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PROGRAMA DE

CONSERVAÇÃO
AUDITIVA
PCA

DEZEMBRO/2022 — REV. 00
Sumário

1. INTRODUÇÃO 1

1.1. Identificação da Empresa 2

1.3. RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO 3

1.4. REVISÕES DO DOCUMENTO 3

2. OBJETIVO 4

3. POLÍTICA DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL DA EMPRESA 5

4. BENEFÍCIOS DO PCA 6

4.1. Benefícios do PCA aos Empregados 6

4.2. Benefícios do PCA ao Empregador 6

5. ASPECTOS LEGAIS 7

5.1. Limites de Tolerância 8

5.2. Instrução Normativa n.º 99 INSS/DC 10

6. ORGANIZAÇÃO 11

6.1. RESPONSABILIDADES 11

6.1.1. Empregador 11

6.2. Coordenador Geral do PCA 11

6.3. Empregado 12

6.4. Técnico de Segurança/Higiene/Meio Ambiente 12

6.5. Médico da Empresa 13

6.6. CIPA — Titulares e Suplentes 13

6.7. Áreas de Projeto 13

6.8. Área de Manutenção 14

6.9. Suprimentos 14

6.10. Empresas Contratadas e Parceiras 14

6.11. INTEGRAÇÃO 15

6.11.1. Integração Interna 15

6.11.2. Integração Externa 15

6.12. Participação dos Trabalhadores e Comunicação dos Riscos 15

6.13. Treinamento de Pessoal 16

7. CONCEITOS BÁSICOS 17

7.1. O Sistema Auditivo 17

7.2. O Som, o Ruído e as interações com os indivíduos 17

7.3. Duração da Exposição 18

7.4. Distância da Fonte 18

7.5. Tipos de Ruído 18

7.6. Frequência 18
7.7. Intensidade 19

7.8. Susceptibilidade Individual 19

8. EFEITOS DO RUÍDO À SAÚDE DO EXPOSTO 20

8.1. Perda Auditiva Induzida por Nível de Pressão Sonora Elevado (PAINPSE ou PAINPSEO) 20

8.2. Trauma Acústico 21

8.3. Mudança Temporária do Limiar Auditivo ou “Temporary Treshold Shift” (TTS). 21

8.4. Fatores para a Perda da Audição 21

8.5. Agentes Químicos e Perdas na Audição 21

8.6. Caracterização da PAINPSE 22

9. DEFINIÇÕES 23

10. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESCRITOS 28

11. Mapeamento Ambiental de Ruído 28

11.1. Monitoramento Pessoal de Ruído 28

11.2. Equipamento de Proteção Individual 28

12. REVISÃO E FORMA DE AVALIAÇÃO 29

12.1. Periodicidade de Avaliação 29

12.2. Forma de Avaliação 29

13. ARQUIVAMENTO DE REGISTROS 30

14. ANTECIPAÇÃO DE RISCOS RESPIRATÓRIOS — VIA INALAÇÃO 32

15. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO A RUÍDO 32

15.1. Metodologia e Instrumentos Utilizados 33

15.1.1. Monitoramento de Ruído Ambiental – Mapeamento de Ruído 33

15.1.2. Monitoramento de Ruído Pessoal – Audiodosimetria 33

15.2. Tratamento Estatístico das Monitorações 34

15.2.1. Análise dos Resultados 35

15.2.1.1. Uniformidade dos GHE/GSE 35

15.2.1.2. Definição do Grau de Risco de Exposição (GRE) e Frequência de Monitoramento 36

16. MEDIDAS DE CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO RUÍDO 37

16.1. Medidas de Controle já Adotadas 37

17. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO AUDIOLÓGICO 38

18. SELEÇÃO E USO DE PROTETORES AUDITIVOS 39

18.1. Seleção Preliminar 39

18.2. Teste de Conforto e Aceitação 39

18.3. Princípios Básicos Para Tomada de Decisão – Escolha do Protetor 39

18.4. Limpeza e Higienização 41

18.4.1. Protetores Auditivos Tipo Concha 42

18.4.2. Protetores Auditivos de Inserção Moldáveis 42

18.4.3. Protetores Auditivos de Inserção Pré-Moldados 42


18.4.4. Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal 42

18.5. Inspeção de Defeitos 43

18.6. Manutenção e Reparos 43

18.7. Guarda 43

18.8. Tipos de Protetores Auditivos 44

18.8.1. Protetores Auditivos de Inserção Pré-moldáveis 44

18.8.2. Protetores Auditivos de Inserção Moldáveis 45

18.8.3. Protetores Auditivos Tipo Concha 46

18.8.4. Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal 47

18.9. Protetores SUGERIDOS a serem Disponibilizados aos Trabalhadores 48

18.10. Atenuação dos Protetores Auditivos 50

18.10.1. Perda da Atenuação por Tempo de Uso dos Protetores 53

18.11. Utilização de Proteção Dupla 54

18.12. Instruções para Colocação do protetor auricular 54

18.12.1. Protetor Tipo Inserção Pré-Moldado 54

18.12.2. Protetor Tipo Inserção Moldável 54

18.12.3. Protetor Tipo Concha 55

18.12.4. Tipo Concha Acoplado ao Capacete 55

18.12.5. Protetor Tipo Capa de Canal 55

18.13. Durabilidade e Substituição De Protetores Auditivos 56

18.13.1. Protetores Tipo Inserção Moldáveis 56

18.13.2. Protetores Tipo Inserção Pré-Moldados 56

18.13.3. Protetores Tipo Concha 57

18.13.4. Protetores Tipo Capa de Canal 57

19. AVALIAÇÃO MÉDICA 58

19.1. Objetivos 58

19.2. Critérios Adotados 58

19.3. Interpretação dos resultados 59

19.4. Classificação das audiometrias 60

19.5. Avaliação com médico Otorrinolaringologista 61

19.6. Emissão de CAT 61

19.7. Investigação de Perda Auditiva Induzida Pelo Nível de Pressão Sonora Elevado – PAINPSE 61

20. DOCUMENTAÇÃO, MANUTENÇÃO DOS REGISTROS E DIVULGAÇÃO DE DADOS 62

21. ENCERRAMENTO 63
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

PARTE 01 — DOCUMENTO BASE

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PARTE 01 — DOCUMENTO BASE

1. INTRODUÇÃO

Dentre os agentes nocivos à saúde, o mais frequente nos ambientes de trabalho, assim como no nosso dia a

dia, é o ruído, que tem sido responsável por distúrbios auditivos temporários e permanentes e por

comprometimentos orgânicos diversos.

A extensão e o grau do dano auditivo dependem da intensidade da pressão sonora, da duração da

exposição, da frequência do ruído e da suscetibilidade do indivíduo.

O controle do ruído é, portanto, uma questão de considerável importância econômica e social e esta

importância tem crescido progressivamente nos últimos anos. Cada vez mais, uma ampla variedade de

profissionais compartilha um interesse vital por este problema: técnicos, engenheiros, arquitetos, urbanistas,

oficiais do governo, higienistas ocupacionais, médicos, fonoaudiólogos, dentre outros.

A característica multidisciplinar do PCA faz com que as habilidades, conhecimentos e experiências de cada

profissional envolvido sejam aproveitados ao máximo, integrando os trabalhadores expostos, aumentando

consideravelmente as chances de sucesso.

A maioria das diretrizes propostas neste documento para execução e administração de um Programa de

Conservação Auditiva está baseada nos requisitos das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e

Emprego, Norma de Higiene Ocupacional (NHO-01) da Fundacentro, NBR 10.152 – Níveis de ruído para

conforto acústico e Instruções Normativas do INSS.

Este Documento representa a revisão do PCA – Programa de Conservação Auditiva da EMPRESA, para este

ano.

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PARTE 01 — Documento Base
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1.1. Identificação da Empresa


Razão social: ENGEVALE ENGENHARIA LTDA
Endereço:
Logradouro: AV. CHARLES SCHNNEIDER, 1236,
Bairro: PARQUE SENHOR DO BONFIM
Cidade: TAUBATÉ
Estado: São Paulo (SP)
CEP: 12.040-000

CNPJ: 03.102.401/0001-40
CNAE: 71.12-0-00
Atividade Principal: Serviços de engenharia.
Grau de Risco: 3, conforme Quadro 1 da NR-4
Responsável do Empregador: RODRIGO SOFFIATI AKSAMITAS

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PARTE 01 — Documento Base
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1.3. RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO

ENGEVALE ENGENHARIA LTDA

Profissionais:

RODRIGO SOFFIATI AKSAMITAS


Técnico de Segurança do Trabalho
N.º do Registro Profissional: RS /006849–7
E-mail: everton.silva@grupodarcypacheco.com.br

Realiza Soluções em Medicina e Segurança do Trabalho S/S Ltda.

Profissionais:

Alex Abreu Marins


Engenheiro de Segurança do Trabalho/Ambiental/Higienista Ocupacional
CREA: BA 54.947
NIT(PIS/PASEP): 124.96748.50.9
Higienista Ocupacional Certificado — ABHO Membro 1113 — Certificado HOC 0061

Vitor Hugo Silveira dos Santos


Técnico de Segurança do Trabalho/Higienista Ocupacional
NIT(PIS/PASEP): 201.16675.17-3

Bruno Ercolani da Silva Borges


Técnico de Segurança do Trabalho/Higienista Ocupacional
NIT(PIS/PASEP): 209.65099.54-1

1.4. REVISÕES DO DOCUMENTO


Tabela 1: Controle das Revisões do Documento

núm. Data Histórico das Alterações Revisado por: Aprovado por: Status

0 19/12/22 Emissão do Documento Alex Abreu Marins RODRIGO SOFFIATI AKSAMITAS Em análise

VIGÊNCIA: (Dezembro)/2022 à (Novembro)/2023

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PARTE 01 — Documento Base
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2. OBJETIVO

O Programa de Conservação Auditiva (PCA) é um conjunto de medidas técnicas e administrativas que visa à

prevenção e proteção da saúde dos trabalhadores, para que os trabalhadores expostos a ruído ocupacional

não desenvolvam Perda Auditiva Induzida por Nível de Pressão Sonora Elevado (PAINPSE).

Por prevenção entende-se especialmente a adoção de intervenções que visam a eliminação e/ou controle

do ruído, mediante alterações ambientais, de equipamentos e elaboração de projetos adequados para

novas instalações.

Este Documento tem o objetivo de sintetizar o conjunto das principais etapas do programa e definir as

diretrizes relativas ao controle de ruído que possa ocasionar perda auditiva nos trabalhadores.

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3. POLÍTICA DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL DA EMPRESA

a ENGEVALE ENGENHARIA LTDA busca permanentemente oferecer soluções completas em movimentação

de carga e manutenção de parques eólicos, mantendo um Sistema Integrado de Gerenciamento baseado

nos seguintes compromissos:

› Compromisso com a melhoria contínua do Sistema de Gerenciamento da Segurança, Qualidade,

Meio Ambiente e Saúde Ocupacional;

› Satisfazer as necessidades dos clientes com padrão de qualidade;

› Atender aos requisitos legais e quaisquer outros que sejam aplicáveis ao contexto da organização;

› Atuar com consciência e responsabilidade socioambiental, para ampliar a perspectiva de

desenvolvimento sustentável, prevenção da poluição em todas as nossas operações, respeitando a

cultura local onde estamos presentes;

› Gerenciar riscos e impactos, adotando medidas de eliminação, mitigação, compensação e

monitoramento, contribuindo positivamente para eficiência na utilização dos recursos naturais;

› Aumentar as condições de segurança e garantir que a segurança no trabalho seja responsabilidade

de todos através da participação e consulta dos colaboradores;

› Eliminar perigos e reduzir os riscos à segurança e saúde das pessoas e fortalecer a segurança dos

processos;

› Fortalecer a cultura da Segurança, Qualidade e Meio Ambiente com foco na educação,

capacitação e conscientização.

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4. BENEFÍCIOS DO PCA

4.1. Benefícios do PCA aos Empregados


› Prevenção da Perda Auditiva Induzida por Nível de Pressão Sonora Elevado (PAINPSE);

› Melhoria da qualidade de vida: a perda auditiva afeta a capacidade de comunicação do indivíduo,

essencial para viver bem em sociedade;

› Redução dos impactos no organismo: menor nervosismo, estresse, doenças cardiovasculares e outros

males ocasionados pela exposição excessiva ao ruído;

› Melhoria no trabalho: habilidade em dar e receber orientações, utilizar o telefone, ouvir sinais de alerta e

sons de máquinas, aumento das chances de mobilidade de função dentro da empresa;

› Disponibilidade para o mercado: a perda auditiva diminui o potencial do indivíduo em conseguir um

novo emprego;

› Manutenção da Saúde: prevenção de problemas auditivos de origem não-ocupacional, que podem ser

detectados pelos exames anuais que fazem parte do PCA.

4.2. Benefícios do PCA ao Empregador


› aumento da produtividade do empregado, pela redução do estresse e fadiga, relacionados à

exposição ao ruído.

› Diminuição do índice de acidentes na empresa: ganhos monetários diretos e indiretos;

› Manutenção da imagem da empresa: prática de políticas que dizem respeito à saúde e segurança dos

funcionários;

› Versatilidade dos empregados: aumento das possibilidades de mobilidade de função, reduzindo gastos

extras devidos a novas contratações e treinamentos;

› Redução da rotatividade de pessoal: melhoria do relacionamento entre os funcionários;

› Redução de gastos: prevenção de perdas de dinheiro por possíveis pagamentos de indenizações.

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5. ASPECTOS LEGAIS

› Norma Regulamentadora n.º 1, Item 1.4.1 alínea II.

› Norma Regulamentadora n.º 1, Item 1.5.5.1.2 alínea II.

› Norma Regulamentadora n.º 6, Item 6.5.2.2 (Portaria MTP 2.175, de 28/07/2022).

› Norma Regulamentadora n.º 7, ANEXO II, CONTROLE MÉDICO OCUPACIONAL DA EXPOSIÇÃO A NÍVEIS DE

PRESSÃO SONORA ELEVADOS.

› Norma Regulamentadora n.º 9, Item 9.3.6 – Do nível de ação.

› Norma Regulamentadora n.º 15, Anexos I e II.

› Norma Regulamentadora n.º 17, Item 17.5 – Condições ambientais de trabalho.

› Resolução do CFF n.º 295, 22/02/2003 – Calibração de equipamentos eletroacústicos.

› Instrução Normativa 11 do INSS, de 20/09/2006.

NHO-01 – Normas de Higiene Ocupacional da FUNDACENTRO: avaliação da Exposição Ocupacional ao

ruído. O Decreto presidencial 4.882, de 18/11/03, assinado pelo presidente da República, que altera

dispositivos do Regulamento da Previdência Social, transforma em referência oficial as Normas de Higiene

Ocupacional, elaboradas e editadas pela FUNDACENTRO.

Portaria n.º 48, de 25 de março de 2003, do Ministério do Trabalho

“Estabelece normas técnicas de ensaios aplicáveis aos Equipamentos de Proteção Individual com

respectivo enquadramento no anexo 1 da NR 06”

NR-6 – Vida útil:

Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 /I3)

b) Exigir seu uso; (206.006-0 /I3)

c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de


segurança e saúde no trabalho; (206.007-8/I3)

d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; (206.008-6 /I3)

e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I3)

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, (206.010-8 /I1)

g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)

Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.


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5.1. Limites de Tolerância

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE – NR-15 – Anexo n.º 1 / NHO-01
FUNDACENTRO

A Norma Regulamentadora NR-15 – Atividades e Operações Insalubres estabelece que atividades ou

operações insalubres são aquelas que se desenvolvem acima dos limites de tolerância. Para ruído, os limites

de tolerância são estabelecidos nos Anexos n.º 1 e 2 da Norma, onde se considera 5 dB (A) a taxa de

duplicação do Nível de Pressão Sonora.

Na NHO 01 da FUNDACENTRO para o tempo máximo diário de exposição permissível em função do nível de

ruído se considera 3 dB (A) a taxa de duplicação do Nível de Pressão Sonora.

Tabela 2: Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente NR-15 e NHO-01

NR-15 Anexo I NHO-01


Tempo Lavg dB(A) Lavg dB(A) Dose (%)
Q=5 Q=3
16 h 80 82 50
8h 85 85 100
4h 90 88 200
2h 95 91 400
1h 100 94 800
30 min 105 97 1.600
15 min 110 100 3.200
7 min 115 103 6.400
Entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que

não seja ruído de impacto.

Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de

pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras

devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.

Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados na Tabela

NR-15 – Anexo n.º 1.

Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária

permissível ao nível imediatamente mais elevado.

“Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB (A) para indivíduos que não estejam

adequadamente protegidos. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído,

contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB (A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e

iminente.”

Se durante a jornada de trabalho ocorrer dois ou mais períodos de exposição a ruído, de diferentes níveis,

devem ser considerados os seus efeitos combinados, conforme equação abaixo, de forma que se a soma das

frações (D = C1/T1 + C2/T2 + C3/T3 + … Cn/Tn) exceder a unidade, a exposição ao longo da jornada

encontra-se acima do limite de tolerância.


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Na equação acima, D é a exposição em Dose de Ruído da jornada, a fração Cn/Tn corresponde à Dose,

num ambiente com nível de ruído específico, sendo que Cn indica o tempo total em que o trabalhador fica

exposto a este nível específico de ruído e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível,

segundo a Tabela NR-15 – Anexo n.º 1.

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO DE IMPACTO – NR-15 Anexo n.º 2

Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1

(um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora

operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao

ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (LINEAR). Nos intervalos

entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.

Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto será

válida a leitura feita no circuito de resposta (FAST) e circuito de compensação “C”. Neste caso, o limite de

tolerância será de 120 dB (C).

As atividades ou operações que exponham os trabalhadores sem proteção adequada a níveis de ruído de

impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB

(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente.

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5.2. Instrução Normativa n.º 99 INSS/DC


“Art. 171. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo à aposentadoria especial quando os níveis de pressão
sonora estiverem acima de 80 (oitenta) dB (A), 90 (noventa) dB (A) ou 85 (oitenta e cinco) dB (A), conforme a
data da exposição, observado o seguinte:

I – até 5 de março de 1997, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a 80 (oitenta)
dB(A), devendo ser anexado o histograma ou memória de cálculo;

II – a partir de 6 de março de 1997 e até 18 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando a
exposição for superior a 90 (noventa) dB(A), devendo ser anexado o histograma ou memória de cálculos;

III – a partir de 19 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando o NEN (Nível de Exposição
Normatizado) se situar acima de 85 (oitenta e cinco) dB (A) ou for ultrapassada a dose unitária, aplicando-se a
NHO-01 da FUNDACENTRO, que define as metodologias e os procedimentos de avaliação;

IV – será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) que elimine ou neutralize a
nocividade, desde que asseguradas as condições de funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme
especificação técnica do fabricante e respectivo plano de manutenção, estando essas devidamente registradas
pela empresa;

V – será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Individual (EPI) que atenue a nocividade aos
limites de tolerância, desde que respeitado o disposto na NR-06 do MTE e assegurada e devidamente registrada
pela empresa a observância:

a) da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE (medidas de proteção coletiva, medidas de
caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização
de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à implementação do EPC ou,
ainda, em caráter complementar ou emergencial);

b) das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo, conforme especificação
técnica do fabricante, ajustada às condições de campo;

c) do prazo de validade do EPI, conforme Certificado de Aprovação do MTE;

d) da periodicidade de troca do EPI definida pelos programas ambientais, comprovada mediante recibo assinado
pelo usuário, em época própria;

e) da higienização do EPI."

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6. ORGANIZAÇÃO

6.1. RESPONSABILIDADES
A equipe responsável pelo PCA deve ser multidisciplinar. Cada um dos integrantes do programa terá suas

atribuições e deveres dependendo de suas formações profissionais, experiências e habilidades.

6.1.1. Empregador
Nome: RODRIGO SOFFIATI AKSAMITAS
Telefone: (51) XXXX–XXXX
E-mail: ______@_________.com.br
› Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PCA, como atividade permanente da empresa
no controle de ruído;

› Prover recursos financeiros e humanos;

› Cumprir com os requisitos legais para preservação da saúde e integridade física do trabalhador;

› Assegurar que a política da empresa referente à proteção auditiva seja entendida e cumprida por todos
envolvidos;

› Designar e substituir o Coordenador Geral do PCA se necessário;

› Fornecer o protetor auditivo, quando necessário, para proteger a saúde do trabalhador;

› Fornecer o protetor auditivo conveniente e apropriado para o fim desejado;

› Ser responsável pelo estabelecimento e manutenção de um programa de uso de protetores auditivos;

› Cumprir os requisitos legais para preservação da saúde do trabalhador.

6.2. Coordenador Geral do PCA


Nome: RODRIGO SOFFIATI AKSAMITAS
Telefone: (51) XXXX–XXXX
E-mail: ______@_________.com.br
› Coordenar, implantar, supervisionar e auditar o PCA.
› Gerenciar o monitoramento ambiental e pessoal, mantendo a Saúde Ocupacional informada dos
resultados.
› Manter os procedimentos técnicos e informações referentes ao Programa, constantemente atualizados.
› Manter um banco de dados de exposições e arquivo do PCA.
› Desenvolver, implantar, manter e auditar procedimentos para a seleção, compra e distribuição de
protetores auditivos.
› Investigar desvios do limiar de audição em conjunto com a Saúde Ocupacional.
› Planejar treinamento para os trabalhadores de acordo com frequência definida no PCA ou PPRA, em
conjunto com a Saúde Ocupacional, Segurança e Coordenadores das áreas.
› Auditar o uso de protetores auditivos, em conjunto com a Segurança e os Coordenadores das áreas.
› Participar dos estudos, desenvolvimento e implantação das medidas de controle para redução do ruído
nas áreas de trabalho.
› Divulgar o Programa nos diversos canais existentes na empresa.
› Participar da análise crítica periódica do PCA, com a alta administração.
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6.3. Empregado
› Utilizar os EPIs aprovados conforme as instruções e treinamentos recebidos, higienizar os protetores
auditivos não descartáveis.

› Substituir o EPI sempre que este rachar, quebrar, endurecer ou apresentar outra condição que o torne
impróprio para utilização e comprometa a eficiência de sua proteção.

› Realizar os exames audiométricos e participar das monitorações pessoais (dosimetrias) programados.

› Evitar ou minimizar a emissão de ruído no desenvolvimento de atividades, ou tarefas que possam gerá-lo.

› Auxiliar na orientação dos colegas, inclusive das empresas contratadas e parceiras, no uso correto do
protetor auditivo.

› Participar dos treinamentos do PCA ministrados pelas áreas de Saúde Ocupacional, Higiene Ocupacional
e Segurança.

› Preencher corretamente a “Ficha de Atividades” quando estiver realizando as dosimetrias de


ruído(quando não auditadas).

› Reportar anormalidades nas áreas operacionais que impliquem alteração dos níveis de ruído.

› Reportar qualquer alteração em seu estado de saúde para a Saúde Ocupacional.

6.4. Técnico de Segurança/Higiene/Meio Ambiente


› Sugerir e acompanhar a implantação de medidas de controle de ruído que visem eliminar riscos de
perda auditiva pelos trabalhadores;

› Inspecionar periodicamente os locais de trabalho, inclusive os das contratadas, onde haja risco de perda
auditiva, observando a correta utilização dos protetores auditivos, fontes de emissão de ruído para o
ambiente, execução correta de procedimentos estabelecidos em normas/instruções específicas;

› Verificar o cumprimento de cronogramas e prazos de execução de medidas de controle referentes,


minimizações e/ou eliminação do risco de perda auditiva;

› Acompanhar e analisar o desenvolvimento do Programa de Conservação Auditiva – PCA;

› Participar de cursos, eventos e treinamentos que versem sobre assuntos ligados ao controle de ruído
industrial.

› Estabelecer os parâmetros para a seleção e teste dos protetores auditivos.

› Realizar auditorias do Programa e do uso do EPI.

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6.5. Médico da Empresa


› Realizar os exames audiométricos conforme a frequência estabelecida no PCMSO (em concordância

com ANEXO II CONTROLE MÉDICO OCUPACIONAL DA EXPOSIÇÃO A NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA

ELEVADOS da NR 7, e explicitada a seguir:

– a) na admissão;

– b) anualmente, tendo como referência o exame da alínea “a” acima;

– c) na demissão.

› Fazer cruzamento das audiometrias com as dosimetrias, dar o parecer final sobre perda auditiva,

observando os laudos das audiometrias e das dosimetrias, o histórico clínico, ocupacional e social dos

empregados e histórico epidemiológico da área envolvida;

› Avaliar a audição dos trabalhadores sempre que lhe forem atribuídas atividades que exijam o uso de

protetores auditivos;

› Determinar sua aptidão para uso dos protetores auditivos;

› Revisão dos prontuários;

› Solicitar a administração da empresa a emissão de CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho,

quando estabelecido nexo causal, observando os aspectos legais e normativos vigentes;

› Seguir as recomendações do Comitê Nacional de Preservação Auditiva quanto ao diagnóstico,

interpretação e conceitos médico-administrativos.

› Informar à Coordenação de Segurança/Higiene/Meio Ambiente sobre qualquer perda auditiva

relacionada à exposição a ruído, investigando conjuntamente sua etiologia e contribuindo para que

ações corretivas sejam implementadas no ambiente.

6.6. CIPA — Titulares e Suplentes


› Acompanhar e avaliar o desempenho do PCA e zelar pelo cumprimento das medidas preventivas e
corretivas;
› Colaborar nas investigações de doenças ocupacionais relacionadas a perda auditiva induzida pelo
ruído;
› Colaborar nas inspeções e fazer recomendações sobre segurança, higiene e saúde.

6.7. Áreas de Projeto


› Desenvolver estudos de melhoria para redução do ruído nas áreas de trabalho e acompanhar a

implantação e avaliação da eficácia, com as áreas envolvidas;

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› Preparar especificações para a aquisição de novos equipamentos e projetos, atentando para que eles

tenham nível máximo de 80 dB(A) ou, na impossibilidade técnica, prover proteção acústica que reduza

para esse nível de ruído.

6.8. Área de Manutenção


› Cumprir o Plano de Manutenção, para controle de vibração, folgas, desgaste e lubrificação dos
equipamentos, a fim de evitar o aumento do ruído nas áreas de trabalho.

› Em caso de manutenção dos equipamentos, garantir que os sistemas de proteção coletiva implantados
sejam recolocados após essas manutenções.

6.9. Suprimentos

› Comprar, manter em estoque e distribuir os protetores auditivos individuais aprovados pelas áreas de
Higiene Ocupacional e Segurança.

› Adquirir equipamentos que atendam às especificações técnicas fornecidas pela Projeto/Manutenção.

6.10. Empresas Contratadas e Parceiras


› Seguir as diretrizes do PCA da empresa contratante na elaboração de seu Programa.

› Realizar exames audiométricos nos seus trabalhadores, conforme PCMSO.

› Fornecer protetores auditivos aprovados pela empresa contratante.

› Garantir a participação dos seus trabalhadores nos treinamentos ministrados pela contratante.

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6.11. INTEGRAÇÃO

6.11.1. Integração Interna


Este documento é parte complementar de outros programas e ações na área de Segurança, Higiene, Meio

Ambiente e Saúde Ocupacional desenvolvidos na EMPRESA, principalmente o PCMSO – Programa de

Controle Médico de Saúde Ocupacional, estabelecido pela NR-07.

Para tanto, o mapeamento de ruído ambiental e as audiodosimetrias realizadas serão informadas e discutidas

com o Médico do Trabalho, a fim de aperfeiçoar os exames audiométricos e acompanhamentos necessários

para a adequada avaliação e controle da evolução de perda auditiva dos trabalhadores.

As perdas auditivas encontradas nos exames audiométricos periódicos fornecerão indicações das prováveis

áreas onde há necessidade de medidas adicionais de controle para redução do nível de ruído e da

utilização do protetor auditivo de forma obrigatória.

Cabe ao Médico do Trabalho, com o Coordenador do PCA, um acompanhamento minucioso quanto ao

processo de controle da exposição nos casos de evolução da perda auditiva. Com a finalidade de melhor

estudar o assunto, os Coordenadores do PCA e do PCMSO devem reexaminar:

› Tipos de protetores auditivos utilizados e o NRR – Nível de Redução de Ruído (atenuação);

› Atividades típicas no trabalho: condições ambientais, frequência e duração da atividade que exige o
uso do protetor auditivo;

› Substâncias ototóxicas presentes no ambiente de trabalho.

6.11.2. Integração Externa


O PCA, embora não seja um requisito legal, deverá estar disponível para as Contratadas, órgãos

fiscalizadores, empregados e órgão de representação dos empregados.

6.12. Participação dos Trabalhadores e Comunicação dos Riscos


A participação dos trabalhadores, no processo de identificação de situações de risco de perda auditiva

induzida pelo ruído e proposição de medidas de controle será garantida através do diálogo contínuo com o

Supervisor, Técnico de Segurança ou membros da CIPA.

Na etapa de mapeamento ambiental, execução de audiodosimetrias e seleção dos equipamentos de

proteção auditiva, será considerada a percepção dos trabalhadores, bem como solicitada sua colaboração.

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Cada trabalhador será informado dos Níveis de Pressão Sonora – NPS dos ambientes onde desenvolverá suas

atividades por ocasião de sua contratação, durante os treinamentos recebidos, bem como por orientações

da Supervisão e atualizações periódicas do PCA.

6.13. Treinamento de Pessoal


Os programas de treinamento, educação e motivação dos usuários de proteção auditiva são de extrema

importância para que os trabalhadores participem ativamente do PCA e para ser gerado o suporte do

programa por parte da alta gerência.

Atividades regulares de educação, treinamento e motivação estimulam o interesse de todos pelo programa

e mantém a importância do PCA vivo na memória de todos, com o passar do tempo.

Se esta fase do programa não for realizada com sucesso, as outras fases também tenderão a falhar, pois os

envolvidos não entenderão qual a importância da cooperação intensa de cada um no PCA e quais os

benefícios adquiridos por compreender e seguir o programa.

Os treinamentos devem ter uma agenda regular pré-definida, com o conteúdo de cada um deles

estabelecidos e com a recomendação do perfil dos participantes.

Além do treinamento mínimo anual dos usuários de protetores auditivos, toda a equipe multidisciplinar do PCA

deve receber treinamento sobre perda auditiva e conservação auditiva, para entender os objetivos e as

políticas do PCA; sobre como conduzir suas funções dentro do programa, recebendo treinamentos

específicos quando necessário, treinamentos básicos sobre colocação/vedação/utilização de P.A.

Em relação ao pessoal, todos os trabalhadores e contratados receberão treinamentos para assegurar que

estejam informados sobre os Níveis de Pressão Sonora – NPS dos diversos locais/ambientes e dos tipos de

protetores auditivos disponíveis para utilização.

O treinamento será ministrado pelo coordenador do PCA ou quem ele designar sob sua orientação, no

momento da contratação e anualmente quando das revisões do PCA.

Os treinamentos devem incluir no mínimo:

› Efeitos da exposição a ruído;


› Apresentação do PCA e sua evolução;
› Controles de ruído adotados pela empresa;
› Tipos de protetores auditivos disponíveis para utilização;
› Como usar os equipamentos de proteção auricular e como mantê-lo em boas condições de limpeza,
guarda e troca;
› Exames audiométricos – importância, significado e resultados.

Será ministrado treinamento, no mínimo, para:

› Novos empregados;

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› Atribuições de novas tarefas em locais ruidosos;


› Quando novas substâncias caracterizadas como ototóxicas ou equipamentos ruidosos forem introduzidos
no local de trabalho;
› Quando um novo equipamento de proteção auditiva for adquirido para ser usado.
Nota: Devem ser previstas reciclagens anuais dos treinamentos para uma maior conscientização dos

trabalhadores quanto à prevenção de riscos de perda auditiva. O conteúdo deve variar de ano a ano,

devendo ser ajustado conforme a realidade da empresa e evoluções técnicas.

7. CONCEITOS BÁSICOS

7.1. O Sistema Auditivo


O nosso sistema auditivo está dividido em três partes principais: orelha externa, orelha média e orelha interna.

De uma maneira bem simplificada, podemos dizer que a Orelha Externa é composta pelo pavilhão da orelha,

sendo uma fina cartilagem elástica recoberta de pele, que capta e direciona as ondas sonoras,

canalizando-as até o tímpano e pelo meato acústico externo, sendo um canal que se estende até a

membrana do tímpano e é bastante sinuoso. Este canal tem aproximadamente 3.5 cm, variando de uma

pessoa para outra.

Fazem parte da Orelha Média a membrana timpânica, constituída por um material muito fino de espessura

de 0,1 mm, os três ossículos (bigorna, estribo, martelo), que transmitem as vibrações da membrana e a tuba

auditiva, que mantém o arejamento das cavidades da orelha média, por uma abertura intermitente que se

dá no ato de deglutir, bocejar ou espirrar. No final da Orelha Média, está a janela oval.

A janela oval está ligada à Orelha Interna, composta por um conjunto de cavidades. Uma delas é a cóclea,

parecida com um caracol e possui duas e meia espiras enroladas ao redor de uma área central, repleta de

células ciliares externas e internas, responsáveis por transmitir as vibrações do líquido coclear para o nervo

acústico, que leva os impulsos aos centros corticais da audição no cérebro, onde se dá o fenômeno

consciente da sensação sonora. No processo da fala, por exemplo, estão sendo formadas ondas, devido a

uma variação de pressão no ar. Se esta variação de pressão possuir uma intensidade suficiente para vibrar a

membrana timpânica, essas vibrações são transmitidas à orelha média, através da alavanca formada pelos

três pequenos ossículos, chegando à orelha interna e ao nervo acústico.

7.2. O Som, o Ruído e as interações com os indivíduos


Podemos entender o Som como qualquer variação de pressão em um meio elástico (no ar, água ou outro

meio) que o ouvido humano possa detectar, ou seja, uma vibração transmitida na forma de ondas e

percebida pelo indivíduo como “agradável”. O meio mais importante neste trabalho é o aéreo.

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Quando o som não é desejado ou incômodo, ou possui uma combinação não harmoniosa, dizemos que o

mesmo se transformou em Ruído ou barulho. Uma das principais características do ruído é a mistura de sons,

cujas frequências não seguem uma regra precisa.

Existem alguns fatores responsáveis por transformar um som agradável em um ruído irritante e desagradável.

São eles:

› Duração da exposição
› Distância da fonte geradora de ruído
› Tipos de ruídos o
› Frequência / Intensidade
› Susceptibilidade individual

7.3. Duração da Exposição


Quanto menor o tempo de exposição, menor a probabilidade de desenvolvimento de problemas auditivos.

Quanto maior o tempo de exposição ao ruído, maior a possibilidade de desenvolvimento de problemas

auditivos.

7.4. Distância da Fonte


Quanto mais próximo estivermos do ruído, maior a probabilidade de “ferirmos” ou causarmos traumas

acústicos, como rompimento da membrana timpânica. Quanto mais nos afastamos da fonte do ruído, menor

será o nível ao qual estaremos expostos.

Porém, dependendo da intensidade e tempo de exposição a este ruído, ainda corremos riscos de perdas

auditivas.

7.5. Tipos de Ruído


O ruído contínuo: é o que permanece estável com variações máximas de 3 a 5 dB(A) durante um longo

período. Exemplo: máquina trabalhando – furadeira ou britadeira em operação, o trânsito na cidade.

O ruído intermitente: é um ruído com variações, maiores ou menores de intensidade em períodos muito curtos.

Exemplo: o alarme do rádio relógio ou alarme de carros.

O ruído de impacto: apresenta picos com duração menor de 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo.

Exemplo: o disparo de armas de fogo ou explosões em pedreiras.

7.6. Frequência
É o número de vezes que a oscilação de pressão é repetida, na unidade de tempo.

Normalmente, é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). Por exemplo:

Alta frequência: são os sons agudos;


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Baixa frequência: são os sons graves.

7.7. Intensidade
Podemos entender a intensidade como o volume do som ou ruído, cuja unidade é o decibel (dB). É

caracterizada por som forte ou fraco. Por exemplo: Alta intensidade: o volume do rádio quando alto. Baixa

intensidade: o volume do rádio quando baixo.

7.8. Susceptibilidade Individual


Cada indivíduo possui uma sensibilidade diferente do outro no que se refere à audição. Isto significa que

cada pessoa percebe os sons de formas diferentes.

A sensibilidade pode e geralmente vária com a idade, sexo, etnia, exposições anteriores. Pessoas jovens

geralmente escutam bem, enquanto pessoas mais idosas têm diminuição de limiar de audição.

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8. EFEITOS DO RUÍDO À SAÚDE DO EXPOSTO


O ruído é um fator de risco presente em várias atividades humanas, fazendo parte do cotidiano da

comunidade, no ambiente doméstico e também na maioria dos processos de trabalho.

Sem dúvida alguma, a perda auditiva ou diminuição da acuidade auditiva é a consequência mais imediata

causada pela exposição excessiva ao ruído e este risco da lesão auditiva aumenta com o nível de pressão

sonora e com a duração da exposição, mas depende também das características do ruído e da

suscetibilidade individual.

Mas, os efeitos do ruído não se limitam a isso. A exposição em excesso ao ruído pode acarretar outros

problemas de saúde ou piorá-los, além de impactos na qualidade de vida do indivíduo exposto. Por exemplo,

aumento da pressão sanguínea, provocar ansiedade, perturbar a comunicação, provocar irritação, fadiga,

diminuir o rendimento do trabalho, etc.

Entre os danos no aparelho auditivo que a exposição a níveis excessivos de ruído pode causar, citamos a

Perda Auditiva Induzida por Nível de Pressão Sonora Elevado (PAINPSE), o Trauma Acústico e o “Temporary

Treshold Shift” (TTS) ou Mudança Temporária do Limiar Auditivo.

8.1. Perda Auditiva Induzida por Nível de Pressão Sonora Elevado (PAINPSE ou
PAINPSEO)
Refere-se à alteração dos limiares auditivos, do tipo neurossensorial, decorrente da exposição sistemática a

níveis de pressão sonora elevados no ambiente de trabalho. Tem como característica a bilateralidade,

simetria, irreversibilidade e a progressão com o tempo de exposição. Acomete inicialmente os limiares

auditivos em uma ou mais frequências da faixa de 3.000 a 6.000 Hz. As frequências de 8.000 e as mais baixas

poderão levar mais tempo para serem afetadas. Uma vez cessada a exposição, não haverá progressão da

perda auditiva.

Em ambiente ocupacional, também denominada por Disacusia, Hipoacusia ou Surdez Ocupacional, é

causada pela exposição prolongada a níveis elevados de ruído. A perda auditiva induzida pelo ruído é

indolor, gradual e seus sinais são quase imperceptíveis (zumbidos no ouvido durante ou após a exposição a

níveis altos de ruído, dificuldade de manter uma conversação normal, sensação dos sons estarem abafados).

Com a destruição das células ciliadas da cóclea, a orelha interna perde a capacidade de transformar as

ondas sonoras em impulsos nervosos e, consequentemente, é o fim da audição. Infelizmente, não se conhece

ainda a cura para células ciliadas destruídas.

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8.2. Trauma Acústico


É conceituado como uma perda auditiva súbita, causada por uma única exposição a níveis de ruído muito

altos. Em geral, acompanha-se de zumbido imediato, podendo acontecer rompimento do tímpano,

hemorragia ou danos na cadeia ossicular.

8.3. Mudança Temporária do Limiar Auditivo ou “Temporary Treshold Shift” (TTS).


A perda auditiva temporária é um efeito a curto prazo de uma mudança temporária do limiar auditivo e

depende da suscetibilidade individual, tempo de exposição, intensidade e frequência do ruído. A audição

volta ao normal após algum tempo longe do ruído ou após o chamado repouso acústico. O zumbido, após a

exposição a um ruído alto, pode ser sinal de perda temporária.

8.4. Fatores para a Perda da Audição


Existem diversos fatores que podem levar à perda na audição, além da PAINPSE ocupacional. No ambiente

de trabalho, as diversas combinações entre agentes físicos agressivos e agentes químicos facilmente

encontrados, tornam-se riscos à saúde dos expostos. Por esse motivo, as Perdas Auditivas Ocupacionais não

devem ser restritas a Perda Auditiva Induzida por Ruído, pois podem ocorrer casos de perdas auditivas

ocupacionais e não ocupacionais sem que haja, necessariamente, exposições ao ruído.

Outros fatores, além da PAINPSE ocupacional, que podem levar à perda auditiva:

Exposição durante lazer ou segundo ofício: diversas ocupações e atividades, pela natureza do trabalho,

acabam por expor indivíduos a níveis excessivos de ruído, tais como: prática de tiro ao alvo, música alta,

marcenaria doméstica, etc.;

Presbiacusia, a perda auditiva ocasionada por envelhecimento do sistema auditivo;

Causas patológicas, como rubéola, meningite, infecções do aparelho auditivo;

Surdez hereditária;

Trauma na cabeça;

Drogas Ototóxicas: existem casos de problemas auditivos relacionados ao consumo de medicamentos, como

por exemplo, certos antibióticos, antidepressivos, etc.

Agentes Químicos Ototóxicos, que por si só ou quando combinados ao ruído, podem causar danos à

audição. Este último fator merece destaque.

8.5. Agentes Químicos e Perdas na Audição


“Exposição a certos agentes químicos também podem resultar em perda auditiva. Em situações nas quais

pode haver exposições simultâneas a ruído e n-butanol, monóxido de carbono, chumbo, manganês, estireno,

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tolueno ou xileno, recomenda-se a realização de audiometrias periódicas, que devem ser cuidadosamente

revisadas.

Outras substâncias sob estudos acerca de efeitos ototóxicos são: arsênico, dissulfeto de carbono, mercúrio e

tricloroetileno.”

Pode-se dizer que um dos mais importantes e complexos desafios na área de saúde ocupacional é o estudo

sobre os efeitos das exposições simultâneas. Fica evidente a necessidade de mais estudos nesta área quando

analisamos o número de trabalhadores expostos ao ruído e a quantidade de agentes químicos

potencialmente tóxicos encontrados na indústria.

8.6. Caracterização da PAINPSE


As perdas auditivas induzidas pelo ruído são sempre do tipo neuro-sensorial, geralmente bilaterais e simétricas,

iniciando nas frequências de 4000, 6000 ou 3000 Hz, com uma perda mais acentuada nessas frequências do

que nas frequências de 500, 1000 ou 2000 Hz. Geralmente a maior perda é na faixa de 4000 Hz. As frequências

mais altas e mais baixas que 4000 e 6000 levam mais tempo para

serem afetadas. Iniciam-se nos primeiros anos de exposição e atingem um limiar máximo de 10 a 15 anos de

exposição. Geralmente não progridem significativamente após cessada as exposições.

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9. DEFINIÇÕES
ANSI: American National Standard Institute.

Áreas de risco: instalações industriais e prediais localizadas no ambiente de trabalho, onde os trabalhadores

possam estar expostos a ruído acima de 80 dB(A).

Área restrita: local onde se faz necessário o uso de proteção auditiva.

Audiometria: teste de acuidade auditiva para determinar os limiares dos níveis de intensidade mais baixos que

o indivíduo pode ouvir em um grupo de sons.

Audiograma: registro gráfico ou escrito do resultado da medição do nível de audição em diferentes

frequências.

Audiograma de referência (linha de base): registro audiométrico dos limiares auditivos de um indivíduo,

utilizado como referencial para comparação e avaliação evolutiva de audiogramas subsequentes.

Audiogramas sequenciais: registros audiométricos subsequentes à audiometria de referência.

Audiômetro: instrumento eletroacústico que gera tons puros de determinadas frequências, utilizado para

determinar os limiares auditivos individuais.

Circuito de resposta lenta (slow): modo de obtenção do NPS com integração a cada 1 segundo, utilizado

para medição do ruído contínuo e intermitente.

Circuito de resposta rápida (fast): modo de obtenção do NPS com integração a cada 0,125 segundos,

utilizado para medição do ruído de impacto.

Condições normais de operação: são as condições em que se realizam as atividades que representam uma

jornada típica de trabalho.

Controles administrativos: são medidas adotadas para reduzir o potencial de exposição ao ruído através da

redução do tempo de exposição, práticas de trabalho e treinamento.

Controles de engenharia: são medidas adotadas para reduzir a intensidade do ruído na fonte de emissão e

no percurso para minimizar a propagação do mesmo.

Critério de Referência (CR): nível médio para o qual a exposição, por um período de 8 horas, corresponderá a

uma dose de 100%.

dB (A): nível de pressão sonora em dB obtido no circuito de compensação “A”. Este circuito é o que melhor

representa a audição humana.

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dB (C): é o circuito de compensação mais linear, incorporado aos equipamentos para medir todo o ruído do

ambiente (sem filtros), ou para avaliar ruídos de baixas frequências. Utilizado para avaliação do ruído de

impacto e cálculo de atenuação de protetores auditivos.

Decibel (dB): escala em base logarítmica, utilizada para representar o nível de pressão sonora percebido pelo

ouvido humano. Usa o limiar da audição de 20 μPa como ponto de partida ou pressão de referência, definido

para ser 0 dB.

Dose: parâmetro usado para a caracterização da exposição ocupacional ao ruído expresso em

porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo de energia sonora diária admitida,

definida com base em parâmetros preestabelecidos (q, CR, NLI).

Dose projetada: é a caracterização da dose relativa ao período efetivo da jornada de trabalho. Esta dose

pode ser obtida diretamente no dosímetro ou calculada por regra de três, caso fique comprovado que o

período não medido tenha comportamento semelhante ao período avaliado.

Dosímetro de ruído: medidores integradores para avaliação da exposição, dose de ruído e do nível

equivalente, durante a jornada de trabalho, especialmente quando o nível de ruído no local é variável,

utilizando parâmetros pré-definidos.

Deficiência auditiva ou hipoacusia, ou surdez: impossibilidade parcial ou total de ouvir, unilateral ou bilateral,

devido à insuficiência ou alteração na acuidade auditiva. Pode ocorrer por várias causas, sendo temporária

ou permanente. As hipoacusias são classificadas em neurosensorial, mista, de condução, central e

psicogênica.

EPI: Equipamento de Proteção Individual.

Exame audiométrico: exame executado por médico ou fonoaudiólogo em cabina audiométrica ou ambiente

acusticamente compatível, com a utilização de audiômetro, fone e microfone, em que se determinam os

limiares de audição de sons em diversas frequências de tons puros, pela via aérea e/ou óssea, além da

discriminação de sons da fala humana.

Exposição ao ruído: inter-relação do agente físico ruído e o trabalhador no ambiente de trabalho.

Força de trabalho: empregados, estagiários e prestadores de serviços.

Grupo Homogêneo de Exposição (GHE): conjunto de trabalhadores que executam as mesmas tarefas, tem a

mesma função ou funções correlatas e estão potencialmente expostos ao mesmo risco, de forma que o

resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer componente do grupo seja representativo da

exposição dos demais componentes do mesmo grupo.

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Grupo Similar de Exposição (GSE): corresponde a um grupo de empregados que experimentam exposição

semelhante, dentro da variabilidade estatística intrínseca à medição, de forma que o resultado fornecido

pela avaliação da exposição de qualquer componente do grupo seja representativo da exposição dos

demais componentes do mesmo grupo.

Incremento de duplicação de dose (q): incremento em decibéis que, quando adicionado a um determinado

nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido.

Limite de tolerância apara ruído: refere-se ao nível de pressão sonora e período de exposição, que representa

a condição sob a qual se acredita que a maioria dos trabalhadores pode ficar exposta repetidamente, dia

após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde e que permita a comunicação normal entre as pessoas.

Limite de exposição valor teto: corresponde ao valor máximo, acima do qual não é permitida exposição em

nenhum momento da jornada de trabalho.

Medidor de nível de pressão sonora: instrumento de leitura instantânea do ruído no ambiente de trabalho. Sua

principal função é transformar um sinal mecânico (vibração sonora) em um sinal elétrico.

Monitorização: metodologia utilizada para medir a exposição dos trabalhadores a níveis de pressão sonora

utilizando um dosímetro de ruído. Também denominada de dosimetria de ruído.

Nível de exposição equivalente (Leq): é o nível ponderado, baseado na equivalência de energia, para um

período de medição especificado, que pode ser considerado como o nível de pressão sonora contínuo, em

regime permanente, que apresentaria a mesma energia acústica total do ruído real, flutuante, no mesmo

período.

Nível total de pressão sonora: grandeza que fornece apenas um nível em dB ou dB(A), referente à soma das

parcelas emitidas por várias fontes sonoras, sem informações sobre a distribuição deste nível nas frequências.

Constitui-se, portanto, uma medida global simples, que pode ser obtido com um medidor de nível sonora sem

filtros. Também conhecido como ruído instantâneo.

Nível médio (Lavg): nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao período de medição,

que considera os diversos valores de níveis instantâneos ocorridos no período e os parâmetros de medição

predefinidos (q = 5; CR = 85 dB(A); NLI = 80 dB(A)). A ACGIH denomina como o TWA (time weighted average),

que significa a média ponderada no tempo.

Nível de exposição normalizado (NEN): nível de exposição equivalente, convertido para uma jornada padrão

de 8 horas diárias, utilizado para fins de comparação com o limite de exposição quando se utiliza os

procedimentos adotados pela NHO-01.

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Nível de pressão sonora (NPS): oscilações mecânicas do som ou ruído que provocam uma pressão alternativa

sobreposta à pressão atmosférica. Mede a intensidade do som na escala decibel (dB).

NRR: nível de redução de ruído do protetor auditivo, obtido segundo a Norma ANSI S3.19/1974, em que se

determina o limiar de audição de um ouvinte treinado, sem protetor e com protetor, para o ruído gerado em

uma sala acústica, em bandas de frequência (tom não puro) e a diferença entre as duas medidas fornece a

atenuação do protetor auditivo (NRR).

NRRsf: nível de redução do ruído do protetor auditivo, obtido segundo o método B da Norma ANSI 12.6/1997,

em que os ouvintes que participam dos ensaios do laboratório não têm experiência com uso do protetor,

somente leem as instruções dos fabricantes antes dos testes. Os ouvintes representam os trabalhadores no

campo do mundo real. Subject fit (sf) significa colocação do protetor pelo ouvinte.

Nível de Ação (NA): valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a

probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. Para o ruído

este valor é a metade do limite de tolerância, que corresponde uma dose de 50% e nível de pressão sonora

de 80 dB(A), para uma jornada padrão de 8 horas diárias.

Nível Limiar de Integração (NLI): nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na

integração para fins de determinação de nível médio ou da dose de exposição.

Meatoscopia ou otoscopia: inspeção do conduto auditivo externo e da membrana timpânica através da

utilização de equipamento óptico denominado otoscópio.

Perda auditiva potencialmente reportável: diminuição permanente do nível de audição em um ou ambos os

ouvidos de 25 decibéis na média das frequências de 2.000, 3.000 e 4.000 Hz, corrigida conforme a idade,

conforme padrão da OSHA(26), não mandatório.

Programa de Conservação Auditiva (PCA): programa mediante o qual se pretende evitar danos ao sistema

auditivo através do uso de medidas de controle (engenharia, administrativa e equipamento de proteção

auditiva).

Protetores auditivos: equipamentos de proteção individuais utilizados sobre os pavilhões auditivos ou nos

condutos auditivos, com o intuito de reduzir o nível de pressão sonora que atinge o ouvido.

Repouso auditivo: período mínimo de 14 horas sem exposição ao ruído até o momento da realização do

exame audiômetro.

Ruído: som indesejável, constituído por grande número de vibrações acústicas com relações de amplitude e

frequência, prejudicial à saúde humana, que causa sensação desagradável e irritante.

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Ruído contínuo ou intermitente: aquele cuja variação de nível de intensidade sonora é de ± 3 dB em todo o

período de observação.

Ruído de impacto ou impulsivo: ruído que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a um

segundo, a intervalos superiores a um segundo.

Som: variação acústica capaz de produzir uma sensação audível agradável.

Zona auditiva: região do espaço delimitada por um raio de 150 mm a 50 mm, medido a partir da entrada do

canal auditivo.

Frequência: é a número de oscilações por segundo do movimento vibratório do som. Para uma onda sonora

em propagação, é o número de ondas que passam por um determinado referencial em um intervalo de

tempo. Chamando de l o comprimento de onda do som e V a velocidade de propagação da onda.

Intensidade: A intensidade do som é a quantidade de energia contida no movimento vibratório. Essa

intensidade se traduz com uma maior ou menor amplitude na vibração, ou na onda sonora.

Suscetibilidade Individual: A complexidade do organismo humano implica em que a resposta do organismo a

um determinado agente pode variar de indivíduo para indivíduo.

CORRELAÇÕES ENTRE A TERMINOLOGIA EM PORTUGUÊS E INGLÊS

Critério de Referência (CR): Criterion Level (CL)

Incremento de Duplicação de Dose (q): Exchange Rate (q ou ER)

Limite de Exposição (LE): Threshold Limit Value (TLV)

Nível Equivalente (Neq): Equivalent Level (Leq)

Nível Médio (NM): Average Level (Lavg)

Nível Limiar de Integração (NLI): Threshold Level (TL)

Programa de Conservação Auditiva – PCA


PARTE 01 — Documento Base
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10. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESCRITOS

11. Mapeamento Ambiental de Ruído


Atividades executadas em estabelecimentos de Terceiros (Tomador de Serviços), não cabe a Contratada

executar Mapeamento de Ruído Ambiental.

A EMPRESA adota o procedimento sugerido pelo COMITÊ DE FOMENTO INDUSTRIAL DE CAMAÇARI – COFIC.

11.1. Monitoramento Pessoal de Ruído


A EMPRESA adota o procedimento da NHO 01 da FUNDACENTRO.

11.2. Equipamento de Proteção Individual


Fica registrada a obrigatoriedade do uso de protetores auriculares onde o nível de pressão sonora ultrapassar

o Nível Ação para uma jornada de trabalho de 8 horas (80,0 dB(A)), assim como o uso do protetor tipo

concha com qualquer outro modelo de protetor de inserção disponível na EMPRESA (Ver Item 5.9 do

Desenvolvimento) para as áreas onde o nível de ruído ultrapassar 100,0 dB(A).

Os fornecedores da EMPRESA são homologados pelo sistema corporativo de cadastramento de

fornecedores, atendendo todas as unidades, para tanto, deve atender itens de contrato e fornecer apenas

EPIs homologados e com certificado de aprovação da Secretaria do Trabalho.

A EMPRESA possui procedimentos que objetivam Especificar os requisitos para a aquisição, fornecimento e

substituição de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs – padronizando os tipos e modelos utilizados na

Empresa. Estabelecer as condições de uso, conservação, higienização e guarda, quando aplicável, visando

assegurar a conformidade técnica dos equipamentos em termos da proteção específica para os perigos e

riscos aos quais se destinam, buscando o atendimento aos requisitos legais ou, na inexistência destes, as boas

práticas de utilização.

Procedimentos:

› ORIENTAÇÕES DE USO E HIGIENE DE EPI’S /EPC’S.


Os procedimentos se encontram disponíveis para consulta no Sistema da Qualidade da EMPRESA.

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PARTE 01 — Documento Base
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12. REVISÃO E FORMA DE AVALIAÇÃO


O programa, por mais abrangente que seja, terá pouco valor se não for mantido e executado conforme

planejado.

Além de ter o seu desenvolvimento acompanhado, ele deve ser avaliado anualmente para verificar se:

a) Os procedimentos contidos no programa atendem aos requisitos dos regulamentos legais vigentes aplicáveis;

b) O que está sendo executado reflete os procedimentos operacionais escritos.

O administrador do programa deve providenciar sua revisão de modo a garantir que o PCA esteja sendo

efetivamente executado e que as falhas ou deficiências detectadas durante a avaliação do programa

sejam corrigidas. A situação encontrada durante a avaliação do PCA deve ser documentada, inclusive os

planos de ação para correção das falhas observadas, bem como os prazos para sua correção.

Os elementos do programa devem ser reavaliados quando houver alterações nas condições do ambiente de

trabalho ou das atividades desenvolvidas.

12.1. Periodicidade de Avaliação


A Avaliação é Anual

O acompanhamento do PCA – Programa de Conservação Auditiva deverá ser feito pelo Coordenador Geral

do PCA e Médico Coordenador do PCMSO, que promoverão pelo menos uma reunião anual com todos

aqueles a quem delegou competência para o desempenho de atividades específicas do programa, visando

fazer os ajustes necessários no PCA, rever os elementos do programa, determinar prioridades para ações

futuras, estabelecer objetivos e metas para o ano seguinte.

12.2. Forma de Avaliação


Anualmente deverá ser feita uma avaliação do programa, com base no Formulário de Avaliação do PCA —

Anexo I, com profissional externo competente, preferencialmente em Higiene Ocupacional, escolhido a

critério do Coordenador do PCA e demais membros da organização.

Após a avaliação, os elementos do programa deverão ser revistos, de modo a determinar prioridades para

ações futuras e estabelecer objetivos e metas para o ano seguinte.

Para ser objetiva, a avaliação do PCA deve ser realizada por pessoa conhecedora do assunto, não ligada ao

programa. A lista de pontos a serem verificados deve ser preparada e atualizada, quando necessário, e deve

abranger:
a) Administração do programa; e) Teste de conforto e aceitação;
b) Informações básicas para seleção dos protetores f) Inspeção, limpeza, higienização, manutenção e
auditivos; guarda;
c) Seleção dos protetores; g) Avaliação médica.
d) Treinamento;
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PARTE 01 — Documento Base
Maio/2022 — REV 00
30

13. ARQUIVAMENTO DE REGISTROS


O administrador do programa deve guardar os registros dos tópicos do PCA para demonstrar sua

implementação efetiva e também para uso durante a revisão do programa.

Esses registros devem ser mantidos por um período adequado, durante o período mínimo requerido pela

legislação.

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PARTE 01 — Documento Base
Maio/2022 — REV 00
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

PARTE 02 — DESENVOLVIMENTO

DEZEMBRO/2022 — REV. 00
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PARTE 02 — DESENVOLVIMENTO

14. ANTECIPAÇÃO DE RISCOS RESPIRATÓRIOS — VIA INALAÇÃO


A antecipação de riscos com relação ao controle de ruído nas dependências da EMPRESA será efetuada

através da avaliação de modificações e/ou novos projetos, especificamente com relação à instalação de

novos equipamentos no ambiente ocupacional. A avaliação deverá ser feita com enfoque nos Níveis de

Pressão Sonora – NPS gerados por este(s) novo(s) equipamento(s) e quando necessário, envolver uma pessoa

com conhecimento técnico do assunto. A empresa deverá assegurar que nas modificações e/ou novos

projetos com previsão de aquisição de novo(s) equipamento(s), haja uma avaliação prévia da contribuição

do Nível de Pressão Sonora – NPS para o ambiente.

15. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO A RUÍDO

A avaliação pessoal, por dosimetria, será feita em primeira instância conforme a avaliação qualitativa do

Grau de Risco de Exposição estabelecida no Programa de Conservação Auditiva – PCA. Após a 1ª

Campanha, seguirá os critérios estabelecidos segundo o PGR em seu Documento Base, em consonância com

o PCMSO e o Programa de Monitoramento de Ruído.

A avaliação ambiental, através do mapeamento de ruído, será feita a cada dois anos ou quando houver

alguma modificação que a justifique.

O Monitoramento de Ruído Tem Como Objetivos:

Conhecer o ambiente de trabalho – presença de ruído, de produtos químicos, ototóxicos, ritmo, jornada e

demais aspectos relacionados à organização do trabalho;

› Avaliar se o ruído presente interfere na comunicação oral e no reconhecimento de sinais acústicos

necessários ao trabalho;

› Definir os grupos de trabalhadores expostos de maneira similar – GHE´s;

› Identificar e avaliar as fontes emissoras de ruído para possibilitar seus controles;

› Estabelecer prioridades para o controle;

› Avaliar a eficácia do(s) controle(s) proposto(s) ou adotado(s).

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15.1. Metodologia e Instrumentos Utilizados

15.1.1. Monitoramento de Ruído Ambiental – Mapeamento de Ruído


Metodologia: procedimento COFIC (Anexo I)

Normas de Referência: ISO 1999/90, ISO 1996-1 – 1982 e ISO 1996-2 – 1987

Instrumento a ser Utilizado: Medidor de Nível de Pressão Sonora nas especificações das normas ANSI S1.4-1983

e IEC 651 ou de futuras revisões e ter classificação mínima do tipo 2 (exatidão ± 1,0 dB)

Calibração: deve ser feita antes e depois da avaliação.

Circuito de Compensação: A

Circuito de Resposta: SLOW

Posicionamento do Microfone: deve ser posicionado a 1,5 metro do piso e a 1,0 metro de grandes superfícies

(paredes, colunas e equipamentos).

Nota: se a avaliação requer dados para determinar com maior precisão o risco a que determinado nível de

ruído pode causar ao sistema auditivo do trabalhador, ou para se direcionar o tipo de tratamento acústico a

que um ambiente deva ser submetido, recomenda-se utilizar o medidor de nível de pressão sonora acoplado

a um filtro de bandas de oitavas ou um terço de oitavas.

15.1.2. Monitoramento de Ruído Pessoal – Audiodosimetria


Metodologia: NHO-01

Normas de Referência: ISO 1999/90, ISO 1996-1 – 1982 e ISO 1996-2 – 1987) e NHO-01 MTE/FUNDACENTRO

(Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído)

Instrumento a Ser Utilizado: Audiodosímetro na especificação da Norma ANSI S1.25/1991 ou de suas futuras

revisões, ter classificação mínima do tipo 2 (exatidão ± 1,0 dB).

Calibração: Deve ser feita antes e depois da avaliação

Circuito de Compensação: A

Circuito de Resposta: SLOW

Critério de Referência: 85 dB (A), que corresponde a uma dose de 100% para uma exposição de 8 horas.

Nível Limiar de Integração: 80 dB (A).

Faixa de Medição Mínima: 80 a 115 dB (A).

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Incremento de Duplicação de Dose: 5 dB (A) (NR 15) e 3 dB (A) (NHO 01).

Indicação de Ocorrência de Níveis Superiores a: 115 dB (A).

Posicionamento do Microfone: deve ser posicionado na zona de audição do trabalhador com o microfone

posicionado cerca de 20 cm do ouvido. Geralmente o microfone é preso no ombro do trabalhador (lapela

da camisa).

Figura 01: Posicionamento correto do microfone do audiodosímetro

15.2. Tratamento Estatístico das Monitorações


Após a realização das monitorações, os resultados em % Dose diária (para 8 horas de exposição), deverão ser

tratados estatisticamente.

Caso a monitoração tenha sido realizada sob condições não representativas da rotina do grupo, decorrente

de operações ou procedimentos previsíveis, mas não habituais, tais como manutenções preventivas, não fará

parte do tratamento estatístico e uma nova monitoração deverá ser realizada. Entretanto, essas

monitorações devem ser armazenadas em banco de dados específicos, para estudos.

Quando a monitoração fornecer um resultado não condizente com a descrição das tarefas rotineiras,

descritas pelo trabalhador avaliado, apresentando um nível de exposição muito alto ou muito baixo, deverão

Programa de Conservação Auditiva – PCA


PARTE 02 — Desenvolvimento
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ser investigadas as causas. Se não forem encontradas as situações que justifiquem este fato, os resultados

deverão ser incluídos no tratamento estatístico.

A estatística descritiva dos dados deve incluir o número de amostras, média aritmética, média geométrica,

desvio padrão aritmético, desvio padrão geométrico, valor máximo, valor mínimo, moda, range, limite

superior de confiança e limite inferior de confiança, obtidos por cálculos estatísticos apropriados, conforme

demonstrados no Apêndice B.

Deve-se verificar se o conjunto de dados segue uma distribuição normal ou log-normal, utilizando ferramentas

estatísticas adequadas, por exemplo, como descrito no manual da NIOSH (17), livro da AIHA (23) ou Apostila

de Estatística Aplicada à Avaliação de Riscos em Ambientes de Trabalho (4).

Contudo, geralmente, utiliza-se a distribuição log-normal, pois esta é a distribuição típica das variações

ambientais que ocorrem nos locais de trabalho. Na distribuição desse tipo, a transformação logarítmica dos

dados originais se distribui normalmente.

Quando os dados não seguem nenhuma dessas distribuições, o GHE/GSE não está definido corretamente ou

a exposição é muito variável. Nesse caso, recomenda-se investigar os dados, redefinir o GHE/GSE e/ou coletar

amostras adicionais para refazer a estatística descritiva. Os dados iniciais não devem ser descartados, mas

reagrupados em dois ou mais GHE/GSEs.

15.2.1. Análise dos Resultados

15.2.1.1. Uniformidade dos GHE/GSE

O desvio padrão geométrico (DPG) das medições realizadas, deve ser utilizado para a tomada de decisão

sobre o GHE/GSE, com base nos critérios da Tabela a seguir:

Tabela 3: Critério para a tomada de decisão sobre o GHE/GSE

DPG Consideração técnica Atuação recomendada

0 < DPG < 1 Exposição uniforme. Manter o GHE/GSE.

Exposição com variabilidade aceitável.


1 < DPG < 2 Grupo homogêneo/similar.
Manter o GHE/GSE.

Exposição com grande variação. Investigar situações atípicas durante as monitorações.


DPG > 2 Grupo sob suspeita de Realizar medições adicionais.
homogeneidade/similaridade. Validar ou reestudar o grupo.

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15.2.1.2. Definição do Grau de Risco de Exposição (GRE) e Frequência de Monitoramento

O MVUE será adotado para determinar quantitativamente o Grau de Risco de Exposição (GRE) calculado por

tratamento estatístico. A seguir são apresentados os critérios de definições para o GRE quantitativo, assim

como, as considerações técnicas para julgamento e tomada de decisão sobre a exposição.

Tabela 4: Critério de julgamento e tomada de decisão sobre a exposição / Frequência de Monitoramento – Ruído Pessoal

Correlação ao IJ Atuação
Critério Frequência de Monitoramento GRE
Índice de Julgamento Recomendada

Qualquer dose, com níveis Muito Alto


Interromper a exposição Interromper a exposição Interromper a exposição
individuais >115 dB (A) (Inaceitável)

Devem ser adotadas medidas de


controle que conduzam a valores de I <
1,0. Nesta situação, a frequência de Adoção imediata de medidas Muito Alto
MVUE ≥ LT IJ ≥ 1
monitoramento deve ser aquela corretivas (Inaceitável)
necessária para a avaliação das
medidas adotadas.

Adoção de medidas preventivas Alto


50% LT ≤ MVUE < LT 0,5 ≤ IJ < 1 Anual e corretivas visando à redução (Temporariamente
da dose diária Aceitável)

Moderado
25% LT ≤ MVUE < 50% LT 0,25 ≤ IJ < 0,5
(Aceitável)

No mínimo, manutenção da Baixo


10% LT ≤ MVUE 25% LT 0,1 ≤ IJ 0,25 2 em 2 anos
condição existente. (Aceitável)

Muito Baixo
MVUE < 10% LT IJ < 0,10
(Aceitável)
MVUE = Estimativa da Média Verdadeira obtida por tratamento estatístico das avaliações;
LT = Limite de Tolerância do Agente de Risco;
IJ = Critério estatístico que representa a razão entre o MVUE e o LT do agente de risco, fornece a porcentagem do MVUE em relação ao
LT.
Os resultados de médias apresentados abaixo foram calculados inicialmente a partir da dose e,

posteriormente, transformadas na unidade de dB (A).

Conforme explicitado acima, os critérios de aceitabilidade para o ruído são:

› Inaceitável (GRE: Muito Alto): MVUE ≥ LT [85 dB (A)]

› Temporariamente Aceitável (GRE: Alto): 50% LT – Nível de Ação [80 dB (A)] ≤ MVUE < LT [85 dB (A)]

› Aceitável (GRE: Moderado): 25% LT ≤ MVUE < 50% LT – Nível de Ação [80 dB (A)]

› Aceitável (GRE: Baixo): 10% LT ≤ MVUE 25% LT [75 dB (A)]

› Aceitável (GRE: Muito Baixo): MVUE < 10% LT [68,4 dB (A)]

Para prevenção da exposição e manutenção da saúde dos trabalhadores, o nível de ação é o parâmetro

mais indicado para desencadear as medidas de controle, pois conforme NR 9 (item 9.3.6.2.b) deverão ser

objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional ao ruído acima deste

nível (dose superior a 50%).

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16. MEDIDAS DE CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO RUÍDO

O controle do ruído é uma ação que visa diminuir a exposição dos indivíduos ao ruído, ou seja, reduzir a dose

de exposição diária. O controle de ruído pode se dar em três níveis: fonte, trajetória e indivíduo.

Prioritariamente devem ser adotadas medidas de engenharia, isto é, aquelas que promovem a redução do

nível de ruído que atinge o ouvido do trabalhador. Podem ser adotadas na fonte ou na trajetória. A seguir são

apresentados exemplos de medidas de controle, normalmente adotadas para os três níveis mencionados

acima:

Redução de Ruído na Fonte

› Modificações ou substituições de máquinas e equipamentos;

› Isolamento entre superfícies que vibram e dos dispositivos que produzem vibrações;

› Modificação do processo de produção;

› Manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos;

› Mudanças para técnica menos ruidosa de operação.

Redução de Ruído na Trajetória

› Alteração das características acústicas do ambiente de trabalho pela introdução de materiais

absorventes, revestimentos;

› Assentamento com material anti-vibrante;

› Isolamento do posto de trabalho do local de transmissão da vibração;

› Barreiras, Silenciadores, enclausuramentos parciais ou completos.

› Redução de Ruído no Indivíduo

› Revezamento entre ambientes, postos, funções ou atividades;

› Posicionamento remoto dos controles das máquinas;

› Enclausuramento do trabalhador em cabine tratada acusticamente;

› Alterações da posição do trabalhador em relação à fonte de ruído ou do caminho da transmissão

durante etapas da jornada de trabalho;

› Uso de equipamento de proteção individual, reduzindo a dose de ruído diária recebida.

16.1. Medidas de Controle já Adotadas


› Manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos;

› Assentamento com material anti-vibrante;

› Uso de equipamento de proteção individual, reduzindo a dose de ruído diária recebida.

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17. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO AUDIOLÓGICO

Para avaliação e controle da evolução da perda auditiva serão realizados exames complementares

conforme a seguir:

› Tipo: Audiometria tonal via aérea;

› Frequências: 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e 8000 Hz;

› Periodicidade: Admissional, Periódico, Especial e Demissional, segundo critérios estabelecidos no PCMSO;

› Método de execução: Otoscopia prévia;

› Repouso acústico: > 14 horas;

› Cabine Acústica: conforme OSHA 81, Apêndice D ou ANSI 3.1/1991;

› Calibração do Audiômetro: conforme ISO 389/75 ou ANSI 1969.

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18. SELEÇÃO E USO DE PROTETORES AUDITIVOS

A seleção dos protetores auditivos será baseada nos seguintes fatores:

› Nível de Pressão Sonora do ambiente de trabalho;

› Nível de Redução de Ruído atribuído ao protetor auditivo (NRR);

› Frequência de ruído predominante no ambiente de trabalho;

› Tempo de utilização requerido pelo usuário

› Nível de conforto do protetor auditivo.

18.1. Seleção Preliminar


A seleção preliminar visa estabelecer os tipos, modelos e marcas de protetores a serem adquiridos pela

empresa para avaliação dos usuários.

A seleção preliminar dos protetores deverá ser conduzida pelas áreas de Higiene e Saúde Ocupacional. Para

isso, é necessário conhecer os níveis de exposição a ruído dos grupos homogêneos, as condições ambientais

onde se desenvolvem as tarefas, os hábitos e preferências dos usuários para estabelecimento de um padrão

mínimo de aceitação dos protetores.

18.2. Teste de Conforto e Aceitação


O usuário deverá atestar sua aceitação com relação ao aspecto de conforto do protetor, quando do

recebimento pela primeira vez e nas trocas subsequentes.

18.3. Princípios Básicos Para Tomada de Decisão – Escolha do Protetor


A consideração mais crítica na seleção e uso de protetores auditivos é a habilidade em ajustar os protetores,

a fim deles proporcionarem uma vedação ao ruído de uma maneira confortável e que a vedação possa ser

consistentemente mantida durante todas as exposições ao ruído. Outras considerações importantes incluem:

capacidade de redução de ruídos do protetor auditivo (atenuação), a exposição diária ao ruído (uso diário),

variações no nível de ruído (dose), preferências do usuário (conforto), necessidades de comunicação, perda

auditiva (se houver), compatibilidade com outros equipamentos de segurança, habilidades físicas, clima e

outras condições de trabalho e requerimentos de troca, cuidado e uso.

Como selecionar um bom protetor auditivo: Deverão ser consideradas, principalmente, as opiniões finais dos

usuários em relação a alguns pontos muito importantes, que aumentarão as chances do uso correto e

eficácia da proteção.

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“A seleção do protetor auditivo deve ser feita envolvendo o usuário. Uma forma prática é selecionar vários tipos
de protetores auditivos e fornecer ao usuário para que experimentem e escolham o tipo em que melhor se
adaptam”. (Livro: Protetores Auditivos – Samir Gerges)”

Para que o protetor seja utilizado adequadamente, vários aspectos deverão ser observados, dependendo

das condições de trabalho em cada área e do tipo de ruído existente.

Elementos da Proteção Efetiva

Existe uma diferença entre os termos Eficiência dos protetores e sua Eficácia.

A Eficiência de atenuação está relacionada à capacidade que os protetores têm de amenizar os ruídos

externos, ou seja, poder de redução ou nível de redução do ruído.

Esta medida de eficiência é realizada em laboratório, por uma metodologia de ensaio, conforme sugerido

em uma norma.

Atualmente, no Brasil, são seguidos os critérios da ANSI S12.6/1997 – método B, cujo resultado é denominado

NRRsf (nível de redução de ruído – “subject fit”), cujo resultado está explícito no certificado de aprovação

(C.A.), emitido pelo Ministério do Trabalho.

No entanto, a Eficácia do protetor depende de alguns fatores, os elementos da proteção efetiva:

› Colocação e uso corretos;

› Qualidade da vedação no canal auditivo;

› Porcentagem do tempo de uso;

› Atenuação oferecida.

Verificação da Vedação dos Protetores Tipo Inserção Moldáveis e Pré-moldáveis

A seguir são apresentados alguns cuidados necessários para se ter uma maior eficácia de vedação dos

protetores, tipo inserções moldáveis e pré-moldados:

1) Sempre ajuste os protetores a fim de vedar o canal auditivo;

2) Quando os protetores estão corretamente inseridos, sua própria voz deve parecer oca e os sons ao

seu redor não devem parecer tão altos quanto anteriormente;

3) Tente puxar levemente o protetor auditivo; ele não deve se mover facilmente. Se o protetor se mover

facilmente, remova-o e insira-o novamente, com cuidado, o mais profundamente possível no canal

auditivo, seguindo as instruções de colocação;

Verifique frequentemente a vedação durante o tempo em que está usando o protetor. Se os protetores se

deslocarem, a proteção ao ruído pode ser perdida.

Portanto, a seleção do protetor auditivo precisa ser realizada a partir de um trabalho individual, onde sejam

considerados todos os elementos da proteção efetiva, além das características pessoais do usuário (formato

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PARTE 02 — Desenvolvimento
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da cabeça e rosto, tamanho do conduto auditivo, tipo de atividade, compatibilidade com outros E.P.I.’s) e

conforto proporcionado ao usuário pelo protetor, lembrando que o aspecto conforto é extremamente

subjetivo, ou seja, o protetor não deve incomodar quem o utiliza.

“O melhor desempenho dos protetores auditivos será somente alcançado com esforços direcionados para a

correta seleção, colocação, vedação, entrega do EPI e substituição por novos. Pessoas capacitadas e

interessadas devem ser selecionadas para conduzir esta fase do PCA, proporcionando-as conhecimentos

suficientes para realizarem um bom trabalho”.

Realizar seleção, com os trabalhadores, do protetor mais adequado e treiná-los no uso correto e cuidados

com os protetores é muito mais complicado que distribuir óculos de segurança.

Para isto, os responsáveis pelos protetores auditivos necessitam de treinamentos detalhados vindos do

administrador do PCA, de materiais e Workshops realizados, às vezes, pelos fabricantes de EPI’s ou pelas

associações preocupadas em Conservação Auditiva.

Os protetores auditivos somente protegerão os trabalhadores se for absolutamente reforçada a necessidade

do uso apropriado como uma condição mandatória. Para o PCA ser efetivo, é preciso dar a mesma

prioridade no uso dos protetores auditivos como no uso de qualquer outro equipamento de segurança”.

(Livro: Hearing Conservation Program – Practical Guideline for Success – Royster&Royster).

18.4. Limpeza e Higienização


A rotina de limpeza de protetores deve ser estabelecida conforme os hábitos dos usuários e condições da

área. Rotinas mais severas de higiene deverão ser especificadas apenas para os locais nos quais existam

manuseio ou contato com substâncias potencialmente irritantes, para prevenir a transferência dessas

substâncias para o canal auditivo. Os protetores auditivos devem ser limpos e higienizados frequentemente,

conforme instruções do fabricante. A seguir é apresentada uma sugestão de Frequência de higienização:

O protetor tipo concha deve ser limpo com um pano umedecido em água e sabão neutro, tanto interno

como externamente, sempre que necessário. Sua substituição deverá ser feita quando a almofada ressecar,

rachar ou endurecer, ou a haste perder a pressão, ou apresentar outro dano que comprometa a sua

eficiência;

O protetor tipo inserção moldado (silicone) deve ser limpo após cada dia de uso ou mais vezes quando

necessário, lavando-se com água e sabão neutro e manuseado com as mãos limpas. Sua substituição deverá

ocorrer quando rachar, quebrar, endurecer, deformar ou apresentar outra condição que o torne impróprio

para uso;

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O protetor tipo inserção moldável (espuma) deve ser manuseado com as mãos limpas, e substituído sempre

que estiver sujo e perder suas características. Ele é descartável e sua lavagem não é recomendada.

A limpeza do protetor auditivo é de responsabilidade do próprio usuário, a seguir é apresentado o

procedimento de higienização para cada tipo de protetor auricular:

18.4.1. Protetores Auditivos Tipo Concha


Ao final de cada turno, limpe as conchas e almofadas externas apenas com água e sabão neutro, para que

se mantenham limpas e em condições higiênicas de uso;

Antes de cada uso, os protetores devem ser inspecionados quanto a possíveis danos, deformações ou

desgastes da almofada externa. Se isso ocorrer, elas deverão ser removidas do protetor e substituídas por

novas antes do uso;

Inspecione as conchas quanto a rachaduras. Se isto ocorrer, todo protetor deverá ser substituído;

Finalmente, examine a haste, para certificar-se de que está flexível e ainda mantém força suficiente para

sustentar firmemente as conchas contra as laterais da cabeça;

Se não for possível limpar o protetor auditivo ou substituir uma peça danificada, descarte-o e solicite um novo;

Não utilize nenhum tipo de solvente, como álcool, acetona nos protetores: eles poderão ser danificados.

18.4.2. Protetores Auditivos de Inserção Moldáveis


Deve ser trocado sempre que estiver sujo, em condições não higiênicas para uso. Este protetor não deve ser

lavado;

Não utilize nenhum tipo de solvente, como álcool, acetona nos protetores: eles poderão ser danificados.

18.4.3. Protetores Auditivos de Inserção Pré-Moldados


Limpe-os com pano úmido ou lave-os com água e sabão neutro, enxaguando-os completamente. Caso os

plugues estiverem com aparência de sujo, mesmo após lavagem, ou danificados, os mesmos devem ser

descartados e substituídos;

Não utilize nenhum tipo de solvente, como álcool, acetona nos protetores: eles poderão ser danificados.

18.4.4. Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal


Os plugues de espuma devem ser substituídos por novos sempre que se encontrarem sujos, danificados ou

sem condições higiênicas de uso. Estes plugues não devem ser lavados;
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A haste plástica pode ser lavada com água e sabão neutro ou pano umedecido com água;

Não utilize nenhum tipo de solvente, como álcool, acetona nos protetores: eles poderão ser danificados.

18.5. Inspeção de Defeitos


Com a finalidade de verificar se o protetor auditivo está em boas condições, o usuário deve inspecioná-lo

imediatamente antes de cada uso.

Após cada limpeza e higienização, cada protetor auditivo deve ser inspecionado para verificar se está em

condições apropriadas de uso, se necessita de substituição de partes, reparos (tipo concha), ou se deve ser

descartado (tipo plugue de inserção).

A inspeção deve incluir:

Verificação das condições da cobertura das vias auditivas;

Funcionamento dos reguladores de ajuste (tipo concha).

Todo componente de borracha ou de outro elastômero deve ser inspecionado para verificar a sua

elasticidade e sinais de deterioração;

Os que não satisfazem os critérios da inspeção devem ser imediatamente retirados de uso, enviados para

reparo ou substituídos.

18.6. Manutenção e Reparos


A substituição de peças e o ajuste dos reguladores dos protetores auditivos, tipo concha, será executada por

técnico comprovadamente treinado.

18.7. Guarda
A guarda dos protetores é de responsabilidade do usuário e deve ser realizada de modo que os protetores

estejam protegidos contra agentes físicos e químicos tais como: vibração, choque, luz solar, calor, frio

extremo, umidade excessiva ou agentes químicos agressivos.

Devem ser guardados de modo que as partes de borracha ou outro elastômero não se deformem.

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PARTE 02 — Desenvolvimento
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18.8. Tipos de Protetores Auditivos

18.8.1. Protetores Auditivos de Inserção Pré-moldáveis

São aqueles cujo formato é definido, por exemplo, três flanges ou protetores não roletáveis. Podem ser de
diferentes materiais: borracha, silicone, PVC.

As Vantagens são:

› Menos desperdício: podem ser reutilizados muitas vezes;


› Econômicos: substituição menos frequente por um menor custo a longo prazo;
› Convenientes: podem ser usados quando as mãos estão sujas ou usando luvas;
› Versáteis: o material não absorve a umidade. Funcionam bem em condições úmidas ou quando houver
muita transpiração;
› Atenuação moderada: permitem que o usuário ouça mais sons quando elevados Níveis de Redução de
Ruído não forem necessários.

As desvantagens são:

› Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o protetor, prejudicando a atenuação;


› Necessidade de treinamento específico;
› Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação;
› Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis;
› Fáceis de perder;
› Menor durabilidade.

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18.8.2. Protetores Auditivos de Inserção Moldáveis

Feitos em espuma moldável, com superfície lisa que evita irritações no conduto auditivo. Contornam-se ao
canal auditivo do usuário, independentemente do tamanho ou formato do canal.

As vantagens dos protetores de inserção moldáveis são:

› De espuma macia, não machucam o ouvido;


› Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e cicatrizes, sem interferência na vedação.
› Se ajustam bem a todos os tamanhos de canais auditivos;
› Compatíveis com outros equipamentos como capacetes, óculos, respiradores, etc.;
› Descartáveis e de baixo custo;
› Pequenos e facilmente transportados e guardados;
› Relativamente confortáveis em ambiente quente;
› Não restringem movimentos em áreas muito pequenas;
› Quando colocados corretamente, proporcionam excelente vedação no canal auditivo.

As desvantagens são:

› Movimentos (fala e mastigação) podem deslocar o protetor, prejudicando a atenuação;


› Necessidade de treinamento específico para colocação;
› Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação;
› Não é recomendado o manuseio se o usuário estiver com as mãos sujas;
› Só podem ser utilizados em canais auditivos saudáveis;
› Fáceis de perder.

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18.8.3. Protetores Auditivos Tipo Concha

Formado por um arco plástico ligado a duas conchas plásticas revestidas internamente por espuma, que

ficam sobre as orelhas. Possuem as almofadas externas para ajuste confortável da concha ao rosto do

usuário, ao redor da orelha.

Podem ser do tipo “acopláveis aos capacetes”, não apresentando, neste caso, a haste de interligação das

conchas.

As vantagens em relação ao uso dos protetores tipo concha são:

› Único tamanho – serve para todos os tamanhos de cabeça;

› Utilização simples / Colocação rápida;

› Pode ser utilizado mesmo por pessoas com infecções mínimas no canal auditivo;

› Atenuação uniforme nas duas conchas;

› Partes substituíveis: possuem várias peças de reposição;

› Higiênicos – podem ser utilizados em canais auditivos doentes, desde que permitido pelo médico

responsável.

Suas desvantagens são:

› Desconforto em áreas quentes;

› Dificuldade em carregar e guardar devido ao seu tamanho;

› Pode interferir com outros equipamentos de proteção como óculos, capacetes, etc.;

› Pode restringir movimentos da cabeça;

› Pressão das conchas pode ser desconfortável para 8 horas de jornada de trabalho;

› Cabelos longos, barba, uso de óculos, cavidades profundas na região entre o maxilar e o pescoço em

muito prejudicarão a atenuação.

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18.8.4. Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal

São formados por uma haste plástica de alta resistência à deformação e rompimento, utilizadas abaixo do

queixo ou atrás da cabeça, com plugues de espumas substituíveis em suas extremidades. Acomodam-se na

entrada do canal auditivo, possuem formato definido, não entrando em contato com o canal auditivo do

usuário.

As vantagens dos protetores tipo capa de canal são:

› Boa durabilidade dos plugues;


› Plugues descartáveis;
› Podem ser utilizados com a haste atrás da cabeça ou debaixo do queixo;
› Podem ser usados com capacetes, óculos e outros equipamentos sem que reduza a atenuação e
mantendo a eficiência da vedação;
› Possuem haste que pode ser regulada para não incomodar o usuário, ainda oferecendo certa pressão
dos plugues, mantendo a atenuação;
› Excelente opção para usos intermitentes.

As desvantagens são:

› Não é recomendado o manuseio dos plugues com as mãos sujas;


› Pode ser desconfortável para 8 horas de trabalho;
› A atenuação depende da boa acomodação dos plugues na entrada do canal auditivo

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18.9. Protetores SUGERIDOS a serem Disponibilizados aos Trabalhadores


A EMPRESA dispõe dos seguintes tipos de protetores auditivos para escolha e utilização:

PROTETOR AUDITIVO EM SILICONE

Descrição: Protetor auditivo tipo plugue composto de três flanges, confeccionado em silicone.

Referências: K 10

N.º do CA: 14.470

Validade: 15/03/2024

N.º do Processo: 46017.000798/2019-20

N.º do CNPJ: 00.204.589/0001-40

Razão Social: KALIPSO EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE PROTEÇÃO LTDA

Natureza: Nacional

Aprovado: PROTEÇÃO DO SISTEMA AUDITIVO DO USUÁRIO CONTRA NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA SUPERIORES
AO ESTABELECIDO NA NR 15, ANEXOS I E II, CONFORME TABELA DE ATENUAÇÃO ABAIXO.

Frequência (Hz) 125 250 500 1000 2000 3150 4000 6300 8000 NRR/sf

Atenuação (dB) 20 20 23 19 26 0 29 0 37 13

Desvio Padrão 8 7 8 7 5 0 7 0 9 -

Laboratório: LAEPI – Laboratório de Equipamentos de Proteção Individual

Número Laudo: 028 – 2014

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PROTETOR AUDITIVO TIPO CONCHA

Descrição: Protetor auditivo, do tipo concha, constituído por duas conchas em plásticos, apresentando
almofadas de espuma em suas laterais e em seu interior, possui uma haste em plástico rígido almofadado e
metal que mantém as conchas seladas contra a região das orelhas do usuário e que sustenta as conchas.

Referências: 3M Muffler

N.º do CA: 14.235

Validade: 27/01/2026

N.º do Processo: 14021.104853/2021-19

N.º do CNPJ: 45.985.371/0001-08

Razão Social: 3M DO BRASIL LTDA

Natureza: Importado

Aprovado: PROTEÇÃO DO SISTEMA AUDITIVO DO USUÁRIO CONTRA NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA SUPERIORES
AO ESTABELECIDO NA NR 15, ANEXOS I E II, CONFORME TABELA DE ATENUAÇÃO ABAIXO.

Frequência (Hz) 125 250 500 1000 2000 3150 4000 6300 8000 NRR/sf

Atenuação (dB) 12 17 26 35 31 0 29 0 27 20

Desvio Padrão 3 3 3 4 1 0 2 0 4 0

Laboratório: LAEPI – Laboratório de Equipamentos de Proteção Individual

Número Laudo: REAT-038-2020

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18.10. Atenuação dos Protetores Auditivos


A atenuação proporcionada pelo protetor também é um fator fundamental na seleção de um protetor

auditivo. É preciso avaliar a grande variação de atenuações entre os diferentes tipos e modelos de protetores

existentes. Protetores auditivos, aparentemente semelhantes, podem ter eficiências de atenuação diferentes.

A atenuação oferecida por protetores auditivos em ambientes de trabalho tem sido motivo de discussões por

mais de 15 anos.

O RC

Meados da década dos anos 80, em um laboratório do Instituto Eletrotécnico da USP, professores daquele

renomado instituto começaram a realizar ensaios com protetores auditivos em uma câmara anecoica. Neste

mesmo local, foi desenvolvido um equipamento que produzia um som com componentes em praticamente

todas as frequências audíveis pelo ouvido humano. Este equipamento, com medidores de nível de ruído

apropriados, foi utilizado para avaliação de protetores auditivos. Os valores de atenuação, chamados de Rc,

obtidos pelo método então empregado, chegava a resultados tão absurdos quanto 42 dB para protetores de

inserção.

Em vista de distorções desta grandeza, formou-se um grupo para discussões e elaboração de um projeto de

norma que seria então submetido ao sistema ABNT de criação de normas de ensaio. Este grupo, após anos de

discussões, criou padrões para ensaio de protetores do tipo concha, e criou condições favoráveis à

implantação de um Laboratório de ensaio de protetores auditivos na Universidade Federal de Santa Catarina

(LARI).

O Termo de Responsabilidade

Ao mesmo tempo em que seguiam discussões para elaboração de normas de ensaio, fabricantes

(inter)nacionais instalados no Brasil, seguiam a comercialização de seus produtos com base em informações

obtidas por laboratórios estrangeiros. Os números representativos do desempenho destes protetores auditivos

– Rc ou NRR, dependendo da fonte – eram obtidos por ensaios realizados em laboratórios de reconhecimento

internacional, em alguns casos; por ensaios realizados sem qualquer padrão científico e com metodologia

duvidosa em outros; ou ainda por similaridade, ou seja, tendo como base resultados obtidos com produto

similar comercializado no estrangeiro. Em outras palavras, valia qualquer coisa, uma vez que o Ministério do

Trabalho solicitava apenas um Termo de Responsabilidade do Fabricante, onde constavam valores de

atenuação de ruído, sem a necessidade de comprovação da origem destes resultados.

O NRR

Ao mesmo tempo em que, no Brasil, não se definia uma metodologia padronizada para ensaios de

protetores auditivos, nos Estados Unidos as discussões se davam em torno do valor de atenuação NRR, obtidos

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pelos laboratórios de ensaio segundo norma ANSI S3.19/1974 e sua aplicação como representativo do nível

de atenuação oferecido por este mesmo produto em um ambiente real, de fábrica.

Estudos comprovavam que os valores de atenuação constantes das embalagens e folhas de informações

técnicas sobre desempenho destes produtos estavam muito distantes dos valores reais obtidos na prática. O

resultado de tais discussões foi uma recomendação do NIOSH de 1998 para que os valores de atenuação

constantes das embalagens e dados técnicos sobre o desempenho do produto fossem reduzidos conforme o

seguinte critério:

› 25% para protetores auditivos do tipo concha;


› 50% para protetores de espuma moldável;
› 70% para protetores pré-moldados.

O NIOSH ainda recomenda que se faça uma correção de 7 dB nos casos em que o nível de ruído

representativo da exposição do trabalhador tenha sido medido utilizando-se a curva “A” de compensação.

Em outras palavras, o nível de ruído oferecido por um protetor auditivo, ficaria (NRR – 7) X 0,75 para protetores

auditivos do tipo concha; (NRR – 7) X 0,50 para protetores auditivos do tipo moldável; (NRR – 7) X 0,30 para

protetores auditivos do tipo pré-moldados.

O NRRsf

As discussões também seguiam e ainda seguem nos Estados Unidos para a definição de uma metodologia de

ensaio que tenha, como resultado de atenuação, valores mais próximos da realidade. Foi assim que surgiu o

Método “B” da norma ANSI 12.6/97.

Este método de ensaio, diferentemente do Método utilizado pelos laboratórios, nortes americanos, tem como

principal diferença o uso de pessoas que não possuam nenhuma familiaridade com o uso de protetores

auditivos para serem submetidos como objetos do ensaio.

Os valores de atenuação obtidos através desta metodologia são então definidos como NRRsf. Tendo em vista

a capacitação do laboratório LARI da Universidade de Santa Catarina em realizar tais ensaios, o Ministério do

Trabalho decidiu que somente aceitaria laudos de ensaio deste laboratório para Renovação / Emissão de

novos Certificados de Aprovação. Os valores de atenuação definidos por este método ”B” são em geral bem

inferiores aos valores de NRR até então divulgados pelo fabricante.

Portanto, temos hoje valores de atenuação preconizados aos protetores auditivos comercializados no país de

um terço ou menores que aqueles indicados nas embalagens dos mesmos produtos em 1987, sem que

necessariamente estes produtos tenham perdido eficiência. O que mudou, de lá para cá, foram apenas os

critérios para ensaio dos referidos produtos.

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Como usar o NRRsf

Para aplicar corretamente o valor de atenuação NRRsf, obtido segundo metodologia de ensaio ANSI

12.6/1997- método B, basta subtraí-lo do valor da exposição individual medida em dB(A), como a seguir,

lembrando que não se deve fazer nenhum tipo de redução em seu valor antes de aplicá-lo, pois estas

“salvaguardas” já foram consideradas durante a obtenção do número único de atenuação, conforme a

metodologia acima mencionada:

dBA = dBA – NRRsf

Onde:
› dBA = ruído entrando no ouvido protegido;
› dBA = ruído equivalente (dose de exposição) medido na escala A;
› NRRsf = atenuação do protetor

Ensaiar protetor para quantificar sua atenuação de ruído não significa aprovar ou mostrar a qualidade do

E.P.I.. O ensaio apenas fornece os resultados de atenuação medidos em laboratórios, independentemente do

protetor ser de boa qualidade ou ruim.

Cálculo da Atenuação pelo Método Longo

A diferença em se escolher utilizar o "método longo" do NIOSH ao invés do número único NRRsf (método

curto), para avaliação do nível de ruído que uma pessoa utilizando protetores auditivos estaria exposta, como

o próprio nome diz, é que ele é mais longo e não mais correto ou mais eficaz.

O método longo, onde é considerada a variação da atenuação nas diferentes frequências, é mais antigo e

também possui desvantagens, principalmente se a exposição do trabalhador não for estacionária, pois o

trabalhador ficará exposto a diversas frequências diferentes e intensidades de ruídos diferentes durante o

longo da jornada.

Conclusão: perda da exatidão, necessitando da abordagem do pior caso no pior espectro da jornada,

utilizando decibelímetro, pois ainda não está disponível no mercado dosímetro com filtro de banda, além da

necessidade de se ter equipamentos caros, com filtros de bandas de oitava para na avaliação da exposição.

A- Frequência (Hz) 125 250 500 1K 2K 4K 8K


B- Análise de frequência em dB* 101,5 105 105 107 103 95 88
C- Correlação p/ escala “A” -16,1 -8,6 — 3,2 0 +1,2 +1,0 -1.1
D- Análise de frequência em dBA 85.4 96.4 101,8 107 104,2 96 86.9
E- Atenuação do protetor (dB)* 13 20 33 35 38 47 41
F- Desvio Padrão em dB (x2) 6 6 6 6 7 8 8
G- Proteção assumida por frequência (dB) 7 14 27 29 31 39 33
78.4 82.2 74.8 78 73.2 57 53.9
H- Níveis de ruído assumidos com o protetor dBA 83.8 79.8 73.2 53.9
85.2 73.2
I- Nível de ruído assumido com o protetor dBA 85.4

Redução de Ruído Estimada para os Usuários

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Os níveis de redução de ruído são baseados em testes de laboratório. Não é possível utilizar esses valores de

nível de redução para prever com confiança o nível de proteção que será obtido num específico ambiente.

Quando os protetores auditivos são usados para exposição ocupacional ao ruído, o usuário deve participar

de um programa de conservação auditiva. Quando os protetores auditivos são usados para proteção contra

ruídos fora do ambiente de trabalho, o usuário deve ter avaliação audiométrica realizada por um profissional

habilitado, regularmente.

Comparando os valores de atenuação entre diferentes protetores auditivos

Diferenças de atenuação entre protetores auditivos menores que 3 dB não são significativas. Muito mais

importante é a quantidade de tempo que o protetor é utilizado em relação ao tempo em que se está

exposto a ruídos.

Os valores de atenuação e desvio padrão são provenientes de dados de natureza estatística, portanto é

conceitualmente incorreto afirmar que um determinado indivíduo terá atenuação “igual” ao NRR(SF), ou

mesmo que a atenuação é “em média” igual a este valor. Quando usado como indicado, a maioria dos

usuários (84%) pode obter pelo menos este nível de redução de ruído apresentado. Diferenças inferiores a 3

dB no NRR(SF) não são significativas para efeito de avaliação comparativa de eficiência entre modelos

diversos de protetores auditivos.

18.10.1. Perda da Atenuação por Tempo de Uso dos Protetores


O protetor auditivo deve ser utilizado todo o tempo em que se estiver exposto ao ruído. Quando o protetor é

retirado em área ruidosa, mesmo que por alguns minutos durante a jornada de trabalho, a proteção efetiva

será reduzida.

É importante ressaltar que a perda da audição está diretamente relacionada ao nível equivalente Leq (dB

(A)) ou nível Lavg (dB (A)) de ruído recebido.

Estudos realizados mostram que um protetor com atenuação de 20 dB, quando utilizado por apenas 50% do

tempo em uma jornada de 8 horas, apresentará uma atenuação real de apenas 5 dB.

A correção da atenuação, em função do tempo de não uso na jornada, é feita através da Tabela a seguir

Porcentagem do Tempo de Uso


50% 75% 88% 94% 98% 99% 99,5% 100% - Atenuação Nominal
5 10 14 18 22 23 24 25
5 9 13 16 18 19 19 20
4 8 11 13 14 14 15 15
3 6 8 9 10 10 10 10
2 3 4 4 5 5 5 5
240 120 60 30 10 5 2,5 0 - Uso tempo integral
Tempo de não uso na jornada em minutos - Jornada de 8 horas (480 minutos)

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18.11. Utilização de Proteção Dupla


Quando a atenuação de um simples protetor não é suficiente para a redução dos níveis elevados de ruído, o

uso de dois protetores simultaneamente, de inserção e concha, pode representar uma solução fornecendo

uma atenuação maior. Contudo, a atenuação fornecida com o uso simultâneo dos dois protetores não pode

ser obtida pela soma algébrica das atenuações de cada um (GERGES, 1992).

Segundo Nixon e Berger (1991), citados no Programa de Conservação Auditiva – Guia Prático 3M, o uso da

proteção dupla aumentará de 5 a 10 dB na atenuação do protetor de maior valor. Outra referência técnica

é dada no Manual Técnico da OSHA, que recomenda adicionar 5 dB ao protetor de maior valor, para

encontrar a atenuação fornecida com o uso simultâneo dos dois protetores.

Cabe salientar que a atenuação dos protetores auditivos deve ser utilizada de forma cautelosa, para não

superestimar a proteção. Reduzir o tempo de exposição dos trabalhadores nas áreas com nível de ruído

elevado, até que medidas de controle de hierarquia superior (na fonte e na trajetória) possam ser

implantadas.

Uso obrigatório de proteção dupla se faz necessário quando a exposição diária (8 horas) for igual ou superior

a 100 dB (A) ou quando o nível de pressão sonora da área for acima de 115 dB (A).

18.12. Instruções para Colocação do protetor auricular


Antes de utilizar o produto, conforme exigência na NR06 da C.L.T., o usuário deve ser informado pelo

empregador sobre a obrigatoriedade do uso e devidamente treinado para a correta utilização do mesmo.

18.12.1. Protetor Tipo Inserção Pré-Moldado


ETAPA 01 – Segure firmemente a haste do protetor auditivo por trás da maior flange;

ETAPA 02 – Passe a outra mão por cima da cabeça e puxe o topo da orelha para abrir o canal auditivo;

ETAPA 03 – Insira completamente o protetor no canal auditivo, deixando a haste de fora, para permitir sua
remoção.

18.12.2. Protetor Tipo Inserção Moldável


ETAPA 01 – Com as mãos limpas, rolete o protetor deslizando-o entre o seu polegar e os dois primeiros dedos,
até que o protetor seja reduzido ao menor diâmetro possível e mantenha-o neste formato;

ETAPA 02 – Passe a outra mão ao redor da cabeça e puxe o topo de sua orelha para abrir o canal auditivo;

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ETAPA 03 – Mantendo o canal auditivo aberto, leve a mão, que ainda está pressionando o protetor roletado,
em direção à orelha e insira o protetor no canal auditivo, o mais profundamente possível;

ETAPA 04 – Mantenha a ponta do seu dedo pressionando a extremidade do protetor para dentro do canal
auditivo por 10 segundos, para que o protetor se expanda e vede o canal auditivo.

18.12.3. Protetor Tipo Concha


ETAPA 01 – Para ajustar a pressão aplicada à cabeça, movimente o cursor lateral do braço da haste para
cima e para baixo, até que se obtenha um ajuste confortável;

ETAPA 02 – Retire com as mãos o máximo possível o excesso de cabelo que possa interferir no bom contato
entre as almofadas dos protetores e a sua cabeça. Certifique-se de que a vedação entre as almofadas
pretas externas da concha e a cabeça não tenha interferência de objetos, tais como hastes de óculos,
brincos, a fim de se obter a melhor desempenho;

ETAPA 03 – Com a haste do protetor sobre a cabeça, posicione as conchas de maneira a cobrir
completamente as orelhas;

ETAPA 04 – As conchas podem ser deslizadas na haste, para cima ou para baixo, mantendo a haste sobre a
cabeça, para que se obtenha um ajuste firme e confortável.

18.12.4. Tipo Concha Acoplado ao Capacete


ETAPA 01 – Deslize a concha até a extremidade da ranhura da haste, para facilitar sua inserção no capacete.

ETAPA 02 – Gire a parte que se encaixa ao capacete, alinhando-a a haste.

ETAPA 03 – Pressione com o dedo a lâmina metálica para abrir a haste.

ETAPA 04 – Introduza a parte que se encaixa ao capacete na fenda lateral do mesmo.

ETAPA 05 – Para colocar as conchas em posição de descanso, coloque o dedo indicador sobre a lâmina
metálica e pressione-a para dentro e, simultaneamente, levante a concha.

18.12.5. Protetor Tipo Capa de Canal


ETAPA 01 – Segure a haste do protetor próximo ao plugue e puxe-a para fora

ETAPA 02 – Direcione os plugues para a entrada do canal auditivo, movendo-os lentamente para cima e para
baixo, até conseguir uma boa vedação.

ETAPA 03 – Após encontrar a posição correta, pressione-os contra a orelha, para uma boa vedação.

ETAPA 04 – Os plugues não devem ser inseridos no canal auditivo

ETAPA 05 – As hastes podem ser utilizadas ou abaixo do queixo, ou atrás da cabeça, na nuca

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18.13. Durabilidade e Substituição De Protetores Auditivos


A durabilidade varia bastante dependendo do cuidado, da frequência de uso, de fatores ambientais e

fatores inerentes ao E.P.I. O usuário deve ser treinado para saber identificar quando é necessário substituir seu

protetor, bem como seguir as indicações de limpeza prescritas pelo fabricante.

O critério para descarte e substituição é subjetivo, pois o termo “condição não higiênica para uso” não

estabelece um parâmetro e pode ser interpretada de diferentes formas por diferentes indivíduos. Além disso,

existe grande variação entre os ambientes e tipos de trabalho e entre o cuidado que cada indivíduo tem

com o EPI.

Em termos gerais, é importante que o Serviço de Segurança das empresas orientem os funcionários quanto ao

uso, cuidados e descarte dos protetores e estabeleça, de acordo com cada área e tipo de trabalho, um

programa de trocas periódicas, que deve considerar também as diferenças no manuseio entre os diferentes

indivíduos.

É importante, também, a existência de um programa de inspeção dos protetores, para ser garantido o uso do

EPI nas condições adequadas. Na inexistência de programas de trocas periódicas, deve ser permitida aos

usuários a troca dos protetores quando, junto ao departamento de segurança, julgarem necessário.

Acreditamos que a melhor maneira de manter os protetores auditivos em boas condições de uso seja treinar

muito bem o usuário, demonstrando as limitações de uso e a forma de obter o máximo rendimento dos

protetores.

Os Protetores Auditivos terão prazo máximo de troca de 90 dias.

18.13.1. Protetores Tipo Inserção Moldáveis


Sendo o material destes protetores espuma, não devem ser lavados, pois isto ocasionaria alterações nas

propriedades do mesmo além de acumular água em sua estrutura, podendo assim se tornar um meio de

cultura de microorganismos causando problemas a saúde dos usuários. Devem ser substituídos sempre que se

encontrarem e condição não higiênica para uso.

18.13.2. Protetores Tipo Inserção Pré-Moldados


A durabilidade variável conforme o nível de cuidado do usuário e ambiente de trabalho. Devem ser trocados

sempre que se apresentarem deformados, rasgados, endurecidos ou com alterações em sua forma,

dimensão ou maciez original.

Se forem lavados diariamente com água e sabão neutro, poderão ter sua vida útil estendida, porém por se

tratar de equipamento de uso individual, o cuidado e a observação do usuário são os fatores principais que

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determinarão sua vida útil, pois assim como roupas e sapatos, o usuário poderá por sua ação aumentar ou

diminuir sua durabilidade.

18.13.3. Protetores Tipo Concha


A vida útil dos protetores auditivos tipo concha é variável, considerando os cuidados tomados pelo usuário e

condições do ambiente de trabalho. Este produto deve ser descartado quando estiver fisicamente

deteriorado, sem possibilidades de recuperação, utilizando apenas as partes substituíveis disponíveis ou de tal

forma sujo, que seja impossível limpá-lo utilizando apenas métodos convencionais de lavagem com água e

sabão neutro. É recomendada substituição das almofadas (peça de reposição) periodicamente, para ser

obtido o melhor resultado no isolamento do ruído externo.

18.13.4. Protetores Tipo Capa de Canal


Sendo o material dos plugues espuma, não devem ser lavados, pois isto ocasionaria alterações nas

propriedades do mesmo, além de acumular água em sua estrutura, podendo assim se tornar um meio de

cultura de microorganismos causando problemas a saúde dos usuários. Os plugues devem ser substituídos por

novos sempre que se encontrarem e condição não higiênica para uso. A haste deve ser descartada quando

estiver fisicamente deteriorada, ou de tal forma sujo, que seja impossível limpá-lo utilizando apenas métodos

convencionais de lavagem com água e sabão neutro.

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19. AVALIAÇÃO MÉDICA

19.1. Objetivos
A fase Avaliações por Audiometrias de um PCA engloba e interliga todas as outras fases do programa, pois

indica se objetivo principal está sendo alcançado: prevenção da perda auditiva ocupacional.

Se o PCA não está sendo efetivo, os resultados da audiometria acusarão alterações dos limiares auditivos dos

trabalhadores expostos, podendo indicar um diagnóstico preliminar, compatível ou sugestivo de PAINPSE.

Mas, a confirmação só pode ser realizada num contexto amplo, com uma análise mais completa de dados.

19.2. Critérios Adotados


Apenas médicos e fonoaudiólogos podem conduzir o exame.

Para a realização das audiometrias, o repouso auditivo é fundamental. O ambiente onde o exame será

realizado deverá ser adequadamente escolhido, pois será realizado em cabine acústica, onde os níveis de

pressão sonora em seu interior não deverão ultrapassar as recomendações internacionais (ANSI 3.1, 1991 ou

parâmetro OSHA 81, apêndice D). Esta cabine deve estar acomodada em local silencioso, distante de fontes

de vibração e isento de interferências que prejudiquem a execução do teste e interfiram na atenção do

paciente.

O Dispositivo gerador dos sons dentro da cabine é o audiômetro, preparado para produção de tons puros,

transmitidos aos indivíduos em teste através de fones de ouvido. A calibração deste instrumento é de extrema

importância para a padronização da frequência e da intensidade. O audiômetro deve ser submetido à

aferição anual e calibração acústica, se necessário e, a cada cinco anos, a calibração eletroacústica

deverá ser realizada.

Na avaliação audiológica ocupacional deve constar a Anamnese, com informações sobre história laborativa,

existência de exposição ao ruído ou às substâncias ototóxicas (atual e pregressa), qual o ambiente de

trabalho e a função (atual e pregressa); história familiar, uso prévio de ototóxicos, queixas de zumbidos,

hipoacusia e a avaliação auditiva propriamente dita, constando exames, como Otoscopia, Audiometria

Tonal e Vocal.

Para maior segurança e proteção, tanto da empresa quanto do trabalhador, as audiometrias devem ser

realizadas no mínimo, no momento da admissão, no 06 (sexto) mês após a mesma, anualmente a partir de

então, e na demissão nos trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora acima de 80dBA (avaliações

referenciais, sequenciais, demissionais).

Programa de Conservação Auditiva – PCA


PARTE 02 — Desenvolvimento
Maio/2022 — REV 00
59

Na interpretação dos resultados da avaliação auditiva, existe a necessidade da análise conjunta dos dados

obtidos para determinar o grau e o tipo da deficiência auditiva (Diagnóstico diferencial das perdas auditivas).

Os resultados do exame devem ser fornecidos aos trabalhadores, bem como as orientações que se fizerem

necessárias. A periodicidade deve ser definida segundo este resultado.

Na prática da Audiologia Ocupacional, são encontrados, frequentemente, trabalhadores que simulam ou

dissimulam uma perda auditiva. Também por este motivo fica claro a necessidade de as audiometrias serem

conduzidas por Fonoaudiólogo, que pode julgar e validar o exame. Uma avaliação correta, ao contrário de

prejudicar, poderá beneficiar o trabalhador, evitando o agravamento de uma deficiência auditiva e

aumentando suas oportunidades dentro da empresa.

As audiometrias identificam os indivíduos que estão inadequadamente protegidos, mas oferecerão somente

dados confiáveis e úteis para uma intervenção se forem conduzidas adequadamente, se os resultados forem

avaliados apropriadamente e comunicados para os trabalhadores submetidos aos exames.

A audiometria anual é um excelente momento, já previsto no programa, onde os trabalhadores terão a

oportunidade de uma conversa individual sobre conservação auditiva. Podem ser extraídas muitas vantagens

deste momento, pois é uma das melhores oportunidades de motivação dos trabalhadores em relação à

conservação auditiva.

As audiometrias funcionam como um “guia de detecções e tomadas ações corretivas”, não apenas

documentando a perda auditiva, se houver, e sim, avaliando e acompanhando cada caso.

É importante lembrar que as Audiometrias, somente, não previnem perda auditiva, mas as análises dos

resultados obtidos através das audiometrias podem prevenir.

19.3. Interpretação dos resultados


A interpretação dos resultados do exame audiométrico seguirá as diretrizes da Portaria 19 do Ministério do

Trabalho e Emprego e Secretaria de Segurança do Trabalho, de 09/04/1998.

Segundo o tem 8 do ANEXO II CONTROLE MÉDICO OCUPACIONAL DA EXPOSIÇÃO A NÍVEIS DE PRESSÃO

SONORA ELEVADOS da NR-7, a simples constatação da perda auditiva não significa inaptidão para o

trabalho. Quando constatada deverá se proceder à análise do caso, considerando a audiometria, evolução

audiométrica, história clínica, história ocupacional, otoscopia, outros testes audiométricos, idade, tempo de

exposição pregressa e atual, o NPS a que está exposto, a demanda auditiva, a exposição não ocupacional a

NPS elevados, exposição ocupacional ou não a outros agentes e o PCA a que tenha acesso.

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PARTE 02 — Desenvolvimento
Maio/2022 — REV 00
60

19.4. Classificação das audiometrias


As audiometrias serão classificas de acordo os seguintes critérios:

Audiometria Normal: é a que mostra um audiograma com limiares auditivos menores ou iguais a 25 dB em

todas as frequências, com traçado linear;

Audiometria normal com presença de gota acústica: é a que mostra um audiograma com limiares menores

ou iguais a 25 dB em todas as frequências, porém o traçado não é linear, ou seja, apresenta rebaixamento

em duas ou mais frequências;

Se o rebaixamento ocorrer entre 3000 e 6000 Hz e for neurossensorial e bilateral: indica que a pessoa tem

predisposição à PAINPSE;

Se o rebaixamento ocorrer em outras frequências, ou não for neurossensorial: indica outras patologias,

podendo ser solicitados exames complementares ou avaliação com o Otorrinolaringologista, caso o Médico

julgue necessário para elucidação do diagnóstico;

Audiometria com perda auditiva leve: é a que mostra um audiograma com traçado entre 25 e 40 dB, em

uma ou mais frequências, podendo ser menor que 25 dB nas demais;

Se a perda auditiva ocorrer entre 3000 e 6000 Hz e for neurossensorial e bilateral: indica que a pessoa já é

portadora de um quadro inicial de PAINPSE;

Se a perda auditiva ocorrer em outras frequências ou não for neurossensorial: indica outras patologias,

podendo ser solicitados exames complementares ou avaliação com Otorrinolaringologista, caso o Médico

julgue necessário para elucidação do diagnóstico;

Audiometria com perda moderada grave ou surdez: é a que mostra um audiograma e traçado audiométrico

acima de 40 dB em uma ou mais frequências;

Se a perda ocorrer entre 3000 e 6000 Hz e for neurossensorial e bilateral: indica que a pessoa tem PAINPSE em

grau leve, moderado ou grave, dependendo do nível de audição que foi atingido;

Se a perda ocorrer em outras frequências ou não for neurossensorial e bilateral: indica outras patologias,

podendo ser solicitado exames complementares ou avaliação com Otorrinolaringologista, caso o médico

julgue necessário para elucidação do diagnóstico;

Deficiente auditivo: Se a perda ocorrer entre 500 e 3000 Hz bilateralmente, acima de 40 dB, a pessoa será

deficiente Auditivo, devendo ser integrada no grupo de deficientes, conforme exigência legal.

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19.5. Avaliação com médico Otorrinolaringologista


Devem ser encaminhados à avaliação com otorrinolaringologista os empregados que apresentarem

alterações auditivas não caracterizadas como sendo de causa ocupacional e/ou a critério médico.

19.6. Emissão de CAT


A CAT somente deverá ser emitida após estabelecido o nexo causal pelo médico do trabalho da empresa ou

por ela indicado, conforme as seguintes exigências legais. Portaria n.º24 de 29/12/1994 da SSST –NR 7 item

4.8;Resolução . N.º488 do CFM de 11/02/1988 – Artigo 1º., alínea III ; Artigo 2º. Alínea IV, Artigo 269 do Código

Penal; Artigo 169 da CLT e OS do INSS n.º 329, de 26/10/93.

19.7. Investigação de Perda Auditiva Induzida Pelo Nível de Pressão Sonora Elevado
– PAINPSE
Toda perda auditiva induzida pelo ruído, identificada pelo PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional, será objeto de investigação e relato. Esta atividade será feita pelo Médico do Trabalho,

Coordenador do PCA, Líder do setor/área e cooperação da CIPA.

Após a investigação deverá ser elaborado um relatório que será encaminhado ao gerente da área para as

providências necessárias. Tal relatório deverá ser arquivado como um documento do programa.

PERFIL DAS EXPOSIÇÕES A RUÍDO DOS GHE’s/GSE’s

Ainda não existem dados quantitativos das exposições ocupacionais ao ruído para os trabalhadores deste

projeto.

Os MVUE’s dos resultados das campanhas de monitoramento para avaliação de exposição ocupacional a

ruído, dos anos mais recentes, estão apresentados na Tabela a seguir.

MVUE MVUE Índice de


GHE Doe Lavg Julgamento GRE
(%) dB (A) (IJ)

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62

20. DOCUMENTAÇÃO, MANUTENÇÃO DOS REGISTROS E DIVULGAÇÃO DE

DADOS

Todos os documentos relativos ao PCA estarão arquivados na Coordenação de Segurança/Higiene/Meio

Ambiente e deverão estar sempre acessíveis e disponíveis aos membros da CIPA, aos trabalhadores ou seus

representantes e aos órgãos de fiscalização.

Os seguintes documentos deverão estar arquivados e de fácil acesso:

› Documento PCA e seus anexos;


› Relatórios de investigação de perdas auditivas;
› Relatórios de inspeções ou auditorias internas/externas;
› Registros de treinamentos;
› Registros de recebimento, troca e aceitação do protetor;
› Relatórios de monitoramentos ambiental e pessoal.

Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos.

A divulgação dos dados referentes ao PCA será feita através treinamentos, boletins de circulação interna,

jornais, intranet, reuniões da CIPA, palestras, treinamentos e Quadros de Avisos.

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21. ENCERRAMENTO
Este trabalho tem a validade legal para as condições analisadas, onde quaisquer alterações que ocorram no

âmbito da distribuição física ao processo de trabalho da empresa, tornarão este Documento sem validade,

isentando o profissional de qualquer responsabilidade. Neste caso, haverá necessidade de realizar-se novo

estudo e um novo relatório.

Na certeza de que, o referido trabalho tenha atendido aos objetivos da atividade de que fora incumbido,

submeto este à apreciação de quem possa interessar.

Porto Alegre (SP), 19 de dezembro de 2022.

Digitally signed by ALEX ABREU


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DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=AC
DIGITAL MULTIPLA G1,
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ou=videoconferencia,
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ABREU MARINS:71628843500
Date: 2022.12.19 10:38:23 -03'00'
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Alex Abreu Marins
Realiza Soluções em Medicina e Segurança do Trabalho Ltda.
Engenheiro Ambiental / Segurança / Higienista Ocupacional
ABHO — HOC: 00061
Notas:
Essa assinatura digital está conforme regulamentação da ICP-Brasil e pode ser validada através do seguinte link: https://verificador.iti.br/
O Verificador de Conformidade do Padrão de Assinatura Digital, mantido pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, objetiva
aferir a conformidade de assinaturas eletrônicas qualificadas e avançadas existentes em um arquivo assinado em relação à
regulamentação da ICP-Brasil e às definições contidas na Medida Provisória n.º 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, na Lei n.º 14.063, de 23
de setembro de 2020 e no Decreto n.º 10.543, de 13 de novembro de 2020.
Assinaturas com certificados digitais de outras infraestruturas que não sejam da ICP-Brasil ou GOV.BR não são objetos alvos desse
verificador e serão recusados para verificação.
São passíveis de verificação os arquivos produzidos nos formatos CAdES, XAdES e PAdES, nas modalidades embarcadas ou destacadas,
previstos na Resolução CG ICP-Brasil n.º 182, de 18 de fevereiro de 2021, que traz uma visão geral sobre assinaturas digitais, define os
principais conceitos e lista os demais documentos que compõem as normas da ICP-Brasil sobre o assunto, e a Portaria Conjunta ITI/CC/PR
SGD/SEDGG/ME n.º 1, de 8 de setembro de 2021, que estabelece os padrões criptográficos referenciais para as assinaturas eletrônicas
avançadas nas comunicações que envolvam a administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
O resultado bem-sucedido da verificação de arquivo assinado digitalmente com certificado ICP-Brasil ou GOV.BR, quando submetido ao
Verificador de Conformidade, resultará nas seguintes situações: Aprovado, Reprovado ou Indeterminado, conforme a norma ETSI EN 319
102-1 V1.1.1. (2016-05), aprovada quando atender a regulamentação da ICP-Brasil, no caso de assinaturas eletrônicas qualificadas ou em
conformidade à regulamentação GOV.BR para assinaturas eletrônicas avançadas.
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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXOS

DEZEMBRO/2022 — REV. 00
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXO 01 — AVALIAÇÃO DO PCA

DEZEMBRO/2022 — REV. 00
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ANEXO 01 — AVALIAÇÃO DO PCA


Responsável: RODRIGO SOFFIATI AKSAMITAS
Avaliador: Alex Abreu Marins
Data: (A definir)
I – ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA SIM NÃO

A) Existe procedimento escrito sobre PCA 10 0


B) Os procedimentos escritos referir-se a:
1. Reconhecimento dos risco-ruído e critérios de medida (Limite de Exposição – LE, amostragem) 1 0
2. Critério de seleção de protetor auditivo? 1 0
3. Uso de protetores com Certificado de Aprovação – CA? 1 0
4.Treinamento e regularidade na reciclagem? 1 0
5. Testes de aceitação e conforto dos protetores e regularidade na repetição? 1 0
6. Diretrizes para sinalização dos ambientes de trabalho? 1 0
7.Distribuição dos protetores aos usuários? 1 0
8.Procedimentos ou recomendações para inspeção e manutenção dos protetores? 1 0
9. Avaliação audiológica e audimetrias dos usuários? 1 0
10. Critério de avaliação do PCA? 1 0
C) A autoridade e a responsabilidade pelo PCA é atribuída a uma só pessoa? 10 0
D) O administrador do programa tem conhecimentos suficientes de proteção auditiva? 10 0
E) Existem recursos financeiros alocados para cada item (treinamento, equipamentos, etc.)? 10 0

TOTAL DE PONTOS POSSÍVEIS 50

TOTAL DE PONTOS OBTIDOS 50

II – INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA SELEÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS SIM NÃO

A) Todas as substâncias ototóxicas existentes na empresa foram identificadas? 5 0


B) As substâncias ototóxicas identificadas e a sua concentração foi determinada de modo apropriado? 5 0
C) Foram determinadas, no último ano, ou com uma frequência adequada, as concentrações desses contaminantes? 5 0
D) É conhecido o nível de exposição a ruído dos Grupos Homogêneos de Exposição – GHE’s? 5 0
E) É conhecido o Nível de Pressão Sonora dos ambientes de trabalho? 5 0
F) É conhecido o Nível de Redução de Ruído atribuído ao protetor auditivo (NRRsf)? 5 0
G) É conhecida a Frequência de ruído predominante no ambiente de trabalho? 5 0
H) Foram identificados os trabalhadores, por atividade, características das tarefas: duração e frequência? 5 0
I) É conhecido o Tempo de utilização requerido pelo usuário? 5 0
J) É conhecido o Nível de conforto do protetor auditivo? 5 0
TOTAL DE PONTOS POSSÍVEIS 50
TOTAL DE PONTOS OBTIDOS 35

III – SELEÇÃO DOS PROTETORES SIM NÃO

A) Existe um critério lógico para selecionar o protetor para cada situação de risco? 20 0
B) No critério de seleção constam os itens:
1. Seleção preliminar? 5 0
2. Teste de conforto e aceitação pelo usuário? 5 0
3. Periodicidade de troca? 5 0
4. Condições ambientais onde se desenvolvem as tarefas, os hábitos e preferências dos usuários? 5 0

TOTAL DE PONTOS POSSÍVEIS 40

TOTAL DE PONTOS OBTIDOS 05

Programa de Conservação Auditiva – PCA


PARTE 02 — Desenvolvimento
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67

IV – TREINAMENTO SIM NÃO


A) Existe programa de treinamento para todos os usuários de protetores auditivos? 20 0
B) O programa de treinamento referir-se a:
1. Oportunidade de manuseio? 2 0
2. Demonstração de colocação, ajustes e cuidados? 2 0
3. Oportunidade de familiarização com o protetor em ambiente não contaminado? 2 0
4. Uso em ambiente para treinamento? 2 0
5. Teste de conforto e aceitação pelo usuário? 2 0
6. Demonstração prática de limpeza? 2 0
7. Demonstração de procedimento de inspeção de protetores? 2 0
8. Descrição das características das limitações de cada tipo de protetor? 2 0
9. Contaminantes ototóxicos presentes, níveis de concentração e seus riscos á saúde? 2 0
10. Explicação do porquê necessário do uso dos protetores? 2 0
11. Consequência do uso incorreto dos protetores? 2 0
12. Critério utilizado na seleção dos protetores que estão em uso? 2 0
C) Existem registros de presença dos usuários em treinamentos? 10 0
TOTAL DE PONTOS POSSÍVEIS 54
TOTAL DE PONTOS OBTIDOS 54

V – TESTE DE CONFORTO E ACEITAÇÃO SIM NÃO


A) Os Testes de Conforto e Aceitação são realizados por pessoa qualificada? 10 0
B) Os usuários conseguem mostrar como se faz o Teste de Conforto e Aceitação? 10 0
C) Nos Testes de Conforto e Aceitação qualitativo:
1. Os usuários compreendem qual o objetivo do Teste? 10 0
2. São usados somente os métodos recomendados por instituições com credibilidade reconhecida? 10 0
3. São obedecidos aos procedimentos do Teste? 10 0
4. O usuário tem possibilidade de escolha (tipo, tamanho) do protetor? 10 0
6. Os registros dos Testes de Conforto e Aceitação qualitativo estão disponíveis? 10 0
D) Nos Testes de Conforto e Aceitação quantitativos (Medição do Conduto Auditivo):
1. Os usuários compreendem qual o objetivo do Teste? 10 0
2. O equipamento de teste obedece às especificações? 10 0
3 .O equipamento funciona bem e está em bom estado? 10 0
4. Estão disponíveis diversos tamanhos e modelos de protetores? 10 0
5. Os registros dos Testes de Conforto e Aceitação estão disponíveis? 10 0
TOTAL DE PONTOS POSSÍVEIS 70
TOTAL DE PONTOS OBTIDOS 00

VI – INSPEÇÃO, LIMPEZA, HIGIENIZAÇÃO, MANUTENÇÃO E GUARDA SIM NÃO

A) Os protetores são inspecionados regularmente (check-list e registros)? 10 0


B) A inspeção inclui:
1. Procura de partes danificadas? 5 0
2. Verificar se a adequação é perfeita? 5 0
C) Os protetores são limpos e higienizados regularmente? 10 0
D) A manutenção é feita por pessoas treinadas? 5 0
E) Os protetores são guardados corretamente quando não estão em uso? 10 0
TOTAL DE PONTOS POSSÍVEIS 45
TOTAL DE PONTOS OBTIDOS 45

VII – AVALIAÇÃO MÉDICA SIM NÃO


A) Existe questionário médico para verificar se o usuário tem condições fisiológicas de utilizar aquele tipo de protetor? 5 0
B) A função auditiva do usuário é verificada no início e monitorado regularmente (anualmente, no mínimo)? 5 0
C) Se ocorrem resultados anormais, o usuário é encaminhado a um médico especialista em saúde ocupacional? 5 0
D) Para avaliar o desempenho auditivo é obedecido algum procedimento padronizado? 5 0
TOTAL DE PONTOS POSSÍVEIS 20
TOTAL DE PONTOS OBTIDOS 20

Programa de Conservação Auditiva – PCA


PARTE 02 — Desenvolvimento
Maio/2022 — REV 00
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Pontos Pontos
Categoria Auditada
Possíveis Alcançados
I – ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA 50 50
II – INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA SELEÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS 50 35
III – SELEÇÃO DOS PROTETORES 40 05
IV – TREINAMENTO 54 54
V – TESTE DE CONFORTO E ACEITAÇÃO 70 0
VI – INSPEÇÃO, LIMPEZA, HIGIENIZAÇÃO, MANUTENÇÃO E GUARDA 45 45

TOTAL 309 189

TOTAL GERAL DE PONTOS POSSÍVEIS 309


TOTAL GERAL DE PONTOS OBTIDOS 189
CLASSIFICAÇÃO (%) 61,2%

Referência de Desempenho:
< 50% – Ruim
50 – 69% – Regular
70 – 89% – Bom
90 – 99% – Ótimo
100% – Excelente

Observação:
Auditoria não evidenciada in loco, baseada em informações do próprio PCA e/ou declarações

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PARTE 02 — Desenvolvimento
Maio/2022 — REV 00
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ANEXO 02 — MODELO DO RECIBO DE ENTREGA DE EPI

DEZEMBRO/2022 — REV. 00
ANEXO 02 — MODELO DO RECIBO DE ENTREGA DE EPI

Modelo I Sugerido
CONTROLE DE FORNECIMENTO DE EPIs

DADOS BÁSICOS DO FUNCIONÁRIO

Nome: Matrícula:
Cargo: Data Admissão:
Gerência Locação:

TERMO DE RESPONSABILIDADE

Recebi da empresa XXXXX a título de empréstimo, para meu uso exclusivo e obrigatório nas dependências da empresa,
conforme determinado na NR-6 da Portaria 3.214/78, os equipamentos especificados neste termo de responsabilidade,
comprometendo-me a mantê-los em perfeito estado de conservação, ficando ciente de que:

1. Recebi treinamento quanto à necessidade na utilização dos referidos EPI’s, a maneira correta de usá-los, guardá-los e
higienizá-los, bem como da minha responsabilidade quanto a seu uso conforme determinado na NR-1 da Portaria
3.214/78.

2. Se o equipamento for danificado ou inutilizado por emprego inadequado, mau uso, negligência ou extravio, a empresa
me fornecerá novo equipamento e cobrará o valor de um equipamento da mesma marca ou equivalente ao da praça
(parágrafo único do artigo 462 da CLT).

3.Fico proibido de dar ou emprestar o equipamento que estiver sob minha responsabilidade, só podendo fazê-lo se
receber ordem por escrito da pessoa autorizada para tal fim.

4. Em caso de dano, inutilização ou extravio do equipamento deverei comunicar imediatamente ao setor competente.

5. Terminando os serviços ou no caso de rescisão do contrato de trabalho, devolverei o equipamento completo e em


perfeito estado de conservação, considerando-se o tempo do uso do mesmo, ao setor competente.

6. Estando os equipamentos em minha posse, estarei sujeito a inspeções sem aviso.

7. Fico ciente de que não utilizando o equipamento de proteção individual em serviço estarei sujeito as sanções
disciplinares cabíveis que irão desde simples advertências até a dispensa por justa causa nos termos do Art. 482 da C.L.T.
combinado com a NR-1 e NR-6 da Portaria 3.214/78.

RELAÇÃO DE EPIs ENTREGUES / DEVOLVIDOS

Quantidade Rubrica do
DATA Descrição do Equipamento CA Autorizado por
Entregue Devolvido Funcionário

Concordo com os itens acima descritos

Ass.:
Nome/Matrícula:
Modelo II Sugerido

FICHA DE CONTROLE DOS EPIs

Nome: Matrícula:

Cargo: Setor:

Empresa: Data de Admissão:


Em caso de troca de função e/ou transferência de empresa
Cargo: Matrícula:

Empresa: Setor:

Data de Troca/Transferência:
TERMO DE RESPONSABILIDADE - DECLARAÇÃO: Eu acima identificado conforme a lei 6.514 de 22 de dezembro de 1977, portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego e Norma Regulamentadora NR-6, Item 6.7
subitem 6.7.1, declaro ter recebido da ENGEVALE ENGENHARIA LTDA, treinamento sobre equipamento de proteção individual (EPI) assumindo o compromisso de usá-lo para finalidade a que se destina e responsabilizar-me
pelos equipamentos de proteção individual (EPI), a mim entregue pela empresa, os quais recebi em perfeitas condições de uso e adequado a minha pessoa. Declaro ainda, conhecer a lei a que determina ao empregado a:

a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;


b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador ou SESMT, qualquer alteração que os torne impróprios para o uso e;
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado;
Verificar o tempo mínimo de duração e utilização de EPIs e uniformes.
OBS: O não cumprimento dessas determinações (obrigações) torna-se falta grave, e o empregado estará sujeito a sanções legais, tais como: advertência por escrito, cobrança pelo EPI/UNIFORME antes do tempo estipulado
acima ou até mesmo à rescisão do contrato de trabalho por justa causa.
João Câmara, 17/12/2020 Ciente (Assinatura Funcionário):__________________________________________________________
Data ESPECIFICAÇÃO DO EPI Assinatura Funcionário SSMA Data Dev. Quant. Ass. SSMA
Entrega Descrição do EPI Derivação Nº C.A Quant. Dev.

SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO - XXX 000 - GESTÃO DE SSMA REV00 - DATA 01/01/1900
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXO 03 — MODELO DE SUGESTÃO DE TERMO DE RECONHECIMENTO

DE PERDA AUDITIVA

DEZEMBRO/2022 — REV. 00
ANEXO 03 — MODELO DE SUGESTÃO DE TERMO DE RECONHECIMENTO
DE PERDA AUDITIVA

TERMO DE CIÊNCIA E COMPROMISSO

Declaro, para os devidos fins, ter sido informado e ter compreendido claramente que em meu exame

audiométrico admissional, foi constatado que apresento perda de audição em ambos os ouvidos.

Recebi orientação clara do médico do trabalho e/ou fonoaudióloga desta obra, sobre a necessidade e

importância do uso constante de protetor auricular em todas as áreas onde haja determinação de

obrigatoriedade do uso do EPI.

Estou ciente da existência do Programa de Conservação Auditiva da empresa e me comprometo a cumprir

as determinações para uso, cuidados e solicitação de avaliação e troca do protetor sempre que eu tenha

dúvida quanto a seu funcionamento adequado ou quando especificado pela segurança do trabalho.

Porto Algre, _____, _____, _________

____________________________
Nome:
RG:
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXO 14 — CERTIFICADO DE APROVAÇÃO — CA

DEZEMBRO/2022 — REV. 00
ANEXO 04 — CERTIFICADO DE APROVAÇÃO — CA/RA

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - MTE


SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO - SIT
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO - DSST

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO - CA Nº 14.235


VÁLIDO
Validade: 27/01/2026 Nº. do Processo: 14021.104853/2021-19 Produto: Importado
Equipamento: PROTETOR AUDITIVO
Descrição: Protetor auditivo, do tipo concha, constituído por duas conchas em plásticos, apresentando almofadas de espuma em
suas laterais e em seu interior, possui uma haste em plástico rígido almofadado e metal que mantém as conchas seladas contra a
região das orelhas do usuário e que sustenta as conchas.

Aprovado para: PROTEÇÃO DO SISTEMA AUDITIVO DO USUÁRIO CONTRA NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA SUPERIORES AO
ESTABELECIDO NA NR 15, ANEXOS I E II, CONFORME TABELA DE ATENUAÇÃO ABAIXO.
Marcação do CA: Nas conchas.
Referências: 3M Muffler
Tamanhos: Único. Cores: Vermelha. Normas técnicas: ABNT NBR 16076:2020 - B
Laudos:
Nº. Laudo: REAT-038-2020
Laboratório: LAEPI - LABORATÓRIO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO NDIVIDUAL

Empresa: 3M DO BRASIL LTDA


CNPJ: 45.985.371/0001-08 CNAE: 2099 - Fabricação de produtos químicos não especificados anteriormente
Endereço: ANHANGUERA S/N KM 110
Bairro: JARDIM MANCHESTER (NOVA VENEZA) CEP: 13181900 Cidade: SUMARE UF: SP

Tabela de Atenuação
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - MTE
SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO - SIT
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO - DSST

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO - CA Nº 14.470


VÁLIDO
Validade: 15/03/2024 Nº. do Processo: 46017.000798/2019-20 Produto: Nacional
Equipamento: PROTETOR AUDITIVO
Descrição: Protetor auditivo tipo plug composto de três flanges, confeccionado em silicone.

Aprovado para: PROTEÇÃO DO SISTEMA AUDITIVO DO USUÁRIO CONTRA NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA SUPERIORES AO
ESTABELECIDO NA NR 15, ANEXOS I E II, CONFORME TABELA DE ATENUAÇÃO ABAIXO.
Marcação do CA: Na embalagem.
Referências: K 10
Tamanhos: Único. Cores: Laranja. Normas técnicas: NBR 16076 - 2016 - Método B
Laudos:
N.º Laudo: REAT - 069 - 2018
Laboratório: LAEPI - LABORATÓRIO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO NDIVIDUAL

Empresa: KALIPSO EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE PROTECAO LTDA


CNPJ: 00.204.589/0001-40 CNAE: 4642 - Comércio atacadista de artigos do vestuário e acessórios
Endereço: SEGUNDO SARGENTO NEVIO BARACHO DOS SANTOS 481 ANEXO 505
Bairro: PARQUE NOVO MUNDO CEP: 02180090 Cidade: SAO PAULO UF: SP

Tabela de Atenuação
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXO 05 — GERENCIAMENTO AUDIOMÉTRICO

DEZEMBRO/2022 — REV. 00
ANEXO 05 — GERENCIAMENTO AUDIOMÉTRICO
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXO 06 — Anotação de Responsabilidade TÉCNICA (ART)

DEZEMBRO/2022 — REV. 00
ANEXO 06 — ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART)

A ART apresentada na página a seguir foi anexada a este documento no formato PDF e sendo este

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ART Número
12298511

Tipo:PRESTAÇÃO DE SERVIÇO Participação Técnica: INDIVIDUAL/PRINCIPAL


Convênio: NÃO É CONVÊNIO Motivo: NORMAL

Contratado
Carteira: BA54947 Profissional: ALEX ABREU MARINS E-mail: alexabreumarins@gmail.com
RNP: 505916916 Título: Engenheiro Ambiental, Engenheiro de Segurança do Trabalho
Empresa: NENHUMA EMPRESA Nr.Reg.:
Contratante
Nome: ENGEVALE ENGENHARIA S.A E-mail: doc@engevale.com
Endereço: RUA GUAIANASES 1236 SALA 10 Telefone: (12) 3621-1335 CPF/CNPJ: 03102401000140
Cidade: SÃO PAULO Bairro.: CAMPOS ELÍSEOS CEP: 1204000 UF: SP
Identificação da Obra/Serviço
Proprietário: ENGEVALE ENGENHARIA S.A
Endereço da Obra/Serviço: Rua GUAIANASES 1236 SALA 10 CPF/CNPJ: 03102401000140
Cidade: SÃO PAULO Bairro: CAMPOS ELÍSEOS CEP: 1204000 UF:SP
Finalidade: SEGURANÇA DO TRABALHO Vlr Contrato(R$): 900,00 Honorários(R$): 900,00
Data Início: 09/12/2022 Prev.Fim: 08/12/2023 Ent.Classe: ARES
Atividade Técnica Descrição da Obra/Serviço Quantidade Unid.
Elaboração EST-PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - PPR 1,00 UN
Elaboração EST-PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA - PCA 1,00 UN

ART registrada (paga) no CREA-RS em 09/12/2022

Declaro serem verdadeiras as informações acima De acordo


Digitally signed by ALEX ABREU MARINS:71628843500
DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=AC DIGITAL MULTIPLA G1, ou=34461810000167,
ou=videoconferencia, ou=Certificado PF A1, cn=ALEX ABREU MARINS:71628843500

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2022 Date: 2022.12.19 10:37:38 -03'00'


Adobe Acrobat Reader version: 2022.003.20281

Local e Data ALEX ABREU MARINS ENGEVALE ENGENHARIA S.A

Profissional Contratante
A AUTENTICIDADE DESTA ART PODE SER CONFIRMADA NO SITE DO CREA-RS, LINK SOCIEDADE - ART CONSULTA.

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