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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 42
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À ONCOLOGIA
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Fonte: Inca.gov.br
Tabagismo e obesidade são fatores de risco para alguns tipos de câncer, além
de doenças cardiovasculares e respiratórias. Vários fatores de risco podem estar
relacionados com a origem de uma mesma doença. Estudos mostram, por exemplo,
associação entre álcool, tabaco e câncer de cavidade oral. (INCA,2022).
Em doenças crônicas, como o câncer, as primeiras manifestações podem
aparecer após muitos anos de uma exposição (por exemplo, radiação ionizante) ou
contínua (no caso de radiação solar ou tabagismo) a fatores de risco. A exposição
prolongada ao sol sem proteção adequada na infância pode ser uma das causas do
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câncer de pele em adultos. Os fatores de risco podem ser encontrados no meio físico,
herdados, ou como resultado de hábitos ou costumes característicos de um
determinado meio sociocultural. (INCA,2022).
Algumas medidas de precaução são muito eficazes para a redução dos casos
de câncer e a minimização de sua incidência com o incentivo a:
• Em busca de vida saudável – melhorando a qualidade dos alimentos e
combate o sedentarismo;
• Moderação/restrição ao uso de álcool e tabaco;
• diminuição da exposição ao sol e à proteção contra raios ultravioleta
(Raios UV);
• diminuição da exposição a poluentes atmosféricos e inaláveis;
• reduzir a exposição ocupacional a agentes cancerígenos, entre outro.
Existem evidências científicas de que a atividade física protege contra o
aparecimento do câncer, atenua sintomas e eventos adversos relacionados e
aumenta a sobrevida de seus sobreviventes. Segundo o Inca (BRASIL, 2021a), de
80% a 90% dos cânceres estão relacionados a fatores exógenos.
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3 FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER
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Essas células “são capazes de se renovar indefinidamente e originar células
que se dividem rapidamente e com trânsito amplificado”.
Fonte: tuasaude.com
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Fonte: inca.gov.br
Fonte: inca.gov.br
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O crescimento celular pode ser controlado ou não controlado. No crescimento
controlado, temos:
• Hiperplasia: tem-se o aumento da contagem de células, que é localizado
e autolimitado. Essas células são normais na sua forma e função.
• Displasia: A displasia caracteriza-se pela mudança do fenótipo celular.
Nesse tipo de alteração, ocorre mudança de forma e função.
• Metaplasia: é uma alteração reversível em que um tipo celular epitelial
ou mesenquimal é substituído por outro tipo celular de mesma linhagem.
É um processo proliferativo de reparo. Nesse tipo de alteração, existe
um crescimento da contagem de células, mas ele é localizado e
autolimitado. Esse crescimento é causado por um estímulo fisiológico ou
patológico, que, quando cessado, tem efeito reversível. As células
podem ser normais ou podem apresentar pequenas alterações (INCA,
2012).
Os genes são arquivos que se agrupam e fornecem instruções para organizar
a estrutura, a forma e o funcionamento das células do corpo. A informação genética é
armazenada em genes, a "memória química" do ácido desoxirribonucleico (DNA). É
através do DNA que os cromossomos transmitem informações para o crescimento
celular. (INCA, ano 2021).
A carcinogênese, ou carcinogênese, é gradual, levando vários anos para que
uma célula cancerosa se prolifere e produza um tumor visível. Os efeitos cumulativos
de carcinógenos diferenciados ou carcinógenos são responsáveis pela iniciação,
promoção, progressão e supressão de tumores. (INCA, 2021).
Estágio de iniciação:
Os genes são afetados por carcinógenos, causando alterações em alguns de
seus genes. As células se encontram geneticamente alteradas, nessa fase, porém
ainda não é possível a detecção de um tumor clinicamente. Elas encontram-se em
prontidão, ou seja, "iniciadas" para a ação de um segundo grupo de agentes que
atuará no próximo estágio. (INCA, 2021)
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Fonte: inca.gov.br
Fonte: inca.gov.br
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Estágio de progressão: Caracterizado pela multiplicação descontrolada e
irreversível de células alteradas. O câncer é observado nesta fase, já está definido, se
desenvolve até o aparecimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os
fatores que promovem a iniciação ou progressão de carcinógenos são chamados de
promotores ou carcinógenos. O tabaco é um cancerígeno completo porque possui
ingredientes ativos em todos os três estágios da carcinogênese. (INCA, 2021)
Fonte: inca.gov.br
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Fonte: bvsms.saude.gov.br
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Fonte: plataforma.grupoa.education
5 TRATAMENTO DO CÂNCER
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Fonte: inca.gov.br
Fonte: inca.gov.br
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Fonte: inca.gov.br
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➢ Iodoterapia é um tipo de RT interna que utiliza iodo radioativo (I-131) em
casos de carcinoma diferenciado da tireoide ou hipertireoidismo por doença de Graves
ou doença de Plummer.(RODRIGUES,2016).
• Transplante de medula óssea: Tratamento proposto para alguns tipos
de doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os
linfomas, consiste na substituição de uma medula óssea doente ou
deficitária por células normais de medula óssea, tem como objetivo a
reconstituição de uma medula saudável. Esse transplante pode ser
autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. Já o transplante
alogênico a medula vem de um doador.
Fonte: inca.gov.br
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deve ser prescrito com a possibilidade de utilizar medicamentos modernos, sempre
focados na medicina personalizada, ou seja, direcionados ao próprio paciente, mesmo
que a chance de cura é pequena. (INSTITUTO ONCOGUIA, 2017).
➢ Remissão da Doença. Se a cura não for possível, o oncologista atribuirá um
segundo objetivo ao paciente, que visa a remissão satisfatória da doença, visto que o
paciente se sinta bem consigo, por maior tempo possível, longe dos efeitos de
doenças e de hospitalizações. (INSTITUTO ONCOGUIA, 2017).
➢ Cuidados Paliativos. Quando as chances de remissão são remotas, o
objetivo passa a ser o controle da doença e seus sintomas, os cuidados paliativos
incluem uma abordagem que visa melhorar o bem estar dos pacientes e seus
respectivos familiares, no enfrentamento de doenças potencialmente fatais, por meio
da prevenção e redução do sofrimento, tratando de sintomas de ordem física,
psicossociais e espirituais. (INSTITUTO ONCOGUIA, 2017).
Fonte: oncoguia.org.br
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5.1 Estadiamento
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O cuidado de enfermagem ao paciente com câncer inclui, além dos
conhecimentos científicos, a capacidade de compreender o impacto dessa doença
nos sentimentos, valores e crenças dos pacientes. Estratégias terapêuticas com
intervenções nos aspectos físicos, emocionais e espirituais promovem a melhora de
condições de saúde do paciente com câncer e de sua qualidade de vida. Além disso,
o paciente sem possibilidade de cura, em situação de terminalidade, tem como base
do seu cuidado a maximização do conforto e a preservação da dignidade.
(ROCHA,2019).
Os enfermeiros são profissionais que têm uma relação muito próxima e direta
com os pacientes. A avaliação da enfermagem é uma excelente estratégia para ir além
das questões biológicas, realizando o levantamento das necessidades de saúde do
paciente que podem ser atendidas com intervenções de enfermagem. Nesse sentido,
a entrevista e o exame físico são instrumentos utilizados na avaliação de enfermagem.
(ROCHA,2019).
A equipe assistencial da enfermagem que atuam em unidades especializadas
devem possuir conhecimento técnico científico e ser capacitados para lidar com a
perda, a dor, o sofrimento e todo estresse que o trabalho exige (HERCOS et al., 2014).
Fonte: img.pebmed.com.br
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7 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS QUIMIOTERÁPICOS
Fonte: oncoguia.org.br
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Fonte: zoladexhcp.com
➢ Hipodermóclise
Realizada através da via subcutânea para a infusão de medicamentos. Essa
via apresenta a mesma eficácia da via endovenosa e tem como vantagem o fato de
ser menos dolorosa e com raros eventos adversos. (ROCHA,2019).
➢ Via Intratecal
É pouco comum, sendo aplicada no líquor (líquido da espinha), é utilizada para
a aplicação de agentes quimioterápicos pelo médico em uma sala específica ou centro
cirúrgico. (INCA,2021).
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➢ Via Tópica
O medicamento poderá ser em forma líquida ou pomada, é aplicado na pele.
(INCA,2021).
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Fonte: pebmed.com.br
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todas as idades, incluindo crianças, devido ao conforto que promove ao se evitar
seguidas punções de acesso.
Fonte:baraovascular.com.br
Fonte:baraovascular.com.br
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Fonte: cloudfront.net
Fonte: cloudfront.net
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Na via intravesical os medicamentos quimioterápicos são administrados
diretamente na bexiga, através de um cateter. Esses medicamentos destroem as
células cancerígenas em crescimento. ( INSTITUTO ONCOGUIA,2015).
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Existem réguas e calculadoras para esse fim. No entanto, a SC também pode
ser obtida por meio de fórmulas desenvolvidas pelos autores citados a seguir:
• Mosteller: SC (m2) = altura (cm) × peso (kg)/3.600;
• Du Bois e Du Bois: SC (m2) = peso (kg) 0,425 × altura (cm) 0,725 ×
0,007184;
• Haycock et al.: SC (m2) = peso (kg) 0,5378 × altura (cm) 0,3964 ×
0,024265;
• Gehan e George: SC (m2) = peso (kg) 0,51456 × altura (cm) 0,42246 ×
0,02350;
• Boyd: SC (m2) = peso (kg) 0,4838 × altura (cm) 0,3 × 0,017827.
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Classe: Alquilantes (englobam as mostardas nitrogenadas, as etileniminas, as
nitrosureias e os metais pesados).
Exemplos de medicamentos: Mecloretamina, melfalano, clorambucil, ifosfamida
e ciclofosfamida, tiotepa, carmustina, lomustina, estreptozocina, cisplatina,
carboplatina, oxaliplatina.
Mecanismo de ação: São compostos capazes de substituir, em outra molécula, um
átomo de hidrogênio por um radical alquila. Se ligam ao DNA para impedir a
separação dos dois filamentos do DNA na dupla hélice espiralar, fenômeno
indispensável para a replicação. Causam alterações nas cadeias de DNA,
impedindo a sua replicação. Os alquilantes afetam as células por todo período do
ciclo celular.
Classe: Inibidores mitóticos (englobam os alcaloides da vinca e os taxanos)
Exemplos de medicamentos: Vincristina, vimblastina, vinorelbina, vindesina,
docetaxel e paclitaxel.
Mecanismo de ação: Podem paralisar a mitose na metáfase, decorrência da ação
sobre a proteína tubulina, formadora dos microtúbulos, que migram os
cromossomos. Desse modo, os cromossomos, durante a metáfase, ficam impedidos
de migrar, ocorrendo a interrupção da divisão celular. São do tipo ciclo-específicos
Classe: Antibióticos antitumorais
Exemplos de medicamentos: Doxorrubicina, daunorrubicina, epirrubicina,
idarrubicina, mitomicina, mitoxantrona, bleomicina, dactinomicina.
Mecanismo de ação: Atuam interferindo na síntese de ácidos nucleicos, impedindo
a duplicação e a separação das cadeias de DNA e RNA. São do tipo ciclo-
inespecíficos.
Classe: Miscelânea
Exemplos de medicamentos: Hidroxiureia, procarbazina, L-asparaginase
Mecanismo de ação: Medicamentos de composição química e ação pouco
conhecidas.
Classe: Topoisomerase-interativos (englobam os derivados da camptotecina e os
derivados da epipodofilotoxina).
Exemplos de medicamentos: Irinotecano e topotecano, etoposido e teniposido.
Mecanismo de ação: Interagem com a enzima topoisomerase I e II, interferindo na
síntese do DNA. São ciclo-específicos.
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Fonte: Oncologia Multiprofissional: Bases para Assistência.2016
9 BIOSSEGURANÇA E EXPOSIÇÃO
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O kit de derramamento deve conter, no mínimo, luvas de procedimentos,
avental descartável impermeável, compressa absorvente, proteção respiratória,
proteção ocular, sabão neutro, descrição do procedimento e formulário para registro
do acidente, recipiente identificado para recolhimento dos resíduos conforme as
orientações da RDC n. 306, de 7 de dezembro de 2004, suas atualizações ou outro
instrumento legal que venha a substituí-la. (RODRIGUES,2016).
O tratamento quimioterápico antineoplásico é um tratamento que envolve
riscos, tanto para o doente como para a equipe multiprofissional. Conhecer a
classificação dos quimioterápicos, sua ação, os parâmetros para segurança do
paciente, com o cálculo de superfície corpórea e a avaliação do paciente pré-terapia,
bem como as normas de segurança ocupacional, tornam-se fatores imprescindíveis
para o sucesso do tratamento com redução de eventos adversos.
As novas modalidades de terapias impõem, ao profissional, atualização constante, já
que novos efeitos colaterais surgirão e os riscos envolvidos com a saúde ocupacional
ainda não estão bem descritos. (RODRIGUES,2016).
Fonte: igesdf.org.br
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Vias de Exposição Básicas:
Ocorre por via de respingos durante o manuseio ou na hora da
eliminação de excreção (sangue, urina e fezes).
9.1 Extravasamento
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Seu mecanismo pode ser descrito como liberação de um fármaco do lúmen
vascular para os tecidos adjacentes, onde é classificado como vesicantes e irritantes.
O quimioterápico vesicante tem a capacidade de criar lesões mais graves como
necrose tecidual, ao mesmo tempo que o irritante desencadeia um processo
inflamatório. (PAYNE, BUTER 2018).
Para reduzir o risco de extravasamento, é essencial que a equipe de saúde
gerencie bem o acesso intravenoso, sendo necessário realizar aspiração com uma
seringa para testar o refluxo e verificar se há presença de trombo ou fibrina na
extremidade do cateter, que obstrui o lúmen e impede o fluxo da droga fazendo com
que ela retorne e extravase. Deverá certificar-se que não houve migração do cateter,
e que sua integridade, esteja preservada. Além disso, para punção de um cateter
venoso central totalmente implantado, certifique-se de que a agulha esteja na posição
correta e preste atenção a qualquer desconforto que o paciente possa relatar.
(PAYNE, BUTER 2018).
Abaixo observaremos uma paciente que apresentou extravasamento após a
infusão de antineoplásico em Cateter venoso central (CVC).
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Fonte: Brasil, 2016.
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Quando destinados de forma incorreta, trazem um grande risco à sociedade,
visto que, ao entrar em contato com o solo ou com a água, podem provocar sérias
contaminações no ambiente e causar danos à saúde pública. Você, profissional de
saúde, precisa saber da importância da segregação e do descarte correto.
(INCA,2019).
Fonte: researchgate.net
Fonte: plataforma.grupoa.education
10 CUIDADOS PALIATIVOS
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por uma equipe multidisciplinar, que objetiva o bem estar do paciente e de seus
familiares, diante de uma doença que ameace a vida, através da prevenção, da
identificação precoce, alívio do sofrimento, avaliação impecável, demais sintomas
físicos, sociais, psicológicos e espirituais” (WHO, 2002).
Tem como objetivos:
✓ Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis;
✓ Afirmar a vida e considerar a morte um processo normal;
✓ Não acelerar nem adiar a morte;
✓ Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente;
✓ Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão
ativamente quanto possível até o momento da sua morte;
✓ Oferecer um sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença
do paciente e o luto;
✓ Oferecer uma abordagem multiprofissional para focar nas necessidades dos
pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto;
✓ Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente no curso da doença;
✓ Iniciar o mais precocemente possível o cuidado paliativo, juntamente às outras
medidas de prolongamento da vida, como quimioterapia e radioterapia, e
incluir todas as investigações necessárias para compreender e controlar
melhor situações clínicas estressantes. (INCA,2021).
Quando o tratamento é incapaz de combater o câncer e não há mais
possibilidade de cura, inicia-se o cuidado paliativo com o paciente. Esse tipo de
cuidado tem uma proposta multiprofissional e o objetivo de controlar sintomas que
causam sofrimento físico, psíquico ou espiritual e apresentam um impacto negativo
na qualidade de vida dos pacientes. O cuidado paliativo sugere a realização de
cuidados de forma holística e que atenda às necessidades do paciente nas várias
dimensões: física, psíquica, social ou espiritual (SILVA; SANTOS, 2018).
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Fonte: medicinasa.com.br
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Os serviços de cuidados paliativos podem ser providos em diferentes modelos:
hospitais exclusivos (tradução em português para o termo hospice), enfermarias em
hospitais gerais, equipe interconsultora, ambulatório, assistência domiciliar,
hospedarias e hospital-dia. A existência de equipes de referência e de equipes de
apoio ou suporte é fundamental, bem como a necessidade de formação de todos os
profissionais de saúde para prestar medidas paliativas básicas, denominadas ações
paliativas. (RODRIGUES,2018).
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Psicólogo: Profissional que oferece suporte psicológico, e que ajuda muito na
recuperação de um paciente oncológico. Reações como tristeza e angústia são
observados não só com o paciente, mas também com seus familiares e ambos
necessitam de apoio desse profissional.
11 CÂNCER INFANTOJUVENIL
Fonte: accamargo.org.br
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BIBLIOGRAFIA
BRAY, F. et al. Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and
mortality 2018.
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INCA. Câncer de mama: é preciso falar disso. 2016.
PAYNE, Aimee. BUTER, Extravasation Injury from Chemotherapy and Other Non-
antineoplastic Vesicants. 2018
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