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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DE UMA DAS VARAS DA

FAMÍLIA DA COMARCA DE XXX

FULANA, brasileira, solteira, estudante, inscrita na cédula de identidade nº XXX e no


CPF/MF nº XXX, residente e domiciliada na XXX; e FULANO, brasileiro, solteiro, Médico,
residente e domiciliado a XXX, vêm, por intermédio de seus advogados com assinatura
digital e endereço de e-mail: XXX conforme documento de procuraçã o em anexo, vem,
perante Vossa Excelência, propor a presente PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO
EXTRAJUDICIAL PARA ESTABELECIMENTO DE GUARDA, REGULAMENTAÇÃO DE
VISITAS E ALIMENTOS consubstanciada no artigo 515, III do Có digo de Processo Civil,
pelos fatos e fundamentos jurídicos que doravante passa a expor.

I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente as partes, autores declaram-se pobres na forma da lei tendo em vista nã o ter
condiçõ es de arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do sustento
pró prio ou de sua família.
Assim, requerem preliminarmente os benefícios da gratuidade judiciá ria (artigo 3º da lei nº
1.060/50), tendo em vista enquadra-se na situaçã o legal prevista para sua concessã o
(artigo 4º da lei nº 1.060/50 e artigo 98 caput e § 1º,§ 5º do CPC/15).
II – DOS FATOS
Os Requerentes mantiveram relacionamento amoroso entre janeiro de 2014 e maio de
2017. Dessa uniã o nasceu a filha FULANINHA.
Contudo, nã o havendo mais a animosidade em continuar a vida conjugal ante o término da
afetividade recíproca, os Requerentes estã o separados de fato há mais de um ano, nã o
possuindo mais nenhum desejo em retomar a vida conjugal.
III – DA GUARDA DA ÚNICA FILHA EM COMUM E SUA REGULAMENTAÇÃO
A guarda da ú nica filha em comum do casal, FULANINHA, com nascimento em XXX será
compartilhada, de acordo com o artigo 1.583, §§ 1º e seguintes, do Có digo Civil, nos
seguintes termos:
1. A cidade considerada base para a moradia da prole, será a cidade de XXX;
2. A menor passará parte da semana na residência de cada genitor, sendo três dias com a
genitora (segundas, quartas e sextas-feiras) e dois com o genitor (terças e quintas-feiras),
procedendo-se de forma inversa na semana seguinte, e assim sucessivamente;
3. O genitor que estiver na companhia da menor será responsá vel pelo trajeto casa-escola-
casa;
4. Os finais de semana, com início à s 07:00 horas do sá bado e término à s 19:00 horas do
domingo, serã o alternados entre os genitores;
5. Que o convívio nas datas comemorativas de Natal (dia 24 de dezembro) e Ano Novo (dia
31 de dezembro), assim como em feriados locais e nacionais, seja alternado ou dividido
entre os genitores, mediante prévio acordo (se um passar o Natal o outro passa o Ano
Novo);
6. Que a convivência com a prole no dia do seu aniversá rio seja também alternada, um ano
para cada genitor. Todavia, tal alternâ ncia poderá ser substituída, mediante prévio acordo,
(a genitora durante determinado período e o genitor durante outro período) no sentido de
juntos os genitores e suas respectivas famílias se confraternizarem na referida data;
7. Que ambos os genitores se abstenham de entregar a criança sob os cuidados e
responsabilidade de terceiros que nã o sejam seus familiares, bem como que, se por motivo
alheio a sua vontade, um ou outro genitor e seus respectivos familiares nã o puderem ter a
criança sob seus cuidados, que comuniquem e devolvam a prole ao outro genitor;
8. Que, sendo pactuado um dia de visita e ocorrendo qualquer motivo justificá vel que leve
uma ou outra parte a cancelar o encontro, que seja disponibilizada outra data para a
ocasiã o da visita;
9. Que no dia das mã es e dos pais a prole permaneça com o genitor homenageado;
10. Que as férias escolares da prole sejam divididas entre os genitores (metade para cada);
11. É lícito, a qualquer das partes, estando com a guarda momentâ nea da prole, viajarem
em companhia desta para qualquer lugar do país, devendo informar sobre a referida
viagem ao outro genitor previamente. Todavia, caso tal deslocamento cause supressã o do
tempo de convivência da prole com o outro genitor, é lícito a este genitor autorizar o
deslocamento, sem prejuízo da compensaçã o do tempo suprimido em momento vindouro;
12. Em caso de doença grave ou incapacidade de um dos genitores em assistir a prole, ao
outro genitor caberá a guarda unilateral daquela, sendo resguardado o direito de visitas
dos demais familiares do genitor incapacitado, podendo estes, caso assim desejem, se sub-
rogarem nos direitos de convívio do seu parente;
13. Caso os genitores, concomitantemente, se encontrem em estado de incapacidade para
os atos da vida civil, seja por doença grave ou qualquer outro evento, caberá aos avó s
maternos a guarda da prole, sendo estes responsá veis para responder pela criança em
todos os termos e tomadas de decisõ es.
14. Por fim, que a entrega da criança seja efetuada diretamente aos parentes ou na pró pria
escola. Neste ú ltimo caso, sendo deixada no começo da aula por um dos genitores, e o outro
responsá vel por pegar a criança no final da aula, e assim sucessivamente, para que nã o haja
contato direto entre os genitores em razã o da medida protetiva existente.
IV – DOS ALIMENTOS
O casal dispensa reciprocamente o pagamento de pensã o alimentícia.
Entretanto, o genitor, em relaçã o à prole, compromete-se a:
1. Pagar a mensalidade e o material escolar;
2. Pagar o plano de saú de com as variá veis da coparticipaçã o;
3. Alimentaçã o;
4. 50% do vestuá rio;
5. Medicamentos;
6. Lazer.

A genitora, em relaçã o à prole, quando empregada formalmente, compromete-se a;


1. Pagar alguma modalidade esportiva;
2. Um idioma;
3. Alimentaçã o;
4. 50% do vestuá rio;
5. Lazer.

V – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, pugnam a Vossa Excelência pela HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO nos
termos acima descritos, especialmente:
A) O deferimento da guarda COMPARTILHADA da ú nica filha comum dos requerentes,
FULANINHA, nos termos do acordo apresentado no Item III;
B) O deferimento do pagamento dos alimentos, conforme exposto no item IV;
C) O deferimento do pedido de justiça gratuita pelas razõ es acima descritas;
D) A intimaçã o do Ilustre membro do Ministério Pú blico, para elaboraçã o de parecer
apreciativo quanto aos termos deste acordo;
Protesta provar o alegado por via das provas documentais já devidamente ínsitas aos
autos, sem prejuízo de quaisquer outras admitidas em Direito.
Atribui-se o valor da causa em R$ R$ 1.000,00 (um mil reais).
Nesses termos,
Pede e aguarda deferimento.

Natal/RN, 14 de agosto de 2018.

ADVOGADO - OAB/UF

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