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Diabetes

Mellitus
Atenção Básica

Grupo: Brenda, Ketlyn, Marcelly, Mirella e Rayana.


Sumário
01 Introdução 06 Tratamento e Prevenção

02 Fisiopatologia 07 Complicações

03 Sinais e Sintomas 08 Cuidados de Enfermagem

04 Fatores de Risco 09 Conclusão

05 Diagnóstico 10 Referências
Introdução
È uma condição metabólica crônica
caracterizada por níveis elevados de
glicose no sangue;

Um prognóstico favorável está condicionado:


- diagnóstico precoce;
- eficiência do tratamento;
- controle adequado dos níveis séricos de glicose;
- e a prevenção ou gerenciamento de complicações
associadas.
Afeta não apenas a
qualidade de vida dos
indivíduos, mas também é
uma problemática para os
sistemas de saúde pública.

È uma política de saúde alvo


das estratégias da Atenção
Básica.
Esta em ascenção,
possuindo uma crescente
prevalência.
Edipemiologia Global
Epidemiologia Nacional
O Brasil possui aproximadamente 16,8 milhões de adultos entre
20 e 79 anos de idade portadores de diabetes.

Ocupa a 5º posição em incidência de diabetes no mundo,


ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.
Classificação

Tipo 1 Tipo 2 Gestacional


Homeostase Glicêmica
Homeostase
Glicêmica
Glicogenólise: “Quebra”
da molécula de
glicogênio armazenada
em mm. ou fígado.
Diabetes Mellitus Tipo 1
Tipo 1A
Células podem ser destruídas através de
um processo autoimune que pode ser
detectado por auto anticorpos circulantes
(tipo 1A) como antidescarboxilase do ácido
glutâmico (anti-GAD), anti-ilhotas e anti-
insulina

Tipo 1B
Natureza idiopática
Diabetes
Resistência á insulina;
Mellitus Tipo 2 Aumento da produção
de insulina;
Pâncreas esgotado;
Deficiência relativa de
insulina;
Pode evoluir muitos
anos para requerer
insulina para controle.
Diabetes Mellitus Tipo 2
Menos severo que o tipo 1 e 2;
Diabetes Mellitus Detectado na gravidez;

Gestacional Normalmente se resolve no


pós-parto;
Hormônios hiperglicemiantes
(Lactogênio Placentário
Humano, progesterona e
estrogênio).
Contribuem para a resistência
a insulina.
Deficiência relativa de
insulina.
Os 4Ps
Sinais e sintomas
Diabetes tipo 1 Diabetes tipo 2
Formigamento nas
Sudorese; extremidades;
Taquicardia; Infecções frequentes na
Fraqueza; bexiga, nos rins e na
Fadiga; pele;
Mudanças de humor; Feridas com
Náuseas e vômito. cicatrização lenta;
Visão embaçada.
Fatores de risco

Alterações nas Diagnostico de Apneia do sono; Dar à luz Síndrome de


taxas de pré-diabetes; Sobrepeso; criança com ovários poliscísticos
triglicérides no Diagnóstico de Inatividade mais de 4kg; (SOP);
sangue; distúrbios física. Diabetes Doenças renais
Hipertensão psiquiátricos. gestacional. crônicas.
arterial.
Glicemia em jejum: jejum calórico de no
Diagnóstico mínimo 8 horas;

Teste de tolerância à glicose oral


(TOTG): previamente à ingestão de 75
g de glicose dissolvida em água,
coleta-se uma amostra de sangue em
jejum para determinação da glicemia;
coleta-se outra, então, após 2 horas da
sobrecarga oral.

Hemoglobina glicada (HbA1c): oreflete


níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4
meses.
Diagnóstico Diabetes Mellitus
Na primeira consulta de pré-natal avaliar

Diagnóstico DMG as mulheres quanto à presença de DM


prévio, não diagnosticado e francamente
manifesto. O diagnóstico de DM será feito
se um dos testes citados estiver alterado.
Mulheres sem diagnóstico de DM, mas com
glicemia de jejum ≥ 92 mg/dL, devem
receber diagnóstico de DMG;
Toda mulher com glicemia de jejum < 92
mg/dL inicial deve ser submetida a teste 24
e 28 semanas de gestação;
Glicemia em jejum ≥ 92 mg/dL;
Glicemia 1 hora após sobrecarga ≥ 180
mg/dL;
Glicemia 2 horas após sobrecarga ≥ 153
mg/dL.
Tratamento e
Terapia nutricional e física:
Prevenção
Estado nutricional é o
resultado do equilíbrio entre o
consumo de nutrientes e o
gasto energético do
organismo para suprir as
necessidades nutricionais!
Tratamento e
Terapia nutricional e física:
Prevenção A terapia nutricional se concentra
no equilíbrio dos macro nutrientes
para a manutenção do bom
controle metabólico.

Colocar o indivíduo no centro


do cuidado;
Também considera o uso de
fármacos.
Tratamento e
Terapia nutricional e física:
Prevenção Mais estudos são necessários para
determinar se um plano alimentar
de baixo carboidrato é benéfico a
pessoas com pré-diabetes.
As evidências sugerem que a
qualidade geral dos alimentos
consumidos é mais importante do
que a restrição de algum grupo de
nutrientes.
Tratamento e Recomendações para
alimentação saudável:
Prevenção A ingestão diária deve conter no
máximo 30% de gorduras;
Alimentos que contêm sacarose
(açúcar comum) devem ser evitados
para prevenir oscilações acentuadas
da glicemia. Quando consumidos, o
limite é de 20 a 30g por dia de açúcar;
A ingestão de álcool, quando
consumido, deve ser moderada e de
preferência com as refeições.
Tratamento e Recomendações de
atividades físicas:
Prevenção O exercício deve ser iniciado de forma
gradual, como caminhadas por 5 a 10
min em terreno plano, 5 a 7 dias;
A intensidade de atividade física deve
ser aumentada progressivamente (60 e
80% da frequência cardíaca máxima);
As atividades ao gosto do paciente,
como caminhar e dançar, devem ser
incentivadas.
Tratamento e Cuidados importantes (DM1):
Evitar aplicar insulina em local que será
Prevenção muito exercitado;
Se possível, realizar a glicemia capilar
antes da atividade (>250 postergar);
Ingerir carboidratos de fácil digestão
antes, durante e depois de exercício
prolongado;
Diminuir a dose de insulina ou
aumentar a ingesta de carboidrato;
Estar alerta para sintomas de
hipoglicemia durante e após o
exercício.
Terapia medicamentosa DM1:

O tratamento com insulina deve ser iniciado o mais


rápido possível após o diagnóstico (geralmente dentro
das 6 horas), para prevenir a descompensação
metabólica e a cetoacidose diabética.
Terapia medicamentosa DM1:

Realizar glicemia capilar em períodos


pré-prandiais;

Além da aplicação manual da insulina,


bombas são muito utilizadas, onde são
de absorção ultrarrápida.
Terapia medicamentosa DM2:
Com o decorrer dos anos, quase todos
os pacientes requerem tratamento
farmacológico, muitos deles com
insulina.

Se a glicemia de jejum estiver muito


alta (acima de 270 mg/dL) e ou na
presença de infecção, provavelmente
o paciente necessitará de um
tratamento com insulina.
Terapia medicamentosa DM2:
Complicações do diabetes

O diabetes mellitus se não tratado


corretamente, pode trazer diversas
complicações e elas podem levar o
paciente a casos mais graves e até
mesmo a óbito.
Classificação das complicações
Complicações Agudas: Complicações Crônicas:
Cetoacidose Diabética; Macrovasculares;
Coma hiperosmolar; Retinopatia;
Hipoglicemia. Nefropatia;
Neuropatia diabética.
Complicações agudas
Cetoacidose diabética
Ocorre quando há deficiência absoluta
ou relativa de insulina! Acomete
indivíduos portadores do DM tipo 1.
⬆️ de íons de hidrogênio na
corrente sanguínea.

Acidose metabólica!!
Complicações agudas
Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica
Hiperglicemia grave na ausência de
cetose. Acomete indíviduos portadores
do DM tipo 2.
Nível glicêmico⬆️ 600 mg/dl a 800
mg/dL;
Desidratação e alteração do estado
mental;
Coma.
Complicações agudas
Hipoglicemia
Ocorre a queda da concentração
glicêmica no sangue. Mais comum
em pacientes com DM tipo 1.
⬇️
Níveis de glicemia 70 mg/dL;
Sintomas abaixo de 60 mg/dl a
50 mg/dl.
Complicações crônicas
Macrovasculares
São doenças isquêmicas
cardiovasculares.
Doenças mais comuns:
doença coronariana;
doença cerebrovascular;
doença vascular periférica.
A evolução pós-infarto é pior para
pacientes com DM.
Complicações crônicas
Retinopatia
É uma lesão aos vasos sanguíneos
da retina.
Dependendo do grau da lesão
causa cegueira.
Rastreamento
DM tipo 1, 5 anos após o
diagnóstico;
DM tipo 2, momento do diagnóstico.
Complicações crônicas
Nefropatia Classificação nefropatia:

Normoalbuminúria
É a morte prematura por uremia
ou problemas cardiovasculares
dos rins Microalbuminúria

Rastreamento
DM tipo 2: momento do diagnóstico; Macroalbuminúria
DM tipo 1: 5 anos após o diagnóstico.
Complicações crônicas
Neuropatia
É a degeneração progressiva dos
Diferenciação das neuropatias: nervos, principalmente, periféricos.
Depende da localização em
Neuropatias sensitivo-motoras; fibras nervosas sensoriais,
Neuropatias focais; motoras e/ou autonômicas.
Neuropatias autonômicas.
Complicações crônicas
Neuropatia sensitivo-motora
Polineuropatia simétrica distal Pé diabético

Apresenta envolvimento motor com


limitação funcional e com potencial
para ulceração nos membros
inferiores, principalmente nos pés.
Complicações crônicas
Pé diabético
Complicações crônicas
Pé diabético
Complicações crônicas
Pé diabético
Complicações crônicas
Neuropatias focais
01. Mononeuropatias
➡️ motora - paralisia facial, oculomotora e ciático-poplítea;
➡️ sensitiva - é a ocorrência de forte dor na região
intercostal.
03. Neurites compressivas
➡️ dor ou hipotrofia
➡️ túnel carpal ou tarsal.
02. Miorradiculopatia
➡️ dor e atrofia muscular intensa na cintura pélvica,
nádegas e coxas com início insidioso.
Complicações crônicas
Neuropatias autonômicas
Cardiovascular - frequência cardíaca anormal;
Hipotensão postural - tonturas, náuseas, diferença nos
valores de PS E PD;
Gastrointertinal - Anorexia, emagrecimento, dispepsia;
Urogenital - retenção, incontinência e infecções;
Neuropatia sudomotora - anidrose plantar, pele seca,
fissuras;
⬇️
Neuropatia pupilar - visão noturna.
Depressão
20% dos portadores de diabetes tanto no tipo 1
quanto no tipo 2 possuem depressão.
Interação entre fatores psicológicos, físicos e
genéticos.
Em geral, pessoas deprimidas ficam desmotivadas
para aderir às recomendações e ao plano de
autocuidado.
Multimorbidades
Multimorbidades
HIV
O uso continuo dos antirretrovirais (TARV)
disfunção do tecido adiposo e lipodistrofia;
distúrbios metabólicos:
resistência à insulina (RI);
diabetes mellitus (DM);
dislipidemia.
Promove aumento do risco para as doenças
cardiovasculares (DCV).
Papel da Enfermagem
Na atenção Básica

Consulta de enfermagem
preventiva ao DM;

Consulta de enfermagem para


acompanhamento de pessoas
com DM.
Consulta de enfermagem para acompanhamento de
pessoas com DM
Histórico;

Exame físico;

Diagnóstico das necessidades de cuidado;

Planejamento da assistência

Implementação da assistência

Avaliação do processo de cuidado


Na atenção Hospitalar

Avaliação inicial; # Desde a admissão até a


alta do paciente #
Monitoramento contínuo;

Administração de medicamentos;

Educação e orientação;

Prevenção de complicações;

Colaboração interdisciplinar;

Suporte emocional.
Conclusão
"A Diabetes não é o fim do mundo , mas
sim um novo mundo a ser descoberto".

APDJ - Associação Pernambucana de Diabetes


Quiz Time
O quanto você sabe sobre Diabetes Mellitus?
Questão 1
O controle da Hiperglicemia
é realizado pelo hormônio
Glucagon.

V Verdadeiro

F Falso
Questão 2
No Diabetes Mellitus Tipo 1A, há um processo
autoimune de destruição das células Beta-
pancreáticas, que pode ser detectado por:

Hemoglobina Glicemia
A C
Glicada em jejum

Autoanticorpos
B D Teste de Tolerância
circulantes
á glicose
Questão 3
Mede a quantidade média de glicose
nos últimos 3-4 meses:

A Hemoglobina C Teste de Tolerância


Glicada á Glicose

B Glicose Glicemia ao
em jejum D
acaso
Ano: 2024
Banca: Fundação
Universidade Empresa
de Tecnologia e

Questão 4
Ciências - FUNDATEC

Paciente entra no posto de saúde apresentando


4 Ps (poliuria, polidipsia, polifagia e perda
involuntária de peso). Os sintomas mencionados
são clássicos de qual patologia?

A HAS C Desidratação

B Hiponatremia D Diabetes Mellitus


Questão 5
Ano: 2019 Banca:
COTEC Órgão:
Prefeitura de
Turmalina - MG

São considerados fatores de risco para a Diabetes do


Tipo 2, EXCETO:

Evidência de tolerância à glicose


Sobrepeso Inatividade física Idade acima de 55
comprometida.
anos

A B C D
Questão 6
A diagetes Mellitus pode
ser classificada em Tipo 1
e Tipo 2.

V Verdadeiro

F Falso
Questão 7
O Brasil acupa que posição mundial em incidência por DM?

A B C D
Referências
Dieta Mediterrânea: o que é, benefícios, como fazer e
cardápio”. Tua Saúde, https://www.tuasaude.com/dieta-
mediterranea/. Acesso em 3 de abril de 2024.
Zimmermann, Philip N., et al. “Feasibility Study of a Low-
Carbohydrate/Time-Restricted Eating Protocol for Insulin-
Using Type 2 Diabetic Patients.” WMJ, 2024, p. 11–17.
pesquisa.bvsalud.org,
https://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/mdl-
38436633. Acesso em 27 de março de 2024.
IDF Atlas 10th edition, 2021.
https://profissional.diabetes.org.br/wp-
content/uploads/2022/02/IDF_Atlas_10th_Edition_202 1-.pdf.
Acesso em 5 de Abril de 2024.
Referências
GOLBERT, Airton et al. Diretrizes Sociedade Brasileira de
Diabetes - 2019 - 2020. 2019. PINHO RIBEIRO, Antônio Luiz et
al. Diabetes Meliitus. 2006. Localização: Cadernos de
Atenção Básica. Acesso em 5 de Abril de 2024.
ARRUDA, C.; SILVA, D. M. G. V. DA. Acolhimento e vínculo na
humanização do cuidado de enfermagem às pessoas com
diabetes mellitus. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 65, n.
5, p. 758–766, out. 2012. Acesso em 31 de março de 2024.
ARAÚJO, E. S. S. et al. Nursing care to patients with diabetes
based on King’s Theory. Revista Brasileira de Enfermagem, v.
71, n. 3, p. 1092–1098, maio de 2018. Acesso em 1 de abril de
2024.

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