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REVALIDA
UMA SELEÇÃO DE QUESTÕES
DISCURSIVAS PARA VOCÊ TREINAR
E MANDAR BEM NA SUA PROVA
Sumário
Questões discursivas
Clínica Médica 6
Cirurgia 11
Ginecologia e Obstetrícia 13
Saúde Coletiva 16
Pediatria 19
Clínica Médica 24
Cirurgia 27
Ginecologia e Obstetrícia 31
Saúde Coletiva 35
Pediatria 39
6 Dicas para você mandar bem
na sua prova discursiva
A prova discursiva é uma das etapas mais temidas pelos candidatos nos concursos de
residência médica. Porém, essa é uma das fases fundamentais para conquistar
a tão sonhada vaga em um programa de residência.
Pensando nisso, a Medcel traz neste e-book uma seleção de questões discursivas das
mais renomadas instituições do país. Tudo isso para você se preparar e tirar de letra
mais essa etapa do processo seletivo para residência.
Além disso, o professor e médico ginecologista, Jader Burtet, deixa aqui algumas
dicas para você mandar bem na sua prova discursiva, confira!
1. (INEP – 2022) Um homem com 65 anos de idade, diabético, chega com fa-
miliares para consulta no serviço de pronto atendimento devido a confusão
Clique mental. Os familiares informam que ele é diabético há 20 anos e faz acom-
aqui para
conferir a panhamento com o endocrinologista, em uso de insulina há dois meses (não
resposta sabem a dose, mas que faz uso duas vezes ao dia), além de acompanhamento
desta
questão. com o nefrologista há um mês, por uma alteração renal que não sabem especi-
ficar qual é. Relatam que, no dia anterior, o paciente havia começado a realizar
caminhadas para tentar melhor controle do diabetes e que ele vem reduzindo
sua quantidade de alimentos com essa mesma intenção. Contam que hoje pela
manhã, começou a se queixar de suor frio e tontura e que, em poucos minutos,
tornou-se confuso, apresentando dificuldade para articular as palavras. Ao exa-
me físico apresenta-se normal, sem sinais focais, mas confuso, sem conseguir
manter uma conversa ou contato visual. Apresenta pressão arterial de 130x90
mmHg e frequência cardíaca de 110 batimentos por minuto, com tremores de
extremidades. Considerando que, na abordagem inicial do paciente, foram rea-
lizadas monitorização, suplementação de oxigênio e punção de acesso venoso
periférico, faça o que se pede nos itens a seguir.
a. Cite a principal hipótese diagnóstica a ser considerada. Justifique
sua resposta.
b. Indique o exame complementar a ser solicitado imediatamente nesse
caso.
c. Descreva a conduta medicamentosa imediata.
QUESTÕES DISCURSIVAS 6
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3. (UFMT – 2018) Dona Renata Najura procurou a UBS responsável pelo
seu bairro para se consultar com a médica Dra. Jaqueline Fasta. Dona
Renata é manicure, relatou que, durante seu trabalho, tinha notado uma
“mancha mais branca” em seu braço direito. Notara também que tinha
queimado essa “mancha enquanto cozinhava há 10 dias e não tinha sentido
nada na mancha”. Negou traumas físicos prévios no MSD. Relatou também
que seu falecido pai (morreu de “infarto fulminante” há cinco anos) tinha tra-
tado de “lepra” há cerca de seis anos. Refere que nunca se casou e sempre
morou com os pais. Dra. Jaqueline percebeu, ao exame físico da Dona Renata,
uma lesão hipocrômica com ausência de pelos, sensibilidade térmica, tátil e
dolorosa praticamente ausentes, localizada no antebraço anterior direito. Tam-
bém notou os nervos ulnar direito e auricular posterior direito espessados na
paciente. Após análise do caso, responda aos itens.
a. Qual é o diagnóstico mais provável? Qual é a sua classificação (opera-
cional)? Trata-se de uma doença a ser notificada? Justifique.
b. Descreva o tratamento (medicamentos, dose, prazo) para esse caso.
4. (UFMT – 2018) Paciente C.A.M, feminino, 42 anos, foi levada por seu es-
poso ao pronto atendimento do Hospital Municipal com queixa de cefa-
leia intensa difusa associada a náuseas e vômitos e iniciada há 2 horas.
Ela descreve a dor como “a pior dor de cabeça da minha vida” e afirma
que começou de repente, após uma discussão com a filha por problemas
familiares. A cefaleia não teve melhora mesmo após tomar 2 comprimidos
de 500 mg de dipirona e a intensidade da dor agravou-se. Nega qualquer
trauma, esforço físico intenso, alterações visuais, fotofobia ou crise convul-
siva, mas afirma “estar sentindo o corpo quente”, iniciado minutos depois
da precipitação da cefaleia e está muito preocupada em ser febre. Nega
qualquer problema médico significativo pregresso. Nega qualquer cirur-
gia anterior e faz uso há 12 anos de contraceptivos orais. Afirma trabalhar
como atendente de telemarketing e nega uso de drogas ilícitas, tabagismo
ou etilismo. Religião católica, mas não frequenta a igreja. EXAME FÍSICO:
Regular estado geral, levemente ansiosa, inquieta, lúcida e orientada no
tempo e espaço, desidratada 1+/4+, corada, Tax: 37,2 °C. O pulso é regular
(85 bpm), a PA é 150/85 mmHg (que ela afirma estar mais alta que o habitual),
e a FR é 20 irpm. Neurológico: Escala de Coma de Glasgow 15, pupilas
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a. Cite duas manobras do exame neurológico que devem ser executadas
em suspeita de irritação meníngea.
b. Em caso de não possuir o exame de imagem disponível em seu pronto
atendimento, como proceder à investigação para confirmação diagnóstica?
c. Qual a principal hipótese diagnóstica para o caso descrito?
d. Considerando os dados clínicos e radiológico disponíveis, cite três
diagnósticos diferenciais.
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5. (UFMT – 2018) Paciente feminina, 34 anos, moradora em zona rural, procura
atendimento médico por estar “sentindo cansaço severo” que a impede de
trabalhar “como antes”, sentindo “palpitações” nos últimos seis meses. Ton-
silites estreptocócicas de repetição. Exame físico: pressão arterial de 110 x 60
mmHg; frequência cardíaca de 118 bpm; sopro diastólico em foco mitral, rude
(++/4+); estertores crepitantes em ambas as bases pulmonares, discreta dor à
palpação profunda em hipocôndrio direito; edema perimaleolar bilateralmen-
te (+/4+). Submetida a eletrocardiograma em seis derivações (abaixo). Consi-
derando a história clínica e o eletrocardiograma, responda aos itens a seguir.
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7. (UFMT – 2017) Homem branco, 40 anos, mestre de obra, hipertenso, diabé-
tico, tabagista moderado há 20 anos, refere início do quadro há 24 horas, com
febre alta e calafrios, acompanhados de dor, rubor e edema na perna direita.
Evoluiu após 48 horas sem tratamento com piora do quadro, com mal-estar
geral, aumento da dor, do edema e aparecimento de lesões bolhosas na
perna e febre alta contínua. Ao exame físico: algo confuso, FC = 120 bpm,
QUESTÕES DISCURSIVAS 10
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8. (INEP – 2022) Uma paciente com 33 anos de idade foi internada para
procedimento cirúrgico de ressecção segmentar da mama direita, para re-
tirada de tumor mamário local com margem de ressecção. Na chegada ao
hospital fez sua identificação na área de internação, tendo sido colocada
pulseira de identificação com anotação de alergia a dipirona. Na chegada
do cirurgião ao hospital, o mesmo foi rapidamente ao quarto para o preen-
chimento de termo de consentimento da paciente. O anestesista já estava
lhe aguardando no centro cirúrgico, tendo sido solicitado o encaminhamento
da paciente para a sala operatória. O maqueiro entrou no quarto, juntamen-
te à enfermeira do andar, que realizou nova identificação da paciente e co-
locou-a na maca para transporte. Ao chegar ao centro cirúrgico ocorreu
mais uma checagem relativa à identificação da paciente pela enfermeira
chefe do centro cirúrgico, tendo encaminhado a paciente para a sua res-
pectiva sala operatória. Após a anestesia geral foi iniciado pelo cirurgião o
procedimento operatório, com sinalização ao final da cirurgia da falta de fio
de sutura adequado. Foi constatado pela circulante de sala que o fio soli-
citado se encontrava em falta no hospital, tendo como solução a utilização
de outra alternativa disponível, que levou a resultado estético não satisfa-
tório. Diante dessa situação, identifique e descreva, de acordo com as eta-
pas preventivas preconizadas para a segurança do paciente pelo Programa
Nacional de Segurança do Paciente, estabelecido pela Portaria nº 529/2013, do
Ministério da Saúde, as ações preventivas que foram realizadas e aquelas que
deveriam ter sido feitas no caso apresentado.
QUESTÕES DISCURSIVAS 11
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QUESTÕES DISCURSIVAS 12
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neurológicas. A paciente faleceu cinco meses após a última cirurgia, em sua ci-
dade de origem. Com base na história clínica apresentada, responda aos itens.
a. Qual o diagnóstico sindrômico para o caso?
b. Tendo em vista o estudo genético, qual a conduta a ser tomada
em crianças com alto risco para essa doença, ao início da primeira
década de vida?
11. (UFMT – 2017) M.A, 50 anos, foi encaminhado à clínica de dor para avalia-
ção de dor abdominal e com diagnóstico de adenocarcinoma de pâncreas.
A dor está localizada na região epigástrica e mais intensa à noite. O paciente
está usando sulfato de morfina de liberação rápida de 6 em 6 horas. Queixa-se
de controle inadequado da dor, de náusea, vômito e constipação. Sobre o
caso acima, responda aos itens.
a. Cite duas causas de dor em pacientes com câncer.
b. Em que consiste a conduta em “escada”, de acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS) para o controle da dor oncológica?
13. (INEP – 2022) Uma paciente de 32 anos de idade está grávida de seu se-
gundo filho e faz pré-natal no centro de saúde. Solicitou um atendimento de
urgência no dia de hoje, por queixa de dor lombar e mal-estar. No momento
está com 29 semanas de idade gestacional. Tratou uma cistite há 2 semanas
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com cefalexina e, após isso, não fez nenhum exame de controle. O restante do
pré-natal está normal. Refere, durante a consulta, que a dor lombar iniciou há
2 dias, que teve febre (não medida) e queda do estado geral. Nega sintomas
gripais e refere boa movimentação fetal. Ao exame, apresenta-se em regular
estado geral, corada, hidratada, febril (temperatura = 38 °C), com pulso de 100
batimentos por minuto (bpm) e pressão arterial de 100 x 60 mmHg. Apresen-
ta, ainda, exame cardiopulmonar sem anormalidade. Abdome sem sinais de
irritação peritoneal, com altura uterina de 28 cm. Batimentos cardíacos fe-
tais de 148 bpm, sem dinâmica uterina. Punho percussão de região lombar
dolorosa à direita. Toque vaginal com colo grosso, medianizado e impérvio.
Considerando o quadro clínico apresentado, faça o que se pede nos itens
a seguir.
a. Cite a principal hipótese diagnóstica. Justifique sua resposta.
b. Descreva qual a conduta adequada.
c. Cite três possíveis complicações referentes a esse caso clínico.
15. (UFMT – 2018) Dione, 25 anos, grávida de três meses, foi ao PSF Jardim
das Flores fazer pré-natal. Na consulta com a médica de família, ela referiu
ter tido tratamento adequado de sífilis primária há mais de 4 anos. O exame
solicitado de VDRL deu positivo de 1/128. A partir das informações dadas,
responda aos itens.
a. Explique o diagnóstico. Pertence a algum grupo ou síndrome?
b. Considerando o exposto, seria reação cruzada, doença atual, infecção
pregressa ou cicatriz sorológica? Justifique.
c. Quais seriam as devidas condutas?
16. (UFMT – 2018) Descreva a classificação BI-RADS® (4ª edição) com relação
aos achados da mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética.
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atual, no curso da 17ª semana. Relata que não fez pré-natal na gestação ante-
rior, há 2 anos, e que deu à luz recém-nascido no sétimo mês, pesando 1.000
g, falecido dois dias após o parto. Traz resumo de alta da maternidade indi-
cando que o parto foi por via vaginal, sem complicações maternas, e que o
recém-nascido tinha baixo peso, hepatoesplenomegalia, petéquias, icterícia,
rinite serossanguinolenta, linfadenomegalia generalizada e anemia. Não há
registro de qualquer tipo de tratamento já realizado. Na consulta atual, o
exame clínico geral e o exame obstétrico não identificam anormalidades.
Apresenta resultado positivo de teste rápido treponêmico e VDRL com
titulação de 1:32. Nega alergias medicamentosas. Diante da situação
apresentada, descreva o diagnóstico clínico e estadiamento e elabore
um plano de cuidados que contemple estratégias de atenção integral,
eficaz e resolutiva.
QUESTÕES DISCURSIVAS 15
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20. (INEP – 2022) Uma mulher, moradora de cidade com 600.000 habitan-
tes, procurou a Unidade Básica de Saúde de referência para se consultar com
o médico da Estratégia de Saúde da Família por dor no braço, antebraço e
punho direitos. Durante a anamnese, o médico detectou que a paciente
apresentava esses sintomas há 6 meses com piora ao longo do tempo, mas
que não a impediam de trabalhar com digitação de textos em uma empresa
de computação. Ela relatou que, durante a pandemia da COVID-19, muitas
digitadoras haviam sido demitidas e que aquelas que tinham permanecido
estavam trabalhando sem pausas para descanso, frequentemente trabalhando
além do horário regular, sem remuneração adicional, e que muitas também
apresentavam queixas similares às dela. Ao exame físico, a única alteração
observada foi dor à palpação do antebraço e braço direitos. Considerando
essa situação, faça o que se pede nos itens a seguir.
a. Cite a principal hipótese diagnóstica para o caso apresentado. Justifi-
que sua resposta.
b. Descreva o plano (propedêutico, terapêutico, educativo e de segui-
mento) adequado ao caso.
c. Liste dois problemas biopsicossociais evidenciados no relato
da paciente.
QUESTÕES DISCURSIVAS 16
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23. (UFMT – 2017) O Sr. JMF, pedreiro aposentado, tinha 50 anos quando
procurou, pela primeira vez, o serviço de saúde. Havia caído do andaime da
construção civil em que trabalhava e sofreu fratura exposta de tíbia esquer-
da, cujo tratamento cirúrgico e imobilização não resultaram em sucesso.
Evoluiu com osteomielite crônica que não respondeu bem ao tratamento
antimicrobiano e permaneceu, durante todo o resto de sua vida, com uma
extensa úlcera de perna esquerda, constantemente infectada e dolorosa.
Impossibilitado de trabalhar, foi aposentado por invalidez aos 60 anos, já
QUESTÕES DISCURSIVAS 17
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PARTE I
Devido à ou como consequência de:
PARTE II
Outras condições
significativas que
contribuíram para a
morte
QUESTÕES DISCURSIVAS 18
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25. (INEP – 2022) Uma escolar com 7 anos de idade é atendida em Unidade de
Pronto Atendimento. A mãe relata que, há um dia, está com inchaço nos olhos
e tem urinado pouco, apresentando urina escura. Relata também que, há 15
dias, a menina queixou-se de dor na garganta e dificuldade para engolir os
alimentos e apresentou febre alta por quatro dias, manejada com medicação
sintomática. No momento, a escolar apresenta cefaleia. Ao exame físico, veri-
fica-se regular estado geral, edema periorbital discreto e hipertensão estágio
1. Considerando o caso clínico descrito, responda às questões a seguir.
a. Qual é a principal hipótese diagnóstica? Justifique sua resposta.
b. Quais exames laboratoriais podem estar alterados nesse caso?
c. Quais as orientações a serem feitas e que medicamentos devem ser
receitados para essa escolar?
d. Qual é a evolução esperada desse quadro para casos não complicados?
26. (UFMT – 2018) A asma é uma doença inflamatória das vias respiratórias,
que se caracteriza por obstrução reversível dessas vias. É doença crônica mui-
to comum na infância e motivo frequente de atendimento em unidades de
Pronto Atendimento. A partir das informações dadas, responda aos itens.
a. Cite cinco sinais de crise asmática grave.
b. Esquematize a sequência de tratamento da asma aguda grave na uni-
dade de atendimento. No caso de medicações, cite a via de administração.
27. (UFMT – 2018) Criança do sexo masculino, 9 anos completos, está sendo
avaliada no ambulatório da Unidade de Atenção Básica. O escolar apresenta
45 kg e 140 cm de altura. Utilizando as curvas de crescimento da Organização
Mundial de Saúde (OMS), responda aos itens.
a. Estabeleça o diagnóstico nutricional dessa criança em função de Peso,
Altura e Índice de Massa Corporal (IMC).
b. Cite três orientações gerais a serem feitas à família e à criança em
função desse diagnóstico.
QUESTÕES DISCURSIVAS 19
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QUESTÕES DISCURSIVAS 20
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29. (UFMT – 2017) Surtos de bronquiolite ocorrem nos meses das estações
outono-inverno e, por vezes, na primavera. A transmissão da doença se faz
por via aérea, por meio de gotículas de saliva ou por contato com secreções
contaminadas. Fatores genéticos e ambientais, como fumaça de cigarro,
contribuem para a gravidade da doença. Alguns estudos sugerem que exis-
te uma predisposição genética à bronquiolite, por exemplo, crianças com
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30. (UFMT – 2017) Neste ano de 2017, o Governo Federal fez alterações im-
portantes no calendário vacinal com o objetivo de aumentar a proteção de
crianças, ampliar a imunidade de adolescentes e diminuir casos de caxumba
entre adultos. A medida já é válida em todos os postos de saúde do Brasil
desde o início de 2017. As modificações acontecem com frequência, sem-
pre levando em conta estudos e pesquisas científicas que apontam a ne-
cessidade de incluir novos grupos e ampliar a oferta de vacinas. Segundo a
Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI), “esta
ampliação permite aumentar a proteção às doenças imunopreveníveis,
conforme os grupos definidos, além de elevar as coberturas vacinais, di-
minuindo assim a população suscetível a essas doenças”. Atualmente, o
Ministério da Saúde oferece gratuitamente, por meio do Sistema Único de
Saúde (SUS), 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), que atendem todas as idades. Cerca de 300 milhões de doses são
ofertadas para combater mais de 20 doenças. A partir das informações dadas,
descreva o calendário vacinal PNI 2017 no:
a. Período neonatal.
b. Período de lactente.
c. Período pré-escolar.
d. Período escolar e adolescente.
QUESTÕES DISCURSIVAS 22
Comentários
e respostas
das questões
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ativa e que requer tratamento, pois, uma vez não tratada, o treponema
pode ser transmitido ao feto, causando a sífilis congênita novamente. Sífilis
congênita ainda é uma doença endêmica no Brasil, embora haja cura e
prevenção. A primeira medida a ser tomada em uma gestante com diag-
nóstico de sífilis é o tratamento dela e do parceiro com penicilina benzatina,
3 doses de 2.400.000 UI, 1.200.000 UI em cada nádega, com intervalo de
uma semana entre elas. O tratamento do parceiro é imperioso para essa
gestante ser adequadamente tratada, independentemente do estado so-
rológico dele. Os títulos devem cair quatro vezes em até seis meses e ne-
gativar entre 12 e 24 meses após o tratamento; caso contrário, se esses
títulos se mantiverem ou aumentarem, deve-se considerar a hipótese de
neurossífilis, falência de tratamento ou reinfecção. Após o nascimento, a
conduta para o recém-nascido varia se a gestante fez ou não tratamen-
to adequado para sífilis. É muito importante a conscientização do casal
sobre o diagnóstico e definição de estratégias que visem aderência da ges-
tante ao seguimento pré-natal. As situações estão demonstradas a seguir:
1. Situação A: recém-nascido de mãe com sífilis não tratada ou inade-
quadamente tratada. Independentemente do resultado do VDRL do
recém-nascido, a investigação inclui os seguintes exames laboratoriais: lí-
quido cefalorraquidiano (citologia, bioquímica e VDRL); hemograma com
plaquetas e radiografia de ossos longos. Outros exames complementares
são recomendados quando o recém-nascido é sintomático ou a doença
altamente provável, como avaliação oftalmológica e auditiva (BERA), ul-
trassonografia craniana e dosagem de aminotransferases, bilirrubinas,
gama-GT e fosfatase alcalina (acometimento hepático). O tratamento
varia de acordo com a avaliação clínica e de exames complementares, sem-
pre com penicilina G (cristalina, procaína ou benzatina).
2. Situação A1: se houver alterações clínicas, sorológicas, radiológicas
e/ou hematológicas, o tratamento deverá ser feito com penicilina G crista-
lina 50.000/kg/dose, via intravenosa, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias
de vida) ou a cada 8 horas (após 7 dias de vida), durante 10 dias. Alternati-
vamente, pode-se usar penicilina G procaína 50.000 UI/kg, 1 vez ao dia, via
intramuscular, durante 10 dias.
3. Situação A2: se houver alteração do líquido cefalorraquidiano, o
tratamento deve ser feito com penicilina G cristalina 50.000/kg/dose,
via intravenosa, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) ou a cada
b. Não frequenta escola, não passou em consulta na UBS nos últimos 3
anos, comportamento arredio e o fato de permanecer sozinho por muito
tempo com um possível agressor.
c. O pediatra deve acolher e escutar a vítima. Deve ser feita a notificação
de maus-tratos ao Conselho Tutelar e ao Sinan. Iniciar profilaxia para DST
não virais, HIV e hepatite B. Afastar a criança do provável agressor. Medidas
protetivas para o menor.