna, Isaac,
Natael, Bobó, Mingo Bille e
Yisa (defesas) Buá, Gogoró,
Mongo, Macaia, Guelor, Nel-
son da Luz, Chow, Ibukun
e Geraldo (médios) Vado,
Fofó e Jacques (avançados).
António de Brito
talmente, nas saídas da
defesa/ataque.
O corpo técnico tricolor,
que já tem uma visão dos
adversários aproveita o treino
com intuito de efectuar algu-
mas correcções durante as
transições e a finalização.
Sidónio Malamba, direc-
tor para o futebol do Petro,
garantiu na quarta-feira que
os tricolores seguem para
Lilongwe com o objectivo
de se qualificar na segunda
eliminatória.
“Vamos trabalhar no má-
ximo com a nossa equipa. É
a melhor forma de atraves-
sarmos qualquer contratempo
dos adversários e da equipa
de arbitragem”, comentou
sobre o desafio diante da for-
mação do Malawi.
Na primeira “mão”, o
conjunto do Eixo Viário
goleou domingo o adversá-
rio, por 5-0.
António Cristóvão
SEGUNDA RONDA
Kabuscorp
recebe leões
nos Coqueiros
para o Girabola
Kabuscorp do Palanca e
Sporting de Cabinda defron-
tam-se hoje, às 18h00, no
Estádio Municipal dos
C o q u e i ro s , n a b a i xa d e
Luanda, para a abertura da
segunda jornada da 40ª edi-
ção do Campeonato Nacional
de Futebol da 1ª Divisão,
Girabola Zap.
Depois da derrota na aber-
t u ra d a c o m p e t i ç ã o n a
segunda-feira passada,
diante do Recreativo do
Caála, na cidade do Huambo,
a equipa do Bairro Palanca
apresenta-se como a prin-
cipal favorita na disputa pelos
três pontos. Aliás, o Kabus-
corp tem o rótulo de campeão
nacional, mas tem de se
acautelar para não ser sur-
preendido pelos "leões" de
Cabinda.
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Palanquinos tentam primeira
vitória na prova nacional
O Sporting, por seu lado,
veio a Luanda no máximo
da sua força com o objectivo
de contrariar o favoritismo
teórico dos adversários no
seu reduto. Os "leões" estão
bastante motivados também
pela vitória conseguida na
semana passada.
Polícias em casa
Na sequência da ronda, o
Interclube recepciona ama-
nhã, às 15h00, o Recreativo
da Caála no estádio 22 de
Junho, no bairro Rocha Pinto,
enquanto o Sagrada Espe-
rança mede forças diante do
Desportivo da Huíla, às
15h30, na cidade do Dundo.
O Recreativo do Libolo
desloca-se à cidade do Lu-
ena, província do Moxico,
onde amanhã joga com o FC
Bravos do Maquis, às 15h00,
no estádio Jones Kufuna
“Mundunduleno”.
Noutro desafio da jornada,
a Académica do Lobito encara
o JGM do Huambo às 15h00,
no estádio do Buraco, na pro-
víncia de Benguela.
A ronda prossegue no
domingo com o encontro
entre o Cuando Cubango FC
e Domant FC, às 15h00, no
Estádio Municipal de Menon-
gue, num desafio entre equi-
pas que lutam pela
manutenção no campeonato.
A jornada fica marcada
pelo adiamento dos jogos
entre 1º de Maio-1º de Agosto
e Progresso Sambizanga-
Petro de Luanda.
António Cristóvão
ÁGUAS AGITADAS NO FUTEBOL
Federação perde apoio
dos colossos do desporto
Desempenho do elenco encabeçado por Artur Almeida e Silva
está a ser contestado pelo 1º de Agosto e Petro de Luanda
União dos arqui-rivais pode fragilizar elenco directivo da Federação Angolana de Futebol
Honorato Silva
Petro de Luanda e 1º de
Agosto, os maiores emblemas
do desporto nacional, estão
agastados com o elenco enca-
beçado por Artur Almeida e
Silva na Federação Angolana
de Futebol (FAF), cujo man-
dato tem sido marcado por
atrasos na comunicação.
A direcção do clube petro-
lífero, liderada por Tomás
Faria, registou com estra-
nheza a ausência do orga-
nismo federativo no jogo
frente ao Masters Security
Service do Malawi, no Estádio
Nacional 11 de Novembro,
referente à primeira “mão”
da eliminatória de apura-
mento para a Taça Nelson
Mandela.
O triunfo gordo, por 5-0,
foi insuficiente para fazer
com que os responsáveis do
clube do Eixo Viário fechas-
sem os olhos à falta dada
pela FAF, tudo porque a ins-
tituição deixou de informar
quem eram os jogadores ele-
gíveis nas Afrotaças, razão
pela qual o técnico Roberto
Bianchi se viu obrigado,
minutos antes do início do
desafio, a substituir Harrison
Oliveira, reforço oriundo do
Brasil, inscrito apenas em
Dezembro.
Na lista entregue pela
Federação o jogador estava
apto, mas o comissário ao
jogo informou, já nos bal-
neários, a sua indisponibi-
lidade. Com efeito, a equipa
de Tomás Faria solicitou uma
reunião, a ter lugar na pró-
xima sexta-feira, para abordar
a questão e, sobretudo, escla-
recer os pendentes relacio-
nados com a cedência do seu
treinador aos Palancas Negras.
Fonte do Jornal de Angola,
próxima à direcção do Petro
de Luanda, deu conta de que
a FAF não honrou a palavra
dada no acordo, que implicava
o pagamento de uma com-
pensação financeira a Bianchi
e seus colaboradores. A saída
do técnico do comando da
equipa nacional acabou por
resultar de uma decisão uni-
lateral dos dirigentes trico-
lores, na impossibilidade de
contactar o presidente da
Federação.
“A proibição do
reformatio in pejus
aplica-se, pois não
é possível que a
decisão seja
reformulada de
forma que
prejudique o réu,
ainda que tenha o
fito de corrigir erro
material
A entrada tardia do sérvio
Srdjan Vasiljevic, defendeu
a fonte, está relacionada com
a inexistência de um plano
alternativo para a saída do
treinador brasileiro, que
esperava orientar os Palancas
Negras no CHAN disputado
no Reino de Marrocos.
Recurso à FIFA
Para a direcção do 1º de
Agosto, presidida por Carlos
Hendrick da Silva, o caso
dos jogadores castigados por
faltarem à chamada do selec-
cionador nacional não está
encerrado. Os militares pro-
metem chegar à FIFA, na
esperança de verem os seus
direitos defendidos.
Os dirigentes rubros e
negros lamentam o facto do
juízo dominante estar a ser
31
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
feito por cima da ideia de
que os seus jogadores aban-
donaram a Selecção, sem se
ter em conta os contactos
estabelecidos no sentido de
definir os que ficariam ao
serviço do clube, dentro do
espírito de equilíbrio defen-
dido, a dada altura, pelo pre-
sidente da FAF.
O Departamento Jurídico
do clube do Rio Seco contesta
o facto do Conselho Jurisdi-
cional da Federação não ter
respeitado a vedação e gra-
duação da pena, com base
na proibição do “reformatio
in pejus”, no Processo Penal,
no caso de recurso exclusivo
da defesa em favor do réu.
“A proibição do reformatio
in pejus aplica-se, pois não
é possível que a decisão seja
reformulada de forma que
prejudique o réu, ainda que
tenha o fito de corrigir erro
material ou nulidade abso-
luta. Isso significa que o Con-
selho Jurisdicional da FAF
não deveria reformular a
decisão do Conselho de Dis-
ciplina, em sede de recurso
para pior, tanto do ponto de
vista qualitativo, como do
ângulo quantitativo. A ratio
dessa proibição é evitar que
o réu seja prejudicado (indi-
rectamente) por um recurso
seu”, argumentou o jurista
Egas Viegas, especializado
em Direito Desportivo, con-
tactado pelo nosso jornal. O
especialista sustenta a sua
tese com recurso ao artigo
10º do Regulamento de Dis-
ciplina da FAF, que prevê o
seguinte: “Na determinação
da responsabilidade disci-
plinar devem ser observados
os princípios que informam
a Lei Penal”. Logo, “a proi-
bição do princípio do refor-
matio in pejus aplica-se”,
destacou.

SEX16FEV
ISSN 0446-9518
9 770446
ALTO
Educação
Preparar o ano lectivo
Uma boa preparação é meio
caminho para o êxito. Ainda
bem que o Ministério da Edu-
cação assim concluiu e deci-
diu, por orientação do Presi-
dente da República, iniciar,
já agora, a preparar o ano lec-
tivo 2019. E tem razão. É só
reparar na confusão que está
a ser o presente ano lectivo,
com problemas que podiam
ter sido acautelados.
Kilamba Kiaxi
Feiras no município
As autoridades do município
do Kilamba Kiaxi encontraram
um bom método para fazer
frente à venda desordenada
de bens na via pública: realizar
feiras temáticas em dias e
áreas determinadas pela ad-
ministração. Produtos agrí-
colas, livros, materiais infantis
e artesanato são alguns pro-
dutos que os cidadãos podem
encontrar na feira.
BAIXO
Jumbo
Cliente ou ladrão
Um dos supermercados
mais antigos de Luanda, o
Jumbo devia aproveitar me-
lhor este capital para tratar
os clientes com o devido
respeito. Não se pode en-
tender que num espaço vi-
giado de câmaras de vigi-
lância os responsáveis ainda
mandam os seguranças re-
vistar os sacos dos clientes
à porta, para conferir com
a factura. Um gesto degra-
dante e de extrema humi-
lhação para quem paga.
TOLAS & PACHECO por Casimiro Pedro
PUBLICIDADE
951006
MINISTRO DOS TRANSPORTES SARPCO
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Comandante-geral
no fórum de Harare
O comandante-geral nião da organização,
da Polícia Nacional, Al- realizada na Tanzânia
fredo Mingas “Panda”,
avalia em Harare o grau
em Maio do ano pas-
sado, bem como infor-
de cumprimento do pla- mar sobre o plano de
no regional de acção do acção do presidente.
Comité dos Chefes de Acompanham o co-
Polícia do Órgão da SADC mandante-geral , o di-
para Cooperação Polí- rector-geral do Serviço
tica, Defesa e Segurança de Investigação Criminal
(SARPCO). (SIC) e o director de In-
Na qualidade de co- tercâmbio e Cooperação
mandante e presidente da Polícia Nacional.
da organização, Alfredo
Ministro Augusto Tomás defende equipamento adequado para voos domésticos Mingas tem encontros EDIÇÕES NOVEMBRO
marcados com várias
entidades visitas ao cen-
TAAG só trava prejuízos tro de formação de exce-
lências, ao bureau regio-
nal da Interpol e à polí-
cia do Zimbabwe, para
com a compra de aviões além de assistir à ceri-
mónia de inauguração
das novas instalações
do Laboratório de Medi-
O ministro dos Trans- para o transporte aéreo sídios para o transporte cina Forense da Polícia
portes disse ontem, em doméstico e é um pro- aéreo, devendo pelo facto do Zimbabwe.
Luanda, que um estudo cesso que está em curso, ter-se em conta a questão “Panda”, que está em
“bastante profundo” rea- com a participação tam- da relação entre os custos Harare desde terça-feira,
lizado pelo Governo con- bém do sector privado operacionais, os projectos avalia as recomendações
cluiu que o transporte nacional, tendo em conta operacionais da compa- emanadas da última reu- Comandante Panda
aéreo doméstico asse- que é uma tarefa aberta nhia, a ordem financeira
gurado pela TAAG tem para o sector privado”, entre as receitas e despe-
prejuízos acumulados de disse o ministro. sas na óptica económica,
30 anos, necessitando Acrescido a este facto, para a fixação tarifária da
SEMINÁRIO
a companhia de novas Augusto Tomás referiu os companhia.
aeronaves.
Augusto Tomás respon-
custos com o abasteci-
mento de combustível,
“Por isso dizer que esta
é uma área bastante com-
Desenvolvimento local
dia às preocupações apre- salientando que a TAAG plexa, em que a margem,
sentadas por empresários
nacionais, no âmbito do
tem, neste momento, o
preço mais alto do mundo
o risco, a rentabilidade
não é como o comércio, a
é discutido no Huambo
seminário de auscultação em jet fuel. indústria e outros sectores Estácio Camassete/Huambo balho. Na abertura do even-
sobre o Programa de Apoio “Isto tem um reflexo da economia”, referiu. to, o governador da pro-
à Produção, Diversificação imediato no tarifário que Reforçou que a procura Um seminário sobre o víncia, João Baptista Kus-
das Exportações e Subs-
tituição de Importações
é praticado pela compa-
nhia, representando cerca
do serviço aéreo domés-
tico não rentabiliza o tipo
Plano Integrado de Desen-
volvimento Local e Com-
sumua, chamou a aten-
ção para a necessidade de
bate à Pobreza termina prestação de contas, como
(PRODESI). de 28% dos custos ope- de aeronaves que a TAAG
hoje na cidade do Huambo, forma de manter a trans-
Segundo o ministro, racionais”, disse o gover- possui.
numa promoção do Minis- parência da coisa pública.
esses prejuízos baseiam- nante. O titular da pasta A frota da TAAG é com- tério da Acção Social, “Os gestores públicos
se sobretudo no facto de dos Transportes lembrou posta por 13 aviões Boeing, Família e Promoção da devem prestar atenção aos
o tipo de equipamento que não há monopólio três dos quais 777-300 Mulher. O objectivo do procedimentos de moni-
utilizado pela TAAG ser em relação ao transporte ER, com mais de 290 luga- evento é reduzir as assi- torização e prestação de
incompatível para o trans- aéreo doméstico, havendo res e recebidos entre 2014 metrias existentes nas dife- contas, por meio de rela-
porte aéreo doméstico, actualmente cerca de 12 e 2016. Conta ainda com rentes regiões do país e tórios mensais e trimestrais,
sendo mais compatível operadores aéreos priva- cinco 777-200, de 235 fortalecer a coesão social. como forma de ajudar o
para o médio curso. dos no país. lugares, e outros cinco O secretário de Estado Executivo no seu programa
Lúcio do Amaral reafirmou, de combate à pobreza.
“Temos que fazer um Augusto Tomás consi- 737-700, com capacidade ontem, na abertura do O Plano Integrado de
‘road-show’ para selec- derou esta uma área de para 120 passageiros, estes seminário, a intenção do Desenvolvimento Local e
cionar o tipo de equipa- trabalho “bastante com- utilizados para as ligações Executivo angolano de redu- Combate à Pobreza é de
mento mais adequado plexa”, por não haver sub- domésticas e regionais. zir os índices de pobreza, iniciativa Presidencial e
de 36.6 por cento para 25 propõe-se a reduzir os
por cento, que correspon- actuais índices do mal nas
dem a, aproximadamente, comunidades, com prio-
três milhões de angolanos, ridade para a reintegração
entre eles 412.624 ainda dos mais de 80 mil ex-mili-
este ano. tares. Os participantes ao
Na visão do Executivo, seminário abordam “O
segundo o governante, o Plano Municipal Integrado
maior património de An- de Desenvolvimento Local
gola é o povo, daí que tudo e Combate à Pobreza da
fará para conseguir resul- província do Huambo”,
tados sustentáveis no com- “Procedimentos de Exe-
bate à pobreza. O seminário cução do Programa Inte-
vem reforçar as políticas grado de Desenvolvimen-
de acção social, incluindo to Local de Combate à
a formação de pessoas vul- Pobreza”, “Programa de
neráveis, para que possam Municipalização da Acção
adquirir capacidades e Social” e “Mecanismos
competências para apli- de Acompanhamento a
cação no mercado de tra- estes programas”.