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Ao Juízo de Direito da Vara da Família da Comarca de Arraial do Cabo-RJ.

competente por distribuição

Assistência Judiciária Gratuita - Lei 13.105/15.


(nome completo da genitora), brasileira, casada, (separada de fato), do lar, portadora do
cartã o de identidade nº 0000-0, MINDEF/RJ, inscrita no CPF sob nº 000.000.000-00,
residente e domiciliada na (rua, nº, bairro, CEP, cidade-uf), endereço eletrô nico: (e-mail),
telefone: (22) 0 0000-0000, e (nome completo do alimentante), brasileiro, casado,
(separado de fato), militar, portador do cartã o de identidade nº 00000-0, MINDEF/RJ,
inscrito no CPF sob nº 000.000.000-00, residente e domiciliado na (rua, nº, bairro, CEP,
cidade-uf), endereço eletrô nico: (e-mail), telefone: (22) 0 0000-0000, ora intermediados
por sua mandatá ria ao final firmado, com endereço eletrô nico e profissional descritos no
roda pé desta, a qual, em obediência à diretriz fixada no art. 77, inc. V, do CPC, indica-o
para as intimaçõ es que se fizerem necessá rias, comparece, com a devida vênia e respeito a
presença do Douto Juízo, nos termos da Lei 5.478/68 e art. 319 e seguintes. do CPC/15,
requerer a homologaçã o judicial do presente
Acordo Consensual de Alimentos com Regulamentação de Guarda e Visitas C/C
Pedido Liminar
em favor dos gêmeos, menores impú beres, (nome completo) e (nome completo),
nascidos em 25.09.2021, nos termos entabulados, pelos fatos e fundamentos que a seguir
aduz.
I – Da assistência judiciária gratuita
O segundo requerente, em que pese o valor de sua remuneraçã o, é responsá vel por 1 (uma)
pensã o alimentícia, se vê impossibilitado de arcar com as custas processuais e honorá rios
advocatício, sem que isso provoque prejuízo de seu sustento e de sua família, pelo que
requer a V. Exa. se digne a deferir a concessã o dos benefícios da Justiça Gratuita, insculpido
pela CRFB/88, art. 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 NCPC, art. 98 e seguintes, posto que
é pessoa juridicamente hipossuficiente. Por ora, junta Declaração do Imposto de Renda
Pessoa Física – DIRPF 2021.
II – Da audiência de conciliação e mediação
Considerando que nã o existe conflito de interesses, bem como a existência de
consentimento mú tuo com relaçã o ao entabulado, ratificado em cartó rio a autenticidade de
suas firmas, desnecessária a audiência de conciliação e mediação, motivo pelo qual
pugna-se pela homologação do presente acordo.
III – Síntese dos Fatos
Os requerentes constituíram matrimô nio em 17.06.2019, sob o regime da Comunhão
Universal de Bens, neste Município e Comarca, conforme Certidã o de Casamento anexo.
Dessa uniã o adveio o nascimento dos gêmeos (nome completo) e (nome completo),
nascidos em 25.09.2021, conforme Certidã o de Nascimento anexo.
Os requerentes estã o separados de fato desde junho/2021, mostrando-se impossível a
reconstituiçã o da vida em comum.
No entanto, convencionam o presente acordo até que se defina em açã o pró pria a
dissoluçã o conjugal culminada com partilha de bens.
IV – Do Acordo de Alimentos
Ante a presente situaçã o, ausente qualquer tipo de coaçã o, mediante concessã o mú tua,
chegam à uma composiçã o amigá vel estabelecendo à título de alimentos, o percentual de
300% (trezentos por cento) do salá rio-mínimo vigente, incidindo sobre 13º salá rio,
atualizado na mesma data e com o mesmo índice de reajuste anual do salá rio-mínimo
estabelecido por lei em vigor no país.
Tal percentagem, atualmente, corresponde a R$ 3.636,00 (três mil seiscentos e trinta e
seis reais), a ser descontados em folha de pagamento pelo empregador e creditados no
Banco Itaú S.A, agência nº 0000, conta corrente nº 00000-0, em nome da primeira
requerente.
Na hipó tese de desemprego ou trabalho autô nomo, o requerente, pagará em favor dos
filhos, valor à título de alimentos o equivalente a 100% (cem por cento) do salá rio-
mínimo vigente, incidindo sobre 13º salá rio, atualizado na mesma data e com o mesmo
índice de reajuste anual do salá rio-mínimo estabelecido por lei em vigor no país, pagos até
o dia 10 de cada mês.
Assim, tendo em vista o presente acordo e a ausência de prejuízo para quem quer que seja,
requerem sua HOMOLOGAÇÃO POR SENTENÇA para que produza seus efeitos legais e
jurídico.
V – Da Regulamentação de Guarda e Visitas
consignam os requerentes que a guarda dos filhos (nome completo) e (nome completo) ,
sejam exercidas de forma unilateral pela genitora, como já vem sendo praticado,
considerando o que dispõ e o art.1.584444 4 4 4 4 4 4, I, do CC C C C C C, sendo assegurado
ao genitor, o direito de visitação de forma livre, propiciando o melhor interesse das
crianças em todos os aspectos.
É direito fundamental da criança e do adolescente ter consigo a presença dos pais, e nã o se
nega que é direito do genitor, que nã o convive com os filhos, de lhe prestar visita nos
termos do art. 19 da Lei 8.069/90.
O art. 1.583, § 5º, do CC diz que à quele que nã o detenha a guarda tem a obrigaçã o de
supervisionar os interesses do filho.
A visitação não é somente um direito assegurado ao pai ou à mãe, é um direito do próprio
filho de com eles conviver, o que reforça os vínculos paterno e materno; esclarece Maria
Berenice Dias (Manual de Direito de Família, 2011, p. 447).
VI – Do direito
Assim, o art. 24 da Lei 5.478/68 permite a proposiçã o da referida açã o para oferecimento
de alimentos, in verbis:
Art. 24. A parte responsável pelo sustento da família, e que deixar a residência comum por
motivo, que não necessitará declarar, poderá tomar a iniciativa de comunicar ao juízo os
rendimentos de que dispõe e de pedir a citação do credor, para comparecer à audiência de
conciliação e julgamento destinada à fixação dos alimentos a que está obrigado.
Ademais, a fixaçã o dos alimentos deverá sempre observar o que se convencionou chamar
de binô mio: possibilidade-necessidade. Isso porque os alimentos nã o devem proporcionar
o enriquecimento sem causa de quem os recebe, e tampouco o empobrecimento de quem
os presta.
E tendo em vista que os genitores têm responsabilidades equivalentes e concorreram em
iguais proporçõ es no ato da concepçã o, deve a obrigaçã o pelo sustento dos filhos ser
dividida também, pois nã o há nenhuma justificativa plausível que justifique a
impossibilidade da genitora em contribuir com a manutençã o das crianças.
Quanto ao direito de visitaçã o, insta salientar que toda criança necessita do apoio familiar,
o que inclui a presença dos pais, para que possa crescer mental e emocionalmente perfeita.
O direito do genitor, que nã o convive com as crianças, de lhe prestar visita é um direito
fundamental do direito de família brasileiro, em razã o de a convivência familiar ser um
direito tanto para o pai como para os filhos que vivem distantes, visto que, apesar de seus
genitores nã o conviverem mais juntos, o vínculo afetivo permanece.
Assim se posiciona o ordenamento jurídico, conforme o disposto no art. 19 da Lei
8.069/90 ( Estatuto da Criança e do Adolescente):
“Art. 19 - Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado no seio da sua família e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária
(...)”.
O Autor tem total interesse em manter o vínculo afetivo-familiar com os seus filhos, no
entanto, nã o pode fazê-lo a qualquer momento do dia ou em qualquer situaçã o sem prévio
planejamento, visto que precisa trabalhar e, além disso, precisa se preparar para receber
seus filhos e aproveitar bem o tempo que possui para passar com eles.
O direito de visita aos filhos deve ser fixado tendo em vista os interesses primordiais da
criança, a manutenção do sentimento de família e o apego aos pais, sem, contudo, desvelar as
eventuais dificuldades decorrentes de horário de trabalho do pai.
VII – Da tutela antecipada
Meritíssimo Juiz, o cerne da questã o na presente revisional cinge à possibilidade do
alimentante ter condiçõ es de ofertar o percentual à título de pensã o alimentícia, que por
ora, correspondente à 300% (trezentos por cento) sob o salá rio-mínimo, até que se resolva
a questã o do divó rcio culminado com partilha de bens.
A concessã o da tutela de urgência, nos termos do art. 300 do CPC/15 exige a presença
cumulativa dos requisitos concernentes à probabilidade do direito invocado e, ainda, o
perigo de dano ou risco ao resultado ú til do processo, os quais, portanto, devem ser
analisados para a verificaçã o do acertamento da decisã o.
É conhecido em matéria de alimentos, a regra bá sica que deve lastrear o arbitramento da
pensã o alimentícia, buscando manter-se a proporcionalidade entre os encargos suportados
e o sustento do alimentando, dentro do binô mio necessidade-possibilidade, insculpido no
art. 1.694, § 1º, do Có digo Civil, bem como o estatuído no art. 1.695 do mesmo codex.
A necessidade dos menores, é presumida, eis que embasada na necessidade urgente dos
alimentados e na aparente possibilidade do alimentante, de forma a se manter o equilíbrio
no predito binô mio necessidade-possibilidade, inequívocos os gastos com alimentaçã o,
saú de, educaçã o, vestuá rio, lazer, dentre outros.
Com essas consideraçõ es, à guisa de sumariedade de cogniçã o, os elementos indicativos de
legalidade imersa trazem à tona circunstâ ncia de que o direito muito provavelmente existe,
requer seja CONCEDIDA a tutela antecipada de urgência, concedendo liminarmente o
percentual à título de pensã o alimentícia em quantia equivalente a 300% (trezentos por
cento) do salá rio-mínimo, oficiando-se a fonte pagadora do segundo requerente para
implantaçã o dos valores descontados em folha.
VIII – Dos Pedidos
Pelo exposto, REQUEREM a V.Exa.:
1. O deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do
CPC/15;
2. Seja deferida a TUTELA ANTECIPADA DE URGÊ NCIA initio lide nos termos nela
pedidos;
3. A intimaçã o do Ilustre membro do Ministério Pú blico, por versar sobre interesse do
menor;
4. A homologaçã o da presente açã o para que produzam os seus jurídicos e legais efeitos,
deferindo à título de pensã o alimentícia em favor dos menores (nome completo) e
(nome completo), no patamar de 300% (trezentos por cento), sobre o salá rio-
mínimo, descontados em folha de pagamento do alimentante e creditados no Banco
Itaú S.A, agência nº 0000, conta corrente nº 00000-0, em nome de (nome
completo da genitora), CPF sob nº 000.000.000-00;
5. A expediçã o de ofício à fonte pagadora do alimentante, qual seja, (nome da empresa),
(rua, nº, bairro, CEP, cidade-uf), endereço eletrônico: (e-mail), telefone: (21)
0000-0000 , para fins de implantaçã o dos valores descontados à título de pensã o
alimentícia;
6. A decretaçã o da guarda unilateral em favor da genitora, como já vem sendo
praticado, considerando o que dispõ e o art1.5844 84, I, d CC C C C C CC C C C C, sendo
assegurado ao genitor, ora alimentante o direito de visitação de forma livre,
propiciando o melhor interesse da criança em todos os aspectos.
IX – Do valor da causa
Atribui à causa, o valor de R$ 3.636,00 (três mil seiscentos e trinta e seis reais), com
observâ ncia ao que prevê o art. 291, do CPC/15, para todos os efeitos legais.
Termos em que pede deferimento.
Arraial do Cabo-RJ, em, ___ de março de 20___.
Advogado (a)
OAB/RJ 000.000
Ante os fatos acima expostos, declaram os requerentes assistidos terem LIDO o presente
acordo, não pairando qualquer dúvida nem vício quanto ao seu conteúdo. E por ser a
expressão da verdade, ratificam por autenticidade suas firmas.
(nome completo da genitora)
CPF 000.000.000-00
(nome completo da genitor)
CPF 000.000.000-00
...
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