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CEP FACULDADE SÃO LEOPOLDO MANDIC

MATEUS HENRIQUE SILVA TURIBUS

BENEFÍCIOS CAUSADOS PELA UTILIZAÇÃO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA


NO PÓS CIRÚGICOS DE IMPLANTES DENTARIOS - REVISÃO DE LITERATURA

Brasília
2023
MATEUS HENRIQUE SILVA TURIBUS

BENEFÍCIOS CAUSADOS PELA UTILIZAÇÃO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA


NO PÓS CIRÚGICOS DE IMPLANTES DENTARIOS - REVISÃO DE LITERATURA

Monografia apresentada ao curso de


Especialização Lato Sensu da Faculdade
São Leopoldo Mandic, como requisito
parcial para obtenção de título de
Especialista em Implantodontia.

Orientador(a): Prof(a). Dr(a).Heloisa


Helena Barbosa Stopa Mazer

BRASÍLIA - DF
2023
FACULDADE SÃO LEOPOLDO MANDIC

Projeto de Pesquisa de Especializaçãodo Curso de Odontologia

BENEFÍCIOS CAUSADOS PELA UTILIZAÇÃO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA


NO PÓS CIRÚGICOS DE IMPLANTES DENTARIOS - REVISÃO DE LITERATURA

BENEFITS CAUSED BY UTILIZATION OF LOW POWER LASER IN SURGICAL


POST OF DENTAL IMPLANTS - LITERATURE REVIEW

__________________________________________

Coordenador(a): Prof(a). Dr(a). Fernando Mendes Morelli

__________________________________________

Orientador(a): Prof(a). Dr(a).Heloisa Helena Barbosa Stopa Mazer

__________________________________________

Pesquisador(a): Mateus Henriue Silva Turibus

BRASÍLIA
2023
RESUMO

As cirurgias de implantes dentários estão sendo cada vez mais frequente por

ser uma das melhores opções quando há falta de algum elemento dental. Quando

executada,podem ocorrer algumas complicações pós-cirúrgicas, tais como: dor,

edema e inflamação. Com controle adequado de antissepsia, cirurgia e instruções

pós-operatórias eficientes, conseguimos diminuir o desconforto pós-operatório.

Como opção coadjuvante tem se usado o laser de baixa intensidade. O laser de

baixa intensidade é uma máquina terapêutica que proporciona um melhor pós-

operatório do paciente com o aumento do potencial regenerativo acelerando assim a

cicatrização, diminuição de edema, com ação analgésica e anti-inflamatória.

O objetivo do estudo será avaliar os benefícios utilizando o laser de baixa

intensidade em pacientes submetidos à procedimentos de implantes dentários

através de uma revisão bibliográfica na base de dados Pubmed, SciELO, Google

acadêmico e LILACS.

Palavras-chaves: Laser de baixa potência, analgesia, cicatrização, ação

anti-inflamatória, edema e implantes dentários.


ABSTRACT

Dental implant surgeries are becoming more and more frequent because it is
one of the best options when there is a lack of a dental element. When performed,
some post-surgical complications may occur, such as: pain, swelling and
inflammation. With adequate control of antisepsis, surgery and efficient postoperative
instructions, we were able to reduce postoperative discomfort. As an adjuvant option,
low-intensity laser has been used. The low-intensity laser is a therapeutic machine
that provides a better postoperative patient with increased regenerative potential,
thus accelerating healing, reducing edema, with analgesic and anti-inflammatory
action. The objective of the study will be to evaluate the benefits using low-intensity
laser in patients undergoing dental implant procedures through a bibliographical
review in Pubmed, SciELO, Google academic and LILACS databases.

Keywords: Low power laser, analgesia, healing, anti-inflammatory action,


edema and dental implants.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................7

PROPOSIÇÃO.............................................................................................................8

REVISAO DE

LITERATURA........................................................................................9

DISCUSSÃO .............................................................................................................14

CONCLUSÃO............................................................................................................16

REFERÊNCIAS .........................................................................................................17

ANEXO A – DISPENSA DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

(CEP)..................19
8

INTRODUÇÃO

O número de estudos cresce cada vez mais em torno do laser de baixa


intensidade, pois o mesmo pode atuar em vários tipos de patologias. Temos como
exemplos: aceleração da cicatrização, aumento da regeneração e remodelação
óssea, diminuição de dor, normalização do sistema imune, instigação de liberação
de endorfina, dentre outros. (Blay, A. 2010)

Laser é uma abreviatura de “Light Amplification of Stimulated Emission of


Radiation” que na linguagem brasileira significa Amplificação da Luz por Emissão
Estimulada de Radiação. O laser proporciona efeitos positivos no pós-operatório dos
pacientes submetidos aplicação do mesmo. (Lins et al., 2010)

O laser de baixa intensidade é um tipo de aparelho que pode emitir radiações


de baixa intensidade, sobre tudo o mesmo não tem potencial destrutivo. O Uso do
laser pode trazer benefícios positivos e pode se obter diferentes respostas variando
da dose, comprimento de onda, irradiação, tempo de aplicação e condições do
tecido tratado. A aplicação induz o crescimento do metabolismo celular, aumento de
potencial regenerativo induzindo assim o efeito bioestimulador, analgésico, anti-
inflamatório e diminuição do edema. (Azevedo et al., 2010)

A aplicação do laser de baixa intensidade é bem aceitável pelos tecidos, sendo uma
ótima opção de tratamento no pós-operatório, pois apresenta efeitos positivos aos tecidos
atingidos pelo laser, um aumentodo metabolismo celular, potencial de regeneração que
eleva o efeito bioestimulador aumentando a cicatrização, efeito analgésico, anti-inflamatório
e redução do edema.

O efeito analgésico produzido pelo laser de baixa intensidade ocorre pela liberação
de endorfina que gera paralisação dos sinais nociceptores, com isso diminui a
sintomatologia dolorosa; o efeito anti-inflamatório é gerado pela capacidade de diminuição
do edema e hiperemia. O laser de baixa intensidade também ajuda no processo de
cicatrização do trauma, aprimorando a remodelação e reparo de tecido ósseo, restabelece a
função neural após lesões e articulam o sistema imune para um melhor reparo. (Barbosa, et
al., 2014).

Vale evidencia que o laser terapêutico proporciona ao organismo uma positiva


resposta no controle da inflamação, com tudo não possui diretamente efeito curativo.
(Lins et al., 2010)

8
9

9
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PROPOSIÇÃO

 Objetivo Geral

O presente estudo tem o objetivo de buscar consenso sobre os benefícios


positivos induzidos pela utilização do laser de baixa potência na cavidade oral, após
cirurgias de implantes dentais.   

 Objetivos específicos

 avaliar os benefícios causados pela utilização do laser de baixa


intensidade na cavidade oral;
 e sua redução de dor e edema, e aceleração da cicatrização no
local onde é aplicado o laser. 

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REVISÃO DE LITERATURA  
 
O termo laser é uma sigla de “Light Amplification of Stimulated Emission of
Radiation” que na linguagem portuguesa significa a dilatação da luz por emissão
provocada pela radiação. O laser no ambiente odontológico foi empregue pela
primeira vez por Stern e Sognnaes em 1965, após isso Sinclair e Knoll configuraram
este tipo de radiação para uso terapêutico. (Cavalcanti et al., 2011).

Os lasers de baixa intensidade, também são conhecidos como laser mole,


frio, terapêutico ou “soft-laser”, possuem emissão de radiação de baixa potência,
sem potencial destrutivo.(Lins et al., 2010)

De acordo com Neves et al. (2005), a classificação do laser se dá através


da potência de emissão da radiação, que por sua vez pode-se obter lasers de alta,
média e baixa intensidade. Os de alta intensidade também denominados como
cirúrgicos (laser quente ou duro) emitem radiação em alta potência possuindo ação
fototérmica de corte, coagulação, vaporização e esterilização dos tecidos, este
viabiliza um potencial destrutivo e são mais utilizados para ajudar em cirurgias ou
remoção de tecido cariado.

Os lasers de média intensidade são caracterizados por emitir radiação de


potência mediana, não possuindo poder destrutivo e são mais utilizados em
fisioterapia (Neves et al., 2005).

O laser de baixa intensidade está cada vez mais se destacando no meio da


implantodontia, pois o mesmo diminui os sintomas da inflamação,
conseqüentemente diminui o uso de drogas analgésicas. Isso é um fato muito
importante, visto que promove a diminuição do uso de medicação que podem
desencadear efeitos colaterais negativos principalmente nas pessoas com maior
idade. (Mayer et al., 2014).

Além disso o laser ido uma opção coadjuvante, na implantodontia, visto que
seu efetivo mecanismo de acelerar a reparação do tecido ósseo Peri-implantar e a
biomodulação dos processos inflamatórios. (Santos et al., 2021).

A implantodontia desenvolveu muito na Odontologia e os conceitos de


reabilitação oral funcional e estética com a ideia de osseointegração ocasionada
pelos implantes dentários. Quando agredido, o tecido ósseo começa de imediato o

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desenvolvimento da reparação tecidual. O laser de baixa intensidade promove a


indução de resposta celular para a homeostase sinestésica, além de desenvolver a
bioestimulação nos processos moleculares e bioquímicos que geralmente se tem
nos tecidos, induz também ação analgésica e anti-inflamatória. (Maciel et al., 2013)

As principais vantagens do uso do laser de baixa intensidade em


implantodontia é o aumento no processo de cicatrização local, como
desenvolvimento de neoformação óssea e recuperação acelerada de ocorrências
neste mesmo tipo de reabilitação. (Maciel et al., 2013)

Após a cirurgia de implante dentário o paciente pode se queixar de inchaço,


dor quando mastiga, sangramento e desenvolvimento de líquido purulento na região
do implante. O laser é uma ferramenta que pode trazer melhorias no pós-operatório
de implantes dentários, pois o mesmo traz uma melhora no processo de
osseointegração favorável a bioestimulação fazendo com que acelere o processo de
cicatrização. (Silva et al., 2014)

Assim que os feixes de luz do laser invadem o tecido pode se apresentar


quatro modelos de interações: absorção, reflexão, difusão ou espalhamento e
transmissão. Absorção: Significa que a luz emitida é retida por diversos
componentes presentes em tecidos e se modifica em outros modelos de energia
(fotoquímicos, térmicos, por ablação instigada pelo plasma e fotodisrupção) atuando
dentro dos tecidos onde foi infiltrado e se dissipando seus efeitos por tecidos aos
redores. Reflexão: Quando se tem uma parte da luz refletida e consequentemente
perdida. Difusão ou espalhamento: Caracteriza pela estruturação do feixe de luz que
aumenta pelos tecidos, favorecendo a diminuição da sua potência. Transmissão: se
define pela introdução total da luz na estrutura do tecido. (Catão; Moura;
Nascimento, 2012).

Existem atualmente algumas referências de valores de densidade energética


em atribuição do efeito esperado, como: efeito antiálgico – de 2 a 4 J/cm 2, efeito anti-
inflamatório de 1 a 3 J/cm 2, efeito regenerativo de 3 a 6 J/cm 2 e efeito circulatório de
1 a 3 J/cm2 (Neves et al., 2005).

O cálculo de densidade energética quando se espera um efeito anti-


inflamatório é apoiado em informações do perfil da inflamação, ou seja, quando
existe uma inflamação aguda deve ser utilizada doses menores, por volta de 3 a 4
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J/cm2, já na inflamação crônica requer doses maiores que variam entre 5 a 7 J/cm 2.
Todos esses fatores devem ser observados pelo profissional para uma melhor
determinação da dose de aplicação, pois os resultados podem variar dependendo do
paciente e tipo de lesão. (Neves et al., 2005)

Outros benefícios do laser de baixa intensidade são o fibrinolítico e


bactericida. O efeito fibrinolítico ajuda na melhora da fibrinólise já no efeito
bactericida se tem um acréscimo na proporção de interferon e ação direta na
membrana bacteriana. (Fernandes et al., 2013).

Outra característica do laser de baixa intensidade é a ação reparadora óssea


melhorada e a otimização da osseointegração, obtendo assim um efeito
bioestimulador em relação a proliferação dos osteoblastos, influenciando também na
produção de matriz óssea e maturação óssea por gerar um aumento da fosfatase
alcalina de todas as proteínas e da concentração de cálcio em tecidos irradiados.
(Fernandes et al., 2013).

Para que se obtenha o efeito desejado do laser é necessário que a luz seja
absorvida pelo tecido, lembrando que a luz refletida, transmitida ou dispersada não
realiza efeito algum sobre o mesmo. A energia absorvida é medida em joules por
centímetro quadrado (J/cm2) e essa absorção da luz de laser irá depender das
características de absorção dos cromóforos e quantidade dos mesmos presentes no
tecido e do comprimento de onda utilizado. São três os efeitos que se pode adquirir
através da absorção da luz: o efeito fototérmico, o fotoquímico e o
fotomecânico. (Cavalcanti et al., 2011).

 O efeito fototérmico acontece quando o cromóforo absorve a energia com o


comprimento de onda emitido e essa energia luminosa se converte em calor sendo
capaz de destruir o alvo atingido. O fotoquímico por sua vez, ocorre após a absorção
da luz, uma reação química realizada por agentes fotossensibilizantes (endógenos
ou exógenos), esse fenômeno é conhecido como o princípio básico da terapia
fotodinâmica. A destruição fotomecânica do tecido se dá através da absorção das
ondas acústicas produzidas pela expansão térmica que ocorre de forma
extremamente rápida (Cavalcanti et al., 2011).

O laser de baixa intensidade é empregue para se obter efeitos


fotobiológicos, fotofisicos e fotoquímicos sobre os tecidos que sofreram irradiação
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por ele. Em Implantodontia está cada vez mais sendo aplicada, pois emprega uma
melhor osseointegração e redução da dor no pós-operatório. (Lobato et al., 2019)

Podemos resultados positivos através do laser de baixa intensidade. Os


efeitos analgésico, anti-inflamatório e cicatrizante se dão através da bioestimulação.
A irradiação nos tecidos pelo laser terapêutico influencia diretamente no
metabolismo de células-alvos, emitindo assim a bioestimulação que age nos eventos
celulares e vasculares, os mesmo influenciam no processo de cicatrização. (Lins et
al., 2010)

Tem se obtido efeitos positivos diante da inflamação com o uso do laser de


baixa potência na primeira fase de cicatrização. Com o uso do laser se tem a
diminuição de mediadores químicos de citocinas, redução de edema , menores
quantidade de migração de células inflamatórias, fazendo com que o tecido
estabeleça seu estado normal mas rápido. (Lins et al., 2010)

Acredita-se que a utilização do laser seja uma excelente opção de


tratamento, devido sua irradiação ser bem tolerada pelos tecidos e não ser invasiva.
A luz laser interagindo com as células e tecidos na intensidade correta, certas
funções podem ser estimuladas como ativação da microcirculação e de mastócitos,
estimulação de linfócitos, produção de novos capilares, elevação na produção de
adenosina trifosfato (ATP) mitocondrial e a proliferação de vários tipos de células,
promovendo, assim, efeitos anti-inflamatórios, analgésicos, além de estimular o
crescimento e regeneração celular. (Lins et al., 2010)

O laser utilizado no tratamento precoce de lesões do nervo alveolar inferior


após cirurgias de implantes dentais, traz benefícios positivos para o paciente pois
diminui a longo prazo a parestesia, e dor neuropática. (Siqueira et al., 2011)

Os lasers de baixa intensidade, como na figura 1, induzem o efeito


analgésico pois impulsionam a liberação de endorfina, impedem sinais nociceptores
e diminui sintomatologia dolorosa. São também anti-inflamatórios pois tem a
capacidade de redução do edema e hiperemia. Além disso, os lasers de baixa
intensidade aumentam o processo de cicatrização do trauma, melhoram a
remodelação e reparo do tecido ósseo, recompõe a função neural depois de lesões
e articulam o sistema imune para proporcionar um melhor reparo.

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Figura 1:

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DISCUSSÃO  

O laser de baixa intensidade age perfeitamente como terapia otimizando a


recuperação pós cirúrgica proporcionando conforto e bem-estar ao paciente, devido
sua ação analgésica, anti-inflamatória, antiedematosa e cicatrizante.

Segundo Núñez (2012, p.55) apud Simunovic (2000), algumas explicações


sobre os efeitos analgésicos da terapia de laser de baixa potência são decorrentes
do aumento de níveis de β-endorfina, seguindo do crescimento da excreção urinaria
de glicocorticoides, que são inibidores da síntese de β-endorfina, também a
hiperpolarização de membrana das células nervosas por diminuição da
permeabilidade da membrana para Na/K. Deste modo também há um aumento de
excreção urinaria de catabólicos da serotonina, alteração do equilíbrio adrenalina-
noradrenalina, crescimento na produção de adenosina trifosfato (ATP), o que pode
promover relaxamento muscular, aumento da microcirculação sanguínea local e,
portanto, do aporte de oxigênio, reduzindo assim asfixia do tecido e acelerando a
retirada de catabólicos nos tecido e aumento do fluxo linfático e redução do edema.  

Os benefícios da terapia de laser de baixa potência na inflamação vem


sendo bastante relatada. Dentre os principais mecanismos que modulam a
inflamação após a terapia de baixa potência envolvem o aumento da
microcirculação, ativação das células de defesa, vasodilatação, promoção da
angiogênese, inibição de mediadores inflamatórios como a prostaglandina E2
(PGE2), aceleração da circulação e efeitos antioxidantes. Todos estes citados,
podem ocorrer concomitantemente desencadeando no efeito modulador da
inflamação, que envolve ação anti-inflamatória e pró-inflamatórias (Meneguzzo;
Ribeiro; Núñez, 2012). 

 A utilização da terapia de laser de baixa potência (TLBP) está relacionada


na aceleração da reparação de feridas por meio da proliferação da síntese de
colágeno em fibroblastos, além de aumentar a secreção de fatores de crescimento.
A liberação de opioides endógenos, drenagem de substâncias álgicas, modulação
da inflamação e inibição de prostaglandinas, são efeitos que também influenciam
para uma reparação mais rápida e de melhor qualidade de acordo com Azevedo;
Ferreira; Souza, 2012). 

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Para Fernandes et al., 2013; Bello-Silva; Azevedo; Eduardo, 2010, o laser de


baixa potência possui um papel importante na reparação do tecido ósseo alveolar,
pois o mesmo exerce função bioestimuladora, na proliferação de osteoblastos sobre
a produção de matriz óssea e maturação óssea, por promover o aumento da
fosfatase alcalina e dos níveis de cálcio nos tecidos que recebem irradiação. O
aumento da microcirculação local e angiogênese promovida pela irradiação do laser
induz a formação de um osso mais vascularizado e com isso, de melhor qualidade.

A aplicação de laser para o controle de edema, segundo Azevedo et al.,


2010 está indicada devido a sua ação na microcirculação local, na ativação do
sistema linfático e na modulação da inflamação. No entanto, a irradiação
diretamente no tecido edemaciado pode ter sua ação comprometida, pois o acúmulo
de líquido presente no tecido pode impossibilitar que a luz penetre e alcance onde o
processo inflamatório está agindo. Sugere-se a aplicação do laser seja diretamente
nos linfonodos responsáveis pela drenagem do local acometido

Com relação às parestesias, os mecanismos de ação da radiação laser na


reparação neurossensorial ainda não são totalmente esclarecidos, porém existem
hipóteses sobre efeitos favoráveis à sua aplicação, acreditando-se que o laser tenha
potencial de regeneração nervosa, estimulação da inervação vizinha exercendo a
função do nervo comprometido e o aumento da microcirculação no local irradiado
auxiliando na nutrição celular local, favorecendo a regeneração nervosa (Azevedo;
Ferreira; Souza, 2012). 

Considerando o melhor comprimento de onda para cada situação, sugere a


literatura que a luz laser vermelha tem como indicação a terapia de tecidos
superficiais como pele e mucosas, e o infravermelho por possuir maior penetração,
pode interagir com estruturas mais profundas, como por exemplo em tecido ósseo
(Fernandes et al., 2013).

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CONCLUSÃO 
          .
A partir deste estudo e avaliação dos artigos, conclui-se que o laser de baixa
intensidade produz um conforto admiravelmente positivo ao paciente quando bem
aplicado. E com este conforto, surgem o efeito analgésico, reduzindo assim, a
sintomatologia dolorosa, ação anti-inflamatória, redução de edema e aceleração do
mecanismo de reparo dos tecidos moles e duros. Propiciando, assim, uma melhor
cicatrização, além de desenvolver o mecanismo neural em casos de lesão.

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REFERÊNCIAS

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ANEXOS

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