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Diabetes Mellitus (DM)

Diabetes Mellitus (DM)

Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de


ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a
complicações crônicas características;
Insulina: é um hormônio, responsável pelo controle do
açúcar no sangue.
DM: insulina pouca ou ausente = aumento do açúcar no
sangue (hiperglicemia) = Diabetes Mellitus;
A falta da insulina impede a glicose de entrar nas células, o
que tem por efeito elevar seu nível no sangue
(hiperglicemia).
Diabetes Mellitus - Diagnóstico

Através do exame de glicemia em mg/dL


(açúcar) no sangue, avaliado nas fitas teste
ou coletado com seringa para análise
laboratorial. Podem ser:

Categoria Jejum 2 h após 75g Casual


glicose

Glicemia  100  140


normal

Tolerância à  100 a  126 ≥ 140 a  200


glicose
diminuída
Diabetes ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 (com
Mellitus sintomas
clássicos)
Diabetes Mellitus - tipos

Diabetes Mellitus tipo I: ocasionado pela


destruição da célula beta do pâncreas,
em geral por decorrência de doença auto-
imune, levando a deficiência absoluta de
insulina.
No DM tipo I, a causa básica é uma
doença auto-imune que lesa
irreversivelmente as células pancreáticas
produtoras de insulina (células beta).
Assim sendo, nos primeiros meses após o
início da doença, são detectados no
sangue dos pacientes, diversos anticorpos
sendo os mais importantes o anticorpo
anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra
enzimas das células beta (anticorpos
antidescarboxilase do ácido glutâmico -
antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-
insulina
Diabetes Mellitus - tipos

Diabetes Mellitus tipo II: provocado predominantemente por


um estado de resistência à ação da insulina associado a
uma relativa deficiência de sua secreção;
No DM tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência
a ação da insulina, sendo o principal deles a obesidade,
que está presente na maioria dos pacientes.
Diabetes Mellitus – tipo II
Diabetes Mellitus - tipos

Outras formas de Diabetes Mellitus:


Quadro associado a desordens genéticas, infecções,
doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou
outras doenças endócrinas.
Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre
em geral é uma lesão anatômica do pâncreas, decorrente
de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas,
medicamentos ou infecções, entre outras.
Diabetes Mellitus - tipos

Outras formas de Diabetes Mellitus:


Diabetes Gestacional: circunstância na qual a doença é
diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento
prévio da glicose.
Diabetes Mellitus - sintomas
Diabetes Mellitus - sintomas

Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das


complicações crônicas que se desenvolvem a longo prazo. Os
sintomas do aumento da glicemia são:
sede excessiva
aumento do volume da urina,
aumento do número de micções
surgimento do hábito de urinar à noite
fadiga, fraqueza, tonturas, visão
borrada aumento de apetite
perda de peso (tipo I) e ganho de peso (tipo II).
Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas,
circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas,
dermatológicas e ortopédicas, entre outras.
Diabetes Mellitus tipo II – fatores
de risco

Existem situações nas quais estão presentes fatores de risco para o


Diabetes Mellitus (tipo II), conforme apresentado a seguir:
Idade maior ou igual a 45 anos;
História Familiar de DM ( pais, filhos e
irmãos); Sedentarismo;
HDL-c baixo ou triglicerídeos elevados;
Hipertensão arterial;
Doença coronariana;
DM gestacional prévio;
Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de
filhos nos primeiros dias de vida;
Uso de medicamentos que aumentam a glicose ( cortisonas,
diuréticos tiazídicos e betabloqueadores).
Diabetes Mellitus tipo II
– prevenção

Manter peso normal;


Praticar atividade física regular;
Não fumar;
Controlar a pressão arterial;
Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir
o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos);
Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem
resultar no não aparecimento do DM em pessoa
geneticamente predisposta, ou levar a um retardo
importante no seu aparecimento e na gravidade de suas
complicações.
Diabetes Mellitus – classificação
(OMS)

Diabetes tipo 1 Diabetes tipo 2

Idade de início Infância ou puberdade Geralmente


(forma abrupta) Diagnosticada acima dos
35 anos
Estado nutricional Frequentemente Geralmente obeso
início da doença Subnutrido (magro)
Prevalência 5-10% 90-95 %
Predisposição Moderada Acentuada
genética
Deficiência Destruição Produção insuficiente de
imulológica das insulina; resistência à
células B de insulina (ação da
indivíduos insulina)
geneticamente
suscetíveis – auto-
imune
Ou idiopática
Diabetes Mellitus – tratamento

Tipo I: Insulinoterapia;
Tipo II: Hipoglicemiantes orais e/ou insulinoterapia.
Insulinoterapia

Insulina de ação rápida: início de ação é rápido mas a


duração do efeito é curta – administrada próximo às
refeições;
Insulina de ação intermediária: o início da ação é
retardado, mas o efeito é mais duradouro;
Insulina de ação prolongada: o início de ação é muito
lento, mas o efeito é longo, mais de 24 h.
Hipoglicemiantes orais

São fármacos que tem a finalidade de baixar a glice mia e


mantê-la normal (jejum  100 mg/dl e pós-prandial  140 mg/dl);

Sulfoniluréias
Secretagogos de insulina
Meglitinidas

Biguanidas
Sensibilizadores de insulina
Tiazolidinedionas

Inibidores de absorção de
Inibidores da alfa-glicosidase
carboidratos
Hipoglicemiantes orais

Secretagogos de insulina: estimulam a secreção de


insulina pelas células beta do pâncreas e potencializam a
ação da insulina nos tecidos (sulfoniluréias e glinidas) =
clorpropamida, glibenclamida; repaglinida, nateglinida;
Hipoglicemiantes orais

Sensibilizadores de insulina: Reduzem a


resistência insulínica e aumentam a captação
de glicose nos tecidos periféricos,
aumentando a remoção de glicose do sangue;
Reduzem a produção hepática de glicose;
Reduzem a absorção intestinal de glicose;
Aumentam a ligação da insulina a seus
receptores e reduz os níveis plasmáticos de
glucagon;
Obs: Reduz as lipoproteinas de baixa
densidade (LDL) e muito baixa densidade
(VLDL);
Biguanidas (metformina) e glitazonas.
Hipoglicemiantes orais

Inibidores da absorção de
carboidratos (inibidores das alfa-
glicosidases): Provoca redução
na absorção de carboidratos
complexos no intestino delgado e
consequente redução na
digestão, levando a uma queda
no pico de glicose pós-prandial.
Acarbose;
Hipoglicemiantes orais – locais
de ação
Diabetes Mellitus –
cuidados básicos

Plano alimentar adequado;


Fracionamento das refeições - distribuição harmônica
dos alimentos, evitando concentrações de
carboidratos em cada refeição, reduzindo, assim, o
risco de hipo e hiperglicemia;
Consumo de fibras alimentares (frutas, verduras,
legumes, leguminosas e cereais integrais) – tornam a
absorção do açúcar mais lenta e gradual;
Diabetes Mellitus –
cuidados básicos

Medicamentos: usar corretamente;


Insulina: conservar adequadamente (refrigerador - nã o congelar);
Peso: manter o ideal;
Glicemia: controlar;
Fazer exercícios regularmente - orientados
Hiperglicemia e Hipoglicemia: atentar para sinais e sintomas;
Cuidados com os Pés: Examinar, manter unhas aparadas, não retirar
cutículas, usar calçado confortável e macio;
Não fumar;
Evitar ingerir álcool;
Usar cartão de identificação de portador de diabete s;
Participar, se houver, na sua comunidade, de grupos de diabéticos.
Diabetes Mellitus – sinais de alerta

Hipoglicemia:
Ocorre pelo nível muito baixo de açúcar no sangue.
Pode ser causada por insulina demais, alimentação de
menos ou atrasada, exercícios, álcool, etc.
Sintomas comuns: tremores, suor excessivo, palidez,
palpitação, irritabilidade, dor de cabeça, tontura, cansaço,
confusão e fome. Se o nível de açúcar no sangue cai r a
valores muito baixos, a pessoa pode perder a consciência
ou sofrer um ataque.
Diabetes Mellitus – sinais de alerta

Hiperglicemia:
É o oposto da hipoglicemia, ocorrendo quando o corpo tem
açúcar demais no sangue.
Pode ser causada por insulina insuficiente, excesso de
alimentação, inatividade, doença, estresse, isoladamente
ou em conjunto.
Sintomas comuns: cansaço, visão borrada, vômitos,
vermelhidão facial, dor abdominal, pele seca, inquietude,
pulso rápido, respiração profunda, podendo apresentar
pressão baixa, hálito de maçã e progredir para o coma.

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