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3° Semestre Noturno
DISCIPLINA:
Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal
TÍTULO:
O CÂNCER
ALUNO:
Amarildo Dias da Fonseca
PROFESSOR (A):
Brasília/DF
2018
RESUMO
ABSTRACT
Cancer cases have been growing considerably on the planet, becoming one of the most
worrying problems in terms of global public health. This situation demonstrates the need to
study this disease for its adequate monitoring and control. The present study, through a
literature review of the most current specialized literature, describes the pathology and its
main characteristics, some of the most frequent types of cancer, diagnosis, symptoms and
types of treatment. Finally, the research highlights the importance of patient support for
family members and close associates in order to accompany the patient in the course of
treatment.
A feição negativa que rodeia o câncer aparece como uma espécie de venda que tira a
compreensão e a revelação competente dos instrumentos de defesa mental e imunológica,
afirma Leshan (2012). Ainda conforme o autor é natural o procedimento elementar do modo
de negação, equivalente à casca que se forma em cima de um ferimento, como maneira de
proteção, até que aconteça a cura. Então, a casca deixa de ter utilidade e cai.
Face ao exposto, espera-se que este estudo traga algum conhecimento que nos auxilie
a elaborar terapêuticas mais satisfatórias e precisas. No intuito de alcançar os objetivos do
estudo utilizaremos a pesquisa bibliográfica em literaturas relativas ao tema.
Conforme Marconi e Lakatos (2002) a pesquisa bibliográfica constitui-se em
levantamento de bibliografia publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas e
imprensa escrita e virtual. Tem por finalidade fazer com que o pesquisador se aproxime
diretamente do material produzido sobre um determinado assunto, apoiando-o na análise de
suas pesquisas ou na manipulação de suas informações.
Ainda conforme dados da OMS, entre 5% e 10% dos tumores malignos relacionam-se
com as particularidades de caráter genética dos pacientes. Somente alguns tipos de tumor são
transmitidos, como o retinoblastoma, câncer de olho que acomete crianças. Porém, há fatores
genéticos que transformar alguns indivíduos mais propensos à ação de agentes cancerígenos
ambientais, como os raios ultravioleta B, fato que pode esclarecer as razões pelas quais
determinados indivíduos desenvolvem câncer e outros não, mesmo quando expostos a fatores
de risco iguais.
O autor esclarece:
que corpo humano é constituído aproximadamente por trilhões de células vivas que
crescem, se dividem e morrem de maneira ordenada. Durante a vida, as células
normais se dividem permitindo o desenvolvimento do indivíduo. Na fase adulta, elas
se dividem apenas para a substituição das células desgastadas ou daquelas que
morrem ou para reparar danos. O câncer surge quando as células de determinado
órgão ou tecido do corpo cresce desordenadamente. Ou seja, ao invés de morrer, as
células cancerosas não param de crescer e formar novas células anômalas, as quais
podem se alastrar por outros tecidos. Esse crescimento desordenado e a invasão de
outros tecidos é o que transforma a célula em cancerosa.
Para Leshan (2012), o câncer invasivo ocorre na invasão de outras camadas celulares
do órgão pelas células cancerosas alcançando à corrente sanguínea ou linfática espalhando-se
por outras regiões do corpo. Essa capacidade invasiva e de disseminação pelo organismo, é a
mais importante característica do câncer. Os novos focos denominam-se metástases.
Dados do INCA dão conta de que cerca de setenta por cento dos diagnósticos ligados
ao câncer são feitos por médicos não especializados na doença, ratificando, dessa forma, a
relevância do trabalho executado por esses profissionais no domínio da doença.
São vários os tratamentos para a doença e eles são empregados conforme orientação
médica. O câncer pode ser tratado mediante: cirurgia, radioterapia, quimioterapia,
hormonioterapia e terapias alvo, ou ainda a combinação de mais de uma dessas modalidades.
As terapias alvo abrangem o uso de drogas que agem sobre alterações de moléculas
especiais de alguns tipos de câncer e causam o bloqueio do sistema de enzimas das células
afetadas pela doença, transformando os comandos internos que fazem as células se
comportarem de forma maligna.
- Perda de Peso sem explicação: boa parte dos indivíduos com câncer terá perda de
peso em algum momento, porém uma perda de 10 quilos ou mais pode ser sinal de câncer;
- Febre: sintoma muito comum em pessoas com câncer, porém normalmente acontece
com a disseminação da doença;
- Fadiga: é um cansaço muito acentuado que não é reduzido com o descanso. Pode ser
um sintoma relevante quando o câncer está se desenvolvendo, como na leucemia;
- Dores: pode ser um sintoma antecipado de certos tipos de câncer, como os tumores
ósseos, câncer de testículo, tumor cerebral, câncer colorretal ou de ovário;
- Alterações na Pele. O câncer de pele como também outros tipos de câncer podem
provocar alterações na pele, como eritema, icterícia, hiperpigmentação ou prurido;
Existem inúmeros outros sinais e sintomas que podem indicar a presença do câncer.
Todavia, vale salientar que o simples fato de apresentar um ou alguns deles não significa a
presença da doença, devendo ser feita uma avaliação médica.
Quando nos deparamos com um diagnóstico positivo de uma doença como o câncer,
somos obrigados a enfrentar um caminho bastante doloroso. Porém, esse mesmo caminho
tende a ser menos penoso para algum que já passou por ele. A recidiva, ou recorrência, é o
nome que se dá quando o paciente submete-se ao tratamento de um câncer e, passado algum
tempo depois, ela volta a se manifestar.
Cada tipo de câncer tem sua particularidade na maneira de recidivar e nas partes do
corpo onde pode acontecer, por essa razão a recidiva pode ser classificada em locorregional e
metastática. A recidiva locorregional acontece quando o câncer retorna no mesmo lugar de
origem ou atinge linfonodos ou tecidos adjacentes do tumor inicial. Já quando ela se alastra
por órgãos ou tecidos distantes do primeiro tumor, a recidiva é chamada de metastática à
distância.
Segundo a OMS existem cerca de 100 tipos de câncer que podem afetar qualquer
órgão do corpo. Os órgãos são compostos por diferentes tipos de células estruturadas em
camadas, como de tecido epitelial, tecido conjuntivo, glandular, de tecido muscular entre
outros. Cada tipo de tecido é formado de tipos característicos de células. O câncer pode
crescer a partir de quase qualquer tipo de célula no corpo.
Ainda segundo a Organização Mundial da Saúde, abaixo listamos alguns dos mais
conhecidos tipos de câncer:
- Câncer do Trato Gastrointestinal TGI: são tumores que surgem em qualquer parte do trato
gastrointestinal, que vai do esôfago ao ânus, geralmente aparecem nas células glandulares que
cobrem a maior parte do trato gastrointestinal (GI). Denominam-se adenocarcinomas e
começam em diversos tipos de células e são diferentes em relação ao tratamento e
prognóstico. O tratamento depende do tamanho do tumor, da localização, se existe dispersão
da doença e velocodade com que se desenvolve (taxa mitótica). A cirurgia constitui-se no
tratamento para a maior parte dos tumores pequenos. A necessidade de um tratamento
posterior depende do risco da recidiva após a cirurgia. Já para os tumores pequenos que não
estão crescendo com rapidez, com baixo risco de recidiva, muitas vezes não é necessário mais
tratamento. Os tumores maiores ou localizados em áreas de difícil acesso para ser
completamente extraídos podem exigir uma cirurgia mais extensa, o que poderia trazer outros
problemas de saúde posteriormente;
- Câncer de colo do útero: ou cervical, tem origem na infecção genital contínua pelo
Papilomavírus Humano (HPV), transmitido em relações sexuais sem proteção. Na maioria das
vezes, a infecção pelo HPV não causa câncer, porém algumas alterações celulares podem
desencadear a doença ao longo de décadas. Pode se desenvolver sem sintomas no início, em
quadros mais avançados, pode surgir sangramento vaginal intermitente ou após a relação
sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
As lesões que precedem a sua manifestação, chamadas de precursoras, podem ser detectadas
por meio do exame preventivo (Papanicolau). A fase inicial não apresenta sintomas e as
chances de cura são de 100%. Os tratamentos são a cirurgia e a radioterapia. O tipo de
tratamento dependerá do estado da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade
e desejo de ter filhos.
Figura 9: Câncer de mama Fonte: INCA
- Câncer de mama: se desenvolve por conta de alterações genéticas nas células mamárias, que
crescem de forma anormal. Quando diagnosticado de maneira precoce e tratado
oportunamente, o prognóstico é positivo e a chance de cura é alta. Acomete também o sexo
masculino, porém em pouquíssimos casos. Vermelhidão, curvaturas ou retrações na pele que
envolve a mama e o mamilo, secreções e nódulos tateáveis com ou sem dores no seio ou na
axila são sinais de alerta para a doença. Recomenda-se o exame clínico anual e mamografia,
em caso de resultado alterado do exame, para mulheres de 40 a 49 anos e, para as de 50 a 69
anos, mamografia a cada dois anos e exame clínico uma vez por ano. Precisa ser retirado em
cirurgia parcial ou total. Todavia, a cirurgia é combinada pode ser combinada com outras
terapias. A escolha do tratamento depende de fatores como a presença ou ausência de
receptores hormonais, estadiamento do tumor, estado de saúde e perfil do paciente;
- Câncer de pele: maior incidência Brasil, o tipo não melanoma tem bom prognóstico, com
altas taxas de cura se tratado de forma precoce e apropriada. A exposição demasiada ao sol
sem proteção é a maior causa da doença, que se manifesta em maior quantidade em pessoas
com mais de 40 anos e de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças
cutâneas prévias. Os sintomas são, no tipo não melanoma, feridas na pele com cicatrização em
mais de quatro semanas, variação na cor de sinais pré-existentes, manchas que coçam, ardem,
descamam ou sangram. No tipo melanoma pode aparecer a partir da pele normal ou de uma
lesão pigmentada. O tratamento mais indicado para o tipo não melanoma é a cirurgia. O
carcinoma basocelular de pequena extensão pode ser tratado com pomada ou radioterapia. O
carcinoma epidermoide exige, geralmente, combinação de cirurgia e radioterapia. No tipo
melanoma, a cirurgia é o tratamento mais habitual. Dependendo do estágio da doença, a
radioterapia e quimioterapia também podem ser utilizadas. É incurável quando ocorre
metástase, na maior parte dos casos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O câncer, como evento expressivo na vida, acende uma gama de acontecimentos, tão
expressivos como ele, os quais têm repercussão nos costumes e no cotidiano, nas obrigações,
nas expectativas e nos planos futuros, que norteiam e dão significado a trajetória de vida e no
ciclo vital.
Diante de tema tão relevante, concluímos com a esperança de que o presente estudo
possa ter sido de utilidade para a sociedade e contribua para pesquisas futuras relativas ao
assunto.
Referências Bibliográficas