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FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA
PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA
PROJETO DE PESQUISA
FORTALEZA
2017
1. RESUMO
Inicialmente, o câncer era considerado como uma doença dos países desenvolvidos. Há
algumas décadas essa situação inverteu-se e, atualmente, a maior parte da incidência global do
câncer é observada em países em desenvolvimento. A Organização Mundial da Saúde estimou
que, no ano 2030, haverá 27 milhões de casos incidentes de câncer. O maior efeito desse
aumento vai incidir em países de baixa e média renda, como o Brasil, onde o câncer tem
conquistado espaço crescente nas agendas políticas de todas as esferas de governo. Ademais,
os quimioterápicos atualmente empregados na prática oncológica são pouco específicos e
propensos à toxicidade sistêmica e ao desenvolvimento de resistência tumoral. A pesquisa de
novos agentes anticâncer é necessária ao enfrentamento dessa doença. Nesse ínterim, o
Laboratório de Oncologia Experimental da Universidade Federal do Ceará demonstrou que o
aza-pterocarpano LQB 149 e a aza-pterocarpanoquinona LQB 223 apresentaram atividade
citotóxica significativa contra as linhagens tumorais humanas HL-60 (leucemia promielocítica
aguda), K562 (leucemia mielogênica crônica), HCT-8 (adenocarcinoma colorretal ileocecal),
SF-295 (glioblastoma) e MDA-MB435 (melanoma). Tais moléculas são análogos sintéticos
dos pterocarpanos, produtos naturais derivados de isoflavonóides, encontrados em plantas da
família Fabaceae (leguminosas). Portanto, este projeto visa caracterizar a atividade
antitumoral desses compostos em modelos tumorais derivados de neoplasias diversas, cujos
indicadores epidemiológicos têm se mostrado preocupantes. Experimentos de avaliação de
citotoxicidade, sinalização e padrão de morte celular serão realizados para confirmar o
potencial das LQBs 149 e 223 como protótipos de novos quimioterápicos.
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2. INTRODUÇÃO
O câncer é uma doença complexa, cuja etiologia envolve uma gama de desordens
endógenas e exógenas. Fatores ambientais, biológicos e predisposições genéticas associadas a
desequilíbrios hormonais podem comprometer o comportamento celular e favorecer o
surgimento de neoplasias (COTRAN et al., 2005; JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2000; SILVA,
2007). Os tumores dividem-se em benignos e malignos. Tal diferenciação está relacionada a
fatores como taxa de crescimento celular (desequilíbrio entre a proliferação e apoptose), nível
de diferenciação, desenvolvimento de metástases e invasividade. Os tumores benignos
crescem como massas expansivas e coesas, mas que se restringem a seu sítio de origem. Já as
células malignas possuem capacidade de infiltração, invasão ou metastatização para locais
distantes daquele onde surgiram (COTRAN et al., 2005).
HANAHAN e WEINBERG (2011) sumarizaram as seis principais características
adquiridas durante o desenvolvimento de tumores malignos humanos. São elas: a manutenção
da sinalização proliferativa, a evasão dos supressores de crescimento, a resistência à morte
celular programada (apoptose), o potencial replicativo ilimitado, a indução de angiogênese e a
ativação da invasão tecidual e metástase. A instabilidade genômica das células tumorais dá
suporte a essas características, pois gera a diversidade genética necessária à transformação
celular. A inflamação gerada pelo tumor também contribui para a progressão do câncer.
Estudos das últimas décadas têm adicionado duas características ao rol dos tumores: a
reprogramação do metabolismo energético e a evasão do sistema imune. Além disso, a
complexidade do microambiente tumoral é imensa e não deve ser ignorada, pois garante a
manutenção do meio adequado para a implantação, manutenção e desenvolvimento das
células tumorais (HANAHAN & WEINBERG, 2011).
A perda do controle da proliferação celular resulta de mutações em genes reguladores
do ciclo celular, o que torna o câncer uma doença genética (FOREST, 2008). Devido à maior
capacidade de proliferação, as células tumorais sofrem uma expansão clonal, transmitindo
suas alterações genéticas às células que delas se originam (KING, 2000). Os genes envolvidos
no controle do ciclo celular são os proto-oncogenes e os genes supressores de tumor. Os genes
supressores de tumor atuam diminuindo a proliferação celular, e os proto-oncogenes estão
envolvidos na regulação positiva da proliferação celular. Quando alterados ou amplificados
no genoma, passam a ser denominados oncogenes (MENDELSOHN et al., 1995).
3
2.2. Epidemiologia do Câncer
Conhecido há muitos séculos, o câncer foi amplamente considerado como uma doença
dos países desenvolvidos e com grandes recursos financeiros. Há algumas décadas, a situação
vem mudando, e a maior parte da incidência global do câncer pode ser observada em países
em desenvolvimento, principalmente aqueles com poucos e médios recursos (INCA, 2016).
O problema do câncer no Brasil ganha relevância pelo perfil epidemiológico que essa
doença vem apresentando, e, com isso, o mesmo tem conquistado espaço nas agendas
políticas e técnicas de todas as esferas de governo. O conhecimento sobre a situação dessa
doença permite estabelecer prioridades e alocar recursos de forma direcionada para a
modificação positiva desse cenário na população brasileira (INCA, 2016).
Com essa maior dimensão, o câncer se tornou um evidente problema de saúde mundial.
A Organização Mundial da Saúde (2016) estimou que, no ano 2030, podem-se esperar 27
milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de
pessoas vivas, anualmente, com câncer. O maior efeito desse aumento vai incidir em países de
baixa e média rendas (INCA, 2016).
No Brasil, as estimativas para o biênio 2016/2017 apontam a ocorrência de
aproximadamente 600.000 novos casos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma,
reforçando a magnitude do problema do câncer no país. Sem os casos de câncer da pele não
melanoma, estima-se um total de 420 mil novos casos. Os tipos mais incidentes serão os
cânceres de pele não melanoma, próstata, pulmão, cólon e reto, estômago e cavidade oral para
o sexo masculino; e os cânceres de pele não melanoma, mama, intestino, colo do útero,
pulmão e estômago para o sexo feminino (Figura 1). São esperados um total de 214.350 casos
novos para o sexo masculino e 300.870 para o sexo feminino (INCA, 2016).
4
Figura 1. Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016 por
sexo, exceto pele não melanoma.
5
2.4. Produtos Naturais: o Grupo dos Pterocarpanos
Os produtos naturais têm sido uma excelente fonte de agentes farmacêuticos e ainda são
úteis à descoberta de novas drogas, como indicado pelo número relativamente grande de
substâncias de origem natural em testes clínicos (CRAGG et al., 2014). O desenvolvimento
de fármacos derivados do paclitaxel, alcaloides da vinca, etoposídeo, camptotecina e muitos
compostos antimicrobianos têm demonstrado a importância dos programas de descoberta de
drogas baseados em produtos naturais (NEWMAN e CRAGG, 2012). De um total de 155
agentes anticâncer aprovados para uso na medicina ocidental e Japão desde os anos de 1940,
47% foram classificados como produtos naturais em si, 14% como derivados sintéticos de
produtos naturais e 5% como outros derivados de produtos naturais (NEWMAN e CRAGG,
2013).
Os pterocarpanos são produtos naturais comumente encontrados em plantas da família
Fabaceae. Esses compostos são metabólitos secundários derivados de isoflavona (MILITÃO
et al., 2006), dotados de um sistema tetracíclico benzofurano-benzopirano com centros quirais
nas posições 6a e 11a (GOEL et al., 2012; JIMÉNEZ-GONZÁLEZ et al., 2008). Suas
atividades biológicas incluem a antiofídica (NAKAGAWA et al., 1982), anti-HIV (ENGLER
et al., 1993), anti-Trypanosoma spp. e anti-Leishmania spp. (SALEM et al., 2006),
antifúngica, antimicrobiana (JIMÉNEZ-GONZÁLEZ et al., 2008), antioxidante e anti-
inflamatória (LEE et al., 2006; ROSA et al, 2005; TESAURO et al. 2010), que justificam o
uso de plantas produtoras de pterocarpanos na medicina popular. Sua estrutura geral está
representada na Figura 2.
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Figura 4. A síntese das primeiras naftoquinonas/ pterocarpanoquinonas a partir da combinação de
lapachona, lapachol e pterocarpano.
8
Tabela 1: Valores de CI50 em g.mL-1, determinado pelo ensaio de MTT, após
tratamento de células tumorais suspensas (HL-60, K562) e aderidas (HCT-8, SF-295, MDA-
MB435) por 72 h. NT: não testadas.
CI50 µg.ml-1
(Intervalo de Confiança)
LINHAGENS TUMORAIS
AMOSTRA HL-60 K562 HCT-8 SF-295 MDA-
MB435
Doxorrubicina 0,02 0,14 0,01 0,24 0,48
(controle (0,01 – 0,03) (0,09 - 0,23) (0,01 – 0,02) (0,17 – 0,36) (0,34 – 0,66)
positivo)
LQB 149 2,2 4,7 2,9 3,1 6,2
(349 g.mol-1) (1,9 – 2,6) (2,9 – 7,7) (1,7 – 4,8) (1,8 – 5,2) (4,4 – 8,6)
LQB 174 NT NT > 25 > 25 > 25
(222 g.mol-1)
LQB 205 > 25 NT > 25 > 25 > 25
(487 g.mol-1)
LQB 206 NT NT > 25 > 25 > 25
(242 g.mol-1)
LQB 216 1,2 2,7 3,5 5,9 3,8
(334 g.mol-1) (0,7 – 2,1) (1,6 - 4,4) (1,9 – 6,5) (3,8 – 9,3) (3,3 – 4,4)
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2.6. Justificativa
3. OBJETIVOS
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Água destilada
Câmara de Neubauer
Diluidores
Eppendorffs
Frascos plásticos para cultura de células
Gase
Materiais Lâminas
Pipetador
Pipetas automáticas: mono e multicanal
Pipetas descartáveis
Placas de 96 poços
Ponteiras de pipetas
Seringas
Seringas
Tubos falcon
RPMI- Cultilab
MTT- Sigma
Álcool 70%- VETEC
Soro fetal bovino- Cultilab
Streptomicina/ penicilina- Cultilab
Doxorrubicina - Zodiac
DMSO- VETEC
Soluções Solução salina (NaCl 0,85% + CaCl2 10 mM)- Labsynth
Triton X – 100 1% - Isofar
Ficol- Sigma
Fitohemaglutinina- Sigma
PBS
Azul de Tripan 10%- Sigma
Corante May Grünwald-Guiemsa- Bioclin/ Reagen
Corantes Alexa-Fluor (Molecular Probes)
Iodeto de Propideo
VectaShield
Phalloidin / Alexa Fluor® 488
Anticorpos Anti α-Tubulin / Alexa Fluor® 643
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4.3 Cultura de células
LINHAGEM CONCENTRAÇÃO DE
ORIGEM DA LINHAGEM PLAQUEAMENTO
CELULAR
(CÉLULAS/ml)
14
determinados a partir de regressão não-linear no programa GraphPad Prism versão 5.0
(Intuitive Software for Science, San Diego, CA).
15
cuja membrana plasmática (M.P.) esteja rompida e emitir alta fluorescência vermelha somente
quando excitado pelo laser de argônio (488nm) e estiver ligado ao DNA. As células cuja
membrana permanece íntegra emitem menor fluorescência (DARZYNKIEWICZ et al., 1992).
Procedimento experimental: Células da linhagem selecionada, na densidade adequada,
serão incubadas por 24 h com as LQB’S 149 E 223 nas concentrações de 0,23; 0,49; 0,99;
1,98 e 3,96μM. Uma alíquota de 100µL de suspensão de células tratadas e não tratadas será
incubada com 100 µL de uma solução de PI a 50µg/mL (diluído em tampão fosfato). Após 5
minutos, as amostras serão analisadas por citometria de fluxo (EasyCyte da Guava
Tecnologies). Serão obtidas informações integridade de membrana utilizando-se o filtro para
o espectro do vermelho.
Análise dos dados: Os dados serão analisados a partir da média e do erro padrão da
média de um número de experimentos. Para verificação da ocorrência de diferenças
significativas entre os diferentes grupos, os dados serão comparados por análise de variância
(ANOVA) seguida por Teste de Dunnet, com nível de significância de 5% (p<0,05) no
programa GraphPad Prism versão 5.0 (Intuitive Software for Science, San Diego, CA).
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Teste de Dunnet, com nível de significância de 5% (p<0,05) no programa GraphPad Prism
versão 5.0 (Intuitive Software for Science, San Diego, CA).
19
Princípio do método: O microscópio confocal de fluorescência por varredura a laser
utiliza fluorescência para a aquisição das imagens. A fluorescência é um tipo de
luminescência (emissão de luz) em que um corpo absorve luz e após um curto intervalo de
tempo reemite essa luz. Esse é o princípio da microscopia de fluorescência, na qual
compostos químicos chamados fluoróforos ou fluorocromos são usados para produzir a
fluorescência do material em estudo. A grande vantagem da microscopia confocal é a
possibilidade de se obter luz exclusivamente a partir de um único plano, onde um orifício,
chamado de “pinhole”, consegue separar apenas a luz proveniente do ponto focado,
impedindo assim que a luz refletida/emitida por outros pontos fora de foco chegue até o
detector. O microscópio de varredura a laser varre a amostra sequencialmente ponto a ponto e
linha a linha em diferentes planos focais da amostra, gerando imagens com alto contraste e
alta resolução nos eixos X, Y e Z. Todas essas informações são então processadas por um
computador e assim imagens tridimensionais podem ser geradas e manipuladas digitalmente.
Procedimento experimental: As células serão plaqueadas sobre lamínulas, em placas
de 6 poços na densidade de 7,0 x 105 células/mL. As LQB`s 149 e 223 serão incubadas junto
com as células durante 24 h, em concentração a ser determinada pelo método do MTT, em
estufa a 37°C com atmosfera de 5% de CO2 e 95 % de umidade. Após o período de incubação
o meio será retirado e as células lavadas com PBS, fixadas em paraformaldeído (4,7 % em
PBS) e em seguida permeabilizadas com Triton X-100 (0,25 % em PBS). Uma solução de
RNAse será utilizada, a fim de eliminar possíveis interferências de fragmentos de RNA e
ribossomos. Em seguida as células serão incubadas com anticorpos específicos para actina
(phalloidin / Alexa Fluor® 488) e tubulina (Anti α-Tubulin / Alexa Fluor® 643) conjugados a
corantes da Alexa-Fluor (Molecular Probes). O núcleo foi corado com DAPI ou IP (Iodeto de
Propideo) e após extensas lavagens com PBS foram montadas sobre lâminas utilizando
VectaShield e analisadas e analisadas em microscópio confocal LSM 710 (Carl Zeiss).
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submetidas ao tratamento com o composto; (2) separação das proteínas por peso molecular
em eletroforese desnaturante em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE ou Sodium Dodecyl
Sulphate – Polyacrylamide Gel Electrophoresis); (3) eletrotransferência das proteínas para
uma membrana capaz de ligá-las e (4) revelação das proteínas específicas por meio de sondas,
capazes de reconhecer especificamente o anticorpo primário. Essas sondas são anticorpos
conjugados à enzima peroxidase, denominadas de anticorpos secundários. A revelação é
realizada por um método de quimioluminescência, que se baseia na degradação do peróxido
de hidrogênio pela enzima peroxidase, na presença de luminol. A luminescência produzida é
captada em câmara escura e permite a identificação da região (banda) da membrana onde se
encontra a proteína de interesse (ligada ao anticorpo primário, por sua vez ligado ao
secundário). Quanto maior a quantidade de proteínas de interesse na banda, mais intensa é a
quimioluminescência produzida, resultando em uma marcação mais forte na membrana.
Os anticorpos primários utilizados no experimento serão escolhidos de acordo com os
padrões de morte, análise morfológica observados e literatura subjacente. Todos serão
adquiridos comercialmente. A marcação com o anticorpo anti-β-Actina (adquirida da Imuny –
Campinas, Brasil) será utilizada como controle de massa total de proteína presente nas
amostras analisadas (loading control). Os anticorpos secundários serão compatíveis com os
anticorpos primários utilizados e obtidos da Cell Signaling Technology (Danvers,
Masschusetts, EUA). Todos os anticorpos serão solubilizados em tampão TBS (50 mM Tris-
Cl, pH 7.5 e 150 mM NaCl) ou TBST (50 mM Tris-Cl, pH 7.5, 150 mM NaCl, 0,1% v/v
Tween 20), com BSA ou leite desnatado 5% (m/v), em diluição 1:1000 – 1:5000.
Os tratamentos serão realizados em placas de 6 poços com 5 mL de meio e densidade
celular adequada para a linhagem escolhida. Cada extrato proteico será obtido de um pool de
células tripsinizadas e lavadas em PBS, provenientes de 3 poços. De cada pool será aplicado
50 μg de proteína total em cada canaleta do gel de eletroforese.
A quantificação de proteínas totais extraídas das células será realizada por meio de
método colorimétrico com o kit DC Protein Assay (BioRad Laboratories). Para isso, uma
curva padrão de BSA (0,2-2 mg/mL; Sigma) diluída em tampão RIPA completo será utilizada
para a calibração do método. O tampão RIPA completo será utilizado para marcar o branco
experimental. Em seguida, 5 µL de cada amostra será pipetada em triplicata em placa de 96
poços. Serão adicionados em todos os poços: 25 µL de reagente A’ (20 µL de reagente S + 1
mL de reagente A) seguido de 200 µL de reagente B. As amostras serão incubadas por 10
minutos no escuro sob agitação leve e lidas em espectrofotômetro no comprimento de onda
de 620 nm.
A curva de BSA será gerada por regressão linear no programa GraphPad Prism 5.0,
sendo plotado um gráfico da absorbância versus concentração de proteínas. Os valores de
absorbância obtidos de cada amostra serão aplicados na equação da curva para determinar as
concentrações de proteína.
A separação das proteínas totais baseada no peso molecular será realizada por meio de
eletroforese em gel de poliacrilamida em um sistema vertical. Após a montagem do sistema
vertical (BioRad, modelo mini-PROTEAN® Tetra Cell), o gel de resolução será
confeccionado para uma concentração final desejada de acrilamida em tampão Tris-HCl 1,5
M, pH 8,8. O gel de concentração será polimerizado sobre o gel de 12,5% e terá concentração
final de 5% de acrilamida em tampão Tris-HCl 0,5 M, pH 6,8 (BioRad Laboratories). O
marcador de peso molecular Full-Range Rainbow Marker (12-225 kDa; GE Healthcare) será
usado sempre no primeiro poço da esquerda para monitorar a separação das proteínas. Será
aplicado nos poços do gel de concentração 50 µg de proteína total de cada amostra, carregada
com o tampão Blue Juice 5X (5:1 v/v; Invitrogen). A corrida de eletroforese será realizada à
temperatura ambiente, utilizando o tampão de corrida para eletroforese (25 mM Tris, 192 mM
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glycine, 0.1% SDS), sob voltagem constante de 60V (enquanto a amostra percorre o gel de
concentração) e de 120 V (enquanto a amostra percorre o gel de resolução). O tempo de
corrida varia entre 1h e 40 minutos a 2 horas.
4.7.4 Eletrotransferência
4.7.5 Imunodetecção
A detecção será realizada pelo método de ECL no aparelho ImageQuant 300, no NPDM
(GE Heathcare, modelo ImageQuant® 300), utilizando para aquisição e edição o programa
ImageQuant®300 (GE Heathcare).
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5. RESULTADOS ESPERADOS
6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
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Abril/19
Maio/19 Produção bibliográfica
Publicação dos resultados
Junho/19
Elaboração e apresentação da dissertação
Julho/19
Agosto/19
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