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O USO DA LASERTERAPIA NO
TRATAMENTO DE FERIDAS
1

SUMÁRIO
RESUMO....................................................................................................................................2

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................2

O USO DA LASERTERAPIA PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS............................3


1.1 O tratamento de feridas e o uso da laserterapia como instrumento de tratamento
terapêutico..............................................................................................................................3

1.2 Benefícios advindos do uso da laserterapia no tratamento de feridas....................6


1.3 Aplicação de laserterapia em feridas diversas, e seu êxito na melhoria da saúde
dos pacientes atendidos.......................................................................................................8

RESULTADOS DA PESQUISA............................................................................................10

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................12

3 REFERÊNCIAS....................................................................................................................13

4 ANEXOS...............................................................................................................................15
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O USO DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS

Liziane Machado Matos 1


Fabiana Audino2)

RESUMO
O tema deste trabalho é sobre o uso da laserterapia de baixa potência no
tratamento de feridas. Este trabalho se justifica em consequência do uso
massivo da laserterapia aplicada ao tratamento de feridas, que vem ampliando
seu escopo de atuação, apresentados resultados satisfatórios, se habilitando
como uma técnica viável, de baixo custo, angariando respaldo da comunidade
da saúde. A metodologia deste trabalho consiste em realizar pesquisa
bibliográfica pertinente a temática abordada, analisando trabalhos de teóricos
que versam sobre o tema deste artigo. O objetivo geral deste trabalho é
relacionar os resultados alcançados pelo uso da laserterapia como elemento de
tratamento de feridas. Especificamente, se pretende discorrer sobre o
tratamento de feridas e o uso da laserterapia como instrumento de tratamento,
identificar os benefícios advindos do uso da laserterapia no tratamento de
feridas e apontar o modus operandi de aplicação do laser terapia, em que
apresenta resultados satisfatórios em feridas diversas.
.
Palavras chave: laserterapia, laser de baixa potência, farmácia estética

INTRODUÇÃO

O tema deste trabalho é sobre o uso da laserterapia de baixa potência


no tratamento de feridas: resultados atingidos.
A utilização de laser no tratamento de feridas, como elemento
terapêutico, vem sendo alardeada, e seus efeitos práticos, identificados e
discutidos pela comunidade cientifica. A medida que a laserterapia se consolida
como modalidade viável de tratamento de feridas, o interesse por essa prática
terapêutica aumenta e estudos se fazem necessários para esclarecer e dirimir
dúvidas sobre seu uso, benefícios, contraindicações, entre outros fatores
inerentes a laserterapia de baixa potência.
O tratamento de feridas possui objetivo principal de reparar danos
lesivos ao tecido epitelial, órgãos ou mucosas, que prejudicam suas funções,

1
Graduada em Farmácia. Pós-graduanda em Farmácia estética
2
Especialista em Fisioterapia Dermato Funcional
3

causáveis por agentes físicos, químicos ou biológicos. Dentre as inúmeras


técnicas utilizadas como elemento terapêutico, a laserterapia se apresenta
como uma modalidade efetiva de tratamento.
Diante deste fato, se indaga; o uso de laser como terapia de tratamento
de feridas apresenta resultados relevantes?
Este trabalho se justifica em consequência do uso massivo da
laserterapia aplicada ao tratamento de feridas, que vem ampliando seu escopo
de atuação, apresentados resultados satisfatórios, se habilitando como uma
técnica viável, de baixo custo, angariando respaldo da comunidade da saúde.
A metodologia deste trabalho consiste em realizar pesquisa bibliográfica
pertinente a temática abordada, analisando trabalhos de teóricos que versam
sobre o tema deste artigo.
O objetivo geral deste trabalho é relacionar os resultados alcançados
pelo uso da laserterapia como elemento de tratamento de feridas.
Especificamente, se pretende discorrer sobre o tratamento de feridas e o uso
da laserterapia como instrumento de tratamento, identificar os benefícios
advindos do uso da laserterapia no tratamento de feridas e apontar o modus
operandi de aplicação do laser terapia, em que apresenta resultados
satisfatórios em diversos tipos de feridas.

1 O USO DA LASERTERAPIA PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS.

1.1 O tratamento de feridas e o uso da laserterapia como instrumento de


tratamento terapêutico

O tratamento de feridas vem evoluindo ao longo do tempo, fomentando o


surgimento de novas técnicas que visam minimizar os efeitos deletérios,
melhorar a cicatrização e atenuar o padecimento dos pacientes. Sant’Anna,
Giaretta e Posso (2011) conceituam ferida como sendo quaisquer tipos de
lesão no tecido epitelial, órgãos ou mucosas causadas por agentes químicos,
físicos e biológicos, prejudicando a saúde da pessoa.
Bernardo (2016) esclarece a constituição do componente tegumentar:
pele, composta por epiderme e derme; tecido subcutâneo, ou hipoderme e os
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anexos. Em situações onde ocorre pressões externas, acontece a diminuição


ou interrupção do suprimento da irrigação tissular e, com isso, desencadeia
uma isquemia que ocasiona a diminuição da oxigenação e nutrientes para as
células, ocasionando a ocasionar a morte celular, gerando feridas, como a
lesão por pressão (LP), feridas vasculogênicas e dificuldade de cicatrização
cirúrgica
As feridas causam prejuízo considerável a saúde dos pacientes,
representando um grupo de lesões, lesão por pressão (LP), úlceras
vasculogenicas, diabéticas, entre outras. Seu tratamento envolve desde
procedimentos simples a tratamentos complexos, de acordo com a avaliação
dos profissionais de saúde.
As feridas são caracterizadas por provocar dor intensa a moderada,
desconforto, alterações no cotidiano e na saúde mental, bem como
podem evoluir de forma crônica. Esse grupo de lesões é formado em
sua essência pelas lesões por pressão (LP), úlceras vasculogênicas
(arteriais e venosas); úlcera diabética e neoplasias malignas. Essas
feridas apresentam um elevado custo no tratamento, onde muitas
vezes são necessárias intervenções cirúrgicas até a cicatrização total
da pele. Atualmente, observa-se um predomínio de pacientes com
esse tipo de lesão em unidades de atendimento ambulatorial, embora
o seu agravamento necessite de internações por complicações no
processo de cicatrização prolongado, como infecções e presença de
tecido desvitalizado. (BERNARDO et al, 2016, p.2)

Bavaresco (2019) enfatiza que o processo de cicatrização de feridas


exige um ciclo contínuo de tratamento e, em alguns casos, por longo período,
causando impactos a qualidade de vida do indivíduo. Geralmente, a
cicatrização de feridas ocorre de forma complexa, com alterações vasculares e
celulares, mecanismos de proliferação celular, síntese e deposição de
colágeno, produção de elastina e revascularização, até a contração da ferida.
Uma das técnicas de tratamento de feridas vem ganhando destaque nas
últimas décadas: a laserterapia, que utiliza aplicação de laser de baixa potência
para o tratamento de feridas. Souza et al (2013) alerta que as feridas
constituem um problema de saúde pública, tendo em vista que as mesmas
quando não tratadas ´podem acarretar diversas consequências ao indivíduo,
dependendo de sua gravidade.
Andrade, Clark e Ferreira (2014) enfatizam que a incorporação do laser
como instrumento terapêutico tem sido utilizada desde os anos 1960,
primeiramente com Theodore Maiman. Já nos anos 1980 o laser de baixa
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potência começou a ser utilizado primeiro em animais, e depois, em seres


humanos.
Comumente, os lasers são classificados em de alta e de baixa potência.
Os lasers de alta potência são normalmente aplicados para cisão, remoção e
coagulação de tecidos, enquanto que os lasers de baixa potência têm
finalidade prática em processos de reparação tecidual.
Andrade e Albuquerque (2010) relatam que o laser terapêutico ou
terapia por laser de baixa potência se constitui de uma forma de fototerapia,
mediante a aplicação de luz monocromática e coerente de baixa energia em
vários tipos de lesões, apresentando eficácia considerável na indução da
cicatrização de feridas difíceis.
De acordo com Lins (2011), os laseres terapêuticos apresentam uma
série de indicações diversas, podendo ser usados isoladamente ou como
coadjuvante de outros tratamentos, sempre que há necessidade de efeito
biológico local, tendo em vista de sua função moduladora celular do sistema
imune, estimulando a microcirculação, ativando a liberação de endorfinas e
estimulando também a proliferação e a migração celulares.
Conforme Lins (2011), os laseres de baixa potência que são utilizados
na laserterapia são: o laser de Hélio-Neon (He-Ne), cujo comprimento de onda
está situado dentro da faixa de luz visível (luz vermelha) e o laser de Arsenato
de Gálio-Alumínio (Ga-As--Al), comumente chamado de laser de diodo, cujo
comprimento de onda se encontra fora do espectro de luz visível.
Ainda Andrade e Albuquerque (2010), os autores ressaltam que a
efetividade do laser ocorre devido a sua diferença da luz ordinária em
características como a coerência, monocromaticidade e colimação. A
monocromaticidade se apresenta através de radiação constituída por fótons
com um único comprimento de onda e, logo assim, apenas uma cor. Esta
particularidade vai determinar quais biomoléculas absorverão a radiação
incidente aplicada na laserterapia.
O laser de baixa potência tem aspecto monocromático, se
caracterizando por gerar um único comprimento de onda, que por intervenção
de suas biomoléculas, condiciona a absorção da radiação incidente e,
consequentemente, a interação fotobiológica e os efeitos terapêuticos advindos
de seu uso.
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Para Terra e Mejia (2015), os lasers são aparelhos que produzem


energia luminosa, de maneira especializada, gerando calor de diversas
intensidades, em determinada região a ser irradiada. Existem variados tipos de
laseres, com finalidades distintas, a serviço do tratamento dos pacientes
Afonso (2011) relata que a laserterapia de baixa intensidade se
caracteriza pela a aplicação terapêutica de laseres e diodos superluminosos
monocromáticos, com potência inferior a 500mW e dosagens inferiores a
35j/cm², com dosagens insuficientes para efetuar baixas para efetuar qualquer
aquecimento nos tecidos em que ocorre a irradiação.
A laserterapia de baixa potência vem ganhando protagonismo como
opção terapêutica no tratamento de diferentes tipos de feridas. No caso das
feridas crônicas, Barbosa et al (2011), pondera a relevância do uso do laser de
baixa potência como estimulador do processo cicatricial, amenizando o
sofrimento dos pacientes.

1.2 Benefícios advindos do uso da laserterapia no tratamento de feridas

De acordo com Andrade e Albuquerque (2010), estudos apontam que a


laserterapia tem potencial de arrefecer o crescimento de bactérias em feridas,
por meio de uso de fotossensibilização prévia das bactérias com corantes
específicos, a irradiação laser será processada e causará a inibição do
crescimento dos microrganismos nas áreas afetadas.
Outros autores relatam efeitos bioquímicos resultantes do tratamento a
laser de baixa potência (TLBP) nas feridas, como a liberação de substâncias
pré-formadas como histamina, serotonina e bradicinina. Ademais, pode ocorrer
interferência na produção de certas substâncias como prostaglandinas e
endorfinas, podendo assim potencializar efeitos anti-inflamatórios e
analgésicos.
...TLBP é um tratamento adjuvante com ação capaz de acelerar o
processo de cicatrização de lesão tecidual, com evidente ação anti-
inflamatória, analgésica e de reparação dos tecidos e, mesmo quando
não há a cicatrização total da lesão, a TLBP promove melhora, o que
repercute no maior bem-estar do paciente e possível impacto positivo
na sua qualidade de vida. (BAVARESCO et al, 2019, p.9)
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Para Souza et al (2013), o laser de baixa potência vem sendo utilizado


em processos de cicatrização dos tecidos biológicos, tanto na fase aguda ou
crônica , ampliando a produção de enzimas ligadas ao processo de
regeneração tecidual, exemplificado pelo superóxido dismutase, que é um
agente antioxidante que altera o recrutamento de leucócitos para o sítio da
lesão, estimulando a fagocitose, aumentando assim a síntese de ATP,
incrementando a produção de proteínas necessárias para a cicatrização e
viabilizando a angiogênese.
Para Silva, Neves e Bordignon (2016), a laserterapia pode auxiliar no
processo de dissipação de úlceras de pressão (UP), tendo vista que é um,
processo de elevada complexidade, em que há atividade celular e quimiotática,
e o laser de baixa potência tem efetividade local, culminando no total
fechamento da área lesionada, reparando e constituindo as fases de
inflamação, reepitelização, contração e remodelamento da área afetada.
A laserterapia tem eficaz atuação no tratamento de feridas crônicas,
como as úlceras de pressão, que apresentam difícil cicatrização, além de
morosidade no fechamento da ferida, o que pode levar a recidivas, por conta
dos fatores predisponentes que vão dificultar ainda mais o tempo da
cicatrização. Neste cenário, a laserterapia pode ser uma importante aliada no
tratamento da úlcera de pressão.
Valle et al (2017) considera o uso da laserterapia após o diagnóstico dos
sinais e sintomas clínicos, e gravidade de lesões. Portanto, o uso do laser de
baixa potência será plenamente utilizado, se houver necessidade do mesmo.
Ademais, a laserterapia pode estar associada a outras medidas
terapêuticas, como administração de analgésicos, corticosteroides, agentes
anti-inflamatórios e fitoterápicos, com o intuito de acelerar o processo de
cicatrização da ferida e redução da dor.
A laserterapia de baixa potência (LTBP), para Barbosa et al (2011),
possui efeito bioestimulador, representando assim uma técnica terapêutica de
natureza adjuvante, útil no tratamento de feridas crónicas, podendo ser
utilizada no tratamento de ulceras diabéticas, em virtude de seu possível efeito
benéfico ao nível da microcirculação e na modulação da reparação tecidual.
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1.3 Aplicação de laserterapia em feridas diversas, e seu êxito na melhoria


da saúde dos pacientes atendidos

Como já discutido anteriormente, a laserterapia de baixa potência pode


ser aplicada satisfatoriamente em feridas de diversas complexidades,
representando um tratamento terapêutico que apresenta melhoria significativa
na saúde dos pacientes atendidos Estudos demostram que determinadas
feridas demandam maior complexidade cicatricial, o que prolonga o
padecimento dos pacientes acometidos por este tipo de lesão.
Em úlceras de pressão, Silva ,Neves e Bordignon (2016), a laserterpia
de baixa potência causa ação indireta de fomento aos efeitos fisiológicos: como
ampliação da regeneração de fibras nervosas , aumento da produção de
colágeno, tecido de granulação, estímulo a microcirculação, que acarreta o
aumento da vasodilatação das arteríolas e vênulas, melhora o trofismo zonal;
aumenta o trofismo local e da reparação; aumento da troficidade da pele;;
incrementa a atividade fagocitária dos linfócitos e macrófagos e realiza a
neoformação de vasos sanguíneos e regeneração dos vasos linfáticos.
Terra e Mejia (2015) creditam a importância e relevância da laserterapia
no tratamento de feridas aos resultados alcançados no tocante ao processo de
cicatrização. O uso do laser de baixa potência para tratamento de feridas
resulta em efeitos anti-inflamatório, analgésico, bactericida, e reparação
tecidual.
Além disso, o uso eficaz do laser de baixa potência para tratamento de
feridas requer que o profissional tenha capacitação para utilizar esta técnica
para que se alcance os resultados almejados, salienta Terra e Mejia (2015)
A figura abaixo representa a evolução da úlcera de pressão, tipo de
ferida que pode ser tratada com a laserterapia.
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Figura 1 Estágios da úlcera de pressão

Fonte: Silva, Neves e Bordignon (2016)

Assis e Moser (2016) sinalizam que as úlceras de pressão são


determinadas lesões que apresentam áreas com falência celular, oriunda da
compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície,
por um determinado período de tempo. A pressão externa ocasiona a oclusão
de vasos capilares, proporcionando uma isquemia devido à diminuição da
oxigenação e nutrientes das células desencadeando a morte celular, podendo
gerar a úlcera de pressão (UP). Como muitos pacientes ficam com reduzida
movimentação, surgem estas lesões, que representam prejuízos à saúde do
paciente.
Em pacientes acometidos por ulceras de pressão, Silva, Neves e
Bordignon (2016), ressaltam que o uso do laser de baixa potência auxilia na
redução da dor e incômodos causados por este tipo de lesão, já que o paciente
apresenta outras debilidades como anemias, contraturas, desnutrição, entre
outras. A melhoria da qualidade de vida, em relação ao tratamento das úlceras
de pressão, permite ao paciente enfrentar as demais agruras presentes em seu
tratamento de saúde.
Afonso (2011) esclarece que a úlcera de pressão (UP) apresenta causa
morbis acentuada, pois afeta a qualidade de vida do paciente, acarretando em
sobrecarga econômica para o serviço de saúde e para o paciente.
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Bernardes e Jurado (2018) esclarece que os pacientes mais vulneráveis


e propensos a desenvolver úlceras de pressão são os idosos, devido ao fato do
próprio envelhecimento da pele, a qual se torna mais fina e, com diminuição de
fibras colágenas e elásticas; pacientes com lesões medulares, além de o idoso
possuir enfermidades diabéticas, ficar internado por longos períodos, entre
outros fatores inerentes a enfermidades da pessoa idosa.
O laser de baixa potência aplicado no tratamento deste tipo de ferida
atua de maneira salutar no efeito cicatricial, diminuindo o sofrimento dos
pacientes, podendo potencializar a melhora histológica, devido a organização
das fibras de colágeno e melhora da dor, contribuindo assim como um método
auxiliar para prevenção de infecções, já que lesões abertas passam a ser uma
porta de entrada para microrganismos.
Barbosa et al (2011), a laserterapia tem possibilidade de combater a
úlcera diabética, que é um fator de risco para a amputação de membros,
decorrentes destes tipos de lesões. Após uma amputação de membro, o risco
de morte aumenta substancialmente, e o uso da laserterapia pode combater o
a úlcera diabética, evitando assim maior complicação para o paciente.

RESULTADOS DA PESQUISA

A realização desta pesquisa permitiu esmiuçar o amplo espectro de


possibilidades referentes ao uso da laserterapia, em relação ao tratamento de
diversos tipos de feridas, das mais simples até as mais complexas. As feridas
causam preocupação, pois constituem um problema de saúde pública, e
métodos terapêuticos de tratamento e cicatrização de feridas são estudados e
analisados, para que os profissionais de saúde possam optar por alternativas
viáveis e eficazes de tratamento de feridas.
Andrade, Clark e Ferreira (2014) assinalam que a laserterapia vem
sendo administrada com a prerrogativa de promover melhor resolução de
processos inflamatórios, redução da dor, evitar a ocorrência de edema, bem
como, preservar tecidos e nervos adjacentes ao local da área irradiada.
Terra e Mejia (2015) creditam a importância e relevância da laserterapia
no tratamento de feridas aos resultados alcançados no tocante ao processo de
cicatrização. O uso do laser de baixa potência para tratamento de feridas
11

resulta em efeitos anti-inflamatório, analgésico, bactericida, e reparação


tecidual.
Os quadros abaixo apresentam os principais benefícios e tipos de
feridas tratados pela laserterapia, de acordo com a revisão bibliográfica deste
trabalho

Quadro 1
Principais benefícios da laserterapia no tratamento de feridas
Melhora da microcirculação local
Analgesia
Acelera a regeneração do tecido lesionado
Modulação do processo inflamatório local
Modalidade acessível, e de baixo custo
Efeito potencializador da cicatrização
Fonte: própria autora

Quadro 2
Feridas tratadas pela laserterapia
Úlceras de pressão
Úlceras diabéticas
Queimaduras
Demais feridas
Fonte: própria autora

Pacheco e Schapochnik (2017) relatam que o laser de baixa potência


vem colhendo bons resultados no tratamento de feridas, contudo seu uso deve
continuar sendo motivo de estudos e debates, pois toda técnica terapêutica tem
vantagens e desvantagens, e as mesmas precisam ser assimiladas pelo
profissional que vai empregar a laser terapia.
Além disso, o uso eficaz do laser de baixa potência para tratamento de
feridas requer que o profissional tenha capacitação para utilizar esta técnica
para que se alcance os resultados almejados, salienta Terra e Mejia (2015)
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2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste trabalho permitiu que se realizasse um estudo


investigativo sobre a modalidade terapêutica referente a laserterapia, que
utiliza laser de baixa potência no tratamento de inúmeros tipos de feridas, por
meio de irradiação na área acometida por esse tipo de lesão.
As feridas representam um problema de saúde pública relevante, que
demanda técnicas e procedimentos adequados que mitigue o sofrimento dos
pacientes. É sabido que para cada tipo de ferida um tratamento deve ser
sugerido, de acordo com a necessidade e urgência da situação. Dentre os
procedimentos terapêuticos disponíveis, o uso de laser de baixa potência
ganha adesão massiva dos profissionais de saúde, em virtude do seu baixo
custo, benefícios advindos e de seu papel atenuador dos efeitos deletérios das
feridas para os pacientes.
A pesquisa realizada constatou que as hipóteses levantadas são
ratificadas pelos resultados abordados no material bibliográfico analisado. A
laserterapia é uma modalidade terapêutica que apresenta eficácia no
tratamento de feridas, e atua com argúcia no campo da farmácia estética.
Entretanto, é importante que apenas profissionais treinados e
capacitados possam atuar com esta modalidade terapêutica, levando em conta
sempre o tipo de ferida a ser tratada, o tipo de laser, o histórico do paciente,
entre outros fatores atrelados ao histórico do paciente. Ademais, a laserterapia,
em muitos casos, deve ser concatenada a outras modalidades terapêuticas de
tratamento de feridas.
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3 REFERÊNCIAS

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tratamento cicatricial da úlcera de pressão em pacientes
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úlceras diabéticas Um Problema de Evidência.2011.Disponível em <
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14

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Acesso em 02 mar 2020
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4 ANEXOS

FOTOS ILUSTRATIVAS DE LASERTERAPIA

Ferida antes de ser tratada com laserterapia

Fonte: Valle et al (2017)

Exemplo de ferida, após sessões de laserterapia

Fonte: Valle et al (2017)

Aparelho de laserterapia
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Fonte: Valle et al (2017)

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