Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO: O câncer é uma patologia que tem evoluído descontroladamente a cada ano. Estudos de
novos tratamentos têm sido realizados com o objetivo de regredir uma neoplasia maligna. O objetivo
da Imunoterapia é iniciar, ou reiniciar, as respostas do sistema imune contra as células cancerígenas
evitando a amplificação e a propagação tumoral, o que faz com que as células do próprio sistema
imunológico do paciente sejam capazes de eliminar as células malignas, combatendo diversos tipos de
câncer, especialmente câncer de pulmão e o câncer de mama. Por esta razão, este trabalho tem como
o objetivo revisar literatura atual referente ao uso de Imunoterapia como tratamento de câncer,
especificamente no câncer de pulmão e de mama, relatando os principais mecanismos da técnica e
sua ação no sistema imune de uma forma breve, descrevendo, entre outros aspectos, as vantagens e
desvantagens financeiras do método.
ABSTRACT: Cancer is a pathology that has evolved wildly every year. Studies about new treatments
have been carried out with the aim of regressing a malignant neoplasm. The objective of Immunotherapy
is to initiate, or restart, the immune system's responses against cancer cells, preventing tumor
amplification and propagation, which makes the patient's own immune system cells capable of
eliminating malignant cells, fighting several types of cancer, especially lung cancer and breast cancer.
For this reason, this paper aims to review current literature regarding the use of Immunotherapy as a
cancer treatment, specifically in lung and breast cancer, reporting the main mechanism of the technique
and its action on the immune system in a brief manner, describing, among other aspects, the financial
advantages and disadvantages of the method.
RESUMEN: El cáncer es una patología que ha evolucionado enormemente cada año. Así, se han
realizado estudios de nuevos tratamientos con el objetivo de hacer una regresión de una neoplasia
maligna. El objetivo de la Inmunoterapia es iniciar, o reiniciar, las respuestas del sistema inmunológico
contra las células cancerosas, previniendo la amplificación y propagación del tumor, lo que hace que
las propias células del sistema inmunológico del paciente sean capaces de eliminar las células
1
Pós-Graduada em Hematologia e Imunologia (UNIFAVENI). Contato:
marialuisagorican20@gmail.com.
2
Pós-Graduanda em Biologia Molecular (Faculdade Unyleya). Contato:
carolinem.biomed@gmail.com.
3
Pós-doutorado em Biotecnologia Vegetal (UENF). Doutor em Biociências e Biotecnologia (UENF).
Contato: leofig.reis@gmail.com.
Revista Transformar Jan/Jun 2021. Vol 15. N. 1 E-ISSN: 2175-8255
534
malignas, combatiendo varios tipos de cáncer, principalmente el de pulmón y el de mama cáncer. Por
este motivo, este trabajo tiene como objetivo revisar la literatura actual sobre el uso de la Inmunoterapia
como tratamiento del cáncer, específicamente en el cáncer de pulmón y de mama, informando de
manera breve el mecanismo principal de la técnica y su acción sobre el sistema inmunológico,
describiendo los aspectos económicos ventajas y desventajas del método.
Introdução
1. Imunoterapia
A Imunoterapia é uma técnica que vem tornando-se cada vez mais relevante
pelo fato de poder ser utilizada contra diferentes tumores, principalmente os malignos.
Por conta de a célula ser capaz de desenvolver mecanismos de escape como forma
de enganar o sistema imune (OLIVEIRA, 2020), essa terapêutica baseia-se, de uma
forma simplista, na utilização do próprio sistema imunológico, que consegue induzir
uma resposta antitumoral (SILVESTRINI; SANTOS, 2016). O método se destacou por
sua grande eficácia e por apresentar efeitos adversos reduzidos que permitem sua
utilização em doentes de diversas faixas etárias, incluindo idosos que apresentam
maior sensibilidade a tratamentos antineoplásicos. Por isso, acredita-se que a
Imunoterapia possa se tornar o tratamento base contra o câncer (FONTES et al.,
2019).
Os primeiros estudos da Imunoterapia aplicada ao câncer foram realizados no
século XIX, mas avançaram a partir da década de 1980 e, atualmente, é dividida em
Imunoterapia ativa e Imunoterapia passiva. A Imunoterapia ativa tem como objetivo a
indução de uma resposta imune de longa duração específica para antígenos tumorais
podendo ser dividida em inespecífica, onde há a administração de substâncias
estimulantes e restauradoras do sistema imunológico, ou específica, que é
relacionada à administração de vacinas de células tumorais. A Imunoterapia
específica pode ser autóloga, com vacinas e soros sendo produzidos a partir da cultura
de células do próprio paciente, ou heteróloga, quando são produzidos com as células
de outro paciente com neoplasia semelhante. Por outro lado, a Imunoterapia passiva
consiste em uma resposta imune específica para os antígenos tumorais através da
administração de grandes quantidades de anticorpos antitumorais ou células efetoras
(OLIVEIRA; GOMIDE, 2020).
Os principais tipos de Imunoterapia disponíveis são: anticorpos monoclonais,
que são proteínas do sistema imune (se ligam em regiões específicas da célula
tumoral), os inibidores imunes de checkpoint (eliminam os “freios” do sistema
1.1.1.1. CTLA-4
Considerações finais
A partir da realização desta revisão da literatura, pode-se concluir que, apesar
da Imunoterapia ser uma grande evolução da medicina para o combate ao câncer,
ainda é considerada uma técnica limitada devido ao seu alto custo. O método ainda
apresenta-se em pesquisa, sendo essencial cada vez mais uma maior investigação
para o aperfeiçoamento e eficácia dessa técnica para o tratamento.
Com isso, é possível confirmar que cada vez mais é possível chegar uma
definição onde possa ter aplicações em massa, de modo que haja diminuição no custo
tornando assim cada vez mais acessível, podendo representar, no futuro, uma
mudança na forma de como vemos os tratamentos oncológicos.
Referências
DIAS, Debora Queila Brandão; KUDO, Carina Rocha Souza; GARCIA, Daniel Moreno.
Impacto dos medicamentos biossimilares utilizados na Imunoterapia contra o
câncer de mama no Brasil. Brazilian Journal of Natural Sciences, v.3, n.1, p. 274-
286, 2020.
FARIA, Edison Tostes; REIS, Paula Elaine Diniz; GOMES, Isabelle Pimentel; Efeitos
Adversos Da Imunoterapia. Capitulo 39.1, 2018. Disponível em:
https://diretrizesoncologicas.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Diretrizes-
oncol%C3%B3gicas-2_Parte39.pdf. Acesso em: 23 de Outubro 2020.
OLIVEIRA, Diana Filipa Lopes Ferreira. Imunoterapia ativa para o cancro de mama:
potenciais estratégias terapêuticas. Universidade de Coimbra, 2018. Disponível
em: https://eg.uc.pt/bitstream/10316/84496/1/Monografia%20-%20Diana
%20Oliveira%20%28FINAL%29.pdf. Acesso em: 29 de Outubro de 2020.
SILVA, Pamella Araújo; RIUL, Sueli da Silva. Câncer de mama: fatores de risco e
detecção precoce. Rev. Bras. Enferm., v. 64, n. 6, 2012.
SILVA, Bárbara Lacerda Menezes; FREIRE, Mariana Nogueira Duarte; RIBEIRO, Ana
Vitória Gonçalves; ARAÚJO, Itamar Alves; BEZERRA, Thais Parente; ARAÚJO,
Moises Ederlanio Tavares. A importância da imunoterapia no tratamento do
câncer de pulmão: uma revisão bibliográfica. Rev. Mult. Psic., v.13, n. 46, 2019.