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Adriano Figueredo
DIABETES MELITUS
DIABETES MELLITUS
Consiste em um distúrbio metabólico
caracterizado por hiperglicemia persistente,
decorrente da deficiência na produção de insulina
ou na sua ação, ocasionando complicações
sistêmicas a longo prazo.
O DM está associado a maiores taxas de
hospitalização e maior incidência de problemas
cardiovasculares e cerebrovasculares, cegueira,
insuficiência renal e amputações não traumáticas
de membros inferiores.
FISIOPATOLOGIA DO DIABETES
MELLITUS
O DM pode ser causado por dois
mecanismos principais: deficiência na
produção ou ação da insulina, sendo
classificado em dois grupos principais de
acordo com a causa, o tipo 1 e o tipo 2,
respectivamente.
DM TIPO 1
No DM tipo 1, a deficiência na produção da insulina possui dois mecanismos já
estabelecidos:
•Autoimune (1A): Possui autoanticorpos (Anti-Ilhota, anti-GAD, anti-IA-2)
identificados como marcadores da doença autoimune, que muitas vezes aparecem
nos exames antes mesmo das manifestações clínicas.
•Idiopática (1B): Não possui marcadores de doença autoimune, não sendo
identificada a sua causa.
Ambos levam a destruição gradual das células β pancreáticas.
DM TIPO 1
Infecções virais e exposição a antígenos
vem sendo associadas, por mimetismo
molecular, que em indivíduos com
predisposição genética, pode
desencadear o processo autoimune.
Devido a sua fisiopatologia, os pacientes
que recebem o diagnóstico em sua
maioria são crianças e adolescentes,
sendo uma quantidade muito inferior de
adultos que desenvolve o DM tipo 1.
DM TIPO 2
No DM tipo 2, há resistência à insulina nas células, que gera um aumento da
demanda de síntese da insulina na tentativa de compensar o déficit em sua ação.
Inicialmente, por conta disso, há um hiperinsulinismo, sendo representada
clinicamente pela acantose.
A manutenção deste quadro, causa uma exaustão das células β pancreáticas,
explicando parcialmente o déficit na secreção da insulina nestes pacientes, quando
a doença já está avançada
DM TIPO 2
O hipoinsulinismo relativo, devido a produção
insuficiente para a alta demanda sistêmica, não
consegue manter os níveis glicêmicos normais e,
portanto, há uma hiperglicemia persistente.
Outras causas de hipoinsulinismo são descritas,
sendo elas a hipossensibilidade das
células β pancreáticas à glicose, devido há baixa
expressão do GLUT2 e deficiência de incretinas,
sendo a causa de ambas ainda desconhecida.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O DM tipo 1 possui clínica clássica e o diagnóstico mais precoce devido às suas
manifestações agudas.
Este grupo é composto por crianças e adolescentes, sendo incomum do
aparecimento em adultos, que é denominada de Latent Autoimmune Diabetes of
Adults (LADA)
Uma manifestação que já pode diagnosticar DM tipo 1, é a cetoacidose diabética,
devido à ausência de insulina.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Os sintomas que esses pacientes apresentam são:
Poliúria
Polidipsia
Polifagia
Emagrecimento
Enurese noturna e candidíase vaginal podem aparecer em crianças pequenas
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Os pacientes com DM tipo 2, em sua maioria, são obesos, sedentários e com
outros fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Alguns pacientes com DM tipo 2 podem apresentar sintomas típicos de diabetes, mas
a maioria passa meses a anos assintomáticos, só apresentando sintomas quando já
possuem lesão em órgão-alvo.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DIABETES
MELLITUS
O diagnóstico de diabetes requer critérios clínicos e laboratoriais, sendo
demonstrado na tabela retirada da Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes
(SBD), com o que é proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e adotado
aqui no Brasil.
O que estabelece o diagnóstico de DM é a presença de sintomas de hiperglicemia
clássicos e exames laboratoriais que confirmem.
Na ausência dos sintomas inequívocos de hiperglicemia, os exames precisam ser
repetidos.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DIABETES MELLITUS