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IMUNOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CÂNCER MAMÁRIO: UMA

REVISÃO SISTEMÁTICA

Bruno Mateus Oliveira da SILVA1; Leidiane da Silva


SANTANA1; Érika Laura Rodrigues Da CRUZ1;
Marcos Souza de JESUS1; Sandra Rosa Lima
GOMES1

1. Centro Universitário São Lucas, Porto Velho, Rondônia, Brasil.


*Autor correspondente: brunom.oliveira95@gmail.com

O câncer é definido como um grupo de doenças que têm em comum o crescimento celular
desordenado, podendo se disseminar para vários tecidos e órgãos. As neoplasias malignas
são classificadas de acordo com o tipo de célula a partir do qual se originou o tumor,
sendo denominados carcinomas quando possuem origem epitelial e sarcomas quando
surgem em tecidos mesenquimais, como músculo e cartilagem. A velocidade de
replicação das células e a capacidade de realizar metástases diferem os tipos de neoplasias
e determinam o seu comportamento biológico.Segundo a Organização Pan-Americana de
Saúde (OPAS), o câncer de mama é o mais comum nas mulheres, sendo a segunda
principal causa de morte entre o sexo feminino. Estima-se que, em 2020, cerca de 66 mil
mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama no Brasil correspondendo à 29,7%
dos casos de neoplasias incidentes no público feminino. A estimativa de casos de câncer
de mama para Rondônia e Porto Velho é de 220 e 90 casos, respectivamente. Baseando-
se nesse panorama, os ensaios clínicos mais recentes demonstram que a imunoterapia tem
sido considerada o avanço cientifico mais promissor na oncologia e a terapêutica-chave
no futuro do tratamento oncológico. Sendo assim, o objetivo dessa pesquisa é descrever
a importância da imunoterapia no tratamento das neoplasias malignas de mama. O
presente estudo caracteriza-se pelo método descritivo realizado a partir de um estudo de
revisão sistemática de literaturas disponíveis nas bases de dados NCBI, PubMed, Scielo,
INCA e OPAS. Ao longo dos anos, diversas terapias destinadas ao câncer foram
descobertas, dentre elas, a imunoterapia aplicada à oncologia apresentou grande destaque,
contribuindo significativamente para melhora do prognóstico dos pacientes oncológicos.
A imunoterapia consiste em estimular e restaurar as funções do sistema imunológico a
fim de potencializar a resposta imune aos tumores. No início da tumorigênese mamária a
inflamação aguda ativa a imunidade inata, resultando na morte de algumas células
tumorais e na maturação das células dendríticas que iniciam a resposta das células T,
principais células efetoras responsáveis por reconhecer e eliminar as células tumorais.
Nesse estágio, ocorre a rejeição imunomediada de tumores incipientes ou a seleção de
variantes de células tumorais que podem escapar da resposta imunológica. O escape
imunológico é determinado por vários fatores, como: resistência a citotoxicidade, perda
da expressão dos antígenos do MHC, defeitos na apresentação de antígenos, perda de
genes que ativam a resposta imunológica e bloqueio do apoptose. O conhecimento acerca
da resposta imune aos tumores e os mecanismos de escape imunológico possibilitaram o
desenvolvimento da imunoterapia. Essa abordagem, já era utilizada para tratar alguns
tipos de neoplasias, porém, em 2015, foi utilizada durante um ensaio clínico para tratar
um câncer de mama em fase de metástase sem resposta a tratamentos convencionais e
perspectiva de remissão. Um ano após o início do tratamento os tumores haviam
desaparecido. A partir daí a imunoterapia passou a ser reconhecida como ponto de partida
para remissões improváveis. A imunoterapia pode ser ativa ou passiva. A imunoterapia
ativa estimula a resposta imunológica antitumoral específica e a imunoterapia passiva
fornece agentes imunológicos como anticorpos monoclonais ou linfócitos, que são
administrados nos pacientes propiciando uma resposta rápida, mas não duradoura, uma
vez que o sistema imunológico do paciente não é ativado. Diante do exposto, torna-se
evidente a importância do uso de imunoterápicos no tratamento do câncer de mama, uma
vez que, apresentam maior especificidade, eficácia, aumentam as chances de cura e
proporcionam menores índices de recidiva.

PALAVRAS CHAVE: Neoplasias mamárias; Oncologia; Imunoterapia.

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