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I EDITORA
© youtube.com/user/arcacenter
9 788 5 n 4 m
ROGÉRIO FORMIGONI
a última
PEDRA
vícios têm cura
1
Prefácio de
EDIR MACEDO
I
a
I Edição
Rio de Janeiro
2014
Umpro I EDITORA
1 .
Este livro foi revisado segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
DIREÇÃO GERAL
SUMÁRIO
Paulo Lopes
EDITOR
F Gustav Schmid
DESIGN EDITORIAL
•UI 1 Á( :io
Rafael Nicolaevsky Pinheiro
Regina Dias
:ai'ítu LO VI..
FOTO DO CASAL
APÍTU LO VII
Demetrio Koch Jr.
a a
AI'ÍTll LO IX..
Impressão: Ediouro I I edição I 3 impressão I Tiragem: 200.000
;ai>ítu l.OX ...
ISBN 978-85-7140-711-4
I. Título
CDD 243
UNIPRO EDITORA
ESTRADA ADHEMAR BEBIANO, 3.61O - INHAÚMA
CEP 20766-720 - RIO DE JANEIRO - RJ
tel.: (21) 3296-9393
www.unipro.com.br
Edir Macedo
.< ).is sofridas, que estão perdidas no labirinto da dor, mais especi-
10 < PREFÁCIO
CAPÍTULO I
A ÚLTIMA PEDRA
“Cheguei a fumar em uma noite mais de da cola de sapateiro foi o primeiro item do meu cardápio de
cem pedras de comprar um quilo de
crack,
substâncias tóxicas.
cocaína, um quilo de maconha, tudo isso
para consumir em orgias intermináveis.”
14 < CAPÍTULO I
em que minha personalidade estava em formação. Traba- Além dele, havia a acetona, as resinas e o éter, que eu
lhei naquela empresa durante anos, aprendendo bem o meu também manipulava e aproveitava para cheirar. Todas elas,
ofício. Mas, infelizmente, o lugar que me acolheu com um quando inaladas, provocam uma certa euforia. Essas subs-
emprego honesto acabou sendo a escola de um dos meus i. meias, todas elas hidrocarbonetos, são conhecidas como
primeiros vícios. Já havia conhecido muita gente na minha i heirinho da loló (ver tíner) entre os jovens. Esses produtos
vida, apesar de tão jovem. Muitas dessas pessoas eu vim a porta de entrada para o caminho do mal.
loram mais uma
reencontrar mais tarde, já fora dos vícios. Falarei sobre isso I ii e meus colegas de trabalho consumíamos tudo em lote,
consciência. Entre as principais, estava um solvente à base de maneira errada de ser popular. Na escola e no bairro, andava
hidrocarbonetos com nome comercial Thinner e popularmente i oin novos “amigos” de classe média alta. E o veículo que
conhecido como tíner. estava à minha disposição era o meu conhecimento sobre
Adaptado de
http://br.drugfreeworld.0rg/#/lookinside/drugsbooklet-portuguese
I
na Ásia”. A produção de cocaína, por exemplo, “variou de
f
A ÚLTIMA PEDRA
1 1
ainda que a Cannabis continua a ser a substância poi enquanto pensava estar a salvo com os aparen-
ilícita mais I
.
Tabaco e nicotina nu ute ainda não conhece bem a ponto de possuir domínio
Trata-se de uma droga legalizada que é obtida a hiial obre o seu próprio corpo.
partir das folhas da Nicotiana tabacum. O fumo A partir desse cigarro, vieram outros pensamentos de po-
usado nos cigarros de tabaco é manipulado qui- . I« i l u achava, de verdade, que o tabaco enrolado em papel
micamente de modo a receber em sua composi- poderia ser o meu símbolo de grandeza, o estandarte das
ção mais de 4.700 substâncias tóxicas. minhas poderosas legiões imaginárias — precisava apenas
Efeitos colaterais: ansiedade, depressão, so- ai . . senhor daquele hábito e fumar só na hora em que bem
nolência ou dificuldade para dormir e ocorrência i uh ndesse. Mas a nicotina não perdoa quem se aproxima
de pesadelos; dores de cabeça, problemas de con- dela. Segundo a Organização Mundial da Saúde, essa droga
centração; doença pulmonar obstrutiva crônica e muge o cérebro em menos de dez segundos e vicia tanto
diversos tipos de câncer. quanto a heroína. A grande maioria dos fumantes desenvol-
v< algum tipo de dependência em relação a ela. Menos de
Adaptado de
http://br.drugfreeworld.0rg/#/lookinside/drugs-booklet-portuguese de/, por cento conseguem largar o vício por mais de um mês.
Apesar disso, demonstrar confiança era fundamental no
nu u pequeno mundo. Daí, aquele cigarro, que era só para
experimentar, ajudava a me dar uma sensação de autoa-
1 1 inação diante das meninas da classe média alta e tam-
bém dos outros “amigos”. Era óbvio que eu sofria de um
problema de autoestima. Precisava tanto ser aceito pelo
também de ficar longe das drogas. Posso dizer que eles fize- .sua. E, assim, ia entregando voluntariamente o meu cére-
•
24 < CAPÍTULO II
A ÚLTIMA PEDRA > 25
CAPÍTULO III
A ÚLTIMA PEDRA
,
Efeitos colaterais- intoxicação, boca seca, ba- Li in que um abismo chama o outro, e não demorou
I *
Adaptado de
n ui Im maram. Chegava tarde em casa, às quatro ou cinco
http://br.drugfreeworld.0rg/#/lookinside/drugs-booklet-portuguese di in. uh ugada, mas ia trabalhar normalmente poucas horas
O THC (C 21 H O
30 2 ),
que é encontrado no cânhamo, atua
diretamente no sistema nervoso central do viciado, causando
I
/ .uciano Ricardo Marques,
uciano Farinha
amigo em Lucélia, também conhecido como Lu F, ou
32 < CAPÍTULO II
Km meio a essa rotina degradante, chegou o momen-
io de dar o meu primeiro tiro, ou teco, em uma carreira
de cocaína, também graças à contribuição daqueles que
Cocaína
Cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster do
ácido benzoico, é uma droga que pode ser
cheirada, injetada ou mesmo fumada, no caso
da sua forma conhecida como crack. A coca-
ína é extraída da folha de coca, uma planta
I
I
*
LuF
Pino
Com a cocaína, descobri uma sensação contrária à da maconha.
É um dos tipos de embalagens para endolação
Era como um estímulo de poder. Seus reflexos aumentam,
você se mais comuns na comercialização da cocaína no
sente mais forte... Ela também me proporcionava, acima de tudo, Brasil. Trata-se de uma cápsula que costuma con-
euforia, de modo que eu ficava esperto, acordado e, principalmen-
ter no mínimo lg.
te, era invadido por uma coragem que sem ela jamais teria.
36 <
de ajuda em casa, de modo que o que eu ganhava durava < meirinhas, dirigindo o carro com a perna
um só dia e ia tudo embora pelo ralo das drogas. Eu A nossa vida era balada, droga, só pen-
estava (...)
caindo em um buraco escuro e cada vez mais fundo. Mas avamos nisso . A gente ficava um, dois, três
infelizmente tinha ficado cego para
a realidade. Passei a dias só usando droga.”
viver a ilusão de que tudo era
maravilhoso. Não faltavam LuF
mulheres de todos os tipos e idades, tudo
festas,
em meio
a muita prostituição. Essa era a
minha vida, regida pela
malignidade das drogas. < >iulr cu iria parar? Sinceramente, eu não buscava res-
pira as; queria apenas drogas e mais drogas. Não satisfeito
O elo que nos uniu era principalmente • "in isso, conheci mais inalantes, como a cola de sapateiro,
a cocaína. Me lembro do dia em que o n I
m va- perfume e a benzina (ver anteriormente tíner), junto
Rogério quase foi preso. Ele tinha uma •
"in .is anfetaminas (ver anteriormente rebites), que podiam
moto vermelha (...) Fomos juntos a um • i combinadas com uísque, o chá de cogumelos, o LSD e o
ginásio em Lucélia, para nos drogar. Ele • •
i.isy. Esse era o novo Pacote 2.0.
foi na frente, levando uma quantidade bem
grande de drogas. Quando cheguei, o lugar " Nosso nariz sangrava, vivia destruído.
estava lotado de policiais dando uma geral Acho que era por causa do ácido,
(...) Por isso, nesse dia ele quase foi preso.” ficava ‘tudo’ assado o nariz .
LuF
• •1'. ii nos a menor noção de como usar aquilo. Mais uma vez,
i. iv. unos sendo vítimas da nossa curiosidade e da nossa
Chá de cogumelos ilrsí n formação.
Este é o nome que se dá a bebidas preparadas com I i/emos uma bebida com os cogumelos e consumimos
cogumelos que possuem a substância
alucinógena i"d.i ela enquanto conversávamos. Sentados no banco da
psilocybin. Existem centenas
de tipos de cogume-
I
i
iça do nosso bairro, em frente à linha do trem, ficamos
los que possuem essa
substância, que causam alte- •
|u rando o efeito chegar, enquanto fumávamos maconha.
rações na percepção de cores,
som e luminosida- I nn ta minutos se passaram, e nada aconteceu. Então, troca-
de; superfícies podem parecer mover-se e objetos mos olhares uns com os outros e começamos a rir descon-
em deslocamento podem deixar trilhas luminosas
tioladamente. Éramos sete adolescentes. Logo depois todos
para trás.
•
omeçaram a chorar.
Efeitos colaterais : náusea, fraqueza muscular
I aí vieram as alucinações. As cores do mundo ficaram
e outras alterações físicas
terações na percepção e
de diversas ordens; al-
mi. lis “vibrantes” — o verde era MUITO verde, o azul era
no raciocínio que podem MUITO azul... Tudo o que víamos parecia estar em HD.
durar de três a oito horas são comuns.
I rvantamos e passamos a andar pela linha do trem. Não
Adaptado de p.irávamos de rir. Se o trem viesse e nos atropelasse, não
HTTP://j.FM.GS/2GTZ
d. iríamos a mínima.
LuF
42 < CAPÍTULO IV
A ÚLTIMA PEDRA > 43
11
CAPITULO V
.
. msumo do crack causava em mim breves alucinações.
Uma delas era a sensação de estar sendo perseguido. Conheci
I
H v.i ..is que, sob efeito do crack, ouviam vozes e viam bichos.
' '
. urksc transformou em companheiro durante minhas noi-
li , l< prostituição. Me relacionei com mulheres que trocavam
,i ii i urpo por uma pedra de crack ou por uma carreira de
uma das drogas mais abusadas no mundo inteiro, aí parecia que um negócio puxava a gente
causando tragédias pessoais e familiares sem dis- para baixo (...)”
vulsões; depressão severa, paranoia, descontrole por mal, que, na minha cabeça,
Mas eu não fazia aquilo já
por toxicodependência e tendência ao suicídio. novas estava me fazendo bem. As sensações
viver experiências
I
Mas nada mudou em relação à minha vida social. Eu *u .lína para poder fumar crack e me dedicar à prostitui-
desfrutava da companhia de novos “amigos”, da caça às . ui. A verdade é que levei muitos outros a experimentar
garotinhas de classe média alta, vestia roupas legais, en- i < m aína durante o curso para cabo. Ao contrário do
fim, tinha optado pelo pacote completo. É claro que essa i|ti< .i maioria das pessoas pensa, a droga está presente
não é a realidade para a maioria dos usuários, os viciados. m ioda a sociedade. Não há ambiente livre dela. Existe
Na quase totalidade dos casos, o crack leva as pessoas à iinu linguagem sutil que interliga todos os que “comun-
miséria absoluta. g,im” dos vícios. Gestos, olhares, palavras-chave são o
O tempo ia passando, enquanto eu crescia naquele mundo Miliciente para se estabelecer a comunicação. “E aí, tem
decaído. Fiz 16 anos e depois 17, em ambas as datas afun- In. mea?” Pronto. Uma simples pergunta produz um re-
dado no crack. Isso mesmo, havia chegado à maioridade, sultado de comunicação incrível entre pessoas que ja-
do serviço militar nos municípios em que o n.ibalho, moradia, alimentação e tratamento. Mas falta
jovem reside. Ele recebe instrução sem pre- ili o lado espiritual.
cisar abandonar o trabalho e os estudos. ( onvivemos no nosso dia a dia com viciados sem nem
O tempo de permanência é de seis a dez meses percebermos. Gente que acabou de cheirar cocaína ou que
e depois o então militar é licenciado das filei- I ninou maconha transita normalmente no meio profissio-
ras do Exército. nal ou social. Eu, já aos 18 anos, transitava normalmente
no meio militar sob efeito da droga. Nessa época, comecei
Adaptado de
http://www.eb.mil.br/web/ingresso/tiro-de-guerra a i on sumir quantidades maiores de drogas, sem jamais dei-
a vinte gramas. Anteriormente, a cocaína era co- zesse exercícios todo dia, especialmente no tempo de Exérci-
mercializada em papelotes, ou papéis. to. Foi nessa época em que mais se acentuou o uso do crack
n i minha vida. Eu consumia muita cocaína quando estava
fora em palavras ao vento. Seu comportamento é ditado pe- Conheci muitas pessoas viciadas em todo tipo de entorpe-
los imperativos da juventude. centes durante esse período da minha vida. Naquele ambien-
te, nunca imaginei que poderia ter uma vida digna, pois ela
CAPÍTULO VI
I
n nlhedor, porque eu já era uma pessoa visada, difamada
• isso me deixou sem oportunidades e opções. Mas não é
A ÚLTIMA PEDRA
1
aparentemente capaz de cuidar de mim, de me ajudar a con- daquelas pessoas que caíam no chão de tanto beber. Definitiva-
trolar minha dependência. Bem, isso era o que eu pensava. mrnte, aquele não era o lugar ideal para a minha recuperação.
E essa era a minha vontade também. Não sabia como, mas
queria sair do vício. Na minha cabeça, não pretendia decep-
cionar os meus pais, por isso resolvi sair de Lucélia e ir para
uma cidade em que ninguém soubesse nada a meu respeito. Se-
ria uma nova oportunidade, uma chance de Bar do meu tio
recomeçar. Morar
Luís Formigoni
com o meu tio Luís era a sonhada oportunidade para eu poder
em Americana.
me livrar daquele pesadelo. Coleção pessoal do autor.
val e nós bebíamos muito. Mas ele não se u lo fora então revelada somente a mim. Ele me reservou um
satisfazia só com cigarro e bebida, ele queria quarto nos fundos do bar. Antes de me mudar para lá, eu havia
droga. Então, eu o levei à casa de um amigo nulido uma moto e depositado o dinheiro no banco. Logo que
usuário e lá eles começaram a fumar crack « hrguei e me instalei, imediatamente conheci Adilson, 4 que eu
juntos, dentro de um quarto. A mãe desse 1 1 rimava de Dilsinho, um rapaz viciado, ao extremo, em crack;
meu amigo suplicava para eles pararem, mas ( l« morava em frente ao bar do meu tio Luís. Obviamente, no
eles não paravam. Ela chorava, pedia pelo Ji.i seguinte eu já estava de volta à pedra da morte.
3
Manoel Lança Junior, amigo, de Americana. V . 1 1 . ui I rancisco Miguel da Silva, amigo em Americana, conhecido como Dilsinho.
satisfaz . É sempre assim. A gente chegou Apesar de sempre ter ouvido falar muito mal da Universal,
a dar o tênis do pé, relógio, camisa, rádio irsolvi ceder. Por que resistiria a mais um convite? Àquela
do carro... Quantas vezes o Rogério e eu .1 lt ura, o que poderia piorar na minha vida? Depois entendi
arrancamos o rádio do painel do carro e •
orno a atuação da Universal estava ligada à salvação daque-
dar para o traficante por uma pedra.” l.i
s pessoas que, como eu, se perdiam no labirinto das drogas.
Dilsinho
Usamos drogas juntos por um bom tempo.
eí
me deixei levar pelo caminho de novas drogas. Apesar de i minha irmã. Ela me dava dinheiro, talvez para me proteger
estar indo à Igreja, continuava consumindo drogas, especial- los perigos que rondam a vida dos viciados, gastando quase
mente o crack. Em apenas uma semana, fumei o dinheiro iodo o seu salário fazendo isso.
brigou comigo e então me denunciou aos meus pais. Eclo- queço foi quando o Formiga o Dui e eu
diu um enorme conflito familiar. “Qual era a solução para o fomos a uma biqueira, ou boca de fumo
problema do Rogério?” Meu pai quis me levar de volta para para pegar algumas pedras, mas sem
Lucélia, porque achava que eu deveria ficar sob seu controle, dinheiro para pagar. Como eu conhecia
para poder me curar. o traficante, consegui a droga, com a
e sem ninguém para poder fumar em paz” apareceu a polícia, e levamos uma geral.
Dilsinho FJes queriam levar nós pra baixo [sic\,mas
vício não tinha mais cura. A realidade na qual eu estava se . uividado pelo marido da Ita, Gaúcho, a ir morar com eles.
Overdose
\ overdose ocorre quando se consome mais do
“Eu usava crack, cocaína e maconha . Perdi que d quantidade normal ou recomendada de
a dignidade, amigos e bens para as drogas. .ilguma substância, geralmente uma droga. Uma
Eu e o Formigoni chegamos a fumar qua- overdose pode resultar em sintomas graves ou
renta pedras numa noite. íamos à biqueira mesmo em morte. A resposta de cada organismo
pegar a droga e, quando acabava íamos ao
,
is drogas em termos da intensidade dos efeitos
caixa eletrônico sacar mais dinheiro para varia de acordo com a dose administrada (...)
buscar mais pedra. Fomos dezenove vezes Pessoas diferentes respondem de forma diferente
ao caixa eletrônico em uma única noite e para a mesma dose de uma droga. (...) A tole-
usamos em torno de cem pedras. Uma vez rância a uma determinada substância também
ele trocou um relógio e uma camiseta por depende do seu uso repetido (...) e das caracte-
três pedras. Fm outra noite andamos por rísticas genéticas e hereditárias do indivíduo, da
mais de seiscentos quilômetros de carro dose administrada, do tamanho da pessoa e de
fumando crack. Nesse dia, ele teve um sua frequência de uso.
Fie espumava, e nós não sabíamos o que Mas eu ainda era um rapaz de 19 anos de idade cuja vida
fazer. Paramos então em um posto, demos < i iva em uma espécie de limbo. Até pouco tempo, não ti-
água para ele, molhamos também a sua nha objetivos; vivia perdido no labirinto dos vícios, fuman-
nuca, e o levamos para casa. Ele se recusou d< >
quarenta pedras de crack numa só noite. Isso é difícil de
a ir ao hospital, com medo da polícia. Esse • nic nder para quem não conhece como funciona o efeito
é o maior medo do drogado dessa droga. Não se fuma a pedra inteira de uma vez; o vi-
Dilsinho • iado tira lascas dela e fuma cada uma dessas lascas de cada
Overdose
A overdose ocorre quando se consome mais do
“Eu usava crack, cocaína e maconha . Perdi que a quantidade normal ou recomendada de
a dignidade, amigos e bens para as drogas .dguma substância, geralmente uma droga. Uma
Eu e o Formigoni chegamos a fumar qua- overdose pode resultar em sintomas graves ou
renta pedras numa noite . íamos à biqueira mesmo em morte. A resposta de cada organismo
pegar a droga quando acabava, íamos ao .is drogas em termos da intensidade dos efeitos
e,
caixa eletrônico sacar mais dinheiro para varia de acordo com a dose administrada (...)
buscar mais pedra . Fomos dezenove vezes IVssoas diferentes respondem de forma diferente
ao caixa eletrônico em uma única noite e para a mesma dose de uma droga. (...) A tole-
usamos em torno de cem pedras Uma vez, rância a uma determinada substância também
três pedras . Em outra noite andamos por rísticas genéticas e hereditárias do indivíduo, da
Ele espumava, e nós não sabíamos o que M.is eu ainda era um rapaz de 19 anos de idade cuja vida
fazer. Paramos então em um posto, demos • uv.i em uma espécie de limbo. Até pouco tempo, não ti-
água para ele, molhamos também a sua iih.i objetivos; vivia perdido no labirinto dos vícios, fuman-
nuca, e o levamos para casa. Ele se recusou do quarenta pedras de crack numa só noite. Isso é difícil de
a ir ao hospital, com medo da polícia. Esse i n tender para quem não conhece como funciona o efeito
é o maior medo do drogado d< v..i droga. Não se fuma a pedra inteira de uma vez; o vi-
Dilsinho , m do tira lascas dela e fuma cada uma dessas lascas de cada
60 < CAPÍTULO VI
A ÚLTIMA PEDRA > 61
o
, .
vez que as lascas da pedra de crack são fumadas inteiro  noite, quando saíamos, ele ia pro
em um cachimbo. crack. Era assim, de dia, pinga, à noite, crack.”
Dilsinho
de plástico podia ser adaptado a essa finalidade. E eu sabia i morar em seu bar. Ele também tinha, como já disse, um
de tudo isso porque estava realmente vagando nos corredo- gi ,iv<* problema de dependência com a mãe de todas as dro-
res intermináveis do labirinto das drogas. !• t álcool. Nem todos sabem, mas o álcool é a droga do
.
.11 mulo e da depressão. Meu tio Luís era uma pessoa que
lommmia a bebida de maneira abusiva, talvez por força
. 1 . sua ocupação de dono de bar. Ele jamais conseguiu sair
Álcool
() consumo excessivo do álcool afeta pratica-
Quando ele bebia, se transformava; parecia que existia ou- ahilidade de ser salvo. No meu caso, porém, fui salvo não
tra pessoa dentro de si. A verdade é que meu tio também esta- omente por ter aceitado o convite para ir à Universal, mas
va perdido no labirinto da droga. Mas quando o efeito passa-
|*oi não ter desistido.
Meu tio se suicidou tempos depois, enforcando-se. Na época ais com o crack. O Rogério estava pele
em que isso aconteceu, eu já havia me desconectado do mundo e osso, pálido, com olheiras; quando
da droga e, inclusive, já era pastor. Meu tio testemunhou todas almoçava, não jantava, estava acabado.
Ninguém dava nada pelo Rogério. Nesse
dia, no início da noite, eu estava me pre-
parando para ir à Igreja, quando chegou
na nossa porta e me perguntou aonde
eu estava indo. Quando eu disse, ele me
pediu para convidá-lo.”
Ita
Ita
66 < CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
70
A ÚLTIMA PEDRA > 71
um ambiente sujo pudesse ser a fonte de cura para alguém
que está doente? Entretanto, assim como o general Naamã
se curou da lepra banhando-se no Jordão, foi justamente
na Universal que encontrei a minha última oportunidade
de me livrar para sempre daqueles vícios que me perturba-
vam e me destruíam.
O rio Jordão não era límpido como o Abana e Farfar, rios
de Damasco, porque todos os necessitados acorriam a ele, de
modo que aquelas águas absorviam os males das pessoas em
uma escala imensa. O nome da Universal também, porque é
uma Igreja que recebe a todos aqueles que estão em posição
inferiorizada, abandonados no labirinto dos vícios, precisan-
lias ou mesmo pela sociedade, concedendo-lhes a oportunida- ii lodos os dias à Igreja, entendi e consegui identificar que
de da cura. No exemplo do general Naamã, sabemos que ele quem estava por trás do vício, ou seja, o responsável por
perguntou por que não devia se banhar em outros rios mais mdo aquilo, era um espírito imundo — o espírito do vício.
limpos. Mas somente no Jordão o profeta Eliseu viu o am- Ir às reuniões todo dia era a única maneira de controlar o
tamente a repulsa que Naamã sentia por aquele curso d’água. Assim também evitava o contato principalmente com Dilsinho,
Comigo não foi diferente. “Você poderia ter ido a qualquer meu vizinho viciado, e também com os demais companheiros
Igreja, menos à Universal” era o que me diziam as pessoas que da noite. Eu ia à Igreja todas as noites. E não segui o plano de
eu conhecia, especialmente a minha família. Minha resposta reuniões semanais tradicional proposto na Universal. Como ia
não podia ter sido diferente: “Estou procurando Deus, vocês diariamente às reuniões, ouvia e colocava em prática tudo aqui-
não veem? Quando eu estava na droga, reclamavam; agora, l< i
que o pastor me dizia. Era preciso assimilar tudo.
que estou na Igreja, reclamam também?” Aquilo começou a me fazer bem. E todos me perguntam
Quando entrei pela primeira vez na Universal, aprendi o « um processo de en-
nino funcionou. Só posso dizer que foi
seguinte: o espírito do vício, que vinha me atormentando liega a Deus. Entrega pura e simples. Com um mês e pouco
d* idas e vindas às reuniões, chegou um dia em que eu con-
há anos, sabia que a minha cura e libertação estavam ali e
e não tinha a menor intenção de recuar. Na verdade, foi muito fácil entregar-me a Deus. Como todo
k iado, senti extrema facilidade em me entregar, porque fazia
Passei então a frequentar as reuniões todos os dias. Não via v
dificuldade nenhuma em ir até lá diariamente, mesmo porque is*, o rodo dia, quando abria mão da minha dignidade e me en-
eu também não via dificuldade nenhuma em usar drogas dia- 1 me entregar a Deus? Foi nesse
irgava às drogas. Por que não
um jeito de saber se o que o pastor estava pregando era ou não Aquele dia foi um domingo. Lembro-me como se fosse
De repente, surgiu uma convicção que eu jamais imagi- • siivesse lotada. Tudo o que o pastor pregava era na verdade
nei que pudesse ter: “Se não enfrentei nenhuma dificuldade Deus falando comigo. Naquele dia, caí em mim, reconheci
tando, que sabe que não pode perder aquela pessoa. No meu
i aso, foram três dias de agonia. A única saída foi resistir a
A ÚLTIMA PEDRA
reuniões e nos cultos que promovemos na Universal para aju- consciência de pessoa? O espírito a destrói, transforman-
dar aqueles que padecem de vícios. do o viciado em seu escravo.
Em uma dessas reuniões, vi um demônio, um espírito mani- A possessão do vício afasta os pais de seus filhos, o ma-
festado diante do pastor, que o inquiria. Era o espírito do vício rido de sua esposa, sem querer saber se a família terá o que
em ação. Ele dizia que apenas colocava a doença no corpo da comer. A prioridade do dependente passa ser o vício, porque
pessoa possuída. “Eu coloco as brigas, eu coloco a doença, eu está dominado. Ele vive alguns momentos de lucidez, sabe
coloco o vício... Eu me drogo através dela, eu bebo através que está acabando com a sua própria vida, mas não tem for-
dela, eu cheiro através dela.” Foi nesse momento que entendi ças, domínio sobre si para poder sair. O que ecoa na cabeça
o que estava acontecendo comigo há tantos anos. Na época dele é a voz que diz “É só hoje, só mais essa, só mais hoje”,
em que presenciei isso, percebi que eu tinha sido um veículo enquanto suas dívidas aumentam.
para a satisfação de um demônio, o espírito do vício. Era ele Recebo pessoas totalmente destruídas na nossa Igreja.
que estava cheirando, fumando, se drogando por intermédio Uma vez esteve presente um rapaz que estava em processo
do meu corpo! Quem mandava em mim era ele. Estava mor- de recuperação há doze semanas. Ele havia mergulhado
rendo aos poucos por conta dos meus vícios. de cabeça “nos prazeres” do crack, e o preço que pagou
foi altíssimo. Esse empresário perdeu sua família, um ca-
“A gente se via de chinelo, bermuda, cami- samento de treze anos, seus bens materiais, incluindo lo-
seta, e só, sem futuro. Então falávamos ‘se jas e restaurantes, sua casa, sua dignidade, o respeito por
não fizer alguma coisa, a gente vai morrer’. si mesmo e, por fim, sua honra. Durante dezessete anos, a
Depois de quatorze horas fumando pedras maconha, o álcool, a cocaína e, finalmente, o crack leva-
de crack, suados, não sabíamos nem o que ram tudo o que ele construiu.
dizer, era muito difícil.” Ele chegou ao ponto de morar na rua. Uma pessoa que
Dilsinho conseguiu ganhar sessenta mil reais por mês foi levada à es-
cala zero da sociedade para morar na cracolândia de São
Paulo. Essehomem foi levado ao ponto de trocar as roupas
É bom dizer que na maioria dos casos esse espírito não do corpo por uma pedrinha de crack. E ele me disse o que eu
se manifesta. Ele se restringe a trabalhar na mente da pes- já sabia:quem entra no crack está destinado a isso, inexora-
soa, manipulando a sua vontade. É assim que o espírito velmente. E eu lhe disse o que precisava saber, doze semanas
do vício domina o viciado. A vítima troca a família, os antes: Jesus é mais forte do que o crack. Ele é a prova de que,
filhos, o emprego, os seus sonhos pela substância. Mas e a se o labirinto existe, Ele é a única saída.
88 < CAPÍTULO IX
A ÚLTIMA PEDRA > 89
Mas lá dentro do labirinto, a maioria das pessoas não vê Não existe pessoa viciada que diga que é feliz, que tenha
esperança ou possibilidade de mudança. As pessoas vão a clí- uma vida positiva e que seja capaz de pôr em prática mui-
nicas, a psicólogos, buscam todo tipo de ajuda, mas não en- tas realizações. Todos, sem exceção, estão destruídos. Tran-
contram uma transformação para a sua vida em destroços. quilidade, harmonia no lar, sono tranquilo? Isso não existe
Esse homem não via solução nem na Igreja que ele conhecia. no mundo dos viciados. Jamais ouvi um depoimento de um
“Ali não é mais lugar para mim, eu não tenho mais jeito.” Até viciado dizendo que sua vida melhorou com a cocaína.
que um dia ele viu o programa Última Pedra, e disse: “Epa, O que vemos no dia a dia dos cultos e no programa A Última
isso aí é para mim, esse é o meu problema.” Pedra são histórias fortíssimas de mães que têm medo de perder
seus filhos, de filhos que agridem suas mães, que colocam a faca
nesse contexto que eu vi o seu progra- rido lhe prometera não usar mais a cocaína. Só que, assim
ma. Será que esse caminho serve para que recebeu o pagamento, sumiu e até então não tinha vol-
mim? Só o fato de ver o programa já tado para casa. Com certeza, ele já havia acabado com o
me deixou preliminarmente afastado dinheiro de novo. Ela não tinha um pacote de arroz em
.” mendigar com a sogra, para poder alimen-
do cigarro e das outras drogas casa; precisava
Depois, ao começar a frequentar as reuniões, ele se cons- Atendemos pessoas totalmente desenganadas e descrentes
cientizou do seu problema real e conseguiu arrancar o espírito das possibilidades de cura por intermédio dos recursos cien-
do vício da sua vida. Mas nem todos escolhem esse caminho. tíficos tradicionais. Segundo as clínicas de recuperação de
A solução para o problema do vício fica sendo sempre dependentes de drogas, o vício é uma doença incurável, pro-
protelada, jogada para depois. Ele deixa de ser um consumi- gressiva e fatal. O pai de um viciado em cocaína alegou ter
dor e passa a ser consumido pelos vícios naquela armadilha gastado mais de duzentos mil reais em tratamento médico
em que está aprisionado. E a verdade maior, o propósito ma- sem alcançar sucesso. Mas quando ouviu dizer que o vício
ligno do espírito do vício, se revela: a sua função é destruir a era um espírito, descobriu que aquela era a resposta para o
pessoa que infestou, seu hospedeiro, como se fosse um vírus. problema de seu filho com a cocaína.
sibilidades da ciência. Não pretendo em momento algum ti* igual à do alcoólatra, de dezessete anos de dependência
questionar a eficácia da ciência, mas sim demonstrar que ví- de cocaína, passou pela mesma experiência. Ele chegou à
cios têm cura usando como provas casos reais como o meu e primeira reunião morando de favor, sem nada. Depois de dez
de pessoas que conseguiram se livrar de dependências fortes semanas, não conseguia mais ficar sem passar mal ao tentar
por drogas. São muitos testemunhos, muitos mesmo. ter qualquer contato com a droga. Segundo ele,
por dia e um litro à noite. Essa pessoa, que abandonou o vontade diminuísse. Quando saía da clínica, recomeçava a
vício em 2014, tinha cinquenta anos de idade e era depen- usar a droga. Mas, quando chegou à Universal, a vontade
dente desde a infância. desapareceu. Ele é mais um dos curados nesse tratamento
Ele sofria de síndrome do pânico. Quando acordava, pre- que realizamos.
cisava tomar uma dose, por causa da abstinência durante a Posso também citar o caso de um homem que trocou o
noite. Tudo o que fazia dependia da bebida — só conseguia automóvel de sua família por pedras de crack. Pedras que
sair de casa se bebesse uma dose, só conseguia conversar duraram poucos dias, diga-se de passagem. Como também
com alguém se bebesse outra dose... Ele procurou a Igreja e, passei por isso na ocasião em que vendi uma moto para
no primeiro dia, ao sair da reunião, foi beber. comprar essa droga, sei que bens e dinheiro para essas pes-
soas lhes parecem aos olhos como pedras de crack.
“Quando engoli a bebida , vomitei E o mais revoltante é que o viciado, que as pessoas hoje
imediatamente e passei a ter nojo dela” chamam também de adictos ou de dependentes, aceitam a
“taxa de câmbio” do traficante. Trocando em miúdos, se o
Desde então ele não coloca um gole de cachaça na boca. bandido disser que o micro-ondas da mãe do viciado vale
O que aconteceu com ele? Simples. O espírito do vício foi duas pedras, o pobre coitado vai tirar o eletrodoméstico dela
retirado de seu corpo. Saiu dele a depressão, o nervosis- e entregar ao bandido sem pestanejar.
mo, a angústia que o destruíam. São muitos os testemunhos As pessoas chegam facilmente ao ponto de descontro-
como os desse homem. lar-se, como no caso do filho que vendeu o carro da mãe
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CAPÍTULO IV
CAPÍTULO X
98 < CAPÍTULO X
como auxiliares de pastores. Estou casado
com Ana Claudia A transformação radical que aconteceu em mim e pela qual
desde 1997, vivendo, sóbrio, na plenitude
do Espírito Santo. toda pessoa que consegue vencer o espírito do vício passa, é
Essa plenitude só se realiza de verdade
quando nós nos entrega-
mos a Jesus, Pedra Angular da nossa fé, momento em que afinal fi-
ver se abrir um novo caminho à sua frente — que nada mais
são do que os portais parauma vida renovada se abrindo.
camos livres de todas as amarras com que os vícios
nos aprisionam.
Quando aquele meu vizinho me ofereceu uma sacola de crack
e eu imediatamente recusei, decidido a não usar mais drogas,
Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas
percebi que o poder de Deus que tomara conta de mim me
Escrituras: A pedra que os construtores re-
permitiu esmagar as forças do espírito do vício que se apossa-
jeitaram, essa veio a ser a principal
pedra,
ra do “meu amigo”.
angular', isto
procede do Senhor e
Vivenciar a soberania do Senhor foi como experimentar
é maravilhoso aos nossos olhos?”
um poder infinitamente superior e mais forte que o crack ou
Mateus 21.42 (ARA)
qualquer outro tipo de droga. Na minha vida renovada, ha-
via chegado o momento de permitir que o poder de Deus se
manifestasse em mim, e a partir de então tive forças para me
Ser finalmente apresentado a
Jesus, a Última Pedra, a Pedra
manter firme na minha palavra para com o Senhor Jesus: “Ja-
Angular, no dia em que me libertei,
produziu sobre mim um mais decepcionarei a Ti novamente!”
efeito muito mais intensopoderoso do que o somatório dos
e
prazeres que havia experimentado com
as drogas ao longo de “
Chegando-vos para Ele, a pedra que vive,
toda a minha vida até então miserável.
rejeitada, sim, pelos homens, mas para com
Deus também vós mesmos,
eleita e preciosa,
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias
de
como pedras que vivem, sois edificados casa
Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifí-
espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim
cio vivo, santo e agradável a Deus,
que é o vosso
de oferecerdes sacrifícios espirituais agradá-
culto racional. E não vos conformeis com este
veis a Deus por intermédio de Jesus Cristo ”
século, mas transformai-vos pela renovação da
1 Pedro 2A-S
vossa mente, para que experimenteis
qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de
Deus.”
Romanos 12.1-2 (ARA)
O relacionamento seguro e íntimo que passei a ter com
o Senhor Jesus Cristo me fez entender que Ele é a Pedra
Devemos ter a
é uma vida “fácil”. Mas, para quem busca a Deus, o cami-
nossa vida fundamentada
na Pedra eterna
depositando a nossa vida sobre nho que escolheu, o da fé, é muito mais difícil. Particular-
ela, para ter a sustentação’
eterna de que precisamos. mente, depois de sair do mundo da droga, houve dias que
No edifício espiritual de
Deus
declararmos as virtudes eu não tinha nem o que comer. Mas uma força dentro de
Daquele que nos chamou das
vas para a Sua maravilhosa
tre- mim dizia que eu venceria aquela dificuldade. Às vezes sur-
luz (1 Pedro 2.7-9).
gia do nada uma voz, a do espírito do vício, que, derrotado,
Superei uma
luta contra a carne.
Venci a vontade de me
rogar e superei o espírito tentava argumentar que nas drogas eu tinha dinheiro e que
do vício. Resisti àquela
maldita agora estava naquela situação.
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quando Deus e Sua Palavra passam a ocupar o seu organis-
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106 CAPÍTULO X
Seja qual for o seu vício, profissionais da psiquiatria e clí-
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