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PSS - PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

OBRAS DE REFORÇO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA A MUCARI,


MUNICÍPIO DE CACULAMA

C P P, LDA
Luanda

FEVEREIRO DE 2017
PSS - Plano de Segurança e Saúde
Obras de reforço do sistema de abastecimento de água a Mucari(Caculama)

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 4

1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR E DA EMPRESA CONSULTORA 5

1.1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR 5

1.2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTORA, AUTORA DO ESTUDO 6

2. ENQUADRAMENTO 6

3. ORGANIZAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE 10

4. ORGANIZAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE 10

5. MEMÓRIA DESCRITIVA 13

5.1. OBJECTIVOS DESTE DOCUMENTO 13

5.2. FICHA DE REALIZAÇÃO DA OBRA 13

5.3. MEDIDAS EXIGIDAS PELA LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL 14

5.4. CARACTERIZAÇÃO E DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA OBRA 14

5.5. CONDICIONALISMOS EXISTENTES NO LOCAL E ENVOLVENTE 19

5.6. CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DO TERRENO 20

5.7. LIVRO DE REGISTO DA OBRA 21

5.8. MATERIAIS APLICADOS COM RISCOS ESPECIAIS E MEDIDAS PREVENTIVAS 22

5.9. EQUIPAMENTOS INSTALADOS COM RISCOS 23

5.10. TRABALHOS CUJO ACESSO E CIRCULAÇÃO APRESENTAM RISCOS 24

5.11. REGISTOS DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 26

5.12. FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DE PESSOAL 26

5.13. REGISTO DE ACIDENTES DE TRABALHO 27

5.14. PLANO DE EMERGÊNCIA E EVACUAÇÃO 28

5.15. PLANO DE ACESSO E SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA 29

6. CONCEITOS DE HIGIENE E SEGURANÇA 29

6.1. NOÇÕES BASE 29

6.2. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR 30

6.3. OBRIGAÇÕES DOS TRABALHADORES; 30

6.4. SERVIÇOS DE SHST 30

6.5. ACIDENTES 31

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6.6. PREVENÇÃO 32

6.7. PROTECÇÃO 32

7. EXPOSIÇÃO A RISCOS PROFISSIONAIS 41

7.1. RUÍDO 41

7.2. ILUMINAÇÃO 43

7.3. FERRAMENTAS MANUAIS 44

7.4. MÁQUINAS 44

7.5. RISCOS QUÍMICOS 45

7.6. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 46

7.7. AGENTES EXTINTORES DE INCÊNDIOS 62

8. AVALIAÇÃO DE RISCOS E PERIGOS 64

8.1. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE RISCOS E PERIGOS 64

9. CONCLUSÕES 69

10. GLOSSÁRIO 70

11. ANEXOS - MINUTAS DE FORMULÁRIOS 71

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Implantação do sistema previsto (azul - previsto)

Introdução

O presente Plano de Segurança e Saúde é constituído pelos seguintes capítulos, após uma
breve introdução:

Capítulo 1 – IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR E DA EMPRESA CONSULTORA: identifica o


projecto e a fase em que se encontra; o proponente; a entidade licenciadora; a equipa
técnica responsável pela realização do Plano de Gestão Ambiental e de Recuperação
Paisagística; os antecedentes do estudo, a metodologia e a estrutura do documento.

Capítulo 2 - ENQUADRAMENTO

Capítulos 3 – ORGANIZAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE Descrição do Projecto:


descreve os objectivos e a necessidade do projecto. Descreve o projecto nos aspectos que
são considerados relevantes. Estes capítulos apresentam a localização do projecto, a
caracterização da actividade, dos resíduos produzidos e a programação temporal estimada.

Capítulo 4 - ORGANIZAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

Capítulo 5 - MEMÓRIA DESCRITIVA - objectivos, ficha de realização da obra, medidas exigidas


pela legislação e regulamentação aplicável, caracterização e descrição sumária da obra,

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condicionalismos existentes no local e envolvente, caracterização sumária do terreno, livro


de registo da obra, materiais aplicados com riscos especiais e medidas preventivas,
equipamentos instalados com riscos , trabalhos cujo acesso e circulação apresentam riscos,
registos da segurança e saúde no trabalho, formação e informação de pessoal, registo de
acidentes de trabalho, plano de emergência e evacuação e plano de acesso e sinalização
temporária

Capítulo 6 - CONCEITOS DE HIGIENE E SEGURANÇA: noções base, obrigações, do


empregador, obrigações dos trabalhadores, serviços de shst, acidentes, prevenção,
protecção
Capítulo 7 - EXPOSIÇÃO A RISCOS PROFISSIONAIS: ruído, iluminação, ferramentas manuais,
máquinas, riscos químicos, sinalização de segurança, agentes extintores de incêndios

Capítulo 8 - AVALIAÇÃO DE RISCOS E PERIGOS: metodologia de avaliação de riscos e perigos

Capítulo 9 – CONCLUSÕES: enuncia as principais conclusões do estudo.

Capítulo 10 – GLOSSÁRIO: Descrição dos principais termos/conceitos ligados ao meio-


ambiente e à elaboração do Plano de Segurança e Saúde.

Capítulo 11 - ANEXOS - MINUTAS DE FORMULÁRIOS

1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR E DA EMPRESA CONSULTORA

1.1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

O trabalho que se apresenta constitui Plano de Segurança e Saúde para o projecto de


captação e abastecimento de água a Malange da responsabilidade da empresa CPP, Lda.,
obra que irá decorrer na localidade de Mucari (Caculama), no Município de Caculama, na
Província de Malange, em Angola.

Em conformidade com as leis nacionais em vigor serão desde logo cumpridos todos os
requisitos relativos aos diferentes tipos de projectos de infraestruturas.

Nome da Empresa: CPP, Lda.

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Pessoa de Contacto: D. Ângela Wang Kin

Telefone: 924980800

1.2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTORA, AUTORA DO ESTUDO

Este documento foi elaborado pela empresa SERVAM, Serviços e Produtos para o Ambiente,
SA, empresa com sede na Rua N’ Dunduma, 169, 4º A – Luanda – Angola, com telefone
número 924249090 e endereço de e-mail: servam.ambiente@gmail.com ou acastrovide@
gmail.com. A empresa está registada no Ministério do Ambiente do Governo de Angola.

2. ENQUADRAMENTO
O presente documento refere-se ao projecto: “Obras de reforço do sistema de
abastecimento de água à localidade de Mucari (Caculama)”, e contem os elementos
relevantes em matéria de Segurança e Saúde tendo em vista as intervenções durante a
construção da obra e posteriores à conclusão da obra.

Na fase de concepção, o autor do projecto em matéria de Segurança e Saúde (adiante


designado abreviadamente por Coordenador de Segurança no Projecto – CSP) procura
adoptar soluções arquitectónicas, técnicas e organizativas com vista a eliminar ou reduzir os
riscos nas intervenções durante e posteriores à conclusão da obra nomeadamente para a
futura conservação e manutenção da obra.

Pretende-se que a CPP, no âmbito das suas obrigações e competências, tenha em conta tais
riscos, avaliando-os e determinando as respectivas medidas preventivas a implementar
durante a fase de execução. Deve assim privilegiar o emprego de materiais que não ofereçam
riscos durante a fase de utilização/exploração da obra, caso contrário deverá registar tais
situações e as medidas a ter em atenção nessa fase.

Deverá também considerar todas as situações da obra que tenham que ser objecto de
manutenção e/ou conservação periódica, adoptando ou propondo soluções técnicas
alternativas e medidas preventivas para se proceder às acções de manutenção e/ou

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conservação que se considerar necessárias sem risco ou com risco reduzido, durante a vida
técnica da obra. Deverá, em particular, ter em atenção estas situações sempre que sejam
introduzidas alterações ao projecto da obra, quer por determinação do dono da obra ou seu
representante, quer por iniciativa da própria CPP tratando-se, nomeadamente, de variantes
ao projecto.

Neste último caso (variantes ao projecto apresentadas pela CPP), competirá à CPP cumprir e,
eventualmente, fazer cumprir pelos seus Subcontratados, todas as obrigações legais
decorrentes dessa situação, quer quanto às obrigações atribuídas aos autores dos projectos
quer em matéria de coordenação de Segurança e Saúde durante a elaboração desse projecto
variante.

No caso de equipamentos a incorporar na obra, com ou sem especificações técnicas


definidas no projecto da obra, a CPP deverá ter em especial atenção o atrás referido.

Em todos estes casos, deverá a CPP manter permanentemente informada a


Fiscalização/Coordenador de Segurança em Obra, obtendo as autorizações necessárias.

Tratando-se de intervenções durante um longo período (vida técnica da obra com várias
dezenas de anos), este documento inclui também um conjunto de informação que será útil
em qualquer momento posterior à conclusão da obra, constituindo assim um documento que
conterá a “história” da obra, permitindo prever e prevenir os riscos associados à sua
utilização e às intervenções que venham a ser necessárias.

Ao Dono da Obra (ou à entidade que será responsável pela sua utilização ou pela
conservação/manutenção) compete-lhe posteriormente manter e actualizar este Plano
durante toda a vida técnica desta obra, nomeando para o efeito uma pessoa ou serviço que
ficará responsável por este Plano. Sempre que a “propriedade” da obra seja transferida para
outrem ou outra entidade, os documentos de transferência (ou contratos) de “propriedade”
deverão conter uma cláusula relativa à entrega do Plano para o novo “proprietário”. Tal
poderá ser o caso de transferência do produto construído da entidade que realizou a obra
para a entidade que será responsável pela sua utilização ou pela conservação/manutenção.

Utilizam-se aqui as expressões abreviadas de Coordenador de Segurança em Projecto (CSP) e


Coordenador de Segurança em Obra (CSO). Os responsáveis pelo exercício da coordenação

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de segurança em projecto e em obra serão aqui referidos pelas abreviaturas CSP e CSO,
respectivamente.

Sempre que se faça referência à CPP (como Entidade Executante), à Fiscalização ou a


qualquer dos acima referidos coordenadores de segurança, pretende-se significar os
respectivos representantes para a presente obra.

Por outro lado, sempre que se faça referência a Subcontratados pretende-se significar os
subempreiteiros, subcontratados de cedência de mão-de-obra ou de equipamento,
trabalhadores independentes, prestadores de serviços e, nos casos aplicáveis, as respectivas
sucessivas cadeias de subcontratação.

Salvo nos casos expressamente indicados, os prazos estabelecidos em dias neste documento
referem-se a dias úteis, excluindo-se portanto Sábados, Domingos e Feriados,
independentemente de a CPP estar autorizado a trabalhar nestes dias. Por outro lado,
sempre que o início da contagem dos prazos indicados neste documento seja a data da
consignação da obra, pretende significar-se esta ou, se aplicável, a data da primeira
consignação parcial.

O Decreto n.º 31/94 de 5 de Agosto é um dos importante documentos legislativos de Angola


que regulamenta o Sistema de Higiene e Segurança no Trabalho.

O sistema de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, tem como finalidade a efectivação do


direito à segurança e à protecção da saúde no local de trabalho, de modo a organizar e
desenvolver a actividade de acordo com os métodos e normas estabelecidas na legislação
vigente para que as entidades empregadoras e os trabalhadores, assim como os órgãos
competentes do Estado intervenientes nesta matéria, cumpram com as atribuições
estabelecidas neste decreto. A aplicação das medidas estabelecidas na legislação permitirá
garantir as condições mínimas de segurança com vista a prevenir os riscos de acidentes e
doenças profissionais.

No diploma entende-se por:

 Sistema de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho um conjunto de normas e


regulamentos que visam a melhoria das condições é do meio ambiente de trabalho,
tendentes à salvaguardar a saúde e integridade física do trabalhador, assim como a

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aplicação consciente dos princípios, métodos e técnicas da organização do trabalho,


conducentes à redução dos riscos profissionais;
 Segurança no trabalho é um conjunto de actividades que permitem estudar,
investigar, projectar, controlar e aplicar os métodos e meios técnicos-organizativos
que garantam condições seguras, higiénicas e confortáveis no trabalho, como
também, das disposições jurídico-normativas de protecção no trabalho;
 Higiene no trabalho é um conjunto de métodos e técnicas não médicas tendentes a
preservar a vida e a saúde dos trabalhadores contra a agressividade dos agentes
ambientais nos locais de trabalho onde exercem as suas funções;
 Saúde no trabalho não é só a ausência de doença ou mal estar, abarca também os
elementos físicos e mentais que afectam a saúde, estando directamente
relacionados com a segurança, a higiene e a saúde no trabalho;
 Prevenção é o conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas
as fases tia actividade da empresa, tendo em vista evitar ou diminuir os riscos
profissionais;
 Risco é a combinação da probalidade e da gravidade de aquisição de uma lesão ou de
um dano para a saúde de acordo com a causa é o efeito, o momento e a
circunstância da sua ocorrência;
 Acidente de trabalho é o acontecimento súbito que ocorre pelo exercício da
actividade laboral ao serviço da empresa e que provoque no trabalhador lesão nu
danos corporais de que resulte incapacidade parcial ou total temporária ou
permanente para o trabalho ou a morte;
 Doença profissional é a alteração da saúde patologicamente definida, gerada por
razões da actividade laboral nos trabalhadores que de forma habitual se expõem à
factores que produzem doenças e que estão presentes no meio ambiente de
trabalho ou em determinadas profissões ou ocupações;
 Incêndio é a reacção de combustão não controlada que se desenvolve num lugar e
que para a sua interrupção necessita de uma intervenção com substância e meios
próprios, podendo provocar, como consequência, perda de bens materiais ou de
vidas humanas.

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3. Organização do Plano de Segurança e Saúde

O presente PSS é constituído por um Documento Base e por um Apêndice que inclui um
conjunto de anexos. O Documento Base corresponde o presente PSS iniciado na fase de
projecto. O Apêndice deverá ser elaborado e mantido permanentemente actualizado pela
CPP de acordo com o que se especifica adiante.

O presente documento-base está organizado em quatro partes: Introdução; Memória


Descritiva; Caracterização da Obra e Acções para a Prevenção de Riscos. Inclui também um
conjunto de modelos referidos ao longo deste PSS e que se apresentam em anexo deste
documento que a CPP poderá utilizar como referência para o desenvolvimento dos seus
próprios modelos, os quais deverão ter, no mínimo, a informação relevante aqui
apresentada.

A referência, em qualquer momento da execução da obra, ao Plano deve sempre entender-


se como significando este documento base com todas as alterações, adaptações,
complementos e registos integrados até esse momento no Apêndice.

4. Organização da Documentação do Plano de Segurança e Saúde

Este Plano foi elaborado de forma a ter um carácter dinâmico e evolutivo durante a execução
dos trabalhos da obra, devendo integrar os projectos, planos e registos de todas as medidas
do âmbito da Segurança e Saúde que tenham influência nas intervenções posteriores à
conclusão da obra, nomeadamente, quanto às intervenções de conservação/manutenção.

Assim, todas as adaptações/complementos devem considerar a inclusão/integração dos


elementos preparados nos prazos estabelecidos. As adaptações/complementos serão
sempre feitas atendendo aos processos construtivos e métodos de trabalho utilizados na
execução dos trabalhos pela CPP, aos condicionalismos existentes, à organização do estaleiro
e ao planeamento da obra. Os documentos a integrar deverão estar redigidos em língua
portuguesa ou ser acompanhados de tradução.

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Para a integração dos elementos que constituem as adaptações/complementos do Plano


resultante da implementação do preconizado neste Plano, deverá a CPP constituir os anexos
referidos no texto com uma numeração sequencial (cuja lista se apresenta no início do
Apêndice a este Plano, e que poderá e deverá ser complementado com outros anexos a criar
durante a execução dos trabalhos) e acrescentar outros que durante a execução da obra a
CPP, a Fiscalização/Coordenador de Segurança em Obra venham a considerar necessários.

O desenvolvimento/complemento do Plano consiste assim essencialmente na preparação e


integração de projectos, planos e procedimentos referidos neste documento e na realização
de registos das acções executadas que no seu conjunto serão incluídos nos anexos.

A manutenção actualizada da documentação do Plano é responsabilidade da CPP, no que


respeita aos elementos referidos no presente documento.

Sempre que o volume de documentos a integrar num dado anexo justifique a criação de um
arquivo próprio (dossier), deve a CPP proceder à sua preparação, identificação e organização
nos moldes previstos e registar o facto no respectivo anexo.

Todos os arquivos do âmbito do Plano deverão permanecer no estaleiro, arrumados de modo


organizado em estantes, durante toda a fase de construção. Caso seja necessário utilizar
documentos noutros locais devem ser efectuadas cópias.

As lombadas das pastas de arquivo que sejam criadas no âmbito do Plano devem ser de cor
diferente da do Plano de Segurança e Saúde (documento apresentado em separado),
definida pela Fiscalização/Coordenador de Segurança e Saúde, por solicitação da CPP, e
identificar objectivamente o seu conteúdo conforme seguidamente se exemplifica,
apresentando-se também algumas regras para a identificação de documentos e arquivos.

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 Todos os documentos que devam ser assinados e/ou


datados não poderão ser integrados neste Plano sem as
correspondentes assinaturas e/ou datas respectivas.

 Todos os projectos, planos, procedimentos e registos


deverão referenciar a CPP e a designação da obra.

 Cada projecto, plano ou registo pode ser composto por


Designação da Empreitada várias páginas, indicando-se o Número de página/Total de
páginas do documento. Eventuais anexos dos documentos
serão objecto do mesmo tipo de paginação.
Símbolo e
designação  Dentro de cada pasta de arquivo os documentos serão
do Empreiteiro
organizados de acordo com os sistemas de codificação
estabelecidos pela CPP e por numeração sequencial no
caso dos registos, atendendo às datas da sua realização.
Plano de
Segurança  Em todas as pastas de arquivo ou secção das mesmas os
e Saúde documentos mais recentes são arquivados sobrepondo-se
aos mais antigos (números maiores sobre os menores).
Anexo N.º  Todos os documentos substituídos serão mantidos em
Designação do anexo arquivo devendo ser mencionado sobre os mesmos a data
da substituição e a referência do documento que os
substituiu.

No início de cada pasta haverá um índice com o conteúdo da mesma. Quando estas forem
organizadas por secções estará patente no início da pasta o índice das secções e dentro de cada
secção, uma folha para averbamento do seu conteúdo.

Nas pastas de registos existirá cópia actualizada do Controlo de Assinaturas e Rubricas, onde
estarão identificadas todas as pessoas autorizadas a assinar documentos do âmbito do Plano
(elementos da CPP e da Fiscalização). Caso haja lugar à execução de trabalhos durante o prazo
de garantia, a CPP obriga-se a elaborar e promover a integração dos elementos
desenvolvidos no Plano, sempre que se justifique. No final desses trabalhos deverá entregar
à Fiscalização os complementos ao presente PSS elaborados, incluindo registos para ser
anexados em poder do Dono da Obra.

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5. Memória Descritiva

5.1. Objectivos deste Documento


O presente Plano de Segurança e Saúde, referente ao projecto “Obras de reforço do sistema
de abastecimento de água à localidade de Mucari (Caculama)”, pretende responder ao
exigido na legislação em vigor com o objectivo de prevenir os riscos durante a realização das
obras e nas intervenções posteriores à conclusão da obra, identificando-se nomeadamente
as seguintes intervenções:

 operações de reparação, manutenção e conservação das redes instaladas, podendo


incluir, eventualmente, o arranque e a reposição de pavimentos e a abertura,
entivação e fecho de valas;
 operações de substituição e/ou reparação de elementos: vãos; impermeabilizações;
revestimentos; pinturas; cobertura; etc.;
 trabalhos em arranjos exteriores;
 operações de manutenção, reparação ou substituição de equipamentos;
 operação de recolha dos resíduos sólidos colectados;

Em todas estas situações ou outras idênticas, o acesso e a permanência do pessoal dessas


intervenções às diferentes partes da obra deverão ser objecto de atenção em todas as fases
de realização da obra, devendo privilegiar-se as soluções que melhor possam prevenir o risco
de acidentes de trabalho nessas intervenções, sem prejuízo da elaboração de Fichas de
Procedimentos de Segurança para a execução desses trabalhos.

5.2. Ficha de Realização da Obra


No decurso da execução da obra a CPP deverá enviar à Fiscalização a informação que lhe
compete preenchendo a Ficha de Realização da Obra.

Com a recepção provisória da obra ou, se for o caso, com a última recepção provisória, a CPP
deverá actualizar esta ficha e anexar a última lista de subempreiteiros a que corresponde,
incluindo nessa lista os trabalhadores independentes cujas intervenções tenham sido
relevantes.

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5.3 Medidas exigidas pela legislação e regulamentação aplicável


Pelo Decreto n.º 31/94 de 5 de Agosto as entidades empregadoras são obrigadas a tomar as
medidas úteis e necessárias para que o trabalho seja realizado em ambiente e condições que
permitam o normal desenvolvimento físico, mental e social dos trabalhadores que os proteja
contra acidentes de trabalho e doenças profissionais. Além disso devem:
a) conceber instalações e processos de trabalho onde os factores de riscos não estejam
presentes, sejam reduzidos ao mínimo ou identificados e limitados os seus efeitos sobre o
homem;
b) integrar na gestão da empresa as actividades de segurança, higiene e saúde no trabalho
como uma componente do processo produtivo, adoptando oportunamente as medidas
preventivas que se imponham em função dos riscos existentes ou previsíveis;
c) cumprir e fazer cumprir todas as normas e disposições legais relativas à segurança, higiene
e saúde no trabalho;
d) criar a Comissão de Prevenção de Acidente de Trabalho e os serviços de segurança e
medicina do trabalho de acordo com o que for estabelecido sobre a matéria;
e) elaborar o regulamento específico de segurança, higiene e saúde no trabalho e o
programa de prevenção para efeito de sensibilização.

5.4. Caracterização e Descrição Sumária da Obra


Enquadramento

Neste capítulo, identificam-se condicionalismos existentes e aspectos relevantes relativos à


natureza do terreno. Refere-se ainda ao livro de registo de obra, aos materiais incorporados
com riscos a ter em conta e inclui-se uma lista não exaustiva de registos da qualidade e da
Segurança e Saúde no trabalho.

Essa informação que deve ser devidamente organizada, constitui uma importante
ferramenta para a prevenção de acidentes e doenças profissionais dos trabalhadores
intervenientes nos trabalhos de conservação/manutenção do produto construído.

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Descrição Sumária da Obra

A obra “Obras de reforço do sistema de abastecimento de água à localidade de Mucari


(Caculama)”, compreende resumidamente os seguintes trabalhos:

a) Componentes de captação (coordenadas: 8° 2'7.38"S; 16°19'19.45"E):

 Construção de captação no rio Loma, através da construção de um pequeno açude e


poço lateral de captação de água;
 Instalação de estação elevatória (EE1) com bombas submersíveis de eixo vertical (os
componentes hidráulicos ficam imersos e o motor de acionamento é instalado em
área seca, no topo) colocadas na estrutura de derivação lateral ao açude, com
capacidade de 40 m³/h e altura manométrica de aproximadamente 160 m.c.a.,
correspondente ao dimensionamento para o HP1 (2026) com um período de
funcionamento de 16 horas;
 Implantação de adutora de água bruta em PEAD PE100 PN20, PN16 e PN10 Ø160
numa extensão aproximada de 3800 m, até ao reservatório de água bruta (RAB).

b) Componentes de reserva e tratamento de água (coordenadas: 8° 1'54.14"S /


16°20'41.07"E):

 Construção de reservatório de água bruta (RAB) em betão armado com 60 m3


(correspondente a 1 hora de funcionamento da ETA em HP2);
 Instalação de estação elevatória (EE2) para elevação de água à cabeça da ETA, com
capacidade para 40 m3/h e altura manométrica a definir de acordo com as
características da ETA, devidamente preparada para reforço em HP2;
 Estação de tratamento de água (ETA) com uma capacidade total de 40 m³/h, que
funcionará cerca de 16.5 horas para o HP1 (2026);
 Construção de reservatório de distribuição de água (RAT) em betão armado com
duas células de 75 m³, perfazendo uma capacidade total de 150 m3;
 Instalação de estação elevatória (EE3) com capacidade de 40 m³/h (preparada para
reforço futuro para 60 m³/h para o HP2) e uma altura manométrica de 20 m.c.a., que
fará a elevação da água desde o reservatório apoiado de água tratada ao
reservatório elevado;
 Reabilitação do reservatório elevado existente de 50 m3 (RD).

c) Componentes de distribuição:

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 Reforço e expansão da rede de distribuição gravítica;


 119 Ramais domiciliários;
 11 Ligações a consumidores prioritários;
 224 Ramais de torneira de quintal;
 Construção de 5 chafarizes de 2 bicas e 1 lavandaria de 8 tanques (ou reabilitação
dos existentes).

A implantação de condutas inclui a abertura, entivação e fecho de valas, o arranque e a


reposição de pavimentos e ainda a realização dos diversos movimentos de terra associados.

A construção das estações elevatórias e reservatórios inclui: movimentos de terras, execução


de fundações directas, execução de estruturas de betão armado, redes internas de
distribuição de água e drenagem de águas residuais, revestimentos, impermeabilizações e
arranjos exteriores; fornecimento e montagem de equipamento hidromecânico e
electromecânico; instalações eléctricas, instrumentação de controle, iluminação exterior, etc.

Trata-se de uma obra que envolve uma grande complexidade de trabalhos de construção civil
e instalação de equipamentos metalomecânicos, electromecânicos e eléctricos. Salientam-se
de seguida aqueles que sendo mais significativos possuem também condições potenciais de
risco:

 execução de valas e caixas profundas associadas à instalação de condutas, ao longo


das vias existentes, estradas secundárias e picadas municipais, com a consequente
necessidade de sinalização especifica e protecção contra a o risco de queda de
pessoas ou veículos;
 movimentos de terra, escavações e aterros associados à execução de estações
elevatórias, muito profundas, com eventuais afluxos de água, que deverão ser
conduzidos de forma a garantir as indispensáveis condições de segurança dos
trabalhadores e do público e a evitar desmoronamentos;
 instalação e montagem das instalações electromecânicas, dos quais se salientam os
riscos associados ao efeito do ruído, poeiras (ventilação deficiente), trabalhos com
soldaduras e com electricidade.

O facto de os trabalhos se encontrarem afastados uns dos outros, deverá obrigar a uma
organização dos mesmos que tenha presente estes e outros riscos, bem como as medidas

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para os controlar, nomeadamente no que se refere a meios de comunicação, socorro e


primeira intervenção.

Planeamento temporal

O planeamento temporal da obra é o seguinte:

DURAÇÃO DA OBRA POR ETAPAS

ITEM ETAPAS DURAÇÃO (DIAS)

1 Elaboração do projecto 2016.9.13~2017.2.12 150


2 Aquisição dos materiais 2016.10.20~2017.4.20 180
3 Execução da obra 2017.1.1~18.8.12 582

TEMPO TOTAL: 700

Ferramentas

As ferramentas a serem utilizadas na obra encontram-se definidas no quadro abaixo:

FERRAMENTAS
ITEM DESCRIÇÃO UNI. QTD.

1 Balde de ferro para construção U 30


2 Carro de mão reforçado U 10
3 Colher de pedreiro nº 9 U 20
4 Escova de aço com cabo de madeira U 20
5 Espátula dura 2" U 15
6 Marreta de 1,5kg com cabo de madeira U 15
7 Martelo de unha de 27mm U 2
8 Pá quadrada com cabo de madeira U 10
9 Ponteiro comum de aço 10" U 10
10 Ponteiro para martelo rompedor tex-10/11 7/8" U 6
11 Serrote profissional U 2
12 Enchada U 10

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As máquinas e equipamentos que serão utilizados na execução da obra encontram-se descritos no


quadro abaixo:

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS NA OBRA

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE QT.


1 Betoneira Un 3
2 Betoneira de argamassa Un 4
3 Cortador de varão de ferro Un 1
4 Curvador de varão de ferro Un 1
5 Compressor Un 3
6 Compactor eléctrico de tábua Un 4
7 Vibrador de betão Un 8
8 Máquina de disco de madeira Un 2
9 Plaina de madeira Un 1
10 Máquina de rosca de tubo Un 1
11 Máquina de curva de tubo Un 1
12 Máquina de corte de tubo Un 2
13 Perfurador Un 1
14 Máquina de soldagem Un 2
15 Electrobomba Un 4
16 Electrobomba submersível de água suja Un 3
17 Gerador diesel Un 6
18 Basculante pequeno Un 5
19 Cilindro Un 1
20 Camião a grua Un 1
21 Giratório Un 2
22 Retroescavador Un 4
23 Motor-nivelador Un 2
24 Pá-carregador Un 2

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Recursos Humanos

Previsão dos recursos humanos

PREVISÃO DOS RECURSOS HUMANOS

Nº DE EMP.
ITEM FUNÇÃO SECTOR ACTIVIDADE
F M
1 Director da obra Administração Gestão da obra 1
2 Director adjunto Administração Gestão da obra 1
3 Chefe supervisão/qualidade Dep. técnico Gestão de qualidade 1
4 Chefe de logística Dep. técnico Gestão de material 1
5 Técnico Dep. técnico Trabalhos técnicos 1
6 Cozinheiro Cozinha Preparar comida 1
7 Carpinteiro Obra de Malange Cofragem e decoração 9
8 Pedreiro Obra de Malange Alvanaria,reboco e betão 8
9 Serralheiro Obra de Malange Preparação varões de ferro 4
10 Montador de aindaime Obra de Malange Montgem/desm. Andaimes 2
11 Pintores Obra de Malange Pintura, impermeabilização 2
12 Electricista Obra de Malange Trabalhos eléctricos 4
13 Canalizador Obra de Malange Trabalhos de canalização 8
14 Soldador Obra de Malange Soldagem 2
15 Motorista Obra de Malange Conduzir 4
16 Mecânico Obra de Malange Montagem/reparação equipamentos 1

TOTAL 0 50

5.5 Condicionalismos Existentes no Local e Envolvente

A CPP deverá elaborar, até à recepção provisória da obra, documento contendo a


identificação de todos os condicionalismos existentes ou executados na área consignada à
CPP e que permanecem após a conclusão dos trabalhos, nomeadamente serviços afectados,
(enterrados e/ou aéreos).

Tal documento deverá, nos casos aplicáveis, ser acompanhado de plantas reduzidas (formato
A4 ou A3, desde que legíveis, por áreas devidamente identificadas) abrangendo toda a área
consignada à CPP, onde este registará os condicionalismos existentes (serviços afectados,

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enterrados ou aéreos), com indicações sobre a sua exacta localização, quer na horizontal (por
ex. distâncias a pontos fixos existentes), quer na vertical (por ex. profundidades).

Identificam-se nomeadamente os seguintes condicionalismos que importa registar:

 Travessias de infra-estruturas rodoviárias


 Implantação de condutas ao longo de estradas nacionais e municipais;

 Travessias de linhas de água;

 Intervenção em linhas de média e de baixa tensão, para fornecimento de


electricidade às Estação Elevatórias e Reservatórios.
 Possibilidade de ocorrência de inundações nas zonas baixas de Mucari (Caculama).

A CPP arquivará esse documento como anexo com toda a informação referida devidamente
organizada e contendo índices adequados no início.

5.6 Caracterização Sumária do Terreno

Mucari (Caculama) localiza-se a cerca de 1080 m acima do nível do mar, apresentando um


clima tropical húmido. A região de Mucari (Caculama) é caracterizada por um clima tropical
húmido mesotérmico com temperaturas entre os 20ºC e 25ºC e pluviosidade média anual de
1125 mm, existindo duas principais estações ao longo do ano:

 Estação seca e fresca – entre Maio e Agosto


 Estação chuvosa e quente – entre Agosto e Abril/Maio

O clima da região de Mucari (Caculama) caracteriza-se pela distribuição de temperaturas


mais baixas na zona de planalto (municípios de Cacuso, Malanje, Caculama, Kiwaba, Nzoji,
Kalandula e parte de Mucari (Caculama) e Cangandala).

Mucari (Caculama) está integrado na Província de Malanje, província que é composta por
três regiões bem definidas e distintas, Planalto de Malanje, Baixa de Kassanje e Songo ou Alto
Kwanza.

CPP, Lda 20/77


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O Planalto de Malanje consiste numa zona relativamente plana com altitudes médias entre
1000 m e 1250 m, com limitação, a sul, do rio Kwanza e, a este e nordeste, a escarpa que
define o desnível para a Baixa de Kassanje.
No lado oeste do Planalto de Malanje encontra-se o sub-planalto com altitudes entre os 600
m e 650 m, sendo que esta área corresponde a cerca de 25% da área total do Planalto
caracterizada pela irregularidade e aspereza do relevo (montes-ilhas ou inselberg),
nomeadamente as Pedras Negras de Pungo Andongo.

5.7. Livro de Registo da Obra

A legislação de obras públicas obriga a CPP a expressamente organizar um registo da obra,


em livro concebido para tal efeito, com as folhas numeradas e rubricadas por si e pela
Fiscalização na data de assinatura do auto de consignação da obra, o qual conterá uma
informação sistemática e de fácil consulta dos acontecimentos mais importantes
relacionados com a execução dos trabalhos. No início desse livro devem registar-se os
elementos que a Fiscalização determinar, nomeadamente os seguintes:

 Data de abertura das propostas;


 Data de assinatura do contrato;
 Valor de adjudicação;
 Data de início da obra;
 Prazo global e prazos parcelares de execução da obra;
 Data prevista de conclusão da obra.

Os factos a consignar obrigatoriamente no livro de registo da obra serão indicados no


decurso da sua execução pela Fiscalização e incluirão, nomeadamente:

 Datas de início e conclusão dos trabalhos mais importantes;


 Substituição dos planos de trabalhos, assinalando-se os desvios verificados
relativamente ao plano anterior e as razões de tais desvios;
 Suspensões de trabalhos;

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 Registo de trabalhos a mais da mesma espécie dos previstos e de espécie diferente, e


os trabalhos a menos;
 Acidentes de trabalho ocorridos no decurso da execução da obra;
 Elementos entregues pela Fiscalização à CPP;
 Dificuldades surgidas no decorrer da obra;
 Esclarecimento de dúvidas na interpretação do projecto;
 Prorrogações dos prazos global e parcelares;
 Visitas efectuadas à obra por entidades oficiais;
 Casos de violação do cumprimento de quaisquer obrigações da CPP previstas neste
caderno de encargos;
 Avarias de equipamentos que impeçam o desenvolvimento normal da obra;
 Ensaios de materiais e equipamentos;
 Reuniões de obra realizadas;
 Outros acontecimentos importantes relacionados com a execução da obra.

O Livro de Registo de Obra será rubricado pela Fiscalização e pela CPP em todos os
acontecimentos nele registados e ficará ao cuidado deste último, que o deverá apresentar
sempre que solicitado pela primeira ou por entidades oficiais com jurisdição sobre os
trabalhos.

A CPP, para além de entregar esse Livro de Registo de Obra ao Dono da Obra, integrará cópia
de todas as páginas desse Livro, onde incluirá também os contratos (inicial e adicionais)
elaborados com o Dono da Obra e ainda os autos de Recepção Provisória (da obra na sua
globalidade e/ou parciais). À entidade responsável pela conservação/manutenção do
produto construído competirá anexar ainda os autos de Recepção Definitiva (da obra na sua
globalidade e/ou parciais).

5.8. Materiais Aplicados com Riscos Especiais e Medidas Preventivas

A obra“Obras de reforço do sistema de abastecimento de água à localidade de Mucari


(Caculama)”, não inclui, à partida, materiais com riscos especiais para a Segurança e Saúde

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na fase de utilização/exploração. No entanto, caso a CPP ou a Fiscalização considerem que


foram aplicados materiais nessas condições, deverão elaborar um quadro listando esses
materiais, como se mostra no exemplo seguinte, onde se refiram potenciais riscos e
respectivas medidas preventivas.

LISTA DE MATERIAIS APLICADOS COM RISCOS ESPECIAIS E MEDIDAS PREVENTIVAS

N.º Trabalhos Riscos potenciais Medidas preventivas

A lista, complementada nos termos referidos, deverá ser arquivada pela CPP em anexo ao
Plano, juntamente com a eventual documentação técnica de suporte (especificações) dos
cuidados a ter com esses materiais.

5.9. Equipamentos Instalados com Riscos na Utilização, Conservação e


Manutenção

A obra “Obras de reforço do sistema de abastecimento de água à localidade de Mucari


(Caculama)”, poderá incluir equipamentos instalados que envolvam riscos na sua utilização,
conservação e/ou manutenção. Caso a CPP ou a Fiscalização considerem que foram
instalados equipamentos nessas condições, deverão elaborar um quadro listando esses
equipamentos – como se mostra no exemplo seguinte – onde se refiram potenciais riscos e
respectivas medidas preventivas.

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LISTA DE EQUIPAMENTOS INSTALADOS COM RISCOS E MEDIDAS PREVENTIVAS

N.º Trabalhos Riscos potenciais Medidas preventivas

Para cada um destes equipamentos, a CPP deverá elaborar um documento de suporte


(especificações), devidamente capeado e datado com a identificação da obra e a designação
desse equipamento, o qual deverá conter uma memória descritiva sumária dos aspectos
mais relevantes e instruções a ter em conta durante o período de vida técnica da obra para a
sua correcta utilização, conservação e manutenção, incluindo em anexo o respectivo manual
do equipamento contendo as especificações técnicas, e bem assim o Manual de Instruções
de Funcionamento e Manutenção referido no caderno de encargos, ou referência à
localização deste.

A lista acima apresentada deverá ser arquivada pela CPP, juntamente com todos os
documentos de suporte referidos.

5.10. Trabalhos cujo Acesso e Circulação Apresentam Riscos

A obra “Obras de reforço do sistema de abastecimento de água à localidade de Mucari


(Caculama)”, inclui trabalhos cujo acesso e circulação apresentam riscos sempre que haja
necessidade de se proceder à sua monitorização ou conservação/manutenção. Esses
trabalhos são identificados no quadro a seguir e onde se referem potenciais riscos e
respectivas medidas preventivas.

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TRABALHOS CUJO ACESSO E CIRCULAÇÃO APRESENTAM RISCOS E MEDIDAS PREVENTIVAS


N.º Trabalhos Riscos potenciais Medidas preventivas
1 OPERAÇÕES DE REPARAÇÃO, MANUTENÇÃO E QUEDA EM ALTURA DELIMITAÇÃO DE ESCAVAÇÕES COM GUARDAS;
CONSERVAÇÃO DAS REDES INSTALADAS, CORRECTA UTILIZAÇÃO DE ESCADAS DE MÃO; ETC.
PODENDO INCLUIR, EVENTUALMENTE, O QUEDA NO MESMO NÍVEL LIMPEZA DO ESTALEIRO; ARRUMAÇÃO ORDENADA DE
ARRANQUE E A REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS E A MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS DE ESTALEIRO
ABERTURA, ENTIVAÇÃO E FECHO DE VALAS SOTERRAMENTO ENTIVAÇÃO ADEQUADA DE VALAS; DELIMITAÇÃO DE
ESCAVAÇÕES EFECTUADAS COM GUARDAS; ETC
INTOXICAÇÃO VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE GÁS SULFÍDRICO;
VERIFICAÇÃO DO REGULAR FUNCIONAMENTO DO
SISTEMA DE VENTILAÇÃO
2 OPERAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO E/OU QUEDA EM ALTURA UTILIZAÇÃO DE GUARDA-CORPOS; REDES DE
REPARAÇÃO DE ELEMENTOS: VÃOS; PROTECÇÃO EXTERIOR; EXECUÇÃO ADEQUADA DE
IMPERMEABILIZAÇÕES; REVESTIMENTOS; ANDAIMES; CORRECTA UTILIZAÇÃO DE ESCADAS DE
PINTURAS; COBERTURA; ETC. MÃO; ETC.
QUEDA NO MESMO NÍVEL LIMPEZA DO ESTALEIRO; ARRUMAÇÃO ORDENADA DE
MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS DE ESTALEIRO
INTOXICAÇÃO VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE GÁS SULFÍDRICO;
VERIFICAÇÃO DO REGULAR FUNCIONAMENTO DO
SISTEMA DE VENTILAÇÃO
3 OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO, REPARAÇÃO OU EXPLOSÃO TODAS OS EQUIPAMENTOS DEVEM SER INSTALADOS E
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS LESÕES, FERIMENTOS MANTIDOS POR PESSOAL COMPETENTE E
DEVIDAMENTE AUTORIZADO
INTOXICAÇÃO VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE GÁS SULFÍDRICO;
VERIFICAÇÃO DO REGULAR FUNCIONAMENTO DO
SISTEMA DE VENTILAÇÃO
4 INTERVENÇÕES AO NÍVEL DOS QUADROS ELECTROCUSSÃO TODAS AS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
ELÉCTRICOS, NO POSTO DE TRANSFORMAÇÃO ELÉCTRICOS DEVEM SER CONSTRUÍDOS, INSTALADOS E
OU NOS EQUIPAMENTOS DE ILUMINAÇÃO MANTIDOS POR PESSOAL COMPETENTE E
EXTERIOR DEVIDAMENTE AUTORIZADO
INTOXICAÇÃO VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE GÁS SULFÍDRICO;
VERIFICAÇÃO DO REGULAR FUNCIONAMENTO DO
SISTEMA DE VENTILAÇÃO
QUEDA EM ALTURA EXECUÇÃO ADEQUADA DE ANDAIMES; CORRECTA
UTILIZAÇÃO DE ESCADAS DE MÃO; ETC.
5 OPERAÇÃO DE RECOLHA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS INTOXICAÇÃO VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE GÁS SULFÍDRICO;
COLECTADOS VERIFICAÇÃO DO REGULAR FUNCIONAMENTO DO
SISTEMA DE VENTILAÇÃO
6 OPERAÇÕES DE REPARAÇÃO, MANUTENÇÃO E QUEDA EM ALTURA EXECUÇÃO ADEQUADA DE ANDAIMES; CORRECTA
CONSERVAÇÃO DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO UTILIZAÇÃO DE ESCADAS DE MÃO; ETC.
INTOXICAÇÃO VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE GÁS SULFÍDRICO;
VERIFICAÇÃO DO REGULAR FUNCIONAMENTO DO
SISTEMA DE VENTILAÇÃO

NOTA: As medidas preventivas são complementadas com a utilização dos EPI adequados para cada caso.

Esta lista deverá ser objecto de análise pela CPP que a deverá complementar com outros
incluindo as respectivas medidas preventivas, podendo também a Fiscalização/CSO
determinar em qualquer momento a inclusão de outros.

A lista acima apresentada deverá ser arquivada pela CPP.

CPP, Lda 25/77


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5.11. Registos da Segurança e Saúde no Trabalho

A CPP deverá constituir no decurso da obra uma lista de registos da Segurança e Saúde no
trabalho, incluindo nomeadamente:

 Declaração de entrega do PSS pela CPP ao dono da obra;


 Última Comunicação Prévia, incluindo anexos (subempreiteiros, declarações, …);
 Último quadro de Registo de Apólices de Seguro de Acidentes de Trabalho;
 Último quadro de Controlo Geral de Equipamentos de Apoio;
 Última acta da Comissão de Segurança e Saúde da Obra efectuada;
 Último quadro de registo de acidentes de trabalho e índices de sinistralidade;
 Última monitorização do Plano de Segurança e Saúde da obra;
 Último relatório da auditoria interna da Segurança e Saúde no trabalho efectuada;
 Outros documentos que a Fiscalização/CSO determinar no decurso da execução dos
trabalhos.

A CPP arquivará essa lista e respectivos registos da Segurança e Saúde no trabalho acima
referidos.

5.12. Formação e Informação de Pessoal

Sempre que esteja previsto no caderno de encargos ou no projecto, a CPP deverá assegurar a
formação e informação adequada ao pessoal a quem competirá a conservação/manutenção
da obra e, em particular, tratando-se de equipamento instalado.

O Plano de Formação e Informação poderá incluir acções de diversos tipos, nomeadamente:

 afixação nos locais adequados de informações gerais sobre o equipamento,


realçando aspectos essenciais para a sua manutenção e/ou funcionamento;

CPP, Lda 26/77


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 proporcionar a formação específica

Todas as acções do âmbito da Formação e Informação devem ser registadas, incluindo


nomeadamente, registos de presenças, tema abordado, duração, número e grupo de
trabalhadores envolvidos, idioma da acção, etc..

A CPP incluirá todos os documentos desenvolvidos no âmbito da Formação e Informação,


nomeadamente calendarizações de acções, assim como os registos comprovativos da
realização das mesmas.

5.13. Registo de Acidentes de Trabalho

Sempre que ocorra um acidente de trabalho nas intervenções de construção,


conservação/manutenção da obra, para além das participações legais, deve ser efectuado
um relatório de investigação registando-se todas as informações relevantes que permitam
uma análise detalhada desse acidente.

Anualmente, o responsável pela conservação/manutenção da obra deverá elaborar uma


ficha que resume os acidentes de trabalho ocorridos no ano e todos os sinistrados do ano
anterior que ainda se encontrem de baixa. Essas fichas de registo terão de ser arquivadas,
juntamente com os relatórios de investigação e as participações às Companhias de Seguros e,
nos casos aplicáveis, também às entidades oficiais.

Na utilização desse quadro durante a vida útil da obra, dever-se-á observar o seguinte:

a) Consideram-se todos os acidentes comunicados às Companhias de Seguros e às


instituições de Saúde (Hospitais, Centros de Saúde);

b) No caso de acidente envolvendo mais do que um trabalhador, o número de acidentes


de trabalho são tantos quantos os sinistrados;

c) Na contagem do número de dias de trabalho perdidos não se considera o dia da


ocorrência do acidente nem o do regresso ao trabalho. Note-se que se consideram dias
de trabalho e não dias seguidos;

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d) Tratando-se de acidentes de trabalho ocorridos com trabalhadores de Subcontratados


nas intervenções de conservação e/ou manutenção, no número de dias perdidos serão
contabilizados todos os dias de trabalho até ao final do contrato desse Subcontratado.
Em qualquer dos casos, o limite para a contagem do número de dias de trabalho
perdidos termina na data prevista de conclusão do trabalho.

5.14. Plano de Emergência e Evacuação

Em todas as intervenções de construção, conservação/manutenção deverá sempre prever-se


um adequado Plano de Emergência e Evacuação, estabelecendo as medidas a aplicar em
caso de acidente, o qual deve incluir, nomeadamente, o seguinte:

 Afixação (ou disponibilização) no local dos trabalhos de lista de telefones de


emergência, nomeadamente Bombeiros, Polícia, Hospital, entidades concessionárias
de serviços afectados, Serviços Camarários, protecção Civil, etc.;
 Meios adequados à intervenção para os primeiros socorros;
 Identificação da pessoa com formação em prestação de primeiros socorros
(socorristas do trabalho) e respectivos meios disponibilizados a este para rápida
comunicação;
 Devem evitar-se trabalhadores isolados, sendo as equipas de trabalho constituídas
no mínimo por 2 trabalhadores;
 Caminhos e sinalização adequada de acesso a todas as frentes de trabalho para
evacuação de sinistrados em caso de acidente de trabalho, e de todo o pessoal da
intervenção, em caso de ocorrência de catástrofe (por exemplo, incêndio, explosão,
inundação).

Os documentos preparados no âmbito do Plano de Emergência e Evacuação terão de ser


arquivados.

CPP, Lda 28/77


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5.15. Plano de Acesso e Sinalização Temporária

Nas intervenções de construção, conservação/manutenção do produto construído, o acesso


com ou sem permanência prolongada dos trabalhadores a partes ou elementos da obra pode
e deve exigir cuidados especiais de segurança que importa identificar, determinando-se as
respectivas medidas de prevenção.

Tratando-se de intervenções na via pública (por ex. para construção, reparação e/ou
substituição de tubagens) mantendo a circulação rodoviária, terá de ser elaborado um
adequado Plano de Sinalização Temporária.

6. Conceitos de Higiene e Segurança

6.1. Noções Base

Perigo:
Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou ferimentos para o
corpo humano ou danos para a saúde, para o património, para o ambiente do local de
trabalho ou uma combinação destes.

Risco:
Combinação da probabilidade de ocorrência de uma situação potencialmente perigosa e da
sua gravidade.
Risco = Probabilidade X Severidade

Acidente:
É um acontecimento não planeado e não controlado no qual a acção ou a reacção de um
objecto, substância, indivíduo ou radiação resulta num dono pessoal ou na probabilidade de
tal ocorrência.

Dano para a Saúde:

CPP, Lda 29/77


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Perda de saúde comprovadamente causada ou agravada pela actividade ou pelo ambiente de


trabalho de uma pessoa.

6.2. Obrigações do Empregador

 Evitar os riscos;
 Avaliar os riscos que não possam ser evitados;
 Combater os riscos na origem;
 Ter em conta o estádio de evolução técnica: progresso e meios modernos de
produção;
 Integrar a prevenção dos riscos na organização;
 Adaptar o trabalho ao homem
 Optar por medidas de protecção colectiva, antes de introduzir medidas de protecção
individual;
 Fornecer instruções adequadas à segurança e saúde dos trabalhadores;
 Organizar na empresa um serviço de prevenção;
 Elaborar uma lista de acidentes de trabalho, que tenham provocado incapacidades;
 Informar, consultar, formar os trabalhadores;
 Controlar a saúde dos trabalhadores

6.3. Obrigações dos Trabalhadores

 Utilizar correctamente os aparelhos, instrumentos, máquinas, substâncias e


equipamentos colocados à sua disposição
 Utilizar correctamente os equipamentos de protecção individual, que deverão
conservar no local que lhes está destinado
 Colocar os dispositivos de segurança nas máquinas e instalações correspondentes, e
utilizá-los correctamente

6.4. Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

CPP, Lda 30/77


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 A Organização dos Serviços de Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho é da


responsabilidade da gestão da empresa, tendo como principal objectivo:
o A prevenção dos riscos profissionais e a promoção da saúde de todos os que
nela trabalham
 O que deve fornecer:
o Identificação e avaliação de riscos;
o Planeamento da prevenção;
o Elaboração do programa de emergência;
o Promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores;
o Organização e manutenção dos registros de segurança e clínicos;

6.5. Acidentes

A luta contra os acidentes é sempre o primeiro passo de toda a actividade preventiva:


 São causas dos acidentes:
o Condições Perigosas;
o Actos Inseguros
 Acidentes – Condições Perigosas:
o Instalações mal ou não protegidas;
o Máquinas e/ou ferramentas em mau estado;
o Falta de protecção individual eficaz;
o Armazenamento perigoso;
o Falta de protecção individual eficaz;
 Acidentes – Actos Inseguros:
o Actuar sem autorização ou sem avisar;
o Não utilizar ou neutralizar os dispositivos de segurança;
o Não utilizar o equipamento de protecção individual previsto;
o Carregar, misturar e armazenar de forma errada;
o Adoptar posições pouco seguras ou adoptar posições inadequadas;
 Acidentes de Trabalho – Definição:
o É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de
trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação

CPP, Lda 31/77


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funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de


ganho ou a morte.

6.6. Prevenção

 Vantagens da Prevenção:
o Aumento da produtividade e, consequentemente dos resultados das
empresas;
o Melhoria da qualidade dos produtos ou serviços prestados
(competitividade);
o Melhoria da imagem interna e externa da empresa (motivação dos
colaboradores);
 Redução dos custos directos em indemnizações por lesões, incapacidade, etc. Porque
diminuem:
o Dias de trabalho perdidos;
o Despesas por assistência médica;
o Medicamentos;
o Indemnizações por salários perdidos;
o Pensões por invalidez ou morte;
o Despesas com deslocações;
o Custos de reabilitação;
o Prestação de Primeiros Socorros;
 Redução dos custos indirectos inerentes ao tempo perdido a:
o Socorrer o acidentado;
o Investigar as causas de trabalho;
o Tratar dos aspectos legais;
o Retomar o ritmo normal de trabalho;
o Reparar ou substituir os equipamentos avariados

6.7. Protecção

 Protecção Colectiva: Técnica que protege todas as pessoas contra os riscos que não
sejam possível de evitar ou reduzir.

CPP, Lda 32/77


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o Exemplos:
 Corrimões; Protectores de máquinas; Ventilação geral Extracção
localizada, Isolamento de máquinas ruidosas

 Protecção Individual (EPI – Equipamento de Protecção Individual): É qualquer


equipamento que se destina a ser usado pelo trabalhador para se proteger contra
um ou vários riscos que ameacem a sua segurança ou saúde no trabalho, assim como
qualquer complemento ou acessório que se destine a este fim.
o Cuidados:
 Devem ser limpos com regularidade;
 Devem ser guardados num local limpo e seco após cada utilização;
 Têm de ser seguidas as instruções do fabricante. Facultadas no seu
idioma

 EPI, deverá ser:


o Eficaz; Robusto; Prático; Cómodo; Fácil limpeza e conservação

 Protecção Individual (EPI – Equipamento de Protecção Individual): Permitirá evitar muitos


acidentes com incidência: na cabeça, mãos, pés, nos olhos..

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Protecção das Vias Respiratórias/Cara:

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Protecção das Mãos:

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Protecção dos Olhos e da Cara:

CPP, Lda 36/77


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Protecção dos Pés:

CPP, Lda 37/77


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Protecção da Cabeça:

CPP, Lda 38/77


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Protecção dos Ouvidos:

CPP, Lda 39/77


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Protecção do Corpo:

CPP, Lda 40/77


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7. Exposição a Riscos Profissionais

7.1. Ruído

Ruído

RUÍDO - “RISCO PROFISSIONAL MAIS FREQUENTE NA INDÚSTRIA”


Ruído – fenómeno acústico (som) indesejado, incómodo e desagradável.

Efeitos do Ruído
Níveis excessivos, com exposição prolongada, lesionam irreversivelmente certos terminais
nervosos do ouvido;
 Alterações respiratórias;
 Alterações cardiovasculares;
 Alterações digestivas;
 Alterações visuais;
 Perturbações de sono;
 Irritabilidade;
 Cansaço

Medidas de Prevenção do Ruído


 Eliminar o ruído na fonte
o Eliminar ou substituir por máquinas mais silenciosas
o Modificar o ritmo de funcionamento da máquina
 Actuar sobre o meio
o Revestimento das paredes e do tecto com materiais que absorvem o som
o Utilização de divisórias que absorvam o som
 Medidas de Protecção Individuais
o Formar e informar os trabalhadores
o Reduzir o tempo de exposição
o Distribuir o EPI adequado

CPP, Lda 41/77


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Medição do Ruído
 Determinar se os níveis sonoros são susceptíveis de provocar dano auditivo ou
deterioração do ambiente;
 Determinar a radiação sonora do equipamento;
 Obter dados para o diagnóstico (planos para a redução do ruído)

Vibrações Mecânicas
 Ruído com frequência mais baixa
o Vibrações “Localizadas” – Ferramentas Manuais:
 Eléctricas
 Pneumáticas
o Efeitos
 Alterações neuro-vasculares (mão)
 Problemas nas articulações
 Perda de substância óssea

o Vibrações “Corpo Inteiro” – Operadores de Grandes Máquinas


o Efeitos
 Problemas na coluna vertebral
 Dores lombares
 Pequenas lesões nos rins
 Cansaço visual
 Perda de substância óssea

 Vibrações Mecânicas – Medidas Preventivas


o Semssibilização do Pessoal (formação e organização do trabalho)
o Controlo Médico (vigilância periódica)
o Actuação sobre os focos produtores das vibrações pela vigilância do estado
das máquinas
o Modificação da frequência de ressonância, variando a massa ou a rigidez do
elemento vibrante

CPP, Lda 42/77


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o Uso de materiais isolantes (borracha) e/ou absorventes das vibrações que


atenuem a transmissão destas ao homem
o Isolamento do condutor de maquinaria mediante a suspensão do assento
e/ou da cabina relativamente ao veículo

Origem Medidas a Adoptar

Ferramentas Vibratórias Desenho ergonómico da ferramenta de forma a que o seu peso,


Portáteis forma e dimensões se adaptem especificamente ao trabalho
Emprego de dispositivos antivibratórios que reduzam a intensidade
das vibrações criadas ou transmitidas ao homem

Maquinaria Pesada Redução das vibrações próprias do veículo estabelecendo suspensões


Isolamento do condutor por suspensão do assento ou da cabine
relativamente ao veículo

7.2. Iluminação

 Um sistema de iluminação deve assegurar:


o Níveis de iluminação suficientes
o Um contraste adequado na tarefa
o O controlo dos encadeamentos
o A redução do risco de acidentes
o Um determinado grau de conforto visual

 Iluminação: Consequências da Má Iluminação


o Maior esforço
o Maior cansaço visual
o Tensão nervosa
o Dores de cabeça
o Visão toldada
o Postura incorrecta do corpo
o Ansiedade ou nervosismo
o Falta de concentração

CPP, Lda 43/77


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o Diminuição da eficácia e da produtividade


o Aumento do número e gravidade de acidentes de trabalho

7.3. Ferramentas Manuais

 Principais Causas das Lesões:


o Utilização incorrecta das ferramentas;
o Utilização de ferramentas defeituosas;
o Emprego de ferramentas de má qualidade;
o Transportar ferramentas no bolso, entrega de uma ferramenta a alguém (por
lançamento) e armazenamento incorrecto (são deixadas no chão ou sobre
bancadas);
o Contacto com elementos cortantes;
o Projecção de fragmentos;

 Ferramentas Manuais: Medidas de Prevenção


o Verificar todas as ferramentas antes de começar o trabalho;
o Aquisição de ferramentas de qualidade
o Usar as ferramentas apenas para o fim a que se destinam
o Formação adequada para a utilização de cada tipo de ferramenta
o Uso de óculos de protecção sempre que existirem riscos de projecção de
partículas
o Uso de luvas ao manipular ferramentas cortantes;
o Retirar todos os adornos quando se trabalha com ferramentas;
o Manutenção periódica;
o Utilizar apenas as ferramentas necessárias e manter as restantes
devidamente arrumadas;
o Arrumação em caixas ou painéis adequados

7.4. Máquinas

 Medidas de Prevenção

CPP, Lda 44/77


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o Consultar o manual de instruções que acompanha a máquina, antes de


executar qualquer tarefa – conhecer os riscos e as instruções da máquina
que utiliza;
o Os operadores das máquinas devem receber formação adequada. Não
permita que pessoal não qualificado trabalhe com máquinas;
o Certificar-se sempre que os comandos de emergência são fáceis de alcançar;
o Verificar regularmente se os protectores estão colocados e em boas
condições de operacionalidade

7.5. Riscos Químicos

 Formas de existência na natureza:


o Sólida
o Líquida
o Gases
o Vapores

 Contaminantes químicos ou agentes químicos – substâncias, que pela forma em que


se apresentam, podem ser absorvidas pelo organismo e produzir em pouco tempo,
ou ao longo dos anos, efeitos nocivos para a saúde do indivíduo.

 Categorias de Substâncias Perigosas


o Explosivas;
o Comburentes;
o Extremamente Inflamáveis;
o Inflamáveis;
o Tóxicas;
o Nocivas;
o Corrosivas;
o Irritantes;
o Sensibilizantes;
o Cancerígenas;
o Perigosas para o ambiente

CPP, Lda 45/77


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7.6. Sinalização de Segurança

Tipos de Sinalização:

Tipos de Sinalização:

CPP, Lda 46/77


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Sinal de segurança que proíbe um comportamento susceptível de causar perigo.


Características:
o Forma circular;
o Margem e faixas vermelhas;
o Símbolo preto;
o Fundo branco;
o A cor vermelha deve cobrir, pelo menos, 35% da superfície da placa.

CPP, Lda 47/77


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Proibição de Fumar
Este sinal deve ser colocado em locais onde se pretenda impedir de fumar, devido a diversos
factores:
 Proteger a saúde das pessoas nos locais de trabalho (escolas, salas de reuniões,
refeitórios, hospitais e postos clínicos, etc.);
 Presença de atmosferas explosivas;
 Manuseamento e/ou armazenamento de substâncias
inflamáveis;
 Locais com carga de incêndio elevada e facilmente inflamável;
 Manuseamento de substâncias químicas nocivas por ingestão e/ou inalação;
 Ambientes nos quais se requer um grau de pureza elevado (indústria farmacêutica;

Proibição de fazer Lume e Foguear


Este sinal deve ser colocado em locais onde se pretenda evitar a presença de chamas nuas,
tais como:
 Presença de atmosferas explosivas;
 Manuseamento e/ou armazenamento de substâncias
inflamáveis;
 Locais com carga de incêndio elevada e facilmente inflamável;
 Na proximidade de reservatórios de substâncias facilmente inflamáveis e/ou
explosivas;

Passagem proibida a peões


Deve ser colocado sempre que se pretenda evitar a passagem de peões
num determinado local, pode ser utilizado, entre outras, nas seguintes
situações:
 Quando exista trânsito de veículos, nomeadamente transportadores de cargas;
 Quando existir perigo evidente para a circulação de peões, quer devido às
actividades que são exercidas quer devido ao tipo de materiais e equipamento
utilizado.

Proibição de apagar com água

CPP, Lda 48/77


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Deve ser utilizado sempre que seja interdita a utilização de água como agente
extintor. Nas imediações deste local devem ser colocados agentes extintores
alternativos

Agua não potável


Este sinal deve ser colocado em todos os locais onde exista água imprópria para consumo:
 Torneiras;
 Reservatórios
 Tanques
 Cursos de água

Proibida a entrada a pessoas não autorizadas


Este sinal deve ser colocado em locais cujo acesso só pode ser facultado a
determinadas pessoas.

Passagem Proibida a veículos de Movimento de Cargas


Este sinal deve ser colocado em locais onde se pretende impedir a entrada
de veículos transportadores de cargas. Deve ser afixado junto dos acessos
aos respectivos locais que se pretendem interditar

Não Tocar
Deve ser colocado junto de materiais ou equipamentos sensíveis ao toque
podendo alterar a sua qualidade e/ou constituam perigo.

CPP, Lda 49/77


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 Sinal de segurança que adverte um perigo


 Características:
o Forma triangular;
o Pictograma negro sobre fundo amarelo;
o Margem negra;
o A cor amarela deve cobrir, pelo menos 50% da superfície da placa.

Substâncias Tóxicas
Este sinal adverte para a existência de substâncias perigosas para a
saúde, num determinado local. Sempre que num local sejam
armazenadas ou manuseadas substâncias tóxicas que possam colocar em
risco a saúde dos ocupantes desse local ou que exista na atmosfera
concentrações consideráveis deste produtos, este sinal deve estar
presente.

Cargas Suspensas
Este sinal Adverte a existência de cargas suspensas e deve ser colocado
em locais onde exista risco de queda de materiais.

CPP, Lda 50/77


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Perigos Vários
Quando não existe sinalização mais adequada ao perigo existente deve ser
utilizado este tipo de sinal. Deve estar associado a uma placa identificativa e
descritiva do perigo, para tornar mais fácil a percepção do perigo em causa.

Radiações Não ionizantes


Este sinal deverá ser colocado em qualquer local onde existam radiações não-
ionizantes ou componentes de equipamentos onde estas radiações estejam
presentes, que possam constituir perigo de exposição para o indivíduo.

Queda com Desnível


Alerta para a probabilidade de ocorrência de acidentes, por queda, devido à
existência de desníveis. Esta sinalização deve estar presente em locais que
devido ao seu funcionamento não podem comportar guarda-corpos ou outro
tipo de barreiras. São exemplos destes locais:
 Cais de cargas e descargas;
 Alçapões;
 Rampas

Substâncias Nocivas ou Irritantes


Este sinal adverte para a presença de substâncias nocivas, que quando
inaladas, ingeridas ou absorvidas através da pele podem causar a morte
ou risco de afecções agudas ou crónicas. Deve figurar nos armários ou na
embalagem do produto e também nas portas de acesso aos locais de
trabalho onde estas substâncias são utilizadas.

Substâncias Explosivas
Este sinal alerta para a existência de substâncias explosivas, deve ser
colocado em armazéns, armários e/ou locais onde sejam armazenadas
substâncias ou misturas explosivas, ou ainda possuam atmosferas explosivas.

CPP, Lda 51/77


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Substâncias Radioactivas
Este sinal deve estar sempre presente em fontes de radiação ionizantes,
bem como nas zonas controladas e vigiadas onde existe a probabilidade de
se ultrapassarem determinados limites de dose para os trabalhadores
profissionalmente expostos.

Perigo de Electrocussão
Este sinal adverte para o perigo de electrocussão, devendo ser afixado nos
locais onde existam factores de risco para os trabalhadores, por contacto
directo ou indirecto com a energia eléctrica.

Substâncias Comburentes
Sempre que num determinado local existam substâncias comburentes
deve ser afixado este sinal. São exemplos destes locais, depósitos de
substâncias comburentes, armazéns de produtos químicos onde existam
substâncias com estas características, laboratórios ou locais onde estas
substâncias são manipuladas. Este sinal poderá estar associado ao rótulo do produto.

Tropeçamento
Este sinal deve ser colocado em locais que devido às características do piso
(saliências, sulcos desníveis, etc…) possam originar situações de tropeçamento
e/ou queda, permitindo alertar os diversos ocupantes do local para o perigo a
que estão expostos.

Baixas Temperaturas
Sempre que os locais onde se exerçam funções se encontrem a baixas
temperaturas deve ser afixado este sinal. São exemplos de locais onde este
sinal deve estar colocado, os seguintes:
 Câmaras Frigorificas
 Locais específicos para conservação de alimentos;
 Matadouros

CPP, Lda 52/77


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Substâncias Corrosivas
Este sinal adverte para a presença de substâncias corrosivas, tais como ácido
e bases, deve figurar nos armários ou na embalagem do produto e também
nas portas de acesso aos locais de trabalho onde estas substâncias são
utilizadas

Veículos de Movimentação de Cargas


Este sinal adverte para a circulação de veículos de movimentação de cargas,
devendo ser utilizado nos locais, especialmente naqueles em que a visibilidade
é reduzida, onde circulem veículos de movimentação de cargas. Este sinal
aplica-se a todos os veículos utilizados para a movimentação de cargas, com ou sem motor.

Raios Laser
Este sinal adverte para existência ou utilização de raios laser num
determinado local, devendo estar presente em todas as fontes de raios
laser, bem como nos locais e seus acessos onde estas radiações são
utilizadas.

Forte Campo Electromagnético


Este sinal deve estar colocado em locais de trabalho sujeitos onde existe
exposição a fortes campos electromagnéticos, tais como centrais eléctricas,
subestações e postos de transformação de elevada potência. Deverá ser
afixado no acesso ao local e no seu interior.

Risco Biológico
Sempre que exista contacto com organismos vivos, nomeadamente animais, ou
detritos de organismos vivos deve ser colocado este sinal. São exemplos destes
locais:
 Laboratório Clínicos;
 Laboratórios de investigação onde se manipulem organismos vivos;
 Trabalho agrícola;
 Instalações de tratamento de águas e esgotos;
 Centrais de eliminação de tecidos e/ou órgãos animais;

CPP, Lda 53/77


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 Sinal de segurança que prescreve um comportamento determinado;


 Características:
o Forma redonda;
o Desenho branco;
o Fundo azul;
o A cor azul deve cobrir, pelo menos, 50% da superfície da placa.

Protecção Obrigatória dos Olhos


Sempre que existam situações de risco que possam criar lesões oculares e não existam
sistemas de protecção colectiva eficazes, deve ser colocado este sinal.
Consideram-se situações com capacidade de gerar lesão ocular as
seguintes:
 Projecção de partículas sólidas e/ou incandescentes;
 Projecção de líquidos corrosivos e irritantes;
 Emissão de radiações;
 Trabalhos de soldadura

CPP, Lda 54/77


PSS - Plano de Segurança e Saúde
Obras de reforço do sistema de abastecimento de água a Mucari(Caculama)

Este sinal deve estar colocado sobre a porta de acesso a um a local de trabalho, na
proximidade de uma determinada máquina ou processo de trabalho que possa originar
lesões oculares.

A existência deste sinal obriga a que todos os que se aproximam da zona, trabalhadores ou
não, tenham que utilizar protecção ocular.

Protecção Obrigatória da Cabeça


Em locais de trabalho nos quais os ocupantes se encontram expostos à queda de objectos ou
exista a manobra de cargas suspensas e as protecções colectivas se mostrem
ineficazes, deve ser colocado este sinal

O sinal deve ser colocado nos acessos ao local ou na proximidade do local


onde o indivíduo se encontra exposto ao risco de queda de materiais/objectos.

Consideram-se locais onde existe risco de queda de objectos e/ou materiais os seguintes:
Estaleiros da Construção civil;
 Minas e pedreiras;
 Construção naval;
 Metalomecânica;
 Fundições;
 Outros onde o risco esteja presente;

A existência deste sinal obriga a que todos os que se aproximam da zona, trabalhadores ou
não, tenham que utilizar protecção da cabeça (por exemplo, capacetes de protecção)

Protecção Obrigatória dos Ouvidos


Este sinal impõe a utilização obrigatória de protectores auriculares. Deve
estar afixado nos acessos a um local ruidoso ou no próprio local junto das
fontes emissoras de ruído.

Considera-se local ruidoso todo aquele cujo Nível sonoro contínuo equivalente seja superior
a 85 dB(A)

CPP, Lda 55/77


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Protecção Obrigatória das Vias Respiratórias


Este sinal impõe a utilização obrigatória de equipamentos de protecção
individual das vias respiratórias, devendo ser colocado em locais com
excesso de gases, vapores, fumos e neblinas tóxicas, que possam constituir
perigo se inalados e os dispositivos de protecção existentes não
possibilitem a eliminação adequada destes compostos.

A obrigação de utilização de equipamentos de protecção individual das vias respiratórias


deve ser cumprida tanto pelos trabalhadores tanto como por qualquer outra pessoa que
frequente o local.
Como exemplos de locais onde se deve utilizar a equipamentos de protecção individual das
vias respiratórias, consideram-se os seguintes:
 Operações de pintura à pistola;
 Poços onde exista falta de oxigénio (neste caso devem ser utilizados equipamentos
de respiração autónomos);
 Canais e outros locais subterrâneos das redes de esgotos (neste caso devem ser
utilizados equipamentos de respiração autónomos);

Protecção Obrigatória dos Pés


Este sinal deve ser utilizado sempre que seja obrigatório a utilização de
calçado de protecção, tendo em consideração as condicionantes do local.
Esta sinalização deve estar colocada nos acessos aos locais onde a protecção é
exigida.
Este sinal deve estar colocado, entre outros, nos seguintes locais:
 Locais escorregadios;
 Locais onde existam elementos perfurantes no pavimento;
 Locais onde exista probabilidade de queda de materiais e objectos;
 Estaleiros da construção civil;
 Pedreiras;
 Locais onde se realizem operações de transporte e armazenagem
 Industria alimentar;
 Indústria têxtil (tinturaria);

CPP, Lda 56/77


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 Indústria cerâmica

Protecção Obrigatória das Mãos


Sempre que as tarefas a levar a efeito num determinado local obriguem a
utilização de equipamentos de protecção individual das mãos (luvas) é
necessário proceder à colocação deste sinal.
Entendem-se tarefas que obriguem a utilização de equipamento de
protecção individual das mãos, todas aquelas que possam causar lesões nestes membros e as
protecções colectivas existentes não permitem um grau de segurança adequado. São
exemplos destas tarefas todas aquelas em que existe manipulação de objectos cortantes,
bicudos, quentes e rugosos, agentes químicos, agentes biológicos ou quando em contacto
com a corrente eléctrica

Protecção Obrigatória do Corpo


Esta sinalização impõe a utilização de vestuário de protecção do corpo e deve
ser utilizada sempre que seja necessário utilizar vestuário de protecção, por
existir a possibilidade de ocorrerem agressões mecânicas, químicas, térmicas,
radioactivas e dos raios infravermelhos, bem como das projecções de metais
em fusão.

Protecção Obrigatória do Rosto


Este sinal deve ser colocado sempre que o trabalho a realizar ou o local
onde o indivíduo se encontra envolva riscos de projecção de partículas para
o rosto com probabilidade de originar lesões e os dispositivos de protecção
existentes não garantam um nível de segurança adequado. A presença
deste sinal num determinado local obriga a que todos os indivíduos, trabalhadores ou não,
utilizem equipamentos de Protecção individual do rosto.

O sinal deve estar presente em locais onde se realizem os seguintes trabalhos:


Operações de Soldadura, corte ou perfuração;
 Manipulação de ácidos;
 Projecção de líquidos ou de produtos abrasivos granulados;
 Trabalhos sob radiação térmica;

CPP, Lda 57/77


PSS - Plano de Segurança e Saúde
Obras de reforço do sistema de abastecimento de água a Mucari(Caculama)

 Trabalhos com lasers;

Protecção Individual Contra Quedas


Este sinal deve estar presente em locais de trabalho onde exista risco de
queda em altura e apenas seja possível utilizar, como medida de protecção,
equipamentos de protecção individual, tais como cintos de segurança,
arneses, etc..

Passagem Obrigatória para Peões


Este sinal deverá estar colocado junto de vias de circulação que permitam
uma passagem segura de pessoas.

Obrigações Várias
Deve ser utilizado sempre que se pretenda impor um determinado
comportamento para o qual não existe sinal específico. Assim sendo este sinal
deve ser sempre acompanhado de placa adicional informando quais as
obrigações que devem ser cumpridas.

CPP, Lda 58/77


PSS - Plano de Segurança e Saúde
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 Sinal de segurança que, em caso de perigo indica as saídas de emergência, o caminho


para o posto de socorro ou o local onde existe o dispositivo de salvação;
 Características:
o Forma rectangular ou quadrada;
o Desenho branco;
o Fundo verde;
o A cor verde deve cobrir, pelo menos, 50% da superfície da placa.

Indicação da direcção de uma saída de emergência


Estes sinais encontram-se colocados ao longo dos caminhos de evacuação e
nas saídas de emergência, permitindo indicar a direcção das vias/saídas de
emergência, de modo a garantir a evacuação rápida e segura de um
determinado local.

Indicação da direcção a seguir


Estes sinais encontram-se normalmente associados a sinais de
emergência, indicando a direcção e sentido em que se encontram
os equipamentos sinalizados.

Primeiros Socorros
Este dispositivo deve estar a sinalizar os locais onde se encontram as pessoas ou
equipamentos para prestação de primeiros socorros;

Maca
Sinaliza o local onde habitualmente se encontra guardada a maca para
transporte de pessoas;

Duche de Emergência
Sinaliza o local onde se encontra o chuveiro de emergência

CPP, Lda 59/77


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Lavagem de Olhos
Sempre que exista risco de projecção de líquidos corrosivos para os olhos, deve
existir um dispositivo lava-olhos, convenientemente sinalizado com este sinal

Telefone para salvamento


Este dispositivo sinaliza o local onde se encontra o telefone que deve ser utilizado
para salvamento de ocupantes

 Sinal de segurança que, em caso de incêndio indica o local onde existe o dispositivo
de salvação, o telefone;
 Características:
o Forma rectangular ou quadrada;
o Desenho branco;
o Fundo vermelho;
o A cor vermelha de cobrir, pelo menos, 50% da superfície do sinal.

Agulheta de Incêndios

CPP, Lda 60/77


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Indica o local onde se encontra as bocas de incêndio armadas tipo carretel;

Escada
Sinaliza o local onde a escada para combate a incêndio se encontra
localizada

Extintor
Este sinal permite identificar a localização dos extintores

Telefone de Emergência
Este dístico assinala o local onde se encontra o telefone dos serviços de
emergência

Indicação da direcção a seguir


Estes sinais encontram-se normalmente associados aos sinais relativos a
material de combate a incêndio, indicando a direcção e sentido em que se
encontram os equipamentos sinalizados.

CPP, Lda 61/77


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Obras de reforço do sistema de abastecimento de água a Mucari(Caculama)

A colocação de sinais de segurança no local de trabalho deve obedecer a alguns critérios de


modo a garantir a sua finalidade:

 A colocação dos sinais deve depender da importância dos riscos, dos perigos e da
extensão da zona a cobrir.
 Deve evitar-se a colocação de sinais indiscriminadamente.
 Os trabalhadores devem ser informados sobre a interpretação da informação contida
nos sinais
 As dimensões dos sinais devem garantir boa visibilidade e compreensão do seu
significado

7.7. Agentes Extintores de Incêndios

 Classes de Fogos:
o Classe A – Fogos secos:
 Envolvem combustíveis sólidos, em geral de natureza orgânica e com
formação de brasas. (Madeira, carvão, papel, plásticos comuns,
tecidos).
o Classe B – Fogos em líquidos inflamáveis ou sólidos liquefeitos:
 (Gasolinas, álcool, petróleo, alcatrão, cera e parafina).

CPP, Lda 62/77


PSS - Plano de Segurança e Saúde
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o Classe C – Fogos em gases ou gases liquefeitos sobre pressão


 (Metano, propano, butano, gás natural, acetileno e hidrogénio).
o Classe D – Fogos envolvendo metais
 (metais leves ou certas ligas, o titânio e materiais compósitos).

 Agentes Extintores de Incêndios:


o água
o espumas
o dióxido de carbono
o pós químicos secos
o hidrocarbonetos halogenados (halons)
o areia
o novos agentes extintores

Extintor:

Aparelho que contém um agente extintor, que pode ser


projectado e dirigido sobre um fogo, por acção de uma pressão
interna.

 Os extintores podem designar-se pelo agente extintor que contêm:


o Extintores de água;
o Extintores de espuma;
o Extintores de pó químico;
o Extintores de dióxido de carbono (CO2 )

 Como utilizar:
o Verificar se o extintor é o adequado ao tipo de fogo (rótulo)
o Retirar a cavilha de segurança
o Fazer um breve disparo longe do local de incêndio

CPP, Lda 63/77


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o Posicionar-se a favor do vento


o Direccionar o extintor para a base do incêndio.
o Contudo, em líquidos derramados de canalizações, manobrar o jacto do
extintor de cima para baixo
o Assegurar um número suficiente de extintores e de pessoas para os utilizar.
o Prever as possibilidades de reignição
o Enviar o extintor descarregado ao serviço competente, que providenciará a
respectiva carga

8. Avaliação de Riscos e Perigos

8.1. Metodologia de Avaliação de Riscos e Perigos

O Que é?
Processo de avaliar o risco para a saúde e segurança dos trabalhadores no trabalho
decorrente das circunstâncias em que o perigo ocorre no local de trabalho.

Este processo deve ser dinâmico e cobrir o conjunto das actividades da empresa, envolver
todos os sectores e todos os domínios da actividade produtiva e acompanhar os seus
momentos determinantes

O Que se Deve Avaliar?


Todas as actividades que se desenrolem nas instalações da empresa, quer sejam de:

 Rotina;
 Não Rotina;
 Manutenção;
 Realizadas por Pessoal Interno;
 Realizadas por Pessoal Externo e ou subcontratado;

Critérios de Avaliação do Risco

CPP, Lda 64/77


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A avaliação é efectuada com base no histórico dos incidentes ocorridos, na análise das não
conformidades, resultados de auditorias aos processos e locais de trabalho, comunicações
dos trabalhadores e outras partes interessadas, informações sobre as instalações e as
actividades da empresa, inventário dos materiais perigosos (matérias primas, produtos
químicos), dados toxicológicos e outros sobre SHST e no contexto das medidas de protecção
(colectiva e individual) implementadas na empresa.

A avaliação dos riscos associados aos diferentes processos, actividades e locais assenta nos
seguintes critérios principais:

Severidade - (S): Que traduz o resultado da integração da gravidade do incidente com a


exposição aos efeitos da ocorrência.

Probabilidade - (P): Como o número de vezes que uma situação perigosa se pode
materializar num espaço de tempo pré estabelecido

Gravidade (G)
A gravidade é classificada em cinco níveis, com base nos danos para a saúde e segurança das
pessoas devendo essa avaliação qualitativa atender ao pior incidente plausível. Consideram-
se os seguintes níveis para análise da gravidade

Nível Classificação Descrição

1 Negligenciável Danos pessoais ligeiros ou sem danos, mal estar passageiro, pequenas
lesões sem qualquer tipo de incapacidade (sem baixa)
2 Marginal Danos ou doenças ocupacionais menores com ou sem incapacidade
temporária sem assistência médica especializada, primeiro socorro.
(Lesões ou doenças até 10 dias de baixa
3 Moderado Danos ou doenças ocupacionais de média gravidade, requerendo
assistência médica e baixa com duração superior a 10 dias.
(Lesões ou doenças susceptíveis de provocar baixa de duração
compreendida entre 11 e 60 dias)
4 Grave Danos ou doenças ocupacionais graves, lesões com incapacidade
temporária ou parcial permanente, internamento hospitalar.
(Incapacidade parcial permanente, ou lesões ou doenças susceptíveis de
provocar baixa de duração superior a 60 dias)
5 Critico Morte ou incapacidade total permanente

CPP, Lda 65/77


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Exposição (E)
Conceito de avaliação que traduz o tempo de permanência sob os efeitos de uma condição
perigosa. É classificada em cinco níveis, de acordo com o quadro seguinte:

Nível Classificação Descrição

1 Esporádica Exposição acontece pelo menos uma vez por ano por um período curto
de tempo ou nunca acontece.
2 Pouco Exposição acontece algumas vezes por mês
Frequente
3 Ocasional Exposição acontece várias vezes por semana ou várias vezes por dia por
períodos curtos (< 60 min.)
4 Frequente Exposição ocorre várias vezes por dia por períodos não prolongados (<
120 min. Seguidos).
5 Contínuo Exposição por períodos diários ou várias vezes por dia por períodos
prolongados (> 120 min. seguidos).

Severidade (S)
O conceito de severidade decorre, em termos da avaliação de riscos, da necessidade de
quantificar a extensão de danos causados pelos efeitos da materialização de um risco,
associando a gravidade do inci- dente com a exposição aos efeitos da ocorrência.

Severidade (S)
Determina-se pela conjugação da gravidade com a exposição de onde resultam os cinco
níveis, de acordo com a tabela e quadro seguintes:

Nível Classificação

A Negligenciável
B Marginal
C Grave
D Muito Grave
E Crítico

CPP, Lda 66/77


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Gravidade
1 2 3 4 5

1 A A A B B
2 A B B C D

Exposição
3 A B C D D
4 B C D E E
5 B D D E E

Probabilidade (P)
A probabilidade de uma ocorrência pode ser traduzida pelo o número de vezes que uma
situação perigosa se pode materializar como incidente, de acordo com dados estatísticos,
num período de tempo pré estabelecido, tendo em conta o histórico de ocorrências
conhecidas, informações de fabricantes e bibliografia especializada.

É classificada em cinco níveis, de acordo com o quadro seguinte

Nível Classificação Descrição

1 Improvável Probabilidade de 1 ocorrência até uma vez em cada 50 anos


(P  1 ocorrência /50 anos)
2 Remoto Probabilidade de 1 ocorrência em cada 5 anos
(1 ocorrência /50 anos < P  1 ocorrência /5 anos)
3 Ocasional Probabilidade de 1 ocorrência em cada ano
(1 ocorrência /5 anos < P  1 ocorrência /ano)
4 Provável Probabilidade de 1 ocorrência por mês
(1 ocorrência /ano < P  1 ocorrência /mês)
5 Frequente Probabilidade de ocorrência mais do que uma vez por mês
(P > 1 ocorrência /mês)

Avaliação do Risco
O risco é classificado em função da combinação da probabilidade e da severidade, conforme
o indicado no quadro seguinte:

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Severidade
A B C D E

1 B B B T T

Probabilidade
2 B B T M M
3 B T M M S
4 T M M S S
5 T M S S S

Classificação do Risco
O código de cores inscrito nas quadrículas da matriz constitui a base para a decisão sobre a
aceitabilidade do risco e sobre as medidas de prevenção e controlo a desencadear as quais se
encontram descritas no quadro seguinte:

Classificação Risco Descrição do Risco

Baixo Não obriga à criação de medidas adicionais para o controlo e prevenção do risco
Tolerável Não é necessário tomar medidas imediatas para o reforço do controlo e
prevenção do risco, para além das já implementadas.
Devem ser identificadas medidas de melhoria, cuja implementação é condicionada
por uma análise de custo vs benefício.
É necessário proceder a uma avaliação periódica da eficácia das medidas de
controlo.
Moderado Devem ser identificadas as medidas adequadas para a redução do risco e planeada
a sua implementação num prazo estabelecido.
É necessário proceder a uma avaliação periódica da eficácia destas medidas
Significativo O trabalho não deve ser iniciado ou reiniciado após incidente até que se tenham
posto em prática as medidas adequadas para a prevenção e controlo do risco, de
modo a que o mesmo se torne aceitável.
Da mesma forma, trabalhos em curso que comportem um risco considerado
significativo, devem ser de imediato suspensos e identificadas e implementadas as
medidas de protecção adequadas para o controlo desse risco

Divulgação da Matriz de Riscos e Perigos

A matriz de riscos deve ser apresentada e explicada a todos os colaboradores e afixada.

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9. CONCLUSÕES

O actual contexto socioambiental angolano cria diversas exigências e requer novas


habilidades de diferentes tipos de organizações. Isto implica a redefinição e adaptação de
processos e actividades desenvolvidas pelos vários departamentos das empresas. A
contribuição esperada está em subsidiar o processo decisório para a definição, integração e a
articulação de políticas responsáveis tendo como pressuposto o foco da Segurança e Saúde
dos intervenientes. Para tal se destaca o importante papel da aprendizagem individual e
organizacional na assimilação e incorporação da dimensão social e aos valores e atitudes
corporativas.

O projecto “Obras de reforço do sistema de abastecimento de água à localidade de Mucari


(Caculama)”,, tem como principal objectivo reforçar a capacidade de captação e de
distribuição de água à localidade de Mucari (Caculama).

Os sistemas de abastecimento de água proporcionam consideráveis benefícios ao meio


ambiente e à qualidade de vida das populações atendidas. No entanto, também podem
causar acidentes, algumas vezes graves. A captação e distribuição de água potável são
actividades que levam à melhoria da saúde e da qualidade de vida de uma população, assim
como podem ajudar na reversão de alguns processos de degradação ambiental.

Seja na implantação e ampliação de redes, nas estações elevatórias, nas estações de


tratamento e nas redes de distribuição, seja nas operações e manutenções, as entidades
públicas e privadas responsáveis pela operação e gestão destes sistemas confrontam-se com
uma sociedade cada vez mais exigente e preocupada com a Segurança e Saúde. As empresas
devem incorporar cuidados nas suas actividades de rotina. Para além disso têm de ter o
devido cuidado com a proteção das reservas utilizadas para o abastecimento público de
água.

A elaboração de estudos de Segurança e Saúde prévios à implantação de empreendimentos


de abastecimento de água é uma exigência legal e inclui a proposição de acções para a
prevenção, minimização ou correção dos acidentes decorrentes das obras e actividades de
operação e manutenção.

Em síntese, com a capatação de água e a sua distribuição no Município de Caculama, espera-


se uma forte contribuição para o desenvolvimento global da região, em segurança e com

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saúde para os trabalhadores, verificando-se, também, que os benefícios sociais e económicos


são compatíveis com os interesses da Província e do País.

10. GLOSSÁRIO

1. Sistema de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho: conjunto de normas e


regulamentos que visam a melhoria das condições é do meio ambiente de
trabalho, tendentes à salvaguardar a saúde e integridade física do trabalhador,
assim como a aplicação consciente dos princípios, métodos e técnicas da
organização do trabalho, conducentes à redução dos riscos profissionais;
2. Segurança no trabalho: conjunto de actividades que permitem estudar,
investigar, projectar, controlar e aplicar os métodos e meios técnicos-
organizativos que garantam condições seguras, higiénicas e confortáveis no
trabalho, como também, das disposições jurídico-normativas de protecção no
trabalho;
3. Higiene no trabalho: conjunto de métodos e técnicas não médicas tendentes a
preservar a vida e a saúde dos trabalhadores contra a agressividade dos agentes
ambientais nos locais de trabalho onde exercem as suas funções;
4. Saúde no trabalho: não é só a ausência de doença ou mal estar, abarca também
os elementos físicos e mentais que afectam a saúde, estando directamente
relacionados com a segurança, a higiene e a saúde no trabalho;
5. Prevenção: conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas
as fases tia actividade da empresa, tendo em vista evitar ou diminuir os riscos
profissionais;
6. Risco: combinação da probalidade e da gravidade de aquisição de uma lesão ou
de um dano para a saúde de acordo com a causa é o efeito, o momento e a
circunstância da sua ocorrência;
7. Acidente de trabalho: acontecimento súbito que ocorre pelo exercício da
actividade laboral ao serviço da empresa e que provoque no trabalhador lesão nu
danos corporais de que resulte incapacidade parcial ou total temporária ou
permanente para o trabalho ou a morte;
8. Doença profissional: alteração da saúde patologicamente definida, gerada por
razões da actividade laboral nos trabalhadores que de forma habitual se expõem
à factores que produzem doenças e que estão presentes no meio ambiente de
trabalho ou em determinadas profissões ou ocupações;
9. Incêndio: reacção de combustão não controlada que se desenvolve num lugar e
que para a sua interrupção necessita de uma intervenção com substância e meios
próprios, podendo provocar, como consequência, perda de bens materiais ou de
vidas humanas.

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11. ANEXOS - MINUTAS DE FORMULÁRIOS

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