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ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2
2.ENQUADRAMENTO TEÓRICO ........................................................................................ 3
3.AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO DOENTE ONCOLÓGICO ................................................. 5
4.SUPORTE NUTRICIONAL DO DOENTE ONCOLÓGICO .................................................... 6
4.1 NUTRIÇÃO ARTIFICIAL ............................................................................................ 7
4.1.1 NUTRIÇÃO ENTÉRICA ....................................................................................... 7
4.1.2 NUTRIÇÃO PARENTÉRICA .............................................................................. 10
5. O PAPEL DO NUTRICIONISTA EM DOENTES ONCOLOGICOS ...................................... 11
6.ANÁLISE CRITICA .......................................................................................................... 12
7.CONCLUSÃO................................................................................................................. 14
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................... 15
1.INTRODUÇÃO
O suporte nutricional pode ser feito por três vias, ou seja, a via oral, entérica ou
parentérica. Cada método tem indicações precisas e adequadas. A via oral sempre que
o aparelho digestivo se apresente funcional é a ideal, e deve ser sempre considerada.
Quando esta via é insuficiente deve recorrer-se à nutrição artificial. Com o aparelho
digestivo funcional a via entérica é mais vantajosa, relativamente à via parentérica,
devendo esta ser limitada a situações nas quais a via entérica é impossível ou não
suprime as necessidades energéticas. (Felix, 2005)
2.ENQUADRAMENTO TEÓRICO
A doença oncológica é comumente designada por cancro, uma doença complexa, que
se caracteriza pelo crescimento anormal e descontrolado de células normais, sendo uma
das principais causas de mortalidade e morbilidade no mundo, o crescimento tumoral
provoca alterações metabólicas e a nível da ingestão de alimentos (Rosa, 2017). O
prognostico da doença depende intrinsecamente da fase em que é diagnosticada, e é
esta que vai indicar o plano de tratamento e a guia de atuação.
O cancro, pode ser classificado segundo o órgão que afeta, o tipo de tecido e devido à
rápida multiplicação das células anormais, forma-se o tumor que poderá ser classificado
como benigno ou maligno. Sendo que um tumor benigno é quando este se localiza num
único local do organismo, e maligno quando este se expande ou tem a capacidade de
invadir outros espaços, pela metastização das células.
O risco de cancro aumenta com a idade e com alguns hábitos, como o tabagismo,
obesidade ou consumo de álcool, e com a qualidade do ambiente. Algumas infeções por
vírus e bactérias podem desencadear a formação de tumores nos órgãos afetados assim
como alguns fatores químicos, como a exposição ao amianto, à sílica ou ao benzeno, e
fatores físicos como a exposição a radiação UV e substâncias radioativas. (Rosa, 2017)
Segundo o World Cancer Report 2014, existem mais mortes causadas pelo cancro em
homens do que em mulheres, tendo que o cancro no pulmão é o tipo de neoplasia com
maior incidência e mortalidade no sexo masculino, enquanto que no sexo feminino é o
cancro da mama o que causa mais mortalidade e maior incidência.
O cancro está diretamente relacionado com a faixa etária sendo que a taxa de incidência
é menor dos 0-14 anos, e vai aumentando à medida que entramos em faixas etárias mais
altas – população mais idosa, sendo a maior incidência nos 60-64 anos de idade. Até aos
50-54 anos o cancro afeta na maioria o sexo feminino, no entanto a partir destas idades
passam a ser os homens os mais afetados, deve-se principalmente ao facto dos cancros
ginecológicos se desenvolverem em idades inferiores a 50. (Rosa, 2017)
A avaliação nutricional (AN) do doente oncológico deve realizar-se assim que o tumor
seja diagnosticado para detetar precocemente a desnutrição/malnutrição.
Deve ser realizado após a avaliação do estado nutricional e deve ser individualizado de
acordo com as necessidades nutricionais do doente, dependentes da idade e sexo, do
estado nutricional, do tipo de cancro e da terapia antineoplásica prescrita. (Felix, 2005)
A decisão de aplicar o suporte nutricional em doentes com cancro deve ter ainda em
conta a capacidade de mastigação e deglutição, problemas de mal-absorção, motilidade
e presença de situações clínicas específicas. (Arranhado, 2012)
ser iniciado em qualquer estádio da doença, e pode ter função preventiva ou corretiva
do estado nutricional do indivíduo com cancro.
A nutrição artificial deve ser usada quando não é possível um aporte de nutrientes
suficiente com a suplementação da nutrição oral, ou quando se espera um agravamento
da situação nutricional. Esta inclui a nutrição entérica (NE) e a nutrição parentérica (NP)
que são métodos seguros e efetivos para fornecer nutrientes aos doentes oncológicos
incapazes de uma adequada alimentação oral. Com a nutrição artificial é possível limitar
a deterioração nutricional nos doentes oncológicos e melhorar alguns índices
nutricionais e metabólicos, dependendo da duração do suporte nutricional, da
agressividade biológica do tumor, e da eficácia da terapia antineoplásica concomitante.
(Felix, 2005)
A NE pode ser administrada pela via nasal (nasogástrica, nasojejunal), pela via oral
(orogástrica, orojejunal) percutaneamente (gastrostomia ou jejunostomia) ou através
de técnicas cirúrgicas. As vias de acesso entérico podem ser referentes ao estômago,
duodeno ou jejuno, consoante o estado clínico do doente e as alterações orgânicas e
funcionais que se pretenda corrigir. (Sofia & Pascoal, 2012)
Alimentos à base de leite ou bebida de soja são muitas vezes a preferência dos doentes,
sobretudo quando o consumo de nutrientes é baixo, uma vez que estas fórmulas são
completas a nível nutricional. As dietas elementares são constituídas por nutrientes na
sua forma mais simples de modo a facilitar a sua absorção, sendo normalmente
utilizadas em doentes com capacidade digestiva alterada. Para que as fórmulas sejam
adequadas à administração devem ter uma baixa osmolaridade e passar pela sonda,
devendo ter uma consistência adequada.
quando a sonda está ligada ao duodeno ou jejuno, pois pode ocorrer distensão
abdominal. Antes de iniciar a alimentação do doente por via entérica, quer por bólus
quer por administração contínua, é necessário determinar as suas necessidades
nutricionais e hídricas diárias.
náuseas e vómitos, a nutrição entérica não é bem tolerada e pode agravar o estado
nutricional do doente, devendo transitar-se para a via parentérica. (Rosa, 2017)
6.ANÁLISE CRITICA
mais eficaz. Uma consulta de nutrição, na fase inicial, é essencial quer seja para manter
a nutrição oral, garantindo que esta ocorre de forma correta e com o aporte adequado
dos nutrientes, para propor suplementos orais, para monitorizar a evolução do estado
nutricional dos doentes e/ou para alertar para a necessidade de nutrição entérica ou
parentérica.
7.CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Arends, J., Baracos, V., Bertz, H., Bozzetti, F., Calder, P. C., Deutz, N. E. P., Erickson, N.,
Laviano, A., Lisanti, M. P., Lobo, D. N., McMillan, D. C., Muscaritoli, M., Ockenga,
J., Pirlich, M., Strasser, F., de van der Schueren, M., Van Gossum, A., Vaupel, P., &
Weimann, A. (2017). ESPEN expert group recommendations for action against
cancer-related malnutrition. Clinical Nutrition, 36(5), 1187–1196.
https://doi.org/10.1016/j.clnu.2017.06.017
Caro, M., Laviano, A., & Pichard, C. (2007). Intervenção nutricional e qualidade de vida
em pacientes oncológicos adultos.
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https://doi.org/10.1038/s41415-022-5107-8
Corriveau, J., Alavifard, D., & Gillis, C. (2022). Desmistificando a desnutrição para
melhorar a triagem e avaliação nutricional em oncologia.
Sullivan, E. S., Rice, N., Kingston, E., Kelly, A., Reynolds, J. V., Feighan, J., Power, D. G., &
Ryan, A. M. (2021). A national survey of oncology survivors examining nutrition
attitudes, problems and behaviours, and access to dietetic care throughout the
cancer journey. Clinical Nutrition ESPEN, 41, 331–339.
https://doi.org/10.1016/j.clnesp.2020.10.023