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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA

VARA DAS FAMÍLIAS – JEQUIÉ/BA.

Cristiano Pinheiro Andrade Santos, brasileiro, autônomo, RG de nº


634943707, expedido pela SSP/BA, de inscrito no CPF sob o nº 793.230.815-15, e
Marcela Kutras Fonseca, brasileira, odontóloga, com RG de nº 1494334925,
expedida pela SSP/BA, e inscrita no CPF de nº 025.053.705-50, ambos ainda
residentes à Rua dos Curiós, nº 137, Loteamento Recanto dos Pássaros, São Luís,
Jequié/BA, CEP nº 45.203-346, e a menor impúbere Luísa Kutras Pinheiro,
menor, brasileira, nascida em 21.12.2016, neste ato representado pelos 1º e 2º
Peticionantes, todos por meio de seu advogado in fine assinado, conforme
instrumentos procuratórios anexos, requerendo, nesta oportunidade, que todas
as intimações dos atos processuais sejam endereçadas ao advogado MIGUEL
BORGES SANTOS BOMFIM, OAB/BA 55.157, na forma preconizada no Art.
272, parágrafo primeiro, do CPC, sob pena de nulidade, com fundamento no
CC/02, CPF, na Constituição Federal, e todos os ordenamentos pertinentes à
Matéria, propor, em conjunto e de forma consensual, a presente:

AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL c/c


PARTILHA DE BENS c/c GUARDA DE MENOR c/c OFERTA DE ALIMENTOS

Nos exatos termos de Fato e de Direito a seguir expostos:

1. Das Preliminares.

1.1 Da Justiça Gratuita.

Requer a parte Autora o benefício da gratuidade de justiça, nos termos da


Legislação Pátria, inclusive para efeito de possível recurso, tendo em vista ser o
Autor impossibilitado de arcar com as despesas processuais sem prejuízo próprio
e de sua família, conforme o contido no artigo 98 do Código e Processo Civil e,
artigo 5º LXXIV da Constituição Federal/98.
2. Do Reconhecimento e Dissolução da União Estável.

Para todos os efeitos de direito, as parte concordam em fixar o início da


união estável na data de 10 de março de 2014. Outrossim, a dissoluçao se deu por
consentimento mútuo na data de 18 de Janeiro do ano de 2023.

Desta forma, tendo em vista que a vida em comum se tornou impossível,


os Peticionantes menifestam a vontade livre e consciente pelo reocnhecimento e
dissolução da união estável nas datas acima citadas, sendo inviável a
reconciliação.

3. Dos Bens e de Sua Partilha.

A luz do Art. 1.7251 do CC/02, é sabido que na união estável, salo contrato
escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber,
o regime de comunhão parcial de bens.

Por esse motivo, segundo o supramencionado artigo, toma-se como


modelo, para fins patrimoniais, o mesmo regime adotado no casamento, sendo a
hipotese o tratamento concedido à comunhão parcial de bens, restando saber que
durante a covnivência, o único bem adquirido, para fins de partilha nos termos
da lei, foi o seguinte:

a. Um carro, Citroen/C4Cactus FEEL AT, placa policial RDQ 1F66,


fabricação do ano de 2021, modelo 2022, valor atalmente estipuldo de
R$98.624,00(noventa e oito mil, seiscentos e vinte e quatro reais),
segundo Tabela FIPE, anexa.

Assim, em comum acordo, fica estipulado que a meação que faria jus ao 1º
Requerente, será doado para a 2ª Requerente, ficando com o veículo integral a
Sra. Marcela, cuja quem já encontrá-se de posse do veículo desde a dada do fim
do relacionamento citado acima, sendo desta a responsabilidade dos custos para
a transferência do veículo para seu nome.

Resta ainda consgnado, que a partir da data 18 de Janeiro do ano de 2023,


pagamentos de multas, trânsferências, impostos, taxas etc., serão de
responsabilidade exclusiva da 2ª Requerente.

1Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Uma vez abrindo mão de sua meação, certo é que configurará doação,
sendo desta forma, passivo de pagamento do imposto estadual de ITD, este a ser
gerado pela SEFAZ/BA, este que será pago em momento oportuno conforme
determinação deste juízo.

4. Da Guarda Unilateral e da Regulamentação de Visita.

4.1 Da Guarda Unilateral.

Durante o relacionamento do casal, adveio o nascimeno da menor


impubere Luísa Kutras Pinheiro, nascida em 21.12.2016 em Jequié/BA. Em
relação a guarda da menor, O Art. 1.583, §1º2 do Código Civil brasileiro, afimra
que a guarda poderá ser unilateral ou compartilhada, e acrescenta que na
hipotese de guarda unilateral, está será atribuída a um só dos genitores.

Contudo, em complemento, o §5º3 do mesmo artigo, complementa


afirmando que a guarda unilatera obriga aquele que não a detenha, a supervisão
dos interesses do filho, podendo inclusive solicitar informações sobre qualquer
assunto que trate direta ou inderetamente a sáude de seu filho. Ou seja
excelência, certo é que a guarda, ainda que unilateral, não afasta a
responsabilidade dos genitores que a não tem, sobretudo tendo a obrigação de
continuar exercendo seu direito familiar de pai ou mãe.

Desta forma, em consenso e comum acordo entre os Peticionantes, a


Guarda da Menor será exercida de forma unilateral pelo genitor, este 1ª
Requerente conforme Art. 1.584, I4 do CC.

4.2 Da Regulamentação De Visita E Da Moradia Da Menor.

Em verdade, em que pese o relacionamento do casal não haver


possibilidade de prosseguir, os mesmos não possuem má relação entre sí, e por
este motivo, em que pese a guarda unilateral ser exercída pelo Genitor, ora 1º

2 Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. § 1º Compreende-se por guarda


unilateral a atribuída a um só dos genitores (…).
3 § 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses

dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte legítima
para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou
situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus
filhos.
4 Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: I – requerida, por consenso, pelo

pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução
de união estável ou em medida cautelar;
Requerente, a menor morará com a Genitora, contudo passará o dia, durante a
semana com o Genitor.

Isso porque, a Genitora é Odontóloga, e por isso durante o dira a mesma


trabalha fora de casa, ao contrário do Genitor, que é autônomo, trabalhando, vida
de regra em home office, ficando melhor para o desenvolvimento da criança.

4.2.1 Em relação aos FINAIS DE SEMANA:

Estes serão alternados entre os Genitores:

O Primeiro após o protocolo da presente ação com a Genitora; e

O Segundo com o Genitor;

Tal definição prosseguirá assim por diante, não impedindo que se altere
tais visitas em finais de semana em comum acordo, desde que previamente
comunicado e conversado entre as partes.

4.2.2 Já em relação as FÉRIAS ESCOLARES:

Nos Anos Impares: As férias do meio do ano a menor passará a primeira


metada com o Genitor, e a segunda metade com a Genitora; as férias do fim de
ano, a primeira metade será com a Genitora, e a segunda metade com o Genitor
concidindo com os dias de festa de fim de ano (Natal e Ano Novo);

Nos Anos Pares: As férias do meio do ano a menor passará a primeira


metada com a Genitora, e a segunda metade com o Genitor; as férias do fim de
ano, a primeira metade será com o Genitor, e a segunda metade com a Genitora
concidindo com os dias de festa de fim de ano (Natal e Ano Novo);

Tal divisão, não impede que se altere desde que em comum acordo, e
previamente comunicado e conversado entre as partes.

4.2.3 Em relação ao ANIVERSÁRIO DA MENOR:

No dia do aniversário da menor, a mesma passará em anos altenados com


um dos genitores, não impedindo que um esteja presente na comemoração que o
outro fizer, ficando divididno da seguinte forma:

Nos Anos Impares: A menor ficará com o Genitor;

Nos Anos Pares: A menor ficará com a Genitora;


Tal divisão, não impede que se altere desde que em comum acordo, e
previamente comunicado e conversado entre as partes.

4.2.4 Em relação aos FERIADOS:

Estes serão alternados entre os Genitores:

O Primeiro após o protocolo da presente ação com o Genitor; e

O Segundo com a Genitora;

Tal definição prosseguirá assim por diante, não impedindo que se altere
tais visitas em comum acordo, desde que previamente comunicado e conversado
entre as partes.

5. Dos Alimentos.

Os Peticionantes dispensam expresamente a prestação de alimentos


recíprocos, visto que ambos desenvolvem atividade laboral de forma autônoma
para sustento próprio, estando, portanto, desobrigados de prestarem-se qualquer
quantia mútua a esse título.

Contudo, nos termos do Art. 1.694 ss do Código Civil, o Genitor assume o


comprmisso de pagar pensão alimentícia à sua filha, considerando a condição
social atual – binômio necessidade x possibilidade – nos valores a seguir
descriminados:

1. Valor de 01 (um) salário mínimo vigente e atualizado anualmente, à título de


pagamento de alimentos in pecuúnia – Valor: R$1.302,00;
2. Valor equivalente à 46% do salário mínimo vigente, atualizado anualmente,
como pagamento de parte do salário da babá da menor – Valor: R$598,92;
3. Valor à título de pagamento de aluguel de R$1.600,00, cuja qual deverá ser
dividido pelo número de moradores do imóvel, no presente momento duas
pessoas (Genitora e Filha menor) – Valor: R$800,00;
4. O Genitor Também pagará o plano de sáude de sua filha menor;
5. O Genitor ainda pagará o valor de mensalidades escolares de sua filha menor;

______________________________________________________________________

VALOR TOTAL: R$ 2.700,92 (dois mil e setecentos reais e noventa e dois centavos),
acrescido das mensaidade da escola e o plano de sáude de sua filha menor.
Há que se salientar que os valores à título de luz, água IPTU do imóvel em
que a menor viverá com a Genitora, será de responsabilidade desta e que,
qualquer pagamento voluntário feito pelo Genitor para sua filha, não integrará o
valor definido dos alimentos nesse momento não importando em novação ou
qualquer direito de execução do valor à título de pensão alimentícia, sendo lícido
compensação de valores sendo que possível.

6. Da Conclusão e dos Pedidos.

Diante de tudo quanto acima expsoto, como últimos requerimentos desta


Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável, o Autor requer que
Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:

a. Sejam concedidos as Partes os benefícios da Justiça Gratuita, por ser


pobre na forma da lei, não podendo arcar com as despesas processuais nesta
pendenga judicial;

b. Que seja oficiado o excelentissimo representante do parquet para emitir


parecer, conforme reza o Art. 82, inciso II do CPC c/c o Art. 202 do ECA;

c. Conceder, inicialmente, em sede de liminar a guarda unilateral para o


Genitor bem como que seja definido o exercício dos direitos de visitasdos
Requerentes para ao fim, empós de ouvido o parquet, a confirme em Sentença,
pelos fatos e fundamentos já expostos;

d. Julgar procedentes os pedidos formulados na presente Ação De


Reconhecimento e Dissolução de União Estável c/c Partilha De Bens c/c Guarda
De Menor c/c Oferta De Alimentos, para:

1. Reconhecer a união estável entre as Partes, a partir de março de 2014,


declarando-a dissolvida em Janeiro do ano de 2023;

2. A meação que faria jus ao 1º Requerente, será doado para a 2ª


Requerente, ficando com o veículo integral a Sra. Marcela, cuja quem já encontrá-
se de posse do veículo desde a dada do fim do relacionamento citado acima,
sendo desta a responsabilidade dos custos para a transferência do veículo para
seu nome, o que em abrindo mão de sua meação, certo é que configurará doação,
sendo desta forma, passivo de pagamento do imposto estadual de ITD, este a ser
gerado pela SEFAZ/BA, e que será pago em momento oportuno conforme
determinação deste juízo;
3. Determinar a guarda unilateral para o genitor, concedendo ainda a
regulamentação de visitas à menor às partes Requerentes, da forma descrita no
“Item 4” da presente peça;

Protesta e requer, desde já, a produção de provas em todos os meios em


direito admitidas.

Dá-se a causa o valor de R$ 130.410,04(cento e trina mil, quatrocentos e dez


reais e quatro centavos).

Nesses Termos, pede e Espera Deferimento.

Jequié/BA, 15 de fevereiro de 2024.

Cristiano Pinheiro Andrade Santos Marcela Kutras Fonseca

CPF nº 793.230.815-15 CPF nº 025.053.705-50

Miguel Bomfim

OAB/BA nº 55.157

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