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GALEÃO
CENTRO DE ONCOLOGIA,
HEMATOLOGIA E QUIMIOTERAPIA
MANUAL DO PACIENTE
CONSCIENTE
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Este Manual pertence a:
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ÍNDICE:
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1 - APRESENTAÇÃO
Prezado leitor:
Este manual objetiva fornecer informações a respeito da doença, esclarecendo
possíveis dúvidas sobre os tratamentos e os cuidados que devem ser adotados nesta fase de
sua vida.
Sabe-se que a vontade de viver e de vencer a doença, aliadas à confiança no
tratamento e na equipe que assiste o paciente, aumentam a resposta do organismo ao
tratamento. Atualmente há diversos estudos e trabalhos que comprovam essa tese.
Não desanime diante dos efeitos colaterais que possam ocorrer. Eles variam de
indivíduo para indivíduo e nem sempre ocorrem com a mesma freqüência.
Leia o manual com calma e atenção.
Se surgir alguma dúvida procure esclarecimento com a equipe que o assiste.
3 - TRATAMENTO
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3.1 - RADIOTERAPIA
Como a pele fica sensível à radiação são necessários alguns cuidados como:
- Lavar a pele com água morna e sabão neutro
- Não esfregar a pele no local marcado durante o banho
- Secar o local com cuidado utilizando toalha macia
- Manter a pele seca
- Não aplicar perfumes, cosméticos ou loções na região
- Não utilizar produtos que contenham álcool
- Manter a pele hidratada ( procurar orientação médica )
- Proteger a área do sol
- Não usar roupas apertadas
3.2 - HORMONIOTERAPIA
Existem alguns tipos de tumores que tem o seu crescimento influenciado por
hormônios (mama, próstata). Nesses casos, o tratamento é feito com o objetivo de deter o
crescimento tumoral, podendo ser realizado de formas diferentes dependendo de cada caso:
- Adição de hormônios (terapêutica aditiva)
- Cirurgia para retirada de glândula, cujo hormônio estimula o crescimento tumoral
(terapêutica ablativa).
- Uso de substâncias inibitórias da produção dos hormônios (terapêutica inibitória).
É importante que nesse tratamento, o paciente siga rigorosamente o calendário de
administração dos medicamentos, não interrompendo nenhuma dose.
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3.3 - QUIMIOTERAPIA
O tratamento utiliza drogas específicas que atuam em diversas fases do ciclo celular,
podendo causar efeitos colaterais, sendo de vital importância a participação do paciente e
dos familiares neste processo.
A maioria dos esquemas utiliza uma combinação de drogas.
Em geral, a aplicação ocorre na veia, mas também poderá ser realizada através de
injeções intramusculares, subcutâneas ou por via oral.
A administração de quimioterápicos na veia é feita através de soros ou injeções e não
causa dor.
A duração do tratamento é determinada pelo médico de acordo com o tipo de tumor e
varia de paciente para paciente. A dose do seu medicamento é preparada exclusivamente
para o seu caso.
As aplicações podem ser diárias, semanais, mensais ou a intervalos determinados pelo
protocolo seguido, de acordo com a sua necessidade.
O local onde serão feitas as aplicações (no setor de quimioterapia ou hospitalizado)
também dependerá do protocolo seguido pelo seu médico.
Devido à toxicidade dos quimioterápicos estes só podem ser manuseados e
preparados por pessoal especializado (farmacêuticos) e administrados por pessoal de
enfermagem treinado para esse fim.
Relacionamos a seguir algumas orientações para ajudá-lo (a) a prevenir situações que
possam oferecer riscos ao seu tratamento:
- Evitar movimentar o braço puncionado para que o cateter não saia da veia, o que
pode ocasionar o extravasamento da medicação.
- Avisar imediatamente à enfermagem em caso de ardência, dor, queimação ou
“agulhada”, inchaço (edema) ou vermelhidão (eritema) no local da punção; esses sintomas
podem indicar que o medicamento saiu da veia e, neste caso, outra veia deverá ser
puncionada para continuar a aplicação.
- Chamar imediatamente a enfermagem se observar algum tipo de vazamento de
medicação da bolsa ou do equipo de soro.
- Não mexer na bolsa, equipo ou conexões quando o soro terminar; avisar à
enfermagem e aguardar a troca da bolsa ou retirada do cateter; esses materiais precisam ser
descartados em recipientes específicos.
- Evitar tracionar o circuito (equipo, conexões, cateter) caso seja necessário
locomover-se.
- Não segurar a medicação com as mãos sem proteção em caso de quimioterapia oral
(comprimidos); utilizar uma gaze ou mesmo a tampa do frasco.
- Dar de duas a três descargas seguidas após a utilização do vaso sanitário; esse
procedimento deve ser mantido por um período de 48 horas, tempo necessário para a
eliminação do medicamento pelo organismo.
É importante que as orientações dadas pela equipe sejam seguidas e, em caso de
dúvida, sejam esclarecidas.
Não falte às consultas nem às sessões de quimioterapia. A interrupção do tratamento
pode alterar o curso da doença.
Quando não puder comparecer entre em contato com o setor para agendar uma nova
data.
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4 - EFEITOS COLATERAIS
4.1 RADIOTERAPIA
4.2 – HORMONIOTERAPIA
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- Sinais de menopausa ou andropausa precoces.
- Disfunções sexuais (impotência, diminuição da libido).
- Ressecamento vaginal.
- Sangramento uterino.
- Trombose venosa profunda.
- Osteoporose.
- Câncer de útero.
4.3 - QUIMIOTERAPIA
a) NÁUSEAS E VÔMITOS
A febre pode ser um sinal de infecção causada pela diminuição das células de defesa
(leucócitos).
Práticas que diminuem os riscos:
- Evitar aglomerações (lugares muito cheios e pouco ventilados).
- Evitar contato com pessoas que estejam com doenças infecciosas (resfriado, gripe,
herpes, rubéola, etc).
- Lavar as mãos com sabão antes das refeições, antes e após ir ao banheiro e ao
chegar da rua.
- Evitar alimentos crus e não pasteurizados.
- Não retirar a cutícula das unhas.
- Evitar cortes ao fazer a barba e ao depilar axilas e pernas (a depilação com lâmina
não é aconselhável).
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- Não espremer cravos, espinhas ou furúnculos; procure o médico.
- Pode ser utilizado creme ou óleo hidratante na pele para evitar ressecamento.
Exceção deve ser feita em área de irradiação de radioterapia (Procurar orientação médica).
IMPORTANTE:
Se ocorrer febre (temperatura axilar maior que 37,8º C), estado gripal, calafrios,
furúnculos, sudorese (suor intenso), dor ao urinar, tosse ou diarréia procure a Emergência
do HFAG.
Depende da droga utilizada e nem sempre ocorre. Pode começar algumas semanas
após o início do tratamento.
A raiz do cabelo apresenta um grande número de células em multiplicação e, por isso,
elas são muito atingidas pelas drogas. O cabelo poderá nascer e voltar a cair.
Apesar de ser um efeito desagradável por afetar a auto-imagem lembre-se de que é
temporário. O mais importante é o seu tratamento.
Práticas que podem amenizar esse efeito:
- Cortar o cabelo mais curto que habitualmente, logo após começar a cair.
- Usar xampu neutro para lavar a cabeça.
- Deixar o couro cabeludo ao ar livre o maior tempo possível evitando o calor, a
oleosidade e a umidade que dificultam o crescimento.
- Evitar escovar os cabelos; é melhor penteá-los com delicadeza.
- Utilizar peruca, lenço, boné ou chapéu.
- Não expor o couro cabeludo ao sol; caso seja inevitável utilizar filtro solar com alto
teor de proteção solar (acima de 20).
- Quando o cabelo começar a crescer evitar o uso de secador, “sprays” e tinturas.
e) FRAQUEZA
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A anemia pode ser corrigida através da dieta, medicamentos ou transfusão sangüínea,
se necessário.
O cansaço e a fraqueza também podem ser causados pela ação da quimioterapia nos
nervos e músculos, levando a uma sensação de dormência e anestesia das pontas dos dedos
e das pernas. Esses sintomas tendem a desaparecer quando o tratamento acaba.
Práticas que podem auxiliar:
- Comer alimentos ricos em ferro: carnes bovinas, aves, peixes, ostras, mariscos,
presunto, peru, vísceras (fígado, coração, rim) bem cozidas, gema de ovo, vegetais verde-
escuros (brócolis, espinafre, bertalha, agrião etc), leguminosas (feijões em geral, ervilha,
lentilha, grão de bico, soja), legumes (inhame, abóbora), açaí, cacau, frutos oleaginosos
(castanha, amêndoa, amendoim), ameixa seca, damasco seco, Sustagen, Sustain, Nutren,
Neston, achocolatados, flocos de cereais, sementes de girassol, barras de cereais, açúcar
mascavo, rapadura, melado.
- Comer alimentos ricos em ácido fólico: fígado, feijões, vegetais folhosos verde-
escuros (espinafre, brócolis), alface, repolho, aspargos, batata, germe de trigo, pão de trigo
integral, limão, laranja, banana, gema-de-ovo.
- Comer alimentos ricos em vitamina B-12: carnes vermelhas, fígado, músculo, peixe,
ovos, marisco, ostra, atum, siri, caranguejo, leite, queijo, manteiga.
- Evitar atividades que exijam muito esforço físico; alternar períodos de repouso com
períodos de atividade.
Efeito freqüente que pode surgir poucos dias após a aplicação da medicação. Se
ocorrer, comunique ao médico.
Práticas que diminuem esse efeito:
- Fazer uma higiene oral adequada, utilizando escova de dentes bem macia ou passar
a pasta de dentes com o dedo, caso a mucosite esteja intensa. Esta higiene deve ser feita
pela manhã, após cada refeição e antes de dormir.
OBS.: Existem escovas de dentes bem macias à venda nas farmácias, feitas
especialmente para situações de pós-operatório de cavidade oral e que, nesse caso
(mucosite), são uma boa opção.
- Escovar os dentes com cuidado para evitar sangramentos. Em caso de uso de
dentadura ou prótese móvel, retirá-la após as refeições e sempre que lavar a boca.
- Após a escovação dos dentes lavar a boca com solução bicarbonatada (uma colher
de café rasa de bicarbonato de sódio dissolvido em um copo de água filtrada e fervida).
Essa solução pode ser usada várias vezes ao dia. Deve ser bochechada, mas não engolida.
- Ingerir alimentos líquidos e pastosos, caso apresente dificuldade para mastigar (ex.:
sucos, vitaminas, sopas liquidificadas, sorvetes, gelatinas, purês).
- Evitar alimentos muito quentes, muito frios ou muito temperados.
- Não comer frutas ácidas (limão, abacaxi, tangerina, laranja), nem alimentos muito
salgados ou doces.
- Não usar açúcar, dar preferência a adoçantes.
- Usar temperos caseiros suaves
- Evitar alimentos crus e fibrosos, carnes, alimentos enlatados, salgados, pães
integrais.
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g) DISGEUSIA (ALTERAÇÃO DO PALADAR)
i) DIARRÉIA
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- Evitar alimentos laxativos como mamão, ameixa, abóbora, beterraba, abobrinha e
vegetais crus.
- Evitar fibras (cereais integrais, centeio, farelo de trigo e aveia, etc).
- Evitar alimentos gordurosos, frituras, leite e derivados.
- Evitar amendoim, nozes, castanhas, amêndoas, pipocas, coco.
- Não usar alimentos enlatados, condimentados, irritantes e apimentados.
- Evitar café, suco de frutas laxativas (ex: mamão, laranja, ameixa), chocolate.
Pode ser causada por uma diminuição temporária na produção de saliva. Esse efeito
costuma desaparecer gradativamente após o término do tratamento.
Práticas que ajudam:
- Beber um pouco de água a intervalos regulares.
- Preferir dieta semi-líquida com alimentos de alta umidade como sopas, caldos,
molhos, frango, peixe ou carnes cozidas e de caçarolas, vegetais com molho; assim fica
mais fácil de engolir.
- Consumir frutas com alto teor de líquidos (ex.: melancia, laranja, pêra).
- Fazer uso de bebidas geladas, sucos ricos em vitaminas C (acerola, limonada,
laranjada), picolés, sorvetes de frutas, chá com limão, picolés de água de coco, etc
- Chupar balas (exceto as de menta).
- Evitar lamber os lábios, pois, ao invés de umedecê-los, irá ressecá-los ainda mais.
- Passar manteiga de cacau nos lábios.
- Fazer higiene da boca com freqüência e bochechos com sal.
- Fazer estimulação da saliva com balas de limão, chicletes sem açúcar.
- Evitar alimentos secos, pães, torradas, bolachas, álcool, líquidos gasosos, sopas
cremosas e grossas, alimentos muito quentes e oleosos, alimentos integrais.
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m) ALTERAÇÕES NO CICLO MESTRUAL
o) AUMENTO DE PESO
p) FALTA DE APETITE
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q) TONTEIRAS
Importante:
- Procurar não andar sozinho nesse período.
- Conversar com o médico a respeito desse sintoma.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Nunca tome medicamentos sem receita médica, quaisquer que sejam eles. O paciente
que faz tratamento quimioterápico só deve tomar remédios com orientação médica.
Durante o tratamento não tome nenhum tipo de vacina. O objetivo da vacina é ativar
o sistema imunológico e o quimioterápico provoca uma baixa temporária desse sistema,
portanto, essa fase é incompatível com esquemas de vacinação.
5 - OS EXAMES
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- Durante o tratamento quimioterápico devem ser evitados alimentos crus, legumes e
verduras cruas, leite e derivados não pasteurizados, quando o paciente estiver
imunodeprimido (com queda da imunidade).
OBS.: Nos casos de diabetes, hipertensão (pressão alta), perda do apetite, mudança do
sabor e do cheiro dos alimentos, aumento do colesterol, triglicerídios, ácido úrico, diarréia,
náuseas, vômitos, secura na boca, aftas etc, há necessidade de uma dieta especial com
acompanhamento de um nutricionista.
Um outro aspecto muito importante da alimentação é a higienização dos alimentos
para que os mesmos entrem neutros nas preparações das receitas, sem gostos ou resquícios
de sujeira ou contaminação.
Qualquer alimento deve ser bem lavado e higienizado antes de ser utilizado:
- As folhas devem ser lavadas uma a uma em água corrente, na direção das pontas
para a raiz e os legumes devem ser lavados com o auxílio de uma escovinha para que saiam
toda a terra e impurezas retidas na casca.
- Os ovos devem ser lavados em água corrente com esponja e sabão.
Após esta primeira higienização, devem ser colocados de molho em solução de
hipoclorito de sódio por 40 minutos, sendo então enxaguados em água filtrada antes do
consumo. Aqueles que não forem de consumo imediato devem ser secos e guardados em
geladeira.
Todas as embalagens comerciais (leite, queijo, iogurte, etc) devem ser lavadas com
sabão de coco antes de ir para a geladeira ou freezer.
A bancada de trabalho e os utensílios utilizados no preparo dos alimentos também
devem ser lavados antes de sua utilização.
OBS.: Solução de Hipoclorito: uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de
água filtrada; deixar por 40 minutos e após esse período lavar com água filtrada a fim
de retirar o resíduo.
7 – UTILIZAÇÃO DE CATETER
A utilização de cateteres vem sendo cada vez mais freqüente nos tratamentos
quimioterápicos principalmente devido às dificuldades de acesso venoso do paciente.
Durante o tratamento as veias podem se tornar sensíveis e fragilizadas, o que aumenta a
possibilidade de extravasamento (saída do medicamento para fora da veia). Além disso, a
utilização do cateter também é indicada em esquemas quimioterápicos prolongados. A
colocação é feita pelo médico sob anestesia local.
Em nosso Serviço são utilizados dois tipos de cateteres, de acordo com a
necessidade e indicação médica:
- Cateter totalmente implantado (PORT-A-CATH) feito de borracha siliconizada,
possui uma câmara de titânio ou plástico que fica implantada sob a pele, não possuindo
orifício externo de saída. Sua colocação é feita em centro cirúrgico. No momento da
utilização a punção é feita através da pele sobre a câmara puncionável.
O primeiro curativo após a implantação desse cateter é feito no hospital pelo médico
ou pela enfermagem. Após esse primeiro curativo, você mesmo deve trocá-lo em casa
diariamente até a retirada dos pontos.
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Passos a serem seguidos para o curativo:
1. Tome banho normalmente mantendo o curativo no local. Após terminar o
banho, lave bem as mãos com Clorexedina 2% ou Povidine degermante 10%.
Na falta destes produtos, utilize sabão comum.
2. Retire o curativo e lave bem o local com o mesmo produto, enxaguando em
seguida até retirar todo o sabão.
3. Seque com gaze estéril e aplique Clorexidina 2% ou Povidine tópico 10% sobre
a área. Aguarde alguns minutos para que a região fique seca.
4. Cubra com gaze estéril fixando-a com micropore.
Após a retirada dos pontos não será necessário fazer o curativo
No dia em que for utilizar o cateter é importante que você faça uma boa higiene do
local
Uma vez por mês você deve procurar o hospital para fazer a heparinização do
cateter (injeção com solução anticoagulante para garantir que o cateter se mantenha
pérveo).
- Cateter Central Tunelizado – Feito de silicone ou poliuretano, revestido de teflon,
é considerado um cateter de longa permanência. É fixado à pele e uma ponta fica
exteriorizada. Permite a infusão de vários tipos de medicamentos.
O uso desse tipo de cateter não deve modificar sua rotina, porém, alguns cuidados
são necessários para evitar a ocorrência de infecção no local e garantir a durabilidade do
mesmo. Para isso a sua participação é fundamental e algumas recomendações devem ser
seguidas:
- Manter boa higiene corporal e das vestimentas, usando sempre roupas passadas a
ferro.
- Manter higiene rigorosa do local de inserção do cateter.
- Não tomar banhos de imersão como de banheira, de piscina, de rio ou de mar. Os
banhos devem ser com água corrente e limpa a fim de evitar infecção.
- Observar atentamente qualquer alteração no local como dor, presença de secreção,
edema (inchaço), eritema (vermelhidão) ou ocorrência de febre. Nesses casos, procurar o
hospital.
- Fazer acompanhamento periódico com o médico e a enfermagem.
Esse tipo de cateter necessita de um curativo diário para evitar a ocorrência de
infecção e deve ser feito após o banho.
Passos a serem seguidos para o curativo:
1. Tome o seu banho mantendo o curativo no local.
2. Após terminar o banho lave as mãos com Clorexidina 2% ou Povidine
degermante 10%. Na falta destes produtos, utilize sabão comum.
3. Retire o curativo e lave bem o local com o mesmo produto, enxaguando em
seguida até retirar todo o sabão.
4. Seque com gaze estéril e aplique Clorexidina 2% ou Povidine tópico 10% com
movimento circulares do centro para fora do local da inserção do cateter. Faça
esse procedimento por 3 vezes. Aguarde alguns minutos para que a região fique
seca.
5. Cubra com gaze estéril e fixe-a com micropore. A ponta do cateter que ficar
para fora da gaze deve ser fixada também com micropore a fim de evitar que
seja tracionada.
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Se você observar secreção no curativo, qualquer alteração do local ou a ocorrência
de febre procure o hospital.
8 - ORIENTAÇÕES GERAIS
8.2 - O TRABALHO
9 - CUIDADOS ESPECIAIS
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- Receber informações sobre a sua patologia.
- Ter acesso ao seu prontuário médico através de requisição regulamentar.
- Amparo assistencial ao idoso e ao deficiente (LOAS – Lei Orgânica de Assistência
Social): é o beneficio que garante um salário mínimo mensal ao idoso com 65 anos ou mais
que não exerça atividade remunerada e ao portador de deficiência incapacitado para o
trabalho e para uma vida independente; para obtenção do benefício é necessário também
que a renda familiar, dividida pelo número destes seja inferior a ¼ (um quarto) do salário
mínimo
- Aposentadoria por invalidez permanente.
- Isenção de imposto de renda.
- Quitação do financiamento de imóvel (CEF).
- Isenção de contribuição previdenciária (de acordo com o nível salarial).
- Retirada total do FGTS.
- Retirada total do PIS/PASEP.
- Isenção do ICMS (em caso deficiência física).
- Isenção do IPI (em caso deficiência física).
- Isenção de CPMF (de acordo com o nível salarial).
- Gratuidade nos transportes públicos (se de baixa renda).
- Cirurgia plástica reparadora de mama (se câncer de mama).
- Isenção de IPVA para veículos adaptados.
- Passe livre.
- Adicional de invalidez para militares inativos que estejam inválidos e que
necessitem de internação especializada e/ou assistência e cuidados permanentes de
enfermagem.
- Prioridade em processos judiciais, mesmo que o doente não tenha 65 anos de idade.
11 - GRUPO DE AUTO-AJUDA
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“Vencer o câncer é mais do que vencer uma doença; é assumir a coragem de encarar
a vida como ela é, com suas mazelas, conflitos e plenitude; mais do que vencer a doença, é
preciso vencer a si mesmo e essa é uma das sensações mais gratificantes.”
12 - O PSIQUISMO E O CÂNCER
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Sabemos que as rotinas e as condutas hospitalares, embora existam para restabelecer
e curar o paciente, na maioria das vezes são percebidas como ameaçadoras, invasivas e
agressivas. É quando então a impotência, vulnerabilidade e fragilidade são experimentadas
com grande intensidade. É função da equipe esclarecer, ao máximo, todas as suas dúvidas,
para que então você possa participar integralmente de seu tratamento, compreendendo-o,
aceitando-o, sendo agente de mudança de si mesmo.
A depressão e o desânimo não devem dominá-lo. Caso você sinta que está por demais
deprimido, converse conosco, pois a depressão pode ter causas orgânicas ou
medicamentosas. Além disso, seu médico poderá avaliar a necessidade de utilizar algum
remédio nesta situação.
Procurar amigos e pessoas que já passaram por esta vivência é confortador. Não se
isole em sua dor, busque compartilhar com amigos e familiares seus temores e
preocupações. No Grupo Companheiro, realizado no HFAG conforme citado
anteriormente, esta troca de experiências, com a coordenação de toda a equipe
multidisciplinar, trará grandes benefícios ao seu tratamento, através não só de orientações
por parte dos profissionais envolvidos, mas também através dos relatos de quem já
ultrapassou esta fase naturalmente conturbada.
O importante é que você NUNCA DEIXE DE LUTAR PELA VIDA. Neste sentido,
todos estaremos a seu lado, no que for preciso, sempre.
13 - TERAPIA OCUPACIONAL
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14 – A ESPIRITUALIDADE E O CÂNCER
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15 – MENSAGEM DA EQUIPE
Após a leitura deste manual, você pode concluir como é importante a sua
compreensão sobre os aspectos relacionados ao seu tratamento.
É fundamental que você participe ativamente, buscando apoio e orientações com os
profissionais que cuidam de você.
Procure manter as atividades que você tinha antes como estudar e trabalhar. Se
necessitar afastar-se do trabalho procure uma atividade que lhe dê prazer, mesmo que seja
em casa.
Passeie, namore, cuide das amizades; não se afaste das pessoas.
Viaje e pratique esportes se tiver autorização médica.
Levante-se, tome um banho, troque de roupa. Mantenha boa aparência. Cuide de você
para você mesmo. Ame-se. Você é muito importante!
Preserve a sua fé, sua confiança nos valores superiores da vida. Não importa qual a
corrente religiosa que você segue. Afetividade, alegria, esperança alimentam não só sua
alma como também geram efeitos físicos positivos em seu sistema imunológico.
Seu bem-estar irá contribuir muito no seu tratamento.
Coloque sua família em contato com a equipe que o assiste. As incompreensões
muitas vezes são causadas pela falta de informações.
Participe de nossas reuniões. Aproveite e faça novos amigos.
Lembre-se: todos estão interessados na sua recuperação.
Trabalhando juntos, o resultado é maior e melhor.
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Este trabalho foi elaborado por membros da equipe multidisciplinar do Centro
de Oncologia, Hematologia e Quimioterapia do Hospital de Força Aérea do
Galeão (HFAG):
Coordenação:
Maj. Elisabeth Moreira Lima
Digitação:
S1 Adriano de Paiva Barbosa
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Garret Porter
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ANOTAÇÕES:
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