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I – DOS FATOS
Diante disso, cumpre esclarecer que o requerido durante todos esses anos se
manteve inerte quanto a sua responsabilidade como genitor, e tampouco quis reconhecer
a paternidade do requerente. Em consequência disso o mesmo não vem contribuindo de
forma efetiva com o devido sustento da criança, que atualmente se encontra aos
cuidados de sua genitora.
Deste modo, por terem os pais obrigação conjunta de assistir seus filhos, se faz
necessário que seja reconhecida a paternidade para que consequentemente o menor
possa gozar do auxílio de seu genitor para a sua subsistência.
II – DO DIREITO
O autor integra com esta demanda com base nos fundamentos processuais do
artigo 1.607 e 1.609 do código civil e artigo 27 do Estatuto da criança e adolescência
para que seja proferido reconhecimento de paternidade.
Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos
pais, conjunta ou separadamente.
Ao analisar os artigos acima citados, verificamos que não precisa que os pais
estejam juntos para tal ato de reconhecimento e que uma vez reconhecida a paternidade
fica impossível a quem reconheceu renegá-lo.
Cumpre ressaltar, o filho foi concebido e com apenas sete meses de idade, no
ano de 2012, o pai, ora requerido saiu de casa, sendo que até os dias atuais, o Autor não
sabe o seu paradeiro, e por essa razão, necessita regularizar a situação para que haja o
reconhecimento de sua paternidade e a garantia do pedido de Alimentos.
TJDF, 2.ª TC: Na fixação dos alimentos, não se leva em conta apenas o
necessário à subsistência, em sentido estrito, mas o que é necessário também para
prover o lazer, vestuário, necessidades eventuais e a mantença de um padrão de
vida conforme as possibilidades do alimentante. (AC 29.243, 09.03.1994, DJU III
11.05.1994, p.5.141).
O parágrafo 1, do artigo 1964 do código civil diz; “Os alimentos devem ser
fixados na proporção das necessidades e dos recursos da pessoa obrigada “.
Portanto, pelo que foi exposto, não resta outro meio para a requerente senão a
busca por este juízo para que seus direitos de fato sejam executados.
DA GUARDA UNILATERAL
Contudo, para que fique claro quanto a pretensão judicial, o que se ora busca é a pedido
de provimento jurisdicional de regularizar a guarda de fato do menor de forma unilateral
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Verifica-se no caso concreto que o autor faz jus à justiça gratuita, levando em
consideração a sua hipossuficiência. Excelência, a ação por si só já embasa a
necessidade de gratuidade, pois se o requerente demanda sobre o pagamento de
alimentos, se percebe que não existe uma forma de custear o processo sem que esse
valor interfira no seu próprio sustento.
IV – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
O autor protesta por empregar todos os meios legais de provas, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados no Código de Processo Civil, para
provar a verdade dos fatos em que se funda o seu pedido e influir eficazmente na
convicção do juiz, conforme artigo 369 do CPC. Especificamente, pela prova
documental, prova testemunhal, prova pericial e pelo depoimento pessoal, sob pena de
confissão, bem como todos os meios que Vossa Excelência entender necessários à
translúcida apuração dos fatos narrados e bom deslinde processual.
V – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais), respectivo ao
valor de doze prestações mensais, equivalente a 24,75% do salário mínimo, para efeitos
fiscais e legais, eis que a ação tem por objeto o cumprimento de ato jurídico, na qual
atribui-se o valor do pedido principal, conforme art. 292, incisos III do CPC.