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Os segredos da

Endocrinologia
Os segredos da Endocrinologia

Sumário
1. Introdução ................................................................................ 1

2. Dica 1: Tenha foco ................................................................. 2

3. Dica 2: Compreenda a história natural da doença


........................................................................................................... 3

4. Dica 3: Respeite o tempo da célula ................................ 5

5. Dica 4: O planejamento é fundamental .................... 7

6. Dica 5: Pare e pense no que está fazendo antes de


responder a questão da prova .............................................. 9

7. DICA 6: Decorar também é necessário ..................... 12

8. Dica 7: Lembretes são fundamentais ........................ 16

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Os segredos da Endocrinologia

1. Introdução
Os temas relacionados à Endocrinologia, como por exemplo a diabe-
tes mellitus e a obesidade, são prevalentes no atendimento clínico e
aparecem frequentemente nas questões de prova, merecendo uma
atenção especial. Convidamos a Dra. Karina Hatano, professora de
Endocrinologia, para dar dicas de estudo relacionadas à prova da
Revalidação Médica e à vida do estudante.

Karina Hatano - Endocrinologista e Médica do Esporte

Coordenadora das Avaliações de Atletas


da UNIFESP-CETE. Coordenadora da
Medicina Esportiva do Instituto Cohen.
Médica da Seleção Brasileira de Natação.
Médica da Confederação Brasileira de
Beisebol e Softbol. Mestre em Medicina
do Exercício e do Esporte - Tese: Mulher
Atleta. Fellowship na Universidade de
Princeton - New Jersey - EUA. Residência
Médica em Medicina Esportiva pela UNIFESP. Pós graduada em
Medicina Esportiva pela UVA. Pós graduada em Nutrologia pela
ABRAN. Pós graduada em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP. Pós
graduada em Acupuntura pela USP. Título em Medicina Esportiva
pela Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva.

Confira abaixo os principais pontos abordados pela Dra. Karina


Hatano e anote todas as dicas de Endocrinologia para as provas de
Revalidação Médica.

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2. Dica 1: Tenha foco


Embora alguns estudantes tenham afinidade com outras áreas de
atuação e tenham outros objetivos, que não sejam diretamente
associados à Endocrinologia, é importante ter em mente os princi-
pais fundamentos na hora da prova.

Pode ser que surja, por exemplo, o questionamento sobre onde


entra a Endocrinologia nesse percurso, se o estudante tem grande
afinidade em Ginecologia e Obstetrícia e pretende fazer Cirurgia. A
professora Karina afirma que não é preciso ser um fã ou especialista
na área de Endocrinologia para conseguir ir bem na prova, mas é
preciso ter foco para fechar as questões.

IMPORTANTE!

Tenha foco e seja específico! Selecione um tema por dia e


estude ele de forma bem detalhada.

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3. Dica 2: Compreenda
a história natural da
doença
Da mesma forma que é importante o estudante entender a sua
própria história e compreender as implicações dela em sua vida,
as doenças também tem uma história natural, e é fundamental
compreender todo o processo envolvido nessa história.

Quando falamos, por exemplo, sobre diabetes mellitus, temos que


lembrar das células beta pancreáticas. “Mas por quê? Porque a
diabete mellitus começa quando essas células começam a
falhar, e elas podem falhar por diversos fatores, podendo ser por
uma doença autoimune, por uma diabete mellitus tipo 1, com o
passar do tempo, se transformando em uma diabete mellitus
tipo 2, fase em que se tem uma resistência e essas células beta
pancreáticas não conseguem mais trabalhar e falham”, explica a
Dra. Karina.

E como isso se aplica na prova? A Dra. Karina nos traz a seguinte


questão:

QUESTÃO DE PROVA!

Assinale a alternativa correta a respeito da dosagem sérica


do peptídeo c.

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Análise da questão


Como vamos compreender o que é peptídeo c, se não enten-
dermos o que são as células beta pancreáticas, o que é dia-
betes, e o que é a insulina? Se entendermos a história natural
da doença, compreendemos que o diabete mellitus é uma
doença que começou na falha das células beta pancreáticas,
e são essas células que produzem a insulina, que é o hormô-


nio que irá controlar a glicemia . (Dra. karina Hatano)

É possível dosar, por meio da quantidade de insulina no corpo, se as


células estão adequadas ou se a diabetes está evoluindo. Ocorre que
é necessário considerar que alguns pacientes fazem uso da insulina,
ou de alguns outros antidiabéticos, que vão modificar a dosagem da
insulina, tornando assim, não tão confiável, de acordo com a Dra.
Karina, a medida da insulina.

Neste caso, vem a importância do peptídeo c, pois é este marcador


que vai mostrar quanto de massa residual de células beta pancreáti-
cas o paciente ainda tem, e quanto será a produção de insulina.

ATENÇÃO!

O peptídeo c cai na prova!

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4. Dica 3: Respeite o
tempo da célula
Dentro do âmbito da Endocrinologia, temos também a questão da
obesidade. Ela é uma doença, e sendo assim, é importante com-
preender que o ganho de peso, o aumento da massa gorda, vai
aumentar também o risco de doenças cardiovasculares, e trazendo
para o cenário atual, entra como fator de agravamento da Covid-19,
por exemplo.

E o fator importante desta dica sobre respeitar o tempo da célula, é


compreender que pela história natural da célula, há fatores que vão
se agravar ao longo do tempo.

Retomando sobre a diabetes mellitus, ao falarmos sobre o tempo da


célula, é sabido que as células beta pancreáticas irão falhar, e com
isso haverá a evolução da doença, o que permite a preparação do
prognóstico, já antever quais serão as complicações decorrentes
dessa evolução.

Além disso, quando se fecha o prognóstico, é importante entender


que as mudanças na célula já ocorriam há mais tempo, ou seja, se o
prognóstico for de diabetes mellitus, a hiperglicemia já estava pre-
sente há aproximadamente 3 a 5 anos. Ou se, por exemplo, o prog-
nóstico for de obesidade, quando o paciente opta por procurar o
médico, ele possivelmente já está lidando com a síndrome metabó-
lica há mais tempo, ou seja, já vem com complicações que deman-
dam muita atenção do médico.

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IMPORTANTE!

Como ressaltado pela Dra. Karina, da mesma forma que é


importante respeitar o tempo da doença, é fundamental
que o estudante também respeite seu próprio tempo e sua
história. A cobrança e a expectativa são grandes, então é
importante que o estudante saiba se controlar e observar
se aquele é o melhor dia, o melhor momento para estudar,
ou se precisa de um descanso. Não adianta estudar se o dia
tiver sido extremamente pesado.

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5. Dica 4: O
planejamento é
fundamental
A Dra. Karina destaca a importância que o planejamento tem nos estu-
dos. Se o estudante tem uma rotina cansativa, por exemplo, a tendência
é de que ele passe a protelar os estudos. “Portanto, se você tem conheci-
mento de sua rotina, você adquire melhores condições de planejar o que
fazer e como utilizar as melhores ferramentas para isso, como por exem-
plo o acesso ao nosso material, nosso conteúdo está disponível online,
em plataformas que facilitam o processo de estudo, além de nossos coa-
ches disponíveis para ajudá-los”, explica a professora.

E na Endocrinologia, o planejamento está presente também no rastreio


do paciente, na identificação de quem ele é. Para fazer um planeja-
mento eficaz precisamos compreender o que vem com o paciente.

Por exemplo, em um caso de diabetes mellitus tipo 2, é necessário iden-


tificar se ele tem antecedente de diabetes mellitus na família, se seus
pais são diabéticos, se for uma mulher que já teve gestação, se teve
diabetes gestacional, se teve alteração da hemoglobina glicada, quais
exames deram alterados, se o paciente é sedentário, se é hipertenso, se
tem comorbidade ou se tem doença cardiovascular. Essa avaliação de
risco é fundamental para se planejar o que fazer com o paciente.

Da mesma forma, com a obesidade, é necessário identificar o hábito


alimentar do paciente, se teve obesidade na infância ou em alguma
outra fase da vida, se teve perda muscular, algo que, inclusive, tem
sido comum neste período de pandemia do covid-19 e se teve algu-
ma internação associada à obesidade. Partindo desse levantamento
que se torna possível o planejamento do tratamento desse cliente.

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IMPORTANTE!

O planejamento vale para a atuação com o paciente, mas


vale para a organização da vida estudantil e para a prepara-
ção da prova. A Dra. Karina sugere, inclusive, que não se
façam simulados antes de sair o edital. Aguarde o edital para
que você possa se aperfeiçoar. Tenha controle sobre quanto
tempo falta para a prova e vá fazendo questões à medida que
estuda determinado conteúdo.

Ela destaca ainda que a endocrinologia precisa ser compreendida


em três esferas diferentes, a da faculdade, a da atuação com o
paciente, e a que será cobrada na prova de Residência Médica.

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6. Dica 5: Pare e pense


no que está fazendo
antes de responder a
questão da prova
A Dra. Karina destaca que, assim como em nossa vida é necessário
parar e refletir sobre o que estamos fazendo, na hora da prova
encontramos a mesma situação, pois o estudante irá se deparar com
questões complexas e densas, como por exemplo quando se tratar
de diabetes endócrina.

Atenção: A diabetes endócrina é uma das matérias que mais têm


sido abordadas nas provas.

E para isso, é fundamental que o estudante preste atenção nas


palavras-chaves.

Quando falamos, por exemplo, de agonistas de GLP1, é importante


lembrar que são as canetas injetáveis que são usadas no tratamento
de obesidade e diabetes, como a liraglutida, a saxenda e ozempic.“-
Sendo assim, quando se deparar com uma questão abordando tra-
tamento injetável não insulínico da diabetes mellitus, é fundamental
lembrar do agonista de GLP1. O tratamento da diabetes não se dá só
por meio da insulina”, explica a Dra. Karina.

Atenção: GLP 1 cai na prova!

O agonista de GLP1 tem sido muito utilizado nos últimos anos, e ele tem
aprovação para ser utilizado também para a obesidade. Com isso, é

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importante sempre se questionar sobre quando ele pode ser utilizado, se


ele é a primeira droga a ser aplicada ou em quem ele pode ser aplicado.

Embora ele seja muito utilizado, é importante ressaltar que a primeira


droga a ser aplicada, conforme estabelecido pelo Colégio Brasileiro e
pela ADA, é a metformina, sendo que para a diabetes, aplica-se no
máximo 1 grama de metformina.

Se mesmo com a metformina chegando a 1 grama o objetivo almejado


não estiver sendo alcançado, é possível associar com o GLP 1. E se ainda
assim a glicemia não estiver controlada, pode-se utilizar outras drogas.

Embora na faculdade se aprenda uma extensa gama de termos,


como os sulfonilureias, as biguanidas, os agonistas de GLP 1, os inibi-
dores de SGLT2, na Medcel se aprende como aplicar esse conheci-
mento, tendo em vista que a prova exigirá que o estudante saiba não
somente a funcionalidade de cada um, mas associá-los.

Portanto, como já dito anteriormente, as palavras-chave serão funda-


mentais neste momento.

IMPORTANTE!

A escolha do agente euglicemiante deve ser individualizada.


Para qual dos pacientes diabéticos abaixo você prescreveria
um inibidor da SGLT2?

Análise da questão

Embora a Endocrinologia pareça difícil, é possível alcançar bons


resultados se você se lembrar das seguintes palavras-chave: agonis-
ta de GLP 1 e inibidor do SGLT2.

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Mas afinal, o que é o inibidor de SGLT2?

No momento ele está em evidência para o tratamento da diabetes


mellitus, pois, atuando a nível renal, ajuda a inibir o cotransportador
de sódio e de glicose, e com essa inibição se torna possível diminuir
a glicemia sem depender da insulina.

Ainda sobre a diversidade de tratamentos, a Dra. Karina reforça que,


por exemplo, a gliclazida poderia ser utilizada para otimizar o trata-
mento, mas o ideal é utilizar a metformina, podendo a dosagem ser
dividida em até três vezes ao dia, mantendo o total de 1 grama por dia.

Um fator que é importante destacar para o momento da prova é a dife-


rença entre as escolhas do colégio americano ADA, para o colégio bra-
sileiro. O tratamento inicial escolhido pelos dois é o mesmo, a met-
formina, o que vai mudar é a forma de escalonamento das drogas.

Pelo colégio americano, pode-se utilizar o agonista de GLP 1, já pelo


colégio brasileiro tem-se um maior tempo para utilizar outras drogas.

Outro fator de relevância é que, muito além de decorar ordem de


tratamento, é fundamental compreender o objetivo de aplicação
dos medicamentos: melhorar a meta glicêmica.

Sendo assim, ao analisarmos a história natural do diabetes mellitus,


perceberemos que as células beta pancreáticas não estão produ-
zindo insulina a níveis desejáveis, e irão falhar em algum momento,
e com isso o objetivo se torna somente um, manter a glicemia em
um nível ideal.

Porém, se mantivermos o nível de glicemia dentro do parâmetro


desejável, como será feito o diagnóstico da diabetes mellitus? Nes-
te caso, se torna necessário decorar alguns pontos.

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7. DICA 6: Decorar
também é necessário
Alguns pontos da endocrinologia precisam ser decorados, para que
seja possível fazer um diagnóstico preciso.

Portanto, respondendo a pergunta feita sobre o diagnóstico da dia-


betes mellitus quando o nível da glicemia estiver ajustado, memo-
rizem o seguinte:

Critérios para o diagnóstico de diabetes

• Hemoglobina glicada (Hb A1c) ≥ 6,5%

• Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL

• Glicemia pós-prandial ≥ 200mg/dL no teste de tolerância à glicose.

A Dra. Karina sugere, portanto, que em todo atendimento feito seja


solicitado esses três exames para garantir um diagnóstico preciso,
e que se atentem a estes parâmetros no momento da prova.

Ressalta ainda que, os exames devem ser realizados em dias distin-


tos, portanto é importante seguir a ordem de realização dos
mesmos:

1º exame: Glicemia de jejum

A ADA considera a glicemia


de jejum como o principal
exame para se fechar o
diagnóstico de diabetes.

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O critério de avaliação será o seguinte:

Até 100mg/dL De 101mg/dL a 126mg/dL ≥ 126mg/dL

Normal Pré-diabético Diabético

2º exame: Glicemia pós-prandial (Teste oral de tolerância à glicose)

É considerado como o exame mais sensível para a identificação da


diabetes mellitus.

O critério de avaliação será o seguinte:

Até 139mg/dL De 140mg/dL a 199mg/dL ≥ 200mg/dL

Normal Pré-diabético Diabético

3º exame: Hemoglobina glicada (Hb A1c)

A hemoglobina glicada é o retrato dos 3 últimos meses de glicemia


do paciente. Considera-se o período de 3 meses, pois é o tempo de
vida da hemácia, e neste período dosa-se o quanto a glicose irá glicar
na hemoglobina.

O critério de avaliação será o seguinte:

4,0 a 5,6% De 5,7 e 6,4% ≥ 6,5%

Normal Pré-diabético Diabético

Importante: É necessário ter dois desses três exames alterados


para que possa ser definido o diagnóstico do diabetes mellitus.

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QUESTÃO DE PROVA!

Um paciente de 56 anos, do sexo masculino, queixa-se de au-


mento de peso corporal após o início de um medicamento.
Provavelmente está fazendo uso de qual medicamento?

Análise da questão

Inicialmente já se relaciona com o diabetes mellitus tipo 2, e como


neste caso o medicamento tem relação com o aumento de peso
corporal, é possível que ele esteja fazendo uso de sulfoniluréia ou
de glimepirida.

Neste ponto, a dica sobre decorar os efeitos colaterais dos medica-


mentos auxilia não somente no momento da prova, mas também
na prática médica, pois é frequente se deparar com este tipo de
situação mencionada na questão. Portanto:

• A metformina não tem relação com aumento de peso.

• O agonista de LGP 1 pode ser usado como tratamento da obesidade,


portanto também não contribui para o aumento de peso.

• O inibidor de SGLT 2 também não entra como fator de alteração de peso.

• A sulfonilureia e a glimepirida podem contribuir com o aumento de


peso corporal.

Ainda, é importante entender que outros fatores contribuem com


o aumento de peso corporal do paciente, como por exemplo os
seus hábitos alimentares, sendo importante tomar conhecimento
sobre os hábitos adotados pelo paciente.

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Além disso, ao prescrever um tratamento com um medicamento


que possa causar esse tipo de efeito, é importante comunicar ao
paciente que o aumento de peso poderá ocorrer.

Outro ponto importante para se lembrar é que ao falarmos das sul-


fonilureias, temos que lembrar de secretagogos, que irão promover
o aumento da secreção de insulina pelas células beta
pancreáticas.

A Dra. Karina traz também em sua live um questionamento impor-


tante feito por um aluno:

O que é o efeito lua de mel?


O efeito lua de mel ocorre quando alguns pacientes começam
o tratamento com insulinização plena - lembrando, inicia-se
com metformina, e não sendo suficiente, entra com a insulina -
e em uma fase curta o pâncreas passa a funcionar de forma
plena e o paciente acredita que ocorreu a cura do diabetes e
que não vai mais desenvolver a doença. Ou seja, a lua de mel é
o período em que ao iniciar o tratamento da diabetes mellitus,
o paciente passa por uma fase de glicemia controlada, e acre-


dita que não precisa mais dar sequência ao tratamento .
(Dra. karina Hatano)

Ocorre que as células vão parando de produzir a insulina, sendo


extremamente importante acompanhar de perto o tratamento
com o paciente.

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8. Dica 7: Lembretes
são fundamentais
Da mesma forma que os lembretes e alarmes são fundamentais na
vida do estudante, os lembretes também são importantes no trata-
mento do diabetes mellitus, da obesidade e da síndrome metabólica.

Quando se inicia um tratamento com a insulina Nph, conhecida como


bedtime por ser aplicada antes dos pacientes se deitarem para dor-
mir, os lembretes são fundamentais. Além do horário de aplicação ser
bem definido, o acompanhamento dos resultados dessa aplicação
também tem que ser feito de perto pelo médico.

O início da aplicação da Nph deve ser com a dosagem de 0,1 a 0,2UI/


kg por dia e à noite. A cada dois ou três dias deve-se verificar se foi
suficiente. Caso não tenha sido, aumenta-se essa insulina em 2 a 3
unidades e segue o monitoramento por mais dois ou três dias.

Atenção: É importante saber para a prova que, além da insulina Nph,


têm-se disponível no SUS como opção para tratamento as seguintes
insulinas: Detemir, Decludeka e Glargina. E o monitoramento, nestes
casos, pode ser semanal.

Vale lembrar que o acompanhamento que deverá ser feito pelo médi-
co chama-se titulação. As orientações ao paciente devem ser feitas de
forma completa, ressaltando, inclusive, a importância da realização da
atividade física, bem como o acompanhamento pelo médico deverá
ser feito de forma contínua. Se o paciente procrastinar com o trata-
mento ou o fizer de forma incompleta, poderá resultar em complica-
ções micro e macro vasculares, em retinopatia diabética, neuropatia
diabética, nefropatía diabética, infarto, derrame e AVC. Outra queixa
comum em se tratando de diabetes, é a gastroparesia diabética.

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Um fator de relevância é a alteração visual na diabetes mellitus tipo


1. É importante entender que um paciente com 3 a 5 anos já pode
evoluir com a retinopatia diabética, de 15 a 20 anos ele poderá ter
uma alteração visual significativa.

Portanto, é dever do médico acompanhar e evitar que chegue a esse


tipo de alteração, fechando o diagnóstico corretamente, orientando e
incentivando ao máximo o paciente a dar seguimento ao tratamento.

É importante frisar que tanto a diabetes, quanto a obesidade, não é


escolha do paciente, e muitas vezes está associada a histórico fami-
liar. Além disso, a obesidade é uma doença e precisa ser tratada
como tal, não se trata somente de uma alteração estética.

A Dra. Karina ressalta que a atividade física é de grande importância


para o tratamento dessas doenças, portanto, deve-se recomendar
pelo menos por três vezes na semana exercícios aeróbicos, por no
mínimo 20 minutos de forma intensa ou 1 hora de forma moderada.
Além disso, também é muito importante, não só para o diabetes
mellitus e para a obesidade, mas também para o tratamento da
osteoporose, a realização do exercício resistido por pelo menos duas
vezes na semana.

Importante: A indicação de atividade física deverá ser de 3


vezes por semana exercícios aeróbicos + 2 vezes na semana
exercícios resistido.

Para finalizar, a Dra. Karina apresenta a seguinte questão:

QUESTÃO DE PROVA!

Sobre a retinopatia diabética, assinale a afirmativa incorreta.

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Análise da questão

A questão trata exatamente sobre a procrastinação do tratamento


do diabetes mellitus, ou seja, é necessário ficar atento ao paciente,
exatamente para não evoluir para uma retinopatia diabética. E ao
falar sobre retinopatia diabética, a Dra. Karina ressalta que a altera-
ção mais comum a ser observada é a neovascularização.

Portanto, para finalizar, a professora ressalta a importância de


lembrarem do termo neovascularização, associado à retinopatia,
para a prova!

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